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Universidade Lúrio

Faculdade de ciências de saúde


Curso de licenciatura em Optometria

Percepção visual e Neurofisiologia


da Visão

Dr. Joel de Melo Bambamba


METODOLOGIA PSICOFÍSICA

 Muitos dos procedimentos de rotina utilizados nos cuidados com os olhos,


incluindo a determinação da acuidade visual, do estado refractivo, dos campos
visuais e do estado da visão de cor do paciente, são de natureza psicofísica.

 O conhecimento da teoria e metodologia psicofísica permite ao clínico


realizar adequadamente esses procedimentos e interpretar seus resultados
de forma significativa.
 Nas últimas décadas, registaram progressos substanciais na nossa
compreensão dos processos visuais básicos, e estes insights são cada vez
mais aplicados no cuidado de olho de rotina e avançada.

 As aplicações clínicas tomam em grande parte a forma de testes


psicofísicos não invasivos que permitem ao clínico diagnosticar a doença
em estágio inicial e monitorar a eficácia do tratamento.
LIMIAR
 As Experiências psicofísicas e procedimentos clínicos psicofísicos
frequentemente envolvem a determinação de um limiar - a quantidade
mínima de estímulo que pode ser detectada.
 Por exemplo, em um teste de acuidade visual, o limiar é o ângulo mínimo
de resolução (MAR).
 Para um teste de campo visual, o limiar é a intensidade mínima da luz
que pode ser detectada.
 A determinação de um limiar é complicada porque os seres humanos (e
outros animais) não são observadores perfeitos.
 Um observador perfeito daria o mesmo limiar sempre que for medido.
 Na prática, o limiar varia na repetição de sua medida.
 Considere os resultados de um experimento psicofísico realizado com um
observador hipotético ideal (perfeito) e observador real.
 Envolve a determinação de um limite de incremento, como, por exemplo,
quando se realiza o teste de campo visual.
 O observador é obrigado a detectar uma luz (estímulo) que é transmitida em
um fundo circundante.
 A tarefa é repetida para uma variedade de intensidades de estímulo, de
dim a intenso, e a porcentagem de estímulos detectados é plotada como
função da intensidade do estímulo para produzir uma curva de
frequência de visão (FOS), também referida como função
psicométrica.
 Na figura de cima um observador ideal
manifesta um limiar inequívoco.
 Abaixo da intensidade do limiar,
ela nunca vê o estímulo, e acima
dessa intensidade, ela sempre vê o
estímulo.
 Em comparação, um observador real
produz resultados semelhantes aos da
figura de baixo.
 À medida que a intensidade do
estímulo aumenta, a probabilidade
de ver o estímulo aumenta.
 Não há uma intensidade claramente
definida, abaixo do qual o estímulo nunca
é visto e acima do qual sempre é visto.
 Como não há observadores perfeitos, o
limite é baseado em considerações
teóricas.
 Geralmente, ele é definido como a
intensidade que resulta na detecção do
estímulo na metade das
apresentações.
 Este valor é lido da curva FOS,
como indicado na Figura.
 Os seres humanos não são observadores perfeitos porque são sistemas
biológicos complexos e não dispositivos mecânicos simples.
 Um estímulo resulta em atividade neural.
 Se essa atividade neural é suficientemente forte, o estímulo é visto.

 O ruído neural aleatório é inerente ao sistema visual, no entanto, e o sinal


produzido pelo estímulo deve ser percebido como diferente desse ruído
neural.
 Conforme discutido mais adiante neste capítulo, o ruído neural pode ser
pensado como variando ao longo do tempo.
 Em qualquer momento, a quantidade de ruído neural é imprevisível.
 Portanto, o limite é variável.
 Atenção, motivação e fadiga também podem afetar o limiar.
 Um sistema visual doente é mais
ruidoso do que um saudável, tornando a
curva FOS mais íngreme.
 Examinando a figura, vemos que é mais
difícil determinar com precisão um limiar
para uma curva de flare porque existe
uma gama mais ampla de valores que
podem corresponder a 50% de
detecção.
 Isso complica a medição de campos
visuais em olhos doentes.
 Além disso, o sistema visual é mais ruim
perifericamente do que centralmente,
tornando a avaliação dos campos visuais
periféricos no olho doente ainda mais
um desafio.
DETERMINAÇÃO DO LIMIAR
 O cientista ou clínico pode escolher entre vários métodos para medir um
limiar, com o método mais adequado determinado pela natureza do
experiências ou procedimento clínico.

 Na discussão a seguir, apresentamos os principais métodos de


determinação do limiar e discutimos algumas de suas vantagens e
desvantagens.
MÉTODO DE ASCENSÃO DO LIMIAR

 Considere um procedimento de limiar de incremento.


 No método de limites ascendentes, o estímulo está inicialmente abaixo do
limiar. Não é visível.

 Durante uma experiência, que consiste em uma série de apresentações de


estímulo, a intensidade do estímulo é aumentada sistematicamente até o
observador informar que é visível.
 Vários ensaios podem ser realizados.
 Os resultados são calculados para obter um limite
 O método de limites ascendentes é particularmente vantajoso na
adaptometria escura, onde é importante que o estado da adaptação da retina
seja minimamente afetado pelo estímulo.

 Uma desvantagem potencial de limites ascendentes, o que pode levar a um


resultado impreciso, é a antecipação do observador.
 Se o estímulo começar com a mesma intensidade em cada teste, o
observador pode, em um esforço para ser consistente, antecipar o
estimulo com base na memoria do estimulo anterior.
 Começar cada teste em uma intensidade diferente pode mitigar essa
desvantagem.
MÉTODO DESCENDENTE DO LIMIAR

 O método do limiar descendente é essencialmente o inverso do método de


limiar ascendente.
 Um ensaio começa com um estímulo claramente visível (isto é, o estímulo
está acima do limiar) e a visibilidade é diminuída sistematicamente até
que não possa mais ser vista.

 No método de limiar ascendente, o estímulo não é inicialmente visível e torna-


se visível; no método de limiar descendente, ocorre o inverso.
 O limiar descendente é comumente usado ​para determinar a acuidade
visual..
 Solicita-se ao paciente que leia a carta de acuidade visual de Snellen, que
consiste em optótipos que se tornam progressivamente menores de cima para
baixo (e mais difíceis de resolver).
 O limiar MAR é determinado quando os optótipos são muito pequenos para
serem resolvidos.
 Ao usar limiar descendente, as apresentações de estímulo iniciais são
visíveis, servindo para familiarizar o paciente com a tarefa.
 Considere a determinação clínica da acuidade visual.
 O paciente obtém a prática lendo os grandes optótipos na parte superior do
gráfico, aumentando assim a confiança do clínico em que o paciente entende
a tarefa.
 Semelhante ao método de limites ascendentes, o método de limiar
descendente pode ser negativamente influenciado pela antecipação do
observador.
 A maneira pela qual um teste psicofísico clínico é realizado pode influenciar o
resultado.
 Suponha que você determine a acuidade visual de um paciente cuja
preocupação é a perda da visão.
 Se for solicitado a ler uma carta de acuidade visual - O método de limiar
descendente - é possível que o paciente pare de ler os optotipos da carta
quando começar a ver desfocado por causa da incerteza quanto ao que
está ver.
 Neste caso, onde o paciente parou de ler, determina o critério de limiar,
a acuidade visual medida poderia ser, digamos, 20/30.
 Como o resultado seria diferente se o clinico ajudasse ao paciente a definir o
critério instruindo - o a continuar a ler a carta de acuidade visual, mesmo que
ele diga que não pode ver claramente os optotipos?

 Você incentiva o paciente a adivinhar o que vê e a não se preocupar em estar


errado.
 Usando essa metodologia de escolha forçada - escolha forçada porque o
paciente deve adivinhar as letras - não seria surpreendente encontrar a
acuidade em 20/20 em vez de 20/30.
 A acuidade visual deve ser medida de forma padronizada, garantindo que o
clinico, e não o paciente, estabeleça o critério de limiar.

 Não só os pacientes diferentes têm critérios diferentes (alguns serão


adivinhadores aventureiros e outros serão cautelosos não-responsáveis), o
critério que um determinado paciente usa pode variar de visita a visita de
acordo com seu humor ou outros fatores.

 Uma vez que as decisões de tratamento são muitas vezes feitas com base na
acuidade visual e / ou mudanças na acuidade visual ao longo do tempo, é
importante saber que nossas medidas são confiáveis ​e não são
desnecessariamente confundidas por questões de critérios limiar.
 Dadas essas considerações, quais regras de rescisão devem ser empregadas
na medição da acuidade visual?
 Pedir ao paciente para continuar a adivinhar os optótipos uma vez que é óbvio
que eles não estão visíveis pode ser frustrante para o paciente e demorado.
 Sugere-se que, ao usar cartas de acuidade Visual de Bailey-Lovie, o teste seja
encerrado depois que o paciente cometa quatro ou mais erros em uma linha.
 Estas mesmas considerações são válidas para outros testes psicofísicos que
podem ser administrados incorretamente ao permitir que o paciente
estabeleça os critérios de limiar.
 No teste de estereopsia, onde o paciente seleciona as imagens elevadas,
uma resposta de "Eu não posso dizer" deve solicitar ao clinico que peça ao
paciente para adivinhar a imagem elevada.
MÉTODO DA ESCADA

 O método de escada da determinação do limiar é uma combinação de limiar


ascendente e descendente.
 Suponha que um estímulo seja apresentado em etapas discretas de aumentar
a visibilidade chamada escalada ascendente. Eventualmente, o observador
relata ver o estímulo.
 Neste ponto, a escada é invertida e a visibilidade do estímulo é reduzida até o
observador informar que não pode ser detectado (escada descendente).
 A escada é novamente invertida e a intensidade do estímulo aumenta até que
seja visível. O limiar é considerado como a intensidade do estímulo em uma
das reversões, por exemplo, a quarta inversão.
 NB: Esta estratégia fornece um método rápido e confiável para determinar
um limiar. É comumente usado na experimentação psicofísica e nos testes
automáticos de campo visual.
MÉTODO DE ESTÍMULO CONSTANTE
 No método de estímulos constantes, a visibilidade do estímulo é variada
aleatoriamente de apresentação para apresentação.

 Como o observador geralmente é perguntado se ele vê ou não vê o estímulo,


esse método às vezes é referido como um procedimento "sim-não".
 Testes em branco, em que nenhum estímulo é apresentado, geralmente
são incluídos.
 O número de vezes que o observador relata ver o estímulo durante
uma trilha em branco (respostas de falso positivo ou falso alarme)
é importante para a análise dos dados.
 Considere a determinação de um limiar de incremento.
1. Suponha que existem 220 testes, com o estímulo apresentado várias
vezes em cada uma das 10 intensidades.
2. Vinte dos testes são em branco.
3. Os estímulos são apresentados em ordem aleatória com os espaços em
branco intercalados aleatoriamente.
4. Em cada apresentação, o observador é perguntado se ele ou não vê o
estímulo.
 No final uma curva FOS é determinada e 50% de visibilidade é considerada
como o limiar.
 Vamos dar um passo adiante.
1. Suponha que o paciente relata ver um estímulo em 145 provas.
2. O estímulo está presente, mas não visto (falha) em 60 tentativas.

 Quantas vezes foi o estímulo presente e visto, falsamente visto em um teste


em branco (falsos positivos ou alarmes), e não visto durante uma
apresentação em branco (rejeições corretas)?
 A Figura mostra como esses
valores podem ser calculados
completando um gráfico que
contém células para hits, falhas,
falsos positivos e rejeições
corretas.
 O método de estímulos constantes é assim chamado não porque o estímulo
seja mantido constante de apresentação para apresentação, mas porque o
procedimento é projetado para manter as expectativas do observador no
mesmo nível de apresentação para apresentação.

 O observador não tem base válida para antecipar a visibilidade de uma


próxima apresentação.
 Devido a isso, o método de estímulos constantes pode fornecer
informações valiosas para experiências de laboratório.
 No entanto, é demorado e normalmente não é indicado para aplicações
clínicas.
 Podem ocorrer erros ao usar o método de estímulos constantes (e outros
métodos psicofísicos) com um sujeito que tem um viés.
 Por exemplo, o sujeito pode ter um critério de limiar relaxado que
resulta em uma alta taxa de falsos positivos. Suponha que a taxa de
falso positivo seja de 20%.

 Como isso afeta a curva FOS? Não começará a 0% detectado, como na Fig.
11-1C, mas na taxa falsa positiva de 20%.
 Para obter um limiar preciso, devemos compensar
a taxa de falso positivo para que a curva FOS
funcione de 0% para 100% correta.

 Agora, considere um paciente com o viés oposto -


um critério de limiar estrito onde o sujeito diz
"não" quando o estímulo é claramente visível.

 Neste caso, a função psicométrica não atinge


100% de detecção, como na Figura, porque
mesmo em altas intensidades o estímulo nem
sempre é visto.
 Como corrigimos um critério rígido? Vejamos ensaios em que o estímulo está
claramente acima do limiar (isto é, estímulos supralimiar).
 Quando o sujeito diz que não vê esse estímulo, chamamos essa resposta
de "falso negativo".

 A curva FOS é corrigida para a taxa do falso negativo, permitindo que o limite
seja lido.
 Um desafio com a correção da curva FOS é que o paciente pode não
mostrar um viés consistente.
 Em um ponto, pode usar um critério relaxado, mas, mais tarde, pode
passar para um critério mais rigoroso.
 O uso de métodos de escolha forçada, pode ajudar a superar isso.
MÉTODO DE AJUSTE

 No método de ajuste, o sujeito ajusta a intensidade do estímulo até que seja


pouco visível (ou invisível), permitindo uma determinação do limiar
relativamente rápido.

 Este método pode sofrer, talvez mais do que os mencionados


anteriormente, da antecipação e variações no critério de limiar do
observador.
MÉTODO DE ESCOLHA FORÇADA

 Os métodos discutidos anteriormente para determinar um limite compartilham


uma falha comum: nem todos os observadores usam o mesmo critério ao
decidir se eles vêem ou não um estímulo.

 Por exemplo, observadores com critérios de limiar rigorosos não relatam ver
um estímulo até que estejam absolutamente certos de que eles o vejam.
 Isso resulta em um limiar relativamente alto (baixa sensibilidade).

 Outros observadores que têm critérios leves relatam ver um estímulo, embora
possam ter uma grande incerteza em relação à sua decisão.
 O resultado é um limiar relativamente baixo (alta sensibilidade).
 Não só o critério de limiar pode variar de observador a observador, mas pode
variar de julgamento a julgamento para o mesmo observador.
 Em certos momentos durante um experimento, um observador pode estar
mais disposto a adivinhar que ele ou ela vê um estímulo do que em outros
momentos.
 Além disso, um observador pode usar um conjunto de critérios para
um tipo de estímulo e outro conjunto para um estímulo diferente.

 Por exemplo, os critérios utilizados por um observador para detectar estímulos


sob condições fotópicas podem ser diferentes dos aplicados em condições
escotópicas.
 Essas variações nos critérios de limiar complicam potencialmente a
interpretação dos resultados experimentais.
 Na metodologia de escolha forçada, os
efeitos dos critérios do observador são
minimizados, forçando-o a escolher entre
várias opções alternativas, uma das quais
contém o estímulo.
 No exemplo mostrado na figura, o estímulo é
apresentado aleatoriamente em uma das duas
janelas.
 A outra janela não contém estímulo. Está em
branco.
 O observador é forçado a escolher qual janela
contém o estímulo.
 Uma vez que uma resposta de "Não consigo ver o estímulo" não é aceitável, o
papel do critério de limiar do observador é reduzido.

 Para construir uma função psicométrica, um grande número de ensaios


são apresentados usando estímulos de várias visibilidades.
 Se o clinico forçar o observador a escolher entre duas alternativas,
como no exemplo anterior, isso é referido como uma escolha forçada
de duas alternativas (2AFC).
 Uma função psicométrica para um experimento 2AFC é dada na Figura
 Observe que a porcentagem mais baixa correta é 50% (desempenho
casual).
 Não é 0%, porque mesmo quando o observador não consegue ver o
estímulo, espera-se que ele adivinhe corretamente 50% do tempo.
 O valor do limiar é tipicamente tomado como ponto intermediário
entre o desempenho casual e o desempenho perfeito

 Conforme indicado na Figura, o limiar para uma experiência com 2AFC é de


75%.
 Ensaios de escolha forçada podem apresentar ao
participante mais de duas opções.
 Considere a figura, que mostra uma matriz de
estímulo de escolha forçada de quatro alternativas
(4AFC), na qual o estímulo é apresentado
aleatoriamente em uma das quatro janelas.
 O observador é forçado a escolher a janela
correta.

 Note-se que a função psicométrica para este


experimento mostra um desempenho casual de
25%.
 O limite é tomado como ponto intermediário
entre o desempenho casual e 100%, o que é
62,5%.
 Aumentar o número de escolhas
tipicamente aumenta a
complexidade do experimento e
faz com que ele demore mais a
realizar.
 Existe uma vantagem em usar
mais de duas opções?
 A resposta pode ser vista
estudando a Figura.
 Note-se que a função psicométrica é flutuante para 2AFC em comparação com
4AFC.
 Isso aumenta a chance de erro ao ler o limite do gráfico porque há muitos
pontos na função fl at que se aproximam de 75% corretamente - qualquer
ruído nos dados pode dificultar a escolha precisa do estímulo que
corresponde aos 75% ponto.
 Como a função psicométrica para 4AFC é mais acentuada, o limiar pode ser
determinado com mais confiança.
 Comparado com outros métodos psicofísicos, a escolha forçada geralmente
resulta em limiares mais baixos.

 Quando os observadores são forçados a adivinhar, eles muitas vezes fazem


notavelmente bem apesar das alegações de que eles não conseguem ver o
estímulo.
 As técnicas de visualização preferencial de escolha forçada foram usadas
com sucesso para determinar a acuidade visual e outras capacidades
visuais de bebês.
 Nestes procedimentos, o clinico observa o olhar da criança enquanto o bebê
vê uma exibição de 2AFC.
 O Clinico é forçado a escolher a localização do estímulo com base na
observação dos olhos da criança.
 Ao usar uma metodologia de escolha forçada, o critério (isto é,
rigoroso ou negligente) usado pelo clinico é minimizado como um fator
de confusão.
TEORIA DE DETECÇÃO DE SINAL
 O limiar que é determinado em um ensaio ou procedimento clínico pode ser
influenciado por vários fatores, incluindo critérios de decisão, atenção,
motivação e ruído neural interno.
 A teoria da detecção de sinais fornece um modelo útil para prever os
efeitos de alguns desses fatores.
 A teoria pressupõe que, dentro do sistema visual, exista um nível
aleatoriamente flutuante de atividade neural em segundo plano - o
chamado ruído.
 Um estímulo produz um sinal neural que se sobrepõe a esse ruído neural.
 A tarefa do paciente é diferenciar a combinação de sinal e ruído do ruído
de fundo.

 Um elemento-chave deste modelo é que a ativação neuronal neural-neural


que está presente na ausência de um estímulo - é distribuída aleatoriamente
ao longo do tempo.
 A Figura mostra a probabilidade de um determinado nível de ativação neural a
qualquer instante no tempo.
 Em algumas ocasiões, há muito barulho, e outras vezes, há pouco barulho.
 É importante ter em mente que o ruído neural está presente na
ausência do sinal e o sinal é sobreposto a esse ruído.
 A tarefa do observador é determinar se o que a pessoa está observar (ou
ouvir) é ruído ou sinal mais ruído.
 Quanto maior o sinal, mais fácil é para o observador distinguir o sinal mais o
ruído do ruído sozinho.
 À medida que o sinal se torna maior, as distribuições de N e N + S se
afastam e a detectabilidade (d) do estímulo aumenta.
 Com uma d muito grande, não há sobreposição das distribuições;
portanto, não há incerteza sobre se um estímulo está presente ou
ausente.
 A situação não é tão clara quando o estímulo é fraco, resultando em
sobreposição substancial das distribuições N e N + S.
 Se o estímulo for administrado quando o ruído for baixo, o nível resultante de
ativação neural é ambíguo.
 Não há maneira do observador ter certeza de que o estímulo está ausente
ou presente porque este nível de ativação neural pode ser produzido pelo
sinal mais ruído ou ruído sozinho.

 Se, no entanto, o estímulo for activado em um momento em que o ruído é


muito alto, o nível resultante de ativação neural é inequívoco.
 Este nível de ruído neural ocorre apenas quando o estímulo está presente

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