WD-6

Wyliam Henrique de Oliveira Dalla Costa

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 RPG
"O que é?
RPG é uma sigla em inglês que pode ser traduzida
como “Jogo de Interpretação de Papéis” ou “Jogo de
Interpretação de Personagens”. Nele um grupo de
amigos se reúne para construir uma história, como se
fosse um teatro de improviso.
Existe um diretor, chamado de “narrador” ou
“mestre”, que vai explicando o desenrolar da trama; e
existem os jogadores, que modificam a história à
medida que interpretam seus personagens.
Durante o jogo os personagens vivem aventuras que
lembram os grandes épicos de nossa literatura e
cinema: enfrentam monstros, salvam princesas,
desafiam impérios galácticos...
Ou não, pois também é possível interpretar vilões e
anti-heróis. Existem RPGs de todos os tipos: de
fantasia medieval ao terror, de viagens espaciais a
cenários históricos.
Existem formas diferentes de jogar RPG e também
outros jogos que derivam dele, mas neste artigo
trataremos unicamente do RPG “de mesa”.
Como funciona?
O mestre prepara uma história com algum desafio a
ser superado e os jogadores criam os personagens que
se envolveram nesta trama. Essas histórias são
geralmente chamadas de “aventuras” e um conjunto
de aventuras jogado com os mesmos personagens
forma uma “campanha”.
Todo jogo tem regras e no RPG geralmente elas vêm
escritas em livros que contém instruções e ideias para
a criação de campanhas, personagens e antagonistas.
Muitos desses livros também descrevem os cenários
onde as aventuras podem acontecer e o tipo de
personagem que os jogadores podem ou não criar.
Faz sentido jogar com um cowboy no Velho Oeste,
mas não numa história do rei Arthur.
Cada jogador tem um formulário – a “ficha de
personagem” – onde tudo que seu personagem sabe
fazer está anotado. Geralmente essas habilidades
estão associadas a um número e se jogam dados
contra esses valores para saber se o personagem foi
ou não bem sucedido em sua ação.
Vem daí o apelido de RPG “de mesa”, já que é
comum jogar ao redor desse apoio para os livros,
fichas, dados, etc.
O jogo inteiro baseia-se nas escolhas feitas pelos
personagens que, interpretados pelos jogadores,
modificam a trama, afetando o mundo da narração.
Então o mestre descreve as consequências das ações
dos personagens, e isso gera novas situações para que
eles escolham novas ações. Assim, a história vai se
construindo coletivamente.
Dá um exemplo?
A fantasia medieval é considerada um tema clássico
nos jogos de RPG. Numa aventura típica, quatro
heróis tentam resgatar a filha do justo rei Albert,
sequestrada por um feiticeiro maligno:
NARRADOR – Vocês seguem pelos corredores
escuros e úmidos do subterrâneo da fortaleza. A luz
das tochas de vocês mostra uma bifurcação à frente.
Quando vocês se aproximam, percebem um brilho do
lado direito, como se alguém estivesse segurando
uma tocha também, além da esquina.
O que vocês vão fazer?
PEDRO (guerreiro) – Eu paro e falo baixinho pro
grupo: “E aí, o que faremos agora?”.
HUGO (mago) – Eu olho para o guerreiro e digo:
“Apaga essa tocha, senão podem nos ver também!”.
PEDRO (guerreiro) – Boa ideia! Eu apago a tocha e
faço pego meu escudo e espada, ficando em guarda.
JORGE (caçador) – Eu também vou me preparar!
Pode ser que tenha algum monstro ali na frente eu
preparo meu arco, e ando um pouco para o fundo.
NARRADOR – Ok. Vocês apagam as luzes e sacam
suas armas, preparando-se para o pior.
E você, Bianca?
BIANCA (ladra) – Vou tentar ouvir alguma coisa,
pra saber se tem ou não perigo.
NARRADOR – Ok, Bianca! Vamos rolar os dados!
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https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/rpg.htm
História de Fundo
O passado do seu personagem, o que ele fazia,
como foi criado, suas aspirações e desejos, que
podem ser retratados de uma forma detalhada
ou simplificada de acordo com os desejos dos
jogadores e do mestre:
PASSADO DETALHADO.
Para criação detalhada são 30 perguntas!
Quanto mais perguntas forem respondidas,
mais rico será o seu background, mas com
apenas algumas respostas já é possível seguir
em frente e ter uma personagem interessante.
Lembre-se que todo o passado deve se adaptar
para encaixar-se no enredo proposto pelo
mestre, e claro deve ser aprovado pelo mestre..
1. Qual é o nome dele?
2. Como ele se parece?
3. Quantos anos ele tem?
4. Quando e onde ele nasceu e cresceu?
5. Ele conheceu seus pais?
6. Como foi sua infância?
7. Os pais dele ainda estão vivos?
8. Ele tem irmãos, irmãs ou outros parentes?
9. Ele é casado, noivo ou viúvo?
10. Ele recebeu educação formal?
11. Como ele aprendeu o que ele faz hoje?
12. O que seu personagem faz para viver?
13. Por que ele escolheu essa profissão?
14. Como ele é fisicamente em detalhes?
15. Ele tem algum objetivo?
16. E por que ele tenta fazer isso?
17. O que ele vai fazer quando conseguir?
18. O que ele vai fazer se falhar?
19. Ele tem medo de alguma coisa?
20. Como as outras pessoas o descrevem?
21. Qual é a atitude dele em relação aos
outros?
22. Ele tem alguma coisa a esconder?
23. Como ele passa suas horas de lazer?
24. Que coisas ele gosta de vestir?
25. O que ele gosta mais no trabalho?
26. O que ele gosta de comer?
27. Ele coleciona algo ou tem algum
passatempo?
28. Ele tem algum animal de estimação?
29. Que tipo de companhia prefere?
30. Como é sua rotina diária?
Exemplo Construção - John Simon:
John Simon, humano de tamanho médio,
cabelos negros e curtos, sem pelos na face,
corpo bem construido pelo trabalho no campo e
no exercito, quando não esta de armadura
sempre veste roupas simples, 26 anos, nascido
em uma pequena vila sem nome, nas planícies
de trigo, entrou para o exército do reino aos 16
anos, deixando para trás sua família, pai, mãe e
uma irmã mais nova, treinado como guerreiro
como todo camponês, mas com grande aptidão
para magia arcana, depois de dois anos de
treinamento foi enviado a fronteira do reino,
para se juntar a um pequeno forte, onde
aprendeu as bases da magia arcana, com um
velho soldado de origem nobre, mas exilado,
fazia parte de um pequeno grupo de patrulha,
parte de seu salário como soldado e enviado
para sua família, é uma pessoa simples, de
modos rústicos porém honesto.
(Enredo - aventura).
Durante uma patrulha de rotina foi capturado
por bárbaros das terras do norte, saqueadores,
levado para uma terra estranha por semanas,
para ser vendido como escravo, mas sua sorte
muda, quando durante um ataque de ladrões ao
comboio que o transportava, conseguiu fugir,
com mais três escravos, agora os quatro em
terras bárbaras, irão lutar para voltar a sua terra
e família,
PASSADO SIMPLES.
O famoso “todo mundo já se conhece”, neste
caso se considera uma origem comum para
todos e uma descrição genérica do grupo como
um todo.
Esta abordagem é boa para grupos que querem
um jogo rápido, ou não tem paciência para
criação de personagem mais complexos.
1ª Abordagem - Modo PVE
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Uma abordagem muito comum é de que todo o
grupo já se conhece de longa data, são amigos,
irmãos, têm a mesma origem e que já trabalham
juntos há algum tempo, tendo a confiança
mútua.
Isso tem dois propósitos, o primeiro é evitar que
os jogadores fiquem desconfiando uns dos
outros.
Sendo assim, sempre que as coisas começam a
sair um pouco dos eixos eu posso intervir:
“lembre-se, vocês já se conhecem há anos, já
passaram por coisa pior, parem com essa briga
e pensem em uma solução”.
Assim como dar lembretes aos jogadores mais
safados; “São seus companheiros de armas,
seus irmãos, você não os trairia tão facilmente”.
EX: Nossos quatro heróis, um jovem soldado
das planícies de trigo, um comerciante que
vende suprimentos e dois caçadores de uma
vila rural, estavam em um pequeno forte na
fronteira, durante um ataque são capturados e
levados como escravos, levados por semanas
em um caravana, mas sua sorte muda quando
durante um ataque de ladrões, conseguiu fugir,
agora os quatro agora fugitivos, estão em terras
bárbaras, irão lutar para sobreviver e voltar a
sua terra.

EX: Nossos quatro heróis são jovens guardas

que vem da região dos campos de trigo, fazem
parte de um pequeno grupo de patrulha da
fronteira, treinaram e lutaram juntos, estão a
dois anos trabalhando em um pequeno forte na
fronteira, durante um ataque são capturados e
levados como escravos, transportados por
semanas em um caravana, mas sua sorte muda
quando durante um ataque de ladrões,
conseguiu fugir, agora os quatro agora fugitivos,
estão em terras bárbaras, irão lutar para
sobreviver e voltar a sua terra.

2ª Abordagem - Modo PVP

Outra abordagem muito comum é formar o

grupo por desconhecidos reunidos pelo destino,
cada um com seus objetivos pessoais, mas
trabalhando junto para se manterem vivos e / ou
completar um objetivo impossível de outra
forma.
Neste caso os personagem podem fazer
qualquer coisa, traição, assassinato, mentiras;
claro que para narrar este tipo de aventura o
mestre precisar ser mais esperiente, e saber
improvisar.
Em uma aventura “PVP” aconselho deixar os
jogadores livres até certo ponto, se uma linha
de ação for acabar com a história, ou atrapalhar
a diversão da mesa, o mestre deve intervir.
Apesar que uma mesa que resolva jogar com
modo PVP ativado, já quer ver o circo pegar
fogo.