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Resumo Capítulo 24

No início deste capítulo, é indicado um marco significativo na história da ciência que


ocorreu em 2001: a publicação do sequenciamento completo do genoma humano
nas prestigiadas revistas científicas Nature e Science. Esse feito notável resultou de
anos de árduo trabalho realizado pelo Projeto Genoma Humano, impulsionando
simultaneamente o desenvolvimento de tecnologias mais eficazes e acessíveis para
a análise de genomas. Como resultado desse avanço, muitas outras espécies
tiveram seus genomas sequenciados, ou que culminaram em avanços substanciais
no campo da Genética.

O texto também destaca como a Genética é transformada em realidade, o que


anteriormente era apenas ficção científica. Agora, somos capazes de transferir
genes humanos para plantas e animais, permitindo a produção de proteínas
humanas em vegetais e a ligação dessas proteínas no leite de animais. Além disso,
a Genética viabilizou a manipulação de bactérias para a produção de proteínas
usadas em pesquisas científicas e medicamentos. Também foi possível inserir
genes humanos em porcos, criando linhagens aptas a fornecer órgãos para
transplantes com menor risco de infecção.

O texto ressalta a importância do pesquisador David Baltimore e a necessidade de


adquirir conhecimento científico para compreender e aplicar esses avanços no
campo da Genética. Além disso, ele menciona a visão de Jacob Bronowski sobre a
relevância da educação científica para uma participação social consciente e
responsável.

O conceito de gene é explorado ao longo do capítulo, desde sua concepção inicial


em 1909 por Wilhelm Ludvig Johannsen até sua evolução em consonância com os
avanços genéticos ao longo do tempo. O texto enfatiza a importância de manter o
termo “gene” por motivos práticos, uma vez que sua abolição poderia gerar mais
desafios do que soluções. O texto propõe uma definição que incorpora dados
moleculares sem comprometer a visão tradicional: um gene é um segmento de DNA
contendo informações para a síntese de um polipeptídeo ou de um RNA.

Além disso, o texto descreve o processo pelo qual os éxons são unidos após a
remoção dos íntrons e aborda questões relacionadas ao melhoramento genético,
como a redução da variabilidade genética em linhagens selecionadas, tornando-as
mais vulneráveis ​às alterações ambientais. O conceito de heterose, ou vigor híbrido,
é considerado, com aplicações significativas na agricultura. A Engenharia Genética,
um conjunto de técnicas para manipular o DNA, também é discutida.

Bactérias e vírus desempenham papéis cruciais na Engenharia Genética devido à


sua relativa simplicidade e capacidade de reprodução rápida. Uma única bactéria
pode se duplicar a cada 20 ou 30 minutos, gerando uma grande quantidade de
descendentes geneticamente idênticos em um curto período de tempo, fazendo
com que os cientistas chamem de cópia.

A descoberta das enzimas de restrição, que atuam como "tesouras" moleculares


cortando o DNA em pontos específicos, representou um marco significativo na
Genética. Essas enzimas permitiram que os cientistas cortassem o DNA de maneira
controlada e previsível, viabilizando a análise do material genético de maneiras
anteriormente inimagináveis. O resultado da ação dessas enzimas são fragmentos
de DNA que, quando analisados, revelam um padrão específico para cada molécula
de DNA, abrindo caminho para a identificação precisa de indivíduos por meio da
análise de fragmentos de DNA após o corte pelas enzimas de restrição.

O texto também destaca como os termos "cópia" e "clonagem" expandem seu


significado para além do contexto biológico, sendo agora utilizados em diversas
áreas, como na replicação de telefones celulares e cartões de crédito. Isso ilustra
como os avanços científicos têm um impacto direto na vida cotidiana das pessoas.

Em uma seção subsequente, o livro descreve detalhadamente o processo de


eletroforese em gel como uma técnica para analisar fragmentos de DNA gerados
pela ação das enzimas de restrição. A eletroforese envolve a colocação desses
fragmentos de DNA em uma matriz de gel imersa em uma solução condutiva e, em
seguida, submetê-la a uma corrente elétrica. Os fragmentos, carregados com
qualidades devido à presença de grupos fosfatos, movem-se em direção ao polo
positivo, separando-se com base em seus tamanhos. Fragmentos menores
percorrem a distância mais rapidamente. Isso permite a separação e visualização
dos fragmentos de DNA em faixas distintas no gel, criando um padrão específico
que pode ser analisado, documentado e comparado.

A clonagem de DNA usando plasmídios como vetores é explicada, destacando


como os fragmentos de DNA desejados são inseridos em plasmídios e, em seguida,
introduzidos em bactérias, resultando na produção de cópias idênticas do DNA
recombinante.

O texto também descreve a clonagem de DNA utilizando bacteriófagos como


vetores. Os bacteriófagos são vírus que se reproduzem em bactérias. A técnica
envolve a remoção de genes não essenciais do bacteriófago lambda e a
substituição por fragmentos de DNA de interesse. O DNA recombinante é então
encapsulado por proteínas virais, criando partículas virais capazes de infectar
bactérias e se multiplicar nelas, produzindo cópias idênticas do fragmento de DNA
inserido.

Por fim, o texto destaca como a clonagem molecular tornou possível isolar genes
humanos, ligá-los a plasmídios bacterianos e introduzi-los em bactérias. Isso se
transformou em bactérias em "fábricas" de proteínas humanas, que são produzidas
com sequências de aminoácidos genuinamente humanos, apesar de serem
sintetizadas pelo metabolismo bacteriano. Isso inclui a produção de hormônios
como a somatostatina e a insulina humana, que substituem eficazmente a insulina
de origem não humana, pois é idêntica à insulina produzida pelo corpo humano e
não causa alergias. Vários medicamentos compostos por proteínas humanas são
produzidos a partir de clones bacterianos, representando um avanço significativo na
medicina e na indústria farmacêutica.

O texto aborda também a clonagem de DNA em animais e plantas, destacando as


técnicas envolvidas, como a introdução de genes desejados em células-ovo para
criar animais transgênicos e o uso de plasmídios e técnicas de biobalística para
criar plantas transgênicas. Os regulamentos e os testes de segurança relacionados
a organismos geneticamente modificados (OGMs) são referenciados, com a
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) sendo mencionados como
a autoridade responsável pela regulamentação no Brasil.

Em resumo, este capítulo fornece uma visão abrangente dos avanços na Genética,
desde o Projeto Genoma Humano até as técnicas de clonagem molecular, e destaca
como esses avanços têm um impacto profundo em diversas áreas da ciência e da
sociedade.

Renan Hayashi Moreira


N-33

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