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Geologia

Introdução

Geologia
Joana Torres | 26 de setembro de 2023
Apresentação

joana.torres@iees.pt
Horário de
Atendimento
Funcionamento da UC
Calendarização

Aulas Presenciais
(Terças-feiras, das 9h às 11h30/ 11h30 às 13h - OT)
26/09 21/11
03/10 28/11
10/10 05/12
17/10 12/12
24/10 09/01 – Apresentação dos trabalhos
31/10 16/01 – Apresentação dos trabalhos
(3 horas)
7/11 – Teste escrito 23/01 – Teste escrito
14/11
Avaliação

 Testes escritos – 60% da nota final;


 Trabalho escrito - 20% da nota final;
 Apresentação do trabalho - 10% da nota final;
 Participação na aula e execução das atividades – 10% da nota final.
Bibliografia Recomendada

 Faure, G. & Mensing, T. M (2007). Introduction to Planetary Science - The


Geological Perspective. The Netherlands: Springer.
 McSween,H., Moersch, J., Burr, D., Dunne, W., Emery, J., Kah, L. & McCanta, M.
(2019). Planetary geoscience. New York: Cambridge University Press.
 Grotzinger, J., Jordan, T., Press, F. & Siever, R. (2007). Understanding Earth. New
York: W. H. Freeman and Company.
 Tarbuck, E.J. & Lutgens, F.K. (2005). Ciencias de la Tierra: Una introducción a la
Geología física. 8ª ed. Madrid: Pearson Prentice Hall.
…
I. Terra no Espaço

 Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente


 Ciência como produto da atividade humana
 Ciência e conhecimento do Universo

 Universo

Programa  O que existe no Universo


 Distâncias no Universo

 Sistema Solar
 Astros do sistema solar
 Características dos planetas
I. Terra no Espaço

 Planeta Terra
 Terra e Sistema Solar
 Movimentos e forças

Programa  Terra – Um planeta com vida


 Condições da Terra que permitem a existência
de vida
 A Terra como um sistema
II. Terra em Transformação

 A Terra conta a sua história


 Fósseis e a sua importância para a reconstituição
da história da Terra
 Grandes etapas da história da Terra

Programa  Dinâmica interna da Terra


 Deriva dos continentes e tectónica de placas
 Ocorrência de falhas e dobras

 Consequências da dinâmica da Terra


 Atividade vulcânica: riscos e benefícios da
atividade vulcânica
 Atividade sísmica: riscos e proteção das
populações
II. Terra em Transformação

 Estrutura interna da Terra


 Contributo da Ciência e da Tecnologia para o
estudo da estrutura interna da Terra
 Modelos da estrutura interna da Terra
Programa
 Rochas, testemunhos da atividade da Terra
 Rochas magmáticas, sedimentares e
metamórficas: génese e constituição
 Ciclo das rochas
 Paisagens geológicas
III. Sustentabilidade na Terra

 Gestão sustentável dos recursos


Programa  Recursos naturais: Utilização e consequências
 Proteção e conservação da Natureza
Modelo da Estrutura Interna da Terra
Chico, o que
encontraste sobre a
estrutura interna da
Terra?

Sim, Vamos lá
ver, então…

Encontrei um vídeo.
Podemos ver, professora?
Modelo da Estrutura Interna da Terra

Professora, eu encontrei
dois modelos da estrutura
interna da Terra: o químico
e o físico.
Modelo da Estrutura Interna da Terra
Hum… O que achas
Então, isso significa que do que o teu colega
só um deles está disse Alcides?
correto, não é? Qual é?
Nunca tinha pensado nisso…
Mas realmente não podem
existir dois modelos da
mesma Terra!

Pois… A Terra é só
uma. Por isso, uma
reprodução da Terra
só pode ser uma…
Questões?
O que é um modelo científico?
O que representa?

Podem existir vários


modelos para a
representação de um
determinado fenómeno/
objeto?

Para que servem os modelos? O que é a Ciência?


O que é a Ciência?
Carl Sagan (1936-1996)

A ciência baseia-se na experimentação, numa vontade de desafiar velhos


dogmas e numa abertura para compreender o universo tal como ele é. A ciência é mais
uma forma de pensar do que um corpo de conhecimento.

Edward Teller (1908-2003)


“A scientist has three responsabilities: one is to understand , two is to explain
that understanding and three is to apply the results of that understanding.”

“Conhecimento, especialmente de factos e de princípios, obtido por


estudo sistemático”
Ciência e Pseudociência?

 As teorias cientificas são suportadas por


evidências e geralmente oferecem uma
clara e lógica utilidade (tectónica de placas,
teoria da evolução).

A pseudociência apresenta alegações que


não são fundamentadas em evidências, mas
que são aceites mesmo que não permitam
fazer previsões (criacionismo, astrologia,
rapto por extraterrestre, OVNIS).

Note-se que alguns cientistas do passado


tiveram ideias pseudocientíficas: Newton
praticou alquimia e Galileu fazia horóscopos.
Em ciência, o conhecimento concetual construído traduz-se
em:
FACTOS

CONCEITOS

PRINCÍPIOS

LEIS

TEORIAS

E
MODELOS
 Watson, Crick & Wilkins (1962) – Prémio
Nobel da Medicina com o modelo da
estrutura em dupla hélice do DNA.

 Gabriel Lipmann (1908) – Prémio Nobel


da Física com o modelo ondulatório
com base em interferências.

 (…)
O que são Modelos Científicos?

 São várias as definições de modelos científicos que podemos encontrar:

 Um modelo é um sistema de objetos ou símbolos que representa um aspeto


de um outro sistema (Gilbert & Ireton, 2003);

 Os modelos são as ferramentas representacionais primárias nas ciências. Os


cientistas usam modelos para representarem aspetos do mundo com
objetivos específicos (Giere, 2004);

 Um modelo é uma representação de como alguns aspetos do mundo


funcionam (Windschitl & Thompson, 2006).
O que são Modelos Científicos?
Exemplos
O que pode ser representado por
um modelo?
✓ Objetos e fenómenos observáveis e não observáveis;

✓ As suas propriedades e estados;

✓ Sequências de eventos e ideias de como o mundo funciona;

✓ Ideias abstratas.

Um modelo representa aspetos


Alvo específicos de um alvo de acordo
com um determinado propósito!

Bailer-Jones (2002) afirma que os modelos são caracterizados


por simplificações e omissões com o objetivo de capturar a
essência do que é representado!
Qual o propósito da utilização de modelos
científicos na ciência?

 Os modelos científicos são construídos com a intenção de


descrever, explicar e/ou prever o comportamento de objetos,
fenómenos ou sistemas;

 São usados para potenciar a visualização e como forma de


apoiar tanto a criatividade como de favorecer a compreensão;

 São usados como auxiliares na comunicação em contextos onde


os cientistas partilham o seu conhecimento com os seus colegas ou
com o público;
Qual o propósito da utilização de modelos
científicos na ciência?

 São usados como recursos visuais que simplificam e


enfatizam certos aspetos do sistema alvo → suportam a
compreensão;

 Alguns autores consideram que o poder explicativo dos


modelos advenha do uso da analogia.
Qual o propósito da utilização de modelos
científicos na ciência?

Sibley (2009) define modelos científicos como


representações partilhadas por especialistas para fazer
previsões ou retroprevisões sobre conceitos, objetos, sistemas,
dados, processos ou eventos.

Retroprevisão
Inferência sobre eventos passados.

Um aspeto fundamental do
raciocínio geológico.
Modelos científicos em Geologia

Na investigação em Geologia, os modelos são


muito utilizados, uma vez que a Geologia lida com
processos e forças que não podem ser diretamente
percecionados.

Henry Cadell
(1890)
Modelos científicos em Geologia

Geologia
• Durante grande parte da história da Geologia, o Trabalho
de Campo foi considerado como o modo de
investigação predominante.

• Ciência histórica baseada essencialmente na


observação.

“Um geólogo é fundamentalmente um naturalista viajante;


praticar esta ciência sem viajar é impossível (…) os objetos que tem de
estudar não podem ser trazidos para casa.”
(Vogt, 1846)
Modelos científicos em Geologia
James Hutton Pai da Geologia moderna.

James Hall fundador da Geologia experimental.

Testar materiais rochosos para confirmar a visão de Hutton -


Plutonismo

Construção de modelos de montanhas – Hall’s compression box

“We are never more disposed to give credit to a philosophical system,


than when we meet with a case of its successful application.”
Hall, 1815
Modelos científicos em Geologia
Modelação Experimental do processo Início do séc. XIX
de formação de montanhas

Hall (1815) é considerado o primeiro


geólogo a desenvolver esta abordagem para
explicar a origem das dobras que observava
ao longo da costa oriental da Escócia.

Hall simulou em laboratório a


formação de dobras usando
tecidos confinados verticalmente
e comprimidos horizontalmente
com a ajuda de pedaços de
madeira.
Modelos científicos em Geologia
O seu segundo dispositivo era mais sofisticado, uma vez que era
usado um pistão para encurtar as camadas de argila.

Através destes modelos, Hall era bem sucedido conseguindo


demonstrar a formação de dobras, enfatizando a influência da
compressão horizontal nos mecanismos de dobras.
Modelos científicos em Geologia

O recurso à experimentação foi largamente contestado, uma vez que através desta
podemos demonstrar que uma causa proposta pode produzir um efeito observável, mas não
prova a sua ocorrência na natureza.

James Hutton também não aprovava o recurso à experimentação, referindo que


condições de pressão e de temperatura no interior da Terra não podiam ser recreados à
superfície usando pequenos modelos.
Modelos Cosmológicos
Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.)

✓ A Terra seria uma coluna cilíndrica, no


centro do Universo, e numa das superfícies
situar-se-ia a humanidade.
✓ Primeiro filósofo a especular acerca das
distâncias e dimensões relativas dos corpos
O “anel” da Lua

O “anel” do Sol

celestes.
✓ Salto significativo, no sentido em que se
A Terra

considerava que a Terra flutuava, sendo as


realidades mitológicas substituídas por
realidades físicas → primeira revolução
cosmológica e o ponto de partida para o
Modelo de Universo de Anaximandro – Cada anel é preenchido por fogo. Só o vemos
quando o buraco de cada anel passa por nós. pensamento científico.
Retirado de: http://astronomy.swin.edu.au/cosmos/a/anaximander

✓ Visão antropocêntrica do mundo.


Modelos Cosmológicos
Eudoxo de Cnido (390-338 a.C.)

✓ Dois princípios fundamentais:


 (i) os planetas moviam-se segundo órbitas circulares e
 (ii) as esferas incluídas no seu modelo situavam-se umas dentro das
outras, concêntricas em relação à Terra.

27 esferas
concêntricas, com
tamanhos diferentes,
com os seus eixos
inclinados entre si e
polos fixados na esfera
imediatamente
superior. Modelo Cosmológico de Eudoxo simplificado
Retirado de: http://www.mogi-vice.com/Pagine/Downloads.html

Preocupa-se com a sistematização da descrição do movimento


dos planetas.
Modelos Cosmológicos
Eudoxo de Cnido (390-338 a.C.)
Modelos Cosmológicos
Aristóteles (384–322 a.C.)

✓ Terra esférica e no centro do Universo;

✓ Terra imóvel e rodeada pela Lua,


Mercúrio, Vénus, Sol, Marte, Júpiter, Saturno
e as estrelas;

✓ Modelo com 55 esferas.

Universo Aristotélico
Retirado de: http://www.benitopepe.com.br/2009/09/19/a-fisica-e-a-astronomia-
de-aristoteles-%E2%80%93-uma-visao-geral/

Modelo de Eudoxo e o de Aristóteles → explicam, embora com imprecisão,


paragens e retrocessos na órbita de um planeta, nunca explicou a sua variação
de tamanho e brilho.
A insatisfação provocada por estes modelos levou Heraclides e Aristarco a
desenvolverem um ramo revolucionário na cosmologia.
Modelos Cosmológicos
Heraclides (375-310 a.C.)

✓ Terra gira à volta do seu próprio eixo - sucessão dos dias;


✓ As estrelas consideradas fixas.
✓ Vénus não se movia realmente num círculo à volta da Terra, mantendo-se sempre,
juntamente com Mercúrio, próxima do Sol.

Originalidade e desprezo
pela tradição académica,
contradizendo o próprio
Platão relativamente ao
Universo de Heraclides. imobilismo da Terra.
Retirado de: Koestler (1989), p. 48; http://www.portaldoastronomo.org/tema_pag.php?id=38&pag=2
Modelos Cosmológicos
Aristarco de Samos (310-230 a.C.)

✓ Modelo heliocêntrico - Terra rodava em torno do seu próprio eixo e em torno


do Sol.

Permaneceu um sistema
astronómico monstruoso durante
1500 anos, podendo este exemplo
ser considerado um dos mais
tortuosos ao nível do progresso da
ciência e uma afronta à inteligência
humana.

Sistema de Epiciclos de
Ptolomeu
Modelo de Aristarco de Samos – o primeiro sistema heliocêntrico.
Retirado de: www.portaldoastronomo.org/tema_pag.php?id=38&pag=2 (Créditos: A.
M. Morais e P. Maurício)
Modelos Cosmológicos
Cláudio Ptolomeu (90-163 d.C.)

✓ Modelo de Ptolomeu aceite até ao surgimento do modelo de


Copérnico;
✓ A Terra era o centro do Universo e o Sol, a Lua, os planetas e as
estrelas giravam à volta desta.

✓ Os planetas giravam em
volta da Terra segundo uma
circunferência, através de
uma roda excêntrica –
epiciclo.

Cujo centro se move a


uma velocidade uniforme à
volta dessa circunferência de Universo deEpiciclo
CláudionoPtolomeu
sistema de Ptolomeu - a pequena esfera, epiciclo,
contendo o planeta, revolve-se ligada a uma esfera de maior tamanho
maior tamanho – deferente.
Retirado de: http://profbiriba.blogspot.pt/2011/01/aula-o-sistema-cosmologico-
em http://www.ghtc.usp.br/server/Sites-
de-ptolomeu.html; rotação, produzindo um movimento retrógrado aparente
Retirado de: Cosmos, p. 56
HF/Geraldo/ptolemaico.htm
Modelos Cosmológicos
Cláudio Ptolomeu (90-163 d.C.)

✓ Modelo de Ptolomeu aceite até ao surgimento do modelo de


Copérnico;
✓ A Terra era o centro do Universo e o Sol, a Lua, os planetas e as
estrelas giravam à volta desta.

✓ Os planetas giravam em
volta da Terra segundo uma
circunferência, através de
uma roda excêntrica –
epiciclo.

Este modelo
Cujo centro permitia
se moveobter
a previsões
suficientemente
uma boas para
velocidade uniforme à a precisão
das medições
volta na épocade
dessa circunferência de Ptolomeu Universo deEpiciclo
CláudionoPtolomeu
sistema de Ptolomeu - a pequena esfera, epiciclo,
contendo o planeta, revolve-se ligada a uma esfera de maior tamanho
maior
e nostamanho – deferente.
séculos seguintes.
Retirado de: http://profbiriba.blogspot.pt/2011/01/aula-o-sistema-cosmologico-
em http://www.ghtc.usp.br/server/Sites-
de-ptolomeu.html; rotação, produzindo um movimento retrógrado aparente
Retirado de: Cosmos, p. 56
HF/Geraldo/ptolemaico.htm
Modelos Cosmológicos
Nicolau Copérnico (1473–1543)

Modelo Heliocêntrico

Revolução Heliocêntrica

• Revolução de ideias.
• Transformação das conceções que o homem tinha do Universo e
da sua própria relação com ele.
• Revolução global porque atingiu várias áreas, não só a Astronomia,
(cultural, filosófica, política, religiosa e social).

Proposto inicialmente por


Aristarco de Samos (séc. III
a.C.)
• O Sol ocupa uma posição central no Universo e
a Terra passa a ser o terceiro corpo celeste, logo
após Mercúrio e Vénus.
• A Lua perde o estatuto de planeta e passa a ser
um satélite da Terra.
Modelos Cosmológicos
Nicolau Copérnico (1473–1543)

Modelo Heliocêntrico

Revolução Heliocêntrica

• Revolução de ideias.
• Transformação das conceções que o homem tinha do Universo e
da sua própria relação com ele.
• Revolução global porque atingiu várias áreas, não só a Astronomia,
(cultural, filosófica, política, religiosa e social).

Proposto inicialmente por


Aristarco de Samos (séc. III
a.C.)
• O Sol ocupa uma posição central no Universo e
a Terra passa a ser o terceiro corpo celeste, logo
após Mercúrio e Vénus.
• A Lua perde o estatuto de planeta e passa a ser
um satélite da Terra.
Modelos Cosmológicos
Galileu Galilei (1564–1642)

• Observou dezenas de estrelas que nunca tinham


sido encontradas; 4 satélites de Júpiter:
• Observou também outros corpos celestes. Io, Europa, Ganimedes e
Calisto

Júpiter
7 de janeiro
(1610)

8 de janeiro
(1610)

10 de janeiro
(1610)

Observação dos satélites de Júpiter: registos de Galileu. Modelo heliocêntrico: alterações de Galileu.
Retirado de: http://www.ccvalg.pt/astronomia/historia/galileu_galilei.htm
Retirado de: http://www.prof2000.pt/users/ fra.pinto/fq_galileu.htm

Surge a prova que a Terra não é o centro do Universo, já que os


corpos celestes giram também em torno dos outros planetas.
Modelos Cosmológicos
Galileu Galilei (1564–1642)

Vénus Saturno
✓ Também girava em torno do Sol; ✓ O telescópio de Galileu não tinha
✓ Não possui luminosidade própria. resolução suficiente para descobrir
os anéis de Saturno.
✓ Galileu achava que este planeta
tinha duas pequenas luas em lados
opostos e bem próximas do seu
plano equatorial;
A Lua e todos os outros planetas têm algo ✓ Parece que Saturno possuía duas
em comum com a Terra, nenhum deles protuberâncias laterais.
tem luminosidade própria, apenas
refletem a luz que recebem do Sol.

Muitas obras foram proibidas, foi julgado


pela inquisição (1633), ameaçado de tortura
e obrigado a confessar que defendia ideias
proibidas.
Negou defender a teoria heliocêntrica e foi Protuberâncias de Saturno.
condenado a prisão domiciliária perpétua. Retirado de: http://blog.cienctec.com.br/cosmologia/ 400-anos-da-observacao-de-saturno-
por-alileu/comment-page-1/
Modelos Cosmológicos
Aperfeiçoamento dos instrumentos de observação;
Nos séculos
seguintes, outros Construção de observatórios;
contributos foram
dados à história da Desenvolvimento de tecnologias que melhoraram a
Astronomia observação do céu;
Ajuste dos modelos já conhecidos.

Desenvolvimento
Tecnológico
O homem passou a
- Envio de sondas para o espaço;
observar o espaço de
- Desenvolvimento de instrumentos;
outra perspetiva
- Realização de viagens espaciais.

Todos os avanços só foram possíveis graças Compreensão de fenómenos que


à colaboração dos povos e dos
as civilizações antigas não
astrónomos que contribuíram com os seus
trabalhos. conseguiram perceber.
Princípios básicos do raciocínio
geológico
Geologia
Ciência que estuda a Terra desde a sua origem até à atualidade, preocupa-se
em compreender a sua formação, estrutura e as sucessivas transformações que
foram afetando os diferentes subsistemas que a compõem.
Princípios básicos do raciocínio
geológico

 Catastrofismo – foi o princípio mais aceite até meados do século XVIII e o


seu principal defensor foi Cuvier. Segundo o catastrofismo, as grandes
alterações ocorridas à superfície da Terra foram provocadas por
catástrofes, como, por exemplo, grandes inundações.
 Uniformitarismo – Hutton considerava que:
 As leis naturais são constantes no tempo e no espaço;
 O passado pode ser explicado com base no que se observa hoje, uma vez que
as causas de determinados fenómenos do passado são idênticas às que
provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente. Este princípio designa-se
“Princípio do atualismo” e defende que “o presente é a chave do passado”.
 Os processos geológicos são lentos e graduais – princípio do gradualismo. Na
atualidade os fenómenos geológicos são, em regra, lentos e graduais. Hutton
inferiu que no passado também o seriam (mudanças geológicas são cíclicas).
Princípios básicos do raciocínio
geológico

 Neocatastrofismo – reconhece o uniformitarismo como o guia principal


que permite entender os processos geológicos, mas não exclui que
fenómenos catastróficos ocasionais tenham contribuído para eventuais
alterações localizadas na superfície terrestre.

“Embora nenhum cientista duvide de que ‘a maior parte’ das mudanças


da Terra sejam graduais, os geólogos agora são livres para explorar
eventos catastróficos ocasionais que pontuaram a história da Terra”.
(Alvarez, 2000, p. 178)
Princípios básicos do
raciocínio geológico

 Princípio da sobreposição –
numa série de estratos na sua
posição original, qualquer
estrato é mais recente do que
os estratos que estão abaixo
dele e mais antigo do que os
estratos que a ele se
sobrepõem.
Princípios básicos do
raciocínio geológico

 Princípio da continuidade
lateral – em colunas
estratigráficas de dois lugares
afastados é possível relacionar
cronologicamente estratos
idênticos dos dois locais
(mesmo que tenham
dimensões variáveis), desde
que as sequências de
deposição sejam semelhantes.
Princípios básicos do
raciocínio geológico

 Princípio da identidade paleontológica – fósseis de


determinados grupos aparecem numa ordem definida e os
estratos que possuem os mesmos fósseis têm a mesma idade.
Princípios básicos do
raciocínio geológico

 Princípio da interseção – qualquer estrutura que intersete vários


estratos formou-se depois deles e é, portanto, mais recente.
Princípios básicos do
raciocínio geológico

 Princípio da inclusão – fragmentos de rochas incorporados ou


incluídos numa rocha são mais antigos do que a rocha que os
engloba.
Corte geológico de uma região hipotética.

Retirado de: Tarbuck, E.J. & Lutgens, F.K. (2005). Ciencias de


la Tierra: Una introducción a la Geología física. 8ª ed.
Madrid: Pearson Prentice Hall.

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