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Rússia e China vetam


resolução dos Estados
Unidos sobre guerra de
Israel no Conselho de
Segurança
Proposta americana foi construída focada no
“direito de autodefesa” de Israel e sem apelos por
um cessar-fogo, mas pausas humanitárias

Conselho de Segurança da ONU, na sede da organização


em Nova York
20/09/2023REUTERS/Mike Segar

Tiago Tortella, da CNN


em São Paulo

25/10/2023 às 16:56 | Atualizado 25/10/2023 às 18:00

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A resolução dos Estados Unidos sobre a


guerra de Israel foi vetada pela Rússia e
pela China em votação no Conselho de
Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU) nesta quarta-feira (25).

Os Emirados Árabes Unidos também


votaram contra a proposta, enquanto 10
membros votaram a favor e dois se
abstiveram (Brasil e Moçambique).

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Conforme informou Daniel Rittner, diretor


editorial da CNN em Brasília, a proposta
americana foi construída focada no
“direito de autodefesa” de Israel e sem
apelos por um cessar-fogo, mas
pausas humanitárias.

O rascunho dos EUA falava apenas em


“pausas humanitárias” para o acesso de
insumos básicos, como água, alimentos,
combustíveis e medicamentos, à
população civil na Faixa de Gaza.

Leia Mais:

Gaza viveu 16 anos de


“antidesenvolvimento”, diz relatório da
ONU sobre economia palestina

Entenda como a ONU atua na solução


de conflitos mundiais

Com sequência de vetos, ONU terá


“guerra de resoluções” até sexta-feira

Antes da votação, a representante dos


EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield,
afirmou que o documento era “forte e
equilibrado” e que tinham se engajado
em dialogar com todos os membros do
Conselho para modificações no texto.

Ela pontuou também que “o voto por


essa resolução envia a mensagem que
todos os reféns precisam ser libertados
imediatamente, sem condições” e que
mais ajuda humanitária é necessária em
Gaza.

Por fim, a diplomata ressaltou que são


precisos “passos concretos” para evitar
expansão do conflito para além de Gaza
e de um trabalho conjunto para diminuir
o armamento e financiamento do
Hamas, visando um futuro “onde dois
Estados democráticos possam viver em
paz.

Em seguida, o representante da Rússia,


Vasily Nebenzya, criticou o documento
proposto pelos americanos, destacando
que seria “politizado” e teria objetivo
apenas de garantir a situação política
dos EUA na região.

Resolução russa também é


rejeitada

Em seguida, um documento formulado


pela Rússia também foi rejeitado pelo
Conselho de Segurança da ONU.

Ainda segundo Rittner, o documento


propunha um “cessar-fogo humanitário”
e pedia a Israel que cancele
“imediatamente” a ordem de retirada
dos palestinos do norte de Gaza.

A votação desta quarta-feira (25)


atrasou, porque países pediram
consultas diplomáticas fechadas antes
que a reunião acontecesse, conforme
informou Mariana Janjácomo,
correspondente da CNN.

Isso aconteceu também no primeiro dia


em que seria votada a resolução
brasileira e outra da Rússia, com a
representante dos Emirados Árabes
pedindo mais tempo para que o tema
fosse analisado e que sugestões fossem
feitas.

Entretanto, naquele mesmo dia, o


representante russo colocou o
documento a votação, que acabou
vetado. Dias depois, os Estados Unidos
vetaram o texto brasileiro, que teve forte
apoio dos outros integrantes do
Conselho.

Assembleia-Geral da ONU
discutirá guerra de Israel

Nesta quinta-feira (26), a Assembleia-


Geral da ONU se reúne para debater o
conflito no Oriente Médio.

Por iniciativa de 57 países de maioria


muçulmana, divididos em dois blocos
(Grupo Árabe e Organização para a
Cooperação Islâmica), uma resolução
alternativa poderá ser votada na sexta-
feira (27).

Na Assembleia-Geral, resoluções sobre


guerra e paz são aprovadas por dois
terços dos votos. Não há poder de veto
dos membros permanentes do Conselho
de Segurança.

A minuta submetida pelos países


muçulmanos também replica, em boa
parte, a linguagem sugerida pelo Brasil
na semana passada. Não fala em “direito
de autodefesa” de Israel, pede um
“cessar-fogo imediato” e pede que as
ordens de evacuação dos palestinos do
norte de Gaza sejam encerradas.

O documento aborda ainda a


“importância de prevenir maior
desestabilização e escalada da violência
na região”, além de pedir a “todas as
partes a exercitar máxima contenção”
para atingir esses objetivos.

Entretanto, todas as resoluções são


recomendações e não tem cumprimento
obrigatório por parte das nações citadas.
Entenda o papel da ONU em conflitos
através desta matéria.

*com informações da Reuters, de Daniel


Rittner e de Mariana Janjácomo, da CNN

Tópicos

China Conselho de Segurança da ONU

Estados Unidos Faixa de Gaza Gaza

Guerra de Israel Hamas Israel

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Oriente Médio Rússia

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