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Israelo-Palestinos
* Abertura *
* Parte do repórter *
* Perguntas*
O que ela sabe sobre o conflito?
Onde busca informações?
Que tipo de posição ela apresenta?
A pessoa responde
* Narração concluindo *
Créditos finais
Pesquisa:
O grupo islâmico armado Hamas surpreendeu Israel em 7 de
outubro com um ataque surpresa que se destacou como um dos
mais significativos sofridos pelo país nos últimos anos. Ao
reivindicar essa ofensiva, o Hamas anunciou o início de uma
operação com o objetivo de recuperar o território. Desde então, a
fase mais aguda do conflito deixou milhares de mortos, entre civis
e militares, e milhões de pessoas desalojadas. Convém recordar
que, desde o início das hostilidades entre Israel e Hamas, a
comunidade internacional externou preocupação com a vida de
palestinos e israelenses e defendeu um cessar-fogo em nome dos
direitos humanos. Embora essa fosse a retórica de lideranças dos
Estados que são membros permanentes do Conselho de Segurança
da ONU, como EUA, Inglaterra, França, Rússia e China, os
documentos lá apresentados para viabilizar uma paralisação dos
ataques militares na região foram recusados. Por quê? A resposta
a essa questão muito tem a ver com o interesse geopolítico dos
Estados direta e indiretamente envolvidos no Para Israel, o contra-
ataque violento visando a desmantelar o Hamas tem um triplo
objetivo: primeiro, o de atender a uma demanda do público
interno, que cobrou do governo de Benjamin Netanyahu uma
resposta às ações terroristas do Hamas; segundo, o de mobilizar
forças políticas domésticas para apoiar o primeiro-ministro
israelense, que vinha sofrendo críticas e perdendo aliados até
então; e terceiro, o de demonstrar força perante os Estados
islâmicos e os grupos extremistas do Oriente Médio,
historicamente contrários à existência do Estado de Israel no
território palestino. Para os EUA, duas são as razões para apoiar o
contra-ataque israelense: a primeira é a aliança estratégica com
Israel, que desde os anos 1960 vem sendo parceiro de Washington
para dissuadir países islâmicos de maximizarem poder regional e
interferirem no regime do petróleo; e a segunda é a tentativa de
Joe Biden mostrar para o eleitorado americano que é capaz de
sustentar uma política externa de afirmação de superpotência,
como Donald Trump e os republicanos defendem.
cada imagem de mortos e feridos que circula pelas mídias
interativas e de massa A solidez da parceria entre EUA e Israel
fez com que os estadunidenses recusassem os documentos
favoráveis a um cessar-fogo apresentados no Conselho de
Segurança e na Assembleia Geral da ONU. Para os americanos,
importa culpabilizar o Hamas pelo terrorismo praticado em 7 de
outubro e reconhecer o direito de Israel atacar a Faixa de
Gaza. As propostas para um cessar-fogo também têm esbarrado
na posição da Rússia, um país histórica e estrategicamente
antagonista dos EUA. Para os russos, um documento que estipule
uma pausa nas hostilidades só será aceito se o Estado de Israel
também for responsabilizado pela violência contra os direitos
humanos na Faixa de Gaza. Ao tomar tal posição, a Rússia
contempla o interesse de seu aliado no Oriente Médio, o Irã, país
que converge com o posicionamento do Hamas, do Jihad
Islâmico, do Hezbollah libanês e dos Houthis do Iêmen (os grupos
que anunciaram participação nos ataques aos israelenses) a
respeito da criação do Estado palestino sem a existência de Israel.