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MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS

A curadoria da ELD como curadoria integral do Museu

António Ponte
2023.10.04
OS MUSEUS NÃO SÃO ISENTOS…provavelmente nunca foram!

Os museus têm poder… e esse poder foi sempre utilizado ao longo dos tempos
Que papel desempenharam os museus ao longos dos tempos?

Foram lugares de recolha

Foram lugares de apresentação

Foram lugares de discussão

As funções culturais, técnicas, sociais e educativas do Museu


Do século XVIII ao século XXI

O que espera hoje a sociedade do Museu?

O Museu na era digital… (desde as funções técnicas às culturais e sociais…)

Como vemos o museu para o futuro?

Recurso Acolhimento Recurso


Patrimonial Interpretação Cultural
valor
The Museum Today

Today, museums must become agents of change and development: they must mirror events in
society and become instruments of progress by calling attention to actions and events that will
encourage development in the society. They must become institutions that can foster peace, they
must be seen as promoting the ideals of democracy and transparency in governance in their
communities, and they must become part of the bigger communities that they serve and reach
out to every group in the society.

https://pdfcoffee.com/the-role-of-a-museum-pdf-free.html, 2022.05.11
Definição de Museu – ICOM 2022

“Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos e ao serviço da sociedade, que
pesquisa, coleciona, conserva, interpreta e expõe o património material e imaterial. Abertos ao
público, acessíveis e inclusivos, os museus fomentam a diversidade e a sustentabilidade. Com
a participação das comunidades , os museus funcionam e comunicam de forma ética e
profissional, proporcionando experiências diversas para educação, fruição, reflexão e partilha de
conhecimento.”
Museu na atualidade

• Lugar de Conhecimento

• Produção de conhecimento
• Investigação Cientifica
• Articulação com instituições do ensino superior
• Articulação com Institutos de investigação
• Reinterpretação das coleções – oficinas e residências de
estudantes

• DIFUSÃO DE CONHECIMENTO – MEDIAÇÃO COM PÚBLICOS


Museu na atualidade
• Lugar de Educação

• Relacionamento com as comunidades escolares


• Relacionamento com as comunidades locais
• Lugares de conhecimentos não formais
• Relacionamento da educação formal e não formal

• MUSEU – LUGAR DE APRENDIZAGENS – MEDIAÇÃO COM PÚBLICOS


Museu na atualidade
• Lugar de Sociabilidade

• Espaço de convivência social


• Espaço de fruição cultural
• Espaço de encontro
• Lugar de reflexão coletiva
• Lugar de perceção do tempo e do lugar
• Residências criativas

• Museu – espaço sem portas – PRAÇA PÚBLICA


Museu na atualidade
• Lugar de Confluência

• Museu espaço de integração social – lugar para as minorias


• Museu espaço de inclusão – redução da diferença
• Museu espaço acessível
• Físico
• Comunicacional
• emocional

• Museu – espaço de e para todos


Museu na atualidade
• Lugar de Contemporaneidade

• No modo de operar. No cumprimento das suas funções museológicas


• No modo de pensar – Pensar contemporâneo, pensar de que forma
podemos discutir os assuntos do “nosso mundo/tempo” com as coleções
do nosso museu
• Museu que pertence a um lugar mas que age a pensar global
• Na ação de criação de conceitos
• Lugar de perceção do tempo e do lugar

• Museu – espaço de reflexão e de confronto


Museu na atualidade
• Lugar de fruição cultural e lúdica

• Programas Culturais
• Relação entre a programação e as coleções
• Relação entre a programação e os modelos de pensamento
• Envolvimento da comunidade na definição da programação
• Oficinas de criação e educação pela arte
• Ciclos programáticos de continuidade

• Museu – espaço de criação


MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS

A sua História prova que nunca foi isento…


1833 1837 1911 1940

1950 1970
1833 – Fundação por D. Pedro IV – Museu Portuense de Pinturas e Estampas
Resultado dos ideais iluministas e liberais. Primeiro Museu de Arte de Portugal

1839 – O acervo do Museu transitou para a direção da Academia Portuense de Belas-Artes, promovendo
o fortalecimento da relação entre o museu e o ensino artístico no século XIX.

1911 - A atribuição do nome de Soares dos Reis


Evoca o primeiro pensionista do Estado em escultura pela Academia Portuense de Belas Artes: António Soares
dos Reis, o célebre autor do Desterrado, laicizando ainda mais esta instituição.

1940 - instalação no Palácio dos Carrancas. Faz parte do percurso recente do Museu, na altura sob direção de Vasco
Valente.

1942 - Procedeu-se ao depósito das coleções do extinto Museu Municipal do Porto, conferindo ao museu clássico de
Belas-Artes um carácter misto, alargando o âmbito e a missão do Museu e abrindo portas ao colecionismo.

1950 - Atração de novas coleções marca a tendência do Museu. Sob a direção de Barata Feyo procura de uma certa
modernidade manifestada pela aquisição de obras de autores contemporâneos.

1970 - Colaboração com o Centro de Arte Contemporânea (C.A.C.), de cuja atividade se partiu para o projetado Museu
Nacional de Arte Moderna, atual Fundação de Serralves.

1974 - Traduziu-se em novos apelos a artistas jovens, deixando em definitivo para trás uma ótica colecionista e
propondo-se a abertura do espaço fechado do museu clássico a uma nova arte e a um novo público, geradores de
vitalidade e dinamismo.
MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS

1833 - 2023

190 anos
A caminho do bicentenário
O MNSR em mudança

UM MUSEU DE PESSOAS, POR PESSOAS E PARA PESSOAS


Missão
O Museu Nacional Soares dos Reis pretende ser um lugar de pertença, identidade e construção de
significados a partir das coleções.

Abordagem complementar

O MNSR pretende ser um espaço plural, de partilha de identidade e pertença através da arte e cultura,
promovendo a reflexão, a criatividade e o pensamento crítico contemporâneo partindo das coleções que
guarda, conserva, investiga e comunica.
Visão

Tendo em conta a missão que apresentamos e posicionamento que consideramos que o museu deve ter,
vemos o museu como uma estrutura cultural que:

- Pensa o global e age a partir do local;


- Procura integrar o pensamento contemporâneo na abordagem das suas atividades e programação, não
meramente pelo cruzamento com obras de artistas contemporâneos, mas pela discussão ideológica e
utilização dos seus acervos com novas leituras;
- Se constitui como um centro de referência no conhecimento, em Portugal e no estrangeiro, no domínio da
arte moderna e contemporânea;
- Se afirma um ponto nodal na cidade e no país na abordagem e posicionamento no setor da educação, do
desenvolvimento e promoção da igualdade, no debate de temas políticos, sociais e culturais, procurando com
isto atrair novos públicos tornando-se um polo de democracia cultural;
- Promove a divulgação da sua coleção com uma abordagem inovadora, capaz de se modernizar e utilizar as
ferramentas digitais - e que consiga atrair mais visitantes e acolher a diversidade social;
- Que caminha no sentido de afirmar a sua sustentabilidade patrimonial e financeira.
Valores
- Excelência do Serviço;
- Cooperação e trabalho em rede;
- Valorização do papel das comunidades patrimoniais e comunidades de vizinhos;
- Contemporaneidade na abordagem temática;
- Respeito pelo local;
- Pensamento Global;
- Qualidade da programação;
- Rigor, transparência e eficiência na gestão dos recursos;
- Rigor científico;
- Criatividade;
- Fruição;
- Integração e inclusão;
- Educação e justiça social
- Inovação
Acesso físico V Acesso Intelectual
Um novo modelo – Partilhar e decidir
Discutir e refletir em conjunto
Escutar e analisar

Plano Nacional das Artes


Escutar e analisar

Acesso Cultura
Escutar e analisar

Alunos da UP – FLUP e FAUP


Planificar e pré-avaliar

Comunicação on-line

Acesso Cultura – Arquitetura e


Conteúdos
museusoaresdosreis.gov.pt
Planificar e pré-avaliar

Acessos físicos e intelectuais

Acesso Cultura - Conteúdos


O Museu em projeto
O Museu em projeto
O Museu em projeto
O Museu em projeto
O Museu em projeto
O Museu em projeto
O Museu em projeto
Produzir – entre o projeto e
produção
Produzir – entre o projeto e
produção
Produzir – entre o projeto e
produção
Planificar e pré-produção

Projeto de museografia
Planificar e pré-produção

Projeto de museografia
Planificar e pré-produção

Projeto de museografia
Planificar e pré-produção

Comunicação
Planificar e pré-produção

Comunicação
Produzir - Rever

Acesso Cultura –Conteúdos


acessíveis (linguagem clara)
Conservação e Restauro
Salas de Exposição de Longa Duração – Nº 27
Salas de Exposição de Longa Duração – M2 1.900
Salas de Exposições Temporárias – N.º 5
Salas de Exposições Temporárias – M2 1.192
Peças na Exposição de Longa Duração – N.º Total 1133
Peças na Exposição de Longa Duração – N.º por coleção
Pintura 322
Escultura 97
Cerâmica 122
Vidro 46
Mobiliário 25
Joalharia / Ourivesaria 298
Têxteis 8
Lapidária 49
Desenho 28
Diversos 93
Miniatura 31
Obj. Arqueológicos 9
Obj. Históricos 2
Instrumentos Musicais 3
Peças Restauradas para a ELD – N.º 230

O Museu em Números
Laboratório de MNSR 122
Laboratório José de Figueiredo 40
Com o apoio do CDJF no Lab. do MNSR 68
Trabalhar em comunidade de vizinhos

Territórios Patrimoniais
Trabalhar em comunidade de vizinhos

Territórios Patrimoniais – Outros


Lugares
Trabalhar em comunidade de vizinhos

Territórios Patrimoniais – Outros


Lugares

Arte e Saúde - CHUP


Programas Participativos

Depositorium
Equipa do Museu
Diretores das F Medicina
Programas Participativos

Peça do Mês

A Escolha do Público
OBRIGADO

António Ponte
Antonioponte.diretor@mnsr.dgpc.pt
antóniotponte@gmail.com

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