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TEMPLO DE QUIMBANDA
REINO DE EXU
TATA LUCY
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DIVINDADE EXU
O culto necromante
O povo africano tem uma relação com os mortos, que vai de encontro com
as práticas e concepções cristãs. Morrer significa uma mudança de estado,
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Assim, fica Claro que o Exu, chamado na atualidade de Exu egum, ou ainda
Exu catiço, nasceu dentro do oculto dos mortos e ultrapassou á esfera que
diferenciava as nações.
Cada Rei sempre com a sua respectiva Rainha. Dentro do nosso culto
entendemos que não existe um Rei se não tiver do lado uma Rainha. E a
Quimbanda também não existiria se não fosse a ação dessas bravas bruxas
feiticeiras.
É importante que os adeptos saibam a qual Reino e Falange seu mestre
pessoal Exu pertence. Pois desse ponto de partida que os sacerdotes irão
saber quais elementos devem ser postos em seus assentamentos e firmezas,
para um melhor aproveitamento das energias desse espírito, bem como um
ponto de força onde melhor esse espírito recebe de seu protegido suas
oferendas. Agora vamos resenhar um pouquinho sobre os sete reinos e suas
falanges, lembrando que um estudo mais aprofundado é mais indicado,
aqueles que buscarem uma iniciação na Quimbanda e aqui estamos apenas
pincelando o que podemos chamar de um pré iniciático, pois quando se fala
de firmeza de Exu é exatamente isso que todas as tradições tem como um
começo no culto.
REINO DO CRUZEIRO
REINO DA LIRA
Reino da Praia
Uma coisa que todos devem se perguntar é porque cultuar Exu? Porque
adentrar neste culto? O que me motiva, impulsiona?
Se todos se perguntassem e conseguissem responder com sinceridade a si
mesmos, todos os cultos não teriam tamanha evasão, pois as pessoas teriam
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AS CANTIGAS
As cantigas são herdadas pelos três pilares mágicos da Quimbanda: A
pajelança, os cultos africanos e a bruxaria européia. Através das cantigas que
invocamos e evocamos nossos Mestres para realização de trabalhos mágicos
e bem como pedimos ajuda para uma determinada situação. Numa gira de
Quimbanda (culto), cantamos para os EXUS chegarem em terra, através da
incorporação mediúnica. Depois cantamos para fortalecimento das
entidades, nos casos de algum embate energético com outras entidades afim
de que eles tenham força e dinamismo para combater nossos opositores.
Cantamos também para agradecer, cantamos para despedir o espírito de
nosso guardião depois que os trabalhos se dão por encerrados.
O fato é que as cantigas tem as funções de reza e maldição, se tiver de atacar
um opositor e sem elas o culto ficaria inerte uma vez que o som é energia e
o culto de Exu é puro dinamismo.
AS OFERENDAS
As oferendas são muito importantes e necessárias para nosso culto, a vez que
os pilares de nossos cultos sempre praticaram cultos onde se praticavam
oferendas ritualísticas as divindades. Não seria diferente em nosso culto, uma
vez que ele é uma mescla e continuação desses cultos onde a oferenda sempre
fez parte do elemento de troca, com a divindade através de agrados. São
diversos os tipos de oferendas na Quimbanda, desde comidas secas (grãos)
até às comidas provenientes de sacrifício animal.
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Assim como o orixá èsù, Exu catiço ou Exu Egun da Quimbanda “ Exu e a
boca que tudo devora!” Não tendo assim, nada que não possa ser oferecido
a Exu sem que ele não vá tirar um tipo de proveito. As oferendas podem ter
a finalidade de agradecimento, pedido, ou troca de energia. As oferendas para
pedido de alguma graça ou de troca de energia. O adepto oferta à Exu uma
energia em forma de alimento para que a mesma seja utilizada em benefício
do adepto. Se ele busca fartura e caminhos abertos ele oferece uma mesa com
fartura e diversidade de alimentos favorecendo as diversas possibilidades e
abundância. Se ele busca um relacionamento amoroso oferece a seu Exu e
Pombogira coisas relacionadas ao amor, como frutas bem doces, rosas, mel
etc.... Se o adepto por exemplo busca por forças, ele oferece um sacrifício
animal para aquela energia ser revertida Magisticamente ao adepto e ele ter
forças para superar suas dificuldades.
Em todas oferendas algo é imprescindível que não falte o famoso Ipadê de
Exu. Pois é do orixá africano que herdamos o culto e assim sempre iremos
arrastar, pelos tempos as tradições dos africanos de sempre ofertar a Exu, o
Padê com dendê para dotar Exu de forças dinâmicas e quentes para lhe dar
energias movimentadoras e Padê doce ou com água para acalmar ou abrandar
uma situação. O Padê é feito com farinha de mandioca, que também é
considerado um sangue vegetal branco, junto com o dendê sumo extraído da
semente do dendezeiro formando uma substância totalmente ignea capaz de
dar a entidades forças neste plano e no espiritual para trabalhar por diversas
situações que precisarmos.
As frutas podem ser de toda espécie, porém sempre utilizamos mais as
frutas cítricas, pois energeticamente se enquadram melhor a natureza das
entidades.
OS BANHOS
Os banhos são fundamentais para o culto, pois é através dele que podemos
regular energeticamente nosso corpo espiritual, pois se estamos fracos
tomamos imediatamente um banho de fortalecimento, se estamos sendo
demandados, um bom banho de limpeza e descargas de energias. Para todos
as situações existe um banho em específico, que possa ser tomado pois o
reino vegetal é muito amplo e abrangente em suas ações. O sumo extraído
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das ervas é amplamente utilizado dentro culto para os banhos, bem como
para a limpeza de utensílios, fios de conta e assentamentos.
MAGIA
A FIRMEZA DE EXU