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30/04/2022 21:27 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas
subsistência. Palestras e oficinas serão elaboradas para concretizar o objetivo geral da ação extensionista.
Docentes, discentes e técnicos poderão se deslocar para comunidades que estejam envolvidas em atividades de
extensão por intermédio do setor de transporte da UNIFAP, e assim, garantir que parte das comunidades,
efetivamente, participe do projeto de extensão. Os benefícios para o processo de ensino-aprendizagem de
alunos da graduação e pós-graduação envolverão além da interação com saberes e cultura de comunidades da
Amazônia, também, poderão desenvolver trabalhos de conclusão de curso, dissertação e teses com foco na
realidade social da população. Implementar efetividade ensino, pesquisa e extensão com ênfase em demandas
que relacionam a teoria e prática será possível a partir deste projeto
Resumo:
Na Amazônia, a persistência de um projeto colonial, que desencadeou a apropriação do território para
implantação de usinas hidrelétricas, vem reproduzindo danos e desastres e causando, há décadas, uma série de
conflitos socioambientais. Nessa ótica, o objetivo deste projeto de extensão é proporcionar um processo
educativo que concilie o conhecimento produzido na universidade sobre os desastres causados por usinas
hidrelétricas, com as demandas sociais, culturais, ambientais, políticas e econômicas, que foram produzidas em
comunidades residentes às margens do rio Araguari, em decorrência da implantação de usinas hidrelétricas no
Amapá. A perspectiva é enveredar em uma série de pesquisas sobre os mecanismos de enfrentamento e
resistência diante dos conflitos sociais e ambientais produzidos no território, utilizando de oficinas para
construir, mutuamente, entre pesquisadores e comunitários documentos informativos (enquanto produto da
extensão) e didáticos, que visibilize a realidade social que ribeirinhos, pescadores, agricultores familiares e
população local continuam vivenciando. As usinas hidrelétricas tornaram-se, então, um meio para que o Brasil
alcançasse as promessas que a invenção do desenvolvimento pregava. Ainda em 1970 as consequências da
instalação dessas usinas eram denunciadas por povos indígenas e diferentes movimentos sociais. Na
conjuntura, mesmo diante da persistência de danos e desastres sociais e ambientais, há o discurso de
inevitabilidade das usinas hidrelétricas, sob a alegação de que as consequências podem ser mitigadas ou
compensadas. O cotidiano de comunidades locais cuja reprodução social está baseada na pesca e agricultura foi
desconstruído em razão da existência das hidrelétricas. As usinas foram licenciadas após o cumprimento
burocrático no que refere-se os estudos ambientais, sob a justificativa de que as compensações seriam
enquadradas em um conjunto de condicionantes, que foram identificadas nos estudos e relatórios de impacto
ambiental e detalhados no plano básico ambiental. É necessário romper com essa racionalidade excludente e
desigual, em referência a movimentos de resistência e enveredar por um desobediência epistemológica
necessária para o enfrentamento às relações de dominação e poder presentes nos projetos capitalistas, a
exemplos das usinas hidrelétricas.
Metodologia:
Por intermédio da Pesquisa qualitativa, ocorrerão entrevistas com pescadores e agricultores familiares que
utilizam o rio Araguari, estado do Amapá, como meio de subsistência. Em referência aos sentidos simbólicos e
materiais que o lugar apresenta para as comunidades, serão construídas em torno da Teoria Crítica e da
epistemologia decolonial. A implantação de UHE será abordada não como representação da modernidade, mas
com foco nas relações entre os diferentes agentes que compõem o setor elétrico. A Metodologia participativa
será um mote central para o diálogo construído. Pesquisa documental será de cunho relevante para
instrumentar o debate durante a realização das oficinas. Os principais documentos serão Planos Decenais de
Expansão de Energia (PDEs) de 2006 a 2021, inventário do rio Araguari, processos de licenciamentos da
Ferreira Gomes e Energia e Cachoeira Caldeirão, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), ações civis públicas
e relatórios de fiscalização da ANEEL durante o período de solicitação dos estudos de viabilidade. Durante as
oficinas realizadas cada comunitário será palestrante principal para orientar os temas, como: sofrimento social,
dano, desastre, condição de vida e o que for debatido durante o diálogo. Uma linguagem não formal deverá ser
utilizada pelos pesquisadores para informar aos comunitários sobre as estratégias jurídicas utilizadas para
camuflar os danos provocados pelas usinas hidrelétricas.
Referências:
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAPÁ. Ação Civil Pública (ACP). Procedimento administrativo nº 8886-
91/2015. [Mortandade de peixes no rio Araguari – jusante do reservatório da UHE Ferreira Gomes]. Macapá:
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peixe no rio Araguari].Ferreira Gomes: MPAP, 2015a. Disponível em:https://tj-
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ap/inteiro-teor-1160731408. Acesso em: 20 jan. 2018. ______. Ação Civil Pública (ACP).Responsabilidade Civil
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Macapá: MPAP, 2010. Disponível em: www.jusbrasil.com.br/processos/87345663/processo-n-9956-
3820104013100-do-trf-1. Acesso em: 20 fev. 2019. ______. Ação Civil Pública (ACP). [Rompimento de uma
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Condicionantes e a viabilidade ambiental no processo de licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas: Uma
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ZHOURI, Andréa; LASCHEFSKI, Klemens.Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2017.
Membros da Equipe
Nome Categoria Função Departamento Início Fim
ELIANA DO SOCORRO DE
DOCENTE COLABORADOR(A) CCSEX 15/04/2022 15/04/2023
BRITO PAIXAO
RICARDO THEOPHILO
EXTERNO COLABORADOR(A) 15/04/2022 15/04/2023
FOLHES
CAROLINA LAVINI LOBATO
EXTERNO AUXILIAR TÉCNICO 15/04/2022 15/04/2023
DE SOUZA
MARILIA GABRIELA SILVA
DOCENTE COORDENADOR(A) CCTS 15/04/2022 15/04/2023
LOBATO
DIELE DOS SANTOS ALUNO(A) EM ATIVIDADE
DISCENTE 15/04/2022 15/04/2023
LACERDA CURRICULAR
THAYZE GUEDES BARRETO DISCENTE MONITOR(A) 15/04/2022 15/04/2023
ALYSON VICTOR LOPES
DISCENTE MONITOR(A) 15/04/2022 15/04/2023
DOS SANTOS
JOSE VINICIUS SILVA DE
DISCENTE MONITOR(A) 15/04/2022 15/04/2023
SOUZA
Discentes com Planos de Trabalho
Nome Vínculo Situação Início Fim
Discentes não informados
Ações Vinculadas ao PROJETO
Código - Título Tipo
Não há ações vinculadas
Ações das quais o PROJETO faz parte
Código - Título Tipo
Esta ação não faz parte de outros projetos ou programas de extensão
Objetivos / Resultados Esperados
Objetivos Gerais Quantitativos Qualitativos
Cronograma
Descrição das ativadades desenvolvidas Período
Colaborador do projeto 15/04/2022 a 15/04/2023
Colaborador do projeto 15/04/2022 a 15/04/2023
monitor do Projeto 15/04/2022 a 15/04/2023
Auxiliar técnica 15/04/2022 a 15/04/2023
coordenadora do Projeto 15/04/2022 a 15/04/2023
Orçamento Detalhado
Descrição Valor Unitário Quant. Valor Total
PESSOA FÍSICA
Diagramação das castilhas e livros produzidos R$ 1.000,00 1.0 R$ 1.000,00
SUB-TOTAL (PESSOA FÍSICA) 1.0 R$ 1.000,00
DIÁRIAS
Gastos com comida e alimentação durante a pesquisa de
R$ 100,00 1.0 R$ 100,00
campo
SUB-TOTAL (DIÁRIAS) 1.0 R$ 100,00
Descrição Arquivo
ata de aprovação do Projeto de extensão
Projeto de extensão em pdf
Orçamento Aprovado
Descrição PROEAC (Interno)
PESSOA FÍSICA R$ 0,00
DIÁRIAS R$ 0,00
Lista de departamentos envolvidos na autorização da proposta
Autorização Data Análise Autorizado
COORDENAÇÃO DO CURSO DE TECNOLOGIA EM SECRETARIADO - CCTS 20/04/2022 13:27:57 SIM
COORDENAÇÃO DO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO - CCSEX 20/04/2022 13:35:23 SIM
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