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A pintura do Renascimento
Beatriz Almeida
Lisboa
MMXXII
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Curso Profissional de Técnico (colocar curso)
A pintura do Renascimento:
Um exercício intelectual
Lisboa
MMXXII
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Sumário
Introdução 11
Capítulo I – O Renascimento 12
Capítulo II – As Inovações Técnicas 13
Capítulo III – As temáticas da pintura do 16
Renascimento
Capítulo IV – Artistas do Renascimento 20
Conclusão 24
Bibliografia 25
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Resumo
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Introdução
Com a realização deste trabalho pretendo ficar a saber mais sobre o Renascimento,
nomeadamente sobre o que foi, quais as suas inovações técnicas, quais as temáticas da
pintura e sobre alguns pintores da época.
Por fim, o quarto capítulo apresenta quatro artistas renascentistas, a sua vida e as suas
obras.
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Capítulo I – O Renascimento
Uma das razões para o Renascimento ter acontecido foi a evolução das mentalidades e
da cultura europeia, que ultrapassou as que lhe eram paralelas. Deu-se o fim do
Feudalismo e a aparição do Capitalismo. Houve também uma passagem do pensamento
teocêntrico e simbólico para um que explicava as coisas pela medida das capacidades
humanas: o antropocentrismo. O Homem passa a ser valorizado e colocado no centro
dos interesses e das motivações, passando a haver uma crença nele e nas suas
capacidades. Desenvolve-se o racionalismo que levou ao espírito crítico. No
conhecimento surgiu um maior interesse pela natureza e na arte um gosto pela
representação do Homem, do quotidiano e da paisagem, através do realismo técnico e
da pormenorização.
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A arte renascentista teve como ponto de partida a cultura e a arte da antiguidade
clássica. A beleza era entendida como a cópia da natureza e a representação objetiva da
realidade, procurando o equilíbrio, a dimensão real da medida humana e a perspetiva. O
estudo destes aspetos fez com que a arte do renascimento fosse uma arte racional,
científica e intelectualizada.
Figura 1: "Os Embaixadores", Hans Holbein the Figura 2: Ampliação do quadro "Os Embaixadores”
Younger, óleo sobre painel, 209.5 x 207 cm, 1533 para perceção da pormenorização e detalhe
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Proporciona também ao pintor a realização de efeitos expressivos como os
modelados (chiaroscuro), as velaturas (transparências), e o sfumato (esfumado).
O chiaroscuro consiste em pintar algumas áreas iluminadas e outras
sombreadas, criando gradações cromáticas, reforçando o volume na pintura. A
velatura simula transparências, conseguidas através da aplicação de uma
camada de tinta mais diluída sobre outra de diferente coloração e de maior
opacidade, deixando de se ver a que está em baixo. Desenvolvido
principalmente por Leonado da Vinci, o sfumato permitia-lhe reproduzir a
textura da pele humana com fidelidade através da aplicação de uma série de
camadas de tinta para criar gradientes suaves entre tonalidades que concediam
um efeito esfumaçado. É descrito por da Vinci como “sem linhas ou fronteiras,
na forma da fumaça ou para além do plano de foco”.
Figura 3: “The Virgin of the Figura 4: “Portrait of a Man (Man in a Figura 5: “Mona Lisa”, Leonardo da
Rocks”, Leonardo da Vinci, óleo Turban)”, Jan van Eyck, óleo sobre Vinci, óleo sobre madeira/ painel,
sobre painel, 189.5 x 120 cm, madeira, 33.3 x 25.8 cm, 1433 77 x 53 cm, c.1503 - c.1519
1483 - c.1505
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a divulgação do uso do papel e a chegada das telas e dos cavaletes, que
facilitavam a execução e o transporte das obras;
a perspetiva: é a técnica de representar objetos exatamente como os vemos,
conforme a sua posição e distância em função do observador. Surgiram dois
tipos de perspetiva, a linear e a aérea. A primeira é caracterizada por um ponto
de fuga, localizado na linha do horizonte, onde as retas convergem em
diagonais criando profundidade. O seu inventor foi Filippo Brunelleschi,
através dos seus
Figura 6: “A Última Ceia”, Leonardo da Vinci, tempera, 460 x 880 cm, 1495,
Exemplo de perspetiva linear
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Capítulo III – As Temáticas da Pintura do Renascimento
Figura 11: “Crucifixion”, Fra Angelico, Figura 12: “Madonna Litta (Madonna and
tempera sobre painel, 64 x 49 cm, c.1420 the Child)”, Leonardo da Vinci, tempera
sobre tela, 33 x 42 cm, c.1490
Figura 13: “A Criação de Adão”, Michelangelo, fresco, 280 x 570 cm, 1508 - 1512
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a mitologia: foi um dos temas que ressurgiu no Renascimento.
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temas de carácter laico: ou seja, não religioso como são exemplo os nus, as
paisagens e os retratos que são novidade.
Figura 22: “A Batalha de Alexandre em Figura 23: “O Pôr do Sol”, Giorgione, óleo sobre tela, 73.3
Isso”, Albrecht Altdorfer, óleo sobre x 91.4 cm, 1506 – 1510, Exemplo de paisagem
madeira, 158 x 120 cm, 1529, Exemplo de
paisagem
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temas alegóricos:
Figura 26: “Amor Sacro and Amor Profano”, Ticiano Vecellio, óleo sobre tela, 279 x 118 cm, 1514
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Capítulo IV – Artistas do Renascimento
Andrea Mantegna
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Ticiano Vecellio
Ticiano Vecellio ou Tiziano Vecellio foi um dos principais representantes da escola
veneziana no Renascimento e antecipou várias características do Barroco e do
Modernismo. Nasceu entre 1473 e 1490, em Pieve di Cadore, Itália, e faleceu a 1576 em
Veneza. Foi um pintor versátil pois pintava desde retratos a paisagens ou até mesmo
temas mitológicos ou religiosos. Viveu quase um século, tendo por isso mudado o seu
modo de pintar drasticamente e isso levou vários críticos a demoram a acreditar que se
tratava do mesmo artista, sendo o seu ponto de união entre as suas duas fases a cor. Foi
o autor das obras
Sandro Botticelli
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou
Sandro Botticelli nasceu em Florença no ano de
1445 e viveu até 1510. O pintor italiano foi
aprendiz foi no ateliê de Filippo Lippi e
estudou na Escola Florentina do Renascimento.
Foi protegido da família Médici e aos 24 anos
abriu o seu próprio atelier. Pintou “A
Primavera”, “O Nascimento de Vénus”, “Venus
e Marte”, “A Adoração dos Magos”, entre
Figura 34: “O Bacanal dos Andrians”, Ticiano
outros. Vecellio, óleo sobre tela, 175 x 193 cm, 1523 -
1524
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Figura 35: “Venus e Marte”, Sandro Botticelli, tempera sobre painel, 173,4 x
69,2 cm, 1483
Figura 36: “A Adoração dos Magos”, Sandro Figura 37: “O Nascimento de Vênus”, Sandro Botticelli,
Botticelli, tempera, 134 x 111 cm, c.1475 - c.1476 tempera sobre tela, 172,5 x 278,9 cm, 1483 - 1485
Figura 38: “A Primavera”, Sandro Botticelli, tempera sobre painel, 314 x 203
cm, 1478 - 1482
Jean Fouquet
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Jean Fouquet é proveniente de Tours e viveu entre 1420 e 1481. Foi o pintor francês
mais importante do início do Renascimento pois renovou a pintura francesa no século
XV. Dedicava-se a criar painéis, iluminuras e desenhos. Não se sabe muito sobre a sua
vida, mas do pouco que se sabe é certo que esteve em Itália onde retratou o Papa
Eugênio IV e onde foi influenciado por Fra Angelico, Filippo Brunelleschi, Donatello e
Jacopo Bellini. Realizou “Os Funerais”, “O Retrato do Papa Eugênio IV”, “Cases of
noble men and women” e “Díptico de Melun”.
Figura 41:” Díptico de Melun”, Jean Fouquet, tempera Figura 42: “Cases of noble men and women”, Jean
sobre madeira, 93 x 85 cm, c.1450 Fouquet, tempera, 39,8 x 29,5 cm, c.1460
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Conclusão
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Índice
Introdução 11
Capítulo I – O Renascimento 12
Capítulo II – As Inovações Técnicas 13
Capítulo III – As temáticas da pintura do 16
Renascimento
Capítulo IV – Artistas do Renascimento 20
- Artista 1 20
- Artista 2 21
- Artista 3 22
- Artista 4 23
Conclusão 24
Bibliografia 25
25
Bibliografia
Em suporte digital:
https://medievalimago.org/2013/09/16/a-pintura-a-oleo-uma-das-grandes-inovacoes-do-
medievo/ , acedido a 2 de julho de 2022
http://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-renascentista/renascimento/ , acedido a
2 de julho de 2022
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/tecnica-artistica-o-que-e-
sfumato/ , acedido a 3 de julho de 2022
https://arteref.com/artigos-academicos/tecnicas-artisticas-desenvolvidas-no-
renascimento/ , acedido a 3 de julho de 2022
https://pt.wikipedia.org/wiki/Perspectiva_com_um_ponto_de_fuga , acedido a 3 de
julho de 2022
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