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EXMº.

SENHOR
JUIZ DO TRIBUNAL JUDICIAL DA
COMARCA DO PORTO

JUIZO LOCAL CRIMINAL DO PORTO

DIAP – x ª Secção do Ministério Público do Porto


Proc. nº. y

VALTER VALÉRIO, assistente nos autos designados em


epígrafe, vem, de harmonia com o disposto no n.º 1 do art. 285º
do CPP e n.º 1 do art. 77º do CC, deduzir ACUSAÇÃO
PARTICULAR e PEDIDO DE INDEMNIZAÇÃO CIVIL contra

ABREU ANTUNES, arguido, melhor identificado a fls. x


dos autos;

BENTO BOAVENTURA, arguido, melhor identificado a fls.


x dos autos;

CAVACO COUTINHO, arguido, melhor identificado a fls. x


dos autos; e

DAVID DAMIÃO, arguido, melhor identificado a fls. x dos


autos;

nos termos e pelos seguintes fundamentos:

A) DA ACUSAÇÃO PARTICULAR

1. No dia 15 de Dezembro de 2021, o assistente encontrava-se no Estádio do


Cume, no Porto, como comentador da TVPoD, acompanhando o jogo de
futebol entre as equipas do Currais de Cima Futebol Clube (CCFC) e do
Arena Futebol Clube (AFC).

2. No final, quando ia na direção ao seu veículo cruzou-se com o arguido


Abreu Antunes, que parou e provocou um choque com o assistente.

3. De seguida, começou a gritar: “você está aqui como jornalista ou como


adepto do Currais de Baixo?”.
4. Não tendo obtido resposta a tão clara provocação, o arguido decidiu então
insultar o assistente, chamando-lhe um “baixinho filho da puta”.

5. Nesse momento, foi o assistente rodeado pelos arguidos David Damião,


Bento Boaventura e Cavaco Coutinho, que se juntaram, então, nos
insultos.

6. Dizendo ao assistente que este era um “baixinho de merda”.

7. Tudo isto, enquanto o arguido Abreu Antunes continuava a insultar a


competência profissional e honra do assistente,

8. Utilizando, com esse intuito, as expressões “baixinho estúpido” e “este


gajo só tem merda na cabeça”.

9. Os arguidos agiram de modo voluntário e consciente ao proferir tais frases


injuriosas, de alta voz, e de forma a serem ouvidos por todos que naquela
hora e local ali se encontravam,

10. bem sabendo que as expressões que proferiam eram, e são, altamente
injuriosas, bem como que as suas condutas eram previstas e punidas por
lei.

11. No entanto, não se coibiram de levá-las a cabo de forma deliberada,


livre e consciente, ofendendo, como quiseram ofender, a honra,
consideração, o bom nome e a imagem pessoal e profissional do
assistente.

12. As afirmações proferidas pelos arguidos causaram grave dano moral ao


assistente, que é pessoa de bem, estimada por todos que com ele
convivem, excelente profissional e com um passado sem mácula.

13. Cometeram, assim, os arguidos, um crime de injúrias, p. e p. pelo


artigo 181º do Cód. Penal.

Nestes termos, e nos demais de direito,


devem os arguidos ser condenados em
autoria material e na forma consumada, pela
prática de um crime de injúrias, p. e p. pelo
art. 181º do CP.
PROVA:

DECLARAÇÕES:

1. O Assistente, identificado a fls. x dos autos, a quem devem


ser tomadas declarações nos termos do art. º 145 do CPP;

TESTEMUNHAL:

2. Zé, residente na Rua x, n. º y, 3º Dto., 4400-107 Mafamude,


Vila Nova de Gaia;

3. Zeza, residente na Rua a, n. º b, R/C Frente, 4300-401


Bonfim, Porto;

B) DO PEDIDO DE INDEMNIZAÇÃO CIVIL

1. Por manifesta e compreensível economia processual, dão-se aqui por


integralmente reproduzidos para todos os devidos e legais efeitos os
artigos precedentes desta peça.

2. (Acusação pública)

3. Em consequência da conduta dos Demandados, sofreu o aqui


Demandante prejuízos não patrimoniais.

4. De facto, o Demandante ficou bastante afetado psicologicamente com o


sucedido, tendo sentido, durante um longo período de tempo, receio de se
deslocar a recintos desportivos.

5. (Danos)

6. (129º CP)

7. (483º CC)

8. (562º CC)

Nestes termos, e nos demais de direito,


devem os demandados ser condenados a
pagar x e o arguido y o valor de z.

PROVA:
VALOR: x

JUNTA: documentos e cópias legais.

O ADVOGADO,

Nome Profissional
Morada Profissional
Endereço Eletrónico
NIF e Cédula Profissional

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