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- ANTÔNIO, muito atrasado para importante compromisso profissional, dirige seu veículo em via
pública respeitando os limites de velocidades e demais sinais existentes.
Porém, em dado momento, nessa via de mão dupla, decidiu ultrapassar o veículo que trafegava a sua
frente o qual estava muito abaixo da velocidade permitida, e, ao realizar a manobra, não sinalizou
com a seta luminosa, e veio a colidir frontalmente com DIOGO que trafegava em sua motocicleta em
sentido contrário.
Não obstante a presteza do socorro acionado pelo próprio ANTÔNIO, DIOGO veio a falecer em
virtude das lesões sofridas.
Instaurado o Inquérito Policial que apurou exatamente o que acima foi relatado, o MP denunciou
Antônio pela infração ao artigo 121 c/c 18 inciso I (parte final) do CP, da prática de homicídio doloso
simples na modalidade dolo eventual.
A denúncia foi recebida pelo juízo da 1ª Vara Criminal desta Comarca, e Antônio foi devidamente
citado em 30/03/2020.
Elabora a peça cabível oportuna, privativa de Advogado, datando-a do último dia do prazo legal.
* Dispenso a confecção da procuração.
** Rol de testemunhas (nº máximo legal) como anexo obrigatório.
ESTRUTURA DA PEÇA
(sugestão)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Guaranésia – MG.
Processo nº 0004527-54.2016.8.39.0041
AÇÃO PENAL
Réu: Carlos de Souza
Carlos de Souza, já devidamente qualificado nos autos do processo crime em epígrafe, vem, através
de seu Advogado, em cumprimento a “citação” respectiva, apresentar a Vossa Excelência, sua
RESPOSTA PRELIMINAR OBRIGATÓRIA, na forma do artigo 406 do Código de Processo Penal
Brasileiro, aduzindo o seguinte:
DOS FATOS
Em que pese os judiciosos termos lançados na exordial da lavra do Ministério Público Estadual, não correspondem
com a realidade fática; estando a denúncia absolutamente divorciada da realidade dos fatos ocorridos.
Na hipótese, não há motivação próxima ou remota que possa justificar a conduta imputada ao defendente, vez que
sequer conhecia as vítimas.
DO DIREITO
O Ministério Público, na exordial, está imputando ao defendente a prática de duplo homicídio qualificado (artigo 121 § 2º
incisos II e IV do CP contra a vítima José, e, artigo 121 § 2º inciso IV do CP contra a vítima Maria; tudo na forma do artigo 69
do CP).
Como se depreende, após a instrução processual, restará certamente provado que jamais ocorreu qualquer conduta comissiva
ou omissiva imputável ao defendente.
DA PROVA
Em que pese o depoimento de Antônio Taranto de folhas 110/111, e, do laudo de exame pericial de folhas 181/182; o
defendente nega veementemente, de modo absoluto, qualquer tipo de participação ou até conhecimento acerca dos crimes
referenciados.
Nesse sentido, não há qualquer prova ou até mesmo indício que justifique a imputação deduzida em desfavor do defendente.
O defendente é primário, com excelentes antecedentes, residência fixa, possui emprego honesto e é radicado em município
lindeiro ao município da culpa.
DOS PEDIDOS
2) Que, seja realizado exame pericial, no sentido de que seja verificado se as amostras comparativas com os projéteis da
arma do defendente foram os que realmente foram retirados dos corpos das vítimas, através de microvestígios de resíduos de
DNA; que deverão ser analisados e comparados com os DNA das vítimas.
3) Que, seja realizada acareação entre as testemunhas Antônio Taranto (folhas 110/111) e Paulo Torres (folhas 152/153).
4) Que, após realizado o exame acima requerido, e, eventualmente havendo a certeza científica de que os projéteis que estão
servindo de amostras comparativas foram os retirados verdadeiramente dos corpos da vítimas; seja realizada nova perícia
confrontando-os com os projéteis novamente colhidos da arma do defendente.
5) Pela intimação das testemunhas arroladas no rol anexo, para participarem da audiência de instrução e julgamento
designada, por serem consideradas essenciais para o deslinde do processo.
6) Outrossim, é de primordial importância para o exercício da ampla defesa e do contraditório, a juntada aos autos da Folha de
Antecedentes Criminais – FAC das vítimas Maria Galdino e de José Fontenele.
7) Que, seja oficiado à empresa de telefonia móvel VIVO S/A, , para que informe se no dia do crime 17/04/2009 os aparelhos
celulares do defendente (32) 9977.2324 e 9784.1526 utilizaram a antena repetidora instalada no município de Guaranésia/MG.
8) Que, seja juntado aos autos, o resultado da “medida cautelar de quebra de sigilo de dados telefônicos”, cuja cópia está
juntada às folhas 68/69.
9) Evitando a preclusão consumativa, o defendente requer, desde já, a realização de reconhecimento de pessoas e
acareações que se fizerem necessárias no decurso da audiência de instrução e julgamento.
10) Finalmente, no mérito, após a instrução processual, pela absolvição sumária do defendente, na forma do artigo 415
inciso II do CPP, por ficar provado não ser o defendente o autor ou partícipe dos crimes.
10.1) Por derradeiro, em homenagem ao princípio da eventualidade, não sendo esse Vosso entendimento, pela impronúncia
do defendente, com lastro no artigo 414 do Código de Processo Penal Brasileiro, por insuficiência de provas, por não haver
indício suficiente de autoria e/ou de participação do defendente nos crimes imputados; por ser medida de justiça.
_____________________________
Luiz Francisco Gaudard Júnior
ADVOGADO
OAB/RJ 90.975
ROL DE TESTEMUNHAS
1) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
2) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
3) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
4) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
5) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
6) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
7) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
8) NOME (completo)
Nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.
Data.
ASSINATURA