O documento descreve uma ação judicial movida pelo Ministério Público Federal contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, questionando danos ambientais e às comunidades indígenas. Após decisões anteriores, o STF analisa recursos extraordinários sobre a declaração de inconstitucionalidade do decreto que autorizou a obra e considera as consultas às comunidades como inadequadas.
O documento descreve uma ação judicial movida pelo Ministério Público Federal contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, questionando danos ambientais e às comunidades indígenas. Após decisões anteriores, o STF analisa recursos extraordinários sobre a declaração de inconstitucionalidade do decreto que autorizou a obra e considera as consultas às comunidades como inadequadas.
O documento descreve uma ação judicial movida pelo Ministério Público Federal contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, questionando danos ambientais e às comunidades indígenas. Após decisões anteriores, o STF analisa recursos extraordinários sobre a declaração de inconstitucionalidade do decreto que autorizou a obra e considera as consultas às comunidades como inadequadas.
● Recorrido: Ministério Público Federal. ● Terceiros interessados: Associação Yudja Miratu da Volta Grande do Xingu e outro. Contexto Inicial: ● Ação Civil Pública movida pelo MPF em 2006 contra Ibama e Eletronorte. ● Questionamento da constitucionalidade do Decreto Legislativo 788/2005 que autorizou a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, Pará. ● Alegações de vícios no processo legislativo e danos ambientais às comunidades indígenas. Decisões Anteriores: ● Decisão inicial julgou improcedente o pedido. ● Tribunal Regional Federal negou provimento à apelação do MPF. ● Embargos de Declaração parcialmente providos, declarando a invalidade do Decreto Legislativo 788/2005. Argumentos dos Recorrentes: ● Eletrobras: A autorização legislativa foi necessária para realizar estudos de impacto ambiental e evitar dispêndio indevido de recursos públicos. ● Ibama: Consultas às comunidades indígenas foram realizadas conforme exigências legais. ● União: Declaração de inconstitucionalidade sem observar a cláusula de reserva de plenário. Violações Alegadas: ● Eletrobras: Coisa julgada violada, interpretação equivocada do art. 231, § 3º, da CF/88. ● Ibama: Violação do art. 97 da CF/88 e da Súmula Vinculante 10. ● União: Violação do art. 97 da CF/88 e da Convenção 169 da OIT. Decisão Final: ● Anulação do Decreto Legislativo 788/2005. ● Declaração de inconstitucionalidade sem observância da cláusula de reserva de plenário. ● Consideração das consultas às comunidades indígenas como inadequadas. ● Indicação de que o empreendimento não se localiza em terras indígenas.
Essa é uma síntese dos principais elementos da decisão, mas é importante consultar o texto completo
para compreensão detalhada.
Antecedentes e Decisões Anteriores:
● SL 125 e Rcl 14404 foram propostas perante o STF em 16/8/2006 e 23/8/2012, respectivamente. ● Ministra Ellen Gracie deferiu suspensão parcial da execução do acórdão da 5ª Turma do TRF da 1ª Região. ● Presidente Ayres Britto deferiu liminar na Reclamação suspendendo os efeitos do acórdão da Quinta Turma do TRF da 1ª Região. Pedido de Litisconsorte e Informações Atuais: ● Associações indígenas solicitaram admissão como litisconsorte ativo facultativo, deferido pelo STJ. ● Em 1º de maio de 2022, o IBAMA apresentou Petição 35532/2022 com informações sobre a UHE Belo Monte. Argumentos do IBAMA: ● Licenciamento ambiental da UHE Belo Monte seguiu o curso regular. ● Empreendimento recebeu Licença de Instalação nº 795/2011 e Licença de Operação nº 1317/2015. ● Reservatórios foram formados entre dezembro/2015 e fevereiro/2016, e o empreendimento está plenamente operacional. ● Foi firmado o Termo de Compromisso Ambiental - TCA nº 3/2021 entre o IBAMA e a Norte Energia S.A. em 08 de fevereiro de 2021. Posição da União: ● Ressalta a natureza constitucional e a repercussão geral da matéria. ● Requer admissão e processamento do Recurso Extraordinário sob o rito da repercussão geral. Manifestação de Associações Indígenas: ● Requerem admissão como litisconsórcio ativo necessário. ● Requerem o desconhecimento ou desprovimento dos Recursos Extraordinários. Análise do Relator (Decisão): ● Recursos Extraordinários serão analisados conjuntamente. ● Quanto à alegação de afronta à coisa julgada e ao devido processo legal, o apelo extraordinário não tem chances de êxito. ● Não há ofensa à coisa julgada referente à decisão da Ministra Ellen Gracie na SL125. ● Não há exaurimento do mérito no precedente ARE 748.371-RG/MT. ● O Tribunal de origem deu parcial provimento aos Embargos de Declaração, declarando a inconstitucionalidade do Decreto Legislativo 788/2005 por violar a Convenção 169 da OIT. ● Destaca a necessidade de análise sistêmica e teleológica dos dispositivos da Convenção 169 - OIT sobre povos indígenas e tribais.