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AULA 2: MODOS DE PROPAGAÇÃO NA FIBRAS ÓPTICAS

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1-Confinamento da luz na FO
Abertura Numérica da FO:
O ângulo de admissão é o maior ângulo de penetração da luz em um cabo
de fibra óptica.
A abertura numérica é o parâmetro que indica a capacidade para captar a luz
de um determinado cabo de fibra óptica.
A fibra óptica só aceita uma parte da radiação luminosa, que é precisamente
a que entra no ângulo de admissão descrito pela abertura numérica.

No cabo de fibra óptica, entrará a máxima quantidade de luz quando esta
entrar perpendicularmente, ou seja, θ = 0; mas, se entrar no núcleo com certo
ângulo, isto é, θ ≠ 0; parte da luz será reflectida e o núcleo transmitirá menor
quantidade de luz. Uma vez que a luz tenha entrado no núcleo, parte dela se
perderá ou não na casca, dependendo do ângulo crítico.

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1.2-Abertura Numérica da FO:

Def: A abertura numérica indica a capacidade da fibra de captar luz.

Ângulo de aceitação (θa) : É o ângulo de incidência limite acima do qual


os raios luminosos que penetram na fibra óptica não serão transmitidos.
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2-Janelas de Transmissão Óptica
O espectro de transmissão óptico é referenciado em termos de c.d.o. (λ),
diferenciando assim sistemas ópticos de sistemas electromagnéticos (microondas)

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2.1-Janelas de Transmissão actuais

NOTA: A Transmissão óptica ocorre em quatro janelas com c.d.o. variados.


Exceptuando uma pequena flutuação que ocorre ao redor 1380 nm, ocorre
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diminuição da atenuação com o aumento dos c.d.o.
3-Limitações na Fibra
Basicamente são duas : Atenuação e Dispersão.

A distância e a taxa de transmissão em uma fibra são completamente


independentes uma da outra. Eng:Ana Goma 7
Atenuação na Fibra Óptica

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4-Atenuação na Fibra Óptica
Def: É a redução da energia de um sinal ao se propagar de uma
extremidade a outra.

As perdas de transmissão de uma fibra óptica costuma ser definida em


termos da relação de potência luminosa na entrada da fibra de
comprimento L e a potência luminosa na sua saída.

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Absorção: Este tipo de perda está relacionado com a composição do
material e o processo de fabricação da fibra, na qual resulta uma dissipação, na
forma de calor, da potência óptica transmitida.
Espalhamento: Exprime o desvio de parte da energia luminosa . É causado
basicamente por imperfeições (de dimensões inferiores ao comprimento de
onda) da estrutura da fibra e se caracteriza-se pelo desvio da luz em várias
direcções.
Deformações Mecânicas (microcurvaturas): É uma pequena deformação na
fronteira entre o núcleo e a casca e pode ser provocado por qualquer força
transversalmente aplicada na superfície da fibra - extraem parte da energia
devidos aos modos de alta ordem tornam-se não guiados.
Deformações Mecânicas (macrocurvaturas): A ocorrência da perda é dada
quando os modos próximos ao ângulo crítico (alta ordem) ultrapassam esse
valor, em função da curvatura, e deixam de ser reflectidos internamente,
passando a ser refractados.
Projecto do Guia de Onda: Ocorre durante a execução do projecto
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4.1-Absorção intrínseca
São aquelas originadas pela composição do material da fibra
(impurezas existentes no material da fibra).

Resulta basicamente de metais de transição, ferro, cobalto,


crómio, níquel, etc.
Para as fibras de sílica fundido a faixa de menor absorção
vai de 0,7 à 1,6 μm.
Melhores técnicas de fabricação levam este tipo de
absorção a níveis aceitáveis.

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4.2-Absorção extrínseca.
Causada principalmente pela presença do ião de OH (água).

Concentrações de poucas partes por bilhão(10E9) do ião de OH são


necessárias para obter valores de atenuação inferiores a 20 dB/Km.
 Tais impurezas, apresentam comportamentos atómicos que
provocam absorção de uma parcela da intensidade luminosa da fibra.
 Com a evolução tecnológica das técnicas de fabricação hoje em dia,
os níveis de OH, foram reduzidos a concentrações inferiores a uma parte
por bilhão e em alguns casos menores ainda.

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Absorção devido a defeitos na estrutura atómica

Picos de atenuação devido ao ião OH

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4.3-Perdas por Espalhamento
Os mecanismos de espalhamento que contribuem para as perdas de
transmissão em fibras incluem os seguintes tipos:

Espalhamentos Lineares Espalhamentos Não Lineares

Espalhamento de Rayleigh Espalhamento de Brillouin estimulado


Espalhamento de Mie Espalhamento de Raman estimulado

Resumindo:
Espalhamento é causado por:
Flutuações Térmicas
Variação de Pressão
Pequenas Bolhas
Variação no perfil de Índice de Refracção

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Efeitos Não Lineares na Fibra
Espalhanento:
Espalhamento de Brillouin Estimulado (SBS)
Espalhamento de Raman Estimulado (SRS)

Não Linearidade do Índice de Refração (IOR)


FWM (Four Wave Mixing): Causado pela interacção de multifões, devido a
não linearidade do índice de refração, duas ou mais portadoras se combinam,
gerando novos raios laterais. Causa interferência nos canais vizinhos em sistemas
WDM, bem como degradação da potência óptica. Limita o número de frequências
que podem ser usadas pelo sistema.

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Problemas Introduzidos pela FWM
em Sistemas ópticos (DWDM)
• Produtos Cruzados
• Cross-talk entre Canais (Diafonia)
• Atenuação e Penalidade de Potência

Parâmetros que influenciam nos efeitos não lineares

 Intensidade do sinal
 Índice de Refracção (IOR) não linear
 Área efectiva do núcleo da fibra
 Comprimento do enlace regenerado
 Características de dispersão da fibra
 Número e espaçamento entre canais
 Largura de banda da fonte

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4.4-Perdas na Fibra por Microcurvaturas

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4.5-Perdas na Fibra por Macrocurvaturas
A ocorrência da perda é dada quando os modos próximos ao ângulo crítico (alta
ordem) ultrapassam esse valor, em função da curvatura, e deixam de ser reflectidos
internamente, passando a ser refractados.

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Resumidamente os tipos de atenuações que
ocorrem com mais frequência em uma fibra

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Medidas de Atenuações dos Troços e Fusões
Os valores máximos permitidos de atenuação para os
diferentes componentes são:
• < 0,34 dB/km para as perdas de um fibra mono
modo a 1310 nm;
•< 0,20 dB/km para as perdas de um fibra mono
modo a 1550 nm;
• < 0,05 dB para as fusões. *
•Prováveis perdas de potência ópticas em enlace
óptico.
•Para cada conector: 0.5 dB (Máx. 0,7 dB).
•Para cada emenda: 0,2 dB.
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Sendo a figura abaixo a representação de um enlace óptico, a perda total do
enlace será a soma de todas as perdas parciais provocadas pelas emendas,
conectores e a perda da fibra óptica oriunda do processo de fabricação.

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Considerando os valores de 0.2dB e 0.5dB como sendo máximos admissíveis nas emendas e
conectores, para o cálculo da potência óptica total do enlace óptico, é adoptado a seguinte
fórmula:

𝐴𝑡=(0,5.𝑛+0,2.𝑚+𝑙.𝐴𝑓𝑜).

At = Perda de potência óptica ou atenuação total na fibra (dB).


n = numero de conectores;
m = numero de emendas;
l = comprimento da fibra (Km)
Afo = atenuação da fibra óptica (dB)

Para calcular a perda de potencia óptica total do enlace óptico, é adotado a seguinte formula:

Onde:
At = Perda de potência óptica ou atenuação total na fibra.
n = numero de conectores;
m = numero de emendas;
k = distância da fibra (Km)
Afo = atenuação da fibra óptica.
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Dispersão

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5-Dispersão
A performance da fibra óptica é um dos principais factores que limitam
a capacidade das redes de comunicação por fibra óptica. E é a dispersão
um dos principais fenômenos que afecta a performance dessas redes.

O que é Dispersão?

Fenômeno associado com a transmissão da luz na fibra e em


componentes ópticos.
Interacção das propriedades da luz com as propriedades do material
(IOR).

NOTA: Em comunicações digitais, a dispersão causa o espalhamento


temporal do pulso óptico a medida que a onda se propaga na fibra.

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5.1-Efeitos da Dispersão
O efeito é o alargamento do pulso luminoso que viaja ao longo da fibra
óptica e esse largamento limita a banda passante e
consequentemente, a capacidade de transmissão de informação na
fibra.

Existem quatro mecanismos básicos da dispersão em fibras ópticas que


causam este alargamento, porém, com implicações distintas segundo o
tipo de fibra.
Dispersão Modal
Dispersão Material
Dispersão do Guia de Onda
Dispersão por Modo de Polarização (PMD)

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5.2-Tipos de Dispersão

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5.2.1-Dispersão Modal
Característico de Fibras Multimodo provocado pelos vários caminhos de
propagação possíveis (modos de alta ordem demoram mais para sair da
fibra)

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A variação gradual do índice de refracção do núcleo, nesse tipo de fibra,
permite uma compensação da velocidade de propagação dos raios
(modos) cujas as trajectórias são mais longas.

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5.2.2-Dispersão Cromática

O que é Dispersão Cromática?


Dispersão Cromática = Dispersão de Guia de Onda + Dispersão Material

Material: Espalhamento dos comprimentos de onda que constituem o


sinal, devido a propagação em um meio dispersivo (IOR = f(λ) ).

Guia de Onda: Espalhamento do sinal devido as características do guia


de onda, tais como, distribuição do IOR (perfil) e características
geométricas.

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Dispersão Cromática na Fibra SM

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Fontes = distribuição espectral de potência finita
 Comprimento de onda das fontes = não se propagam com a mesma
velocidade (IOR=F(λ)), chegando em instantes de tempo diferentes.
Um pulso transmitido em tal meio sofrerá um espalhamento,
limitando assim a banda passante de transmissão.

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Dispersão Cromática

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As Diferentes Fibras e Suas Características de Dispersão

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5.3- Dispersão por Modo de Polarização
(PMD - Polarization Mode Dispersion)
O que é PMD?

Polarization Mode Dispersion (PMD) é uma propriedade fundamental dos


meios ópticos (fibras e componentes). Sendo assim, verifica-se que a energia
do sinal num dado comprimento de onda é distribuída em dois modos de
polarização ortogonais que “viajam” com velocidades de propagação
diferentes.

A diferença de tempo de
propagação entre os dois
modos é chamada de
Differential Group Delay
(DGD).

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Dispersão por Modo de Polarização
Características da PMD

 A PMD varia ao longo do tempo para um determinado


comprimento de onda (DGD)
 Diferentes comprimentos de onda lançados na entrada com o
mesmo estado de polarização resultam em diferentes estados de
polarização na saída.
 Dois estados de polarização
 Distribuição Estatística de Maxwell
 Qualquer medida da PMD deve incluir uma técnica de média
 Valor médio da PMD ≠ Valor instantâneo

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Cabos de Fibra Óptica

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Os cabos ópticos são estruturas de empacotamento
de fibras ópticas que tem como funções básicas
prover as fibras de protecção e facilidade de
manuseio.
Os cabos ópticos devem ser resistentes de modo a
evitar que as fibras se quebrem com as tensões
mecânicas durante a sua instalação.
Nos cabos submarinos transoceânicos, é necessário
que os cabos ópticos suportem, por exemplo,
pressões equivalentes a vários quilómetros de
profundidade em água salgada.
Nos cabos ópticos aéreos, deve-se permitir que as
fibras operem adequadamente sob condições de
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6-Classificação dos Cabos Ópticos
Cabos ópticos basicamente pode-se dividir em:

Cabo com Estrutura Tight

Cabo com Estrutura Loose

Cabo com Estrutura Groove

Cabo com Estrutura Ribbon

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6.1-Cabo com Estrutura Tight
No cabo tight as fibras ópticas estão em contacto com a estrutura
do cabo, ou seja, a fibra está aderente ao cabo. Estes foram os
primeiros cabos a serem utilizados , com a utilização em fibras
multimodo.
Os cabos tipo tight são
utilizados actualmente,
em cordões ópticos, e
alguns cabos de
aplicações internas,
onde a conexão é
constante, sendo este
tipo ideal para
aplicações de
conectores.
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BreakoutCable - Cada fibra possui seu próprio
elemento de tracção e capa externa sendo
agrupadas e cobertas por uma outra capa externa.
Vantagem: permite a instalação de conectores sem
auxilio de caixas de terminação.

Distribution Cable - As fibras são agrupadas em


uma só capa externa com um só elemento de
tracção (fios de kevlar).
Vantagem: Diâmetro do cabo é menor que em
cabos breakout facilitando a instalação.

Cordão Óptico -São construídos para uma ou


duas fibras para aplicação na montagem de
cabos de manobra.

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6.2-Cabo com Estrutura Loose

Os cabos Loose (não aderente) apresentam as fibras ópticas soltas


acondicionadas no interior de um tubo plástico, que proporciona a
primeira protecção às fibras ópticas. As fibras ficam afastadas da
estrutura do cabo (acondicionadas em tubos -plásticos ou
metálicos).

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 Neste tipo de cabo podem ser colocadas de 1 a 12 fibras, sendo
possível nesta configuração até 216 fibras.
 Actualmente este tipo de cabo é o que apresenta o maior número de
fabricação.
 Sua utilização se dá em instalações aéreas, subterrâneas ou
directamente enterrados.
Loose Tube - Os tubos são preenchidos até6 ou 12
fibras, com tubos de diâmetros pequenos.
Vantagem: Menor custo em cabos de baixa contagem (
até 6 fibras)

Core Tube - O tubo tem um diâmetro maior podendo


receber alta contagem de fibras. Vantagens: Menor
custo em cabos de alta contagem, maior facilidade na
decapagem e menor diâmetro externo em cabos de
alta contagem
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6.3-Cabo com Estrutura Groove

Neste tipo de estrutura as fibras estão depositadas de modo não


aderente (soltas) em núcleo com ranhuras (em V ).
Também conhecido como estrutura estrelar, normalmente
apresentando um elemento tensor no centro do núcleo.
Algumas operadoras de Telecomunicações ainda utilizam, este
tipo de cabo (72 fibras), porém actualmente existem poucos
fabricantes para este tipo de cabo.

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6.4-Cabo com Estrutura Ribbon

Esta configuração é utilizada em aplicações onde são necessárias


muitas fibras ópticas (até4000 fibras).
As fibras são envolvidas por uma camada plástica plana com
formato de uma fita, onde estas camadas são
“empilhadas”formando um bloco compacto.
Podem ser feitas fitas com 4, 8, 12 ou 16 fibras em cada fita, que
posteriormente são alojadas em estruturas tipo groove, ou as vezes
em tubos loose, para posteriormente serem reunidas formando o
cabo.

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Fácil identificação da fibra óptica,
são codificadas por cor para
facilitar a identificação individual
das mesmas.

Ribbon - As fibras são agrupadas


em fitas de 12 fibras dentro de um
tubo central. Possui as mesmas
vantagens do core tube somadas
às facilidades de localização das
fibras.
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Em Telecomunicações onde se exige alta capacidade e rotas de longa
distância (backbones), a preferência é pela fibra monomodo, dada as suas
vantagens, já abordadas. De uma maneira geral, os cabos ópticos podem ser
classificados em:

 Cabos Aéreos
 Cabos subterrâneos para dutos e subdutos
 Cabos subterrâneos diretamente enterrados
 Cabos submarinos
 Cabos internos
 Cabos pára-raios (OPGW –Optical Ground Wire)
 Cabo DROP

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Cabos ópticos com estrutura metálica: foram os primeiros cabos
estrutura loose a serem fabricados. Este cabo utiliza uma protecção
externa do tipo APL (Fita de Alumínio-Polietileno). O elemento de
tracção é do tipo aço colocado no centro do cabo. Actualmente sua
utilização está bastante reduzida, em função de elementos metálicos
que propicia a indução eléctrica.

Cabos ópticos dieléctricos: com aplicação similar ao cabo APL, este


cabo apresenta vantagem por ser totalmente dieléctrico, com massa
menor comparados com os cabos metálicos. O esforço de tracção nestes
cabos , é suportado pela aramida(Kevlar), que possui características
mecânicas similares ao aço, porém totalmente dieléctricas

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7.1-Tipos de cabos ópticos

Cabos OPGW ( Optical Ground Wire)


Constituído por fibras ópticas revestidas em acrílico,
posicionadas em tubos preenchidos com geleia reunidos ao
redor de um elemento central dieléctrico, preenchidos com
geleia absorvedora de hidrogénio, sendo protegido por
enfaixamento, tubo de alumínio e uma ou duas camadas de fios
metálicos. Os fios metálicos podem ser do tipo aço aluminizado,
alumínio liga ou aço galvanizado.
Utilizados em instalações no interior de edifícios. Com
características de não propagação à chama, estes cabos
são indicados para instalações internas em centrais
telefônicas, prédios comerciais, industriais ou aplicações
onde seja exigido segurança a não propagação de fogo.
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Cabos OPGW ( Optical Ground Wire)
Especialmente projectado para instalação em linhas aéreas de
transmissão de energia.
Tecnologia “loose tube”garante tensão axial zero nas fibras ópticas na
operação.
Identificação das fibras ópticas e tubos por código de cores.
Alta capacidade de condução de corrente eléctrica em curto-circuitos
e descargas atmosféricas.

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Com o advento das fibras ópticas, este cabo pára-raios passou a
ter fabricação especial. Ele é oco e no seu interior passa um
cabo óptico de características especiais.
Geralmente ele é composto de 8 ou até 24 fibras, do tipo
multimodo de índice gradual e com 50 μm de diâmetro,
utilizando as janelas de 850 e 1300 nm. Este cabo serve para a
transmissão de sinais de telessupervisão e telecomando, das
unidades que compõem a linha de transmissão, bem como para
a transmissão de mensagens administrativas entre os órgãos da
empresa de energia elétrica, ao longo da rota. Podem, também,
serem utilizados para comunicações públicas mediante
convênios firmados entre as operadoras de telecomunicações e
as empresas de transmissão de energia elétrica.
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7.2-Aplicação do cabos ópticos
Cabos para instalações em ductos:
-São cabos ópticos para aplicações subterrâneas em ductos ou sub-
dutos.
-Os cabos mais utilizados são com elementos metálicos e dieléctricos,
sendo que estes cabos contêm núcleo de “geleia”.
-Os cabos ópticos com núcleo seco, em função da necessidade de
instalação de equipamentos para pressurização, foram totalmente
substituídos por cabos com núcleo de “geleia”.

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8-Aplicação do cabos ópticos
Cabos para instalação directamente enterrados:
São cabos para serem enterrados directamente no solo.
-A maioria das aplicações enterradas são com cabos dieléctricos, onde
são colocadas protecções adicionais, como nylon/ducto externo no
cabo.
-Podem ter uma protecção externa de fita de aço, que além da
protecção para instalações totalmente enterradas, apresentam óptima
protecção contra roedores.
Armoured - Possui uma protecção
especial com um tubo corrugado.
Vantagem: Garante uma melhor
protecção em ambientes agressivos e
protecção contra roedores, podendo ser
enterrado directamente no solo.
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No lançamento desse tipo de cabo utiliza-se um aradoouvaletadeira que
consiste em um trator que reboca uma bobina de cabos. A mesma máquina
faz a abertura do solo, a colocação do cabo e o recobrimento, em uma única
operação, barateando e agilizando a instalação.

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Cabos para instalações aéreas:
-São cabos que apresentas estrutura mecânicas mais robustas para
que sejam instalados em postes e vãos máximos previamente
definidos e que possam suportar o próprio peso.

-Podem ser instalados em torres de transmissão (OPGW).

-Para o caso de cabos onde a tracção é alta, por exemplo, o OPGW,


eles devem suportar esta tracção sem que haja danos às fibras.
-Podem ser totalmente dieléctricos ou com presença de elementos
metálicos.
-No caso de totalmente dieléctricos os vãos máximos padronizados são
de 80, 120 ou 300 metros, sendo possível cabos com até500
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Cabos para instalações aéreas:

Auto Sustentável - Possui


elementos de tracção
reforçados capazes de
sustentar o cabo.
Vantagem : Elimina o uso
de cabo mensageiro, ideal
para aplicações aéreas.

Eng:Ana Goma 63
Cabos Submarinos:
São cabos cuja instalação são feitas nos oceanos, interligando
continentes.
Suas estruturas devem ser extremamente robustas, para proteger as
fibras ópticas de esforços mecânicos e corrosão.
Normalmente são cabos de pequenas capacidades (máximo de 20
fibras).
Trafegam grande quantidades de informações (2,5 Gbits/seg).

Eng:Ana Goma 64
Cabos utilizados pela KDDI
Cabos Submarinos: para interligação por cabo
submarino óptico entre
Japão -USA

Eng:Ana Goma 65
Lançamento do Cabo submarino:

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Eng:Ana Goma 68
Cabos para Redes Locais:
Normalmente são utilizados cabos com estrutura mais compactas,
porém com performances similares aos cabos e ductos aéreos.

A maioria das instalações das redes locais utilizam fibras multimodo


62,5/125 μm, em quantidades que variam de 2 a 8 fibras.

Podem também ser utilizadas fibras monomodo.

Neste tipo de instalações são utilizados fibras com tecnologia Tight,


para cordões ópticos ou cabos internos, e Loose para cabos com núcleo
de geleia sem instalações subterrâneas.

Eng:Ana Goma 69
Cabo DROP
Recomendado para utilização em redes FTTH (Fiber To The Home
–fibra até a casa) para acesso final ao cliente em redes FTTH. Sua
construção tipo figura 8, confere ao produto grande facilidade de
instalação e confiabilidade da rede somado ao baixo custo de
instalação e manutenção.
Apresenta desempenho mecânico adequado para
instalações em vão máximo de 80 metros com flecha de 1%,
podendo ser instalado em linhas de dutos ou eletrocalhas.

Eng:Ana Goma 70
De onde viemos todos sabemos para aonde vamos
ninguém sabe… observar as tendências tecnológicas

Eng:Ana Goma 71
Nomenclatura para cabos em Dutos ou Enterrados e para
cabos Aéreos
CFOA-X-Y-G-Z
C- Cabo;
F- fibra;
O- Óptica;
A- Revestimento da fibra “Acrilato”;
X- tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo.
Y- Aplicação do cabo: DD-Duto; DE-Enterrado; DPE- Protegido Enterrado.
G- Núcleo geleado.
Z- Número de fibras ópticas.

CFOA-X-ASY-G-Z
C- Cabo;
F- fibra;
O- Óptica;
A-Revestimento da fibra “Acrilato”;
X- Tipo de Fibra: MM-Multimodo, SM- Monomodo, DS- Dispersão deslocada.
AS- Auto sustentado
Y- Vão máximo sustentado: 80m, 120m, 200m.
G- Núcleo geleado.
Eng:Ana Goma 72
Z- Numero de fibras ópticas.
Código de Cores dos Cabos Ópticos
As unidades básicas ou tubetes, obedecem
também a uma sequência de cores para facilitar a
numeração das fibras no cabo. Para o exemplo da
figura 5, temos 6 tubetes (grupos de fibras)
distribuidos em 3 cores (Verde, Amarelo e
Branco). A tabela 2 ilustra a numeração das fibras
do cabo da figura 5. É necessario identificar
seguindo um padrão de cores para os tubetes e
para as fibras. Os códigos de cores podem variar
entre empresas ou paises. Assim, não se tem um
código de cores mundial para identificação das
fibras.
Eng:Ana Goma 73
Eng:Ana Goma 74
Eng:Ana Goma 75
código de cores de fibras padrão ABNT e EIA.

Note que esta tabela a cima traz duas sequências de cores. A primeira
sequência de cores foi definida pela ABNT e é a sequência utilizada no Brasil
por todos os fabricantes nacionais na construção de seus cabos.
Já a segunda sequência, conhecido como “padrão internacional”, foi
definida por um instituto de normatização americano chamado EIA e é
adotado por vários países e fabricantes de todo o mundo.
Eng:Ana Goma 76
Note que o padrão EIA segue colorindo todos os tubos do cabo na mesma
sequência adotada para as fibras.
Já o padrão ABNT coloriu apenas os tubos 1 (verde) e 2 (amarelo) deixando os
demais tubos do cabo todos com a cor branca ou natural.

código de cores de tubos loose padrão ABNT e EIA.


Eng:Ana Goma 77
Eng:Ana Goma 78
8-Técnicas de instalação de cabos ópticos
A qualidade da instalação dos cabos ópticos é um dos factores mais
importantes em uma rede de comunicação de dados.

A instalação dos cabos ópticos podem ser divididas em:

Instalação interna:
-utilizando cordões ópticos (pré-conectados ou não)

Instalação externa:
-em bandejas ou caneletas;
-subterrâneas em ductos;
-subterrânea directamente enterrada;
-aérea (auto-sustentado)

Eng:Ana Goma 79
A interligação de uma
instalação óptica interna
e uma instalação externa
é feito através de um
distribuidor Interno
óptico -DIO.
No DIO são realizadas
emendas ópticas à fusão,
para interligar os cabos
externos (do tipo loose)
aos cabos ópticos
internos (do tipo tight).
O DIO também tem a
função de proteger estas
emendas.
Eng:Ana Goma 80
Manutenção da Rede LAN Óptica

Eng:Ana Goma 81
Cuidados com o cabo óptico
Na instalação de cabos ópticos devem ser tomados cuidados
maiores que na instalação de cabos UTP, pois existe um risco muito
grande de provocar danos às fibras ópticas devido à fragilidade das
mesmas.

Antes de qualquer instalação, faz-se necessário analisar a infra-


estrutura que irá atender a instalação, pois não há possibilidade de se
realizar uma boa instalação sem que a infra-estrutura esteja
adequada

Eng:Ana Goma 82
Respeitar o raio mínimo de curvatura do cabo durante a instalação;
Respeitar o raio mínimo de curvatura permanente no cabo;
Respeitar a carga máxima de tracção do cabo durante à instalação;
Evitar qualquer carga desnecessária ao cabo óptico;
Evitar o calor excessivo durante a instalação e para uso permanente;
Evitar humidade para cabos ópticos de uso interno;
Evitar contacto com linhas de transmissão de energia eléctrica;
Evitar instalar o cabo em ambientes sujeitos ao ataque de produtos
químicos.

Eng:Ana Goma 83
Emendas Ópticas

Uma emenda óptica consiste na junção de 2 ou mais segmentos de


fibras, podendo ser permanente ou temporária.

Servem para:
Prolongar um cabo óptico,
Uma mudança de tipo de cabo,
Para conexão de um equipamento activo,
Para efectuar manobras em um sistema de cabeamento estruturado.

Eng:Ana Goma 84
Características:
-Baixa Atenuação: típica de 0,2 à0,02dB por emenda;
-Alta Estabilidade Mecânica: cerca de 4 kgf de tracção;
-Aplicações em Campo: requer poucos equipamentos para sua
realização.

Existem três tipos de emendas ópticas:


-Emenda por Fusão: as fibras são fundidas entre si;
-Emenda Mecânica: as fibras são unidas por meios mecânicos;
-Emenda por Conexão : são aplicados conectores ópticos,
nas fibras envolvidas na emenda.

Nota: As emendas ópticas, sejam por fusão ou mecânicas, apresentam


uma atenuação muito menor que um conector óptico.
Eng:Ana Goma 85
FIM DA AULA

Eng:Ana Goma 86

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