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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DO ECONOMIC VALUE ADDED (EVA) SOB O SISTEMA DUPONT


APLICADO NA EMPRESA TAESA S.A. NO PERÍODO 2018 - 2022

VITÓRIA - ES
2023

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FILIPHE RAMOS SIQUEIRA TEIXEIRA
JULIA SOARES BAPTISTA
MARIANA SILVA FROSSARD
WAGNER HENRIQUE LEMOS

ANÁLISE DO ECONOMIC VALUE ADDED (EVA) SOB O SISTEMA DUPONT


APLICADO NA EMPRESA TAESA S.A. NO PERÍODO 2018 - 2022

Trabalho elaborado para atender exigência


da disciplina Controladoria do curso
Ciências Contábeis, apresentado ao
Professor Luiz Cláudio Louzada.

VITÓRIA - ES
2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

2. ANÁLISE EVA ........................................................................................................ 8

3. ANÁLISE COM EMPRESAS DO SETOR DE ENERGIA ............................... 11

4. MODELO FLEURIET ......................................................................................... 21

5. MAPA ESTRATÉGICO ....................................................................................... 22

5.1 LEGENDA .............................................................................................................. 22

5.2 FINANÇAS ............................................................................................................. 22

5.3 CLIENTES .............................................................................................................. 23

5.4 INTERNA................................................................................................................ 23

5.5 APRENDIZADO E CRESCIMENTO .................................................................... 23

6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 26

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1. INTRODUÇÃO

As decisões financeiras de uma empresa são interdependentes e envolvem tanto as


decisões de financiamento (captação de recursos) quanto as decisões de investimento
(aplicação dos recursos).
As decisões de investimento são essenciais para a criação de valor. A empresa busca
identificar e selecionar alternativas de aplicação de recursos que gerem benefícios
econômicos futuros. Essas decisões são consideradas atrativas quando a taxa de retorno
exigida pelos investidores é maior do que o retorno mínimo esperado da alternativa de
investimento.
Por outro lado, as decisões de financiamento envolvem a obtenção de recursos para
financiar os investimentos. As empresas utilizam tanto recursos próprios (capital próprio)
quanto recursos de terceiros (capital de terceiros). É importante considerar que todo
financiamento possui um custo associado, que é a remuneração exigida pelos
proprietários de capital pelo uso dos recursos.
O resultado proveniente do investimento deve satisfazer as expectativas de retorno dos
investidores, viabilizando economicamente o empreendimento. Portanto, é necessário
buscar uma proporção adequada entre o capital de terceiros e o capital próprio para
otimizar a estrutura de capital e maximizar o valor da empresa.
É importante ressaltar que o ROA maior que o WACC, indica no quesito desempenho que
a empresa está gerando valor, visto que na verdade pelas construções das métricas, tal
fato é atribuído ao ROI.

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2. ANÁLISE EVA

Analisando a série histórica do EVA (Economic Value Added) da Taesa S.A (TAEE11),
podemos observar algumas tendências e variações ao longo dos anos. Vamos examinar os
valores do EVA para cada ano:
Em 2018, o EVA foi de R$ 2.467,36.
Em 2019, o EVA aumentou para R$ 2.984,34, representando um crescimento significativo
em relação ao ano anterior.
Em 2020, houve uma queda no EVA para R$ 2.402,07, em comparação com o ano
anterior.
Em 2021, o EVA desceu novamente, indo para R$ 1.273,76, indicando uma possível
tendência endêmica.
Em 2022, o EVA atingiu R$ 2.481,29, ultrapassando o valor de 2021.
Com base nesses dados, podemos identificar algumas tendências:
Crescimento: De 2018 a 2019, houve um aumento significativo no EVA, indicando um
crescimento positivo da empresa. No entanto, em 2020 e 2021, houve uma redução no
EVA, sugerindo uma possível diminuição na criação de valor pela empresa nesse ano. É
importante investigar os fatores que contribuíram para essa queda.
Flutuações: Os valores do EVA variaram ao longo dos anos, mostrando uma certa
volatilidade nos resultados financeiros da empresa. É crucial compreender as razões por
trás dessas flutuações e avaliar se estão relacionadas a fatores internos ou externos.
Recuperação: Apesar da queda em 2020 e 2021, a empresa conseguiu se recuperar em
2022, com um aumento significativo no EVA. Essa recuperação pode ser um sinal
positivo de uma melhoria na performance da empresa.
Recomenda-se uma análise mais aprofundada para entender os fatores específicos que
influenciaram cada variação no EVA ao longo dos anos. Isso pode envolver uma revisão
das estratégias da empresa, mudanças na indústria de energia, investimentos em projetos
de expansão, eficiência operacional, entre outros aspectos relevantes.
Por fim, as decisões financeiras devem buscar a melhor combinação entre financiamento
e investimento para promover a continuidade e valorização da empresa, considerando as
expectativas de retorno dos investidores e a criação de valor a longo prazo.

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Figura 1: Cálculo do EVA da empresa TAEE11 em 2018.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

Figura 2: Cálculo do EVA da empresa TAEE11 em 2019.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

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Figura 3: Cálculo do EVA da empresa TAEE11 em 2020.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

Figura 4: Cálculo do EVA da empresa TAEE11 em 2021.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

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Figura 5: Cálculo do EVA da empresa TAEE11 em 2021.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

3. ANÁLISE COM EMPRESAS DO SETOR DE ENERGIA


Este trabalho levou em consideração o ranking de empresas do setor de energia elétrica
na B3, utilizando a margem líquida como critério de seleção, classificação no ranking,
bem como a coleta de dados.

Tabela 1: Empresas escolhidas do setor de energia.

TAEE11 TAESA
EMAE4 EMAE
CEBR5 CEB
CPRE3 CPFL RENOVAV
ENEV3 ENEVA
GEPA4 GER PARANAP
ENMT4 EQTLMARANHAO
EQMA5B ENERGISA MT
CSRN3 COSERN
CMIG4 CEMIG
ELPL3 ELETROPAULO

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REDE4 REDE ENERGIA
COCE5 COELCE
LIGT3 LIGHT S/A

Fonte: Autores

Considerando o giro do ativo onde é mensurado o quanto a empresa vendeu em relação


ao investimento total e neste caso, quanto maior é melhor, observamos que no ano de
2022, a empresa Cosern apresentou um melhor desempenho comparado as demais
empresas do setor e isto pode ser atribuído a uma indução ao aumento das escalas de
operação a um mínimo eficiente, além da possível verticalização da cadeia produtiva,
possivelmente a jusante e a montante.

Gráfico 1: Informações referentes ao Giro do Ativo.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

No tocante a margem líquida, onde mensura-se o quanto a empresa obtém de lucro em


relação ao quanto se obteve com as vendas (e neste caso, quanto maior, melhor), a
empresa Companhia Energética de Brasília (CEB) obteve uma margem líquida
descomunal no ano de 2021 em comparação as demais empresas do setor. E
possivelmente neste ano (2021), a empresa conseguiu uma considerável redução nos
gastos, bem como uma possível entrada de recebíveis, ou seja, otimizou sua vantagem
competitiva.

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Gráfico 2: Informações referentes a Margem líquida.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).


Já em relação ao ROI (Retorno sobre investimento), o qual é o quociente entre o lucro e
o investimento, podemos observar que a empresa Light S/A apresenta o pior indicador,
apresentando em 2022 um ROI negativo em 65,02%. Por outro lado, a Companhia
Energética do Rio Grande do Norte (CSRN), apresentou a melhor performance na série
histórica, no que se refere a este indicador.
No entanto, é importante destacar que o ROI não é a medida mais apropriada para medir
a geração de valor para os shareholders, visto que não considera o risco e nem o custo do
capital próprio, além de que a necessidades de investimentos em capital de giro e em
ativos permanentes são ignoradas.

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Gráfico 3: Informações referentes ao ROI.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

Analisando os dados da tabela 2 que encontra abaixo, sobre o retorno sobre o investimento
(ROI) das empresas listadas, podemos observar as seguintes informações:
A empresa TAESA apresentou um retorno médio de 28% ao longo dos anos analisados,
o maior valor entre as empresas listadas.
A EMAE teve um retorno médio de 2%, com variações pequenas ao longo dos anos.
A CEB apresentou um retorno médio negativo de -7%, indicando um desempenho abaixo
do esperado.
CPFL RENOVAV obteve um retorno médio de 8%, com um crescimento gradual ao longo
dos anos.
ENEVA teve um retorno médio de 3%, com variações pouco significativas.
GER PARANAP apresentou um retorno médio de 4%, com variações moderadas ao longo
dos anos.
EQTL MARANHAO obteve um retorno médio de 16%, com crescimento consistente.
ENERGISA MT registrou um retorno médio de 16%, com variações positivas.
COSERN teve um retorno médio de 12%, com um crescimento gradual ao longo dos
anos.
CEMIG obteve um retorno médio de 5%, com variações moderadas.
ELETROPAULO apresentou um retorno médio de 3%, com variações pequenas ao longo
dos anos.
REDE ENERGIA registrou um retorno médio de 8%, com variações positivas.

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COELCE teve um retorno médio de 3%, com variações pequenas ao longo dos anos.
LIGHT S/A teve o menor retorno médio de -15%, indicando um desempenho negativo ao
longo do período analisado.

Tabela 2: Informações referentes ao ROI.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

Essa análise considera apenas os valores do retorno sobre o investimento e não leva em
conta outros fatores que podem afetar o desempenho das empresas.
Já em relação ao ROIC (Retorno Sobre Capital Investido), a empresa Companhia
Energética de Brasília (CEB) apresenta este indicador de maneira semelhante ao índice
de margem líquida no ano de 2021 (em comparação as demais empresas do setor). Tal
coincidência provavelmente deve-se ao fato de que é examinado o resultado do
investimento operacional (capital de giro líquido + ativos imobilizados líquidos).

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Gráfico 4: Informações referentes ao Retorno sobre Capital Investido.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

Insta destacar que, analisando os dados informados na tabela 3, sobre a alavancagem


financeira das empresas, calculada pelo Passivo Total dividido pelo Patrimônio Líquido,
podemos observar as seguintes informações:
A empresa EMAE apresentou o menor índice de alavancagem financeira, com uma média
de 108% ao longo dos anos analisados.
A CEB teve um índice médio de alavancagem financeira de 250%, indicando um nível
significativo de endividamento.
CPFL RENOVAV obteve um índice médio de alavancagem financeira de 149%, com um
nível moderado de endividamento.
ENEVA teve um índice médio de alavancagem financeira de 127%, com um nível
razoável de endividamento.
GER PARANAP apresentou um índice médio de alavancagem financeira de 164%,
indicando um nível moderado de endividamento.
EQTL MARANHAO obteve um índice médio de alavancagem financeira de 299%,
indicando um nível elevado de endividamento.
ENERGISA MT registrou um índice médio de alavancagem financeira de 165%, com um
nível moderado de endividamento.
COSERN teve um índice médio de alavancagem financeira de 277%, indicando um nível
elevado de endividamento.

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CEMIG obteve um índice médio de alavancagem financeira de 225%, com um nível
razoável de endividamento.
ELETROPAULO apresentou o maior índice de alavancagem financeira, com uma média
de 1.022%, indicando um nível muito elevado de endividamento.
REDE ENERGIA registrou um índice médio de alavancagem financeira de 349%,
indicando um nível elevado de endividamento.
COELCE teve um índice médio de alavancagem financeira de 208%, com um nível
moderado de endividamento.
LIGHT S/A teve um índice médio de alavancagem financeira de 428%, indicando um
nível elevado de endividamento.
É importante considerar que um alto índice de alavancagem financeira pode aumentar o
risco financeiro da empresa, pois indica um maior nível de endividamento em relação ao
seu patrimônio líquido. Uma análise mais completa deve levar em conta outros fatores,
como a capacidade de geração de caixa da empresa, para avaliar a sustentabilidade de sua
estrutura de capital.
Tabela 3: Informações referentes a Alavancagem Financeira.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

É importante destacar as informações diante dos dados apresentados na tabela 4, sobre a


alavancagem operacional das empresas, calculada como a relação entre a Margem de
Contribuição e o Lucro Operacional, a qual podemos observar o seguinte:
A empresa EMAE apresentou o menor índice de alavancagem operacional, com uma
média de 62% ao longo dos anos analisados.

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A CEB teve um índice médio de alavancagem operacional de 8%, indicando uma margem
de contribuição baixa em relação ao lucro operacional.
CPFL Renováveis obteve um índice médio de alavancagem operacional de 222%, com
uma margem de contribuição significativa em relação ao lucro operacional.
ENEVA teve um índice médio de alavancagem operacional de 196%, indicando uma
margem de contribuição considerável em relação ao lucro operacional.
GER PARANAP apresentou um índice médio de alavancagem operacional de -325%,
indicando uma margem de contribuição negativa em relação ao lucro operacional. Esse
valor negativo pode indicar que a empresa está operando com prejuízo.
EQTL MARANHAO obteve um índice médio de alavancagem operacional de 296%, com
uma margem de contribuição expressiva em relação ao lucro operacional.
ENERGISA MT registrou um índice médio de alavancagem operacional de 186%,
indicando uma margem de contribuição razoável em relação ao lucro operacional.
COSERN teve um índice médio de alavancagem operacional de 169%, indicando uma
margem de contribuição satisfatória em relação ao lucro operacional.
CEMIG obteve um índice médio de alavancagem operacional de 182%, indicando uma
margem de contribuição considerável em relação ao lucro operacional.
ELETROPAULO apresentou o maior índice de alavancagem operacional, com uma
média de 533%, indicando uma margem de contribuição muito elevada em relação ao
lucro operacional.
REDE ENERGIA registrou um índice médio de alavancagem operacional de 234%,
indicando uma margem de contribuição significativa em relação ao lucro operacional.
COELCE teve um índice médio de alavancagem operacional de 339%, indicando uma
margem de contribuição expressiva em relação ao lucro operacional.
LIGHT S/A teve um índice médio de alavancagem operacional de 533%, indicando uma
margem de contribuição muito elevada em relação ao lucro operacional.
A alavancagem operacional indica a eficiência com que uma empresa pode usar sua
receita para cobrir seus custos operacionais e gerar lucro. Uma alavancagem operacional
mais alta indica uma margem de contribuição maior em relação ao lucro operacional, o
que pode ser um indicativo positivo de eficiência. No entanto, é importante considerar
outros fatores, como a sustentabilidade dessa margem de contribuição ao longo do tempo,
para uma análise mais completa.

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Tabela 4: Informações referentes a Alavancagem Operacional.

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

E por fim, analisando os dados conforme a tabela 5, sobre a alavancagem total das
empresas, calculada como o produto da alavancagem financeira (GAO - alavancagem
financeira) e a alavancagem operacional (GAF - alavancagem operacional), podemos
observar as seguintes informações:
A empresa EMAE apresentou o menor índice de alavancagem total, com uma média de
73% ao longo dos anos analisados.
A CEB teve um índice médio de alavancagem total de 27%, indicando um nível moderado
de alavancagem.
CPFL Renováveis obteve um índice médio de alavancagem total de 337%, com um nível
elevado de alavancagem.
ENEVA teve um índice médio de alavancagem total de 242%, indicando um nível
moderado de alavancagem.
GER PARANAP apresentou um índice médio de alavancagem total de -245%. Um valor
negativo indica que a empresa está operando com prejuízo e seu resultado é distorcido.
EQTL MARANHAO obteve um índice médio de alavancagem total de 900%, indicando
um nível elevado de alavancagem.
ENERGISA MT registrou um índice médio de alavancagem total de 305%, com um nível
moderado de alavancagem.
COSERN teve um índice médio de alavancagem total de 457%, indicando um nível
elevado de alavancagem.

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CEMIG obteve um índice médio de alavancagem total de 428%, indicando um nível
elevado de alavancagem.
ELETROPAULO apresentou o maior índice de alavancagem total, com uma média de
2,189%, indicando um nível muito elevado de alavancagem.
REDE ENERGIA registrou um índice médio de alavancagem total de 810%, indicando
um nível elevado de alavancagem.
COELCE teve um índice médio de alavancagem total de 749%, indicando um nível
elevado de alavancagem.
LIGHT S/A teve um índice médio de alavancagem total de 2,017%, indicando um nível
muito elevado de alavancagem.
A alavancagem total combina a alavancagem financeira e a alavancagem operacional
para analisar o impacto conjunto do endividamento e da eficiência operacional sobre os
resultados financeiros da empresa. Um alto índice de alavancagem total pode indicar um
maior risco financeiro, pois representa um nível elevado de endividamento combinado
com uma margem de contribuição substancial em relação ao lucro operacional. É
importante considerar a capacidade da empresa de gerar receitas suficientes para cobrir
seus custos operacionais e pagamentos de dívida ao avaliar a sustentabilidade da
alavancagem total.

Tabela 5: Informações referentes a Alavancagem Total.


Alavancagem Total (GAO X GAF)
2018 2019 2020 2021 2022 MÉDIA
TAESA 108% 117% 102% 181% 52% 112%
EMAE 25% 40% 192% 105% 1% 73% MENOR
CEB 91% 34% 8% 1% 1% 27%
CPFL RENOVAV 525% 405% 285% 216% 252% 337%
ENEVA 156% 320% 223% 157% 356% 242%
GER PARANAP 357% 436% 441% -2826% 364% -245%
EQTLMARANHAO 1332% 622% 531% 608% 1405% 900%
ENERGISA MT 349% 297% 303% 320% 258% 305%
COSERN 487% 815% 669% 236% 79% 457%
CEMIG 764% 454% 441% 257% 224% 428%
ELETROPAULO -1050% 1415% 2346% 4377% 3857% 2189% MAIOR
REDE ENERGIA 1006% 767% 616% 812% 851% 810%
COELCE 269% 369% 595% 1118% 1395% 749%
LIGHT S/A 6045% 754% 1769% 1516% 0% 2017%

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

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4. MODELO FLEURIET

O modelo Fleuriet é uma ferramenta valiosa para a análise financeira, permitindo avaliar
a estrutura de capital e a capacidade de geração de valor de uma empresa. Ao utilizar a
análise vertical e horizontal, esse modelo pode fornecer insights sobre a saúde financeira
e o desempenho de longo prazo de uma organização.

De acordo com a tabela abaixo podemos perceber que a situação financeira se mantém
sólida, embora no ano de 2021 houve uma piora, no ano de 2022 a empresa recupera sua
solidez.

De acordo com o modelo Fleuriet, uma empresa é considerada financeiramente sólida


quando apresenta uma estrutura de capital equilibrada e uma capacidade consistente de
gerar valor para os acionistas.

Em suma, uma empresa é considerada financeiramente sólida de acordo com o modelo


Fleuriet quando possui uma estrutura de capital equilibrada, demonstra um desempenho
consistente ao longo do tempo, é capaz de cumprir suas obrigações financeiras e apresenta
indicadores de eficiência financeira positivos. Esses fatores indicam que a empresa está
bem-posicionada para enfrentar desafios financeiros e aproveitar oportunidades de
crescimento no longo prazo.

Tabela 5: Modelo Fleuriet


TAEE11
Modelo Fleuriet
2022 2021 2020 2019 2018
ACC (ativo circulante cíclico) 1.821.037 1.693.694 1.330.231 1.085.934 1.058.780
ACE (ativo circulante errático) 1.268.631 441.489 1.029.930 2.482.496 868.891
PCC (passivo circulante cíclico) 360.678 320.569 294.884 262.009 218.518
PCE (passivo circulante errático) 660.839 1.096.561 546.759 734.492 428.287
CDG (capital de giro) 2.068.151 718.053 1.518.518 2.571.929 1.280.866
NCG (necessidade de capital de giro) 1.460.359 1.373.125 1.035.347 823.925 840.262
T (saldo de tesouraria) 607.792 -655.072 483.171 1.748.004 440.604
Situação financeira SÓLIDA INSATISFATÓRIA SÓLIDA SÓLIDA SÓLIDA

PNC 9.717.088 7.793.749 7.237.872 5.305.891 3.397.437


PL 6.570.476 6.684.756 6.025.904 4.990.377 4.572.052
ANC 14.219.413 13.760.452 11.745.258 7.724.339 6.688.623

Fonte: Autores (Informações obtidas nos arquivos das demonstrações financeiras).

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5. MAPA ESTRATÉGICO

Figura 6: Mapa estratégico (BSC Corporativo).

5.1 LEGENDA

Fonte: Autores.

5.2 FINANÇAS
Objetivo: Aumentar o Retorno Total para os Acionistas
Possíveis indicadores:

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Retorno total ao acionista
Retorno no capital aplicado

5.3 CLIENTES

Objetivo: Criar produtos energéticos que beneficiam os clientes


Indicador: criar um produto que reduz custos energéticos (melhorar a eficiência)

5.4 INTERNA

Objetivo: Melhorar a eficiência e eficácia operacional


Indicadores de tendência alinhados:
Taxa de substituição de reservas (%)
Produção bruta média
Disponibilidade de usinas (%)
Custo de Busca e Custo de Desenvolvimento

5.5 APRENDIZADO E CRESCIMENTO

Objetivo: Encontrar e implementar tecnologias energeticamente eficientes (pertence ao


tema sustentabilidade)
Objetivo: Encontrar avanços tecnológicos baseados em energia renovável (pertence ao
tema energia renovável)
Objetivo: Fornecer um ambiente de trabalho seguro
Indicadores alinhados:
Taxa de lesões ou sua Frequência de Tempo Perdido Devido a Lesões (LTIF) equivalente
Rotatividade dos funcionários, %

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6. CONCLUSÃO

Analisado os dados da empresa TAESA, de acordo com o modelo Fleuriet, essa empresa
está apresentando um crescimento constante no valor econômico agregado (EVA) e
possui uma situação financeira sólida. O EVA tem mostrado um crescimento consistente
ao longo dos anos, exceto em 2021. Isso significa que a empresa está sendo capaz de gerar
um retorno superior ao custo de seu capital investido. Esse crescimento do EVA é um
indicador positivo, pois mostra que a empresa está aumentando seu valor para os
acionistas.

Ao analisar a estrutura de capital da TAESA, observa-se que ela possui uma distribuição
equilibrada de ativos e passivos em relação à sua receita líquida. Isso indica que a empresa
está utilizando eficientemente seus recursos para gerar receita e tem uma proporção
adequada de dívida em relação à sua capacidade de pagamento. Essa estrutura de capital
equilibrada é um sinal de solidez financeira.

Ao longo dos anos, a TAESA tem apresentado um desempenho consistente em termos de


receita líquida, lucros e fluxo de caixa operacional. A empresa demonstra um crescimento
estável e sustentável, refletindo uma gestão eficiente e uma posição competitiva no
mercado. Além disso, a TAESA tem sido capaz de melhorar suas margens de lucro ao
longo do tempo, o que indica um aumento na eficiência operacional.

A TAESA mantém uma estrutura de capital equilibrada, combinando de forma adequada


financiamento de dívida e patrimônio líquido. A empresa não está excessivamente
endividada, o que reduz o risco financeiro associado. Além disso, a relação entre a dívida
total e o patrimônio líquido da empresa é saudável, mostrando uma boa proporção entre
os recursos de terceiros e os recursos próprios.

A TAESA possui uma sólida capacidade de pagamento de suas obrigações financeiras. A


empresa gera um fluxo de caixa operacional consistente e suficiente para cobrir suas
despesas operacionais e financeiras, incluindo o pagamento de juros e principal de suas
dívidas dentro dos prazos estabelecidos.

Em resumo, a empresa apresenta um crescimento do valor econômico agregado e possui


uma situação financeira sólida de acordo com o modelo Fleuriet. Seu EVA em
crescimento indica a geração de valor para os acionistas, enquanto sua estrutura de capital
equilibrada, desempenho consistente ao longo do tempo e capacidade de pagamento

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demonstram solidez financeira. Esses fatores combinados indicam que a TAESA. está
bem-posicionada para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades de crescimento em
seu setor.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INVESTING. TAEE11. [S. l.], 31 dez. 2022. Disponível em:


https://br.investing.com/equities/taesa-unt-n2. Acesso em: 9 jul. 2023.

RI TAESA. CENTRAL DE RESULTADOS. [S. l.], 31 dez. 2022. Disponível em:


https://ri.taesa.com.br/divulgacao-ao-mercado/central-de-resultados/?ano=2022. Acesso
em: 9 jul. 2023.

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