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O QUE É MATEMÁTICA FINANCEIRA?

A matemática financeira é uma área que utiliza conceitos matemáticos para estudar o comportamento
do dinheiro e do capital com o passar do tempo.

No mercado financeiro, a vemos o tempo todo: nos juros, na renegociação de dívidas, nos empréstimos,
nos rendimentos… Em suma, o funcionamento do setor se baseia em suas fórmulas e conceitos.

Por ser tão intrínseca a muitas práticas comuns no nosso dia a dia, sejamos nós profissionais da área ou
não (quem nunca aproveitou um desconto ou teve que pagar juros?), a matemática financeira é o tipo de
conhecimento que tem aplicação prática constante e entendê-lo é fundamental para administrarmos o
nosso patrimônio, ou o de nossos clientes e empresas.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE MATEMÁTICA FINANCEIRA E EDUCAÇÃO


FINANCEIRA?

Enquanto a matemática utiliza conceitos matemáticos para analisar informações ligadas diretamente ao
dinheiro, a educação financeira tem viés humano e refere-se ao comportamento dos indivíduos em
relação a esse dinheiro.

Percebe a diferença? Podemos dizer que a matemática financeira é uma ciência exata. Utilizamos fórmulas
e teorias para analisar a forma como o dinheiro se transforma sob a influência de diferentes fatores e
cenários.

Já a educação financeira tem seu enfoque nos hábitos, nas emoções e nas atitudes de uma pessoa, ou
até de uma empresa como um todo.

É por essa distinção que existem, por exemplo, pessoas que possuem um conhecimento matemático
gigantesco, mas que não tomam boas decisões ao investir, ou que estejam perdidas em meio às dívidas.
Da mesma forma, há quem não lide tão bem assim com os números, mas que tenha uma boa carteira de
ativos. Na nossa profissão, é claro, ambas são essenciais.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA FINANCEIRA?

A dimensão dessa área matemática é tão grande que, para falar de sua importância, eu preciso elencar
mais de um contexto.

Para o investidor, a matemática financeira é o instrumento que o auxilia a analisar um ativo, ponderar
opções e tomar decisões inteligentes e rentáveis. Lucro, inflação, taxa de retorno, valor futuro: estes são
apenas alguns exemplos de conceitos matemáticos que orientam as estratégias de quem investe.
Já para as empresas, esse campo de estudo é o que faz a engrenagem continuar girando. Fluxo de caixa,
financiamento e montante, aqui, são termos bem frequentes nesse contexto. Adivinhe só? Tudo isso é
matemática financeira também.

Na rotina de qualquer um, mesmo quando não trabalhamos com a área ou somos investidores assíduos,
também a enxergamos. Quando parcelamos compras, pedimos empréstimos e organizamos as despesas
e os rendimentos do mês: todos esses cálculos requerem esse tipo de conhecimento.

Resumidamente, todos os fatores que influenciam o desempenho do mercado financeiro e econômico


podem ser analisados com precisão através de seus instrumentos. Por isso, seja qual for o cenário no qual
o dinheiro está inserido, a matemática financeira estará lá para compreendê-lo.

QUAIS OS CONCEITOS BÁSICOS EM MATEMÁTICA FINANCEIRA?

Acréscimo

É o valor acrescentado de uma transação comercial em relação à taxa percentual do capital.


O acréscimo ocorre devido às demandas do mercado de subir o preço de certos produtos e serviços, por
uma série de fatores, e, muitas vezes, com o interesse de aumento do lucro ou de imposto, o acréscimo é
utilizado também em investimentos de capital.

Desconto

É o valor retirado de uma transação comercial em relação à taxa percentual do capital. Geralmente o
desconto é utilizado como meio de potencializar as vendas ou premiar clientes que pagam a conta em dia.
Além disso, ele é utilizado na contribuição de impostos, como o INSS e o FGTS.

Lucro

É o valor ganho em uma transação comercial, considerado como o rendimento positivo obtido por meio
de uma negociação. É de utilidade para calcular-se o rendimento positivo em relação a uma venda, e
também para calcular-se os ganhos diários ou mensais de uma empresa ou um de pequeno negócio.

Taxa percentual

É a unidade utilizada para representar partes de um todo. Serve para o cálculo do rendimento
em porcentagem de ganhos e perdas de negociações. Para encontrarmos a taxa percentual, basta
dividirmos o valor novo pelo valor de referência.
Juros

São os rendimentos de aplicações de capitais num certo período ou o valor a ser pago pela utilização
de recursos de terceiros. Os juros são classificados em simples e compostos.

Montante

É a soma do capital com o juros ou o dinheiro adquirido após uma transação.

Para calcular-se o montante e o juros, existem fórmulas específicas.

Porcentagem

Temos aqui uma unidade que utilizamos para representar a parte de um todo (um pedaço dentro de um
valor total a 100. No âmbito financeiro, você verá taxas percentuais o tempo todo, principalmente para
quantificar lucros e prejuízos em negociações, ou aumentos e descontos, por exemplo.

A sua fórmula é, na verdade, extremamente simples: divide-se o valor novo pelo valor de referência e, após,
se multiplica por 100. Também é possível multiplicar a porcentagem pela quantidade total e dividir o
resultado por 100.

RAZÃO E PROPORÇÃO

Se liga nas definições:

• Razão: a comparação entre duas grandezas. Em outras palavras, o coeficiente entre dois valores;
• Proporção: a igualdade entre duas razões. Ou seja, quando duas razões apresentam o mesmo
resultado.

Dentro desse campo temos:

REGRAS DE TRÊS SIMPLES: A regra de três simples é uma proporção entre duas grandezas, por
exemplo: velocidade e tempo, venda e lucro, mão de obra e produção… Nesse sentido, na regra de três
simples, é necessário que três valores sejam apresentados, para que assim, descubra o quarto valor.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA: Com a regra de três composta podemos determinar um valor
desconhecido quando relacionamos três ou mais grandezas.

Em outras palavras, a regra de três permite descobrir um valor não identificado, por meio de outros três ou
mais valores conhecidos.
O QUE SÃO JUROS?

“Juros” é um conceito básico no mundo das finanças e pode ser definido como o rendimento de
uma aplicação financeira.O juro é aquele valor a mais que você paga quando atrasa um pagamento ou
quando paga por um empréstimo, por exemplo. Os juros se dividem em dois tipos:

Juro simples: é uma taxa previamente definida e que incide somente sobre o valor inicial.O importante
mesmo é saber que nessa modalidade a taxa de juros incide de forma regular sobre o valor total da
dívida. Embora ainda esteja presente em alguns financiamentos, pagamento de impostos e aplicações
bancária, o juro simples não é mais utilizado pelo sistema financeiro.Mesmo assim, é preciso entender
seu funcionamento.

Juros compostos: também chamada de juros sobre juros, é sempre aplicada ao somatório do capital
no final de cada período. Isso quer dizer que a taxa incide sobre o valor total (ou montante) do período
anterior, quando esse montante já teve o valor do juro somado a ele. E assim sucessivamente até o fim do
período da aplicação. Diversos tipos de financiamentos e investimento usam o juro composto, pois gera
mais lucro que as outras modalidades. É simples: rende mais porque são aplicados juros em cima dos
juros. Diferente do juro simples, em que a taxa incide somente sobre o capital inicial .É por isso que
o regime de juro composto se tornou o mais utilizado no sistema financeiro do Brasil atualmente.

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