Você está na página 1de 20

LAIS SILVEIRA BONGALHARDO

REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA PARALISIA DE


BELL

RIO GRANDE
2021
LAIS SILVEIRA BONGALHARDO

REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA PARALISIA DE


BELL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Instituição Anhanguera de Rio
Grande, como requisito parcial para a obtenção
do título de graduado em Fisioterapia.

Orientador: Danielle Donner

Rio Grande
2021
LAIS SILVEIRA BONGALHARDO

REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA PARALISIA DE BELL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Anhanguera de Rio grande, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Fisioterapia.

BANCA EXAMINADORA

Luziana Cardoso Nascimento

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Rio Grande, maio de 2021.


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo mostrar o entendimento e a importância da


reabilitação fisioterapêutica na Paralisia de Bell, dando ênfase ao tratamento e
desenvolvimento das medidas a serem tomadas após uma avaliação, para que ocorra
um melhor tratamento. A forma mais prudente de conduzir os problemas da face,
mostrando uma prudente segurança aos pacientes acometidos por essa patologia. O
estudo consiste em revisões bibliográficas de artigos científicos e livros, onde foram
coletadas informações reais e para um melhor entendimento. Foi verificado neste
período que o índice desta patologia pode ocorrer por múltiplos fatores, não tendo
uma causa específica. Onde foi analisado dados e verificado o tempo necessário de
tratamento de cada paciente, que pode ser ocasionado por uma infecção viral ou uma
doença imunológica que faz o nervo facial ficar edemaciado, portanto, ainda não foi
encontrado a origem real deste problema. Porém a reabilitação fisioterapêutica é de
grande importância em qualquer grau de Paralisia de Bell.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Ilustração do nervo e músculos faciais....................................................8
Figura 2- Escala de House Brackman.....................................................................9
Figura 3- Comparação entre face normal e com Paralisia Facial..........................11
Figura 4- Músculos e nervos da face.....................................................................13
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Alterações da mímica facial.................................................................14
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8

2. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .........................................................9,10,11

3. COMO LIDAR COM A PARALISIA DE BELL ............................................12,13,14

4.TRATAMENTO IMEDIATO E SUA IMPORTÂNCIA ...................................15,16,17

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................18

REFERÊNCIAS...................................................................................................19,20
8

1 INTRODUÇÃO
É de fundamental importância o tratamento na Paralisia de Bell em relação a
fisioterapia facial, por ser um distúrbio repentino de causa aparente, que mostra o
enfraquecimento e paralisia dos músculos da face. A reabilitação é feita, assim que o
paciente passa por uma avaliação fisioterapêutica, não existindo outras patologias que
possam interferir no tratamento, a Paralisia de Bell, normalmente é de bom
prognóstico para um recurso terapêutico.
O conhecimento de que a Paralisia de bell sendo tratada e diagnosticado de
início, traz ótimos resultados, podendo não ter sequelas e nem grandes
comprometimentos traumáticos. Pode ser avaliado por uma equipe multidisciplinar,
onde cabe a cada profissional fazer a sua parte, para que então haja um
desenvolvimento excelente do paciente. Comprometimento e dedicação é
fundamental em qualquer tipo de reabilitação.
A Reabilitação fisioterapêutica no caso da Paralisia de Bell, consiste em
exercícios que possam ser executados na parte comprometida da face, com técnicas
que podem ser utilizados, como elevar sobrancelhas, sorrir mostrando os dentes,
soprar e encher as bochechas de ar. Por momentos fazer estímulos com técnicas de
eletroestimulação para os ramos intramusculares, sendo semelhante as contrações
que são geradas voluntariamente.
Para os pacientes é muito importante o esclarecimento do fisioterapeuta, tanto
para a pessoa que está sofrendo o trauma, quanto para os seus familiares. Assim
pode se analisar um tratamento adequado, da melhor forma que se pode conduzir
esse diagnóstico, onde mostrar a importância da fisioterapia facial, para que em curto
prazo se estabeleça uma melhora aparente nas condições de vida diária.
O estudo feito, consiste em revisões bibliográficas de artigos científicos, onde
foram coletadas informações nos últimos anos e livros como a Sociedade Brasileira
de Anatomia (2001), Medicina Baseada em Evidências (2003). Neste período foi
verificado que o índice desta patologia pode ocorrer por inúmeros fatores, não tendo
causas específicas. Porém tratamentos de reabilitações fisioterapêuticos é de grande
ênfase em todos os estudos feitos até o presente momento.
9

2 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
De acordo com análises o tratamento na Paralisia de Bell, pode ser associado
a Fisioterapia junto com medicamentos. Fica-se claro que por meio de exercícios,
conseguimos fortalecer os músculos da face, restaurando sua força e função, por sua
causa ainda ser desconhecida, sabemos que é ocasionada uma inflamação no nervo
facial. Para a maioria dos pacientes a paralisia é temporária. Os casos que levam em
média de três meses, conseguem ser visto por um acompanhamento Médico onde se
observa através de exames próprios para isso.
A Paralisia de Bell, pode ser chamada também de Paralisia Periférica, onde
envolve toda a sua hemiface, os músculos da expressão facial são acometidos e sabe-
se que os efeitos estéticos podem ser devastadores a um paciente que sofre os
acometimentos. As avaliações fisioterapêuticas permitem analisar a assimetria,
verificando o seu grau na escala de House- Brackman, os traços que foram
acometidos e funções faciais que foram perdidas. (VALENÇA; VALENÇA, 2001).

Figura 1. Ilustração do nervo e músculos faciais.

Fonte: Imagem retirada da internet para melhor demonstração do nervo

A paralisia facial é uma neuropatia aguda caracterizada por lesão no sétimo


nervo craniano, podendo ocorrer no tronco, ou em algum de seus ramos: temporal,
bucal, mandibular zigomático, cervical. (PEITERSEN, 2002; VALENÇA e VALENÇA,
1999).
A fisioterapia é indispensável com o objetivo principal de restabelecer o
trofismo, a força e a função muscular (GOMEZ, 1999; BEURSKEIN e HEYMANS,
2004).
A fisioterapia em conjunto com os tratamentos medicamentosos tem
contribuindo muito para reverter os quadros da PB, estimulando e acelerando a
10

recuperação do paciente, visando sempre uma terapia assimétrica, no caso da PB


unilateral, aliviando a parte não paralisada e estimulando a parte da face paralisada
(BARBARA, 2010).

Figura 2: Escala de House Brackmann

Fonte: Imagem retirada da internet, da Academia Americana de Otorrinolaringologia.

A face humana pode ser considerada um espelho dos nossos sentimentos, pois
através da movimentação de seus músculos expressamos diferentes tipos de
emoções em diversos graus (FARIA, 2006). O tratamento da paralisia facial periférica
requer abordagem médica, fisioterapêutica e fonoaudióloga (MARINHO JUNIOR,
RAVAGNANI, MOURA, 2007; GARANHANI, 2007).
A escolha entre um tratamento clínico ou cirúrgico é um processo que sofre
mudanças ao longo da evolução da doença. Meios diagnósticos e prognósticos cada
vez mais precisos influenciam decisivamente nestas opções terapêuticas (LAZARINI,
2005). Assim sendo, o tipo de lesão a qual o nervo é submetido tem fundamental
importância no processo de regeneração e na conduta a ser tomada (FARIA, 2006).
11

De acordo com Teixeira et al. (2008), a incidência da PB varia de 20 a 30 casos


por 100 mil habitantes, com uma prevalência ligeiramente maior entre as mulheres. O
prognóstico mais favorável situa-se nas faixas mais jovens, principalmente abaixo de
10 anos, sendo observados picos de incidência na terceira, sexta e oitava década de
vida. Também é avaliado o grau da Paralisia de Bell de acordo com a escala de House-
Brackmann (figura 2), sendo os graus de paralisia de normal à uma paralisia total onde
o prognostico é menos favorável.
A fisioterapia tem um papel fundamental no tratamento da PB, pois ela trabalha
conservando e estimulando as estruturas internas evitando uma atrofia da
musculatura e fazendo com que haja uma estimulação dos nervos afetados, além de
também trabalhar com as estruturas externas da face, como por exemplo a pele e os
olhos que acabam ficando expostos devido aos músculos palpebrais não conseguirem
estimular a lubrificação devido terem sido afetados pela paralisia (MATOS, 2011).
Agentes físicos são frequentemente usados no tratamento de casos de
paralisia fácil, porém, a sua efetividade não está bem definida. Ensaios clínicos
controlados com agentes físicos têm mostrado que não há benefícios na sua
utilização. Os exercícios faciais são conhecidos por reduzir o tempo de recuperação
e diminuir as sequelas.
Estudos apontam a utilização da estimulação com massagens rápidas e
exercícios de mímica facial para melhorar a simetria. Em um evento internacional
realizado há duas décadas, já era apontada a importância do acompanhamento dos
pacientes com paralisia facial periférica com exercícios, massagens, eletroterapia e
biofeedback (GOMEZ, 1999; RIBEIRO e CASSOL, 1999; NAKAMURA, 2003;
GÓMEZ-BENITEZ, 1995; ROMA e RODT, 2002).
12

3 COMO LIDAR COM A PARALISIA DE BELL


A expressão facial é a uma das principais formas de comunicação por meio de
experiências emocionais que englobam uma série de sinais sociais. Indivíduos com
sequela de uma paralisia facial geralmente relatam problemas de comunicação. Esses
pacientes mostram uma tendência à má interpretação de seu estado emocional.
A expressão facial é importante para a comunicação e o auto reconhecimento,
fundamental para o discernimento na identificação e habilidade de inclusão social,
uma vez que a face é a primeira forma de reconhecimento do ser humano (COULSON,
2004; HEYMANS, BEURSKENS, 2002).

Figura 3: Comparação entre a face normal e a com paralisia facial

Fonte: Imagem retirada da internet para melhor demonstração de Sinal de Bell.

A comunicação é um aspecto importante na vida em sociedade. As pessoas


trocam informações de maneiras variadas recorrendo não só às palavras, mas
também à sua expressão facial, essencial para manifestar emoções. Quando não é
possível manifestá-las com eficácia corre o risco de serem interpretadas de maneira
equivocada. Atualmente, a sociedade considera muito a questão de aparência estética
para a afirmação do indivíduo.
Embora ninguém tenha o rosto simétrico, uma desfiguração facial acentuada
pode tornar-se um problema com consequências devastadoras na autoestima. Como
em outras funções, por exemplo, a capacidade de sorrir só é valorizada no momento
em que deixamos de possuí-la (BARREIRA, 2010).
13

A velocidade e a quantidade de estímulos empregados variam de acordo com


objetivo do estímulo (CONNOLLY e MONTGOMERY, 1991). Os movimentos faciais
normais são bilaterais simétricos: ambos os lados da face movem- se em movimentos
idênticos (VOSS, 1987).
A precisão dos movimentos faciais, juntamente com a habilidade vocal
representada pela fala, permite que o ser humano se diferencie dos outros animais
em sua forma de comunicação. A mímica facial favorece a transmissão do conteúdo
implícito, contido na expressão de sentimentos e pensamentos. A privação dos
movimentos faciais limita, de forma dramática, a integração do ser humano com seu
próximo e com o meio em que vive (LAZARINI, 2002; TESSITORE, PFELSTICKER,
PASCHOAL, 2008; RAHAL, GOFFI-GOMEZ, 2007).
O nervo facial é o nervo de maior diâmetro que passa dentro de um conduto
ósseo, consequentemente é o nervo que sofre paralisia com mais frequência. Origina-
se no núcleo do facial situado na ponte, emergindo da parte lateral do sulco bulbo-
pontino. Em seguida, penetra no osso temporal pelo meato acústico interno, emerge
do crânio pelo forame estilomastóideo, passa pela glândula parótida e se distribui aos
núcleos da mímica por meio de ramos.
O trajeto intrapetroso completo percorrido pelo facial aproxima-se de 35 mm e
o diâmetro ocupado por ele é de 50 a 75% do canal ósseo (MARINHO JUNIOR,
RAVAGNANI, MOURA, 2007; GARANHANLI, 2007; CALAIS, 2005; BENTO, 2004). A
paralisia facial decorrente de trauma ao nervo facial é uma condição clínica
relativamente comum (FARIA, 2006).
O acometimento resulta em paralisia completa ou parcial da mímica facial e
pode estar associado a: distúrbios da gustação, salivação e lacrimejamento,
hiperacusia e hipoestesia no canal auditivo externo (GARANHANI et al., 2007;
VALENÇA, VALENÇA, LIMA, 2001).
Na paralisia facial periférica a equipe médica deve atuar rapidamente para
estabelecer o diagnóstico e o tratamento mais adequado a cada momento e evitar
possíveis sequelas motoras faciais (LAZARINI, et al., 2006).
Uma vez que o nervo facial faz parte como via eferente de vários reflexos, pode-
se observar o reflexo do orbicular das pálpebras que, ao estímulo doloroso da face ou
do globo ocular, não se nota o fechamento do olho do lado paralisado. (LOPES
FILHO,1994).
14

Figura 4: Músculos e Nervos da face

Fonte: Imagem retirada da internet para melhor visualização dos músculos e nervos da face.

O paciente apresenta também dificuldades para mastigar, assoprar ou


assobiar; pode ocorrer disartria (dificuldades em pronunciar as consoantes labiais e
labiodentais), (SOARES, SILVA, BERTOLINI, 2002). Após a lesão de um nervo, as
alterações patológicas dependem da natureza da injúria, que também influencia a
resposta regenerativa e o prognóstico quanto à recuperação.
O grau dessa recuperação depende da idade do paciente, do tipo de lesão, da
etiologia, nutrição do nervo, comprometimento neuromuscular e terapêutica instituída,
podendo ocorrer em algumas semanas, até quatro anos. O tratamento da paralisia
facial periférica requer abordagem médica, fisioterapêutica e fonoaudióloga
(MARINHO JUNIOR, RAVAGNANI, MOURA, 2007).
O sinal clínico, decorrente da insuficiência funcional do orbicular das pálpebras,
foi descrito por Charles Bell, e leva o seu nome, é conhecido como sinal de Bell. É
representado pelo desvio do globo ocular para cima e para fora, quando o paciente é
orientado a fechar os olhos. Outro sinal é o de Negro, que consiste na maior elevação
do olho do lado doente, em relação ao normal, quando o paciente olha para cima. Isto
se deve a maior contração dos músculos reto-superior e levantador da pálpebra, em
compensação à insuficiente força contrátil do músculo frontal (HUNGRIA,1995).
15

4 TRATAMENTO IMEDIATO E SUA IMPORTÂNCIA


A escolha entre um tratamento clínico ou cirúrgico é um processo que sofre
mudanças ao longo da evolução da doença. Meios diagnósticos e prognósticos cada
vez mais precisos influenciam decisivamente nestas opções terapêuticas (LAZARINI,
2005). Assim sendo, o tipo de lesão a qual o nervo é submetido tem fundamental
importância no processo de regeneração e na conduta a ser tomada (FARIA et al.,
2006).

QUADRO 1: Alterações da Mímica Facial

Fonte: Figura ilustrativa retirada da internet, para melhor identificar as mímicas faciais

A PFP requer tratamento especializado e a atuação fisioterapêutica tem como


objetivo restabelecer a expressão da mímica facial, sendo indispensável para
recuperar o trofismo, a força e a função muscular (CIBUSKIS JUNIOR et al., 2007). A
mímica na fisioterapia possibilita um rápido avanço na musculatura orofacial e
minimiza os problemas com a alimentação, fala e integração social (RAHAL, OFFI-
GOMEZ, 2007; TESSITORE, PFELSTICKER, PASCHOAL, 2008).
Os principais recursos da fisioterapia aplicados são cinesioterapia,
massoterapia, crioterapia, termoterapia e eletroterapia. Os exercícios de treinamento
neuromuscular da mímica facial são usados para melhorar a simetria da face. Dentre
os métodos de tratamento tanto a termoterapia como a crioterapia apresentam
resultados satisfatórios, onde a crioterapia tem o objetivo de estimular os pontos
motores para a obtenção da contração muscular na fase flácida, porém a termoterapia
16

proporciona relaxamento muscular na hemiface não afetada (GARANHANI et al.,


2007).
As orientações têm como intuito dar informações que possam auxiliar no
tratamento desenvolvido no setor de Fisioterapia. Exercícios de mímica facial são
prescritos assim como orientações de cuidados com o olho afetado que precisa ser
protegido no momento do banho e até mesmo durante o sono (GARANHANI, 2007).
O tratamento da paralisia facial periférica continua sendo muito controverso, já
que a taxa de recuperação espontânea se aproxima de 70 % e a evidencia que
dispomos a respeito da efetividade dos distintos tratamentos são insuficientes
(BROSENS e BOTARGUES, 2008). Na paralisia facial periférica a equipe médica
deve atuar rapidamente para estabelecer o diagnóstico e o tratamento mais adequado
a cada momento e evitar possíveis sequelas motoras faciais (LAZARINI, et al., 2006).
Os principais objetivos do tratamento incluem a velocidade de recuperação, a
fim de evitar as complicações da córnea e outras sequelas, além de inibir a replicação
viral. O apoio psicológico também é essencial. Pacientes com paralisia de Bell devem
ser encaminhados para um especialista e o tratamento deve ser iniciado o mais rápido
possível, podendo ser subdividido em tratamentos imediatos e tratamentos para as
sequelas moderadas ou graves (FINSTERER, 2008).
A paralisia facial periférica caracteriza-se por uma lesão do nervo facial em todo
o seu trajeto ou parte dele. Esta lesão pode ser causada por fatores traumáticos,
infecciosos, neoplásicos, congênitos, metabólicos e sistêmicos. Quando o quadro
clínico de paralisia facial periférica não está associado a nenhum destes fatores,
considera-se o diagnóstico de paralisia de Bell, também denominada frigore ou
idiopática, sendo assim um diagnóstico de exclusão. A paralisia facial idiopática
corresponde à maioria dos casos de paralisia facial periférica aguda (GOULART,
VASCONCELOS, SOUZA e PONTES 2002).
O tratamento da paralisia facial periférica continua sendo muito controverso, já
que a taxa de recuperação espontânea se aproxima de 70 % e a evidencia que
dispomos a respeito da efetividade dos distintos tratamentos são insuficientes
(BROSENS e BOTARGUES, 2008).
A paralisia facial periférica caracteriza-se por uma lesão do nervo facial em todo
o seu trajeto ou parte dele. Esta lesão pode ser causada por fatores traumáticos,
infecciosos, neoplásicos, congênitos, metabólicos e sistêmicos. Quando o quadro
clínico de paralisia facial periférica não está associado a nenhum destes fatores,
17

considera-se o diagnóstico de paralisia de Bell, também denominada frigore ou


idiopática, sendo assim um diagnóstico de exclusão. A paralisia facial idiopática
corresponde à maioria dos casos de paralisia facial periférica aguda (GOULART,
VASCONCELOS, SOUZA e PONTES 2002).
Os principais diagnósticos diferenciais da paralisia facial periférica incluem:
paralisia facial de origem central, paralisia facial congênita, paralisia de origem
traumática, paralisia facial lentamente progressiva, paralisia unilateral recorrente,
paralisia facial bilateral simultânea e doenças Infecciosas como herpes zoster, otite
média, hanseníase, sífilis e doença de Lyme (CHÁVEZ et al., 2004). O tratamento da
paralisia facial periférica continua sendo muito controverso, já que a taxa de
recuperação espontânea se aproxima de 70 % e a evidencia que dispomos a respeito
da efetividade dos distintos tratamentos são insuficientes (BROSENS e
BOTARGUES, 2008).
18

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se neste estudo, que deve se estar sempre atento em casos de
Paralisia Facial de Bell, para que se possa tratar imediatamente, não permitindo que
ocorra um retardo no problema ocorrido. Os pacientes atendidos na fisioterapia
apresentam melhoras significativas no seu quadro, devido aos recursos utilizados.
Sendo de grande relevância o trabalho do profissional, podendo ocorrer as melhorias
nos casos vistos nos estudos feitos até o momento.
A integridade do paciente em um contexto social e individual é de fundamental
importância. As disfunções que ocorrem na face, prejudicam á ingestão de alimentos,
a comunicação, proteção ocular e salivação, dependendo totalmente da integridade
da lesão do nervo facial que altera as funções da musculatura da face. Tudo isso
acaba acorrendo problemas não só físicos, mas também psicológicos.
Nos campos de pesquisa observou se a conclusão de que, todo o paciente que
vai para o atendimento na clínica ou em qualquer ambiente de saúde, portador da
Paralisia de Bell já diagnosticada em sua fase inicial. Após passar por avaliações e
ser dado o tratamento adequado, apresentam uma melhora significativa ao longo das
semanas do tratamento. Os mesmos apresentam um quadro ótimo onde se utiliza,
todos os recursos terapêuticos necessário nesses casos.
19

REFERÊNCIAS
PEITERSN, E. Bell’s palsy: the spontaneous course of 2,500 peripheral
facial nerve palsies of different etiologies. Acta Otolaryngol Suppl. (549):4-30,
(2002).

VALENÇA, MM; VALENÇA LPAA. Nervo facial: Aspectos Anatômicos e


Semiológicos. Neurobiologia. 62(1):77-84, 1999.

GOMEZ, MVSG; VASCONCELOS, LGE; MORAES, MFBB. Trabalho


miofuncional na paralisia facial. Arq Fund Otorrinolaringol. 3:1-5, 1999.

BERSKENS, CH; HEMANS, PG. Physiotherapy in patients with facial nerve


paresis: description of outcomes. Am J Otolaryngol. 25:394-40, 2004.

MARINHO, Junior C; RAVAGNANI, L.V.; MOURA, G.M. Atuação


fisioterapêutica com eletroestimulação na paralisia facial periférica. 2007. 12 f.
Tese Centro Universitário Católica.

LAZARINI, P.R. Tratamento da paralisia facial periférica pós-trauma crânio


cerebral. Técnicas em Otorrinolaringologia, vol. 23, n.3, p. 6-13, abr/set, 2005.

TEXEIRA, LJ; SOARES, BG; VIEIRA, VP; PRADO, GF. Physical therapy for
Bell's palsy (idiopathic facial paralysis), 2008.

MATOS, Carina. Paralisia facial periférica, Acta Med Port. 2011.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANATOMIA. Terminologia Anatômica


Internacional. Barueri: Manole; 2001.

VALENÇA, M. M; VALENÇA, L. P. A. A. Paralisia Facial Periférica Idiopática


de Bell: Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v.59, n.3B, 2001.

O SOLIVAN, S B e SHIMIT, TJ. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. São


Paulo: Manole 1993.

LOPES, Filho O. Paralisia Facial Periférica. Tratado de Otorrinolaringologia.


São Paulo: Ed. Roca, p 888-912, 1994.
20

GUYTON, A C. Fisiologia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Todan, p 564,


1988.

GONÇALVES M e BÉRZIN F. Estudo eletromiógrafo comparativo de


movimentos de facilitação neuromuscular proprioceptiva com os realizados no
plano sagital. Rer. Brás. Fisiot, São Paulo, p 4(2): 55-64. 2000.

BARROS, J.N.; MELO, A.M.; GOMES, I.C.D. Paralisia Facial Periférica


Prognósticos. Revista 8 CEFAC, vol. 6, n. 2, p. 184-8, São Paulo, Abr/Jun, 2004.

Soares, A. C. C., Silva, L. R., Bertolini, S. M. M. G. Atuação da fisioterapia


na paralisia facial periférica: relato de caso. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, 6(3), 171-
176, 2002.

Você também pode gostar