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FACULDADE CECAPE

ÍCARO MATHEUS COSTA RODRIGUES

UTILIZAÇÅO DA TOXINA BOTULÍNICA TIPO A NA CORREÇÃO DAS


ASSIMETRIAS RESULTANTES DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

JOÃO PESSOA
2022
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ICARO MATHEUS COSTA RODRIGUES

UTILIZAÇÅO DA TOXINA BOTULÍNICA TIPO A NA CORREÇÃO DAS


ASSIMETRIAS RESULTANTES DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

Revisão de literatura apresentada à


Banca de avaliação de TCC do Curso de
HARMONIZAÇÅO OROFACIAL da
CECAP como requisito para a obtenção
do título de HARMONIZAÇÅO.

Área de Concentração: Harmonizaçåo.

JOÃO PESSOA - PB
2022

RESUMO
As sequelas da paralisia facial periférica podem causar desordens físicas e
psicológicas graves nos indivíduos acometidos. Isso ocorre devido a inibição da
liberação de acetilcolina, neurotransmissor responsável pela trajetória nervosa e
movimentos dos músculos da expressão e da mímica facial. Nesse contexto, a
toxina botulínica tipo A (BTX-A) surge como uma alternativa terapêutica para a
correção dessas assimetrias a partir de injeções intramusculares que irão provocar a
redução da hipercinesia muscular da região perioral contralateral à paralisia. Sendo
assim, o estudo teve como objetivo geral analisar na literatura as evidências
referentes ao uso BTX-A no tratamento da paralisia facial. A partir dos resultados
observados concluiu-se que o uso da toxina apresenta-se como uma alternativa
viável e tem demonstrado ser eficiente, sendo um tratamento não cirúrgico, de
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rápida recuperação e sem toxicidade sistêmica, proporcionando até três meses de


ação nos pacientes acometidos.

Palavras-chave: Paralisia facial; Paralisia de Bell;Toxinas botulínicas tipo A;


Terapêutica; Qualidade de vida.

ABSTRACT
The sequelae of the facial or peripheral lesion can cause physical and psychological
disorders in the affections. This occurs due to the release of acetylcholine
responsible for the nervous trajectory and movements of the muscles of expression
and facial mimicry. In this case, botulinum toxin type A (BTX-A) appears as a
therapeutic alternative for the correction of asymmetries from intramuscular injections
that will cause a reduction in muscle hyperkinesis in the perioral region contralateral
to the perioral region contralateral to the region. Therefore, the study of facial
literature aimed to document references to the analyzed use of BTX-A in the
literature. From the observed results, it was concluded that the use of the toxin
presents itself as a viable alternative and has been shown to be efficient, being a
non-surgical treatment, with rapid recovery and without systemic toxicity, providing
up to three months affected.

Keywords: Facial paralysis; Bell's palsy; Botulinum toxins type A; Therapy; Quality of
life.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 -..............................Página
Figura 1 -................................Página
Quadro 2 - .............................Página
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1. INTRODUÇÃO

A face pode ser considerada um espelho dos nossos sentimentos, pois


através da movimentação de seus músculos expressamos diferentes tipos de
emoções em diversos graus (FARIA et al., 2006). Além disso, vivendo a atual era
digital, os indivíduos acabam sendo embebidos nos padrões de beleza que são
ditados por influências sociais e da mídia. Com isso, a simetria facial é uma
característica que acaba afetando diretamente boa parte da população, contribuindo
na construção de uma boa autoestima e qualidade de vida.

O nervo facial, VII par do nervo craniano, é responsável pela inervação dos
músculos da mímica, pelo tônus em repouso e pela contração voluntária e
involuntária de cada hemiface. (JE et al., 1992). Esses músculos, que somam em
17, trabalharão conjuntamente para realizar, além dos movimentos faciais, as
expressões das emoções humanas. Segundo Lange et al., (2004) a paralisia facial
periférica decorre da interrupção da trajetória nervosa de qualquer um dos
segmentos do nervo facial. Sendo assim, lesões nessa inervação desencadeiam
paralisias e discinesias craniofaciais resultantes de diferentes enfermidades e
etiologias possíveis que podem ser classificadas nas seguintes categorias principais:
congênica, traumática, neurológica, infecciosa, metabólica, neoplásica, tóxica,
iatrogênica e idiopática.

O diagnóstico etiológico da Paralisia Facial Periférica (PFP) é muitas vezes


um desafio no manejo dessa patologia e em 60% a 75% a PFP pode ser de origem
primária, mais conhecida como Paralisia de Bell, de forma idiopática, sendo a lesão
periférica mais conhecida. Podendo ser também secundária, sendo efeito de algum
outro agravo na saúde do paciente. Exemplos destes são: doenças metabólicas,
doenças cerebrovasculares, algumas doenças infecciosas, tumores, lesões por
incisão cirúrgica, doença imunológica, fármacos e traumatismos (MATOS, 2011).

O uso da toxina se tornou uma alternativa viável e tem demonstrado ser


bastante eficiente e apresentado bons resultados em relação à diminuição de
sintomas da assimetria facial (DAVANTEL et al., 2016). O uso da TBA na paralisia
facial periférica se dá pela capacidade em reduzir as assimetrias tanto em repouso
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quanto nos movimentos voluntários e involuntários da mímica, além de melhorar a


estética do paciente contribuindo para sua autoestima. Ela é aplicada no lado oposto
ao acometido pela paralisia para tentar causar uma paralisação dos músculos
responsáveis pelos movimentos faciais. (ANDALÉCIO et al., 2021).

A toxina botulínica (TB) trata-se de uma neurotoxina produzida pela bactéria


Clostridium botulinum que causa inibição nos terminais nervosos motores da
liberação exocitótica da acetilcolina, e, consequentemente, o relaxamento dos
músculos por determinado tempo. (GOUVEIA et al., 2020) Atualmente existem oito
tipos de sorológicos diferentes, porém, por se mostrar mais potente nos tratamentos,
o tipo A, é a mais utilizada nos tratamentos estéticos e terapêuticos (ACOSTA et
al., 2015).

A aplicação da toxina botulínica tipo A (TBA) é realizada por meio de


procedimentos não cirúrgicos de caráter minimamente invasivo que visam fins
estéticos e terapêuticos temporários. Normalmente, os efeitos adversos causados
pela aplicação da TBA são mínimos, leves e passageiros, consistindo em
hematomas; dores no local da aplicação; sensibilidade; edema; eritema; ardor
associado a injeção; hipoestesia e outros. Contudo, há de se notar que a utilização
da TBA deve se dar, necessariamente, de forma moderada por meio de profissional
qualificado, eis que em casos que envolvem a má administração da toxina podem
ocorrer intercorrências de maior gravidade, como perda de expressão, ptose
palpebral e assimetrias. (RIBEIRO et al., 2016)

3. OBJETIVOS GERAIS
O projeto de conclusão de curso tem por objetivo apresentar um levantamento
acerca do que é encontrado na literatura a respeito da escolha da Toxina Botulínica
Tipo A no tratamento de pacientes com Paralisia Facial.

4. METODOLOGIA
Revisão de Literatura ... base de dados... intervalo dos anos dos artigos..
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4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1. PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

As principais causas da paralisia facial incluem os acidentes vasculares


cerebrais, as lesões cirúrgicas e traumáticas e a paralisia de etiologia não
determinada, a mais frequente de todas. As demais causas, incluem alterações
nervosas, musculares, infecções virais e bacterianas e as anomalias do
desenvolvimento, que correspondem à menor porcentagem na etiologia da paralisia
facial. (ANDALÉCIO et al., 2021).

A paralisia facial de Bell, conhecida como paralisia facial, afeta o nervo facial e foi
descrita em 1821 por Sir Charles Bell. Ocorre unilateralmente e não apresenta causa
específica. Atolini Júnior et al. (2009) e Rodrigues et al. (2014), também trazem a
paralisia de Bell como a etiologia mais comum, estando presente em 73,6% dos
casos do primeiro estudo e 66,6% no segundo estudo. Esta paralisia está
comumente ligada a uma reativação do Vírus Herpes Tipo I.

4.2

5. DISCUSSÃO

6. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Aviv JE, Urken ML. Management of the paralyzed face with microneurovascular free
muscle transfer. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 1992;118:909-12.

ANDALÉCIO, M. M. et al. A utilização da toxina botulínica no tratamento da paralisia facial


periférica. Research, Society and Development, v. 10, n. 9, p. e8510917935, 2021.

MATOS, C. Paralisia facial periférica: O papel da medicina física e de reabilitação. Acta


Medica Portuguesa, v. 24, n. SUPPL.4, p. 907–914, 2011.

ACOSTA, Renato Testa et al., Uso da toxina botulínica como meio terapêutico
para tratamento de assimetria facial causada por hipertrofia do músculo
masséter.Revista Uningá Review, [S.l.], v. 21, n. 1, jan. 2015. ISSN 2178-2571.
Disponível em: <http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1618>.
Acesso em: 27 out. 2020.
DAVANTEL, H. T. et al.. Tratamento de assimetria facial causada por hipertrofia do músculo
masseter com o uso de toxina botulínica tipo a: relato de caso clínico. Uningá Review,
Maringá, v. 25, n. 2, p.41-43, mar. 2016. Disponível em:
http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1762. Acesso em: 15 mar. 2020.

GOUVEIA, Beatriz Nunes; FERREIRA PONTES, Luciana de Lara; DA ROCHA


SOBRINHO, Hermínio Maurício. O uso da toxina botulínica em procedimentos estéticos, v.6,
n.16, 2020. Acesso em: 29 mar. 2022.

RIBEIRO, Brenda Cristina Morais et al. Efeitos adversos da toxina botulínica em tratamentos
estéticos. 2016. 11 f. Tese (Doutorado) - Curso de Biomedicina, Centro Superior UNA de
Catalão, 2016. Disponível em:
https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/20607/1/EFEITO S
%20ADVERSOS%20DA%20TOXINA%20BOTULÍNICA%20EM%20TRATA MENTO
%20ESTÉTICO%20-%20LÍLLIDY%20E%20BRENDA.pdf Acesso em: 11 maio 2022.

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