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Introdução:

“A soberba e a insensatez do homem ímpio o mantêm afastado da verdade de


Deus. Com o advento da revolução do pensamento, o ser criado passou a priorizar
cada vez mais a criatura em detrimento do Criador. A autolatria, o coração
perverso e a escolha pelos prazeres da carne colocaram a raça humana em
inimizade contra Deus (2Tm 3:4). A lição de hoje é um alerta acerca do que ocorre
quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1:18)”.

Na lição 04, o Pr Douglas Baptista apresenta um problema do nosso tempo


conhecido com a idolatria da autoimagem. Todavia, precisamos deixar claro a
diferença entre: a construção de uma boa autoimagem; os distúrbios de
autoimagem; e idolatria da autoimagem:
1. A autoimagem sadia: Ao se conhecer, de fato, você tem mais chances de
entender como está a projeção da sua autoimagem. Assim, quanto mais você se
conhecer, mais fácil será se enxergar de maneira realista, conforme a palavra de
Deus.
Converse consigo mesmo e procure ouvir o que você tem a dizer. Busque entender
os sinais que seu corpo está lhe dando sobre o que precisa ser feito e se algo precisa
mudar. Entenda o que seu corpo diz, buscar realizar mudanças quando necessário e
investir em uma rotina de saúde são excelentes formas de exercitar o amor-próprio
junto ao autoconhecimento, a partir das Escrituras.
2. Os distúrbios de autoimagem: O próprio preconceito social pode
contribuir para essa questão. Isso porque nosso “espelho interno” pode refletir a
realidade como ela é ou uma imagem distorcida, negativa ou idealizada, que não
corresponde à realidade. Esses casos podem gerar doenças psicológicas e
psicossomáticas no indivíduo, que acaba precisando de tratamento médico e
psicológico.
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3. A idolatria da autoimagem: é uma idolatria moderna, que procura


valorizar o ser humano acima de todas as coisas, alimentando o seu próprio Ego;
Paulo supunha que a idolatria representa as forças demoníacas (1Co 10.20) e
procuram afastar os homens de Deus. Toda idolatria de si mesmo tem em sua
essência as três paixões encontradas em 1 João 2:16: "porque tudo que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida,
não procede do Pai, mas procede do mundo".
Se quisermos escapar da idolatria moderna, temos que admitir que não é de
Deus, mas de Satanás. A mentira da idolatria da autoimagem, que conta que amor de
si mesmo trará satisfação, é a mesma que Satanás vem dizendo desde que primeiro
mentiu a Adão e Eva.
Infelizmente, ainda estamos caindo nessa armadilha. Ainda mais, infelizmente,
muitas igrejas estão propagando-a na pregação do evangelho da saúde, riqueza e
prosperidade, o qual foi construído sobre o ídolo da autoestima.
Mas nunca encontraremos a felicidade se mantivermos o foco em nós mesmos.
Nossos corações e mentes devem ser centrados em Deus e em outras pessoas. É por
isso que, quando perguntado qual é o maior mandamento, Jesus respondeu:
"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o
teu entendimento" (Mateus 22:37). Quando amamos o Senhor com tudo o que está
em nós, não haverá nenhum espaço em nossos corações para a idolatria.
Segundo Russell Champlim, a palavra idolatria vem do grego “eídoon” e
“iatreuein”, adorar. Esse termo refere-se a adoração e veneração a ídolos ou
imagens. Em um sentido mais profundo, pode indicar a veneração ou adoração a
qualquer objeto, pessoa, instituição ou ambição que tome o lugar de Deus, ou que
lhe diminua a honra que lhe devemos. Nesse sentido mais amplo, todos os homens,

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com bastantes frequência, se não mesmo continuamente, são idolatras.


Naturalmente, essa condição surge em muitos graus:
1. A idolatria consiste na adoração a um falso deus;
2. A idolatria consiste em elementos da criação que tomam o lugar de Deus;
3. A idolatria é corrompida e é fruto da natureza caída do pecado.
Um dos principais propósitos da fé religiosa e do desenvolvimento espiritual é
livrar-nos totalmente de todas as formas de idolatria. Paulo, em Colossenses 3.5,
ensina-nos que a cobiça é uma forma de idolatria.
A idolatria consiste na adoração a algum falso deus, ou a prestação de honras
divinas ao mesmo. Esse deus falso pode ser representando por algum objeto ou
autoimagem.
O estado mental dos idolatras é radicalmente comparado à fé. A idolatria é má
porque seus devotos, ao invés de depositarem sua confiança em Deus, depositam-na
em algum objeto, de onde não pode provir o seu bem desejado: em vez de se
submeterem a Deus, em algum sentido, se submete a ídolos humanos.
Na idolatria, há certos elementos da criação que usurpam a posição que cabe
somente a Deus. Podemos fazer a idolatria através da autoglorificação, a um ídolo,
como também a honrarias pessoais, ao dinheiro, as altas posições sociais.
Assim, praticamente tudo quanto se torne excessivamente importante para nossa
vida pode se tornar um ídolo para nós. Por isso, a idolatria não requer a existência
de qualquer objeto físico.

1. O Desprezo à Verdade:
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos
homens, que detêm a verdade em injustiça” (Romanos 1:18).

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1.1 A Impiedade e a Injustiça:


“O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa
“irreligiosidade”. Ele refere-se à decisão do ser humano de viver como se Deus
não existisse (Sl 36:1; Jd 1:14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia
e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus
e nem com o próximo (2Pe 2:15). Ambas as palavras revelam a situação geral da
humanidade não regenerada (Rm 1:18), sua idolatria, o culto à criatura (Rm
1:1923), a perversidade e a depravação moral (Rm 1:25-32) que expressam a
decisão deliberada do homem em desprezar a verdade divina (Rm 1:19,20). Essa
investida contra o temor a Deus e a relativização do pecado aprisiona e cauteriza
a consciência humana (1Tm 4:2). Tais ações provêm da recusa do homem em
glorificar o Criador (Rm 1:21)”.

Existe uma propagação do ateísmo em nosso tempo, onde pessoas passam a


viver como se Deus não existisse, assim como nos dias de Paulo. O ateísmo é a
doutrina que nega a existência de Deus, sobretudo, a de um Deus pessoal, conforme
revelado na bíblia. Ateísmo, num sentido amplo, é a ausência de crença na
existência de divindades. O ateísmo é oposto ao teísmo, que em sua forma mais
geral é a crença de que existe ao menos uma divindade.
O termo ateísmo, proveniente do grego clássico (atheos), que significa "sem
Deus", foi aplicado, historicamente, com uma conotação negativa àqueles que se
pensava rejeitarem os deuses adorados pela maioria da sociedade.
Segundo o Pr Hernandes Dias Lopes, com a queda, o homem está sob a ira de
Deus, por isso precisa de salvação. Não precisamos de nenhum guia espiritual ou
do exemplo inspirador de algum mártir. Precisamos de um Salvador real, porque
estamos sob a ira real de Deus.
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“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens
que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1.18).
A ira de Deus não é destempero emocional. Não é explosão de raiva. Não está
eivada de caprichos. Não deve ser concebida em termos de explosões de ódio, às
quais a ira, em nós, está frequentemente associada. A ira de Deus é sua santa
repulsa ao mal, é seu desprazer dinâmico contra o pecado.
A ira de Deus é a reação da santidade divina à impiedade e rebelião do homem.
A “impiedade” diz respeito àquela perversão de natureza religiosa, ao passo que a
“perversão” se refere àquilo que tem caráter moral.
O apóstolo Paulo argumenta, de forma irrefutável, que todos os homens são
absolutamente culpados diante de Deus, por conta da sua impiedade e injustiça.
Deus não se alegra com a injustiça. A Bíblia mostra que todo pecado é injustiça.
Todo crente deve se dedicar à justiça, rejeitando toda forma de injustiça em sua
vida.
Como a palavra indica, injustiça é o contrário de justiça. A justiça é tudo que é
certo e apropriado, logo injustiça é aquilo que é errado ou inapropriado. Por
exemplo, injustiça tanto é cometer um crime quanto aplicar uma pena excessiva
pelo crime.
Deus é perfeitamente justo. Ele não tolera a injustiça (Salmos 5:4). Em tudo que
Ele faz, até mesmo nos castigos que aplica, Deus é sempre justo. Em Sua ira, Deus
nunca comete injustiça.
Quem comete pecado comete injustiça, porque quebra as regras justas de Deus.
Por isso, o pecado merece castigo. No entanto, em Sua justiça, Deus também é
misericordioso. Ele oferece uma segunda oportunidade a todo aquele que se
arrepende e crê em Jesus (1 João 1:9). Quem se converte, começa um compromisso

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com Deus e com Sua justiça. Quem ama não quer cometer injustiça. O verdadeiro
amor se revela no compromisso com a verdade e a justiça (1 Coríntios 13:6).
Romanos 1.16-20, destaca que:
1. Primeiro, Deus revela sua glória (seu eterno poder e sua natureza divina) através
de sua criação (Rm 1. 19-20);
2. Segundo, Ele revela sua ira contra o pecado daqueles que suprimem o
conhecimento que têm a respeito do Criador (Rm 1.18);
3. Terceiro, Ele revela sua justiça (a justa forma pela qual Deus justifica os
pecadores diante dEle) no evangelho (Rm 1.17);
4. Quarto, Ele revela o seu poder nos crentes ao salvá-los (Rm 1.16).

1.2 A Insensatez Humana:


“O apóstolo Paulo assegura que a revelação geral de Deus, por meio da
natureza, faz com que o ser humano possua o conhecimento sobre o Criador (Rm
1:19,20a). Por isso, ninguém pode ser indesculpável acerca da realidade divina
nem de seu eterno poder (Rm 1:20b). Não obstante, mesmo em contato diário com
essa revelação, o homem iníquo não glorifica a Deus nem lhe rende graças (Rm
1:21a). Em lugar de reconhecer o Criador, o ser criado age como se não fosse
criatura e se comporta como se fosse divino (Gn 3:5). Por causa das especulações
pretensiosas de seu coração e de sua autolatria, tanto o seu raciocínio quanto o seu
intelecto em relação à verdade tornam-se inúteis (Rm 1:21b). Suas ideologias
rejeitam, pervertem e substituem a verdade de Deus pela mentira do homem. Dessa
insensatez resulta a idolatria e a perversão moral (Rm 1:22-25)”.

O insensato é aquele que é insano, anormal, uma pessoa de difícil trato e


entendimento. Também costuma ser chamado de desequilibrado e irresponsável.
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Pratica seus atos sem temor ou sem acreditar que está prejudicando e maltratando
os outros, já que não tem a correta consciência das maldades que consegue
arquitetar e colocar em prática.
Paulo traça os passos pelos quais o mundo se afastou do conhecimento do Deus
verdadeiro, para o caminho da insensatez e idolatria.
Atualmente, encontramos os desafios do relativismo. O Relativismo é uma
corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem, tornando
o conhecimento subjetivo.
O ato de relativizar é considerar questões cognitivas, morais e culturais acima do
que se considera verdade. Ou seja, o meio que se vive é determinante para construir
essas concepções.
A relativização é a desconstrução das verdades pré-determinadas, como as
Escrituras e o próprio Deus, buscando o ponto de vista totalmente afastados dos
princípios fundamentais. Aquele que relativiza suas opiniões é aquele que acredita
que existem outros tipos de verdade, de perspectivas para as mesmas coisas, e que
não há necessariamente um certo ou errado, assim como o pensamento dos
insensatos descrito por Paulo.
Destacamos aqui quatro pontos:
1. Em primeiro lugar, o homem tem o conhecimento suficiente sobre Deus, mas
o rejeita: “Porquanto, tendo conhecimento de Deus...” (Rm1.21).
O problema humano não é ausência do conhecimento de Deus, mas a negação
de Deus. O homem possui suficiente conhecimento da verdade para garantir ser
descrito como tentando abafá-la. Ele tem conhecimento suficiente, mas sufoca esse
conhecimento rejeitando a existência de Deus.

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Aqueles que agem de forma insensata procuram tirar Deus do seu caminho,
eliminar Deus do seu pensamento, banir Deus da sua vida. Portanto, o homem tem
conhecimento suficiente de Deus para torná-lo indesculpável.
2. Em segundo lugar, o homem rejeita Deus de forma consciente: “... Não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus
próprios raciocínios...” (Rm 1.21).
O homem rejeita conscientemente o conhecimento de Deus de duas formas:
2.1. Deixando de glorificá-lo por quem Ele é.
2.2. Deixando de agradecer-lhe pelo que fez.
Assim, a ação insensata da rejeição, desagrada a Deus de forma direta.
3. Em terceiro lugar, o homem mostra o comportamento inconsequente quando
rejeita a Deus: “...Obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por
sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.21,22).
O que começa na mente vai para o coração. O raciocínio errado leva o coração
às trevas. Quando o homem perde o conhecimento de Deus, perde também a
referência de santidade. Não sabe mais de onde vem, nem para onde vai. Torna-se
totalmente louco, não compreendendo a si mesmo ou mesmo o universo em que
vive.
“É fatal confundir esclarecimento filosófico com iluminação espiritual, pois o
efeito do pecado sobre a mente do homem é tornar sua suposta sabedoria em
tolice”.
4. Em quarto lugar, o homem rejeita a Deus através da idolatria irreverente. “E
mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Rm 1.23).
Aquilo que começou na mente e desceu ao coração deságua na religião. A
pretensa sabedoria humana de rejeitar o conhecimento de Deus e mudar a glória do
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Deus incorruptível em imagens de homens, aves, quadrúpedes e répteis é a mais


tosca loucura e o nível mais baixo da degradação espiritual.
Assim, em seu pensamento, os seres humanos reduzem Deus a duas pernas,
depois a quatro patas, e finalmente a rastejar sobre o ventre. E em todo o tempo
eles se dizem sábios.
Muito semelhante ao relativismo religioso, que além de questionar a formação
dos conceitos de bem e mal, diretamente ligados à religião, coloca em questão a
palavra de Deus como a única verdade.

1.3 O Culto à Criatura:


“Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2:3) são deixados à mercê
de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do
próprio corpo (Rm 1:24). Aqui o texto bíblico ratifica a anunciada ira de Deus
sobre a impiedade e a injustiça dos homens (Rm 1:18). A corrupção moral do ser
humano deriva de sua rebelião contra Deus. Sua natureza caída troca a verdade
pelo engano e prefere honrar e servir a criatura em lugar do seu Criador (Rm
1:25a). Assim, na religião os seres criados passam a ser cultuados; nas ciências, a
matéria é colocada acima de Deus; na sociedade, o artista, o atleta, o político ou o
líder religioso se tornam uma referência de idolatria em afronta ao Criador, que é
bendito eternamente (Rm 1:25b)”.
Ver na Lição: Auxílio Bibliológico (pág. 28).

Atualmente, existe um culto a criatura através de linhas de pensamento


antropocentristas. O antropocentrismo é um pensamento filosófico que coloca o
homem como indivíduo central para o entendimento do mundo. O termo tem

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origem grega e em sua etimologia temos anthropos, que significa "humano", e


kentron, "centro", logo homem no centro.
Como doutrina filosófica, o pensamento antropocêntrico nos informa que o ser
humano é a figura central e, desse modo, ele é responsável pelas suas ações, sejam
elas culturais, históricas, sociais e filosóficos.
Infelizmente, muitos hinos, mensagens e testemunhos cristãos colocam o
homem no seu centro teológico, retirando o foco da glória de Deus. O
antropocentrismo apresenta a impiedade e injustiça através de falsas teologias.
Segundo John Stott, em geral, a ira de Deus só se volta contra o mal. Paulo é
mais específico ao dizer que a ira de Deus se revela contra toda impiedade
(asebeia) e injustiça (adikia) dos homens que suprimem a verdade pela injustiça
(Rm 1.18). A palavra asebeia é "contra Deus" e adikia é "contra os homens".
A Escritura ensina claramente que a essência do pecado é a impiedade, a
ausência de Deus. É a tentativa de livrar-se de Deus e, já que isso é impossível, a
decisão de viver como se isso tivesse acontecido. "Não há temor de Deus diante de
seus olhos" (Rm 3.18).
A ira de Deus se volta não contra a "impiedade e injustiça", mas contra a
impiedade e a injustiça daqueles que suprimem a verdade pela injustiça.
O problema não está só no fato de cometerem o mal, embora conheçam a
verdade, mas sim em terem tomado uma decisão a priori de viver para si mesmos,
em vez de para Deus e para os outros. Portanto, eles suprimem, deliberadamente,
qualquer verdade que desafie o seu egocentrismo. Paulo termina a sua colocação
com as palavras: de forma que tais homens são indesculpáveis (Rm 1.20).
Isso mostra que o que ele está defendendo é a "revelação natural", e não a
"teologia (ou religião) natural". Esta última expressa a crença de que é possível aos

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seres humanos conhecer a Deus através da natureza e que, sendo a natureza um


caminho para Deus, ela se constitui numa alternativa para Cristo.
Há quem baseie essa crença em Romanos 1, especialmente na expressão tendo
conhecido a Deus (Rm 1.21) e na afirmação de que eles possuíam o conhecimento
de Deus (Rm 1.28). Mas é importante lembrar que existem etapas no conhecimento
de Deus e que essas frases de maneira alguma podem referir-se ao conhecimento de
Deus, que é usufruído por aqueles que foram reconciliados com ele através de
Cristo.
Portanto, o que Paulo alega aqui é que, através da revelação geral, as pessoas
podem vir a conhecer o poder de Deus, sua divindade e sua glória (não a sua graça
salvadora através de Cristo). E que essa sabedoria é suficiente, não para salvá-los,
mas para condená-los, já que eles não vivem de acordo com ela. Ao invés disso,
eles suprimem a verdade pela injustiça (Rm 1.18), de forma que são indesculpáveis
(Rm
1. 20). É contra a rebelião intencional do ser humano que a ira de Deus se revela.

2. A Revolução do Pensamento Humano:


“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe
deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato
se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de
quadrúpedes, e de répteis” (Romanos 1:21-23).

2.1 Renascentismo:
“A Renascença é um movimento intelectual que surgiu na Europa Ocidental,
entre os séculos XIV e XVI. A característica desse movimento foi o seu profundo
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racionalismo, ou seja, tudo devia ter uma explicação racional. Os renascentistas


recusavam-se a acreditar em qualquer coisa que não pudesse ser comprovada
racionalmente. Durante esse período, que coincide com o início da Idade
Moderna, que os historiadores marcam a partir da tomada dos otomanos pelos
turcos em 1453 até a 1879 (Revolução Francesa), a visão teocêntrica (em que
Deus era a medida de todas as coisas) foi mudada por uma visão antropocêntrica
(em que o homem se tornava a única medida de todas as coisas). No lugar de ver o
mundo a partir das lentes do Criador, os homens passaram a enxerga-lo a partir
das lentes da criatura. Assim, surgíramos primeiros efeitos do processo de
secularização da cultura, quando a vida social passou a ceder espaço para o
racionalismo e o ceticismo (Jo 20:25,29). Nesse sentido, a revolução científica e
literária, que se deu a partir do
Renascimento, contribuiu para o surgimento do Humanismo”.

Para o Pr Douglas Baptista, a Renascença é um movimento intelectual que


surgiu na Europa, entre os séculos 14 a 16. A característica do movimento é que
tudo deveria ter uma explicação racional, contribuindo posteriormente para o
humanismo.
De acordo com alguns autores, o Renascimento foi um movimento de ruptura,
que surgiu em oposição à "escuridão cultural e intelectual" verificada na Idade
Média. Enquanto alguns autores defendiam que o Renascimento foi um movimento
de separação de muitas filosofias da época medieval, outros indicam que foi um
movimento de continuidade e que por isso está inevitavelmente relacionado com a
Idade Média.

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Durante o Renascimento, surgiu o Humanismo, que substituiu o teocentrismo


(uma das características da Idade Média) pelo antropocentrismo, colocando o
Homem no centro do universo.
O Renascimento abriu caminho para o desenvolvimento de vários estilos
artísticos e correntes filosóficas. Alguns se desenvolveram em concordância com o
Renascimento, enquanto outros se definiram pela distanciação. Este é o exemplo do
Barroco, um estilo oposto ao Renascimento (valorizava a simplicidade),
caracterizado pelo exagero de enfeites e grandiosidade.
As maiores características do renascimento se pautavam em quatro pontos
principais:
- No Racionalismo, onde os renascentistas eram convictos que a razão era o único
caminho para se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão
e pela ciência;
- No Experimentalismo, onde para eles todo conhecimento deveria ser
demonstrado através da experiência científica;
- No Individualismo, que parte do princípio do homem conhecer a si próprio,
buscando afirmar sua própria personalidade, talentos e satisfazer suas ambições.
Esta concepção se baseia no princípio que o direito individual estaria acima do
direito coletivo;
- No Antropocentrismo, que colocava o homem como a suprema criação de Deus
e como o centro do universo.

2.2 Humanismo:

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“A Itália foi o principal centro humanista nos fins do século XV. Para o
movimento humanista, a ética e a moral dependem do homem. Assim, a criatura
passou a ser a base de todos os valores, e não o Criador. Os humanistas
aprofundaram seus estudos na história antiga a fim de desconstruir os livros
sagrados. De positivo, destaca-se a valorização dos direitos do indivíduo. Porém,
esta não é uma bandeira própria do humanismo. A Bíblia possui um arcabouço de
concepções de liberdade e de igualdade (Dt 6:1-9) que antecedem muitos direitos
que apareceram nos tempos modernos. Destaca-se, ainda, que a Escritura ensina a
igualdade entre raças, classe social e de gênero (Gl 3:28)”.

De acordo com o Pr Douglas Baptista, a Itália foi o principal centro humanista


no fim do século 15. Os humanistas aprofundam seus estudos na história, afim de
descobrir os livros sagrados. De forma positiva, destaca-se a valorização dos
direitos dos indivíduos. O teocentrismo (Deus como centro de tudo) cede lugar ao
antropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse.
Em um sentido amplo, humanismo significa valorizar o ser humano e a condição
humana acima de tudo. Está relacionado com generosidade, compaixão e
preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.
O humanismo procura desenvolver os seres humanos sem se servir da religião,
oferecendo novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política. Além
disso, o movimento revolucionou o campo cultural e marcou a transição entre a
Idade Média e a Idade Moderna.
Entre as principais características do humanismo destaca-se:
• Período de transição entre Idade Média e Renascimento;
• Valorização do ser humano;
• Surgimento da burguesia;
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NESTE MUNDO DOMINADO PELO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

• Ênfase no antropocentrismo, ou seja, o homem no centro do universo;


• As emoções humanas começaram a ser mais valorizadas pelos artistas;
• Afastamento de dogmas;
• Valorização de debates e opiniões divergentes;
• Valorização do racionalismo e do método científico.

2.3 Iluminismo e Pós Modernismo:


“O iluminismo surgiu na Europa, entre os séculos XVII e XVIII. Seus adpetos
rejeitavam a tradição, buscavam respostas na razão, entendiam que o homem era o
senhor do seu próprio destino e que a igreja era uma instituição dispensável. Já a
pós-modernidade, ou Modernidade Líquida, surge a partir da metade do século
XX.
Sociólogos observam que a sociedade deixou de ser “sólida” e passou a ser
“líquida”. Isso quer dizer que os valores que eram “absolutos” tornaram-se
“relativos”. Nesse aspecto, a coletividade foi substituída pelo egocentrismo em
que os relacionamentos se tornaram superficiais. Nesse contexto, os dois grandes
imperativos que marcam esse movimento foram o hedonismo e o narcisismo. Na
busca do bem-estar humano todo se torna válido, tais como: o uso das pessoas, o
abuso do corpo, a depravação e o consumismo desenfreado”. Ver na Lição:
Auxílio Teológico (pág. 29).

Conforme o Pr Douglas Baptista, o iluminismo surgiu na Europa, entre os


séculos 17 e 18. Seus adeptos rejeitavam a tradição e buscam respostas na razão e
entendiam que o homem era senhor do seu próprio destino.
Os pensadores iluministas defendiam as liberdades individuais e o uso da razão
para validar o conhecimento.
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Também chamado de “Século das Luzes”, o movimento iluminista representa a


ruptura do saber eclesiástico, isto é, do domínio que a Igreja Católica exercia sobre
o conhecimento. E dá lugar ao saber científico, que é adquirido por meio da
racionalidade.
O iluminismo é um movimento da Idade Moderna que rompeu com o
teocentrismo - doutrina que coloca Deus no centro de tudo - e passou a ver o
indivíduo como o centro do conhecimento.
O iluminismo pode ser entendido como uma ruptura com o passado e o início de
uma fase de progresso da humanidade. Essa fase é marcada por uma revolução na
ciência, nas artes, na política, e na doutrina jurídica, por exemplo.
Os intelectuais iluministas defendiam que o homem era o detentor do seu
próprio destino e que a razão deveria ser utilizada para a compreensão da natureza
humana. A razão era, portanto, elemento central dos ideais iluministas, afinal,
somente a racionalidade poderia validar o conhecimento. Eles acreditavam que a
educação, a ciência e o conhecimento eram a chave para essa libertação.
Esse entendimento se contrapunha ao conhecimento baseado em crenças e
misticismos religiosos, que para os filósofos iluministas, bloqueavam o progresso
da humanidade.
As principais ideias iluministas:
• Fim do domínio da igreja sobre o conhecimento;
• Razão como propulsora do saber; • Indivíduo como centro do conhecimento;
Características do Iluminismo:
• Defesa do conhecimento racional;
• Oposição ao mercantilismo e ao absolutismo monárquico;
• Apoiado pela burguesia;

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• Defesa dos direitos naturais do indivíduo (liberdade e livre posse de bens, por
exemplo);
• Deus está presente na natureza e no próprio homem;
• Defesa da liberdade econômica (sem interferência do Estado);
• Defesa de maior liberdade política;
• Antropocentrismo.

Pós-Modernidade
Pós-modernidade é um conceito que representa toda a estrutura sócio-cultural
desde o fim dos anos 80 até os dias atuais. Em suma, a pós-modernidade consiste
no ambiente em que a sociedade pós-moderna está inserida, caracterizada pela
globalização e domínio do sistema capitalista.
Vários autores dividem a pós-modernidade em dois principais períodos. A
primeira fase teria começado com o fim da Segunda Guerra Mundial e se
desenvolvido até o declínio da União Soviética (fim da Guerra Fria). Já a segunda e
derradeira etapa teve início no fim da década de 1980, com a quebra da
bipolaridade vivida no mundo durante a Guerra Fria.
A pós-modernidade é caracterizada pela ruptura com os ideais iluministas, que
eram defendidos durante a era moderna, como os sonhos utópicos da construção de
uma sociedade perfeita, com base em princípios tidos como verdadeiros e únicos.
Entre outras características de destaque, ênfase para:
• Substituição do pensamento coletivo, e emersão do sentimento de
individualismo, representado pelo narcisismo, hedonismo e consumismo;
• Valorização do "aqui e agora" (Carpe Diem);
• Hiper-realidade (mistura entre o real e o imaginário, principalmente com o
auxílio das tecnologias e ambientes online);
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• Subjetividade (nada é concreto e fixo. A ideia antes tida como verdadeira passa
a ser interpretada apenas como mais uma no conjunto das hipóteses);
• Multiculturalismo e Pluralidade (fruto da globalização e mistura entre
características típicas de cada cultura, por exemplo);
• Fragmentação (mistura e união de vários fragmentos de diferentes estilos,
tendências, culturas, etc);
• Descentralização;
• Banalização ou ausência de valores.

3. Tipos de Autoidolatria:
“Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à
imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus
em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as
suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza” (Romanos 1:24-26).

3.1 Idolatria da Autoimagem:


“A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Êx 20:3-5).
Nesse caso, podemos dizer que o culto à autoimagem é uma forma de idolatria.
Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1:2,3), o narcisismo humano reflete
a natureza do pecado (Jo 8:34). O apóstolo Paulo retrata o homem caído como
uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta: amante do dinheiro; odiosa:
sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para com Deus; e hedonista:
amante dos deleites (2Tm 3:2,4). Desse modo, uma pessoa não regenerada tem a
necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo

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(Lc 18:11). Ela também anseia por reconhecimento e, de modo ilícito, busca estar
sempre em evidência (Lc 22:24-26). Contrária à autoidolatria, a Bíblia ensina que
a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3:30)”.

Para o Pr Douglas Baptista, o apóstolo Paulo retrata o homem caído como uma
pessoa egoísta e distante de Deus, amante da sua própria imagem.
Egocêntrico é alguém que se considera como o centro de todo o interesse.
Alguns sinônimos de egocêntrico são: egoísta, narcisista e metido. Com origem no
latim, egocêntrico é a junção de ego (eu) e centrum (o meio de tudo, o centro) e
revela a tendência de alguém para referir tudo a ele mesmo, fazendo do eu o centro
do universo.
Ser egocêntrico consiste em uma exagerada exaltação da própria personalidade,
até a considerar como centro da atenção e de atividades gerais.
Na pessoa egocêntrica se encontram a imaginação e o pensamento tão
permanentemente ocupados com o próprio eu e os seus interesses que é incapaz de
se colocar no lugar de outro indivíduo e de contemplar, do ponto de vista de outro
eu, a matriz ou aspecto que têm as coisas e acontecimentos.
Os egocêntricos são sujeitos dispostos a fazer com que outros suportem as
próprias dificuldades sem os ajudar, porque não se preocupam com os
pensamentos, sentimentos e problemas das pessoas que os rodeiam. Também são
capazes de fingir, perante si mesmos e perante os outros, por não se atreverem a
enfrentar a realidade, com medo de ferir as suas exigências.
Paulo aponta para a disposição mental reprovável (Rm 1.28-31). O homem é o
que ele pensa. Porque ele é entregue a uma disposição mental reprovável para
praticar coisas inconvenientes, a prática se segue. A decadência moral atinge todos
os relacionamentos: com Deus, consigo próprio, com o próximo e com a família.
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3.2 Idolatria no Coração:


“O coração se refere às emoções, à vontade, e ao centro de toda personalidade
(Rm 9:2; 10:6; 1Co 4:5). Ele também é descrito como enganoso e perverso (Jr
17:9), pois do seu interior saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza,
a soberba e a insensatez (Mc 7:21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração
de ídolos no coração (Ez 14:3). Infelizmente, algumas pessoas chegam aparentar
que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt
15:8). Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando
prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências
supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa
postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no
coração (Sl 119:11)”.

Conforme Jay E. Adams “a raça humana tornou-se culpada e corrupta por causa
do pecado”, ciente que corrupção e depravação é total (Rm 3.23). Ou seja,
nenhuma área da vida humana escapa dos efeitos contaminadores do pecado. Por
isso, é necessário observar o que a Bíblia diz sobre o homem interior (o coração),
como corrupto e ímpio, o qual, afetado pelo pecado, afasta o ser humano dele
mesmo e do seu relacionamento com o Senhor.
Em Jeremias 16:12 está escrito: “Pois eis que cada um de vós anda segundo a
dureza do seu coração maligno, para não me dar ouvidos a mim, assim a corrupção
do pecado no coração humano por sua dureza afasta-o das palavras e conselhos do
Senhor.

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Ainda em Jeremias 17:9 está escrito que “enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e desesperadamente corrupto”, no o homem interior se torna ímpio
por causa da natureza do pecado que o afeta de forma profunda dentro para fora.
O pecado leva o homem para a exploração pessoal guiada pelo egoísmo, ao
ponto da Palavra de Deus descrever que “não há esperança, o homem anda
consoante aos seus projetos, e cada um fará segundo a dureza do seu coração
maligno” (Jr 18:12).
Para Severino Pedro da Silva: “Negar a existência do pecado é negar por
extensão a veracidade da Escritura. Ela, no seu escopo geral, afirma do princípio ao
fim que o pecado existe. O pecado é qualquer transgressão contra a vontade de
Deus. Para quem tem olhos para ver o pecado está manifesto em toda a parte [...],
além disso, após pecar contra Deus o homem tornou-se sensível ao pecado”.
Para trazer clareza destas questões de corrupção gerada pelo pecado, no coração
humano, o pecado leva o homem a ser sensível e suscetível ao erro. Chama-nos
atenção que o pecado tira a sensibilidade do amor de Deus, ao seu plano de
salvação. Ao invés disso, o pecado rouba para si essa sensibilidade, transformando
o ser humano escravo de suas próprias paixões pecaminosas.

3.3 Idolatria Sexual:


“A falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm
1:27), imoralidade (Rm 13:13 – NVI) e libertinagem (2Co 12:21 – NVI). A
concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl
5:19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas da busca intencional e
compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1:26,27; 1Co 6:15). É o altar da
idolatria sexual edificado no coração (Mc 7:21). Então, a adoração a Deus é
trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia
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por meio de pecados (1Pe 4:3 – NAA). A orientação bíblica para escapar desse
mal é a seguinte:
“vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5:16 –
NAA)”.

John Stott diz: A história do mundo confirma que a tendência da idolatria é


acabar em imoralidade. Uma falsa imagem de Deus leva a um falso conceito do
sexo.
A perversão da vida surge da perversão da fé. Se a raiz do pecado humano é a
perversidade religiosa, o fruto é a corrupção moral. Arrancado de Deus, da fonte da
sua vida e felicidade, o homem procurou a satisfação na criatura. A rebelião contra
Deus criou um vácuo na natureza humana.
Todos os desejos e excessos do comportamento humano são tentativas
malogradas de satisfazer àquele doloroso vazio que o mundo nunca poderá
preencher. Como resultado do seu afastamento de Deus, o homem está condenado a
um anelo insaciável.
Paulo relaciona aqui três vezes o abandono de Deus às consequências do
comportamento humano (Rm 1.24a; 26,27 e 28b-31), e três vezes a miséria daí
resultante (Rm 1.24b, 27b, 32). Nessa descrição, a exposição da culpa se torna
passo a passo mais breve, e suas consequências, sempre mais detalhadas, até que se
derrama diante de nós praticamente um dilúvio de vícios, fazendo estourar toda a
podridão interna da sociedade humana.
A degeneração religiosa é penalizada mediante a entrega à imoralidade; o
pecado cometido no terreno religioso é castigado pelo pecado na esfera moral.
Algumas verdades solenes devem ser aqui destacadas:

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1. Em primeiro lugar, o juízo de Deus é tanto temporal como eterno (Rm


1.24,26,28). Enganam-se aqueles que pensam que o Deus do juízo está dormindo,
inativo ou indiferente ao que acontece no mundo. O estado de degradação em que a
sociedade se encontra já é uma retribuição divina, uma manifestação temporal do
seu juízo.
2. Em segundo lugar, o juízo mais severo de Deus é dar ao homem o que ele quer
(Rm 1.24,26,28). Não há castigo maior para o homem do que Deus o entregar a si
mesmo. Deus pergunta: “E isso que você quer? Seja feita a sua vontade”.
Esse é o maior juízo de Deus, entregar o homem a si mesmo, à sua própria
vontade. Os homens que tanto amam o esgoto do pecado são enviados para lá; o
que querem, eles terão.
3. Em terceiro lugar, a idolatria e a imoralidade são tanto a causa como a
consequência do juízo divino (Rm 1.24,25). Porque o homem desonrou a Deus,
mudando a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis, Deus também entregou os
homens para desonrar o seu corpo entre si.
A idolatria e a sensualidade sempre andaram juntas. São tanto a causa da ira
divina como consequência do juízo divino. A humanidade colocou a si mesma no
centro do universo. O resultado é que muitos de nós adoramos aquela criatura que
melhor conhecemos - nós mesmos.
4. Em quarto lugar, o homossexualismo é o mais baixo nível de degradação
moral e a maior expressão do juízo de Deus (Rm 1.24-28). Paulo diz que Deus
entregou tais homens à imundícia (Rm 1.24), a paixões infames (Rm 1.26) e a uma
disposição mental reprovável (Rm 1.28). Tanto a imundícia como as paixões
infames, assim como a disposição mental reprovável, apontam para a imoralidade
sexual, sobretudo o homossexualismo.
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Em sua ira, Deus entrega aqueles que o desonraram à desonra de seu próprio
corpo. Deus entregou aqueles que abandonaram o Autor da natureza a não guardar
a ordem natural. Eles pecaram degradando a Deus, pelo que também Deus os
degradou.

Vejamos alguns pecados são aqui destacados pelo apóstolo Paulo:


1. O lesbianismo (Rm 1.26). A relação sexual entre mulher e mulher já era prática
comum nos dias de Paulo, mas não com tanta publicidade como existe hoje. Deus
tirou o pé do freio. Entregou essas pessoas a paixões infames, e as mulheres se
entregaram ao lesbianismo. Quando Paulo diz “até as mulheres mudaram o modo
natural de suas relações íntimas por outro contrário à natureza”, está enfatizando o
grau superlativo da degradação. As mulheres sempre foram guardiãs da moralidade.
Quando até as mulheres se corrompem, a cultura já chegou ao fundo do poço.
2. O homossexualismo (Rm 1.24,27). Quando o homem desprezou o
conhecimento de Deus e perverteu o culto divino, perdeu a própria identidade. O
homossexualismo é uma negação total do mundo real. Refuta qualquer
possibilidade de continuidade e ameaça a identidade da pessoa como fruto do
relacionamento de um pai e uma mãe. Não podemos concordar com a bandeira
levantada pela homofobia, quando os ativistas desse movimento afirmam que o
homossexualismo é uma opção normal e que o casamento entre pessoas do mesmo
sexo é uma união de amor que deve ser chancelada pela lei de Deus e dos homens.
Ao descrever o homossexualismo, Paulo aponta sete características desse pecado
abominável:
1) Imundícia (Rm 1.24);
2) Desonra para o corpo (Rm 1.24);
3) Paixão infame (Rm 1.26);
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4) Antinaturalidade (Rm 1.26);


5) Contrariedade à natureza (Rm 1.26);
6) Torpeza (Rm 1.28); 7) Erro (Rm 1.28).

Conclusão: “A corrupção da raça humana é o desfecho de sua rebelião à verdade


divina. A impiedade e a ausência de retidão resultaram em teorias de
autossuficiência em que a criatura se ergue acima de seu Criador. Ao se colocar
como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da
vontade divina. As consequências são autoidolatria, a depravação moral, a
decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira divina
permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2:8)”.

Ver na Lição: Revisando o Conteúdo e Vocabulário (pág. 31).

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