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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DISCIPLINA: Teorias Antropológicas Contemporâneas

Docente: Dra. Maria Auxiliadora Gonçalves da Silva

Discentes: Bruna Dutra, Camila Gildo, Ester Vitoria e Maria Luiza do Santos

RESUMO: A temática abordada no capítulo é: a diferença, destacando a importância de


compreender e valorizar a diversidade cultural e social, os autores discutem como as
diferenças são construídas socialmente e como podem ser utilizadas para a criação de
identidade políticas e sociais. Além disso, é discutida a problemática da discriminação,
especialmente em relação aos grupos marginalizados e oprimidos. O discurso do
colonialismo é explorado como uma forma de dominação e exploração que perpetua a
discriminação e a desigualdade.

Os autores também trazem a importância de repensar e desconstruir as noções de


identidade fixas e universais, propondo uma abordagem mais fluida e pluralista, que
leve em consideração as múltiplas formas de ser e existir no mundo.

Homí.K.Bhabha , teórico, crítico literário Pós-colonial, nasceu em Bombaim na Índia


em 1949. É professor de literatura inglesa e americana e diretor do Centro de
Humanidades da Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Ele próprio pode ser
considerado um sujeito hibridizado do discurso Pós-colonial, constituindo se assim um
ser hifenado portador de identidades duplas e pluralizadas. Bhabha faz parte de uma
corrente de pensamento denominada Pós-colonialismo. Esta corrente surgiu
influenciada pelos Estudos Culturais e pela Crítica Literária acabou por se tornar uma
forma singular de analisar a sociedade tendo em vista a crítica cultural.

Na América Latina, o Pós-colonialismo teve importante recepção no final da década de


1980, aqui sendo chamada como pensamento decolonial. Podemos citar como referência
de produção decolonial a obra O local da cultura, de Bhabha (2013), que problematiza a
maneira depreciativa como o Outro Colonizado é caracterizado pelo discurso do
colonialista Europeu. Podemos aludir também a obra Pode o Subalterno falar?, de
Spivak (2010), que destaca o implacável descentramento do sujeito, questionando as
formas de representação do Outro. As duas produções decoloniais admitem que
discursos hegemônicos, referenciados num contexto global, corroboram para negar a
heterogeneidade dos sujeitos, além de criar imagens estereotipadas e discriminatórias de
determinados grupos minoritários.

Em “Pele Negra, Máscaras Brancas” de Frantz Fanon, que é citado no texto por Bhabha,
há uma delineação das formas culturais, marcados pela diferença e ao mesmo tempo pela
negação desse sujeito, por isso também de maneira psicológica. Apresenta-se como
sustentação da discriminação. O que se nega não é somente as representações simbólicas
da vida cotidiana dos sujeitos, mas a negação da própria intencionalidade da “alteridade”
há uma estratégia política introspectiva nos signos e significados, que esta deveria
alavancar enquanto conhecimento.

Edward Said, escritor palestino nascido em Jerusalém, é um dos autores fundantes do


Pós-colonialismo na plataforma norte-americana, com sua obra Orientalismo: “o
Oriente como invenção do Ocidente” publicada em 1978.Ele propõe a desconstrução da
interpretação que o Ocidente faz do Oriente. Este é caracterizado pelo Ocidente a partir
de uma visão etnocêntrica, na qual o europeu/Ocidente representa a civilização e o não
europeu representa o não civilizado.

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