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Centro Universitário U N A

Importação e Exportação - Carnes

Atividade Avaliativa apresentada aos Cursos de


Engenharia da Faculdade Una de Catalão, como
requisito parcial para aprovação na UC –
Sistema de Transportes.
Prof: Janice e Maciel

Catalão
2021
Raquel Ferreira da Costa

Importação de Carnes Nobres

O processo de importação de carne se inicia com o registro da declaração de importação. Para


isso, o importador deve habilitar-se para operar no Sistema Integrado de Comércio Exterior
(Siscomex), cujo procedimento é regido pela Instrução Normativa RFB n.º 1.603/2015.

O Siscomex promove a integração das atividades de todos os órgãos gestores do comércio


exterior, inclusive o câmbio, permitindo o acompanhamento, orientação e controle das diversas
etapas do processo exportador e importador. Para mais informações sobre o procedimento de
habilitação, é importante acessar o Manual de Habilitação no Siscomex.

Além disso, em conjunto com a Receita Federal, esse sistema disponibiliza simuladores de
tratamento tributário e administrativo das importações, no qual você poderá conferir, por meio
do NCM, as alíquotas dos impostos incidentes na sua importação, bem como os valores de frete,
seguros, taxas administrativas e alfandegárias para estimar custos do processo e as exigências
para o desembaraço do produto.

Após habilitar a empresa, o responsável legal poderá cadastrar representantes para atuar no
exercício das atividades com o despacho aduaneiro também pelo Portal Habilita. A importação
poderá ser submetida ao Controle Administrativo da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do
Ministério da Economia, nos termos da Portaria Secex n.º 23/2011.

LICENÇA DE IMPORTAÇÃO

A importação de carne destinada ao consumo humano está sujeita à licença de importação não-
automática de pré-embarque. Mais uma vez, a Anvisa é o órgão responsável pela análise e
emissão da licença, que deve ser solicitada por meio do sistema eletrônico Siscomex.

REGRAS SANITÁRIAS: O PAPEL DA ANVISA

Por se tratar de um item destinado ao consumo humano, a importação de carne requer a


observação de regras sanitárias específicas. Assim, o importador deverá seguir à risca as
resoluções específicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Por isso, é importante destacar a RCD n.º 81, de 5 de novembro de 2008, que foi atualizada
recentemente pela RDC n.° 208, de 5 de janeiro de 2018. O importador deverá obter uma
Licença Sanitária, emitida pelo município, uma Autorização de Funcionamento de
Estabelecimento (AFE) emitido pela Anvisa, entre outros documentos, e cumprir com as
exigências de embalagem/etiquetagem do produto importado antes de levá-lo à venda em solo
nacional.

A documentação obrigatória de apresentação à autoridade sanitária onde ocorrerá o


desembaraço da carne é:

– Formulário de Petição;

– Comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS), por meio


da Guia de Recolhimento da União (GRU);

– Autorização de acesso para inspeção física, na forma da legislação fazendária, quando


couber;

– Fatura Comercial – “Invoice”;

– Conhecimento de Carga Embarcada;

– Declaração quanto aos lotes ou partidas, identificados alfa-numericamente, no que couber;

– Laudo Analítico de Controle de Qualidade, por lote ou partida, emitido pelo fabricante ou
produtor de produtos na forma da regulamentação sanitária pertinente;
– Certificado da “Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología”, para
carnes oriundas da Argentina, quando for o caso;

– Declaração do detentor do registro autorizando a importação por terceiro

Licença de Funcionamento, Alvará ou documento correspondente pertinente para a atividade


realizada (importar, armazenar, etc.) no produto no território nacional, emitido pela autoridade
sanitária competente do Estado, Município ou do Distrito Federal;

– Instrumento de representação da pessoa jurídica detentora da regularização do produto junto


a Anvisa a favor do responsável legal ou representante legal;

– Documento de averbação referente à comprovação da atracação do produto no ambiente


armazenador e sua respectiva localização, expedido pelo representante legal da pessoa jurídica
administradora do recinto alfandegado onde o produto encontra-se armazenada.

REQUISITOS DE ROTULAGEM E EMBALAGEM

As carnes importadas devem ser rotuladas em conformidade com as regulamentações


brasileiras sobre rotulagem de alimentos. Os eventuais materiais de marketing também devem
seguir as mesmas regras.

A já mencionada RDC n.° 208, de 5 de janeiro de 2018, dispõe que, no Brasil, está vedada a
entrega ao consumo de produtos importados com identificação ou rotulagem em idioma
estrangeiro. Sendo assim, os rótulos devem ser sempre traduzidos para o português. Além
disso, devem sempre incluir, sempre de forma legível, principalmente as seguintes informações:

• país de origem;
• qualidade, natureza e tipo do produto alimentício;
• nome e/ou marca do produto;
• nome do produtor;
• endereço do local de produção;
• número de identificação do lote ou data de produção;
• peso e volume líquidos;
• presença de OGMs (organismos geneticamente modificados).
Exportação de Carnes

Além dos subsídios, o mercado internacional da carne bovina é extremamente protegido por
medidas de apoio interno: barreiras tarifárias (tarifas de importação, outras taxas e valoração
aduaneira), barreiras não-tarifárias (restrições quantitativas, licenciamentos de importações,
procedimentos alfandegários, medidas antidumping e compensatórias) e barreira técnicas
(normas e regulamentos técnicos, regulamentos sanitários, fitossanitárias e de saúde animal).
Neste sentido, quando se elabora um “ranking” dos produtos que mais recebem apoio interno,
a carne bovina perde apenas para os produtos lácteos. Essa política protecionista distorce
preços e dificulta as exportações, ficando os países em desenvolvimento limitados a cotas e
impossibilitados de ter acessos a determinados mercados, ditos “não-aftósicos”.
Os órgãos governamentais citados foram: Órgãos Gestores: Secretaria da Receita Federal
(SRF); Banco Central do Brasil (BACEN); Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Os Órgãos
Anuentes: Ministério da Agricultura (MA) – Sistema de Inspeção Federal (SIF) – responsável
direto pela inspeção sanitária emissão do certificado sanitário, entre outras normatizações. Os
Órgãos Auxiliares – Federação da Indústria e Comércio.
Caracterizados os agentes envolvidos na exportação de carne bovina, apresenta-se uma
síntese do processo de exportação:
• 1º Passo: venda para o cliente – faz um contrato de venda;
• 2º Passo – começa o processo de produção. Logo em seguida, vem o processo de embarque;
• 3º Passo: Embarque: Agência Marítima – acertar procedimentos de embarque (reserva de
navio, data de embarque, etc); - Transportadora – transporta o contêiner para o local
estabelecido; - Carregamento – pode ser feito na origem ou em local pré-estabelecido, sendo
que na origem o custo é menor;
• 4º Passo: Mercadoria no porto, providencia a documentação necessária para exportação.
O contêiner é vistoriado pelo MA/SIF, que carimba o Certificado Sanitário e entrega na SRF que
desembaraça a mercadoria, concluído os transmite junto a SRF, o contêiner está liberado para
embarque. Por último, entrega o contêiner para Autoridade Portuária. Com relação à
documentação necessária para exportar carne bovina, deve-se observar a legislação do país
importador. No entanto, os mais citados durantes as entrevistas foram: RE – Registro de
Exportação; DDE – Declaração de Despacho 9 Aduaneiro ou SD – Solicitação de Despacho;
Fatura Pro Forma; Conhecimento de Embarque Marítimo (B/L); Fatura Comercial; Romaneio de
Embarque (Packing List); Certificado de Origem; Certificado Sanitário; Certificados Adicionais;
Contrato de Câmbio.

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