Você está na página 1de 15

ETEC DONA ESCOLÁSTICA ROSA

TÉCNICO EM COMÉRCIO EXTERIOR

CRISTIEN FARIAS SANTOS


RAFAEL FUNCHAL
RAFAELA DE JESUS SOUZA
MARIA EDUARDA DOS SANTOS BRASIL
MARIANA BARBOSA DO NASCIMENTO

IMPORTAÇÃO DE QUEIJOS PORTUGAL

SANTOS
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3
• Serra da Estrela ................................................................................................................ 3

• Azeitão ............................................................................................................................. 4

EXPORTAÇÃO PARA O BRASIL .......................................................................................... 5


CERTIFICAÇÃO DA EMPRESA EXPORTADORA .............................................................. 6
IMPORTAÇÃO ......................................................................................................................... 7
ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS ..................................................................................................... 7
ROTULAGEM ......................................................................................................................... 11
EMBALAGEM E TRANSPORTE .......................................................................................... 13
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 14
3

INTRODUÇÃO

QUEIJO DE PORTUGAL

A procura por queijos portugueses vão além da qualidade dos rebanhos de cabras e
ovelhas. É uma forma de descentes e imigrantes relembrar a gastronomia portuguesa.
O processo de importação como de outros produtos é complexo, mas buscam garantir
saúde e segurança aos consumidores.
TIPOS DE QUEIJOS

• Serra da Estrela

É um dos queijos mais afamados, não só em Portugal, mas entre os apreciadores de todo
o mundo.
Produzido na região da Serra da Estrela, é um queijo tipo Brie, elaborado com leite de
ovelha, de consistência suave, sabor delicado, com aroma e paladar inconfundíveis.
O seu atual processo de fabricação ainda está ligado aos métodos antigos.
A sua produção obedecer às normas rígidas e tem região demarcada nos concelhos de
Nelas, Mangualde, Celorico da Beira, Tondela, Gouveia, Penalva, Fornos de Algordes, Carregal
do Sal, etc.
É um queijo curado de fabrico artesanal, de pasta semi-mole, amanteigada, branca ou
ligeiramente amarelada, uniforme (sem ou com muitos poucos olhos).
4

• Azeitão

Queijo de origem portuguesa pequeno e cremoso, com alto teor de umidade, produzido com
leite de ovelha.
É um queijo curado de pasta semi-mole amanteigada, branca ou ligeiramente
amarelada, com poucos ou nenhuns olhos, de sabor e aroma semelhante ao queijo da
Serra, embora seja um pouco mais ácido.

O uso da Denominação de Origem obriga a que o queijo seja produzido de acordo


com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente,
as condições de produção de leite, higiene da ordenha, conservação do leite e fabrico do
produto. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando
também a Denominação de Origem. O Queijo de Azeitão deve ostentar a marca de
certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
A área geográfica de produção abrange os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal.
5

EXPORTAÇÃO PARA O BRASIL

Segundo a Portaria nº183 de 9 de outubro de 1998, Portugal tem que estar oficialmente
reconhecido pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento do Brasil, através do
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA). A empresa tem que ser
um dos estabelecimentos credenciados, constantes das listas de exportação oficialmente
divulgadas, assim como os seus respetivos produtos. Os produtos têm que chegar
acompanhados de certificados sanitários cujos modelos tenham sido previamente aprovados
pelo DIPOA. Os produtos têm que estar identificados por meio de rótulos previamente
registados ou aprovados pelo DIPOA inclusive o modelo de carimbo de inspeção. É também
necessário o licenciamento de importação antes do embarque, sendo que esta é requerida à
representação do Serviço de Inspeção Federal do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal no Estado de origem do importador.

O certificado sanitário deve ser emitido na língua oficial do país exportador e em português,
tendo em conta que o país exportador é Portugal o certificado é emitido só em português. O
certificado deve ser assinado por um veterinário do Serviço Veterinário Oficial de Portugal,
assegurando que diversas condições em termos de segurança e legalidade estão a ser aplicadas,
tais como:

• O leite que foi utilizado na obtenção dos produtos está de acordo com os parâmetros
físico-químicos e microbiológicos da legislação brasileira;

• Os produtos foram obtidos, processados, acondicionados e embalados em condições


higiénicas, sem substâncias nocivas à saúde humana e animal;

• O queijo que não sofre tratamento térmico deve ser submetido a uma maturação em
temperatura superior a 5ºC durante no mínimo 60 dias (MAPA, n.d.).

Os processos de registo de rótulos são efetuados na Plataforma de Gestão Agropecuária – PGA


– SIGSIF.
6

CERTIFICAÇÃO DA EMPRESA EXPORTADORA

Para importar queijos, é também preciso o reconhecimento prévio de serviços equivalentes de


inspeção sanitária entre os países importadores e os países exportadores.

O Certificado Fitossanitário de Origem – Produtos de origem animal e vegetal que são


destinados a exportar devem adquirir o certificado de sanidade para atestar o cumprimento de
exigências dos países que irão receber os produtos. Todos os produtos de origem vegetal e
animal destinados à exportação devem obter um certificado de sanidade/fitossanidade. É o
documento oficial utilizado para atestar que envios de plantas, produtos vegetais e produtos de
origem vegetal cumprem com as exigências do país importador, ou, na denominação mais usual,
cumprem com os requisitos fitossanitários do país importador.

Quando um país estrangeiro já exporta produtos para o Brasil, ainda é necessário que uma
autoridade estrangeira do país exportador confirme se o produtor cumpre as exigências
sanitárias brasileiras e se tem capacidade sanitária e técnica de exportar esses produtos para o
solo brasileiro. Um comunicado oficial deve ser enviado, em português, para a embaixada no
país da empresa exportadora no Brasil ou diretamente para o Departamento de Assuntos
Sanitários e Fitossanitários do Mapa da Secretaria de Relações Internacionais.
7

IMPORTAÇÃO

A importação é um processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem,


serviço ou produtos fabricados de países externos para dentro do Brasil, ou qualquer
outro país por meio da compra. Para a entrada e permanência definitiva ou temporária
destes produtos, bem ou serviços no país, feito através da importação de pessoa jurídica
ou pessoa física é realizado todo um processo burocrático e complexo, seguindo regras
e normas para a liberação de entrada e saída de um produto no país.
Algumas categorias de segmentos são extremamente burocráticas e detalhistas nos
processos de importação, como os alimentos, sendo necessário documentações que garantem o
controle sanitário, ambiental e se segurança de cada país.

ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS

A importação de produtos de origem animal é supervisionada pelo Ministério da


Agricultura para proteger a saúde animal, a saúde pública e o desenvolvimento socioeconômico
nacional.
Segundo o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) da
Secretaria de Defesa Agropecuária, o desembarque de qualquer produto de origem animal no
Brasil depende de autorização prévia do O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA). A Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO) é responsável por verificar as
restrições sanitárias do país de origem à entrada de produtos de origem animal no Brasil e a
autorização de empresas exportadoras do DIPOA, bem como o registro de seus rótulos.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é responsável por
fiscalizar alimentos e produtos em solo nacional, tanto importação quanto a exportação, com o
intuito de impedir a propagação de pragas na agricultura, de modo a manter a qualidade nos
produtos comercializados no Brasil.
O Sistema Internacional de Vigilância Agropecuária (VIGIAGRO), órgão subordinado
ao MAPA para fiscalizar as operações internacionais de animais e plantas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), operam para que a semelhança de
produtos importados esteja de acordo com as exigências sanitárias brasileiras.
8

NCM (NOMENCLATURA COMUM AO MERCOSUL)

A NCM serve para identificar a origem da mercadoria e para classifica-la de acordo com
o regulamento do Mercosul, além de definir a tributação de impostos.

A NCM é composta por oito dígitos e é solicitado nas notas fiscais eletrônicas.
Cada dígito representa algo diferente:
• 1° e 2°: Informa as características do produto (capítulo);
• 3° e 4°: Detalha as características do produto (posição);
• 5º e 6º: Definem suas subcategorias (ou subposição);
• 7°: classifica o produto (item);
• 8°: Se refere ao subitem de forma mais completa, que descreve especificamente do que
se trata a mercadoria.

No caso do queijo a classificação pode ser feita através do tipo de queijo ou referente ao
teor de umidade.

Os queijos mencionados acima a NCM utilizada é 0406.90.90 (Outros Queijos) Pagando


os tributos sob o valor da mercadoria no estado de São Paulo:
• Imposto de importação 16%
• ICMS 18% (pode variar de estado para estado)
• PIS 2,1%
• COFINS 9,25%.
• TAXA SISCOMEX: R$115,67 (a taxa pode variar dependendo da quantidade de adição
que conter na DI ou DUIMP)
9

DOCUMENTAÇÃO

No Sistemas de Comércio Exterior (Siscomex) o importador deve registrar as


informações da operação comercial e da mercadoria para que sejam emitidos o Licenciamento
Não-Automático de Importação (LI), Declaração de Importação (DI), Registro de Operações
Financeiras (ROF) ou ainda a consultar ou correção de declaração de DI.

Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários: De acordo com o


PORTAL DE LEGISLAÇÃO Instrução Normativa nº 26 de 20/08/2010 / MAPA - Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento: As empresas importadoras, exportadoras e quaisquer
interessados em solicitar a liberação pela fiscalização federal agropecuária de animais, vegetais,
seus produtos, derivados e partes, subprodutos, resíduos de valor econômico e de insumos
agropecuários deverão requerer a fiscalização ao SVA/UVAGRO, por meio de formulário em
modelo padrão, aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),
de acordo com o tipo de mercadoria.

Desde 2019, os documentos podem ser submetidos online.

Autorização prévia de importação com requisitos e orientações sobre


procedimentos a serem adotados, com embarque autorizado pela Dipoa; A autorização
prévia de importação POAs comestíveis pode ser solicitada ao MAPA a qualquer tempo
antes da internalização do produto, sempre por sistema eletrônico, de que trata o Art. 5º da
IN 34/2018. O prazo máximo para análise das solicitações é de 30 dias, contados a partir da
data do protocolo no sistema eletrônico.

Cópia do Certificado de Origem; devidamente traduzida juramentada; Certificado


de Origem é um documento a ser providenciado pelo exportador junto às entidades
específicas, que comprova a origem portuguesa da mercadoria e permite a ambas as partes
uma isenção ou redução de impostos decorrentes dos acordos internacionais.

Extrato de Licença de Importação ou Extrato de Licença de Importação


Simplificado; A Licença de Importação (LI) é um documento por meio do qual o
10

Governo autoriza a importação realizada por uma empresa ou pessoa física,


mediante verificação do cumprimento de normas legais e administrativas.

Certificado Sanitário Internacional; Emitido pelo Serviço Veterinário


Oficial no país de origem, contendo as seguintes informações: país de origem; nome
e endereço do expedidor; nome e endereço do destinatário; quantidade; natureza das
mercadorias; e tipo de embalagem.

Documentos complementares do processo:

Conhecimento de carga original (HBL): Neste documento contém todas as


informações da mercadoria, desde seu destino, origem, navio, NCM e comprova a posse
da mercadoria;
Fatura Comercial (INVOICE): Emitida pelo exportador com a descrição dos
itens envolvidos na transação e atende a cotação feita pelo importador - serve à
fiscalização como mais um documento contendo a descrição das mercadorias;
Packing List (Ou romaneio de carga): É o documento de embarque onde é
discriminada o total de volumes, tipo de embalagem, peso bruto, peso líquido etc. Ele
informa o total de mercadorias fracionadas, facilitando a identificação e até mesmo a
conferencia e fiscalização de qualquer produto por lote.
Certificado de análise: O Certificado de Análise contém a garantia de
qualidade, certificando que o produto atende o regulamento e possui todas as substancias
indicadas e atende as especificações do produto.
11

ROTULAGEM

A Anvisa estabelece quais as informações são obrigatórias para constar nos rótulos dos
alimentos, para garantir a qualidade do produto e a saúde da população. As informações
fornecidas no rótulo devem ser claras para que o consumidor possa observar informações
importantes e entende-las de acordo.

Os produtos devem ser identificados por meio de rótulos registrados no DIPOA, quer quando
destinados ao consumo direto, quer quando se destinam a outros estabelecimentos que os vão
beneficiar. Segundo a Instrução Normativa Nº 22/2005 está expresso que o conteúdo presente
no rótulo tem que ser redigido do idioma oficial do país de consumo. Se não estiver neste
idioma deve ser colocado um rótulo complementar contendo a informação obrigatória. A
rotulagem com idioma diferente do português e que tenha as mesmas informações não pode
ter realce e visibilidade diferente.

INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS:

Denominação de venda do produto;

Lista de ingredientes;

Conteúdo líquido;

Identificação de origem;

Nome ou razão social e endereço do estabelecimento;

Nome ou razão social e endereço do importador (para produtos importados);

Carimbo da Inspeção Federal;

Categoria do estabelecimento;

CNPJ;

Conservação do produto;

Marca comercial do produto;


Data de fabricação;

Data de validade;
12

Lote;

Expressão de registro do rótulo;

Composição;

Instruções sobre o preparo e o uso do produto;


13

EMBALAGEM E TRANSPORTE

Regulamentações relacionadas incluem embalagens e materiais que estão em


contato direto com alimentos e são projetados para conter alimentos, desde a fabricação
até a entrega aos consumidores, para protegê-los de contaminação e adulteração.
Os importadores devem fornecer ao VIGIAGRO informações e documentos
sobre os produtos importados, o que pode ser feito por meio do Sistema de Informações
Gerenciais do Trânsito Internacional de Produtos e Insumos Agropecuários (SIGVIG).
Os contêineres refrigerados são mais comumente usados para transportar queijo,
porque as mercadorias precisam ser refrigeradas. Deve estar livre de contaminação ou
resíduos internos, incluindo restos de grãos, fungos, plantas ou animais de outro país ou
região.
Caso tenha contaminação o Brasil estará sujeito a medidas quarentenárias, incluindo a
devolução ao exterior.
A descrição da embalagem deve detalhar o produto e tipo de embalagem ou suporte de
madeira.
Embalagens e suportes de madeira provenientes do exterior devem ter
tratamentos térmicos como a secagem em estufa, fumigação com brometo de metila
conforme a NIMF1.
14

CONCLUSÃO
Conclui-se que as As etapas para importação podem variar de acordo com a mercadoria e país
exportador, entretanto para a importação de queijo Português, as etapas seguem esta ordem,
abaixo:

➢ Negociação de compra e venda por para do importador/exportador.

➢ Envio da Proforma para emissão do L.I.

➢ Após a emissão da LI, solicitação de autorização de embarque junto ao MAPA.

➢ Após autorização de embarque pelo MAPA, exportador inicia a confecção dos


documentos. (Fatura, BL, Certificado de Origem, Packing List, Certificado de análise e
etc.)

➢ O envio dos documentos ao importador para que seja feita a conferencia e aprovação
dos mesmos.

➢ O exportador contrata o agente de carga para fazer o embarque da mercadoria.

➢ Após o embarque da mercadoria o despachante irá pedir a redestinação para o terminal


de preferência do importador.

➢ Após a emissão de todos os documentos originais, e o recebimento dos mesmos o


importador envia para seu despachante.
15

➢ Após a descarga da mercadoria, o despachante dará seguimento aos trâmites de


liberação e desembaraço da mercadoria.

Os queijos citados continuam a ser produzido em Portugal, com a mesma qualidade do


original, sendo considerado os melhores queijos de Portugal. Em 1996, a qualidade dos queijos
foi reconhecida pela União Europeia e recebeu uma denominação de origem protegida.
No início de 2020, devido ao, Covid-19 ocorreu preocupação com a escassez de produtos,
os preços estão em máximos históricos, levando a preocupação para produtores e importadores
do queijo português.

Você também pode gostar