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Como a Politica de Cotas se relaciona com a

escravidão no Brasil
Gustavo Augusto
7º Ano
O Problema que veio com a solução?
Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, então cumprindo as funções de chefe de Estado
na ausência de seu pai, D. Pedro II, sancionou a Lei Áurea. Essa lei, oficialmente chamada
de Lei Imperial nº 3.353, aboliu a escravidão no Brasil, o último país do continente americano
a dar fim ao regime escravista.

A maior parte dos negros libertos continuou a servir seus senhores em troca de moradia e
comida. Outros tantos foram lançados à própria sorte, sem instrução educativa e sem
emprego.

Esse grande problema vindo com a “solução” encontrada com o fim da escravidão foi e ainda
continua sendo fortemente debatido por intelectuais e políticos. Mais de cem anos após a
abolição da escravatura, o Brasil – assim como outros países onde houve escravidão ou
segregação racial – passou a adotar o sistema de cotas raciais para a entrada de negros,
“pardos” e indígenas em universidades como forma de se fazer justiça histórica.
Os Fatos históricos sobre a colonização no Brasil são importantes para
entender e analisar as relações entre raças e a discriminação atual, mais
notadamente no que se refere à adoção das políticas cujo critério exclusivo
seja a raça. conforme os registros nos anais da história, e pelo que se tem
conhecimento, os negros vieram trazidos pelos europeus, e em conjunto com
os indígenas desempenharam o papel de executores de mão de obra
gratuita, e esta prática, estes mesmos ditos escravos, em sua terra natal já
tinham essa cultura, eram escravizados pelos próprios conterrâneos, com a
diferença de que eles detinham mais conhecimento e eram proprietários de
terras, assim, podiam explorar os menos favorecidos que eram capturados
nas suas tribos e vendidos ao homem europeu, que se encarregava de
traficá-los em outros continentes, e aqui no Brasil assim foi até o fim do
império.
Por este ângulo, o escravagismo dos negros pelos brancos gerou uma dívida
moral e histórica, devendo ser paga por quem é descendente do homem
branco para com os descendentes do homem negro. Esse conceito validaria
as discriminações (eufemismo das ações afirmativas) de hoje, mais
notadamente à reserva de vagas para negros no campo educacional e
concursos públicos, dando por quitada a pretensa dívida histórica.
Um dos principais fatores que impulsionaram a consolidação das
Cotas Raciais, foi o fato de que o número de negros cursando universidades
era muito pequeno em relação aos brancos, e eis que baseado no Censo do
IBGE de 2010, mostrou que o Brasil é um país com grande número de
mestiços. Assim, pretos e pardos que compõe a classe Negros soma em mais
de 50% da população brasileira, logo, se tem um país miscigenado.
Origem das Cotas no Brasil – Em 2000, a Assembleia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou uma lei que reservava metade das vagas
das universidades estaduais para estudantes de escolas públicas. Um ano
depois, uma nova lei determinou que 40% dessas vagas tinham que ser
destinadas à autodeclarados negros e pardos.
Em 2003, essas duas leis foram substituídas pela legislação vigente. O
Vestibular 2004 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),
primeira do país a adotar um sistema de cotas, já reservava vagas para
estudantes de escolas públicas fluminenses, negros e pardos.
Lei das Cotas - A chamada Lei de Cotas, conhecida também como Lei
12.711, só foi aprovada em 2012. Com ela, todas as instituições de ensino
superior federais do país precisaram, obrigatoriamente, reservar parte de
suas vagas para alunos oriundos de escolas públicas, de baixa renda.

Objetivo da Lei das Cotas - introduzir e diminuir a desigualdade entre


brancos e negros no país, realizando o que é chamado de reparação
histórica, principalmente devido à escravidão.
LINHA DO TEMPO – Escravidão no Brasil
Infográfico feito pela
Agência Brasil sobre as
diferenças na escolaridade
de negros e brancos,
baseado nos dados do
IBGE:
CONCLUSÃO
As cotas raciais certamente não resolvem de
forma pronta e acabada o problema do passado
escravista brasileiro, elas foram importantes,
porem em grande parte ineficazes, o ideal seria
que ela não existisse e que todas as pessoas de
fato fossem respeitadas de forma igualitária, mas
o racismo ainda é muito perpetuado no Brasil.

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