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23/12/2019 O ranking da inteligência nas cidades - 23/12/2019 - Claudio Bernardes - Folha

Claudio Bernardes (/colunas/claudiobernardes/)


presidencia@secovi.com.br (mailto:presidencia@secovi.com.br)

O ranking da inteligência nas cidades


Índice com 102 localidades tem Singapura no topo e São Paulo em 90º e Rio em 96º

23.dez.2019 às 2h00

As cidades inteligentes (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2018/12/tornar-as-cidades-


inteligentes-e-fundamental-mas-elas-precisam-ser-mais-humanas.shtml) não são mera fantasia

futurista. Elas são projeto real em andamento em várias cidades do mundo. E


por que uma cidade deveria engajar-se nesse processo e se tornar
inteligente?

Em primeiro lugar, é importante compreender os horizontes que envolvem o


planejamento e a operação das cidades inteligentes. Sua função principal é
estruturar formas de lidar, de maneira competente e eficaz, com os desafios
aos quais as pessoas das áreas urbanas são submetidas. Para isso, essas
cidades devem utilizar tecnologia e modelos que as tornem efetivamente
inteligentes, ou seja, com capacidade de compreender ideias complexas, de
assimilar conhecimentos rapidamente e de aprender com a experiência.

Dessa forma, as cidades se tornam inteligentes para resolver problemas e


aprimorar soluções que envolvam questões urbanas, como resiliência
climática, desigualdades sociais, saúde, educação, mobilidade, segurança e
tantos outros aspectos comSua
osassinatura
quais os moradores das cidades convivem.
vale muito.
ENTENDA

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Contudo, mesmo compreendendo a importância da inteligência nas cidades,


é muito difícil avaliar seu desempenho e, com base nisso, propor as
melhorias necessárias se não existirem indicadores eficientes para captar seu
funcionamento e servir de base para essas avaliações.

Por essa razão, como resultado da cooperação entre o IMD (Institute for
Management Development) e a Universidade de Tecnologia e Projeto de
Singapura, foi criado o SCI (Smart Cities Index), um índice que mede a
eficiência da inteligência das cidades, por meio de 15 indicadores associados
a cinco áreas prioritárias: Saúde e Segurança, Mobilidade, Atividades
Urbanas, Oportunidade (trabalho/estudo) e Governança.

A primeira edição do índice, publicada após dois anos de trabalho


pesquisando 102 cidades no mundo, procurou captar a percepção de
residentes, escolhidos de forma randômica, quanto a infraestrutura e
tecnologia associadas às cinco áreas prioritárias e disponíveis para os
serviços à população.

As dez cidades que estão no topo do ranking são, pela ordem de classificação,
Singapura, Zurique, Oslo, Genebra, Copenhague, Auckland, Taipei,
Helsinque, Bilbao (https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/07/guggenheim-de-bilbao-ainda-guia-
arquitetura-de-museus-pelo-mundo.shtml) e Dusseldorf.

Das cidades brasileiras entre as 102 pesquisadas, estão São Paulo, ocupando
a 90ª posição, e Rio de Janeiro, no 96° lugar. Seguramente, esse resultado
serve de alerta para repensarmos nossa posição com relação às diretrizes e
ao planejamento para estruturar cidades inteligentes no país, se é que eles
existem. Em valores que variam de 0 a 100, na média dos 15 indicadores
temos, por exemplo, para Singapura, o índice de 70,4 e para o Rio de Janeiro,
o de 35,8.

Há muito o que fazer ainda nas cidades brasileiras para torná-las


inteligentes. Para começar, cada uma deveria ter um projeto adequado às
suas especificidades físicas territoriais, sociais e financeiras. Ao mesmo
tempo seria necessário um planejamento cronológico coerente, para que elas
sejam capazes de caminharSua naassinatura
direção davale
modernidade,
muito. mesmo que em uma
ENTENDA
velocidade menor, mas com consistência e direção correta. Em projetos

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como esses, indicadores e monitoramento são requisitos fundamentais para


o sucesso a médio e longo prazos.

Os responsáveis pela criação do SCI pretendem continuar com as tabulações


dos índices, por meio de verificações sistemáticas, fazendo os ajustes
necessários e aumentando significativamente o universo das cidades
pesquisadas, mas sempre priorizando a opinião dos cidadãos e dos atores
locais.

O SCI pode mudar a forma como a inteligência das cidades é mensurada, não
estritamente pelos avanços tecnológicos, mas pela percepção dos cidadãos
sobre os resultados do uso da tecnologia. Esperamos que essa ferramenta de
análise possa se transformar num importante instrumento de indução a uma
vida melhor para os moradores das cidades, sejam elas mais ou menos
inteligentes.

Claudio Bernardes
Engenheiro civil e presidente do Conselho Consultivo do Sindicato da Habitação de São Paulo.
Presidiu a entidade de 2012 a 2015.
er.com/BernardesSecovi)

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