Você está na página 1de 4

Claudio Bernardes (/colunas/claudiobernardes/)

Engenheiro civil e vice-presidente do Secovi-SP, A Casa do Mercado Imobiliário


SEGUIR
/encia@secovi.com.br)
/twitter.com/BernardesSecovi)

MOBILIDADE
(HTTPS://WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR/COTIDIANO/MOBILIDADE-URBANA/)

MERCADO IMOBILIÁRIO
(HTTPS://WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR/MERCADO/MERCADO-IMOBILIARIO/)

SUSTENTABILIDADE
(HTTPS://WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR/FOLHA-TOPICOS/SUSTENTABILIDADE/)

Direcionamentos para o futuro das áreas urbanas


Adoção do conceito de cidade de 15 minutos pode ser a resposta para enfrentar a
expansão urbana

5.nov.2022 às 4h00

Os gestores de cidades em todo o mundo estão preocupados em lidar com os


efeitos econômicos e ambientais oriundos da expansão urbana, com os
impactos criados por déficits fiscais, mobilidade deficiente, insegurança,
desigualdades sociais e segregação racial.

As cidades precisam enfrentar esses e outros problemas de forma eficiente e


organizada, efetuando os direcionamentos apropriados, e adotando as políticas
de desenvolvimento urbano (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2022/09/onu-aponta-
adensamento-minimo-como-estrategia-para-o-desenvolvimento-sustentavel.shtml), focadas num futuro

melhor para seus habitantes.

Talvez, o início desse processo deva se dar a partir da adoção do conceito de


cidade de 15 minutos de forma definitiva.
Vista da região central de São Paulo de cima do Viaduto do Chá
- Bruno Santos/Folhapress

Desenvolvido inicialmente para reduzir as emissões de carbono, diminuindo o


uso de carros e o tempo de deslocamento motorizado, incentivando as
caminhadas e o transporte ciclo ativo, tornou-se um modelo de planejamento
urbano descentralizado, no qual em cada bairro existem todos os elementos
sociais básicos e funções para viver e trabalhar, transformando-os em "células
urbanas", cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas.

As cidades devem direcionar seu desenvolvimento para modelos que


combatam desigualdades por meio do acesso a habitação digna
(https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2022/09/efeitos-da-legislacao-urbana-na-cidade-que-todos-

queremos.shtml),
infraestrutura, isonomia de direitos, empregos e oportunidades. De
nada adianta uma cidade ser sustentável, resiliente e competitiva, se ela não for
inclusiva. O espaço público é utilizado pelos moradores de forma diferente, e as
diferenças devem ser levadas em consideração no planejamento de uma cidade.
A inclusão deve ser um pilar fundamental do crescimento urbano, operada em
suas três dimensões: espacial, social e econômica.
As cidades devem ser planejadas e projetadas para gerar resultados sociais e
econômicos (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2022/05/o-que-fazer-para-melhorar-a-vida-das-
pessoas.shtml) para todos. O planejamento inclusivo pode significar construir
centros urbanos que ofereçam segurança por meio de espaços seguros para
todos, em especial pessoas com dificuldades de mobilidade. Tanto a tecnologia
quanto a participação democrática são fatores necessários para acelerar os
mecanismos de inclusão social.

folha mercado
Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não
assinantes.

A digitalização permite que os governos facilitem o acesso a uma série de


serviços públicos, e melhorem o ambiente de negócios, o que gera
oportunidades. Possibilita a análise mais acurada de lacunas sociais, a
educação em massa, e a coleta de dados em tempo real, facilitando as ações
preditivas e proativas em benefício dos cidadãos.

Além da tecnologia, a participação democrática é um segundo catalisador para


a inclusão social. Trazendo diversidade como subsídio fundamental para o
processo de planejamento, é possível evitar modelos que gerem desigualdades,
e criar cidades inclusivas, centradas na equidade por princípio.

As cidades que adotarem padrões de desenvolvimento baseados em economia


circular, estruturada em princípios de partilha
(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/10/construtoras-investem-ao-redor-de-empreendimentos-para-conquistar-a-

vizinhanca.shtml),
reutilização e restauração, com ênfase na limitação dos volumes de
resíduos municipais e na produção local, por exemplo, a agricultura urbana,
estarão à frente na construção de um futuro melhor.

Uma cidade que vive em uma economia circular promove um melhor


aproveitamento recursos, consome menos, reutiliza e recicla água, energia,
produtos e materiais; estimula uma economia de reparos, e alimenta uma
mentalidade de partilha (viagens de carro, espaços e materiais). Estimula,
portanto, uma abordagem inovadora de como a cidade e seus cidadãos
consomem, armazenam e usam recursos.

Na busca por um futuro sustentável (https://top-of-mind.folha.uol.com.br/2022/10/marcas-podem-fazer-a-


diferenca-por-um-planeta-mais-equilibrado.shtml), as cidades devem regenerar seus edifícios.

Muitos deles são energeticamente ineficientes e contribuem fortemente para as


emissões de carbono. A infraestrutura inteligente e eficiente deve evoluir com
foco primordial nas pessoas. Isso vai ajudar os gestores das cidades a
implementar um conceito de bem-estar mais holístico, e dessa forma
contribuir para melhorar a qualidade de vida.

A direção para um futuro melhor nas áreas urbanas está delineada. Os


instrumentos e as ferramentas para implementá-la estão disponíveis, assim
como as informações. Resta aos dirigentes públicos tomarem firmes decisões
político-estratégicas, que possibilitem às cidades trilharem esse caminho com
eficiência e êxito.

ENDEREÇO DA PÁGINA

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2022/11/direcioname
para-o-futuro-das-areas-urbanas.shtml

notícias da folha no seu email

Você também pode gostar