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02/03/2023

CINEMÁTICA DO TRAUMA LEIS DA FÍSICA

Estudo das forças envolvidas no 1ª Lei de Newton


Cinemática do trauma, avaliação impacto e potenciais causadoras de Um corpo em repouso ou em movimento
tende a permanecer neste estado até que
da cena e atendimento inicial à lesão.
uma força externa atue sobre ele.
vítima no APH Fatores importantes a serem considerados são: a velocidade, o peso, a
distância de parada e a compressibilidade do material da superfície do
impacto.

Francismeire Brasileiro Magalhães Barboza Lei da Conservação de Energia


A energia não pode ser criada ou destruída, mas pode
ser mudada quanto à forma.

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O que é mais importante? Peso ou


Claro que é a VELOCIDADE
velocidade?

Ec= m/2 x v2

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Informações precisas
CAVITAÇÃO ANAMNESE DO TRAUMA
• Como é a aparência do local?
• Formação de cavidades a partir de choque com • Quem atingiu o que e com que velocidade?
objetos sólidos ou quando o corpo humano • Qual foi o tempo de parada?
• Fatores ambientais • As vitimas usavam cinto de segurança?
atinge um objeto estacionário.
• Vítima • O air-bag inflou?
• Permanente = trauma penetrante • As crianças estavam contidas no assento e
• Agente transmissor de energia
• Temporária = trauma contuso foram arremessadas dentro do veiculo?;
• Ocupantes foram ejetados do veiculo?

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Traumas contusos O trauma pode ser: CONTUSO

• COLISÃO
Duas forças esta envolvidos no impacto do
–Frontal • Contuso trauma:
–Traseira • Penetrante • Cisalhamento
–Lateral d / e
• Compressão.
–Rotacional
–Capotamento

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Cisalhamento Compressão QUEDA

É o resultado da mudança de velocidade mais É o resultado de um orgão ou estrutura ser • Vitimas de queda também podem sofrer
rápida de um órgão ou estrutura do que de comprimido entre outros órgãos ou lesões causados por impacto múltiplos.
outro órgão ou estruturas estruturas.

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O que avaliar? Características

• Altura • Fratura bilateral do calcanhar


• Superfície • Fratura de tornozelo
• Que parte do corpo sofreu primeiro impacto
• Fratura distal de tíbia
• Doenças pré-existentes Síndrome de Don Juam • Fratura distal de fíbula
• Idade da vítima
• Fratura de joelho
CONSIDERAR GRAVE TODA VÍTIMA COM QUEDA • Fraturas de pelve
IGUAL OU SUPERIOR A 3 VEZES A SUA PRÓPRIA • Explosões de vértebras
ALTURA

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Lesões desportivas LESÕES POR EXPLOSÃO


podem ser graves

• LESÃO PRIMÁRIA – Lesão direta, onda


Lesão por atividades esportiva corre cerca de 3km/seg. =
amputação, TCE, TRM, trauma
abdominal.
• LESÃO SECUNDÁRIA –
vitima atingida por fragmentos da
explosão

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LESÕES POR EXPLOSÃO TRAUMAS PENETRANTES

LESÃO TERCIÁRIA – vítima arremessada contra – Provocado por objetos com alta energia
algum objeto. cinética, produzindo uma cavidade
permanente. As principais são arma de fogo
(PAF – armas de média ou alta energia) ou arma
branca (PAB – armas de baixa energia).
LESÃO QUATERNÁRIA - Calor ou gases
propelidos pela explosão

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LESÃO POR ARMA DE FOGO - LAF CARACTERÍSTICAS DO


FERIMENTO Atendimento pré-hospitalar

• Considerar: •Garantir segurança da cena do


– Tipo da arma; • Orifício de entrada
acidente
– Distância do atirador; – Geralmente são lesões ovais ou redondas, cercadas por uma
área enegrecida (área de abrasão). • Preparação e triagem
– Trajeto do projétil;
– Perfil, rolamento e fragmentação.
A distância entre a arma e o alvo pode • Avaliação rápida das vítimas – XABCDE
modificar o aspecto dessas lesões.

• Orifício de saída
– Tem um aspecto estrelado, sem área de abrasão.
3 perfurações podem não
significar 3 tiros!

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• As enchentes são as principais causas de


Incidentes com múltiplas
catástrofes naturais no mundo.
Vítimas Como parâmetro de magnitude, consideramos
• são aqueles que apresentam desequilíbrio acidente com múltiplas vítimas aqueles
entre os recursos disponíveis e as • As catástrofes provocadas pelo homem
eventos súbitos com mais de 5 (cinco)
necessidades, e que, apesar disso, podem ser são os acidentes com trens, explosões,
vítimas graves.
atendidos com eficiência desde que se adote incêndios, acidentes com materiais
a doutrina operacional protocolada. tóxicos ou radioativos, guerras, entre
outros.

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TRIAGEM Metodologia
• É um processo utilizado em situações onde a • A finalidade da metodologia é classificar
rapidamente as vítimas, de acordo com a
Triagem emergência ultrapassa a capacidade de prioridade de atendimento que necessita, em
resposta da equipe de socorro e para alocar função da maior ou menor gravidade de seu
recursos e hierarquizar o atendimento de estado geral e das expectativas de sobrevivência.
vítimas de acordo com um sistema de
prioridades, de forma a possibilitar o • Vantagens:
– Permite triar uma vítima em menos de um minuto;
Termo dado ao reconhecimento da situação e atendimento e o transporte rápido
seleção das vítimas por prioridades na cena – Utiliza diferentes cores para priorizar atendimento e
transporte.
da emergência.

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Métodos • Identifica as vítimas por critério de gravidade


com fitas coloridas ou etiquetas (tarjetas)
coloridas ou cartões de triagem.
• Os métodos de triagem devem ser:
❖ simples, objetivos, padronizados e rápidos; • Observa a respiração, perfusão e nível de
MÉTODO S.T.A.R.T. consciência.
Simple Triage and Rapid Treatment
❖adequadamente correlacionados com o estado Triagem Simples e Tratamento Rápido
geral dos pacientes e com o prognóstico de • Usa-se as cores:
evolução do mesmo; – Vermelho
– Amarelo
❖ facilmente aplicáveis por equipes adestradas. – Preto
– Verde

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Área de Triagem
Fluxograma • São os pacientes com:
– Choque;
– Amputações;
– Lesões arteriais;
– Hemorragia Severa;
– Lesões por inalação;
– Queimaduras em face;
– Lesão de face e olhos;
– Lesões intra-abdominais;
– Insuficiência Respiratória;
– Pneumotórax Hipertensivo
– Lesões extensas de partes moles;
– Queimaduras de 2º grau maior que 20% a 40%,ou de 3º
grau maior que 10 a 30%.

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• São os pacientes com:


• São os pacientes com:
– Fraturas; • São os pacientes:
– contusões;
– TCE leve, moderado; – em óbito;
– hematomas;
– Queimaduras menores; – múltiplos traumas graves;
– escoriações;
– Traumatismos abdominais e torácicos; – queimaduras de 2 e 3 grau extensas.
– pequenos ferimentos.
– Ferimentos com sangramento que necessitam
suturas.

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Cartão de identificação

IMPORTANTE
• A triagem consiste de ações simples e rápidas,
• Vítimas são todas as pessoas envolvidas no gastando no máximo de 60 a 90 segundos por
acidente e não apenas as que apresentam lesões
vítima.
ou queixas. Nunca deixe de identificar uma
vítima que deambula sem lesão aparente ou sem
queixa. • Alguns protocolos utilizam a cor cinza ao invés
da preta.
• No processo de avaliação contínua, ou melhor,
de reavaliação, muitas vítimas podem mudar de • O método S.T.A.R.T. pode ser realizado por
prioridade.
leigos e bombeiros, desde que treinados.

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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA X- HEMORRAGIA CONTROLE DE HEMORRAGIAS


EXSANGUINANTE NO APH- MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS
 No ambiente pré-hospitalar o controle de  https://ibraph.com.br/2020/02/28/controle-de-
PHTLS ATLS Hemorragia exsanguinante se constitui prioridade no hemorragia-no-aph-materiais-e-equipamentos/
 X- Hemorragia  A- Vias aéreas com atendimento. A contenção da hemorragia se dá por
exsanguinante; controle da coluna 3 ações que são sequenciais:
cervical
 A- Vias aéreas com  Compressão direta
controle da coluna  B- Respiração
cervical  Curativo compressivo
 C- Circulação
 B- Respiração  Aplicação de torniquete
 D- Exame Neurológico
 C- Circulação
 E- Exposição com
 D- Exame Neurológico controle de hipotermia
 E- Exposição com
controle de hipotermia

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A – VIAS AÉREAS COM CONTROLE


OBSTRUÇÃO DE VIAS TRATAMENTO
CERVICAL
AÉREAS
• Uma via aérea obstruída pode indicar morte • Inconsciência;
encefálica ou dano cerebral irreversível;
• Choque hipovolêmico;
• Em pacientes inconscientes, o relaxamento da
musculatura submandibular pode causar • Corpos estranhos; • Estabilização simultânea da coluna cervical
obstrução de VAS por queda da língua; • Trauma direto nas vias aéreas; • Obstrução das vias aéreas (língua)
• Manobra de Tração da mandíbula- Jaw Trust
• Queimaduras em vias aéreas; • Elevação do mento – Chin Lift
• Quase afogamento.

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VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS


TRAÇÃO DA MANDÍBULA CHIN LIFT
• Cânula Orofaríngea
• Cânula Nasofaríngea
• Máscara de bolso
• Máscara-bolsa-reservatório
• Combitubo
• Máscara Larígea
• Intubação endotraqueal
• Cricotireoidostomia

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RMC CERVICAL
• O ATLS passa a adotar a regra Canadense
para a retirada do colar cervical: paciente
RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO consciente, glasgow = 15 e sem dor, já pode
DA COLUNA CERVICAL tirar o colar cervical;

• Colar cervical adequado


– Limitação da flexão 90%
– Limitação da extensão 100%
– Limitação da flexão lateral e rotação 50%
• Tamanho adequado para evitar extensão ou
flexão

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B - RESPIRAÇÃO C - CIRCULAÇÃO C - CIRCULAÇÃO

• Instalar O2 úmido por máscara de Venturi 12 • Envolve avaliação para sinais de perda sanguínea: • Os procedimentos de reanimação
l/min; • Procurar sinais de hipovolemia; estão voltados para restabelecer os
• parâmetros vitais;
• Preparar para procedimentos de emergência Taquicardia;
• Acesso venoso único com jelco 18;
como punção torácica e drenagem de tórax; • Palidez;
• Infusão rápida de cristalóides aquecidos;
• Sudorese;
• Colher amostras de sangue para tipagem;
• Hipotensão; ATLS, 10 ed
• Oligúria;

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C-CIRCULAÇÃO C-CIRCULAÇÃO ESTADO DE CHOQUE

– Uso do ácido tranexâmico; • É caracterizado pelo estado de hipoperfusão


– Transfusão maciça: definido como 10 U de concentrado de
hemácias em 24 horas ou 4 unidades em 1 hora. A regra de reposição tecidual;
• Não se recomenda grandes volumes de cristalóides – 3:1 (perdidos/reposto) passar a ser 1:1:1, orientando a transfusão
até 1000 ml no adulto; precoce; • Está classificado em hipovolêmico,
• Avaliar necessidade de transfusão maciça; – Os profissionais devem fazer uso do tromboelastograma para guiar a
 Considerar em hipotensão permissiva em pacientes transfusão e uso do ácido tranexâmico; cardiogênico e distributivo;
sem sinais de hipertensão intracraniana; – Laparoscopia é recomendada no trauma penetrante;
– Lavado peritoneal em segundo plano, porém não excluído, devido à • No trauma todo choque á considerado
 SITUAÇÕES ESPECIAIS: CRIANÇAS, GESTANTES E adoção crescente do FAST;
IDOSOS. – Fratura pélvica com choque hipovolêmico possui indicação de hipovolêmico até prova em contrário;
arteriografia;
ATLS , 10ed

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CHOQUE HIPOVOLÊMICO D – EXAME NEUROLÓGICO

• Taquicardia; • Escala de coma de glasgow;


• Palidez; 1. Abertura ocular;
• Sudorese; 2. Melhor resposta verbal;
• Hipotensão; 3. Melhor resposta motora;
• Oligúria; Avaliação pupilar
• Alterações da consciência: confusão, O escore de glasgow varia de 1 à 15 pontos.
sonolência, coma; • Avaliação pupilar.

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RESTRIÇÃO DO MOVIMENTO NEXUS E - EXPOSIÇÃO


DA COLUNA
 Decisão de restrição do movimento baseada na
pessoa. • Expor o paciente para pesquisar
 Existem alguns critérios de regras de decisão: CCR,
NEXUS, MARSHALL lesões,prevenindo hipotermia;
• É importante que o paciente seja avaliado em
região anterior e posterior;
• Fluídos aquecidos;
• Ambiente aquecido;
• Utilizar cobertores e mantas térmicas

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REANIMAÇÃO AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

• Corresponde às intervenções realizadas para • Na avaliação secundária o exame


estabilizar o quadro clínico do paciente: pormenorizado é realizado para diagnosticar
• Acesso venoso; lesões não encontradas na avaliação primária;
• Cricotireoidostomia;
• Drenagem de tórax;
• Pericardiocentese;
• Lavagem peritoneal diagnóstica.

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MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO TRATAMENTO DEFINITIVO


SAMPLE CONTÍNUAS
• Após a estabilização o paciente deve ser • Envolve o tratamento definitivo do paciente que
 Sintomas; monitorizado e avaliado constantemente; pode ser clínico ou cirúrgico;
 Alergias; • Instalar monitorização cardíaca, oximetria de pulso, • Dependendo do quadro o paciente fica em
 Medicações; PVC, débito urinário; enfermaria ou unidade de tratamento intensivo;
 Passado Médico; • Reavaliar continuamente sinais vitais, escore de
 Líquidos e alimentos ingeridos; glasgow, diurese, SPO2; • Deve ser realizado preparo adequado para
transferência do paciente para setor especializado;
 Eventos relacionados com trauma. • A avaliação contínua é essencial para identificar
alterações no quadro clínico precocemente.

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TRANSFERÊNCIA DE REFERÊNCIAS
CUIDADO
 Quando transferir para o tratamento definitivo? utilizar
o mnemônico SBAR: Situation, Background,
Assessment, Recommendation.

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