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História contemporânea, história recente e história do tempo presente

"História contemporânea", "história recente" e "história do tempo presente" são


termos que muitas vezes são usados de maneira intercambiável, mas também podem ter
nuances específicas dependendo do contexto e da abordagem historiográfica. Aqui estão
algumas definições geralmente aceitas para cada um desses termos:
História Contemporânea:
 Período: Geralmente, refere-se aos eventos e desenvolvimentos que ocorreram a partir
do final do século XVIII ou do início do século XIX até os dias atuais.
 Enfoque: Tradicionalmente, a história contemporânea pode abranger eventos
importantes como a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, as Guerras Mundiais, a
Guerra Fria e todos os acontecimentos subsequentes até o presente.
 Perspectiva: Pode variar dependendo do autor e da região, mas a história
contemporânea muitas vezes se concentra em eventos globais, políticos, sociais,
econômicos e culturais significativos que moldaram o mundo moderno.
História Recente:
 Período: Este termo é mais vago e flexível, mas geralmente refere-se a um período
relativamente curto antes do presente.
 Enfoque: Pode se concentrar em eventos específicos que ocorreram nas últimas
décadas, dependendo do contexto. Por exemplo, em 2024, "história recente" poderia se
referir aos eventos das últimas duas ou três décadas.
 Perspectiva: A história recente muitas vezes está mais próxima do presente do que a
história contemporânea, e os historiadores que a estudam podem enfrentar desafios
adicionais devido à disponibilidade limitada de fontes primárias.
História do Tempo Presente:
 Abordagem: Este termo é frequentemente associado a uma abordagem específica na
escrita histórica que se concentra em períodos muito recentes, muitas vezes marcados
por um interesse na memória, testemunhos e na análise de eventos ainda em
andamento.
 Perspectiva: Os historiadores do tempo presente muitas vezes buscam compreender
eventos contemporâneos enquanto eles acontecem, examinando como a sociedade
lida com esses eventos e como eles afetam a percepção do passado, presente e futuro.
Em resumo, esses termos estão interligados, mas cada um pode enfatizar diferentes
aspectos temporais e metodológicos na abordagem dos eventos históricos.
Questões epistemológicas, teóricas e metodológicas, deontológicas
As questões epistemológicas, teóricas, metodológicas e deontológicas são
fundamentais em várias disciplinas acadêmicas, incluindo a história, a filosofia, a ciência e
muitas outras. Abaixo, vou fornecer uma breve explicação de cada uma dessas categorias:
Questões Epistemológicas:
 Definição: Epistemologia refere-se ao estudo do conhecimento, suas origens, natureza,
limites e justificação.
 Perguntas Epistemológicas na História: Como podemos conhecer o passado? Quais
são as fontes confiáveis? Qual é a natureza do conhecimento histórico? Como lidamos
com a subjetividade e a interpretação na construção do conhecimento histórico?
Questões Teóricas:
 Definição: A teoria envolve a formulação de conceitos e princípios gerais que explicam
e organizam fenômenos observados.
 Perguntas Teóricas na História: Quais são as teorias que explicam os padrões
históricos? Como os eventos são relacionados entre si? Qual é a importância das
estruturas sociais, políticas ou econômicas na explicação dos acontecimentos
históricos?
Questões Metodológicas:
 Definição: Metodologia refere-se aos métodos ou abordagens usadas para coletar e
analisar dados.
 Perguntas Metodológicas na História: Como devemos abordar a pesquisa histórica?
Quais métodos de análise são apropriados para diferentes tipos de fontes históricas?
Como lidamos com lacunas nas fontes?
Questões Deontológicas:
 Definição: Deontologia refere-se à ética ou ao estudo do dever moral.
 Perguntas Deontológicas na História: Quais são as responsabilidades éticas dos
historiadores para com suas fontes e o público? Como lidamos com viés cultural ou
político? Qual é a responsabilidade do historiador em relação à honestidade
intelectual e integridade acadêmica?
Essas categorias estão inter-relacionadas, e os historiadores frequentemente
enfrentam desafios ao equilibrar questões epistemológicas, teóricas, metodológicas e
deontológicas em suas pesquisas. A abordagem escolhida em cada uma dessas áreas pode
influenciar significativamente a interpretação e a compreensão dos eventos históricos.
Periodização, transformações e permanências, convergências e discrepâncias
Esses termos são conceitos fundamentais no estudo da história e ajudam a estruturar
a análise temporal e a compreensão das mudanças e continuidades ao longo do tempo. Aqui
está uma breve explicação de cada um deles:
Periodização:
 Definição: A periodização refere-se à divisão da história em períodos distintos com
características específicas. Cada período pode ser marcado por eventos,
desenvolvimentos sociais, culturais ou políticos significativos.
 Importância: A periodização facilita a organização e análise da história, permitindo que
os historiadores identifiquem padrões, mudanças e continuidades em diferentes
épocas.
Transformações e Permanências:
 Transformações: Refere-se a mudanças significativas ao longo do tempo em diferentes
aspectos da sociedade, como tecnologia, cultura, economia, política, etc.
 Permanências: Indica elementos ou características que permanecem relativamente
constantes ao longo do tempo, mesmo diante de transformações. Esses podem incluir
valores culturais, instituições duradouras ou estruturas sociais fundamentais.
Convergências e Discrepâncias:
 Convergências: Refere-se a fenômenos que se aproximam ou se unem ao longo do
tempo. Pode incluir a convergência de culturas, ideias políticas ou desenvolvimentos
econômicos em direção a um ponto comum.
 Discrepâncias: Indica divergências ou diferenças significativas entre diferentes regiões,
grupos sociais ou períodos históricos. Essas discrepâncias podem envolver
desenvolvimentos econômicos desiguais, divergências culturais ou disparidades
políticas.
Ao analisar a história, os historiadores frequentemente consideram como esses
conceitos interagem. Por exemplo, podem examinar como as transformações em uma
determinada época podem influenciar as permanências, como as convergências podem surgir
de transformações comuns, ou como discrepâncias regionais podem persistir apesar de
algumas tendências globais.
Esses conceitos são ferramentas importantes para os historiadores compreenderem a
complexidade do passado, ajudando a identificar padrões e a explicar como as sociedades
evoluíram ao longo do tempo.
As duas etapas do pós-Guerra Fria no contexto do sistema de relações
internacionais
O pós-Guerra Fria, que começou aproximadamente no início da década de 1990 com
o colapso da União Soviética, pode ser dividido em duas etapas distintas no contexto do
sistema de relações internacionais. Essas fases refletem mudanças significativas na dinâmica
global, na distribuição de poder e nas questões geopolíticas. As duas etapas são
frequentemente descritas como a "unipolaridade" e a "multipolaridade".
Unipolaridade (início dos anos 1990 até meados dos anos 2000):
Características:
- Os Estados Unidos emergiram como a única superpotência global, com uma
vantagem militar, econômica e política esmagadora.
- O mundo testemunhou um aumento significativo da influência dos valores
democráticos e do liberalismo econômico.
- As organizações internacionais, como a ONU, foram frequentemente dominadas
pelos interesses e ações dos Estados Unidos.
- Intervenções militares lideradas pelos EUA em diferentes partes do mundo,
como na Guerra do Golfo Pérsico em 1991 e na Guerra do Kosovo em 1999.
Eventos Importantes:
- Colapso da União Soviética em 1991.
- Unificação da Alemanha em 1990.
- Expansão da OTAN para o leste.
Multipolaridade (meados dos anos 2000 em diante):
Características:
- Surgimento de novos centros de poder, incluindo o fortalecimento da China e a
recuperação da Rússia como atores globais importantes.
- Crescimento econômico em países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e
África do Sul, contribuindo para uma distribuição mais equitativa de poder.
- Aumento da importância de organizações regionais e acordos bilaterais em
detrimento da influência unipolar.
- Desafios à hegemonia dos Estados Unidos em várias questões, como segurança,
comércio e mudanças climáticas.
Eventos Importantes:
- Ascensão econômica da China como potência global.
- Crise financeira global de 2008, que afetou a economia ocidental.
- Ações assertivas da Rússia, como a anexação da Crimeia em 2014.
- Crescente importância de organizações como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul).
Essas duas fases refletem uma transformação significativa no equilíbrio de poder e
nas dinâmicas globais, influenciando as relações internacionais até os dias atuais. Vale ressaltar
que o cenário internacional é complexo e dinâmico, e as mudanças continuam a ocorrer,
moldando a natureza das interações entre os Estados e atores não estatais.
Pós-Guerra Fria
Final da Guerra Fria:
 Dividida em 2 partes
2001: Mudanças em termos simbólicos
2ª fase da Guerra Fria
Fatores de crise:
 Crise diplomática e militar:
o Envolve as 2 potencias globais (EUA e Rússia)
o Dificuldade de independência de alguns Estados (como a Catalunha)
 Crise demográfica:
o Circulação de população
o Redução de população
 Crise ambiental:
o Desequilíbrios ambientais que permitem a vida na Terra 
Acumulação de resíduos químicos
o Escassez de recursos não renováveis (petróleo, gasolina, etc.) 
Ausência de fornecimento
o Poluição  Mais fácil de resolver nos países mais desenvolvidos
(mexe com as desigualdades e escassez de recursos)
Estes fatores só poderão ser resolvidos se se fizer/resolver em conjunto, senão pode
existir consequências mais graves do que as que já estão a existir.
Brasil tem a agricultura mais eficaz do mundo, sem precisar de recursos de
agrotóxicos.

 Crise económica e social: Não é tão importante/grave como se pensa, apenas


em países de regime ditatoriais ou nos que não se conseguem desenvolver
o Instrumentos de avaliação para medir
o 1945-1980’s: Mediam de acordo com o Modelo Gatt nos países
desenvolvidos. Nos países menos desenvolvidos eram feitos por
pessoas próprias.
o 1991-Presente: Adotaram a Teoria Económica e Globalização do
Comércio  Pressupõe o crescimento económico de países menos
desenvolvidos, como a China, o Brasil, etc.
Apesar do crescimento em países menos desenvolvidos, trouxe consequências
negativas nos países mais desenvolvidos, como a dificuldade de encontrar emprego, etc.  A
classe média está a viver com mais dificuldades
Os países menos desenvolvidos poderiam aproveitar/beneficiar deste crescimento
económico, caso contrário tornavam-se países fracassados. Ex:. Guiné-Bissau.
O Brasil e a China conseguiram tornar grande parte da sua população pobre para
classe média  Melhores condições de vida atualmente do que antes de 1991.

 Crise cultural:
o Identidades ignoradas
o Regimes ditatoriais e partidários
o Dentro de um único grupo, os diferentes têm de se agrupar nesse
grupo
o Ser obrigado a assistir a um só tema cultural, como nos teatros
o Luta pelos direitos de outras pessoas/géneros/culturas. Ex:
Feminismo
Cada grupo isola-se. Não há sociedade, porque nem todos se identificam com um
único vetor, devido às diferenças culturais e dificuldades de aceitação das mesmas.
Não tornar os fatores de agregação em grandes dimensões.
Estes fatores de crise existem para as pessoas estarem conscientes dos problemas
que existem, no entanto não é fácil resolver estas questões, porque as pessoas não conseguem
se comunicar entre si e chegar a um acordo.
A cultura é a representação da realidade e acaba por influenciar a maneira como
encaramos outros fatores de crise.
Tem sido produzido conhecimento sobre várias perspetivas sobre estes fatores.
Há dificuldade de transmitir conhecimentos para a realidade, de forma a demonstrar
resultados eficazes para combater a longo prazo.
Sobre a crise social e económica, há a dificuldade de fazer leituras concretas sobre os
problemas existentes. Não há propostas de solução. Ex: Crise de 2008
As grandes escolhas são feitas a partir de diagnósticos. Diagnósticos esses que não
são divulgados, o que dificulta a compreensão dessas mesmas escolhas e, logicamente,
soluções.
Fugas em frente  Negociações de negociações
Estes fatores, se não forem resolvidas, poderão regredir radicalmente (caso Guerra
Nuclear ou Colapso Ambiental)
Caracterização e visão durante a Primeira Parte da Guerra Fria
As soluções adotadas são adaptadas às condições e adaptação da espécie humana.
Soluções emergidas após 1991
Humanidade organizada politicamente  Regimes democráticos
 Participação das pessoas na vida política
Regime democráticos:

 Origem nos EUA que propõem:

o Alargar toda a Humanidade

o Corresponde às características do Homem

 EUA não consegue encontrar forças por não adotar um único regime político.
Economia capitalista e globalização regular:
 Forma menos bloqueadora
 Natureza do Homem: competitivo
 Competir e cooperar
 Partir do princípio de que só havia uma forma de organização económica
 Monetarista  os Estados devem intervir
 Única e verdadeira existente
 A princípio todos aderiram a isto
 Forma de governar o capitalismo em países capitalistas
Relações internacionais deve ser com uma única potência dominante/sistema
monopolizar governado por vários  criados pelos EUA já com a ideia de serem eles a
controlar
Estas soluções aludem que deveria haver uma potência (EUA) a controlar os
desequilíbrios existentes.
Regime democrático em que as populações têm o poder de escolha.
Teoria: Sistema Monopolar, mas não unilateral  Relação entre todos, mas para
reconhecer que alguns têm a capacidade de governarem por si próprios.
Estas características não se verificaram a longo prazo
O capitalismo agravou, em alguns países; não ajudou nos problemas ambientais;
demasiadas decisões unilaterais/multilaterais.
Período de esperanças
Afirmação destas configurações corresponderiam à identidade da Humanidade
A palavra “Globalização” não é o termo certo para se tratar de assuntos como este.
Nota/Curiosidades:
 As Teorias da Conspiração iludem a população de que fazer X coisa irá resolver os
problemas existentes na sociedade onde vivem. Ex: Erradicar os Judeus na
Alemanha (Segunda Guerra Mundial)
 País beligerante: País que toma decisões, a nível internacionalmente, que acarreta
consequências.  Fatores de Globalização
Papel do Historiador: Caracterizar estes problemas e estes períodos.
As Ciências Sociais deveriam produzir conhecimento/regras com que todos aceitem
para erradicar os problemas existentes na(s) sociedade(s).
Pode-se intervir nestes processos de produção de conhecimento (s) para não se sentir
(tanto) as consequências da sua divulgação.
Características da Guerra Fria (pós) – Pilares que assentou o Mundo após
a Guerra Fria
Democracia: Único regime adotado na maioria dos países
Quer as ditaduras comunistas, quer as ditaduras apoiadas pelos países orientais,
passaram, após a Guerra Fria, a adotar a Democracia como regime político do país. Ex: Brasil,
em 1995 acaba com a ditadura e adota a Democracia; Taiwan, dois regimes, mas consegue se
desenvolver economicamente.
Esta crescente adoção da Democracia não se manteve, porque os regimes estavam
incompletos e não cumpriam com os valores de um regime democrático, como a não adoção
do sufrágio eleitoral adotado por todos.  Faz com que seja um regime demo-liberal, como os
EUA e o Reino Unido.  Se o Primeiro Partido, que tem 35 representantes, votar/eleger a
favor de um outro regime, os outros dois partidos (com 20 e 25 representantes,
respetivamente) deixam de ter “voz” /poder de decisão, porque é com a decisão do 1º que se
decide tudo o resto.  Leva a que o regime democrático não seja justo e aplicado, segundo os
próprios valores e indicações.
Separar a crise institucional: Tribunal ou as Forças Armadas (= Golpe de Estado)
Nos países com monarquia, o rei não pode intervir nas decisões parlamentares,
senão retira o objetivo/consolidação do regime democrático.
As transições, após 1991, provocam alterações e degradação na vida das populações,
o que provoca descontentamento e pode levar abaixo o regime democrático (Fator de apoio
internacional  Não conseguem dar resposta às necessidades da(s) população (-ções) do
país(es) e pode levar à instauração da Ditadura (Ex: Rússia – Privatização de tudo; falta de
apoio dos países ao redor para consolidar o regime democrático. Outros casos, como a
Polónia, o regime democrático teve apoio, mas esqueceram-se de levar em conta a
qualidade de vida da população).
1º Pilar: começou a existir (com o colapso da União Soviética), mas não se consolidou
 Crise do Regime Democrático.
Hegemonia
Hegemonia absoluta dos EUA
Alemanha: maior potência relevante da Europa, porque o Reino Unido e a França
não têm capacidade para se tornarem em potências relevantes.
EUA: Unipolar e multilateralmente  Formas de estruturação do Governo
 Último país ocidental que viu que Portugal não estava fadado a ter um
regime comunista e que colocava a hipótese de intervir militarmente.
 Decidia como se intervia governativamente: unilateral ou multilateral
 Regime autoritário que poderia se transformar em ditadura (não aconteceu)
Rússia: não perdeu território, mesmo após a queda/colapso da URSS. Continua a
controlar os territórios à sua volta e os seus recursos naturais.
Carácter unipolar não chegou a se consolidar.
Presente: Multipolar  Governativamente
Muitos polos multilaterais que podem se transformar em potências mundiais são
países onde existe o regime democrático ou que podem evoluir para tal.
Hegemonia do capitalismo
Economia mundial
Aplicação do modelo “Globalização não regulada”: uso da abertura total dos
mercados
Única forma de relações económicas do Mundo
Dois países onde não acontece: Coreia do Norte e Cuba
Em alguns países, como o Brasil e a China, não aplicaram em si próprios este modelo.
Adotaram um modelo económico estruturalista.
Houve um alargamento mundial desta economia, mas nem todos os países
governaram segundo o modelo monetarista (capitalismo) e mantiveram o modelo
estruturalista até aos finais de 2008.
Nos países onde foi mais positivo, foi nos países emergentes. Há países em que não
foi bem aceite pela população (classe média-baixa) por haver demasiado ofertas para os
migrantes e não para a própria população.
O monetarismo não conseguiu manter o capitalismo, havendo uma (grande) crise.
O Brasil é um país emergente, mas que ainda tem muitos problemas a resolver.
Outro exemplo é o México que já tem capacidade governativa própria, mas que ainda existem
muitas desigualdades sociais.
Mesmo nos países capitalistas desenvolvidas há muita tensão
Houve o período inicial pós-guerra fria em que houve desenvolvimento, mas após
começaram a surgir problemas.  Isto leva a um fenómeno pós-modernismo.
Toda a produção cultural foi afetada pela transição irracional – deviam pensar em
modelos melhores que os anteriores – (para, supostamente, regimes e modelos governativos
melhores) em momentos de crise.
A forma que escolheram governar após a Guerra Fria é muito parecida com o que
aconteceu após a Primeira Guerra Mundial.

Características do pós-Guerra Fria


Afirmação e crise das afirmações políticas:
Brexit
Exemplos de indecisões políticas
Guerra na Ucrânia
Conceitos importantes:
Democracia é algo rigoroso
Direitos Humanos
Multilateralismo
Processos de integração subcontinental
Democracia:
Conjunto de possíveis horizontes, mas com soluções mínimas e comuns:
 Natureza jurídico-política tem de estar consagrada
 Sistemas eleitorais devem ser concorrenciais
 Liberdade de voto e representação dos votantes
 Reconhecer direitos económicos e sociais
As democracias não sobrevivem em países onde há pobreza extrema em grande
escala e grandes desigualdades sociais.
Não há democracia sem respeito pelos direitos político-jurídicos onde estão incluídos
todos os outros direitos.
Pressupõe um conjunto de equilíbrios.
Regime formalmente democrático, mas governado por um regime autoritário,
também constitui um fator de crise da democracia.
Regime democrático não sobrevive se a população não quiser mais a democracia no
seu país.
A democracia tem de ser moderadora.
A crise na democracia além de ser uma ameaça ao equilíbrio interno de um país,
também o é a nível mundial.
Direitos Humanos:
Historicamente condicionada, mas não são equívocos
Capacidade de afirmação individual é importante para que haja Direitos Humanos
Começam com natureza político-jurídico, mas que, depois, abrange todo o resto
Equilíbrio entre os Direitos Humanos garantem o respeito dos indivíduos e para com
eles.
Violação dos Direitos Humanos: Países que têm regime sólido que referem que os
países não o têm não são capazes de se governar.
Multilateralismo:
O multilateralismo é uma abordagem nas relações internacionais que envolve a
cooperação e coordenação entre múltiplos atores, geralmente estados, para resolver questões
globais, abordar desafios comuns e promover objetivos compartilhados. Ao contrário do
unilateralismo, onde um país age de forma independente, o multilateralismo pressupõe a
participação e a colaboração de várias nações.
Características do multilateralismo incluem:
 Cooperação Internacional: Envolve a cooperação entre diferentes países para abordar
problemas que transcendem as fronteiras nacionais. Essa cooperação pode ocorrer em
várias áreas, como comércio, meio ambiente, segurança, saúde e direitos humanos.
 Instituições Multilaterais: O multilateralismo muitas vezes se manifesta por meio de
instituições internacionais, como as Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do
Comércio (OMC) e outros fóruns internacionais, onde os países podem discutir e
negociar soluções para questões globais.
 Diplomacia Multilateral: Os acordos e tratados multilaterais são frequentemente
negociados e acordados por meio de processos diplomáticos que envolvem várias
nações. Isso visa garantir que as decisões sejam tomadas considerando diversas
perspectivas e interesses.
 Resolução de Conflitos: O multilateralismo é frequentemente invocado como meio de
resolver conflitos de maneira pacífica, envolvendo a mediação e a negociação entre
várias partes interessadas.
 Normas e Regras Compartilhadas: O multilateralismo muitas vezes implica a criação e
a adesão a normas e regras internacionais compartilhadas, estabelecendo padrões
globais para comportamento e cooperação
O multilateralismo é considerado por muitos como uma abordagem mais eficaz para
lidar com desafios globais complexos, pois reconhece a interdependência entre os países e
busca soluções que beneficiem a comunidade internacional como um todo. No entanto,
também pode ser desafiador devido às diferentes perspectivas e interesses nacionais
envolvidos.
Maneira como cada país se comporta
Como as relações internacionais se comportam
Ser aceito por todos para não criar conflitos.
Processos de integração subcontinental:
Brexit Exemplos mais recentes deste processo
Guerra na Ucrânia
Aspeto relevante do nosso tempo e estar em crise: Processos que chegaram ou não a
existir; Predominante em alguns países; Colocarem desafios que por alguns países, mas que
não conseguiram realizá-los, de forma multilateralista (pós Segunda Guerra Mundial e pós-
Guerra Fria).
A China será o único país a ter esta capacidade, por nem os EUA a tem.
Potência emergente: Índia  Pode atingir este patamar de ter a capacidade para
realizar estes processos.
Outros países que terão essa capacidade: Japão, Rússia e Brasil.
Outros países só terão esta capacidade se se juntarem:
 Criarem sinergias que permitem agir interna e externamente
 Veem-se dependentes das grandes potências
Resultou da conclusão de países de pequena e média dimensão:
 Cada vez mais, entre as grandes potências, havia uma grande rivalidade,
porque tinham de escolher qual a potência eleger para fazer a mudança
 Gera uma crise porque não conseguem coexistir uns com os outros.
Na América Latina não há este processo, tirando 4 países.
Subcontinente: América do Sul e Latina têm uma grande dependência com os EUA e
não conseguem optar por outra potência:
 Integração que não se realiza.
Rival da África do Sul não consegue fazer frente à Angola.
Os países da África do Sul subsariana são os que mais têm sofrido após a Guerra Fria:
 Existem outros fatores de rivalidade que impedem que consigam fazer este
processo de integração.
A China tem tido problemas neste processo devido à afirmação da Índia como outra
alteração de potência.
Se estes processos tiverem um formato multilateral, seria uma forma de libertar
estes pequenos e médios países das potências unilaterais:
 Porque se o mundo voltar a ver uma confrontação, como a Guerra Fria, pode
haver colapso, a menos que consigam completar estes processos.
Transformar os países em algo mais, sem perderem a sua soberania, estando
interligados a uma única liderança/potência, que seja capaz de ir ao encontro de todas as
necessidades (políticas, económicas e sociais) desses países.
Alternativas que resultem como avanço
Populismos (não é uma ditadura) autoritários: Governos em regimes democráticos
(se são democráticos, fala-se em ditaduras)
Difícil aplicar em todos os países, como a Argentinam, porque não conseguem
superar a crise dos anos 1960’s do séc. XX.
3 características importantes dos populismos:
 Considerar que os defensores são do povo; há elites (negativo: não
correspondem às características do povo) que protegem o país e estão
representados.
 Procuram obter resultados a curto prazo, mesmo que não tragam resultados
a alto e médio prazo  a curto prazo resultam, mas a médio e longo não.
 Despreza todos os mecanismos de ligação dos regimes democráticos  não
têm a tentação de desligar os mecanismos, podendo passar a ditaduras. Ex:
Polónia.
O populismo afeta o país mais poderoso do mundo: EUA:
 É do seu interesse apoiar países com regime democrático
 Oscila entre esta solução e outras  pode levar a ditadura
Ditaduras:
 Há dificuldade de definir ditadura, devido ao tempo que estão integradas e
consoante as dificuldades do país.
 Não é só no presente que a realidade é multifacetada, antes já o era
também.
 Tem de ser um regime ideologicamente coerente.
 Ditaduras de hoje: 4 tipo  Ditaduras totalitárias e autoritárias. Ditaduras de
extrema-esquerda e de extrema-direita.
 Manutenção ou alteração da sociedade
 Mudança de mecanismos de controlo.
Crise da legitimidade e noção dos DH: líderes que violam os DH nos seus países 
Acontece (frequentemente) ao longo das últimas décadas. Defendem que esta violação dos DH
é “justa e precisa”. Ex: Irão e a questão da religião.
Tempo Presente: Marcado pela relação dos DH. Violação dos DH  Defesa dos DH
que está em causa.
Atualidade: Países com capacidade militar e política cada vez mais estão a intervir
nas questões mundiais. Ex: EUA com a guerra da Ucrânia.
As regras de intervenção têm de ser mudadas, caso contrário, esses países começam
a violar os DH e condenam/castigam injustamente:
 Consideram a noção de DH
 Impõem novas regras que lhes convém
Violação dos DH: Nem sempre têm a mesma natureza. Micro e macro violações.
Nem todas as violações são a mesma coisa  nem sempre são responsabilidade das
sociedades civis (em casos concretos):
 O Estado deveria ter a capacidade de intervir, no pensamento de muitos
líderes / pessoas O Estado não consegue e não deve vigiar estes
contextos.
 Violação dos DH por não se interessar
 Ou seja, o Estado deveria intervir
 Discriminação (violência de massas ou genocídio)
Importante: Identificar e enquadrar os DH que estão a ser violados e arranjar
soluções para que essa violação termine:
 Legislação: criada para incentivar a sociedade a evoluir. Serve como termo
de referência/ideal. Não é a solução.
 Arranjar soluções para que os DH coexistam sem serem, diretamente,
violados.
Quando se fala no Tempo Presente em violação dos DH tem-se de se sobrepor ao
mesmo nível (os DH e igualdades juntas, para que não sejam violados)  1ª Perspetiva.
É importante que se consiga manter a diferenciação  2ª Perspetiva.
Maneira, no debate político, como se usa o termo “genocídio”, sendo que este é o
pior crime que a Humanidade pode usar contra sim torna banal este termo  Usado
incorretamente, porque o termo mais correto é “violência de massas”:
 É importante não confundir os dois termos, porque pode confundir a análise
da realidade.
A violação dos DH, infelizmente, já foi historicamente aceite.
Enquanto cidadãos devemos fazer escolhas e acarretar com as consequências.
Enquanto historiadores deve se analisar essas escolhas e essas consequências.
As sociedades democráticas são demasiado concretas e se os cidadãos deixam de se
importar a vários níveis (como socialmente) – esta sociedade ruirá.
Crise do unilateralismo e volta ao multilateralismo
Unilateralismo: Unilateralismo refere-se à ação ou política de uma nação tomar
decisões e realizar ações de forma independente, sem a necessidade de consultar ou colaborar
com outras nações.
Quando as relações estrangeiras se regem pelo nacionalismo.
Implica a reorganização das relações internacionais baseados num modelo com base
em grandes potências  Controlados pelas potências
A 1ª e a 2ª Guerras Mundiais ocorreram devido às relações internacionais estarem
organizadas desta maneira (nacionalismo).
Nacionalismo: O nacionalismo refere-se a uma ideologia ou movimento que enfatiza
a importância da identidade nacional, lealdade e interesse de uma nação. Ele se baseia na
crença de que os indivíduos que compartilham uma história comum, cultura, língua ou
território devem formar uma comunidade política unificada e soberana. O nacionalismo pode
se manifestar de várias maneiras e ter diferentes conotações, podendo ser positivo ou
negativo, dependendo de como é expresso e implementado.
Regresso ao nacionalismo: só pode acontecer em sociedades que desejam
genocídios, porque não se lembram vivencialmente do que aconteceu da última vez que foi
imposto nacionalismo no seu país.
Nacionalismo assoberbado e com pequenas potências já provou, historicamente, que
não funciona, provocando MILHÕES de mortos, sempre que é aplicado. Ex: 2ª Guerra Mundial
 Atualmente: tem-se noção que este tipo de organização não é eficaz, senão já teria existido
a 3ª Guerra Mundial.
Exemplos atuais de nacionalismo: Rússia e Israel  Mesmo Discurso!
Países como a Alemanha e o Japão têm aumentado o seu armamento militar, porque
os EUA estão a perder a capacidade de liderar o resto do Mundo. E, por isso, estão a se
preparar para assumirem o seu cargo.  Se a Alemanha continuar a investir no seu
armamento, daqui a 10 anos (mais ou menos) será o país mais bem armado da Europa 
Possibilidade de voltar ao nacionalismo e provocar, de novo, consequências gravíssimas para a
população e causar uma nova Guerra Mundial.
Brexit e a Guerra na Ucrânia são exemplos desta crise.
Brexit:
 Antes (até ao séc. XX) o Reino Unido foi a maior potência do mundo
 Ter o direito de sair de uma organização internacional
 3 pressupostos:
o Britânicos decidiram quem vive no seu território  Falso! Nunca
assinou o Tratado de Schengen. Os emigrantes são de países fora da
EU, são das antigas colónias  Não tinham nada a ver com a
Inglaterra estar na EU  Relação de proximidade com países que
nasceram das colónias.
o Não queria ser comandada pela Alemanha  Maior parte das
decisões só avançam se todos da UE votarem a favor  Reino Unido
já vetou contra algumas das decisões  Falso! Reino Unido nunca
teve sob a Alemanha.
o Todos os problemas sociais do Reino Unido são porque Bruxelas não
deixa que melhorem a sua situação  Mentira! Foi o que mais
influenciou nas decisões da UE por ser ou ter sido uma grande
potência.
 Desde que saiu da UE, o Reino Unido perdeu a sua relevância nas economias
mundiais
 Conflitos partidários; levou que se decidisse que o Reino Unido devesse sair
da UE  Os votos para sair da UE foram feitos por pessoas que já não
trabalham e pelo Partido Trabalhista (partido conservador)
 Com isto, precisam de migrantes para atenuar faltas em alguns setores,
como a enfermagem
 Processo de decisão ocorrido no país mais poderoso durante séculos.
 Mais influenciou a economia europeia desde que entrou na UE, mas os
ingleses nunca admitiram e culpavam outros (como a França)
 Se as suas empresas não tiverem contactos europeus fecham  Grande erro
de saída da UE.
Guerra na Ucrânia:
 Processo de democratização que não acabou, foi o único exemplo de um país
que está encostado a outro país que não se democratizou
 2014: Intervenção pacífica que interrompeu a escalada para a
democratização
 Pedido de intervenção da NATO:
o Tem contacto com todos os países
o Sofreu a maior violência de genocídio da Grande Fome de 1930’s
 Em países que aconteceu grandes genocídios, têm o direito de invocar a
situação de se defender de países que os querem dominar, como na altura
desses genocídios.
 Mete em causa a hegemonia russa.
 Importante motivação democrata sem a intervenção das formas armadas
Dois exemplos que os problemas de organização traz inúmeras consequências  O
mesmo pode ser dito da situação entre Israel e Palestina.
Questões de evolução da humanidade (políticas relacionadas com a
economia)
As questões da evolução da humanidade são questões muito técnicas:

● Análise dos fenómenos sociais e económicos

● Não há economia sem relações sociais e vice-versa

É uma forma de escapar sobre o que tem evoluído


Mais mudanças tem-se demonstrado desde o fim da Guerra Fria

Quando há capitalismo não há mais nenhuma outra maneira de governar 🡪

justificação para o facto de não se falar nas questões sociais


Em muitos países e na forma como funciona a economia global, o período pós-guerra
fria ocorreu a substituição da relação com a economia:

● Nos últimos anos tem sido revertida esta relação


● 1990-2020: Teoria dominante 🡪 Teoria monetarista: retor da

regulação da oferta monetária. A economia funciona quanto menos


for a retenção pública.
Sem a regulação pública, os mercados atingirão o monopólio publico
(apenas 1 empresa existirá). Em termos internacionais, dependerão desta
regulação para se desenvolverem economicamente para sustentarem os
países mais desenvolvidos.

Hegemonia até aos anos 1980’s


Objetivos da Teoria Económica:

● Desmantelamento do Estado-providência:

o considera que o capitalismo não é a melhor forma de organização.


o Regula mecanismos e interesses do capitalismo

o Correlaciona Estado com a atividade política 🡪 maximiza a riqueza

🡪 não pode ser feito sem a intervenção do estado

o Considera que o Monopolismo seja mantido no controlo

● Desmantela todos estes pressupostos

● Recusa da mudança

● Aplica-se esta mudança a todas as economias capitalistas pós-guerra-fria

o Exceção de Cuba e Coreia do Norte (não são países capitalistas)


o Exceção positiva na China e no Brasil (conseguem se desenvolver
sem recorreram a economias capitalistas)
o Em países de disfunção social, ou seja, em países “falhados”
mantém um controlo absoluto da economia, porque querem
governar a economia para poderem ter armamento militar e para

praticar a corrupção 🡪 Ex: Rússia

Economia global de 1990 – Atualidade: países aplicaram medidas para evoluir em


termos económicos e sociais, enquanto outros não foram capazes e a sua população não
consegue evoluir e há muitas disparidades entre ricos e pobres

Tornam-se países falhados

Transformação da economia à melhoramentos a vários níveis


As mudanças ocorreram devido à integração da Teoria económica Estruturalista.
Teoria económica estruturalista:

● Base em países como o Brasil e a China, de afirmarem as suas economias

● As economias subdesenvolvidas estão em bloqueio (não funcionam como

era suposto) e precisam de intervenção (ainda mais) do Estado para as


assegurar

● Ideia de que, mesmo sendo capitalista, é preciso haver mudanças, senão

não pode ser aplicado o capitalismo

● Países exemplos: Coreia do Sul e Norte; Taiwan

Apoiada para deixar de ter ditadura para ter economia


desenvolvida

● Funciona em países ditatoriais com economias subdesenvolvidas que

querem passar a ser capitalistas com economia desenvolvida

● Não ocorreram mudanças só a nível económico, mas também nos outros

níveis, em países que adotaram esta teoria


Principais mecanismos de transformação que ocorreram neste período (pós-guerra
fria)

● Transformações tecnológicas:

o Não são uma forma de governação tecnológica


o Instrumentos que podem ser utilizados de diversas formas
o Não impõem formas de mudança

● Desregulação a nível interno e nas relações entre países:

o Normas que previam mudanças de leis


o Diminuição das capacidades de regulação

● Criação de determinados vetores de economia em que funciona a escala

global:
o Os indivíduos não têm capacidade para colocar a economia a
funcionarem escala global:

▪ Sem capacidade de compreenderem os fenómenos que

podem surgir destes vetores

▪ Dificuldade em consolidar novos governos que adotem novas

políticas

● Deslocação da atividade produtiva:

o Nunca aconteceu tao grave como agora, porque atinge uma escala
global
Consequências deste programa (teoria estruturalista) em países
subdesenvolvidos
Crescimento económico, mas houve a degradação da qualidade de vida das
populações e não conseguiram se tornar em países emergentes:

● Estavam a ser acompanhados para que pudessem sair da pobreza

Indicadores para se tornarem em países emergentes:

● Alteração da tendência de pobreza

● Melhoramento das condições de vida

Estas consequências não se tornaram logo visíveis porque foram analisados como
processo ao combate das alterações climáticas e substituição dos recursos naturais não
renováveis:

● Explicavam que a falta de emprego estava relacionada com estas questões

Alterações de vida/dificuldade de adaptação:

● Consideravam que as dificuldades de adaptação das classes étnicas não

estavam relacionadas com estas consequências 🡪 forma de racismo

Não existindo regulação pública interna e de globalização, a maior parte dos agentes
económicos aceitaram os mesmos mecanismos que já existiam para obterem mais lucros:

● Não aproveitam a oportunidade de aumentar a sua produtividade, adotando

a escala global, porque poderia levar à sua falência. Ex: General Motors.
A primeira etapa de globalização tornou visível as consequências deste programa nos
países subdesenvolvidos.
Mas o auge destes problemas foi atingido com a crise de 2008:

● Não existindo uma explicação concreta para justificar a existência destes

problemas, não é possível encontrar as soluções concretas

● Não existia regulação entre mercadores 🡪 1 das justificações para a crise de

2008

● Permanência da hegemonia monetária capitalista para competir a níveis

globais 🡪 outra justificação para a crise de 2008

● Bancos tinham muito dinheiro acumulado (outra justificativa):

o Guardam o dinheiro e pagavam juros para o manter


o Anos antes da crise, os bancos perceberam que os antigos mercados
capitais deixaram de realizar juros nos países onde estavam sediados

● Os países subdesenvolvidos deixaram de precisar dos empréstimos

realizados pelos países desenvolvidos, porque já tinham bancos próprios:


o Os países desenvolvidos não conseguem acompanhar o crescimento
dos países emergentes
o Os desenvolvidos decidiram inventar financiamentos para poderem
cobrar juros aos emergentes/subdesenvolvidos

● Racionalidade económica que não foi alterada

● Evolução da economia desde a hegemonia capitalista e a desregulação

global

● Estagflação: estagnação económica e inflação 🡪 diminuição do preço

económico
o Quando esta estagflação aconteceu surgiram momentos de crise
financeira e económica
o Esta explicação é plausível e mais realista para a crise de 2008,
porque existem outras explicações de como se chegou a esta
estagflação.
● Se os países capitalistas tivessem se alargado aos países

subdesenvolvidos/emergentes, a economia teria continuado a crescer

● Há todo um conjunto de circunstâncias que levam a situações como a crise

de 2008.

Teorias económicas
Teoria económica monetarista
A mais aceitável dentro da economia liberal neoclássica. Não é a primeira em que o
mundo assiste a uma adoção de uma economia liberal neoclássica.
Economias mais desenvolvidas adotaram a teoria económica estruturalista.
Economias, como a de Taiwan, estão a evoluir para uma hegemonia monetarista
Alguns regimes democráticos impõem a teoria económica monetarista.
Teoria keynesiana
Liberal Clássica. Compatíveis com a Globalização
Teoria estruturalista

Neocorporativismo 🡪 defensor nacionalista do capitalismo

Coletivismo 🡪 defensores do capitalismo

Após a crise de 2008, a União Europeia pediu aos seus países que aplicassem a teoria
keynesiana:

● Grécia foi o país mais afetado com esta medida política

Utiliza-se uma linguagem comum para com a sociedade, pois ajuda a camuflar a
realidade.
O keynesianismo é aplicado à redefinição de estratégias nos países mais
desenvolvidos
Estruturalismo: desenvolvimento de economias nacionais capitalistas

subdesenvolvidas 🡪 defende que a globalização deve ser mantida de forma regular.

Neocorporativismo: permitem às economias capitalistas (de natureza ditatorial) de


criar riquezas para tornar o Estado rico e poderoso:
● Grandes empresas com ligações ao governo

● Elites que controlam a riqueza

● Má distribuição da riqueza entre a população

Neocoletivismo: aplicado em elites (classes medias e populares) não estão contentes


com a economia capitalista no seu país. Ex: Venezuela.

Se não se entender as crises socioeconómicas, não se consegue entender as crises


políticas.

História Cultural
Os historiadores dão atenção às questões políticas, ideológicas, culturais, etc.
A história cultural está relacionada com o fim da Guerra Fria.
Conceitos para se compreender os aspetos culturais:

● Paradigma pós-moderno:

o Leitura de extrema-esquerda (como o Brasil) e de extrema-


direita (como a questão da pandemia COVID 19 [arranjar
soluções e compreender a doença]).
Recusa do conhecimento científico-tecnológico nos desafios que se colocam

● Ateísmo

● Laicismo

● Religiosidade

É importante reconhecer o papel das religiões na vida das pessoas


Há a preocupação com a questão da incompatibilidade entre o laicismo com outras
convivências religiosas
A Igreja Católica perdeu fiéis nos últimos 20 anos.
Determinadas sociedades têm vindo a perder a sua religiosidade

● Veem o mundo de outra forma, ou seja, de forma ateísta ou laica

● Vivem de forma mais restrita a sua religiosidade


Após a Guerra Fria, as pessoas deixaram de tomar decisões influenciadas pela
religião, tomando, agora, decisões com bases políticas, ou seja, de que maneira é que
determinada decisão afeta a sua qualidade de vida.
Papel da ciência e das tecnologias após a Guerra Fria:

� O número de sociedades onde a capacidade de produzir de forma científica e

tecnologicamente aumentou

� Existe mais acesso à tecnologia

� Usadas de 2 formas: aumento da critica da utilização científica e tecnológica para

a tomada de escolhas e para a resolução de problemas

� A ciência nunca pode validar questões que alterem a realidade

� Série de mudanças que devem ser adotadas para se alterar a realidade, segundo

a ciência:
o Mas a ciência não define como se deve proceder a essa alteração
o Tentativa de destacar a ciência na transformação da realidade

� Cientismo: define que determinado acontecimento tem de acontecer porque a

ciência diz que tem de acontecer como ela dita


o Mistura ciência com tecnologia
Pode-se escolher entre ideologias justas e injustas (se escolher a ciência ou não) e
aplicá-las, tendo consciência das transformações que ocorrerão (tanto negativas como
positivas)
A realidade não é tão linear
Importância de se compreender as questões de racionalismo

� Porque afetam alguns países

O peso das culturas populares diminuiu, mas o interesse das culturas eruditas nas
culturas populares aumentou.
As culturas populares têm um peso intrínseco
Cultura de massas:

� Utilizam-na como forma de afirmação

Relação das sociedades pós-guerra fria com os paradigmas


epistemológicos Moderno, Neomodernismo e Pós-moderno
Existem várias formas de cultura.
São importantes, mas não são tão visíveis 🡪 não estão tão presentes nos vetores de
divulgação e de debate
As sociedades humanas não produzem apenas leituras da realidade, mas também
produzem formas de legitimar essas análises.
A cultura é tudo o que as sociedades entendem e utilizam
Tentar definir as características e a sua utilização
A maneira como os humanos nas sociedades avaliam uma determinada realidade
utilizando as diferentes maneiras como a vê e julga 🡪 Instrumentos decisivos
As sociedades devem ter consciência dessa adaptação de cultura, porque condiciona
as suas decisões
Debate/luta cultural ideológica para que uma determinada realidade seja avaliada.
A cultura influencia as decisões das sociedades humanas
Em causa: tentar enquadrar e entender o que se passa numa determinada situação 🡪
Ex: atual crise política em Portugal
Se os equilíbrios sociais mudaram depois da guerra fria é preciso arranjar explicação
legítimas para as explicar
Ao longo da época contemporânea predominou, quer nos países dominantes e nas suas elites,
o paradigma moderno:

● Formado entre o renascimento e o séc. XVIII adotado nas elites dos países

subdominantes

● Define a ciência como um esforço de analisar a realidade

● Misturou ciência com tecnologia, resultando em transformações alternativas para a

realidade, de acordo com a ciência🡪 cientismo


Anos 30/40 do séc. XX vigorarem perspetivas irrealistas, como na Alemanha
Conhecimento e ciência terem um papel fundamental permitiu discutir soluções a
determinados problemas 🡪 levou ao Neomodernismo
Neomodernismo: Analisar e perceber se é possível modificar a realidade e
encontrar soluções para essa alteração se realizar de forma eficaz. Ciência e tecnologia não
são superiores a outras soluções; não são o mesmo; ter cuidado na sua utilização e na
forma como podem ser aplicadas sem causarem consequências devastadoras (como entrar
em guerras mundiais, como no séc. XX ou usar tardiamente ou não conseguir travar uma
doença)
Paradigma pós-moderno: impossível conhecer a realidade de forma objetiva na
maior parte dos casos 🡪 Só é possível quando se analisa com métodos matemáticos
comprovados. Todos os outros aspetos da realidade que se considera mais justa. Imobilizar
as pessoas para escolherem uma alteração da realidade, independentemente se é justa ou
não. Ignora as críticas e propostas do Neomoderno. Opta por outro paradigma moderno
mais justo, segundo as suas crenças. Considera a raça não existente, mas que influencia
🡪contraditório, porque considera que raças não existente:

● Tem implicações nas sociedades atuais

● No fundo é irrealista, mas é, ao mesmo tempo, cientista

● Perante uma leitura que coloca em causa a realidade que

causa rutura, tanto à extrema-esquerda, como na extrema-


direita

● Utilizada regularmente nas últimas décadas instituições

individualistas e em governos de extrema-direita (peso maior


nos EUA)

● Normalmente só acontece quando as sociedades estão

angustiadas e vão à procura de alternativas radicais que ou


levam a uma maior instabilidade ou levam à consciência de
que não é a solução apropriada.
Disciplinas como a História são um Tribunal permanente (Julgam estas questões)

Questões das sociedades humanas com as Religiões


● Ateísmo e Laicismo

● Religiosidades e Integralismo Religioso

Redução do peso das vivências religiosas na sociedade e como influência os


governos, após a Guerra Fria.
Existem países onde a influência da religião se mantém e noutros já nem tanto
Ateísmo e Laicismo não são a mesma coisa, apesar de haver ligações
O Laicismo visa garantir livre religiosidade, mas não permite que a religião se misture
com a legitimação dos governos
Desde o final da Guerra Fria, tem havido uma diminuição da vida religiosa nos
governos, levando à emancipação dos mesmos. Diminuição dos cidadãos nas práticas
religiosas
Existe quem defenda que a religião devia votar a ter o seu peso significativo na vida
dos cidadãos
Atualmente, existem países ditatoriais que recorrem à religião para legitimar o seu
regime de governação. Ex: Rússia
Permanência da legitimação da religião e/ou alterações para não se recorrer à
religião
Cientismos, Racionalismo Crítico e Sintético;
Irracionalismos/Negacionismos
O cientismo continua em voga em quem acredita no Modernismo.
Cientismo
Cientismo e ciência não são a mesma coisa, porque opõem-se uma à outra
Abandona o conhecimento científico. Transforma algo (que não tenha ciência) em
ciência, com carácter indiscutível sobre a realidade (de como transformá-la estando vinculada
no conhecimento científico)
Considera tudo o que a ciência apresenta para alterar realidade, não a ciência
Perigo constante de rapagem entre ciência e violência
Tendência crescente da sua utilização
Racionalismo crítico e Sintético
Não põe em causa as virtudes das diferentes formas de conhecimento
Reconhece que ciência não é conhecimento garantido e está sempre posta em causa
Mais seguro buscar conhecimento noutros sistemas teóricos
Irracionalismo e Negacionismo
Consideram todas as formas de conhecimento válidas
Substitui a realidade existente se acreditar que determinada/outra forma altera-a
Nega os problemas sociais existentes
Nega discutir as alterações da realidade → Negacionismo
Evolução desde o fim do Guerra Fria: Pobreza/desigualdade; violência; Racismo e
Xenofobia; Mulheres e Homens; Identidades de Géneros; Violências da
sexualidade; Evolução demográfica e fenómenos migratórias; a crise ambiental e
os Recursos naturais não renováveis
Pobreza | desigualdade e violência
Bloqueio de superação de situações de desigualdade e de pobreza extrema
Fenómeno autónomo, com características próprias, considerado não resolvível
Desde o final da Guerra Fria, a desigualdade e pobreza extrema foram
aumentando:

● Não em termos globais -> Percentagem da população que observou uma

diminuição da pobreza e de desigualdade, em países como a China, o


Brasil, etc.

● Noutros países subdesenvolvidos assistiu-se à saída de situações de

desigualdade e de pobreza

● Esta afirmação provém de países desenvolvidos que assistem ao aumento

da pobreza e de desigualdades nos seus países e assumem como


acontecimento global.
A pobreza está associada a violência
Diminuição da pobreza em países capitalistas emergentes
Aumento da pobreza em países capitalistas subdesenvolvidos que não souberam
aproveitar a Globalização para melhorar a qualidade de vida das suas populações.
Nos países subdesenvolvidos emergentes ou nos países falhados, a violência já afeta
quem vive em pobreza extrema:

● Quando a pobreza extrema se instala e as populações se habituam a ter

situações, criam mecanismos de defesa, como a violência


o Na zona pobre e na zona mais rica, prejudicando o desenvolvimento
de empresas e da sociedade para melhorar as condições do país em
questão

● Não é violência que afeta só os bairros pobres, domina espaços urbanos e

Rurais, extravasando a relação desses países com o resto dos países globais
As Ciências Sociais não são uma ideologia, nem propaganda.
Racismo e Xenofobia
Racismo: Acredita que cada ser humano tem as suas características físicas
observáveis a partir do exterior, resultante de pertencer a um determinado grupo étnico.
Existe racismo endicamente nas sociedades humanas 🡪 instinto agrário para se pertencer a
um grupo (instinto de sobrevivência natural do ser humano) 🡪 Geram automaticamente
racismo

● Não consideram que este tem um carácter negativo e que querem atenuar

os impactos negativos 🡪 Forma de combater o instinto natural do racismo


Não inventam uma noção do racismo
Se não se combater este fenómeno, as sociedades irão aplicá-lo
Mais facilmente combatível
Evolução no combate na adoção de práticas após a 2ª Guerra Mundial
(forma de demonstração nas dimensões violentas que o racismo pode ter)
Refluxo do antirracismo, mas surgimento de antirracismo que considera uma raça
com características negativas considerando que deve ser contida

● Ressurgida após 1991

● Regresso significativo do racismo

● Novo antirracismo que vê a separação de uma raça que considera negativa

de outras raças e considera essa separação como única solução ao racismo


Hierarquização e Discriminação
Há modalidades de antirracismo e anti xenofobismo

Como a sociedade relaciona; como homens e mulheres se relacionam; questão


intersexual
Questão da diferença entre sexos é considerada como não sendo uma questão
Há uma realidade social de analisar como homens e mulheres vivem e se relacionam
na sociedade
Dificuldade de conhecer o género a que um indivíduo pertence
Vivências sexuais 🡪 alguns países consideram que homossexualidade e adultério são
crimes
Estas questões sempre existiram, mas atualmente estão a se destacar porque:
ocorrem mais situações de violência associadas a estas questões OU por não existir violência
associada a estas questões, acabaram por se sobressair mais.
Há uma vivência negativa e violenta sobre esta questão do que acontece com as
outras
Situação da Mulher
A situação da mulher sempre foi de inferioridade, estando mais vulnerável a
situações de violência
Em períodos anteriores, a situação da mulher foi menos discriminada em relação ao
papel do homem.
É considerada uma violência endémica
Capacidade de caracterizar os acontecimentos históricos e debates sobre este tema
para poder proceder às alterações sobre esta realidade
Diminuição da violência em contexto familiar que os alvos são do género feminino
Há sociedades em que esta discriminação e violência feminina diminuíram
Desde o final da Guerra Fria tem existido 2 situações:

● Países onde sempre existiu violência e discriminação

● Países onde as situações de violência e discriminação apareceram ou

aumentaram.
Identificação de género
2 questões:

● Seres humanos expressam a vontade de mudar de género porque não se

identificam com ela

● Forma como é apresentado

Aconteceu tendencialmente, após a Guerra Fria


Há sociedades em que se proíbem as mudanças de identidade de género
Em países com regimes democráticos, em que a sociedade é tolerável, é possível
aceitar as questões de identidade de género
Ainda há debates em que predomina a ciência como alteração da realidade sobre
estas questões
Desde o fim da Guerra Fria, alguns países têm demonstrado preocupação em relação
a estes assuntos, para que não haja situações de discriminação e violência
Perspetiva que defende que todas as sociedades devem discutir estas questões,
porque consideram a questão da identidade de género como forma de violência e que a
sociedade deve arranjar soluções para conter a situação de violência relacionada com a
identidade de género
Em algumas sociedades, desde 1991, há a diminuição da intolerância em relação a
estas questões
As vivências sexuais incluem esta questão
Vivências de Sexualidade
Não está relacionado com a questão de género
Está relacionado com a forma de como as pessoas decidem viver a sua sexualidade
Houve alguma evolução sobre este assunto depois da Guerra Fria

● Em alguns países (dos laicos) algumas questões de sexualidade deixaram de

ser crime

● Noutros países consideram uma ameaça para a sociedade e consideram-na

crime
Assistimos a tendências contraditórias a aceitação em alguns países e noutros houve
uma regressão e em outros associam as vivências de sexualidade a processos de alteração da
sociedade para pior.

● É possível identificar estas tendências historicamente antes, durante e após

1991
A forma como a historiografia e as ciências sociais tratam destes fenómenos da
mesma maneira que tratam os outros (já referidos)

● Identificam-nos e depois referem para se analisar de forma individual

É de natureza de carácter privado e, por isso, as sociedades não devem intervir


Fator de radicalização:

● Só aceitar a heterossexualidade e as outras demais não

● Não aceitam nenhuma forma de sexualidade

● Sociedade quer intervir neste assunto de carácter privado

Pode ser analisado historicamente, mas as alterações podem ser radicais


Agudizar de certos países e de ideologias que repudiam estas questões, mas em
outros países houve a melhoria na forma como os tratam
Aumento da denúncia contra a violência sexual desde o final da guerra fria (1991)
Evolução demográfica e fluxos migratórios
Importância acrescida relacionada a estes dois assuntos
Ter uma análise mais profunda da realidade
Nos países desenvolvidos são emergentes, mas são apresentados como
contraditórios
Afirmar que só agora é que há movimentação massiva da população 🡪 sempre houve
estes movimentos

● O que mudou foi a orientação (de centro para a periferia; vice-versa)

● Continuam a aumentar

● Falsificação da realidade

Sociedades produzem conhecimento, mas decidem não aplica-lo no dia-a-dia


Estes fenómenos têm custos e causam problemas 🡪 para quem acolhe e para quem
se desloca

● Negar isto é uma falsificação da realidade

Estes fenómenos geram situações de racismo e de xenofobia


Nos países desenvolvidos, há a diminuição da população natural, a diminuição da
mão de obra e envelhecimento da população
É incompreensível como é que alguns países não aceitam pessoas vindas de outros
locais para trabalhar, com a decadência da mão de obra existente
Temos uma realidade contínua
Sociedades que produzem conhecimento
Sociedades que consideram este fenómeno como problema e quer controlá-lo à
força
Fenómenos sociais em grande escala e acomodação desses fenómenos
A acomodação leva a situações contraditórias: gente quer sair e outras não
Utilização sistemática com déficit histórico com países que foram impérios coloniais
com os países independentes desses impérios
Fenómenos relacionados com as alterações políticas
Utiliza-se a palavra Migrante:

● Pode ou já foi alvo de violência


● Cidadão que muda de país e pode ser ou não aceite pela população do país

novo

● Pode mudar depois porque está em situação de perigo no seu país de origem

Refugiados:

● Mais difícil de definir

● Podem fazê-lo coletivamente e que podem não estar diretamente em risco,

mas a sua qualidade de vida está em risco e decidem abandonar o seu país

● Perseguição enquanto grupo 🡪 têm o direito de fugir e de serem acolhidos

por outro país


o Obrigação de verificarem se os refugiados estão em condições e têm
de os acolher
o Ajudar a acolher e ajudar a resolver os problemas do país de origem,
como desenvolver esse país se for esse o caso
Emigração e Imigrante:

● Alguns países perseguem os emigrantes porque não querem que saiam, e

alguns não querem imigrantes

● Podem se enquadrar nas classificações anteriormente referidas

● Alguns países facilitam a nacionalidade destes imigrantes e outros não

Crise ambiental (a) e os recursos naturais e não renováveis (b)


a) Grave porque mete em causa a sobrevivência da espécie humana no planeta Terra
b) Humanidade tem tido capacidade para substituir os recursos, por renováveis
a) Eliminação de espécies e de equilíbrios ambientais:

● Não tem certeza se foi introduzido pela natureza ou pelo Homem

● Desequilíbrios naturais sem a intervenção do Homem

● Alterações provocadas pelo Homem, como a extinção e/ou adaptação de

espécies

● Países mais responsáveis que outros 🡪 não é necessário condená-los


a) Ainda não se sabe a gravidade da situação
a) Lentidão das sociedades de perceberem a gravidade da situação
a) Magnitude do problema: como vai evoluir e como se vai atenuar
a) Práticas humanas dependem da ação do homem
a) Precisa de preparação técnica para se resolver
a) Pressupõe que as sociedades civis ou os governos optem pela solução do problema

b) Recursos naturais alguns estão a se tornar escassos, substituindo-os por recursos


renováveis

● Coloca em causa os países que vivem à base da exportação dos recursos

naturais, como o petróleo


b) Descoberta de novos recursos ou então surgimento de novas tecnologias que permitem a
utilização (de forma controlada/ sustentável) dos recursos naturais 🡪 supostas soluções a
considerar
b) Vai haver desigualdades no esgotamento dos recursos naturais, porque vai demorar a
realizar-se a distribuição dos substitutos para esses recursos
b) Há uma ideia de que é simples substituir os recursos naturais por renováveis

● Era necessário que a maioria dos países concordassem e utilizassem uma

organização internacional que ficaria encarregue da distribuição


Há historiadores que fazem análises diferentes sobre o assunto 🡪 os que provocam
situações violentas, como os genocídios

● Transforma algo complicado em apelo


Hegemonia do monetarismo
A "hegemonia do monetarismo" refere-se à ascendência ou predominância da teoria
econômica conhecida como monetarismo. Essa teoria enfatiza o papel crucial da oferta de
moeda na determinação do nível geral de preços na economia. Ela ganhou destaque
principalmente por meio do trabalho do economista Milton Friedman.
O monetarismo postula que as flutuações na oferta de moeda têm um impacto
direto sobre o crescimento econômico, o nível de atividade e a inflação. Defende políticas
monetárias consistentes e regras claras para controlar o suprimento de dinheiro na economia,
argumentando que o controle da inflação é mais eficaz através do controle estrito da oferta de
moeda.
No entanto, ao longo do tempo, essa teoria foi objeto de debate e críticas. Muitos
economistas argumentam que outros fatores, além da oferta de moeda, desempenham papéis
igualmente significativos na determinação dos resultados econômicos, como a demanda
agregada, as expectativas dos agentes econômicos e os choques externos.
Embora o monetarismo tenha exercido influência considerável nas políticas
econômicas em certos períodos e em algumas regiões, não é mais universalmente dominante.
Muitos países adotaram abordagens mais ecléticas que combinam elementos do monetarismo
com outras teorias econômicas para orientar suas políticas monetárias e econômicas.
Hegemonia do monetarismo depois do fim da Guerra Fria
Após o fim da Guerra Fria, houve uma crescente influência do monetarismo nas
políticas econômicas de diversos países. O monetarismo, uma teoria econômica associada
principalmente ao economista Milton Friedman, enfatiza o papel crucial da oferta de moeda
na determinação do nível de atividade econômica, defendendo o controle estrito da oferta de
dinheiro pelo governo central.
Durante as décadas de 1980 e 1990, muitos países adotaram políticas que refletiam
princípios monetaristas, especialmente no que diz respeito ao controle da inflação. A
prioridade dada à estabilidade de preços e à redução da inflação levou a políticas monetárias
mais restritivas, com foco na diminuição da oferta de dinheiro em circulação.
No entanto, a hegemonia do monetarismo não foi universal. Outras teorias
econômicas, como a Escola Keynesiana e a Economia Monetária Moderna, mantiveram sua
relevância e influência em diferentes contextos ao redor do mundo. Além disso, o cenário
econômico é sempre complexo e variado, levando a abordagens mistas que combinam
elementos de diferentes teorias, dependendo das condições específicas de cada país.
Nos últimos anos, questões como a crise financeira global de 2008 e as
transformações na economia global têm gerado debates renovados sobre a eficácia e a
relevância das teorias monetaristas, levando a um questionamento contínuo sobre as
abordagens políticas mais apropriadas para lidar com os desafios econômicos
contemporâneos.
Crise do Estado-Providência
A crise do Estado de Bem-Estar Social, também conhecido como Estado-Providência,
refere-se a um conjunto de desafios e pressões que têm afetado os sistemas de proteção
social e políticas públicas presentes em muitos países.
Esses sistemas foram estabelecidos no pós-Segunda Guerra Mundial, visando
oferecer uma rede de segurança social abrangente para os cidadãos, fornecendo serviços
como saúde, educação, previdência social e assistência social. No entanto, ao longo do tempo,
esses sistemas enfrentaram várias pressões que desencadearam uma crise percebida em sua
sustentabilidade e eficácia.
Algumas das principais questões que contribuíram para essa crise incluem:
Envelhecimento da população: O aumento da expectativa de vida resultou em um
número crescente de idosos, aumentando a pressão sobre os sistemas de aposentadoria e
saúde.
Mudanças no mercado de trabalho: Transformações na economia, como a
globalização e automação, levaram à instabilidade no mercado de trabalho, tornando
desafiador manter programas de seguro-desemprego e de proteção para os trabalhadores.
Crescimento dos gastos públicos: A expansão dos programas de bem-estar social
aumentou os gastos do governo, levando a preocupações sobre a sustentabilidade financeira
desses sistemas.
Pressões econômicas: Crises econômicas, como a recessão global de 2008, levaram
muitos países a enfrentar dificuldades financeiras, resultando em cortes orçamentários e
austeridade em áreas de gastos sociais.
Para lidar com essa crise, muitos países têm procurado reformar seus sistemas de
bem-estar social. Isso pode incluir mudanças nas idades de aposentadoria, revisão dos
sistemas de saúde pública, reestruturação dos programas de assistência social e busca por
formas mais eficientes de fornecer serviços essenciais.
No entanto, as soluções para essa crise são complexas e frequentemente geram
debates políticos intensos, pois envolvem questões de redistribuição de recursos, justiça social
e papel do Estado na sociedade. Além disso, há uma busca por equilibrar a sustentabilidade
financeira dos sistemas de proteção social com a necessidade de garantir uma rede de
segurança adequada para os cidadãos.
Crise do Estado-Providência após a Guerra Fria
Após a Guerra Fria, muitos países se viram lidando com desafios econômicos
crescentes, como altos déficits orçamentários, dívidas públicas elevadas e dificuldades para
sustentar programas de bem-estar social sem comprometer a estabilidade econômica. Isso
levou a um debate sobre a eficácia e a viabilidade a longo prazo desse modelo.
Vários países adotaram medidas para reformar seus sistemas de bem-estar social,
buscando reduzir gastos, aumentar a eficiência dos serviços públicos, e em alguns casos,
privatizar certas áreas antes controladas pelo Estado. Algumas nações diminuíram benefícios,
aumentaram a idade de aposentadoria, introduziram reformas nos sistemas de saúde e
buscaram parcerias público-privadas para lidar com esses desafios.
Contudo, a reação a essas mudanças foi variada. Enquanto alguns argumentavam
que essas reformas eram necessárias para garantir a sustentabilidade econômica a longo
prazo, outros criticavam essas medidas por impactarem desproporcionalmente os mais
vulneráveis, aumentando as desigualdades sociais e comprometendo o acesso universal a
serviços essenciais.
A crise do Estado de Bem-Estar Social depois da Guerra Fria, portanto, representou
um período de reavaliação e reformulação dos modelos de assistência social em muitos países,
com um equilíbrio delicado entre a busca pela eficiência econômica e a garantia de uma rede
de segurança social justa e inclusiva para todos.
Globalização Neoliberal
A globalização neoliberal refere-se a um período em que a integração econômica
global foi impulsionada por políticas e ideologias associadas ao neoliberalismo. O
neoliberalismo é uma abordagem econômica que defende a redução da intervenção estatal na
economia, promovendo a livre concorrência, a desregulamentação, a privatização e a abertura
dos mercados.
Durante as últimas décadas do século XX e início do século XXI, muitos países
adotaram políticas neoliberais que visavam remover barreiras comerciais, abrir seus mercados
a investimentos estrangeiros e reduzir a intervenção governamental na economia. Isso levou a
uma maior interconexão e interdependência entre as economias globais.
A globalização neoliberal foi impulsionada por avanços tecnológicos, especialmente
na área das comunicações e transportes, que permitiram um maior fluxo de bens, serviços,
capitais e informações ao redor do mundo. Isso resultou em uma crescente integração das
economias, facilitando o comércio internacional e o investimento em escala global.
No entanto, a globalização neoliberal também gerou críticas e desafios. Muitos
argumentam que ela agravou as desigualdades econômicas, tanto dentro dos países quanto
entre eles, reduzindo proteções sociais e trabalhistas em prol da competitividade. Além disso,
alguns países em desenvolvimento afirmam que as políticas neoliberais favorecem as
economias mais ricas, perpetuando disparidades globais.
Os efeitos da globalização neoliberal foram variados e complexos. Por um lado, ela
proporcionou oportunidades econômicas, estimulando o crescimento e a inovação em
diversos setores. Por outro lado, também contribuiu para desafios como a concentração de
riqueza, a precarização do trabalho e a vulnerabilidade de certas economias a crises
financeiras globais.
É importante ressaltar que o debate em torno da globalização neoliberal continua a
evoluir, especialmente à medida que novos desafios globais, como mudanças climáticas,
pandemias e questões de desigualdade, moldam as perspectivas sobre políticas econômicas e
a interconexão global.
Economias emergentes e o keynesianismo
As economias emergentes frequentemente recorrem a uma variedade de teorias
econômicas, incluindo o Keynesianismo, para moldar suas políticas e estratégias de
desenvolvimento. O Keynesianismo, baseado nas ideias de John Maynard Keynes, enfatiza a
intervenção do governo na economia para estimular o crescimento econômico e lidar com
crises.
Para as economias emergentes, o Keynesianismo pode oferecer algumas abordagens
úteis para enfrentar desafios específicos:
Estabilização econômica: Em momentos de instabilidade, como recessões, o
Keynesianismo sugere que o governo pode intervir por meio de políticas fiscais (gastos
públicos) e monetárias (taxas de juros, oferta de moeda) para estimular a demanda agregada
e, assim, reverter a recessão.
Investimento público: O modelo Keynesiano incentiva o investimento público em
infraestrutura, educação e saúde como forma de impulsionar a demanda, criar empregos e
melhorar a produtividade a longo prazo.
Políticas anticíclicas: O Keynesianismo propõe que o governo ajuste suas políticas
para combater os ciclos econômicos, estimulando a economia durante períodos de
desaceleração e buscando controle durante fases de superaquecimento para evitar inflação
descontrolada.
Proteção social: A abordagem Keynesiana também pode apoiar programas de
proteção social para combater a pobreza e garantir a distribuição mais equitativa dos
benefícios econômicos.
No entanto, as economias emergentes muitas vezes enfrentam desafios específicos
que podem modificar a aplicação direta do Keynesianismo. Por exemplo, a dependência
excessiva de políticas expansionistas pode gerar inflação ou instabilidade cambial em
economias vulneráveis a choques externos.
Além disso, algumas dessas nações enfrentam restrições fiscais e de endividamento,
o que limita a capacidade de implementar políticas keynesianas agressivas. Por isso, essas
economias precisam encontrar um equilíbrio entre políticas de estímulo e a necessidade de
manter a estabilidade fiscal e monetária.
Em resumo, enquanto o Keynesianismo oferece ferramentas úteis para promover o
crescimento e a estabilidade econômica, as economias emergentes precisam adaptar e
equilibrar suas políticas de acordo com suas circunstâncias individuais, buscando um modelo
que promova o crescimento sustentável e a estabilidade macroeconômica.
Economias emergentes e o keynesianismo apos a guerra fria
Após a Guerra Fria, várias economias emergentes exploraram estratégias que
combinam elementos do Keynesianismo com outras teorias econômicas para impulsionar o
crescimento e a estabilidade econômica.
O Keynesianismo, baseado nas ideias de John Maynard Keynes, enfatiza o papel do
governo na regulação da demanda agregada por meio de políticas fiscais e monetárias para
alcançar o pleno emprego e estabilidade econômica. Essa teoria sugere que, em momentos de
recessão, o governo deve aumentar os gastos públicos ou reduzir os impostos para estimular a
demanda e reativar a economia.
Muitas economias emergentes adotaram abordagens Keynesianas, juntamente com
políticas voltadas para o desenvolvimento econômico e social. Elas frequentemente usaram
políticas fiscais expansionistas, investimentos públicos em infraestrutura e programas sociais
para impulsionar o crescimento econômico e reduzir a pobreza.
No entanto, esses países também se depararam com desafios únicos, como
flutuações nos fluxos de capital, vulnerabilidades às crises financeiras globais e pressões para
equilibrar a estabilidade econômica com o crescimento sustentável.
Em muitos casos, essas economias emergentes adotaram abordagens mistas,
combinando elementos Keynesianos com políticas voltadas para a liberalização econômica,
comércio internacional e atração de investimentos estrangeiros. Buscaram equilibrar a
intervenção estatal para estimular o crescimento com a necessidade de criar ambientes
favoráveis aos negócios e à competitividade global.
No entanto, é essencial observar que as estratégias adotadas pelas economias
emergentes variam significativamente de país para país, dependendo das condições locais,
estruturas econômicas e prioridades políticas. Além disso, o cenário econômico está em
constante evolução, o que significa que essas abordagens também podem estar sujeitas a
ajustes e adaptações conforme as circunstâncias mudam.
Estruturalismo
O estruturalismo é uma corrente teórica que surgiu nas ciências sociais e na
economia, enfatizando a importância das estruturas sociais, políticas e econômicas na
determinação do desenvolvimento das nações.
Na economia, o estruturalismo se concentra nas disparidades econômicas entre
países desenvolvidos e em desenvolvimento, buscando compreender as razões por trás dessas
diferenças. Ele destaca que as disparidades não são apenas resultado de políticas isoladas ou
de fatores de curto prazo, mas também de características estruturais mais profundas.
Os economistas estruturalistas argumentam que as economias em desenvolvimento
enfrentam obstáculos estruturais, como a dependência de commodities, desequilíbrios na
distribuição de renda, falta de diversificação econômica, problemas na infraestrutura e
desigualdades sociais. Esses fatores estruturais são vistos como obstáculos significativos para o
crescimento sustentável e equitativo.
Uma das principais preocupações do estruturalismo econômico é a necessidade de
políticas que promovam a transformação estrutural das economias em desenvolvimento,
buscando diminuir a dependência de setores específicos e fomentar a diversificação
econômica. Isso pode envolver medidas como investimentos em educação, infraestrutura,
industrialização e políticas que busquem reduzir as desigualdades socioeconômicas.
No campo das políticas públicas, os estruturalistas frequentemente defendem
intervenções mais ativas do Estado na economia para superar esses desafios estruturais,
buscando políticas industriais, agrícolas e sociais direcionadas para promover mudanças
profundas na estrutura econômica.
É importante destacar que o estruturalismo é uma corrente teórica com diferentes
vertentes e interpretações, e suas ideias têm sido debatidas e desenvolvidas ao longo do
tempo. Enquanto alguns elogiam sua abordagem holística para compreender as disparidades
econômicas, outros questionam a eficácia de suas propostas políticas e a aplicabilidade prática
em diferentes contextos econômicos e sociais.
Estruturalismo após a Guerra Fria
Essa abordagem não perdeu relevância após a Guerra Fria, continuando a influenciar
análises sobre o desenvolvimento econômico e as relações internacionais.
Na era pós-Guerra Fria, o estruturalismo manteve sua importância ao enfatizar as
desigualdades estruturais persistentes entre nações, como assimetrias de poder, tecnológicas
e econômicas. Ele se concentra na análise das relações de dependência entre países
desenvolvidos e em desenvolvimento, argumentando que as economias mais ricas muitas
vezes exercem influência sobre as economias mais fracas.
Os teóricos estruturalistas continuaram a destacar a importância das políticas
voltadas para a transformação das estruturas econômicas, a promoção da industrialização e a
redução das disparidades de desenvolvimento entre países. Eles argumentam que as políticas
devem ser direcionadas para além da simples liberalização econômica, buscando uma
redistribuição mais equitativa dos benefícios do comércio e do desenvolvimento.
Além disso, o estruturalismo econômico também enfatiza a necessidade de políticas
internas e externas que promovam a autonomia e a capacidade de tomada de decisão dos
países em desenvolvimento, permitindo-lhes resistir às pressões externas e moldar suas
próprias trajetórias de desenvolvimento.
Embora as abordagens neoliberais e Keynesianas tenham recebido mais atenção em
certos contextos, o estruturalismo econômico continua a fornecer uma lente analítica valiosa
para compreender as complexidades das relações econômicas globais e as disparidades
persistentes entre países, sendo uma contribuição significativa para os debates sobre políticas
econômicas e desenvolvimento no mundo contemporâneo.
Neo-keynesianismo
O neo-keynesianismo é uma corrente de pensamento econômico que se baseia nos
princípios fundamentais do Keynesianismo, mas incorpora algumas adaptações e atualizações
para lidar com questões econômicas contemporâneas. Surgiu como uma resposta às críticas e
à evolução das teorias econômicas desde os escritos originais de John Maynard Keynes.
Enquanto o Keynesianismo original enfatizava a importância da intervenção
governamental na economia para estimular a demanda agregada em momentos de recessão,
os neo-keynesianos expandiram essas ideias para considerar fenômenos como rigidez de
preços e salários, expectativas dos agentes econômicos e imperfeições de mercado.
Uma das contribuições do neo-keynesianismo foi a incorporação de modelos
microeconômicos mais detalhados para explicar como as decisões dos consumidores e
empresas impactam a economia como um todo. Além disso, os neo-keynesianos propuseram
modelos que incluem informações sobre a formação de expectativas dos agentes econômicos
e a importância das políticas monetárias e fiscais para influenciar essas expectativas.
Outro aspecto importante é a ênfase na rigidez nominal, que sugere que os preços e
salários nem sempre se ajustam imediatamente às mudanças nas condições de mercado. Isso
pode resultar em situações onde a economia não alcança o pleno emprego ou onde políticas
tradicionais de estímulo podem não ter o efeito desejado imediatamente.
Os neo-keynesianos destacam a importância das políticas governamentais para
corrigir falhas de mercado, estabilizar a economia e promover o crescimento. Eles defendem a
intervenção do governo não apenas em períodos de recessão, mas também para promover o
crescimento econômico sustentável e equitativo.
Essa abordagem tenta conciliar as ideias originais de Keynes com as descobertas e
desenvolvimentos mais recentes na teoria econômica, oferecendo um quadro mais amplo e
aprimorado para entender e lidar com os desafios econômicos contemporâneos.
Após a Guerra Fria, o neo-keynesianismo manteve seu impacto devido à sua ênfase
na intervenção do governo para estabilizar a economia em momentos de recessão ou
instabilidade. Essa abordagem econômica defende o uso de políticas fiscais e monetárias para
estimular a demanda agregada, reduzir o desemprego e manter a estabilidade
macroeconômica.
Neo-estruturalismo
O neo-estruturalismo é uma corrente de pensamento econômico que se baseia nos
princípios do estruturalismo clássico, porém incorporando novas perspectivas e adaptações
para enfrentar os desafios econômicos contemporâneos. Ele continua a influenciar debates
sobre desenvolvimento econômico, desigualdade e relações internacionais após a Guerra Fria.
O estruturalismo clássico, originado nas décadas de 1950 e 1960, enfatizava a análise
das estruturas econômicas e sociais que perpetuavam a desigualdade entre países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Essa abordagem destacava a importância de
transformações estruturais, como industrialização, redistribuição de renda e políticas de
desenvolvimento voltadas para reduzir as disparidades globais.
O neo-estruturalismo atualiza esses princípios, reconhecendo a evolução das
economias globais e integrando novos elementos à análise estrutural. Ele continua a enfatizar
a importância das estruturas econômicas e sociais na determinação do desenvolvimento e da
desigualdade, mas incorpora considerações adicionais sobre questões como globalização,
tecnologia, inovação, governança e mudanças ambientais.
Essa abordagem reconhece os desafios contemporâneos enfrentados pelos países
em desenvolvimento, como a necessidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a
sustentabilidade ambiental, lidar com a crescente interdependência global e enfrentar as
disparidades sociais e econômicas.
O neo-estruturalismo defende políticas que promovam transformações estruturais
para impulsionar o desenvolvimento, como investimentos em infraestrutura, educação,
pesquisa e inovação, além de políticas industriais que visem à diversificação econômica e ao
fortalecimento da capacidade produtiva dos países.
Essa abordagem também destaca a importância de uma participação ativa no
comércio internacional, mas com uma visão crítica sobre as relações econômicas desiguais
entre países, buscando políticas que permitam uma inserção mais equitativa e vantajosa nas
cadeias globais de valor.
O neo-estruturalismo, assim como outras correntes de pensamento econômico,
continua a ser objeto de debates e evolução, adaptando-se às mudanças econômicas, políticas
e sociais para oferecer perspectivas relevantes sobre o desenvolvimento e as disparidades
globais.
Globalização Regulada
A ideia de "globalização regulada" surge como uma resposta às preocupações sobre
os impactos sociais, econômicos e ambientais da globalização desregulada. Ela propõe a
implementação de medidas e políticas para controlar e direcionar a globalização, de modo a
garantir que seus efeitos sejam mais equitativos e sustentáveis.
A globalização desregulada muitas vezes é associada à ideia de um mercado global
sem restrições, onde as forças do livre comércio, da desregulamentação financeira e da
ausência de controles resultam em desafios como aumento das desigualdades, perda de
empregos, exploração de recursos naturais e impactos ambientais negativos.
A proposta da globalização regulada sugere que, ao invés de permitir uma total
liberdade de movimento para os mercados, os governos e organizações internacionais
deveriam implementar regulamentações, políticas e acordos que protejam os direitos
trabalhistas, promovam a sustentabilidade ambiental, garantam padrões mínimos de
segurança e promovam a equidade social.
Isso pode incluir acordos comerciais que considerem não apenas o comércio em si,
mas também aspectos sociais, ambientais e de direitos humanos; políticas que visem a
distribuição mais equitativa dos benefícios da globalização; regulamentações financeiras para
evitar crises econômicas; e incentivos para práticas comerciais responsáveis e sustentáveis.
A ideia por trás da globalização regulada é encontrar um equilíbrio entre os
benefícios da interconexão global e a necessidade de proteger os interesses sociais,
econômicos e ambientais das comunidades locais e globais. Busca-se, assim, aproveitar os
benefícios da globalização sem comprometer a segurança social, a justiça ambiental e a
estabilidade econômica.
Após a Guerra Fria, muitos países adotaram estratégias que buscavam combinar os
benefícios da integração econômica global com a necessidade de controlar certos aspectos
para proteger suas economias e populações de possíveis efeitos negativos da globalização.
Essas estratégias envolveram a implementação de regulamentações, políticas e
acordos para orientar a globalização de maneira mais favorável aos interesses nacionais.
Algumas das medidas adotadas incluíram:
Regulações Financeiras: Controles mais rígidos sobre os mercados financeiros para
evitar crises sistêmicas e excessos especulativos que poderiam prejudicar a estabilidade
econômica.
Protecionismo Seletivo: Adoção de políticas protecionistas em certos setores
estratégicos da economia para protegê-los da concorrência externa e fomentar o crescimento
local.
Investimento em Educação e Tecnologia: Ênfase em investimentos em educação e
pesquisa para aumentar a capacidade de inovação e competitividade das economias locais.
Normas Laborais e Ambientais: Implementação de regulamentações para proteger
os direitos trabalhistas e ambientais, garantindo que a globalização não leve a uma corrida ao
fundo onde esses aspectos sejam negligenciados em busca de lucros.
Políticas Industriais e de Desenvolvimento: Formulação de políticas para impulsionar
o desenvolvimento industrial, aumentar a produção local e diversificar a economia.
Essas estratégias foram aplicadas de maneira variada e muitas vezes adaptadas às
necessidades e circunstâncias específicas de cada país. Enquanto alguns adotaram abordagens
mais protecionistas, outros buscaram uma abertura seletiva aos mercados globais, mas com
regulamentações destinadas a proteger certos setores-chave e garantir benefícios mais amplos
para a população.
Neocoletivismo
O termo "neo-coletivismo" não é um conceito amplamente reconhecido na teoria
econômica ou política contemporânea. No entanto, poderia ser interpretado como uma ideia
que se baseia no coletivismo (ênfase no bem-estar coletivo sobre o individual) e em seu
ressurgimento ou evolução em um contexto moderno.
O coletivismo, como filosofia política e social, destaca a importância do interesse
coletivo sobre o individual, promovendo a cooperação e a solidariedade em detrimento do
individualismo. Em termos econômicos, pode estar associado a sistemas ou abordagens que
priorizam o bem-estar da sociedade como um todo sobre os interesses individuais.
O termo "neo-coletivismo" pode sugerir uma possível revisitação ou adaptação do
coletivismo em um contexto contemporâneo, considerando os desafios e as mudanças sociais,
econômicas e políticas atuais. Isso poderia envolver:
Enfoque no Bem-Estar Social: Uma abordagem econômica que coloca ênfase nas
políticas e estratégias que buscam melhorar o bem-estar geral da sociedade, incluindo a
redução das desigualdades, acesso equitativo a recursos e serviços, e um sistema de segurança
social mais abrangente.
Regulação e Intervenção Estatal: Políticas que favorecem uma intervenção mais
ativa do Estado na economia para garantir a equidade, a estabilidade e a proteção dos
interesses da população.
Colaboração e Solidariedade: Promoção de estratégias de cooperação e
solidariedade entre os indivíduos e setores da sociedade, incentivando a colaboração mútua
para alcançar objetivos comuns.
Abordagens de Economia Mista: Combinação de elementos do setor público e
privado para atender às necessidades sociais, mantendo um equilíbrio entre os interesses
individuais e coletivos.
No entanto, vale ressaltar que o termo "neo-coletivismo" não é comumente utilizado
na teoria ou prática econômica contemporânea. Ele pode ser interpretado de diferentes
maneiras e não possui uma definição específica ou estabelecida, sendo mais um conceito
hipotético que poderia refletir uma possível evolução do coletivismo em um contexto
moderno
No entanto, pode-se especular sobre possíveis interpretações ou evoluções que essa
ideia poderia ter após a Guerra Fria, considerando as mudanças sociais, econômicas e políticas
desse período.
Após a Guerra Fria, algumas tendências poderiam ser consideradas como elementos
de um possível "neo-coletivismo":
Enfoque nos Interesses Sociais: Um retorno ou revalorização dos interesses sociais
sobre os individuais em certas áreas, como políticas públicas que enfatizam a importância da
igualdade social, justiça distributiva e bem-estar coletivo.
Ênfase na Participação e Solidariedade: Maior foco na participação cidadã,
movimentos sociais e esforços colaborativos para resolver problemas coletivos, seja por meio
de organizações não governamentais (ONGs), movimentos comunitários ou engajamento
político.

Reavaliação do Papel do Estado: Uma possível visão revisada do papel do Estado na


promoção do bem-estar social, incluindo políticas que garantam serviços públicos acessíveis e
de qualidade, proteção social abrangente e medidas para reduzir as desigualdades.
Sustentabilidade e Responsabilidade Coletiva: Um foco renovado na
sustentabilidade ambiental, com ênfase na responsabilidade coletiva para lidar com questões
como mudanças climáticas, conservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
Neocorporativismo
O neo-corporativismo é uma evolução do conceito de corporativismo, uma
abordagem política e econômica que enfatiza a colaboração entre diferentes grupos sociais,
como sindicatos, empresários e governo, na tomada de decisões e na formulação de políticas.
O corporativismo tradicionalmente se baseia na ideia de cooperação entre os
diferentes setores da sociedade para alcançar objetivos comuns, como estabilidade
econômica, paz social e crescimento sustentável. No entanto, o neo-corporativismo representa
uma atualização ou uma nova versão dessa abordagem, especialmente no contexto pós-
Guerra Fria e em meio às mudanças econômicas e políticas contemporâneas.
O neo-corporativismo pode ser interpretado de várias maneiras, mas geralmente
envolve:
Novos Atores e Dinâmicas: Incorporação de novos atores e interesses além dos
tradicionais grupos empresariais e sindicatos. Isso pode incluir organizações não
governamentais (ONGs), grupos de defesa dos direitos humanos, movimentos sociais e outros
agentes sociais.
Participação em Políticas Públicas: Maior envolvimento de diferentes grupos na
formulação de políticas públicas, incluindo consultas regulares, negociações e acordos entre
diferentes partes interessadas para atender às demandas e interesses de vários setores da
sociedade.
Flexibilidade e Adaptabilidade: A capacidade de adaptação a mudanças econômicas,
tecnológicas e sociais, permitindo que o neo-corporativismo se ajuste às novas realidades em
vez de se ater rigidamente a estruturas e acordos do passado.
Foco na Solução de Problemas Sociais e Econômicos: Colaboração entre diferentes
grupos para resolver questões sociais e econômicas emergentes, como desemprego,
desigualdade, educação, saúde e mudanças climáticas.
O neocorporativismo pode ser visto em várias formas e contextos, pois sua aplicação
e interpretação variam amplamente em diferentes países e regiões. Em alguns lugares, pode
ser mais proeminente em questões de políticas trabalhistas e de bem-estar, enquanto em
outros pode ser mais visível em debates sobre desenvolvimento econômico e sustentabilidade.
Essa abordagem também pode enfrentar críticas e desafios, como questões de
representatividade, influência desproporcional de certos grupos e a capacidade de adaptar-se
a mudanças rápidas e imprevisíveis na economia e na sociedade.
Após a Guerra Fria, o conceito de neo-corporativismo sofreu alterações e adaptações
para se ajustar às mudanças econômicas, políticas e sociais em muitos países.
A “Crise de 2008”
A "Crise de 2008", também conhecida como a crise financeira global de 2008, foi uma
das crises econômicas mais significativas do século XXI. Teve origem nos Estados Unidos, mas
se espalhou rapidamente para outros países, desencadeando uma recessão econômica global.
As causas principais da crise incluíram:
Crise do Mercado Imobiliário nos EUA: Uma bolha imobiliária nos EUA, impulsionada
por empréstimos hipotecários de alto risco (subprime), resultou em um grande número de
hipotecas inadimplentes, levando a um colapso no mercado imobiliário.
Securitização e Derivativos Financeiros: A prática de securitizar essas hipotecas de
alto risco, transformando-as em títulos financeiros complexos, associada à falta de
transparência e compreensão sobre os riscos desses produtos financeiros.
Falha Regulatória: Uma falha nos sistemas regulatórios e de supervisão financeira
que não conseguiram detectar ou conter os riscos sistêmicos emergentes no setor financeiro.
Contágio Global: A interconexão dos mercados financeiros globais resultou na
propagação rápida da crise para outros países, afetando bancos e instituições financeiras em
todo o mundo.
As consequências da crise foram devastadoras:
Crise Bancária: Muitos bancos e instituições financeiras enfrentaram dificuldades
financeiras, alguns precisaram de resgates governamentais para evitar a falência.
Crise Econômica Global: A crise teve um impacto generalizado na economia global,
causando recessões em muitos países e uma diminuição significativa do crescimento
econômico.
Desemprego e Perda de Riqueza: O desemprego aumentou em vários países, e
muitas pessoas perderam suas casas ou sofreram uma significativa redução de patrimônio
devido à desvalorização de ativos.
Em resposta à crise, muitos governos implementaram políticas de estímulo
econômico, reduziram as taxas de juros e lançaram programas de resgate financeiro para
estabilizar o sistema financeiro. Além disso, houve um esforço coordenado entre os bancos
centrais e autoridades reguladoras para fortalecer os mecanismos de supervisão financeira e
aumentar a transparência nos mercados.
A crise de 2008 teve um impacto duradouro na forma como muitos países regulam o
setor financeiro, gerando debates sobre a necessidade de reformas estruturais para prevenir
crises futuras e fortalecer a resiliência do sistema financeiro global.
Predomínio moderno, reforma neo-moderna, revolução e/ou contra-
revolução pós-modernas
Modernismo: Surgiu no final do século XIX e início do século XX, enfatizando a
simplicidade, a funcionalidade e o minimalismo. Na arquitetura, isso se traduziu em edifícios
limpos, linhas retas e materiais industriais, como o aço e o concreto. Exemplos incluem a
Escola Bauhaus na Alemanha e o trabalho de arquitetos como Le Corbusier.
Reforma Neomoderna: Este termo pode referir-se a uma abordagem
contemporânea que mistura elementos do modernismo com tecnologias avançadas e uma
ênfase renovada na sustentabilidade e na conexão com o ambiente.
Pós-modernismo: Surge como uma crítica ao modernismo, desafiando a ideia de
uma verdade absoluta e questionando a ideia de progresso constante. Na arquitetura, isso se
traduz em edifícios mais ecléticos, muitas vezes incorporando referências históricas, jogos
visuais e uma abordagem menos rígida em relação às formas e materiais.
Revolução e Contra-Revolução Pós-Modernas: Estes conceitos podem se referir às
mudanças culturais, sociais e intelectuais que aconteceram após a era modernista. A revolução
pós-moderna muitas vezes é vista como uma mudança em direção a perspectivas mais
fragmentadas, inclusivas e centradas no sujeito, enquanto a contra-revolução pós-moderna
pode representar movimentos ou ideias que buscam manter ou revitalizar certos aspectos do
modernismo.
Esses termos são frequentemente debatidos e interpretados de maneiras diversas
por diferentes campos, como a arte, a filosofia, a arquitetura e a cultura em geral. Eles
refletem mudanças nas formas de pensamento e expressão ao longo do tempo, influenciando
a maneira como vemos o mundo e como criamos nossos ambientes e identidades.
O ateísmo e o laicismo, religiosidades e integrismo religioso
Ateísmo: É a falta de crença ou a negação da existência de divindades. Os ateus
geralmente não creem em deuses ou entidades sobrenaturais. O ateísmo pode ser expresso de
diversas formas, desde uma falta de convicção até uma crença ativa na inexistência de
divindades.
Laicismo: Refere-se à separação entre instituições governamentais e religiosas. Um
estado laico não privilegia nenhuma religião específica e garante a liberdade de crença para
todos os cidadãos, mantendo uma postura neutra em questões religiosas.
Religiosidade: É uma abordagem mais ampla que abarca várias expressões de fé,
espiritualidade e práticas religiosas. Envolve a crença em divindades, rituais, moralidade
baseada na religião e uma conexão pessoal com o sagrado.
Integrismo Religioso: Refere-se a uma interpretação rígida e inflexível das doutrinas
religiosas. Os integristas muitas vezes advogam por uma adesão estrita aos ensinamentos
religiosos, resistindo a mudanças ou interpretações flexíveis, e podem até buscar impor suas
crenças sobre outros ou sobre as estruturas sociais e políticas.
Cientismos, racionalismo crítico e sincrético, irracionalismos e
negacionismos.
Cientismo: É a crença na supremacia da ciência e do método científico como a única
forma válida de adquirir conhecimento sobre o mundo. Os cientistas acreditam que tudo pode
ser explicado e compreendido através da investigação científica, muitas vezes relegando
outras formas de conhecimento, como a filosofia, a religião ou a arte, como inferiores ou
irrelevantes.
Racionalismo Crítico: Refere-se a uma abordagem que enfatiza a importância do
pensamento crítico, da razão e da evidência empírica na busca pelo conhecimento. Ela não
nega a validade de outras formas de conhecimento, mas exige uma avaliação cuidadosa e
racional das afirmações, incluindo as científicas.
Sincretismo: É a prática de combinar diferentes crenças, ideias ou escolas de
pensamento, muitas vezes de tradições religiosas ou filosóficas diversas, para criar uma síntese
ou uma visão mais abrangente do mundo. Isso pode resultar em uma fusão de elementos
aparentemente contraditórios para formar uma nova perspectiva.
Irracionalismo: É a crença na limitação do poder da razão humana para compreender
o mundo ou resolver questões fundamentais. Essa visão sugere que existem aspectos da
existência que estão além da capacidade da razão humana de compreender completamente.
Negacionismo: Refere-se à rejeição deliberada e muitas vezes ideológica de fatos
estabelecidos, teorias científicas ou eventos históricos, geralmente sem base em evidências
sólidas. Pode ser motivado por ideologias políticas, crenças pessoais ou agendas específicas.
Esses conceitos representam diferentes maneiras de abordar o conhecimento, a
verdade e a compreensão do mundo, cada um com suas próprias implicações filosóficas e
práticas. Eles refletem a complexidade das perspectivas humanas e como interpretamos e
interagimos com a realidade ao nosso redor.
Esses conceitos estão profundamente interligados e frequentemente são discutidos
em contextos sociais, políticos e culturais. As atitudes em relação à religião, crença e
secularismo variam significativamente entre diferentes culturas e ao longo do tempo,
influenciando sistemas legais, políticas públicas e relações sociais. É um campo complexo e
dinâmico, onde as visões individuais podem ser muito diversas e multifacetadas.
Culturas populares, cultura erudita e cultura de massas.
As distinções entre cultura popular, cultura erudita e cultura de massa dizem respeito
às diferentes formas de expressão cultural e aos públicos aos quais essas formas são
direcionadas:
Cultura Popular: Refere-se às expressões culturais que são amplamente difundidas
entre as camadas populares de uma sociedade. Isso inclui música, dança, arte, tradições,
vestimentas, culinária e outros elementos que são compartilhados e apreciados por um grande
número de pessoas dentro de uma cultura específica. A cultura popular muitas vezes é
transmitida oralmente ou através de meios de comunicação de massa e pode estar enraizada
nas tradições locais e costumes cotidianos.
Cultura Erudita (ou Cultura de Elite): É frequentemente associada à alta cultura,
intelectualidade e conhecimento acadêmico. Essa forma de cultura é tradicionalmente
acessível a uma elite educada ou a um grupo de especialistas em um campo específico, como
literatura clássica, música erudita, arte abstrata e filosofia. É valorizada por seu nível de
complexidade, profundidade e originalidade.
Cultura de Massa: Refere-se à produção cultural voltada para um público amplo e
heterogêneo. Ela é frequentemente comercializada e distribuída através de meios de
comunicação de massa, como televisão, cinema, música pop, entre outros. A cultura de massa
tende a ser mais acessível, consumível e orientada para o entretenimento em comparação
com a cultura erudita. Pode ser produzida em grande escala para atender às demandas de um
mercado mais amplo.
Essas diferentes formas de cultura têm seus próprios valores, contextos e influências
na sociedade. Enquanto a cultura popular reflete a identidade e os costumes de uma
comunidade, a cultura erudita muitas vezes é vista como uma expressão de refinamento
intelectual, e a cultura de massa tende a refletir os gostos e as tendências de uma ampla
audiência, muitas vezes moldada por interesses comerciais e de entretenimento.
Reforma pós-moderna no pós-guerra fria.
A ideia de reforma neomoderna no contexto pós-Guerra Fria refere-se a uma
abordagem arquitetónica e cultural que busca uma síntese entre elementos do modernismo
do século XX e as novas realidades e tecnologias emergentes após o fim da Guerra Fria.
Após esse período histórico, houve uma renovação no pensamento arquitetónico e
no design, onde alguns arquitetos começaram a incorporar os princípios do modernismo,
como simplicidade, funcionalidade e formas limpas, com uma abordagem mais
contemporânea e tecnologicamente avançada.
A reforma neomoderna pode ser caracterizada por:
Sustentabilidade: Uma ênfase renovada na sustentabilidade e no uso de materiais e
tecnologias mais eco-friendly, respondendo aos desafios ambientais emergentes.
Integração de Tecnologia: Utilização de tecnologias avançadas no design e na
construção, incorporando inovações tecnológicas para criar espaços mais eficientes e
funcionais.
Fusão de Estilos: Mescla de elementos do modernismo com novas formas, materiais
e estilos arquitetônicos, resultando em uma abordagem mais eclética e adaptável às
demandas contemporâneas.
Ênfase na Funcionalidade e Estética: Continua a priorizar a funcionalidade e a
simplicidade das formas, mas também se preocupa com a estética e a experiência do usuário.
Essa abordagem busca sintetizar os princípios modernistas com as necessidades e
possibilidades do mundo pós-Guerra Fria, refletindo uma evolução no pensamento
arquitetônico que se adapta às mudanças sociais, culturais, tecnológicas e ambientais da
época.
Pós-modernismo no pós-guerra fria
No contexto pós-Guerra Fria, o termo "pós-modernismo" continuou a influenciar as
artes, a cultura e o pensamento, mas também surgiram debates e movimentos que refletiam
diferentes visões sobre a direção que a sociedade estava tomando.
Revolução Pós-Moderna: Alguns argumentam que houve uma revolução cultural
pós-moderna, marcada por uma ênfase na diversidade, na fragmentação, na desconstrução de
narrativas unificadas e na valorização das diferenças individuais. Este movimento abraçou a
ideia de múltiplas verdades, rejeitando narrativas totalizantes e privilegiando a subjetividade, a
multiplicidade de perspectivas e a fluidez identitária.
Contra-Revolução Pós-Moderna: Por outro lado, alguns críticos viram uma contra-
revolução pós-moderna, expressa através do retorno a narrativas mais tradicionais, a uma
reafirmação de valores culturais mais convencionais e a uma crítica à fragmentação e
relativização das verdades. Isso pode ser observado em movimentos que enfatizam a
necessidade de estabilidade, ordem e valores morais considerados fundamentais para a
coesão social.
Essas perspectivas podem ser vistas como uma continuação dos debates iniciados
durante o período pós-moderno, mas agora contextualizados em um mundo pós-Guerra Fria,
onde as transformações geopolíticas, sociais, tecnológicas e culturais continuaram a evoluir. Os
movimentos de revolução e contra-revolução pós-modernas refletem diferentes visões sobre o
que significa viver em um mundo em constante mudança e como lidar com a diversidade, a
complexidade e a incerteza da era contemporânea.
Ateísmo no pós-guerra fria
No período pós-Guerra Fria, o ateísmo continuou a ser uma posição filosófica e uma
visão de mundo adotada por muitos indivíduos em diferentes partes do mundo. Algumas
tendências e evoluções no ateísmo durante esse período incluem:
Visibilidade e Acesso à Informação: Com o avanço da tecnologia e o acesso facilitado
à informação, houve um aumento na disseminação de ideias ateístas e secularistas. A internet,
em particular, proporcionou um espaço para o compartilhamento de pensamentos e debates
sobre o ateísmo e questões relacionadas à religião.
Críticas à Religião e ao Fundamentalismo: O ateísmo continuou a ser um ponto de
crítica às instituições religiosas e ao fundamentalismo religioso, especialmente em relação à
política, à ética e aos direitos humanos.
Movimentos Seculares e Humanistas: Surgiram movimentos seculares e humanistas
que não apenas rejeitam a crença em divindades, mas também buscam promover valores
éticos e morais baseados na razão, na compaixão e na responsabilidade social, muitas vezes
independentemente de sistemas religiosos.
Diversidade de Perspectivas Ateístas: O ateísmo não é uma ideologia homogênea;
existem várias vertentes, como o ateísmo científico, o ateísmo filosófico e o ateísmo secular.
Alguns adotam uma postura mais agnóstica, enquanto outros são mais assertivos na negação
da existência de divindades.
Questões Culturais e Geográficas: O ateísmo e a secularidade assumem formas
diferentes em diferentes contextos culturais e geográficos. Em algumas sociedades, a
descrença religiosa é mais aceita e difundida, enquanto em outras pode ser mais marginalizada
ou enfrentar desafios sociais e políticos.
O ateísmo no período pós-Guerra Fria reflete uma continuação da diversidade de
pensamentos e visões de mundo que desafiam as perspectivas religiosas predominantes e
buscam uma compreensão do mundo baseada na razão, na evidência empírica e em princípios
éticos seculares.
Laicismo no Pós-guerra fria
O laicismo, que defende a separação entre instituições governamentais e religiosas,
continuou a ser um tema relevante no período pós-Guerra Fria, mas sua aplicação e
interpretação variaram em diferentes partes do mundo. Algumas tendências e questões em
relação ao laicismo nesse período incluem:
Questões de Estado Laico: Muitos países continuaram a adotar ou a reforçar políticas
laicas, buscando manter uma neutralidade em questões religiosas. Isso pode incluir a remoção
de símbolos religiosos de espaços públicos, a garantia da liberdade religiosa para todos os
cidadãos e a separação clara entre instituições religiosas e o governo.
Desafios à Separação entre Igreja e Estado: Em algumas regiões, houve desafios à
separação entre igreja e Estado, com debates sobre a influência religiosa em políticas públicas,
como em questões de educação, saúde e direitos civis. Isso levou a discussões sobre o papel da
religião na esfera pública e sobre onde traçar a linha entre liberdade religiosa e interesses
públicos seculares.
Tensões em Contextos Multiculturais: Em sociedades multiculturalmente diversas, o
laicismo muitas vezes enfrenta desafios na gestão de diferentes identidades religiosas e
culturais. A busca por equilíbrio entre respeitar a diversidade religiosa e manter a neutralidade
estatal pode ser um ponto de tensão.
Impacto da Globalização: A globalização trouxe à tona debates sobre como culturas
e tradições religiosas diversas podem coexistir em sociedades cada vez mais interconectadas.
Isso pode afetar as políticas laicas e as maneiras como diferentes países lidam com questões
de fé e secularidade.
O laicismo no período pós-Guerra Fria reflete uma continuação das discussões sobre
a relação entre religião e governo, a liberdade religiosa e a garantia de direitos seculares para
todos os cidadãos, em um contexto de mudanças sociais, culturais e políticas profundas.
Religiosidade no Pós-guerra fria
No período pós-Guerra Fria, a religiosidade experimentou uma série de dinâmicas e
mudanças em diferentes partes do mundo:
Ressurgimento e Diversificação Religiosa: Em várias regiões, houve um
ressurgimento de expressões religiosas e um aumento na diversidade religiosa. Algumas
comunidades viram um renovado interesse no engajamento religioso, enquanto outras
testemunharam o crescimento de novas formas de espiritualidade e práticas religiosas.
Papel da Religião na Sociedade: A religião continuou a desempenhar papéis diversos
na sociedade, desde servir como um componente central da identidade cultural e social até
influenciar questões políticas, éticas e de valores morais. Em alguns casos, as instituições
religiosas assumiram um papel ativo em questões sociais e humanitárias.
Conflitos e Tensões Religiosas: Em muitas áreas, os conflitos e as tensões religiosas
persistiram ou mesmo se intensificaram. Disputas religiosas, políticas ou territoriais
continuaram a ser fontes de conflito em várias partes do mundo, contribuindo para
instabilidades sociais e políticas.
Religiosidade em um Mundo Globalizado: A globalização trouxe um maior
intercâmbio entre culturas e religiões, resultando em interações entre tradições religiosas
diferentes. Isso influenciou a maneira como as religiões são praticadas e compreendidas,
levando a adaptações e sincretismos em algumas comunidades.
Religião e Identidade: A religião muitas vezes desempenha um papel fundamental na
formação da identidade pessoal e coletiva. Em um mundo pós-Guerra Fria, onde as
identidades são cada vez mais fluidas e complexas, a religião continua a ser um aspecto
significativo para muitas pessoas na construção de sua identidade.
Em resumo, a religiosidade no período pós-Guerra Fria foi marcada por uma série de
mudanças e continuidades, refletindo a complexidade e a diversidade das práticas religiosas,
bem como seu impacto nas sociedades contemporâneas.
Integrismo Religioso no Pós-guerra fria
Integrismo religioso no pós-Guerra Fria tem sido uma realidade em muitas partes do
mundo, caracterizado pela adesão estrita e muitas vezes inflexível às doutrinas e crenças
religiosas, com implicações significativas na sociedade:
Manifestação Extremista: O integrismo religioso muitas vezes se manifesta de
maneira extremista, defendendo interpretações literalistas das escrituras sagradas e
rejeitando mudanças ou adaptações nas práticas religiosas.
Polarização e Conflitos: Em alguns casos, o integrismo religioso pode contribuir para
a polarização social e para o surgimento de conflitos, alimentando tensões entre grupos
religiosos ou entre grupos religiosos e o Estado.
Restrições à Diversidade e à Liberdade: Em contextos onde o integrismo religioso é
prevalente, pode haver restrições severas à diversidade religiosa e à liberdade de expressão,
especialmente para aqueles que seguem outras crenças ou para indivíduos que optam por não
seguir nenhuma religião.
Impacto nas Políticas Públicas: Em algumas sociedades, o integrismo religioso pode
influenciar as políticas públicas, buscando impor certos valores ou restrições baseadas em
interpretações religiosas específicas.
Desafios à Modernização e aos Direitos Humanos: O integrismo religioso pode
representar um desafio para os esforços de modernização e para a promoção dos direitos
humanos, especialmente quando essas doutrinas se chocam com princípios de igualdade,
liberdade e justiça.
O integrismo religioso é um fenômeno complexo e multifacetado que pode se
manifestar de maneiras diferentes em diferentes contextos culturais, sociais e políticos. Seus
impactos variam amplamente, influenciando as dinâmicas sociais, políticas e culturais em
muitas partes do mundo.
Cientismo no pós-guerra fria
No período pós-Guerra Fria, o cientismo, que é a crença na supremacia da ciência e
do método científico como a única fonte de conhecimento verdadeiro e confiável, continuou a
ser uma tendência em certos círculos intelectuais e sociais. Algumas observações sobre o
cientismo nesse período incluem:
Confiança na Ciência e na Tecnologia: Com os avanços contínuos na ciência e na
tecnologia, houve uma crescente confiança na capacidade da ciência de resolver problemas e
avançar no conhecimento humano.
Influência nas Decisões e Políticas: O cientismo pode influenciar as políticas públicas,
com a ênfase na evidência científica como base para tomadas de decisão em questões sociais,
econômicas e ambientais.
Tensões entre Ciência e Outros Campos: O cientismo pode gerar tensões com áreas
do conhecimento que não são facilmente quantificáveis ou testáveis empiricamente, como as
humanidades, a filosofia ou mesmo certos aspectos da experiência humana, levando a debates
sobre a validade e o papel desses campos.
Críticas ao Excesso de Confiança: Alguns críticos apontam que o cientismo pode
levar a uma confiança excessiva na ciência, ignorando limitações éticas, sociais ou filosóficas da
pesquisa científica e de suas aplicações.
Desafios Éticos e Morais: O cientismo muitas vezes levanta questões éticas e morais
sobre o uso da ciência, especialmente em campos como a bioética, a inteligência artificial e a
engenharia genética, onde surgem dilemas éticos complexos.
O cientismo, como qualquer ideologia, tem seus defensores e críticos. Enquanto
alguns valorizam a abordagem científica como fundamental para compreender e melhorar o
mundo, outros advertem contra a visão excessivamente reducionista que pode negligenciar
aspectos da existência humana que vão além do escopo estrito da ciência.
Racionalismo crítico e o sincrético no pós-guerra fria
No período pós-Guerra Fria, o racionalismo crítico e o sincrético continuaram a
influenciar o pensamento e as abordagens filosóficas e culturais:
Racionalismo Crítico: O racionalismo crítico, que enfatiza a importância da razão, do
pensamento crítico e da evidência empírica na busca pelo conhecimento, permaneceu como
uma abordagem influente. No contexto pós-Guerra Fria, houve um aumento na valorização da
análise racional e na busca por argumentos fundamentados em evidências para questões
sociais, políticas e científicas.
Sincrétismo: O sincrético, que busca combinar ou sintetizar elementos de diferentes
tradições filosóficas, culturais ou religiosas, também teve um papel relevante. Em um mundo
cada vez mais globalizado, onde diferentes culturas e ideias estão em contato, o sincrético
muitas vezes se manifesta como uma tentativa de criar sínteses ou abordagens integrativas
que buscam unir diferentes perspectivas para uma compreensão mais abrangente do mundo.
Integração de Abordagens Filosóficas: O período pós-Guerra Fria testemunhou um
interesse renovado na integração de várias abordagens filosóficas. Isso pode ser visto na
interseção entre a filosofia ocidental e outras tradições filosóficas, bem como na tentativa de
aplicar a razão crítica a questões éticas, morais e políticas complexas.
Desafios à Fragmentação e à Polarização: Tanto o racionalismo crítico quanto o
sincrético enfrentaram o desafio de lidar com a fragmentação de ideias e valores, bem como
com a polarização em questões sociais e políticas. Essas abordagens buscam promover a
reflexão crítica e a integração de perspectivas diversas como forma de superar divisões e
conflitos.
No pós-Guerra Fria, o racionalismo crítico e o sincrético continuaram a desempenhar
papéis importantes na busca por compreensão, diálogo e resolução de questões complexas,
incentivando a aplicação da razão e da integração de diferentes visões para enfrentar os
desafios contemporâneos.
Irracionalismos e negacionismos no pós-guerra fria
No período pós-Guerra Fria, o irracionalismo e o negacionismo também tiveram
presença e impacto em diferentes aspectos da sociedade:
Irracionalismo: O irracionalismo, que desafia a primazia da razão e enfatiza a
importância de elementos não racionais na compreensão do mundo, teve manifestações em
vários campos. Isso pode incluir movimentos que valorizam a intuição, a emoção ou a
espiritualidade sobre a lógica ou a razão, muitas vezes levando a visões de mundo menos
baseadas em evidências ou na análise racional.
Negacionismo: O negacionismo, que envolve a rejeição deliberada e muitas vezes
ideológica de fatos estabelecidos, teorias científicas ou eventos históricos, também teve seu
impacto. Em áreas como ciência, história, saúde pública e mudanças climáticas, o
negacionismo pode ser observado como um desafio à aceitação de consensos científicos ou
eventos históricos amplamente documentados.
Desinformação e Polarização: Tanto o irracionalismo quanto o negacionismo podem
contribuir para a propagação de desinformação e para a polarização na sociedade. Quando a
emoção ou a ideologia superam a razão e a evidência, isso pode levar a divisões e à
disseminação de crenças infundadas.
Consequências em Questões Críticas: Essas atitudes podem ter sérias
consequências, especialmente em áreas onde a ciência é crucial para a tomada de decisões,
como saúde, meio ambiente e políticas públicas. A recusa em aceitar fatos científicos
estabelecidos pode retardar ou dificultar a adoção de medidas necessárias para resolver
problemas complexos.
Embora a era pós-Guerra Fria tenha testemunhado avanços significativos em várias
áreas, também trouxe desafios persistentes relacionados à aceitação da evidência científica e
ao pensamento crítico, destacando a importância da promoção de uma cultura de
compreensão baseada em evidências e racionalidade.
Culturas populares, eruditas e de massas após a guerra fria
No período pós-Guerra Fria, as culturas populares continuaram a evoluir e
influenciar a sociedade de várias maneiras:
Globalização da Cultura Popular: Com o avanço da tecnologia e da comunicação,
houve uma difusão ainda maior da cultura pop a nível global. A música, o cinema, os
programas de televisão e os produtos culturais tornaram-se mais acessíveis e difundidos em
todo o mundo, criando uma cultura global compartilhada em alguns aspectos.
Diversificação e Hibridização: Ao mesmo tempo, as culturas populares se
diversificaram e se tornaram mais híbridas. Houve uma mistura de influências culturais de
diferentes partes do mundo, resultando em novas formas de expressão cultural e na fusão de
estilos, gêneros e tradições.
Tecnologia e Mudança na Produção Cultural: A revolução digital transformou a
maneira como a cultura é produzida, consumida e distribuída. A ascensão das redes sociais,
plataformas de streaming e mídias digitais possibilitou a criação de conteúdo por indivíduos,
democratizando a produção cultural.
Impacto na Identidade e na Sociedade: As culturas populares influenciam a
identidade coletiva e individual, moldando atitudes, comportamentos e valores. Elas
desempenham um papel importante na construção de identidades culturais e na forma como
as pessoas se relacionam e se expressam.
Resistência e Reinterpretação: Ao mesmo tempo em que a cultura pop pode refletir
tendências dominantes, ela também pode ser um espaço para resistência e reinterpretação.
Movimentos culturais de contracultura e subculturas muitas vezes desafiam normas
estabelecidas e oferecem perspectivas alternativas.
No geral, as culturas populares no pós-Guerra Fria continuaram a ser um reflexo
dinâmico das mudanças sociais, tecnológicas e globais, exercendo influência sobre a forma
como as pessoas se relacionam com o mundo ao seu redor e como constroem suas
identidades culturais.
No período pós-Guerra Fria, as culturas eruditas mantiveram sua relevância, mas
também passaram por mudanças e desafios:
Globalização da Cultura Erudita: Assim como a cultura popular, a cultura erudita foi
impactada pela globalização. O acesso a obras de arte, literatura clássica, música erudita e
outras formas de expressão cultural tornou-se mais amplo, alcançando um público global por
meio de eventos culturais, exposições e meios de comunicação.
Diversificação e Expansão: Houve uma diversificação na produção e na interpretação
da cultura erudita, com uma ampliação das perspectivas culturais e uma abertura para a
inclusão de vozes e estilos diversos dentro desses domínios.
Tecnologia e Disseminação: A tecnologia também impactou a disseminação da
cultura erudita. Plataformas digitais, transmissões ao vivo e arquivos online tornaram obras de
arte, concertos, peças teatrais e outros conteúdos culturais eruditos mais acessíveis a um
público mais amplo.
Desafios Financeiros e Institucionais: Muitas instituições culturais eruditas
enfrentaram desafios financeiros, especialmente em relação ao financiamento público e
privado. A sustentabilidade e a preservação da cultura erudita tornaram-se preocupações
importantes.
Integração e Interseção com a Cultura Popular: Em certos casos, houve uma
interseção entre a cultura erudita e a cultura popular. Essa convergência pode ser observada
em colaborações entre artistas eruditos e populares, em novas interpretações de obras
clássicas ou na incorporação de elementos da cultura popular em performances eruditas.
Embora as culturas eruditas tenham enfrentado desafios, elas continuaram a
desempenhar um papel significativo na preservação, na evolução e na disseminação do
conhecimento e da expressão artística de alto nível. A globalização e a tecnologia têm
desempenhado um papel crucial na expansão do alcance dessas formas culturais e na sua
adaptação aos contextos contemporâneos.
No período pós-Guerra Fria, a cultura de massas passou por transformações
significativas e continuou a desempenhar um papel marcante na sociedade:
Expansão e Acesso Global: Com a disseminação da tecnologia e a globalização, a
cultura de massas se expandiu em escala global. Música pop, filmes, programas de TV,
videogames e outros produtos culturais alcançaram audiências em todo o mundo,
impulsionados pela disseminação rápida e ampla por meio da internet e das redes sociais.
Homogeneização e Diversificação: Enquanto a cultura de massas muitas vezes é
associada à homogeneização cultural, houve também uma diversificação dentro desse cenário.
A variedade de conteúdos e a proliferação de subculturas e nichos culturais cresceram,
permitindo uma ampla gama de escolhas para diferentes públicos.
Influência na Identidade e na Sociedade: A cultura de massas continua a influenciar
a identidade e os valores sociais. Ela molda atitudes, comportamentos e modos de pensar,
especialmente entre as gerações mais jovens, e desempenha um papel importante na
construção da identidade cultural e na formação da opinião pública.
Interação com a Tecnologia: O avanço tecnológico, como a evolução dos dispositivos
móveis e das plataformas de streaming, transformou a maneira como consumimos e
interagimos com a cultura de massas. A conveniência e a acessibilidade aumentaram,
permitindo um consumo mais personalizado e interativo.
Comercialização e Entretenimento: A cultura de massas é altamente comercial e
orientada para o entretenimento. A indústria do entretenimento busca constantemente
inovação para cativar o público, criando produtos culturais que buscam não apenas entreter,
mas também influenciar tendências e comportamentos.
No geral, a cultura de massas no período pós-Guerra Fria continuou a evoluir,
moldando e sendo moldada pelas mudanças sociais, tecnológicas e culturais. Sua influência na
sociedade e na forma como as pessoas se relacionam com a cultura e o entretenimento
permanece significativa até os dias atuais.

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