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Conteúdo ministrado: História e seus conceitos, historicidade, historiografia, civilização, cidadão, memória, processo
histórico, sujeito histórico, cultura, patrimônio cultural.
1. (UDESC)
“A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão esgotar-se
em compreender o passado se nada se sabe do presente.” Marc Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65.
Assinale a alternativa que contém a definição de história mais coerente com a citação do historiador Marc Bloch.
A A História é a ciência que resgata o passado para explicar o presente e fazer previsões sobre o futuro.
B A História é uma ciência que visa promover o entretenimento dos expectadores do presente e um conhecimento inútil
sobre o passado.
CA História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre o passado determinada pela imaginação do historiador.
D A História é a ciência que se refugia no passado para não compreender as questões do presente.
E A História é uma ciência que formula questões sobre o passado a partir de inquietações e experiências vividas no
presente.
2. (ENEM)
Os pesquisadores que trabalham com sociedades indígenas centram sua atenção em documentos do tipo jurídico-
administrativo, visitas, testamentos, processos ou em relações e informes e têm deixado em segundo plano as crônicas.
Quando as utilizam, dão maior importância àquelas que foram escritas primeiro e que têm caráter menos teórico e
intelectualizado, por acharem que estas podem oferecer informações menos deformadas. Contrariamos esse
posicionamento, pois as crônicas são importantes fontes etnográficas, independentemente de serem contemporâneas ao
momento da conquista ou de terem sido redigidas em período posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros
humanistas ou pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas. (PORTUGAL, A. R. O ayfú e o andino nas
crônicas quinhentistas: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura Acadêmica,
2009).
As fontes valorizadas no texto são relevantes para a reconstrução da história das sociedades pré-colombianas porque:
a. Relativizam os registros oficiais.
b. Sintetizam os ensinamentos da catequese.
c. Enfatizam os esforços de colonização.
d. Tipificam os sítios arqueológicos.
e. Substituem as narrativas orais.
3. (ENEM)
A história não corresponde exatamente ao que foi realmente conservado na memória popular, mas àquilo que foi
selecionado, escrito, descrito, popularizado e institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-lo. Os
historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles contribuem,
conscientemente ou não, para a criação, demolição e reestruturação de imagens do passado que pertencem não só ao
mundo da investigação especializada, mas também à esfera pública na qual o homem atua como ser político.
Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade mencionada, é tarefa do profissional envolvido:
A Criticar as ideias dominantes.
B respeitar os interesses sociais.
C defender os direitos das minorias.
D explicitar as escolhas realizadas.
E satisfazer os financiadores de pesquisas.
4. (ENEM) As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte da Bahia, além de significativas para a identidade cultural,
dessa região, são úteis às investigações sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos antigos revoltosos.
Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de
A objetos arqueológicos e paisagísticos.
B acervos museológicos e bibliográficos.
C núcleos urbanos e etnográficos
D práticas e representações de uma sociedade.
E expressões e técnicas de uma sociedade extinta.
5. (UDESC)
“A descoberta avivou o espírito do passado. D. Paula forcejou por sacudir fora essas memórias importunas; elas, porém,
voltavam, ou de manso ou de assalto, como raparigas que eram, cantando, rindo, fazendo o diabo. D. Paula tornou aos
seus bailes de outro tempo, às suas eternas valsas que faziam pasmar a toda a gente, às mazurcas, que ela metia à cara
da sobrinha como sendo a mais graciosa coisa do mundo, e aos teatros, e às cartas, e vagamente, aos beijos; mas tudo
isso – e esta é a situação – tudo isso era como as frias crônicas, esqueleto da história, sem a alma da história.”
ASSIS, Machado de. D. Paula. Várias histórias. 3. ed. São Paulo: Martins Claret, 2013, p. 128.
6. (ENEM) Brasília é a primeira cidade moderna inscrita na lista do Patrimônio Mundial. O plano da cidade, idealizado
por Lúcio Costa, segue os princípios básicos da Carta de Atenas, de 1933. Uma cidade estruturada em áreas, cada qual
com uma função específica (área monumental, onde se concentram os prédios da administração, área residencial, área
agrária e área de lazer), separadas por vastos espaços naturais que se comunicam pelo traçado das grandes vias.
SILVA, F. F. As cidades brasileiras e o Patrimônio Cultural da Humanidade. São Paulo: Peirópolis, 2003.