Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I M L 1T I M ! E l P t l t i r a i
DA
LINGUA p o r t u g u e z a
4
PláLOS PROFKBSOKKS
S.* <mIí«‘h » c o r m - l i i c n i i ^ m o i i l n i l t i
ItiO t io . I í U 1 0 l l ‘0
• (T*>
.r^ v J o IT O
Sierão ivjiiUiulntK ImlK
mom totlow <»n e x e iw -
A D V P R T E N C IA
1. G rammatica é a a r t e de 1'allar e e sc r e v e r
correctam ente
23. S u b s t a n t i v o a u g m e n t a t i v o ó o d erivado
que significa ente de tam anho superior ao ordinário
ou n a t u r a l, como: (ronealão, hom enzarrão, narigão,
cavallão.
3 5 . N o m e c o m m um d e d o u s é o q u e s e m m u d a r
d e t e r m i n a ç ã o , o r a é do g e n e r o m a s c u l i n o , o r a ó d o
g e n e r o fem in in o . E x e m p lo : o m a r ty r , a m a r ty r .
3 6 . N o m e e p i c e n o ou p r o m i s c u o é o q u e a p e z a r
d e s e r só d e u m g e n e r o , i n d i c a a o m e s m o t e m p o o
m a c h o e f e i n e a d o s a n i m a e s . E x e m p l o : o jacaré, m a
c h o , o ja c a r é f e m e a ; a onça m a c h a , a o n ça f e m e a .
T a m b e m pod e m o s e x p r im ir a distineção dos sexos p o r m eio
dos s u b s ta n t iv o s m acho e fe m e a seguidos da preposição d f di
z endo p o r e x e m p lo o m a c h o d a o n ç a , o m acho d a cobra ; a
fem ea, d o ja c a r é , a fe rn e a do c r o c o d ilo .
Além dos d o u s meios indicados nos n s. 34 o :S5, t a m b e m as
seguintes regras d ào a c o n h ec er o g e n e r o de m uito s n o m e s :
i I» n laosiM"*.
3 7 . S ã o do genero m a sc u lin o o s n o m e s c o m m u n s
do h o m e n s e a n i m a e s m a c h o s . E x e m p l o : p a i, filh o ,
m estre ; t/alo, c a r n e ir o , leão.
3 8 . S ã o t a m b e m do ye n ero m a s c u lin o o s n o m e s
p r o p r i o s d o D eos d o s C h r i s t ã o s , d o s d e o s e s f a l s o s ,
dos h o m en s, dos a n im a e s m a ch o s, dos v e n to s , m o n
t e s , m a r e s , r i o s e m e z e s . E x e m p l o : J e su s, J ú p i te r ,
P ed ro, Ituc.ephalo, N orte, S i n a i , M editerrâ n eo , A m a
z o n a s , J a n e ir o .
3 9 . S ã o d o yenero fe m i n in o o s n o m e s c o m m u n s
de mulheres e femeas dos animaes. Exemplo: mãi,
filha, mestra; gata, ovelha, leoa.
(rrstíBiasEí^ão «awsuíew
n u m e r o n o s iionirix
5 2 . O p l u r a l d o s n o m e s a c a b a d o s e m el, f o r m a - s e ,
m u d a n d o - s e l ern is. E x . a u n e l— a n u a is.
5 3 . O p l u r a l d o s n o m e s a c a b a d o s e m il l o n g o ,
f o r m a - s e , m u d a n d o - s e l e m s ; e d o s a c a b a d o s ern i l
b r e v e , m u d a n d o - s e il e m eis. E x . b a r r il— b a r r is ,
fó s s il— fósseis.
5 4 . O p lu r a l dos nom es ac a b a d o s em m f o r -
m a - s e , m u d a n d o - s e m e m ns. E x . v in tc r n — v in té n s .
5 5 . O p lu r a l dos n o m e s a c a b a b o s em s f o r m a - s e
c o m a s m e s m a s l e t r a s d o s i n g u l a r . E x . o p ir e s — os
j>ires.
K x c e p tu â o -se d e o s , s im p le s e c a /is o u c a li x q u e fazem
dcoses, sim p lic e s, c á lic es ou r a li s .
Dos n o m p s a ca bados cm s u n s tflm s i n g u l a r e p l u r a l , c o m o
p o r ex. O a l f e r e s — os a / fe r e s , o a r m e s — os a r m e s , o ra e s— os
caes. o la p is — os l a p is , o o u r i v e s — o s o u r iv e s ; o u t r o s só
tem p l u r a l , corno piu* ex. a s a lv iç a r a s , os a n n a e s , a s a r r a s o u
a r r h a s , os a r r e d o r e s , a s a n d a s , a s cócegas, o s e m b o r a s , as
r n d o e n r a s , as e n tr a n h a s , a s e x é q u ia s , as la tn p a s , os l è m u r e s ,
;is m a tin a s , os m a n e s , as p à r e tis , a* p r e c e s , as t r i r a s , ns v e r a s .
os vív eres.
(*i H a v e n d o d u v id a s o b r e o p l u r a l d e u m noune e m í/ o s i^ ja - s o a r o j j r a
tro ra l d o n . 56, te u d o e m v i s t a n s rx e p y rte n d o m e n in o n u m e ro .
— I l
a rtig o
O a d je c tiv o segue s e m p r e o g e n e r o e o n u m e r o do n o m e a
<jue se a ju n t a ou se referi*, isto é. deve s e r do s. se o s u b s t . ('.
d o sin g . ; do p l u r a l se o su bst. é d o p lu r a l ; m a s c u l i n o se o
s u b s t. t> m a s c u l i n o ; e f e m i n i n o se o s u b s t. £ f e m in in o .
6 5 . A d j e c t i v o s im p le s é o q u e c o n s t a d e u m a só
p a l a v r a , a s s i m c o m o ; to d o , p o d e r o so , q u a l, a q u elle.
6 6 . A d j e c t i v o com posto è o q u e c o n s t a d e d u a s o u
m ais de d u a s p a l a v r a s e n c o r p o r a d a s o u s e p a r a d a s ,
c o m o lodo poderoso, q u a l q u e r , lodo a q t t e / l e , m u i t o
p o d eroso, o m a is p o d e ro so .
6 7 . T a n t o os a d j e c t i v o s s i m p l e s c o m o o s c o m
p o s t o s d i v i d e m - s e e m ip ia li/ic u lic o tt e d e te rrn in a
tiv o s .
6 8 . A d j e c t i v o q u \ l i f i c a t i v o é o q u e se a j u n ta
ao n o m e dos e n te s p a r a sig n ific a r a q u a l id a d e q u e
l h e s p e r t e n c e . E x . h o m e m b o m , t/ra n d e c i d a d e , IteUo
cav allo .
6 9 . Os a d j e c t i v o s q u a l i f i c a t i v o s d i v i d e m - s e e m
p o sitiv o s, c o m p a r a tiv o s e s u p e r la tiv o s .
7 0 . O p o sitiv o s ig n i f i c a q u a l i d a d e s i m p l e s m e n t e ,
isto é, sem c o m p a ra ç ã o nem e x a g e r a ç a o . E x . P e d r o
è m odesto.
71. 0 com parativo significa qualidade que torna
um ente superior, inferior ou igual a outro ; e por
isso ha tres comparativos : o de superioridade, o de
inferioridade e o de igualdade.
78. O s u p e r l a t i v o s ig n if i c a q u a l i d a d e q u o t o r n a
um e n te m u ito e le v a d o , ou s u p e r io r ou in f e r i o r a
to d o s os e n t e s d a s u a e s p e c i e : p o r isso h a t r e s s u
p e r l a t i v o s : o a b s o lu to , o r e la tiv o d e s u p e r io r id a d e
e o r e la tiv o de in fe r io r id a d e .
7\). S u p e r l a t i v o a r s o l u t o é o q u e t o r n a u m
e n te m u ito e le v a d o . F o r m a - s e ou a n te p o n d o - s e ao
p o s iti v o o a d v é r b i o m u i t o o u m u d a n d o - s e - l h e a
t e r m i n a ç ã o e m issim o .
80. S u p e r la tiv o r e la t iv o de su p e r io r id a d e ó
o q u e t o r n a u m e n t e s u p e r i o r a t o d o s os d a s u a
e s p e c ie . F o r m a - s e a n t e p o n d o - s e o a r t i g o a o c o m
p a ra tiv o de su p e rio rid a d e.
9 2 . O s p o s s e s s iv o s d e r i v ã o - s e d o s p r o n o m e s p e s -
s o a e s eu,, t u , nós, vó s e se, e c o r r e s p o n d e m a o s c o m
p l e m e n t o s i n d i r e c t o s de r u im , de, li, de n ó s, de v ó s , de
s i o u d 'e lle , d 'e lla , d 'e lle s, d e lla s.
T a m b e m d e v e m ser c la ssific a d o s c o m o p o s s e s s i v o s to d o s o s
ad je ctiv o s q a e se j u n ta r em ao n o m e p ara sign ificar cousa p o s
s u íd a , c o m o p o r e x e m p l o os s e g u in t e s nas p l i r a s e s : p oder
d iv i n o , isto é, p oder de D e u s ; a m o r f i li a l , isto ('. a m o r de
filho; c o n v e n t o fra n cisca n o , isto é, c o n v e n t o d e S. F ra n cisco ;
m a n to im p e r ia l , isto é, m a n t o d e im p era d o r; cólera celeste,
isto é , c o ler a do céo , etc.
93. A d j e c t i v o d e m o n s t r a t i v o é o q u e se a j u n t a
ao n o m e dos e n t e s p a r a s i g n i f i c a r a d i s t a n c i a o u
i d e n t i d a d e d ’e l l e s .
Rí« IVOIIOIIK»
115. P r o n o m e pessoal ó o q u e s e p õ e m a i s e s p e
c ia lm e n te em lo g a r do n o m e d e pessoa.
11(5. N a g r a m m a t i c a h a t r e s p e s s o a s : a l . a, é a
q u e f a l i a ; a 2 . a, a q u e l l a c o m q u e m s e f a l i a o a 3.*,
a q u e l l a do q u e m s e f a l i a .
117. O p r o n o m e p e s s o a l d a l . a p e s s o a ô : eu , rnv,
m i m , co iu m ifjo , n o s i n g u l a r , nos, n o s, r.omnosnn n o
p l u r a l ; o d a 2 .a ó : t a %te, ti, lo n tiiy o , n o s i n g u l a r ,
vós, vos, com vosco n o p l u r a l ; o d a e : 1 ,° e lle 9 e lla ,
lhe no s i n g u l a r , elles, ella s, lhes n o p l u r a l ; 2 .° se, s i,
cornsKjo n o s i n g u l a r e n o p l u r a l ; 3 .° o, a , o s, as.
M e, te, se, nos, r os síio c o m p l -inentos in d ir e c to s , q u a n d o
podem se r su b s titu íd o s pelas p a la v r a s p a ra m in i, p a r a t i , p a r a
s i , p a ra nós, p a r a ró s ; e são compl< m e n to s d i r - c t o s q u a n d o
n ã o podem -»er s u j x t i! u id os pelas p a la v r a s ciladns. M e , te, n o s ,
v o s, lh e , lhes forma o co ntra cç à o com a s variações do p r o n o m e
o. E v . 15u prom etti a P e d ro dous livros e ltí'o s ou /lio s dei,
m as elle não rn'os ou m os a gradoceo. E l l e , c i l a , e lle s , e lla s
form ão contracçõos com as preposições dv. e e m . líx. d 'e lle ou
d e lle , n*elle ou n e lle .
estão junto a verbo c em logar do nome da pessoa com quem
ou de quem so falia, e quando podem ser substituídos pelos
pronomes pessoaes te ou a ti, vos ou a vós, elle ou a elle, ella
011 a ella, elles ou a elles, cilas ou a cilas. Kx. Kmfim, meo
velho amigo, lenho o gôsto de o ver, isto é, o gòsto de te ou vos
ver. 0 pai que ama seus iilhos, os obriga a estudar, náo os
deixa vadiar, e os castiga, isto é, obriga elles a estudar, não
deixa elles vadiar, e castiga elles ou a elles. 2.° Quando tão
somente a variação o (e nunca as outras) está em logar de attri-
buto, nome, aíljectho, ou participio de qualquer genero e
numero, ou em logar de verbo ou de oração. (Veja o n. 113).
122. P ro n o m e re la tiv o é o q u e s e p õ e e m lo g a r
d o n o m e o u p r o n o m e m a is p r o x i m o .
123. O n o m e o u p r o n o m e a q u e o r e l a t i v o s e
r e f e r e , c h a m a - s e o antecedente d o r e l a t i v o , e o
n o m e q u e v e m d e p o i s d o r e l a t i v o c h a m a - s e o con~
se//uente o u subsequente do r e l a t i v o .
124. O s p r o n o m e s r e l a t i v o s s â o : 7 u etmq u e m , q u a l
— q uaes, o q u a l — a q u a l— js— qu<ies— as qn ties, cu jo
— c u /a — r u jo s— ryuja s .
125. N a s i n t e r r o g a ç õ e s o r e l a t i v o p õ e - s e e m
l o g a r de nom e a n t e c e d e n te o c c u lto com o rae flo
tam bem o cc u lta .
E x . I)e q u e m ò e s t a o r a ç ã o £ is to é , Pôden, queres
o u sabes h i d iz e r —m e o n o m e da pessoa d e q u e m à
e sta oração ?
126. O r e l a t i v o q u e m p õ e - s e m u i t a s v e z e s e m
lo g a r de a rtig o , de nom e e de o u tr o re la tiv o . E x .
— 27 —
l» o v e r b o
1*4
182. S u j k i t o é a p a l a v r a o u p a l a v r a s q u e s i g n i -
ficã o o e n t e o u e n t e s a q tie m o v e r b o a f f i r m a p e r t e n
c e r u m a a cçã o , q u a lid a d e ou c ir c u m s ta n c ia .
Nos exem plos do n. 131 os sujeitos são : C a im , I ) c o s , os
b o n s ,o s m á o s . D o u s ou m ais de d o u s suie itos do s i n g u l a r
fazem um sujeito do p lu ral e o b r i g ã o o verbo mo p lu r a l. Kx.
Eu*} t u e sta m o s bons. e e lle estais b on s. E ll e e e ll a e s t ã o
bon«. T o da a ora çã o, q u a n d o é sujeito de o u t r a vale t a n to
co m o u m su bsta n tivo m asculino do s i n g u l a r e o b rig a o a d je
ctivo e o participio ao m asculino do sin g u la r . Kx. K’ b o m q u e
estudes. N ’e ste ex. a oração q u e e s tu d e s (\ o sujeito da o r a ç ã o
é b o m , e valen do tanAo c o m o u m s u b s tu n t i v o m a s c u lin o do
singular^ obriga o adjectivo bom a o m asculino do singAlar.
* *
133. O s u j e i t o d a I . a p e s s o a d o ^ r n j ^ r r h i r d o s v e r -
b o s é s e m p r e eu e d a l . a d o p l u r a l é s e m p r e n ó s ; <>
d a 2 . a do s i n g u l a r é s e m p r e t u e o d a 2 . a d o p l u r a l ,
s e m p r e vós.
O relativo q u e e a s vezes sujeito da l . a e 2 .a pessoa d o s verbo*
(v. o n. 126). 1
134. S u j e i t o d a 3 a p e s s o a d o s v e r b o s ó a p a l a v r a
ou p a l a v r a s q u e p ó d e m s e r d a d a s c o m o r o s p o s t a
c o n v e n ie n te , q u a n d o se faz u m a p e r g u n t a co m o
v ei bo p r e c e d i d o d a s p a l a v r a s q u e m o u o qu e.
Assim n o s exemplos d o n . 131, a s p a l a v r a s : C a im , D e u s , os
bons, os m a o s, sào os su je ito s, porq u e pódem ser d a d a s r o m o
2/ 5/ 9ll^?nienll;s ’ ‘l Mondo s<* fazem as p e r g u n ta s : Q u e m
são 7 9 Q uem e o m n ip o te n te ? Q uem são p o u c o s ? Q u e m
31
l* o itU riltu lo
Ifto r o ít i n ln ii ^ n f >
142. C o m p le m e n to in d ir e c to é a p a l a v r a o u p a l a
v r a s q u e níXo s ã o e x i g i d a s p o lo v e r b o o u p a r t i c i p i o
tra n s itiv o p a r a seu c o m p le m e n to d ire c to .
O c o m p l e m e n t o in d ir e c t o p ó d e ser n o m e , p r o n o m e ou v e r b o
d o in fin ito c o m p r e p o s i ç ã o c ' a r a o u oí c u lt a , c o m o n o s e x e m
p lo s s e g u in t e s : h o m e m de. bem , cad a u m d e nós e s t u d a paru.
se r u til a s i e aos seos, v a m o s v i s i t a r u m a m i g o n o s s o , is l o é.
v a m o s á casa d e u m a m i g o n o s s o p a r a v is i t a r u m a m ig o n o s s o .
P ó d e s e r a d je c t iv o o u p a r t ic i p io , c o m o n o s e x e m p l o s • l i o m e m
bom e am a d o . P ó d e s e r a d v é r b i o , corno n o s e x e m p l o s : a m a r
m u ito , a m a r p o u c o , não a m a r . P ó d e s e r f i n a l m e n t e u m a o u
m a is d e u m a o r a ç ã o , c o m o n o e x e m p l o •' e s t u d o p o rq u e q u e ro
s e r u t i l à p a tr ia .
1 13. O s c o m p l e m e n t o s i n d i r e c t o s d i v i d o m - s o e m
e e ,ir c n r n s l'in -
r e s lr ic lio o s , t e r m i n a t i v o s , e x p li c n l i v o s
r ia e s .
1 14. C o m p le m e n to r e s tr ic tio o é o q u e t i r a u m
n o m e c o m m u m do s e n tid o v ag o ou g e n e r i c o p a r a
d a r - l h e u m s e n tid o esp ecifico ou p a r t i c u l a r . K x. O
h o m e m <le bem o u b o m o u q u e r b o m níXo fa/. m a l a
n in g u é m .
145. O c o m p l e m e n t o r e s t r i c t i v o n ã o p ó d e s e r
su p p rirn id o sem a l t e r a r ou t o r n a r fa lso ou a b s u r d o
o p e n s a m e n to q u e se q u e r e x p r im ir . t
146. C o m p l e m e n t o t e r m i n a t i v o é o que põe fim
ao sentido começado por palavra de significação
relativa ou passiva.
1Í11N \ r r ln «
15.-}. V e r b o a d j e c t i v o o u a t t h i b u t i v o é o q u e
em si tem in c lu íd o s u m a t t r i b u t o e o v e r b o s u b
s t a n t i v o . E x . A m a r te m e m si in c l u i d o s o s v e r b o s
s u b s t a n t iv o s e os a t t r i b u t o s : s' r a m a n te , am igo o u
a m a d o r , ou estar a m a n d o .
158. Os v e rb o s p o d e m -s e d iv id ir a in d a em p r o -
n o m in a e s , irn p esso ae s ou u n ip e s s o a e s , d e f e c tiv o s ,
a u x i lia r e s , sim p les, co m p o sto s, r e g u l a r e s e i r r e g u
lares.
Não e n t r ã o n esta divisão os verb os e b a m a d o s f r e tj u e n ta l i v o s ,
,-a n titln a tiv o s , e in c o a tiv o s , p o r q u e taes v e r b o s n a o :tI> se n ã o
o ra çõ e s feitas com o v e r b o s u b s t a n t i v o e s ta r o c o m os v e rb o s
su b s ta n t iv o s v i r t u a e s a n d a r e i r seguid os de um a tt r i b u to q u e
é s e m p r e u m p a r tie ip io p r e s e n t e , c o m o p o r ex. n a s o r a ç õ e s :
J iu e sto u v iv e n d o b em ou m a l ; E u a n d o v iv e n d o b em ou
■nial; E u v o u v iv e n d o b e m o u m a l.
159. Verbo p r o n o m in a l é o t r a n s i t i v o , r e a l o u v i r
t u a l, q u e se c o n ju g a com d u a s v a ria ç õ e s do m esm o
p r o n o m e p e s s o a l , is t o ó , c o m a s v a r i a ç O e s eu n te , tu
te, elle se, rt^.v n o s , vó s v o s , elles se O s v e r b o s p r o n o -
m in a e s são a c c id e n ta e s ou e sso n ciaes.
160. V e r b o p r o n o m i n a l a c c id e n ta l é o q u e s e p ó d e
c o n j u g a r c o m o u s e m a s v a r i a ç õ e s m e , tr, se, n o s,
v o s , c o m o a n im a r - s e o u a n im a r .
16 1 . V e r b o p r o n o m i n a l essencial ó o q u e n ã o se
p ó d e c o n j u g a r s e m a s v a r i a ç õ e s m e, te, se, nos, v o s ,
c o m o a b ste r-se, a p o d era r-se, a rre p en d e i—se, r ju e ix a r-se ,
su ic id a i—se.
<lo v e r l> o
1^1
II om v c rb o N r e g u l n r c s
P R IM E IR A CONJUGAÇÃO
196. AMAR
)Iodo indicativo
Eu am-o. Eu am-ei.
Tu am-as. Tu am-aste.
Elle am-a. Elle am-ou.
Nós am-amos. Nós ain-ámos.
Vós am-ais. Vós am-astes.
Elles am-âo. Elles am-árão.
Eu am -ára. Eu a m -a re i ou hei de
am ar.
Tu am -áras. T u a m - á r a s ou h a s de
am ar.
E lle am -ára. E lle a m - a r á ou ha de
am ar.
Nós am -a ra m o s. Nós a m -a re m o s ou h a
vem os de a m a r.
Vós am -á re is. V ó s a m - a r ê i s ou liav eis
de am ar.
E lle s a m -á rã o . I E lle s a m -a rá õ ou hao
de a m a r.
\lo d o cot .d ic io n u l
E u a m -a ria ou a m -á ra . E u t e r i a ou liv e r a a m a d o .
T u a m - a r i a s ou a m - A r a s . Tu te ria s ou tiv e ra s
am ado.
E lle a m - a r i a ou a m - á r a . E lle te r i a ou tiv e r a a m a
do.
N ó s a m - a r i a m o s ou Nós t e r i a m o s o u t i v é r a
am -aram o s mos am ad o .
V ó s a m - a r i e s ou V ós te re is ou tiv ereis
am -áreis. am ado.
E l l e s a m - a r i a o ou E lle s te riã o ou tiv e rS o
am -árao. am ado.
— 48 —
Modo imperativo
Presente e Futuro
Ilodo conjunctivo
Modo infinitivo
SEGUNDA i 3NJUGAÇÃO
197. KNDER
Eu vend-o. Eu vend-ia.
Tu vend-es. Tu vend-ias.
Elle vend-e. Elle vend-ia.
Nós vend-emos. Nós vend-iamos.
Vós vend-eis. Vós vend-ieis.
Elles vend-em. Elles vend-ião.
Pret. perl'. simples. Tu tinhas vendido.
Eu vend-i. Elle tinha vendido.
Tu vend-este. Nós tinhamos vendido.
Elle vend-eo. Vós tinheis vendido.
Nós vend-êmos. Elles tinhão vendido.
Vós vend-estes. Futuro imperfeito.
Elles vend-êrão. Eu vend-erei ou hei de
Pret. pcrf. composto. vender.
Eu tenho vendido. Tu vend-erás ou lias de
Tu tens vendido. vender.
Elle tem vendido. Elle vend-erá ou ha de
Nós temos vendido. vender.
Vós tendes vendido. Nós vend-erem«s ou ha
Elles têm vendido. vemos de vender.
Pret. mais que perf. Vós vend-erêisouhaveis
simples. de vender.
Elles vend-eráõ ou hão
Eu vend-êra. de vender.
Tu vend-êras.
Elle vend-êra. Futuro perfeito.
Nós vend-eramos. Eu terei vendido.
Vós vend-êreis. Tu terás vendido.
Elles vend-êrão. Elle terá vendido.
Pret. mais que perf. Nós teremos vendido.
composto. Vós tereis vendido.
Eu tinha vendido. Elles terão vendido.
Modo ci dicional
Tempo presente. Tempo passado.
Eu vend-eria ou Eu teria ou tivera ven
vend-êra. dido.
Tu vend-orias ou Tu teriasou tiveras ven
vend-êras. dido.
Elle vend-eria ou Elle teria ou tivera ven
vend-êra. dido
Nós vend-eriamos ou Nós teriamos ou tivéra
vend-eramos. mos vendido.
Vós vend-erieis ou Vós terieis ou tivereis
vend-êreis. vendido.
Elles vend-erião ou Elles terião ou tiverSo
vend-êrão. vendido.
— 40 —
1/ o d o it n p e r a t i v o
Presente o Futuro
V end-e t u . | Vend-eivós.
M o d o c o n j u n c t i v o
Modo infinitivo
TERCEIRA CONJUGAÇÃO
1!)8. PUNIR
Modo indicativo
Moilu c o n d ic io n a l
Tempo p re s e n te . Nós p u n - ir ia m o s ou
p u n - ir a m o s .
E u p u n - ir i a ou p u n -íra . V ós p u n - ir i e is ou
Tu p u n - ir ia s ou p u n - ír e is .
p u n -ír a s . E lle s p u n - ir i ã o ou
E l le p u n -iria ou p u n - ír a . p u n -irã o .
— 49 —
Modo imperativo
Presente e futuro.
Pun-e tu | Pun-i vós.
Modo conjuncliüo
Eu pun-isse. Eu pun-ir.
Tu pun-isses. Tu pun-ires.
Elle pun isse. Elle pun-nir.
Nós pun-issomos. Nós punir-mos.
Vós pun-issois. Vós pun-irdes.
Elles pun-issem. Elles pun-irem.
P u n -ir eu.
P a r t. pres. ou g er u n d io .
P u n - ir e s tu .
P u n -ir e lle . P u n -in d o .
P u n -ir m o s nós.
P u n -ir d e s vós.
P a rtic ip io p assado in v a r .
P u n ir e m e lle s .
ou s u p in o .
P r e te r ito im p e sso a l.
P u n -id o .
T e r p u n id o .
P r e t e r i to p e s s o a l. P a rtic ip io p assad o var.
T e r ou p u n id o . ou p a ssiv o .
T e r e s tu p u n id o .
P u n -id o , p u n -id a .
'%>r e l l e p u n i d o .
P u n id o s, p u n -id a s .
T e r m o s n ó s p u n id o .
T e r d e s v ó s p u n id o .
T e r e m e lle s p u n id o . P a r t. passado co m p o sto .
F u tu r o im p e sso a l. T e n d o p u n id o .
H a v e r d e p u n ir. C irc tim lo q u io s do fu tu r o .
F u tu r o p esso a l.
T e n d o d e p u n ir .
H a v e r eu do p u n ir, H a v e n d o d e p u n ir .
l l a v e r e s tu d e p u n i r . D e v e n d o p u n ir.
O /iscr o a ç õ e s
1.“ !•:• m u ito f re q ü e n to o e m p re g o <J<; u n s t e m p o s pelos o u
tros. Kx. I.ii ia p as san d o q u a n d o a e re p e n te sa h e -m c (i“iu voz
ile sa /iiu -m e) um cão pela fre n le. S e r id o (em \ >/. erã o )
dez Iioras q u a n d o I i ch eguei. (Juein Uir d ir i a (cm vez (le disse)
o (|Ue sc passou ? S e m a is m u n d o h o u v e r a (em vez d e h o u
vesse) lá chct/ára ou chegari-i.
2.®Quan<Joo f u tu ro ou condicional c o n c o r re m c o m os p r o
n o m e s me, te , s c , lh e , lhes, n o s , v o s , o , a , o .t, a s , c o s tu m a m o s
s e p a r a r cm d u a s p a r te s as p essoas desses t e m p o s , e e n tre
— 51 —
verl>«« írre«'ulm*eN
I r r e g u la r e s «In p r im e ir a
I n r ^ u l n i T N <1»
2 1 8 . P r o v e r . Ind. p r e s . e u p r o v e j o . C o n j u n c t
p r e s. p r o v e j a , p r o v e j a s , p r o v e j a , p r o v e j a m o s , p r o
vejais, provejão.
2 1 9 . Q u e r e r . Ind p r e s . e l l e q u e r . P e r f . q u iz ,
q u i z e s t e , q u i z , q u i z e m o s , q u i z e s t e s , q u i z e r ã o . M ai s
(pie p e r f. q u i z e r a , q u i z e r a s , qu i/ .e r a , q u i z e r a m o s ,
q u i z e r e i s , q u i z e r ã o . O i m p e r a t . n ã o é u s a d o . Conj.
pre s. q u e i r a , q u e i r a s , q u e i r a , q u e i r a m o s , q u e i r a i s ,
qu eirão. I mperf. quizesso, qu izesses, q u izesse, q u i-
zessem os, quizesseis, quizessem. F u t. quizer, q u i-
zeres, quizer, quizerm os, quizerdes, quizerom-
P art. p a ss.v a ria v e l quisto, qu ista, quistos, quistas,
só u s a d o d e p o i s dos a d v é r b i o s b e m e m a l .
220 R e q u e r e r . I nd. p r e s . e u r e q u e i r o , e l l e r e
q u er . I m p e r a t . r e q u e r tu . C o n j u n c t . p r e s r e q u e i r a ,
requeiras, req ueira, req u eiram os, r eq u eirais, r e -
queirâo.
221. S a b e r . Ind. pre s. e u s e i . P e r f . s o u b e , s o ti -
beste. soube, soubemos, so u b e stes, so uberã o . Mais
que perfeito soubera, souberas, soubera, s o u b é r a
mos , s o u b e r e i s , s o u b e r ã o . C o n j u n c t i v o p r e s e n t e s a i
ba, s a ib a s , s a ib a , s a i b a m o s , s a i b a i s , s a i b ã o . Ira-
perf. soubesse, soubesses, soubesse, soubessem os,
s o u b e s s e i s , s o u b e s s e m . F u t . soxiber, s o u b e r e s ,
souber, souberm os, souberdes souberem .
2 2 2 . S e r . In d . p r e s . s o u . é s , 6, s o m o s , s oi s, s ã o .
Imperf. era, eras, era, eram os, ereis, erão. Perf.
fu i, fo s te , foi, fom os, fostes, forão. Mais qu e perf.
f ô r a , f ò r a s , f ô r a , 1‘o r a m o s , f o r e i s , f o r ã o . F u t . s e r e i ,
s e r á s , s e r á , s e r e m o s , s e r e i s , s e r ã o . Cond. s e r i a , s e
r i a s , s e r i a , s e r i a m o s , s e r i e i s , s e r i ã o . I m p e r a t . sé,
sêd e. C o n ju n c t. pres. seja, sejas, seja, sejam os,
s e j a i s , s e j ã o . I m p e r f . fo s s e , f o s s e s , f o s s e , f o s s e m o s ,
fosseis, fo ssem . F u t. for, fores, for, form os, fordes,
f o r e m . In f. p r e s . i m p e s s . s e r . P r e s . p e s s . s e r , s e r e s ,
ser, serm o s, serd es, serem . P a r t. pres sendo. P a r t.
p a s s . i n v a r . s id o . N ã o t e m p a r t . pas s. v a r i a v e l .
2 2 3 S o e r . In d. p r e s . s o e , s o e m , t e r c e i r a do
s i n g u l a r e do p l u r a l . I m p e r f . s o i a , s o i â o , t e r c e i r a s
p e s s o a s do s i n g u l a r e do p l u r a l .
221 T e r . Ind. p r e s . t e n h o , t e n s , t e m , t e m o s ,
tend es, têm. Im perf. tinha, tin has, tinha, tin h a -
m o s , t i n h e i s , t i n h ã o . P e r f . t i v e , t i v e s t e , t e v e , ti
v e m o s , tiv e s t e s , tiv e r ã o . M ais que perf. tiv e r a , ti-
veras, tivera, tivéram os, tivereis, tiverão. Fut.
t e r e i , t e r á s , t e r á , t e r e m o s , t e r e i s , t e r ã o . Cond.
teria, terias, teria, teríam os, terieis, terião.
I m p e r a t tom t e n d e C o n j u n c t . p r e s . t e n h a , t e n h a s ,
te n h a , te n h a m o s, te n h a is, tenb ão. Imperf. tivesse,
t i v e s s e s , ti v o s s o , ti v e s s e r n o s , t i v e s s e i s , t i v e s s e m .
F u t . t i v e r , t i v e r e s , t i v e r , t i v e r m o s , t i v e r d e s , ti v o -
r o m . In f. p r e s i m p e s s t e r . P r e s . pe s s t e r , t e r e s ,
t e r , t e r m o s , t e r d e s , t e r e m . l >a r t . p r e s te n d o . P a r t .
p a s s . i n v a r . ti d o . P a r t . p a s s . v a r . ti d o , ti d a , ti d o s ,
ti d a s .
C o n j u f íã o - s o d a m e s m a m a n e i r a : ab^ter-se, ater-se,
e m i t r , rI t , r e n tr e te r , m a n t e r , n b le r, r e te r , s u s te r .
2 2 3 . T r a z e r Ind. p r e s . eu t r a p o , e l l e t r a z . P e r f .
trou xe, trou xeste, trou xe, trouxem os trouxestes,
t r o u x e r f f o . M a i s qu o perf. t r o u x e r a , t r o u x e r a s ,
58 —
2 2 8 . A c u d i r . Ind. p r e s. tu a c o d e s , e l l e a c o d e ,
e lle s a c o d e m . I m p e r a t. a c o d e tu.
C onju gão-se da m esm a m an eira: ba lir, c o n s u m ir ,
r n s p i r , tlesen lupir , d e s t r u i r , . n r /n /i r, e n t u p i r , e s c a p u
lir, estruir, fu gir, sacudir, subir, subtrrfngir, s u m i r ,
tu s s ir .
Instruir é r e g u la r . C onstruir, u n s o fazem r e g u
lar, outros o fazem ir r e g u la r . P a r a C am ões e
V ie ir a erão r e g u la r e s os v e r b o s acudir, constru ir,
ile st ru ir, f u g i r , s a c u d i r e s u b i r .
2 2 9 . C a h i r . Ind. pres. eu c a io . C o n ju n c t. pres.
c à i a , c á i a s , c á i a , c a i a m o s , c a i a i s , c á iA o .
r>9 —
235. F r i g i r . Ind p r es . t u f r e g e s , e l l e f r e g e , e l l e s
f r e g e m . I m p e r a t , f r e g e t u . P a r t pass. i n v a r . l r i t o
ou fr i c to . P a r t pass. v a r . f r i t o - f r i t a - f r i t o s - f r i t a s .
23 5 I r . Ind p r es . vo u , v a is , vai. v a m o s ou imos,
ides, v i o . I m p e r f ia, ia*, ia, i a m o s , iois, iao P e r f .
fui, fosto, foi, fomos, foste f o rn o . Mais q u e p e r f .
f ò r a , f ô r i s , f ò r a , f o r a m o s , fo reis, f o r ã o F u t iroi,
i r á s , i r ã , i re m o s, ireis, irSo. Cond. i r i a , i r i a s , i r i a ,
iria inos , irieis, iriíío I m p e r a t . v a i, ido C o n j u n c t .
p r e s . va , v a s , va , v a m o s , v a d o s , vá o. I m p e r f fosso,
fosses, fosse, fossemos, fosseis, fossem F u t f o r,
f o re s , f o r, fo rm o s , l o r d e s , f o r e m . In f. p r e s . i m p e s s .
ir. P r e s . pess. ir, i r e s , i r , i rm o s , i r d e s , i r e m . P a r t .
p r es . indo. P a r t pass. i n v a r . ido. P a r t p a s s v a r .
nüo tem (v. o n. lí)6). E s t e v e r b o é o u n i c o d a l í n
gua p o rtu g u eza, que nao tem le tr a s ra d ic a e s .
237. O u vi r Ind. p r e s ou o u ç o . C >njunct. p r e s .
ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçâo.
238. P e d i r . Ind. p r e s . eu peço. C o n j n n c t . p r e s .
pe ç a, peç as, p eç a, p e ç a m o s , p e ç a i s , p o ç ã o .
(Jonjugao-.se do m esm o modo : d e s i m p e d i r , despe
d i r , expedir, im p e d i r , m e d i r , r e m e d i r .
Os a n t i g o s d i s s e r ã o e a l g u n s m odernos ainda
dizem v id o , impido, e tc .
239. P r e v e n i r . I n d . p i e s eu p r e v i n o , tu p r e v i -
nes, e lle p r e v i n e , e ll e s p r e v i n e m . I m p e r a t . p r e v i n e
tu C o n j u n c t . p res . p r e v i n a , p r e v i n a s , p r e v i n a ,
previnamos, previnais, previnão.
Ass im se c o n j u g a : r e d e m i r .
pr e s . r i a , r i a s , r ia , r i a m o s , r i a i s , r ia o. E s t e v.
nã o t e m p a r t . p a s s . v a r i a v e l .
C o n ju g a -s e d a m e s m a m a n e i r a sorrir.
241 V i r I nd , p r e s . eu v e n h o , t u v e n s . e ll e v e m ,
vós v i n d e s . I m p e r f . v i n h a , v i n h a s , v i n h a , v í n h a
mos, v i n h e i s , v i n h a o . P e r f . vim, v i es t e , veio, v i e
mos, v i e s t e s , v i e r ü o . Mais q u e p e r f . v i e r a , v i e r a s ,
viera, viéram os, viereis. vierão. Im perat. vem,
vinde. Conjunct. pres. venha, venhas, venha, v e
n h a m o s , v e n h a i s , v e n h ã o . I m p e r f . viesse, viesses,
viesse, v i és s e m o s , v ie ss e is, vi es s e m . F u t . v i er , v i e
r e s , v i e r , v i e r m o s , v i e r d e s , v i e r e m P a r t . pass.
i n v a r . v i n d o . N ã o t e m p a r t . p a s s. v a r . , p o r q u a n t o
v i n d o , v i m l a , v i n d o s , vin da* é m e r o a d j. c o m o se
póde v e r 110 11 . 19(3. C o n j u g ã o - s e p o r e s te os v o r h o s
a v i r - s e , c o n t r a o i r , c o n v i r , d e s a v ir - s e , d e s c o n v ir , en
t r e v i r , i n t e r v i r , / i r o v i r , r e c o n v ir , s o b r e v i r .
2 12. C o n j u g a ç ã o do v e r b o p ô r q u e nfio p e r t e n c e a
n e n h u m a d a s t r e s c o n j u g a ç õ e s e de q u e a l g u n s f a
zem a 4 . a c o n j u g a ç ã o . Ind. p r e s po n h o , pões, põe,
po m o s, po n d e s, põ em . I m p e r f . p u n h a , p u n h a s , p u
n h a , p ú n h a m o s , p u n h e i s , p u n h â o P e r f . puz, p u -
z e s t e , poz, p u z e m o s , p u z e s t e s , p u z e r ã o . Mais q u e
perf. puzera, puzeras, puzera, puzeramos, puzereis,
puzerão . F u t . porei, porás, porá, poremos, poreis,
p o r ã o . C on d. p o r i a , p o r i a s , p o r i a , p o r í a m o s , p o r ie i s,
p o r i ã o . I m p e r a t põe, po nde . C o n j u n c t . p r e s . p o n h a ,
ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponhâo. Imp.
p u z e s s e , pu z e ss e s , pu z e ss e , p u z e ss e m o s, pu zesseis,
puzessem. F u t puzer, puzeres, puzer, puzermos,
p u z e r d e s , p u z e r e m . Inf. p r e s . iinpes s. pôr. P r e s .
pess. p ô r , p o r e s , p ô r , p o r m o s , p o r d e s . p ô r e m . P a r t
])res. pon<lo. P a r t . pa ss. i n v a r i a v o l posto. P a r t .
pass. v a r i a v e l p o s to , p o s ta , pos tos , p o s t a s .
P o r e s to v e r b o c o n j u g ã o - s e os s e u s c o m p o s t o s :
a n te p o r , a p p o r , c o m p o r , c o n tr a p o r , d e c o m p o r , d ep o r,
d e s c o m p o r , d i s p o r , e x p o r , im po/-, i n d i s p o r , in te rpo r,
o p p o r , p o s p o r , p r e p o r , p r e s u p p o r , p r o p o r . r ecom por,
r e p o r , so b rep o r, solo p o r , s u p p o r , tra n sp o r .
Este verbo se dizia antigam ente poer, e por isso
pertencia á 2.“ conjugação.
■>o p artic ip io
219. O p a r t . pa ss v a r i a v e l t e r m i n a o r a em u ou
<>, o r a e m os ou as, a n d a s e m p r e a c o m p a n h a d o de
u m n o m e ou p r o n o m e , ou de u m t e m p o d'o v e r b o
s er ou estar, é s e m p r e passivo, o p o r isso e x ig e s e m
p r e u m c o m p l e m e n t o i n d i r e c t o q u e signifique o
a g e n t e ou a u c t o r d a a c ç ã o e x p r e s s a pelo p a rt i c i p io .
E s t e c o m p l e m e n t o é s e m p r e u m n o m e ou p r o n o m e
p r e c e d i d o d a p r e p o s i ç ã o ile ou p o r e ás vezes com..
E x . A ju d a d o da Duos o a p o r Duos; A torm e n ta d o da
f o m e , p i l a f o m e ou com fo m e .
250. T e m o s em p o r t u g u e z m u it o s a d j e c t i v o s q u e
t e r m i n ã o c o m o p a r t i c i p i o s p a s s a d o s v a r i a v e i s ou
p a s si v o s , e q u e f a c i l m e n t e se d i s t i n g u e m d ’e s te s ,
a t t e n d e n d o a q u e t a e s a d j e c t i v o s n ã o podem t e r
n u n o a o c o m p l e m e n t o i n d i r e c t o s ig n if ic a n d o o a g o n te
d a a c ç ã o e x p r e s s a pelo p a r t i c i p i o , e podem s e r s u b
s t i t u í d o s p or m e r o s a d j e c t i v o s s y n o n y m o s . P o r e x .
Af/rai/rci /o, q u a n d o n ã o é p a r t i c i p i o , póde s e r s u b
s t i t u í d o pelo a d j . (/r a to ; C o nfiado, pelo a d j. insolente
ou resoluto : ('rem id o , pelo a d j . t/rande, alto, n u m e
roso ou cheio ; D e te r m in a d o , pelo a d j. certo, definito,
resoluto ou v a l o r o s o ; E n te n d id o , pelo a d j . xabio,
d o u to , n ntew led o r, conhecedor; I d o , polo adj aosniUe,
d e f u n to , m o r i b u n d o ; L o lo , pelo a d j. sabio, douto ;
M o rto, polo a d j . d e fu n to , ecanijue, e x o n im e ; V indo.
pelo ad j presen te, assistente (o u v in te , espectador).
251 . Muitos verbos têm um participio r e g u l a r ,
o u tro irr e g u la r. Ex. Accoitar, acceitado. acceito ;
c a p tiv a r.c aptivado, captivo ; e n tr e g a r , entregado,
e n tre g u e ; expressar, expressado, expresso ; ex
pulsar, expulsado, expulso ; f a r t a r , fartad o , farto ;
g a n h a r , g anhado, g anho ; g a sta r, gastado, g a s to ;
is e n ta r, isentado, isento ; ju n ta r , ju n ta d o , junto :
lim p a r, lim pado, lim p o ; m a t a r , m atado, m o rto
( e s t e p a r t . m o W ; é s e m p r e do v e r b o m a ( a r , e n u n c a
— 04 —
S i » i t « S w i r i » 5o
251. P o r e x c e p ç ã o d e r e g r a o a d v . a j u n t a - s e ás
v o z e s a p a l a v r a s q u e n ã o s a o n e m v e r b o s , n e m ad-
— 65 —
j e c t i v o s , n e m p a r t i c i p io s , n e m a t t r i b u t o s , n e m
o u t r o s a d v é r b i o s . P o r ex . n a o r a ç ã o — Só as o b r a s
de Deos são a b s o l u t a m e n t e g r a n d e s — o a d v . só e s tá
j u n t o a o s u b s t. O b ra s, q u e nã o é a t t r i b u t o .
255. O a d v é r b i o é r e s u m o de um c o m p l e m e n t o
i n d i r e c t o com pr ep o s i ç ão . E x . P e d r o f a l i a eloquen
tem ente, isto é, com etoquencia.
O u t r o e x P e d r o é sem pre e l o q ü e n t e , e m u ito ap-
p l a u d i d o crf e hí, isto ó, P e d r o é e l o q ü e n t e ern lodus
as occasiões cm r/uc fa lta e a p p l a u d i d o em g ran de
q u a n tid a d e ou n u m e r o de v e z e s neslo to g a r onde estou
e nesse lo g a r onde t u cstds.
256. Os a d v é r b i o s d i v id e m - s e em a d v é r b i o s d e
modo, de t e m p o , do q u a n t i d a d e e de l o g a r .
257. Os a d v é r b i o s de modo são : a l e r t a , a li á s ,
a p e n a s , bom, co mo , d e b a ld e , d e v é r a s , e x c lu s i v e ,
i n c l u s i v e , m a l . m e l h o r , nã o, peior, q u i ç á , sim,
a f f l n n a t i v a m e n t e , n e g a t i v a m e n t e , etc.
258. Os a d v é r b i o s de t e m p o são: a g o r a , a m a n h ã ,
a i n d a , a n t e s , cedo, depois, e m b o r a , e n t ã o , hoje,
h o n t e m , j á , j a m a i s , logo, n u n c a , s e m p r e , t a r d e ,
a c tu a lm e n te , antigam ente, diariam ente, immedia-
ta m e n te , etc.
25 9. Os a d v é r b i o s de q u a n t i d a d e são: a i n d a , a p e
n a s , a s saz , a t é , como (sy n. de qu ão ), mai s, inenos,
m u i t o ou m ui, pou co , q u a n t o , qufío, qu a s i, q u e (sy n.
de qu ã o ), s e q u e r , s o b r e ( sy n. do qu a s i) , t a n t o , tão ,
g r a n d e m e n t e , m a i o r m e n t e , s u f l i c i e n te m e n t e , e tc .
2(50. Os a d v é r b i o s d e l o g a r são: a c o l á , a b i, al ô m ,
a l l i , a l g u r e s , a q u ê in , a q u i, cá, l á, d e n t r o , d i a n t e ,
eis, lo n g e , n o n h u r e s , on d e , a o n d e , p a r a on d e , po r
onde, porto, in terio rm en te, proxim am ente, supe
r io rm e n te , etc.
Classificamos a palavra e is, roniu advérbio, porque resume
o com pl. ind. D ia n te de vó s ou d v is ta ou n a vossa presença.
— 66 —
d u a s ou m a is d e d u a s p a la v r a s q ue fa z e m as f u n c -
ç õ e s d e u m a d v é r b io s im p le s.
E x . d s escuras, a n t e - h o n t e m , t r a z - a n t e - h o n t e m .
A s lo cnçôes a d v e r b i a e s são e n tre o u tras as se g u in te s: ás
a p a l p a d e l la s , até a g o r a , á s cégas, p o r e m q u a n t o , a torto e a
direito, c o m elíeito, depois d a m a n h ã . de c e rto , em vão, em v e r
da d e, p o r v e n t u r a , p o r c im a , p o r baixo, p o r d e n tr o , o u tr 'o r a ,
á s vezes, d u a s vezes, m u it a s vezes, de vez em q u a n d o , pouco a
p o u c o , etc.
2(50. P r e p o s i ç ã o é a p a la v r a i n v a r i a v e l quo se
p õe a n t e s d e o u t r a s , p ara fa z e r d e l l a s c o m p le m e n t o s
in d i r e c t o s ou p a la v r a s c o m p o s ta s . E x . o L i v r o de
P e d r o ; decorrer.
2 0 7 . A s p r e p o s iç õ e s q u e fa ze m c o m p le m e n t o s i n
d i r e c t o s c h a m â o - s e regentes o sâo: a, ante, u p o z ou
iipói, até, com , con tra, de, desde, d u ra n te , e m , entre,
m e d ia n te , p a r a , p e r , perante, por, sem , sob, sobre.
2 0 8 . A s p r e p o s iç õ e s q u e f a z e m p a l a v r a s c o m p o s
t a s c h a m ã o - s e com ponentes e sSo e n t r e o u t r a s a s s e
g u i n t e s : a , <‘b, abs, a d , ante, a n t i , c i r u m , com ,
co n tra, de, des, d i, d is , e. e m , entra, <-.<ou ex, extra,
i m ou iii, in fr a , in ter, ob, per, p o r, p re , pro, preUtr,
re, sob o u sub, sobre, suj)er, Irans, u ltra .
2 0 9 . A l g u n s adj. e o u t r a s p a r t e s da o r a ç ã o s e
usilo tamborn c o m o p r e p o s iç õ e s . E x . c o n f o r m e , excep-
to, m a i s , menos, s a lv o , .segundo, v i s to :
T a n t o a p re p . r e g e n t e c o m o a c o m p o n e n t e a ju n i ã o ás p a la
v r a s q u e se lh e s se g u e m , um a significa ào qu<* a s d ta s p a la v r a s
p o r si sós n à o p o d e m t e r . Assim n o s ex. do n . 26<> a p r e p .
regente d e a ju n t a ã p a l a v r a P e d ro a sig n i li ra c ã o d*» c o m p l e
m ento restric tivo, isto é, fa/. com qu»< a p a l a ' ra P e d r o sig n if i
q u e o po ss u id o r do livro de q u e e s t a m o s fa ll a n d o ; e a p re p .
c o m p o n e n t e d e a j u n t a á p a l a v r a c o r r e r a sign ificação de c o m p l.
c irc u m s ta n c ia l d e logar, isto *'*, faz com q u e c o r r e r signifique
c o r r e r d e a lg u m lo y a r . Kslas signiiica ões o u s e n t d o s div ers o s
q u e a s p a la v r a s tom à o e m v irtu d e d a s p r e po siçõ e s, c h a m ã o - s e
re la ç õ e s. S ã o m u it a s a s div ers as r«l;.çõi*s q u e a lg u m a s p r e p o
sições p o d e m r e p re s e n t a r P a r a e x em p lo c i t a r e m o s a p r e p . ti
q u e póde r e p r e s e n t a r , e n tr e o u t r a s , as q u a to r z e d iv e rs a s r e l a
ções seguintes : 1.° de logar o n d e , com<» em : M oro á b eira do
rio ; 2 ° de lo g a r ao n d e ou para o nde , c o m o e m : Vou a l to m a ;
3.° de d istan cia, c o m o e m : Moro d a q u i a d e / lég uas; 4 . ° d e p r o
x im id a de, com o e m : E s t a r á m orte , e s t a r d m e z a : 5.° de si-
m u lta n e id a d e ou a c o m p a n h a m e n t o , c o m o »*m : C a n ta r ao
pian o ; G.° de c o n ti n u a ç ã o ou r e p e tiç ã o , co m o em : Os la
d rõ e s a n d ã o a r o u b a r 7.° de íiui p a r a q u e , c o m o e m : C o rro fi
b u s c a r o ineo socego ; 8." de te m p o em qu e, co m o e m : P a r t io d
m eia noite ; 9.° a tt r i b u iç à o ou re fe re n c ia , c o m o e m : P e d r o A
iitiI d p a tria, Os P a ra g u a y o s ü z e r ã o g u e rra aos H r a z i l e i r o s ; 10.°
p r e ç o , com o e m : V e n d e r a cinco tostões; 1 1.° m edida o u q u a n
tidade, c o m o em : K a zò e s á s c a r r a d a s , c u m p r i m e n t o á s a r r o
bas ; 12.° m o d o , c o m o em : A n d a r a c a v a l l o ; 13.° c a u s a , c o m o
e m : M o r r e r á fome ; 14.° i n s t r u m e n t o , c o m o e m : M a ta r a pão.
■»<« c o i i j n n c ç a o
2 7 1 . C o n ja n r r ã o a p a la v ra in v a r ia v e l que lig a
p a l a v r a s , ora çO es e p e r io d o s . E x . A l e x a n d r o e P o m -
p eo eriío á v id o s do g l o r i a . C e sa r c h e g o u , v i o e
venceo.
2 7 2 . A s conjtincçO es m a is u s a d a s stfo: c o m o , c o m -
l u d o , e, e n t r e t a n t o , lo tjo , i « « v , n e m , o r a , o u , p o i s , p o r
(sy n . de com o), p o r é m , p o r q u e , p o r q u a n to , p o r ta n to ,
q u a n d o , q u e , se ou s i , s e n ã o , l a m b e m , t o d a v i a .
2 73 . L o c u çã o c o n ju n d iv a è u m a con jun cçSo com
p o s t a do d u a s o u m a is do d u a s p a l a v r a s q u e f a z e m
as fun eções de uma con ju n cção sim p les.
E x . a i n d a q u e , a s a b e r , d e p o is q u e , d e s d e q u e , is to
a i n d a m e sm o q u a n d o , t o d a s a s v e ze s q u e .
— 09 —
S)u
275. I n t e r je iç ã o é a p a la v ra in v a r ia v e l que
r e s u m o u m a ou m a is d e u m a o r a ç ã o . E x . C a lu d a !
q u e r e s u m e a s o r a ç o e s : c a l a - t e ou c a l a i - v o s , ou
m a n d o q u e t e c a l e s ou q u e v o s c a l e i s .
— 70 —
A d v e r l e n c i a . A a n a l y s e q u e c h a m a m o s e t y mo l ó
g i c a e q u e o u t r o s c h a r n ã o y r u n n w x L ic a l o u te x ic o lo —
g i c a , d e v e s e r e s c r i p t a , d e c ó r e o r a l , a fim d e q u e
sejão re p e tid a s as occasiões de a p p l i c a r o r e c o r d a r
as r e g r a s e definições d a d a s n a e t y m o l o g i a . E ’ p o r
e s t a a n a l y s e q u e os n o s s o s a l u m n o s c o m o ç ã o o e s
tudo racio cin ad o da g r a m n ia tic a o ò por e ste meio
que elles, em pouco tem po, á fo rç a de r e c o r r e r ás
r e g r a s e d e f i n i ç õ e s p a r a p r o c u r a r a r a z ã o do q u e
dizem, a cab ão por c o m p r e h e n d e r mui s u a v e m e n te
e com o m aior proveito, todas essas r e g r a s e
d e fi n iç õ e s .
A n a ly s e de orações de verbos su b s ta n tiv o s , isto é,
de o raç õ e s q u e c o n s tã o de sujeito, v e rb o e a t t r i b u t o
e m s e p a r a d o do v e r b o .
2 7 8 . DEOS È JU STO
1nalyno cscripta
De os 1.° é n o m e p r o p r i o r e a l m . do s. ; 2 . ’ é o su j.
d o v . é.
é 1.” é v. s u b s t . i r r o g . d a 2." c o n j u g . ; 2." n a 3.*
p e s s. do s. do p r e s . rio i nd . do v. ser ; 3.° a
sua ra d ic a l ó a le tr a s a qual o verbo não
c o n s e r v a s e m p r e em t o d o s os se os te i n p o s e
p e s s o a s , e a s s u a s f ina es n ã o s5 o s e m p r e a s
d a s u a c o n j u g . ; 4.° t e m p o r s u j. a p a l a v r a
lh:o!t, d e q u e m o a t t r . é o a d j . j u s t o .
j u s t o 1.° é a d j . q u a l i f . p o s i t i v o m . do s.; 2." é o
a t t r . do su j.
A n a/yse o ra l
P o r q u e è n o m e a p a l a v r a Daos? P o r q u e é p a l a v r a
q u o s i g n i f i c a u m o n t e (n . 1 1). P o r q u o é n o m e p r o
prio ? P o r q u e é nom e que nüo co nvém a c a d a um
n e m a t o d o s os e n t e s d a m e s m a e s p e c i e , i n a s c o n v é m
a u m só ( n . 18). P o r q u e ô n o m e r e a l ? P o r q u e s i g n i
fica o n t e q u e e x i s t e i n d e p e n d e n t e d e o u t r o (n. 25).
Po r < ju e é m a s c u l i n o ? P o r q u e é n o m e do Deos dos
c h r i s t a o s (n. 3 8 ) . P o r q u e é do s i n g u l a r ? P o r q u e i n
d i c a u m só e n t e (n. 17). P o r q u e é s u j e i t o ? P o r q u e é
p a l a v r a q u e s i g n i f i c a o o n t e a q u e m o v. é a f l i r m a
p e r t e n c e r a q u a l i d a d e d e s e r j u s t o (1 34) ; e p o r q u o
é p a l a v r a q u o póde s e r d a d a como r e s p o s ta c o n v e
n i e n t e q u a n d o s e faz a p e r g u n t a — ( h ie m tí ju s to ?
(n. 184).
P o r q u e é v e r b o a p a l a v r a <■' ? P o r q u e é p a l a v r a
q u e a f l i r m a <(ue a q u a l i d a d e d e s e r j u s t o p e r t e n c e
s e m p r e a o s u j . Deos (n . 131 . P o r q u e é v e r b o s u b
s t a n t i v o ? f o r q u e é v. q u e e m si n ã o t o m i n c l u í d o
n e n h u m a t t r . e s p e c i a l ou p a r t i c u l a r (n . 151).
P o r q u e é i r r e g . ? P o r q u e n ã o c o n s e r v a s e m p r e em
t o d o s os s e o s t e m p o s e p e s s o a s n e m a s u a r a d i c a l
n e m a s f i n a e s d a s u a c o n j u g . (n. ItiO). P o r q u e é d a
2.* c o n j u g . ? P o r q u e n o p r e s . i m p e s s o a l do inf. a c a b a
em er (n . 195). P o r q u e é da 3 . a p e s s . do s. do p r e s .
do ind. ? P o r q u e em n e n h u m a pe ss. do s. e do p l. de
o u t r o q u a l q u e r t e m p o dos o u t r o s m o d o s do v. ser
apparece outra variação escripta com a letra è
(n. 2 2 4 ) . P o r q u e a s u a r a d i c a l ó a l e t r a s? P o r q u e
e s t a é a l e t r a q u e no pre s. im p e s s . do in f . e s t á a n t e s
d e cr (n. 170). P o r q u e é q u e t e m po r s uj . o n o m e
D e os ? P o r q u e D e os é a p a l a v r a q u e s i g n i l i c a o e n t e
a q u e m o v . ê affirma . p e r t e n c e r a q u a l i d a d e d e s e r
ju st o (n. 134); o p o r q u e Deos ó a p a l a v r a q u e pó de
ser dada como resposta c o n v e n ie n te , q u an d o se faz
a p e r g u n t a : () « cm è j u n t o ’] (n. 134).
P o r q u e é adj. a p á l a v r a j u s t o ? P o r q u e ó a p a
l a v r a q u e se a j u n t a ao n o m e p a r a s i g n i f i c a r u m a
q u a l i d a d e (n. <31). P o r q u o é q u a l i f i c a t i v o ? P o r q u e
s e a j u n t a ao n o m e dos e n t e s p a r a s i g n i f i c a r a q u a
li d a d e q u e l h e s p e r t e n c e (n. 6 8 ) . P o r q u e é p o s i t i v o ?
P o r q u e sig nif ic a q u a l i d a d e s i m p l e s m e n t e ; is to é ,
s e m c o m p a r a ç ã o n e m o x a g e n i ç ü o (n . 7 0 ) . P o r q u e
é m. do s.? P o r q u e o s u b s t . a q u e s e r e f e r e é m . do s.
(n. 6 4 ) . P o r q u e ó a t t r . ? P o r q u e é a p a l a v r a q u e
pó de s e r d a d a c o m o r e s p o s t a c o n v e n i e n t e , q u a n d o
se faz a p e r g u n t a ; Deos é o que ou c o m o ? ( n . 138).
A n a l v s e m - s e da m e s m a m a n e i r a a s s e g u i n t e s
o r a ç õ e s : Deos é. bom ; Deos é eterno ; Deos é m i s e r i c o r
dioso ; O Ente S u p r e m o é i m m u t á v e l ; () Cremlor é
o m n i s d s n t e ; O P n d r E t e r n o c o m n i p o t e n t e ; O Eterno
é todo poderoso.
A n a lyse oral
t e m p o d e v e r b o ou por uin a d v . d e te m p o (n . 2 4 5 ) .
P o r q u e te m c o m p l dir.? P o r q u e n a s c e n d o d e um
v . t r a n s. p ede o m esm o c o m p l. d ir . q u e o v . t r a n s i
t iv o (ns. 155 e 2 4 3 ) .
Porqvie a p a l a v r a a ó a r t.? P o r q u e e s t á a n t e s do
su b st / irão para a n n n n c i a r o g e n e r o , n u m e r o e
s e n t id o d e t e r m in a d o d ’e s t e n o m e (n. 5 8 ) . Q u a e s sao
a s p a l a v r a s p e la s q u a e s o a r t . a n n u n c i a e s t a r d e t e r
m in a d o o s e n t id o do s u b st . ? S ao a s p a l a v r a s
de /'rances (n. 5 8 ).
P o r q u e a p a l a v r a lição é u m s u b s t . c o m m u m ?
P o r q u e è n om e q u e c o n v e m a c a d a u m a e a t o d a s as
c o u s a s c h a m a d a s lições (n. 17). P o r q u e ó s u b st . a b s-
t rac to? P o r q u e s ig n if ic a c o u s a q u e n ao póde e x i s t i r
in d e p e n d e n t e d e o u tr o e n t e (n. 2 0 ) . P o r q u e ó f.?
P o r q u e p ó d e -s e -lh e a n t e p o r o a r t, 1'. a o u a j u n t a r -
l h e o f e m in in o de q u a lq u e r adj. q u e s e e s c r e v a d e
q u a t r o m a n e ir a s d iffe r e n te s fns. 3fi e 3 4 ) . P o r q u e é
c o m p l.? P o r q u e é p a l a v r a quo c o m p l e t a o s ig n i l i -
ca d o d e o u t r a \n . 139). P o r q u e é c o m p l. d ir . ?
P o r q u e ó p a la v r a q u e póde s e r d a d a c o m o r e s p o s t a
c o n v e n i e n t e , q u a n d o s e faz a p e r g u n t a : E stu d a n d o
<; </ue ? (n. 141).
P o r q u e a p a l a v r a de é p rep . ? P o r q u e é p a l a v r a
q u e e s t á a n t e s do o u t r a p a r a f a z e r d ’e l l a um o o m p l.
in d ir. (n. 2 0 0 ). P o r q u e ó p rep . r e g e n t e ? P o r q u o ó
prep. q u e e s t á fa z e n d o c o m p l. in d i r . (n 2 0 7 ) .
P o r q u e a p a l a v r a [ra n c e z ò n o m e p r o p r io a b s t
v ir t u a l ? 1.° è n o m e p ro p rio p o rq u e nflo c o n v e m a
c a d a u m a n e m a t o d a s as c o u s a s c h a m a d a s l i n g u a s
ou i d i o m a s m a s c o n v e m a u m a só l í n g u a o u id io m a
(n. 18); 2.° ô a b st. p o r q u e s ig n if ic a c o u s a q u o nSo
póde e x i s t i r por si só, is t o ò, i n d e p e n d e n t e do o u t r o
e n t e (n. 2<í); 3 . ° é v i r t u a l p o r q u e , s e n d o em o u t r a s
o c c a s iõ e s a d j., e s t á a g o r a f a z e n d o a s v e z e s do um
s u b st . (n . 27). P o r q u e de f-rances ó c o m p l in d i r . ros-
tr ic tiv o ? 1,° ó c o m p l. p o r q u e .sao p a l a v r a s q u e c o m -
p l e t ã o o sig n ifica d o d a p a l a v r a li ç a o (n 139); 2 . ” é
c o m p l. in d ir p orq u e sa o p a l a v r a s ntto e x i g i d a s p e lo
v. ou p a r t. t r a n s. p ara soo c o m p l. d ir. (n . 142);
3 .u é com pl. in d ir. restrictiv o porq u e tira o nom e
c o m . lição d o s o n t i d o g e n e r i c o ou v a g o p a r a d a r - l h e
u m s o n t i d o e s p e c i f i c o ou p a r t i c u l a r (n. 144).
• A n a l y s e m - s e tia m e s m a m a n e i r a os e x e m p l o s s e
g u i n t e s : E m i l i o estd d o r m i n d o E m i t i a e/tld b r i n
c a n d o O cã o tie ca ç a está l a d r a n d o . O i r m ã o de A m é
l i a está v a á .i u n d o . A i r m ã de J a l i a e stá b o r d a n d o o
len ço d e H e n r itju e ta . A p r i m a de A r l h n r e stá escre
ve n d o a li ç ã o d e m y l e z .
280. KU SOU C R IA N Ç A
A n alyse e s c r ip ta
Eu 1.” ó p r o n . p e s s o a l d a 1.“ p e s s o a d o s., m a s
c u l i n o q u a n d o ó u m h o m e m q u e f a l i a , e f.
q u a n d o ó u m a m u l h e r ; 2 ° e s t i em l e g a r d o
n o m e d a p e s s o a q u o f a l i a ; I J * é o s u j. d o v.
SOll .
Ánalyse escripta
Analyse oral
A nalyse escripta
Glorificar 1.° é v. adj. trans. reg. da l . a conjug.;
2 .“ no tempo presente impessoal do inf.;
3.° as suas radicaes são as letras glori/k,
e as suas finaes sempre as mesmas da sua
conjug.; 4." tem por suj. occulto as pala
vras a gente, uma pessoa, alguém ou al
guma ou quulquer pessoa, por compl. dir.
a pa la v ra se, e por compl. indir. as pala
vras de uma falta.
se 1.® é pron. pessoal da 3 .“ pessoa do sing.,
masculino, quando está em logar de nome
masculino, e f. quando está em logar de
nome f.; 2.° está em logar das palavras
que servem do suj.; 3.° ô o compl. dir. do
v. glorificar, do qual faz um verbo cha
mado pronominal,
de l . ° ó p r e p . regente; 2 .” está antes das
p a lavras uma f dla para fazer d’eilas um
compl. indirecto terminativo,
uma I." ó adj. determinativo indefinito f. do
s,; está determinando o subst. falia.
falta 1". ò nome com. abstracto f. do s.; 2."
de uma falta é compl. indir. term inativo
do v. glorificar.
— 78 —
Analyse oral
Porque a pa la v ra urna é adj determ . indef. ? 1.“
E ’ adj. porque é palavra que se ajunta ao nome
para significar circum stancia (n. 64); 2.” E ’ adj.
determ. porque ó adj. que se a ju n ta ao nome dos
entes, não para significar qualidades, mas somente
alguma circum stancia que lhes pertence (n. 85); 3.®
E ’ adj. determ indef. porque é o determ . que se
a junta ao nome para significar circum stancia vaga
que não ó nenhuma das significadas pelos outros
determinativos (n. 98). Como sabe que o adj. um a õ*
indel. o não num eral? Sei q uoé indef. porque nesta
oração significa o mesmo que alguma ou qualquer,
e tom plural (n.99); e sei que n ã o é nu m era l porquo
não é synonymo do adj. só, unico, tiae não chega a
dous (n. 99).
Forque o compl. indir d<i uma falia <> te rm in a
tivo ' Porque ó esse o compl. exigido n e cessaria
mente pelo v pronominal tflori fica r-w quo õ uma
palavra de significação re la tiv a (n. 110).
Porque loi mudada em l a final r do v. aggravar ?
Porque deve-se mudar emZ por euphonia, a final r
do infinito quando se lhe seguir q u a lquer das va
riações do pron. o (8.11observação depois do n. 198).
Porque deo-se suj. aos verbos glorificar-se e ag
gravar que o não têm c la ro ? Forque todo o verbo
d e v e t e r , n a a n a l y s e , um su je ilo a q u em p e r t e n ç a a
q u a li d a d e , a c ç ã o ou c i r c u m s i a n c i a q u e o m esm o
v e r b o aííirrna p e r t e n c e r a um su je ito (n. 131).
A n a l y s e m - s e da m e s m a m a n e ir a os e x e m p l o s s e
g u i n t e s : E s tim a r u m a pe.s.soa a o u tra pessoa é ig u a
la i-a a s i. P ro teg er os imíos <! f a z e r m a l aos bons.
M a ld ize r ilos hom ens e f a lta r m a l de si. V iver só para
si é s e p a ra r-se do genero h u m a n o . A n im a r a v irtu d e
é p u n ir o v ic io . R esponder tis in ju r ia s ê acoroçoal-as.
Knsinar iftnorantns <5 vi-slir mis. Velho a ju n t a n d o 6 lazer a l
f o r j e n o flm ila j o r n a d a , l a r bom exem plo ao prox mo é dar
a m a i o r h o n r a a Deos.
A n a lyse escripta
Nós 1 é pron p e ss o a l da 1 .“ p esso a do p l., m a sc.
q u a n d o ó h o m e m q u e f a l i a por si e por o u t r a s
p e s s o a s , f. q u a n d o é m u l h e r q u e f a lia por si
e por o u t r a s ; 2." e s t á em l o g a r do n o m e da
p e s s o a q u e f a l i a e d a q u e l l a s p or q u e m f a lia ;
3." è o suj. do v. som os.
(’• 1."....... 2 . ° ........3 . ”........4.° tem por suj. a ora ç ã o :
tptc nós so m o s os m d o s, d e q u em o a t t r . o c -
c u l t o ó a p a l a v r a faclo, ou ve rd a d e , ou certo.
qu 5 1 6 e o n j u n c ç ã o ; 2 .° e s t á l ig a n d o a o r a ç ã o
do v . 6 co m a o r a ç ã o do v . som os.
s o m o s 1."....... 2 ° 11 a 1 p esso a do pl. do pres. d o in d .
do v. ser; 3 . ”....... 4 .° tem por suj. a p a la v r a
nós de q u e m o a t t r . é a s p a l a v r a s os m dos.
os 1.° ó a r t . m. d o p l . ; 2 ° e s t á a n t e s do adj.
m d o s p a r a s u b s t a n t i v a i - o (n. (11).
m á o s 1.° é s u b s t . v i r t u a l m. do pl.; 2 .° os m áos è o
a t t r . do su j. do v . s o m o s .
A s d u a s o r a ç fie s co m a s p a l a v r a s t o d a s n o s se o s
lu g a r e s ficfto a ssim : Q u e n ó s s o m o s o s m Sos é fa d o
ou verd a d e ou c e r t o , ou é f a d o , ou ó v e r d a d e ou k
c e r t o q u e n ó s s o m o s os m áos.
A n a l y s e m - s e do m e sm o m odo os p erio d o s : Ea i1
<p>e sou a mrf. Ta S. tp/v és a boa. E lle cpie r o
- 80 —
A nalyse oral
.1nalijse escripta
Elles l . ° é p r o n . pessoal da 3 .a pessoa m .d o p l.;
2.° está em logar dos nomes das pessoas
de quem se falia; 3 0 ó o suj. do v. andão,
andão 1.° é v. subst . v irtu a l reg. da l . a conj.;
2." n a 3 . a pess. do pl. do pros. do ind. do v.
andar: 3.°'as suas radicaes são sempre as
letras a n d , o as suas finaes sempre as da
sua conjug.; 4 0 tem por suj. a pa la v ra
elles, de quem o a tt r . é o adj. doentes
doentes 1.® é adj. qualif. positivo m. pl.; 2.® ó 0
a t t r . do suj.
A nalyse oral
Porque andão é v. subst. v irtual ? P o rq u e sendo
de sua natureza verbo intransitivo, está agora
empregado como v. subst. (n. 157i.
Porque ó regular ? Porque conserva sompre c Iíl
todos os seos tempos e pessoas tanto as suas le tr a s
radicaes como as finaes da sua conjug. (n. 108).
Analysem-se do mesmo modo as orações: Ea fico
bom.. I a vais vivend ). Elle permaneci' firm e. Ella vem
faquitl). Mos vimo i faqi. l >s. F<5? fienes gosando sawU-
EHei não correnio. Elias vêm fugidas. As cópia*
sahem mal feiias. Oi aspiran^s d<‘ marinha andão
armados de espadim. Elles s ikirão approvados, Vivo
feliz na obscuridade.
81 —
Ana ly se escripta
Caim 1.°.........2.° ó o .suj. do v. matou.
inat ou l . ° è v . a d j . trans . r eg . da 1 .• conj ug .; 2.° na
pess. do s. do pret. p e r f do ind. do ve rbo
i m i t a r ; 3.° as s u a s r a d ic a e s são sem pr e as
l e t r a s nmt, e as su as finaes silo s em p r e as da
s u a c o n ju g .; 1.° tem por suj. a p a l a v r a Cairá
e por c o m p l . dir. o nome,Í6<'£ com ou sem a
prep. a ; õ. ° e por aer v. adj. tem em si i n
c lu íd o um a t t r . e o v. subst. (n. 153).
a 1.° é prep. r e g e n t e ; 2.° ó um a das poucas
p r e p o s iç õ e s que podem r e g e r c o m p l e m e n t o
dir. (n. 141).
Abol 1.°.......2." Abel ou <i Abel c c om p l. dir. do v.
in a lo u .
Amihfse oral
P o r q u e m a t o u è v. t r a n s ? P o r q u e é v. que pede
n e c e s s a r i a m e n t e c o m p l . dir. (n. 150). P o r q u e é v.
adj. ou a t t r i b u * i v o ? P o r q u e tem em si in c lu íd os um
a t t r . o o v. su bs t. (n. 153).
P o r q u e Abel ou a Abel ó c o m p l. dir. ? Po r qu e ó a
p a l a v r a ou p a l a v r a s qu e podem s er dadas co mo res
pos ta c o n v e n i e n t e , q u a n d o se faz a p e r gun t a: Caim
m u l o a o que ou n qu e m ? (n. 141).
P o r q u e a p a l a v r a u è prep. e não a r t . , nem pron .
p e s s o a l , nem pron. d e m o n s t r a t i v o , nem subst ? 1."
K’ p r e p .p o r q u e a n t e s d e notno m a s c u l i n o q u e ó comp.
dir. só c a b e a p a l a v r a a c om o prep., a q u a l póde se r
s u p p r im id a sem a l t e r a ç ã o do s e n ti d o (n 111); 2.°
nã o é art porqu e e st a v a r i a ç ã o só se põe a n t e s de
n o m e f. e n u n c a a n t o s de no m e m. c om o |/ W ( n . GO);
3.° não é pron. pe sso al , porquo não e s t á j u n t o a
v e r b o , n e m póde se r s u b s t i t u í d a pelos pronomos pos
s o a es ít ou a li ou a v ó s, ella (n. 117) ; 4.° nfio
é p r o n . d e m o n s t r . p o r q u e nílo e s tà a n t e s d e r e l a t i v o ,
n e m a n t e s de p r e p . co m o seu r e g i m e n , n e m póde
s e r s u b s t i t u í d a pelo d e m o n s t r . aqu ella (n 121j; 5.°
n ã o é s u b s t . p o r q u e n à o é n o m e d a 1.* l e t r a do
a l p h a b e t o n e m de o u t r a q u a l q u e r c o u s a c o n v e n
c i o n a l m e n t e (n. 63).
A n a ly s e m -se da m esm a m an e ira as orações : Eu
c u l t i v o a s l e t r a s . A l e x a n d r e v e no e o os G r e g o s . Tu
a m a s a v irtu d e. A injustiça produz a independen-
c i a . Nós a c o r o ç o a m o s os a l u m n o s es tu d i o s o s. A
r e l i g i ã o e l o v a a a l m a . E l l a e n n b r e c e os sen
t i m e n t o s . A i n v e j a p e r s e g u e os g r a n d e s ho m e n s .
T u d e t e s t a s o t r a b a l h o . Nós a b o r r e c e m o s a m e n t i r a
V ó s a d o r a i s u m Deos p o d e r o s o . O t e m o r do m o r r e r
e n c u r t a a v i d a . A m o r t e n ã o r e s p e i t a s e x o ne m
i d a d e . Os s e l v a g e n s c o m e m c a r n e c r u a .
A n a ly s e excripta
Hu 1.“.........2." ........... ó o s uj . do v. d o r m i .
d o r m i l . ° ó v . a d j . t r a n s . v i r t u a l i r r e g . d a 3.*
c o n j u g . ; 2." n a I a pess. do s. do p r e t perf .
do ind do v. i / o r n n r ; .‘5 ° a s s u a s r a d i c a e s
sã o a s l e t r a s d o r m , a s q u a e s n ã o se c o n -
s e r v ã o s e m p r e em t o d o s os se os t e m p o s o
p e s s o a s , e a s s u s finae s süo s e m p r e a s da
s u a c o n j u g . ; 1.” t e m p o r su j. o p r o n . eu e
p o r c o m p l . d i r . a s p a l a v r a s uutu hn i
0 o p o r soi* ^ arlj. te m e m si in c l u id o s
u m a t t r . e o v. s u b s t . (n. 153).
u m a 1.° é a d j . d o t e n u . i n d e f . f. do s.; 2 .° d o t e r -
m i n a 'caiu.
boa 1.° ó a d j . q u a l i f . p o s i t i v o f. do s.; 2.° q u a
lif ica sésta.
s ó s t a 1.” é n o m e c o m . a b s t r . f. do s.; 2." n u m
b o i séit i é c o m p l . d i r . dn v. rj rin i.
— 83 —-
A nalyse oral
P o r q u e o v. dormi, ò n e s ta o r a ç ã o um v. a d j . t r a n s .
v i r t u a l ? P o r q u e sondo d • s u a n a t u r e z a um v. i n -
t r a n s . , e s t á a g o r a e m p r e g a d o como t r a n s i t i v o p e -
dindo e t e n d o de f a c t o um com pl . dir. (n. 157).
A n a l y s e m se da m es m a m a n e i r a as or açõ es : E l l e s
vi v e m vi d a f o lg a da . A a ina ad or ra e ce o o men in o.
O s c a m p o n e z e s J o r m e m o somno da i n no ce n c ia . Sub i
a s e s c a d a s . C or r i a c a s a to da. O m a r r e m o t o n a
vegamos.
Anuly.su escripla
Avudyse escripta
Comei l . ° ó v . a d j. i n t r a n s . v i r t u a l r e g . d a
2 . “ c o n ju g .; 2." n a 2 a p. do pl. <1°
i m p e r a t . do v. c o m e r ; 3.° as s u a s r a d i -
c a e s são s e m p r e a s l e t r a s c o m , e as
fínaes as m e s m a s da s u a c o n j u g . ; 4."
tem por suj. o c c u l t o o pi‘on. vós; 5.° e
po r s e r v. adj. tem em si i n c lu íd o s um
a t t r . e o v . subst. (n. 153).
c om 1.* é prep. r e g e n t e ; 2.° est á a n t e s da
p a l a v r a moderarão, para fazer d’e l l a
vim co m pl . indir.
m o d e r a ç ã o 1." é nome com. abstr. f. do s.: 2 ° com
moderarão é c ompl. indir. c ir c um st . de
modo, p e r t e n c e n t e ao v. coroei.
Analyse oral
P o r q u e comei é verbo in tr an s. virt. ? P o r q u e ,
sendo de s ua n a t u r e z a um v. t r a n s . , e s t á n e s ta
o r a ç ã o e m p r e g a d o como in tran s. (n. 157).
A n a ly s e r n -s e da mesma m a n e ir a as o r aç õe s s e
g u i n t e s : A esp ada c órt a. T res s ort es de pessoas
são in f el iz e s na lei de Deos : o que não sobe e não
pe rg u nt a; o que sa b e e não ensina; o quo ensina e não
f a z . (> fogo (/aeirna e a ag ua afoyu; o fogo mata e a
a g u a sepulta. O ho m em propõe e Deos dispõe.
Analyse escripta
Analyse oral
.1 nalyse escripta
T r a t a - s e 1.° é \ adj pa ss iv o im p e s s o a l ou un ipo s-
s o a l r e g . da 1.* conju g.; 2.° na 3 . a p. do
s. do pre s. do ind. do v. tralar-sc ; 3.° as
s u a s r a d i c a e s sã o a s l e t r a s Ural, e as tinaes
as m e s m a s da sua c on ju g .; i.° tein por
su j. as p a l a v r a s o teo negocio, e por compl.
in d ir . t e r m . o c c u l t o as p a l a v r a s por m i m ,
ou pelo p r o c u r a d o r ou pelo advoyado ; 5 . ”
por s e r v. adj. tem em si i n c l u i d o í um
a t t r e o v. su b s t. (n. 153).
o 1.” é a r t . m. do s.; 2 . ” e s t á a n t e s do nome
tifrjucio para a n n u n c i a r o g e n o r o , nu m e ro
c s e n t i d o d e t e r m i n a d o d’e í l e (n. 58).
teo 1.°....... 2 . ° ....... 3.®----- ( V e j a os ns. {)(), l i s
e 2 8 7 ).
n e g o c i o 1.° ó n o m e c o m . abst. m. do s. ; 2.° o teo
n e g o c i o é suj. do v. t r a t a - se.
A o r a ç ã o c o m toda s as p a l a v r a s nos se os lo g a r e s
fica a s d m : O teo n e g o c i o t r a t a - s e 'ou é tr ata do
por m im , pel o a d v o g a d o ou pelo pro c ur ad or . M u -
d a d a a oraçAo pa r a a voz a c t i v a tiea assim: Eu tr a to
o t e o n e g o c i o ou () p r o c u r a d o r t r a t a o teo negoc io.
Trat ar , n ã o a c o m p a n h a d o de ó trans ou i n
t r a n s . E x . Eu te t r a t e i sem pr e co mo amigo ; Eu
t r a t o disso. A c o m p a n h a d o de w ou õ passivo ou ó
p r o n o m i n a l . E x . T r a t a - s e o teo n e g o c i o ; T r a t a - s e
do t e o n e g o c i o N ’e st o u lt im o ca so o suj. ó v , pron.
in d e f . q u e r e p r e s e n t a um n om e tomado em sen tido
v a g o ou nã o definido, c o m o se disse no fim do n.
121).
In a l y s e o r a l
P o r q u e o v . tratn-s/‘ è passivo? Porqm> pede nooes-
s ü r i a m e n f n um c o m p l . indir. qu e signifique o a g e n t e
d a a c ç ã o e x p r e s s a pelo v. pas sivo ; p o r q u e pó d e s e r
s u b s t i t u í d o p e l a í o r m a p a s si v a com p a r t . v a r i a v e l
e v. s ub s t.; e p o r q u e p óde-se m u d a r p a r a a c t i v o sem
a l t e r a ç ã o do se n ti d o (n. 157). P o r q u e õ im p e s s o a l
ou u n i p e s s o a l ? P o r q u e co mo passi vo só se u s a n a s
3 as pe ssoas (n. 162).
Q u a l é a p a l a v r a p e la q u a l o a r t O a n n u n c i a
q u e e s t ã d e t e r m i n a d o o s e n ti d o do n o m e negocio'? E'
a p a l a v r a tno, q u e d e t e r m i n a o s e n t i d o d ’e s te s u b s t.
de m a n e i r a q u e é por ella. q u e ficamos s a b e n d o q u e
o dito s u b s t. significa c o u s a p o s s u id a (n. 58).
A n a l y s e m - s e e m u d e r u - s e p a r a a voz a c t i v a as
o r a ç õ e s pa s si v a s : D e s t a m a n e i r a se p e r d e o P e r n a m
buco p o r nós. T r a v o u - s e a b a t a l h a pelos d o u s e x e r -
citos. A s a b e d o r i a e a v i r t u d e n ã o se. d.eixão em t e s
t a m e n t o pelos pais, p o r q u e se leoão. Não se d e i x a v a
le v a r de n e n h u m a c o u s a d ’a q u o l l a s a q u e os m e n i n o s
são affeiçoados C h a m a - s e B r a s i l a v a s t a r e g i ã o
h a b i t a d a pelos B r a s i l e i r o s . N e s t e c o l l e g i o só se en—
con lrão m e n i n o s b e m e d u c a d o s . Itelmteo—se e s t e
a c e r t a d o p a r e c e r pelos v a li d o s .
OraritrN ti**
.1 nali/se e sc r ip ta
E lia s 1." é p r o n . pessoal d a 3 “ poss. 1‘. do p l .;
2.° e s t á em l o g a r do n o m e d a s p e s so a s d e
q u e m se f a l i a ; 3.° é o suj. do v. t n i l ã o .
se 1.°.......2 . ° ....... 3 . ° é o c o m p l . d i r . d o v. t r a l ã o .
t r a t ã o 1.” é v adj t r a n s r e g d a 1 “ c o n j u g ; 2."
n a 3 . a [i. do pl. do p r e s . do i n d . do v.
t.ridnr; 3 . " .......4.° tom p o r suj. a p a l a v r a
vilas e p o r c o m p l . d i r . a p a l a v r a s°; 5 . ° .......
com 1.*.......2.° e s t á a n t e s d a p a l a v r a d esp re zo
e tc .
d e s p r e z o 1.".......2 . “ ro m d e sp r e zo é c o m p l . i n d r . c i r -
c u m s t . de m odo p e r t e n c e n t e ao v. f.ratão.
— 89 —
A n a ly s e o r a l
Q u e e s p e c í e de v. p r o n o m i n a l é o v. 'ratar-:se '!
P r o n o m i n a l a c c d e n t a l . P o r q u e ? P o r q u e xjo d e in o s
c o n j u g a l - o c o m ou som as v a r i a ç õ e s m e, to, se, no*,
cos (n. 100).
A n a l y s e m tia m e s m a m a n e i r a : Os H o l l a n d e z e s se,
a p p r n x im a r ã o da B a h i a em 1624. L e m b r a - t e , 6 h o
m em , q u e t u é s pó, e q u e em pó te /tas <le t o r n a r . O
cstoic o m a ta -s e p a r a q u e o n á o m a t e m . Os i r m ã o s
d e s p e d ir ã o -se e r e tir a r ã o —se. J o ã o e m b r i a g a - s e d i a
r i a m e n t e . F e r i s t e - t e co m a e s p a d a . N a o t e a g a s t e s
c o m m ig o . C o n t e n t e - s e c a d a u m c o m a s u a s o r t e .
Os h o m e n s de g r a v i d a d e e h o n r a correm-se. de
d i z e r m a l dos o u t r o s .
292. A R R E P E N D O - M E DO PECCADO
1nalyse oral
«Io v rrlio w i ti a p o N w o t to w o u
l l l l i |X ‘ NWOa«‘ N
.id v e r te n c ia . S e n d o o s v e r b o s i m p e s s o a e s v e r b o s
s u b s ta n tiv o s , p a ssiv o s, t r a n s itiv o s o u in tr a n s itiv o s,
c o n f o r m e j á d i s s e m o s n o n . 1(52, d e v e m s e r a n a l y -
s a d o s do m e s m o m od o q u e e s te s . O su j. d e ta e s
v e r b o s o r a e s tá c la r o , o r a o c c u lto , o r a in c lu id o .
N o n. 2 8 3 j á fo i a n a ly s a d o o v . s u b s ta n tiv o im p e s
s o a l é, o q u a l p ó d e s e r v ir d e m o d e lo d e a n a ly s e p a ra
o v . s u b s t. im p e s s o a l; ta m b e m no n. 2 9 0 o v . p a ssiv o
im p e s s o a l tr a ta -s e p ó d e s e r v i r d e n o r m a p a r a a
a n a ly s e dos v e r b o s im p e sso a e s d esta esp e c ie .
P o r isso p a s sa r e m o s a a n a ly s a r os v e r b o s im p e s
s o a e s t r a n s it iv o s e i n t r a n s it i v o s , c o m e ç a n d o p elo
im p e sso a l h aver q u o póde ser a n a ly sa d o de tre s
m a n e ir a s d iffer en tes: c o m o v . tr a n s . s y n o n y m o de
te r e p o s s u ir - , c o m o i n t r a n s . s y n o n y m o d e e x i s t i r ; e
co m o a u x ilia r fo rm a n d o um tem p o com p osto com
o p a rticip io in v a r ia v e l.
Cá 1 . ° ó a d v . d e l u g a r : 2.® e s t á j u n t o a o v . h a
p a ra m o d ific a r -lh e o sig n ifica d o .
o I o é c o n j . ; 2 ." e s t á l i g a n d o o a d v . c d c o m o
a d v . Id .
lá 1 . ° ........ ; 2 . ” .........
m ás 1 .° é a d j. q u a l i f i c a t i v o p o s it iv o f. d o p l.; 2 . “
q u a l i f i c a f u tlu s .
ha l . ° é v . a d j . t r a n s . i m p e s s o a l i r r e g . d a 2."
e o n j u g .; 2 .° n a 3 . “ p es. do s. d o p r e s. d o in d .
do v . h a ver ; 3 .° a s le tr a s r a d ic a e s sã o h a v,
q u o o v . n ü o c o n s e r v a s e m p r e era t o d o s o s
s e o s te m p o s e p e sso a s, e a s fin a e s n S o sSo
s e m p r e a s d a s u a c o n j u g . ; 4.® t e m p o r s u j .
o c c u l t o a s p a l a v r a s o />o v n , o u a g c u le , o u a
s o c ie d a d e , o u a v i d a , e p o r c o m p l . d ir . a s
p a l a v r a s m d s f a d a s ; 5 .® ........
— 92 —
E s t a o r a ç ã o co m t o d a s a s p a l a v r a s n o s s e o s l o -
g a r e s fica assim : O p o v o , ou a gente, o u a sociedade,
ou a v id a h a (ou tem ou possue) c á e lá m á s f a d a s .
Em 1.° é p rep . r e g e n t e ; 2 . ” e s t á a n t e s da p a la
v r a um p a ra f a z e r d e l l a u m c o m p l. in d ir .
um 1.° é n o m e c o m . a b s t. m. do s.; 2 ° em u m
é c o m p l. in d ir . do v . ha (v . n . 8 9 em
n ota).
ha 1." é v . ad j. i n t r a n s . i m p e s s o a l e t c . ; 2 . ° . . .
3 . ° ....... 4." tem por su j. a p a l a v r a u n i d a d e e
por c o m p l. in d i r . as p a l a v r a s em u m ; 5 .°. • •
u n id a d e l . ° é n o m e c o m . a b s t . f . do s .; 2 . ” é o suj.
do v . ha.
295. 1IA M U I T O S ANNOS QUE TE NÃO V EJO
Analyse escripta.
Faz 1.° é v. adj. trans. impessoal irre g da 2 .a
conjug.; 2.° na 3.‘ p. do s. do pres do ind. do
v. fazer ; 3.° as suas radicaes são as le tra s
fazqw eo v. não conserva sempre, e as finaes
não são sempre as da sua conjug.; 4.° tem
por suj. occulto as palavras o estado du
atmosphera, por compl dir. as palavras bom
tempo, e por compl. indir. occulto a pa la v ra
nos ou as palavras para nós ; 5.°____
bom 1.° é adj. qual. pos. m. do s . ; 2.° qualifica
tempo.
tempo 1.° é nome com. abst. m. d o s . ; 2.° bom
teni,po é compl. dir. do v. fa z.
A oração com todas as palavras nos seos logares
fica assim : O estado da atm osphera faz-nos ou faz
para nós bom tempo. Esta oração ainda fica mais
c la r a construindo-se do modo seguinte : () estado
da atmosphera nos faz te r ou gozar bom tempo no
logar e no momento em que estamos fallando, isto
é, hoje e no Rio de Janeiro.
Analyse escripta
Faz 1.°... 2.°... 3.°... 4.® tem por suj. occulto as
palavras a proximidade do sol (ou o utras
mais convenientes, segundo as circum stan-
cias astronoinicas, atm osphericas ou t e r r e s
tres da localidade do que se t r a t a r ) e por
compl. dir. as p a lavras nos sentir oa soffrer
calor; 5.°....
calor 1.° é nome com. abst. m. do s ; 2.° é compl.
dir. do v. sentir ou soffrer que se subentende
depois do v. faz.
A oração com as palavras que se indioàrflo na
analyse, fica assim : A proximidade do sol faz-nos
— 95 —
s e n t i r ou so ffrer c a l o r (hoje e no R i o de J a n e i r o , se a
p e s s o a q u e f a l i a e s t á n ’e s t a c id a d e ). Mas em o u t r o
sentido, serão outras as palavras subentendidas.
S e por e x . d i s s e r m o s . F a z mui to calor na \ /'rira, as
p a l a v r a s s u b e n t e n d i d a s s e r ã o : A p r o x i m i d a d e do
so l ou a p o s i ç ã o da A f r i c a e m r e l a ç ã o ao e q u a d o r
ou por c a u s a dos s e o s d e s e r t o s de a r ê a , e t c . faz os
h o m e n s , os h a b i t a n t e s ou os v i a j a n t e s s e n t i r ou
so ffrer m u i t o c a l o r .
A n a l y s e m - s e do m e s m o m o d o : F a z f r i o ; F a z
m u i t o f r i o ; Fa z m á o t e m p o ; F a z c o r i s c o s ( n o s faz
v e r coriscos).
V. li. T a m b o m p o d e r e m o s a n a l y s a r o v. f o z c o m o
v. s u b s t a n t i v o v i r t u a l s y n o n y m o do esta', e e n t ã o
F a z f r i o é o m e s m o q u e C) t e m p o estd /'rio; F a z calor,
o ine.-smo q u e O tempo estd tempo de r a l o r ; F a z m d o
te m p o o m e s m o q u e O tempo estd nulo.
.1 nahjse escripta
301. CHOVE
Analyse escripta
Chove 1.° é v. adj. intrans. impessoal reg. da 2.‘
conjug.; 2 .“ na 3.* p. do s. do [ires. do ind.
07 —
A n a l i/se e s c r ip ta
l aalyse escripla
m ais m o d e s t o l . ° é a d j . q u a li f . c o m p o s to c o m p a r a
t iv o d e su p e r io r id a d e m. do s.; 2." é
o a t t r . do suj.
do q u e 1.° é lo c u ç ã o c o n j u n c t iv a o u con j.
c o m p o s t a ; 2." e s t á lig a n d o a o r a ç ã o
P edro é m a is m odesto com a o r a ç ã o
P aulo é m odesto.
P au lo 1 ....... 2 . ” ó suj. do v. o c c u l t o é e do
a t t r . m odesto, t a m b e m o c c u l t o .
A s d u a s o r a ç õ e s co m to d a s as p a l a v r a s ficão a s
sim : P e d r o é m a is m o d e sto do q u e P a u l o ó m od e sto.
O r a r A o «I « rclutivt»
A n a ly se escrip la
Pedro 1 . ” ........ 2 . » ............
è 1 .”....... 2 . “......... 3 . ° ......... 4.° tem por
suj. a p a l a v r a P edro de q u e m o a t t r .
é as p a l a v r a s o m a is m odeslo.
o m a is m o d e s to 1 é ad j. q u a li f . c o m p o sto s u p e r la t .
r e l a t i v o do su p e r io r id a d e ; 2." ó o
a t t r . do suj.
dos 1.° ....... 2 . ° ......... .‘J.” O a r t . os a n n u n -
c i a o g e n e r o , o n u m e r o e o s e n t id o
d e t e r m in a d o do n o m e h om ens (o
q u a l s e n t id o e s t á d e t e r m i n a d o pelo
ad j. q u a l i f . p o sit. m odestos o c c u l t o
e p e lo r e s t r i c t i v o ijue eu. conliero).
hom ens 1 .° ....... 2 . ” dos hom en s ó c o m p l.
in d ir . to rin . do s u p e r l a t i v o o m a is
m odeslo.
A o r a ç ã o co m to d a s a s p a l a v r a s c l a r a s fica assim :
P e d r o é o h o m em o m a :s m o d e s to dos h o m e n s tn o -
destos q u e e u c o n h e ç o (p o r q u e o s m o d e s t o s q u e eu
n a o c o n h e ç o , n ão m o podem s e r v i r d e t e r m o de
com paração).
SEGUNDA PARTE DA G R VMM A T I GA
DA SYNTAXE
305. S y n t a x k ó a p a r to d a G r a m m a tic a q u e e n
s in a a c o m p o r a o r a ç ã o e o p erio d o g r a m m a tic a l.
3 0 6 . P r io d o g r a m m a t i c a l 6 a r e u n i ã o do p a
l a v r a s q u o f o r m ã o u m a ou m a i s de u m a or aç í ío
ten d o sentido p erfe ito e te r m in a n d o p o r ponto.
307. H a d u a s especies de periodos : o periodo
simples e o periodo composto.
3 0 8 . P e r io d o s im p le s é o q u e c o n s t a d e u m a só
oração.
3 0 9 . P e r i o d o c o m p o sto é o q u o c o n s t a d e m a i s d e
urna o r a ç ã o .
Quando e m u m periodo com p osto falta a oração principal
(levemos subentendel-a sem pre na analyse.
O s verbos do periodo com p osto q ue se d ev em con tar com o
orações distm ctas, são : l . ° O s verbos do m odo linilo. Kx. T omo.
A brab.lo ao lillio, le v a - o ao m onte, a ta - o, p õ e - no sob re a le
n h a, t i r a prla espada. 2.» Os do infinito pessoal, lix. l }a r a
se rm o s f e l i z e s é preciso que nos dCs a mão. 3.° Os verbos do
inUnito im p e sso a l que estão precedidos de preposição e que
não formão nem tem pos nem verbos com p ostos. Ex. P o r
q u e r e r m a is tio que deve, se perde o h om e m . Os partici-
p io s q u e não forem appostos nem attributos e que tiverem
su jeitos diITerentes dos do verbo fínito. l*'.x. Isto succedeu,
re in a n d o IVutna P o tn p ilio . A c a b a d a a festa., todos s e re
tirarão.
Os verbos que se n ão devem contar com o ora ções distinctas,
sào : 1.» Os verbos do infinito im pessoal q ue se rv e m de s u
j eito s, attributos o u com p lem en tos directos de outras orações,
ou q ue form ão tem pos ou verbos com postos, Iix. E s tu d a r não
é r a d i a r ; D e v o e s tu d a r , q u ero e s tu d a r ; p o s s o e s tu d a r , v o v
— 102 -
0S» o ra ç ã o
ilu s o r a ç S c N
313. As orações dividem-se em absolutas, princi-
paes o accessorias.
3 1 4 . O ra çã o a b so lu ta è a q u e nilo õ s u j e it o , n e m
a t t r i b u t o , n e m c o m p l e m e n t o d e o u t r a ; n e m tem
o u t r a q u e l h e s i r v a d e s u j e it o , a i t t r i b u t o ou c o m
p lem en to .
E x . P a r i z e u m a b e llis s im a c id a d e : os estra n g ei
ros a d m ir ã o co m r a z ã o os seus edifício s. C u m p r i sem
p re os vossos deoeres c sede se m p re respeitosoa p a r a
com os vo sso s su p e rio re s.
3 1 5 . A o r a ç ã o a b s o l u t a d e v o t e r o v e r b o no in
d ica tiv o ou no im p e ra tiv o , sem r e la tiv o nem p ala
v r a q u e a i m p e ç a d e s e r a b s o lu t a , e n ã o d e v e s e r
in terrogativa.
3 1 0 . A s p a l a v r a s q u e im p e d e m a o r a ç ã o a b s o
l u t a e a p r i n c i p a l d e s e r t a e s , s5 o : 1." a s c o n j u n c -
ç õ e s : co m o , q u a n d o , se, rpm e t o d a s a s m a is q u e s e
c o m p õ e m c o m a p a l a v r a que ; 2 . ” o s r e l a t i v o s ; 3."
o s a d v é r b i o s on de e s e u s c o m p o s t o s , q u e v a l e m
t a n t o c o m o r e l a t i v o s (v. o n . 2 01); 4." os in d e fin i-
to s q u a l, q u a n to , ta l, ta n to m a is , ta n to m en os ; 5 .° o
pouto de in te rr o g a çã o .
3 1 7 . O ra çã o p r in c ip a l é a q u e n ã o é s u j e i t o n e m
a t t r i b u t o , n e m c o m p l e m e n t o do o u t r a , m a s t e m o u
tr a q u e l h e s e r v e d e s u j e it o , a t t r i b u t o ou c o m p l e
m en to.
l i x . Q u e t o m a is a m o r t e i n a tu r a l. C u m p r i s e m
p r e os üossos deveres p a r a s e r d e s o u p a r a q u e s e ja is
r e s p e i t a d o s a t é p e lo s v o s s o s s u p e r i o r e s . Vós cu m
p r i r ie is os vossos ileveres, s e f o s s e i s r a z o a v e i s .
3 1 8 . A o r a ç ã o p r in c ip a l d e v o t e r o v e r b o n o i n
d i c a t i v o , no i m p e r a t i v o , ou no c o n d i c i o n a l , s e m
p a l a v r a q u e a i m p e ç a d e s e r p r in c ip a l ( v . o n. 3 1 6 ) .
319. Oração a c c m o r ia é a que serve de sujeito,
attrib u to ou complemento de outra.
3 2 7 . O ra çã o e x p lic a tiv a ou c ir c u m s ta n c ia l é a q u e
d e c l a r a a l g u m a c i r c u m s t a n c i a . c o m o a d e a p p o s iç a o ,
d e c a u s a , d e t e m p o , d e fim , do m o d o , d e c o n d i ç ã o ,
otc
l i x . D e o s que é ju s to p r e m e i a a v i r t u d e .
3 2 8 . A o r a ç ã o e x p l i c a t i v a ou c i r c u m s t a n c i a l
p ô d e s e r t i r a d a do p e r io d o som q u e fique por is s o
a l t e r a d o o u f a l s o o s e n t id o d a q u e ficar.
O u lro e e x em p lo s : D eos, l . ° p o r q u e è j u s t o , 2 .° p o r se r
in s to , U." se n d o j u s t o , h a de p r e m ia r a v i r tu d e .
l» o M ijc iín
E x . A fé, esperan ça o r a r id a d e s ã o v i r t u d e s t h e o -
lo g a es.
3 3 9 . S u j e i t o co m p lex o ó o q u e te m co m p lem en
tos.
E x . O IJeos dos C h ristã o s é u m só e v e r d a d e i r o .
Os deoses dos p>i</ãos e r ílo t r i n t a m il e f a l s o s .
Os com p lem en tos do sujeito podem ser 1.» adjectivos ; 2 . a
participios; com p lem en tos in directos; 4.® appostos ; 5.°
vo c a tiv o s; 6.® orações Kxom plos: 1.° O homem v ir tu o s o
não le m e a inveja " 2 ° O hom em a m a d o de todos d e v e - s e
considerar feliz ; :í.° O homem d e bem não faz mal ;> nintruem;
4 .° Ulyâse*, r e i de Ithacn, era pai de Tclemaeo : 5 .° Tu. P e d r o ,
acom p anh a -m e, o tu, A n tô n io , t spera-m e aqui ; 6.» O hom em
qu e rn ata ou tro hom em , (t homicida.
I >» v e r b o
3 43 . O ATTiunuTO é s im p le s ou c o m p o sto , c o m
p le x o ou in c o m p le x o .
3 4 4 . . Í U r ib u to s i m p l e s é o q u e c o n s t a d e u m a só
o r a ç ã o ou p a l a v r a s ig n if i c a n d o u m a só q u a l i d a d e
ou c ir c u m sta n c ia p e r te n c e n te a um su je ito .
E x . O D e o s d os (J h r is tã o s é u m s ó . Os d e o s e s d o s
p a g ílo s o r ã o t r i n t a m i l . D e o s é j u s t o . D e o s é i n i s e r t -
<nrrl i o v o .
— 109 —
3 4 7 . A tlrib u lo in c o m p le to é o q u e n ao te m c o m
p lem en tos
E x . D e u s é ju s to . O h o m e m é rn o rta l. Os a n jos
sflo im m o rla e s.
:51S. O a t t r i b u t o c o s t u m a v i r t a m b e m d ep o is do
v e r b o s a d j e c t i v o s , m a s ent&o d e v e s e r a n a l y s a d o
c o m o a p p o s t o do a t t r i b u t o in c lu íd o n e s s e s v e r b o s .
E x . V i v e o rico e m o r r e u pobre.
■>« e o m p l e m e n f .
II»
Do vocativo
«Ia n a t u r a l o f ig ur a r ia
Ifca s y i l t t i x c n a t u r a l »l<* r o n r o r i l a n o i w
O h s o rv u ç õ e s so h r» * o iin o <1<»n ( n i a p i M
iin p r.w oitoi <I<» inlinWo
Nolirc o u s o «Io i n f i n i t o
p e s M N O iil
— 114 —
Btc^raw d c c o n c o r d a n c ia íi^ u r a d a
B>u M y c U a v r i i a t u i ' » ! i I p i * c g t t i i c i «
a d j e c t i v o ou o u tr o a d v é r b io a q u e se possa a jtin ta r
p a r a l h e s m od ificar o sig n ific a d o .
8 8 1 . A p r e p o s iç ã o e x i g e n o m e, p r o n o m e ou v e r b o
do infirnito, q u e e l l a t r a n s f o r m e em c o m p l e m e n t o
i n d i r e c t o ; ou e x i g e q u a lq u e r p a l a v r a q u e e l l a
t r a n s f o r m e em p a l a v r a c o m p o s ta .
•382 A c o n j u n c ç ã o e x i g e p a la v r a s , o r a ç õ e s ou
p e r io d o s q u e e l l a p ossa l i g a r .
3 8 3 . A i n t e r j e i ç ã o , por isso q u e por si só já v a lo
t a n t o co m o u m a ou m a is de u m a o r a ç ã o , n a d a m a is
e x i g e do q u e um p o n to d e a d m ir a ç ã o .
3 8 4 . A i n t e r j e i ç ã o <i é a u n i c a q u e n ã o e x i g e
p o n t o d e a d m i r a ç ã o , m a s e x i g e um v o c a t iv o .
3 8 5 . O p eriod o s im p le s e x i g e u m a só o r a ç ã o a b
s o l u t a . O c o m p o s to e x i g e ao m e n o s d u a s o r a ç õ e s
d a s q u a e s u m a p elo m e n o s lia d e s e r p r in c ip a l.
38(5. A o r a r ã o a b s o lu t a e x i g e v e r b o no modo i n
d i c a t i v o ou i m p e r a t iv o , sein p a la v r a q u e a p o ssa
im p e d ir de s e r a b s o lu t a , e e x i g e um ponto fin al.
3 8 7 . A o r a ç a o p r in c ip a l e x i g e um p erio d o c o m
p o sto ; e x i g e v e r b o no i n d i c a t i v o , im p e r a t iv o ou
c o n d i c i o n a l , s e m p a l a v r a q u e a possa im p e d ir de s e r
p r in c ip a l ; e e x i g e o u t r a ou o u t r a s o r a ç õ e s q u e l h e
s i r v ã o de suj -ito, a t t r i b u t o ou c o m p l e m e n t o .
3 93 . S y n t a x e f ig u b a d a de regência é a que
a p r ese n ta ex e m p lo s de o r a ç õ e s e periodos onde
nao estão todas as p alavr a s e x ig id a s pela s y n t a x e
n a tu r a l de r e g e n c ia .
I > a N M i t u x e n a t u r a l «l<* c o i i x l r u c e r t a
394. S y n t a x k n a t u r a l dk o o n s t r u c ç \ o ou co l -
locaç \o é a quo ensina os logaros das pa la v ras na
oração e das orações 110 periodo composto.
395. O logar do artigo é antes do nome, antes
do comparativo quo elle transform a em superlativo
relativo, ou antes de qualquer infinito ou p alavra
que elle substantiva.
O artigo deve ser repetido: 1 .”antes de nomes que
concorrem dous a dous com significados oppostos,
— 123 —
c o m o no e x .: A qu i te n d e s d ia n te de v o s so s o lh o s o
bem e o m a l, « a g u a e o fo g o , a v id a e a m o r te ; 2."
a n t e s de a d j e c tiv o s e p a r tic ip io s lig a d o s p e la c o n
j u n c ç ã o 0 e q u a lific a n d o e n te s d iffe r e n te s , com o no
e x . : o v e lh o e o j o v e n s o ld a d o ; o so ld a d o v e lh o e o
m oço. F ó r a d e s te s dou s c a so s podem os r e p e t ir ou
d e i x a r de r e p e t ir o a r tig o a n t e s de c a d a n o m e ou
a d j e c t iv o .
3 9 6 . O lo g a r do n o m e e p r o n o m e em o r a ç ã o n ã o
i n t e r r o g a t i v a é a n t e s do v e r b o de q u e fo rem s u je ito s ,
e d e p o is do v e r b o em o r a ç ã o in t e r r o g a t i v a ou na
o r a ç ã o em q u e fo r e m a t t r ib u t o s ou c o m p le m e n t o s
d ir e c t o s ; d ep o is d a s p a la v r a s q u e os p ed irem com o
c o m p le m e n t o s in d ir e c t o s ; d e p o is do f u n d a m e n t a l
q u a n d o fo r e m a p p o sto s ; e d ep o is ou a n t e s de v ir -
g u l a q u a n d o fo r e m v o c a t i v o s (v . o n. 4 6 3 § 4.°).
3 9 7 . O lo g a r do a d j e c tiv o é a n t e s ou d ep o is do
n o m e a q u e s e r e f e r ir c o m o a p p o sto ; d ep ois do v e r b o
se for a t t r ib u t o ; d e p o is do f u n d a m e n t a l, s e fo r
a p p o sto ; depois do a d v é r b io q u e o m od ificar.
3 9 8 . O lo g a r do v e r b o é d e p o is do seo s u je ito em
o r a ç ílo n ã o i n t e r r o g a t i v a e a n t e s do s u je ito em
o ra çã o in te r r o g a tiv a .
3 9 9 . O l o g a r do p a r tic ip io p r e s e n t e e p a s s a d o v a
r i á v e l é d e p o is do v e r b o se fo rem a t t r ib u t o s , e a n t o s
ou d e p o is (ios se o s s u b s t a n t iv o s , q u a n d o n ã o fo r e m
a t t r i b u t o s ; o do p a r tic ip io p a ssa d o i n v a r i a v e l é
s e m p r e d e p o is de u m te m p o do v e r b o ter ou h a v e r .
4 0 0 . () lo g a r do a d v é r b io ó a n t e s do a d j e c t iv o e
p a r tic ip io o a n t e s ou d e p o is do v e r b o a d j e c t iv o .
4 0 1 . O l o g a r da p r e p o s iç ã o é a n t e s da p a l a v r a ,
d e q u e a p r e p o s iç ã o e s t i v e r fa z e n d o c o m p le m e n t o
in d ir e c t o ou p a la v r a c o m p o s t a .
4 0 2 . O lo g a r d a c o n j u n c ç ã o é a n t e s d a p a l a v r a ,
o r a ç ã o ou p erio d o q u e a c o n j u n c ç ã o e s t i v e r lig a n d o .
Algumas conjuncções.em vez de occuparem o 1.®
logar da oração ou do periodo, pódem-se collocar
no 2." ou 3 .” e por isso cham ão-se pospositivas.
Taes são por ex. asconjuncções comludo, enlretanU,
pois, p n rê m , portanto, to da via .
l> a w d c N ^ n tn x o
10S. F ig u r a de s y n t a x e é o inodo de f a l l a r ou
e s c r e v e r , o c c u lt a n d o p a la v r a s , p o n d o -a s fó r a dos
s e o s l o g a r e s ou p o n d o -a s de m a is.
401). A s p r i n c i p a e s f i g u r a s d e S y n t a x e s ã o : a
Sijllcft.se, a K l l i p s e , o l l y p e r b a t o e o P l e o n a s m o .
4 1 0 . S y ll e p s e é o m odo do f a ll a r ou e s c r e v e r ,
o c c u lta n d o os su b sta n tiv o s ou p ron om es com que
d e v e m c o n c o r d a r o n r l i r p >, a d j e c t i o o , p r o n o m e , oe r bo
o participio.
Á s y lle p s e é u m a o sp e cie da e llip s e (v . os e x e m
p l o s d o s y l l e p s e d e s d e o n . 3(3:2 a t é o n . 3 7 4 ) .
4 1 1 E llip se é o m odo do f a l l a r ou e s c r e v o r , o c c u l
ta n d o p a la v r a s ou o r a ç õ e s e x ig id a s p e la s y n t a x e
n a tu r a l do r e g e n c ia . (V . os e x e m p lo s de n. 3 93).
4 1 2 . Ilf/perbato é o m odo d e f a lla r ou e s c r e v e r ,
pondo fó ra dos seo s lo g a r e s as p a la v r a s n a o ra çã o
o a s o r a ç õ e s n o p e r i o d o . ( V . d o n 3 9 4 a t é o n . 106).
113. P l e o n u s t n o é o m o d > d e f a l l a r o u e s c r e v e r ,
p o n d o do m a is a lg u m a p a la v r a q u o e x p r im e id é a j á
e x p r e s s a por o u tra p a la v r a da m esm a o ra çã o .
K x . O T u r c o fic a f a z e n d o o s m a i o r e s a p p a r a t o s d e
g u e r r a q u o n u n c a j d r n u i s s o v i r í l o Q u a n d o s e «n l r a
t l c n t r o da. i l h a . 1 / c o m <>\ m c o s o l h o s . A o s o u t r o s p e i x e s
d o a l t o m a a - o s o a n z o l o u a f is g a ; a c ó s m a t a —v o s
a v o s s a p resu in p çiX o H om em , qu em m c c o n stitu io
<i n u m , j u i z o r e p a r t i d o r s o b r e a v o s s a h e r a n ç a ?
V i c i n N « In l i n ^ i i í i ^ o a i i
4 1 4 . U a r b a i u s m o ó o v i c i o do e s c r e v o r e p r o n u n
c i a r u m a p a l a v r a c o m l e t r a s o a c c e n t o s f ó r a d os
se o s lo g a r e s ; ou o v ic io de u sa r de te r m o s e s t r a n
g e ir o s d e sn e c e ssá r io s.
— 120 —
115. S olecism o è o e r r o c o n t r a as re g ra s da
sy n ta x e .
Ex. Um homem cujo eu n5o conheço em vez de
Um homem que ou o qual ou a quem eu náo conheço.
\eonleceo dous casos celebres em vez do Acontecerão
dous casos celebres. E ’justo de a m a r a Deos, em vez
de E ’ justo a m a r a Deos. TinhSo as feridas e a
memória fresca ein vez de Tinhão as feridas e a
memória frescas.
423. chovk
p r e s e n t a d o p e la final c do m e sm o v . c h o v e , ta m b em
e s t á no seo l o g a r (n s. 341 e 3 9 8 ) .
O su j. é c h u v a r e p r e s e n t a d o p e la s r a d ic a e s chov
do v. c h o v e .— O v. é chove, r e p r e s e n t a n d o p e la s u a
fin a l c o v . cahe, o q u a l i n c l u e o v . s u b s t. estd o o
a t t r . c a h i n d o (n s. 153, 301 e 3 4 1 ).
424. D e o s, q u e é j u s t o , p r e m e ia os q u e se não
d e s v iã o do cam inlxo da v ir t u d e .
E ’ um p e r io d o c o m p o s to , p o r q u e c o n s t a d e m a is
d e u m a o r a ç ã o (n . 3 0 9 ) . C o n sta de tr e s o r a ç õ e s : a
1 .a é />'’ns p r e m e i a os ; a 2 . a ô q a e é j u s t o ; a 3 . a é que
se n ã o desrÁão d o c a m i n h o d a v i r t u d e .
A p r im e ir a o r a ç ã o Deos p r e in e i a os é p r in c ip a l, por
q u e n á o o suj. n e m a t t r . n e m c o m p l. d e o u t r a , m a s
tom o u t r a s q u e lh e s e r v e m d e c o m p le m e n t o s (n .3 1 7 ).
— E ’ p le n a , p o r q u e t e m to d a s a s p a la v r a s q u e a
d e v e m c o m p o r (n. 3 3 1 ) . — N ã o é i n v e r s a , p o rq u e n ã o
tem p a l a v r a s f ó r a dos s e o s l o g a r e s (n . 4 0 4 ).
O suj. é Deos, s im p le s p o r q u e c o n s t a d e u m a só
p a l a v r a s ig n ific a n d o um só e n t e (n . 3 3 7 ); c o m p le x o ,
p o r q u e te m o c o m p le m e n t o q u e é j u s t o (n . 3 3 9 ) . — O
v . é p r e m e i a , c o n c o r d a n d o em n u m e r o e p e sso a c o m
o s e o su j. (n. 3 5 8 ) . e in c lu in d o em si o v e r b o estd o u
c o o a t t r . p r e m i a n d o (n. 3 4 1 ) . — O a t t r . ó p r e m i a n d o ,
s im p le s p o r q u e c o n s t a do u m a só p a l a v r a s ig n ifi
c a n d o u m a só q u a lid a d e p e r t e n c e n t e a um s u j e it o
(n . 3 4 4 ); c o m p l e x o p o r q u e te m o c o m p l. os que se
n ã o d e s v i ã o d o c a m i n h o d a v i r t u d e (n . 3 4 0 ).
A s e g u n d a o r a ç ã o qu e é ju s to é a c c e s s o r i a e x p l i c a -
ti va ou c ir c u m s ta n c ia l, porque d e c la r a a c ir c u m -
s t a n c i a c h a m a d a a /) p o s ir ã o (n . 3 2 7 ) , e p o r q u e p ó d e
s e r t ir a d a rio p e r io d o som q u e fiq ue por is so a l t e r a d o
ou f a ls o o s e n t id o d a s q u e ficão (n . 3 2 * ) . — E ’ p le n a
p o r q u e te m to d a s as p a l a v r a s q u e a d e v e m c o m p o r
(n . 3 3 1 ) . — N ã o â i n v e r s a p o r q u e n ã o te m p a l a v r a s
fó r a d o s s e o s lo g a r e s (n. 4 0 4 ).
O su j. é qu e, s im p le s , p o r q u e c o n s t a d e u m a só pa
l a v r a s ig n if ic a n d o um só e n t e (n . 3 3 7 ); i n c o m p l e x o ,
17
— 130 —
ORTHOGRAPHIA
425. O r t h o g r a p h i a õ a p a r te da g r a m in a tica
q u e e n s in a a e s c r e v e r as p a la v r a s com a s d e v id a s
le tr a s , sig n a e s e a c c e n to s.
4 2 6 . A s l e t r a s com q u e r e p r e s e n ta m o s a s p a la
v r a s s ã o a s v i n t e e c i n c o s e g u i n t e s : a , b, c , d , e , f.
g , h , i, j , k , 1, m , n , o , p, q , r , s , t , u , v , x , y , z ,
4 2 7 . A c o lle c ç ã o d e s ta s v in te e c in c o le t r a s c h a
m a —s e a l p l i a b e t o , a b e c e d a r i o , a b ê c ê o u a b c .
4 2 8 . A s s e i s l e t r a s a , e , i, o , u , y , c h a m â o - s e
v o g a e s , p o r q u e p o r si s ó s f o r m ã o s y l l a b a s o u v o z e s ;
a s d e z e n o v e l e t r a s b, c , d , 1', g , h , j , k, 1, m, n, p,
q, r , s , t , v , x , z, c h a m í l o - s e c o n s o a n t e s , p o r q u e
só com o a u x ilio das v o g a e s ó que pódem fo r m a r
sy lla b a s.
4 2 9 . A ló rn d ’e s t a s d e z e n o v e c o n s o a n t e s s i m p l e s ,
t e m o s a i n d a a s c o n s o a n t e s c o m p o s t a s , <h , Ib , n b ,
p b , r h , th .
4 3 0 A s v o zes r e p r e se n ta d a s p e la s le tr a s v o g a e s
c h a m â o - s e s o n s u m e s , q u a n d o s a h e m só p e l a b o c a ,
c o m o a , e , i, o , u ; e s o n s n a s a e s , q u a n d o s a h e m
p e la boca e p e lo n a r iz ao m esm o te m p o , c o m o ã ou
n n , c o u e n , i ou i n , õ o u o n , ü o u u n .
131. T od as a s le tr a s c o n s o a n te s c h a m ã o - s e con-
s o n a n c i a s , a r t i c u l a ç õ e s ou infl ex ões .
S y l l a b a è o som r e p r e s e n ta d o por u m a ou d u a s
l e t r a s v o g a e s , s ó s ou a c o m p a n h a d a s d o c o n s o a n t e s ,
co m o ao, rndo, m ão .
— 132
4 3 3 . Ditongo é a s y l l a b a d e d u a s v o g a e s q u e se
p r o n u n c ia m a m b a s d e u m a só v e z , c o m o a o , rnáo,
m ão.
4 3 4 . O d it o n g o c h a m a - s e o r a / q u a n d o s a h e p e l a
b oca s o m e n t e , c o m o ao, óe; e n a s a l , q u a n d o s a h e
p e la b o ca e p e lo n a r iz a o m e s m o te m p o , c o m o ã o , õe.
4 3 5 . M onosyllabo é a p a l a v r a q u e só te m urna
s y l l a b a , c o m o ao, rnáo, m ã o; d i s s y l l a b o , a q u e te m
d u a s s y l l a b a s , corno boca, casa, l iv r o ; t r is s y lla b o , a
q u e t e m t r e s s y l l a b a s , corno cid ad e, m e n i n o , v irtu d e ;
p o l l y s y l l a b o , a q u e t e m m a is do t r e s s y l l a b a s , corno
liberdade, lib era lid a d e , c o n s lilu cio n a iid a d e .
Adoertencia. — K’ impossível estabelecer regras que habili
tem o estudante a escrever todas as palavras da língua portu-
gueza. Só o diccionario e a pratica é que pódem leval-o ao
ponto de escrever correctamente. Daremos comtudo as pouens
regras seguintes.
Itll
4H 1. P on tu ação é a r t e d e c o l l o c a r o s s i g n a e s o r -
t h o g r a p h ic o s de m odo q u e d i s t i n g ã o c e r t a s p a r t e s
d a o r a ç ã o e do p erio d o , o r e g u l e m a c a d ê n c i a c
d e s c a n ç o da vo z n a l e i t u r a .
162. Os signaes orthographicos são : a virgula
(,), o ponto e virgula (;), os dous pontos(:), o ponto
final (.), o ponto de interrogação (?), o ponto de
admiração (!), os pontos de reticencia (...), as vír
gulas dobradas (« »), o parenthese ou a p aren-
these (), o hyphen (—), o apostropho (’), a diére-
se (..), o til ('), o asterisco ( f), a cedilha (,), o
signal (u), o accento grave ( '), o accento agudo
( ’ ), o accento circumflexo (').
DA VIRGULA ( ,)
a l g u m bem , d iz ia : « H o je p erd i o d ia . T i t o , q u a n d o
n ão h a v i a feito a l g u m bem , d iz ia : << H oje p erd i o
d ia . »
DO P O N T O E V ÍR G U L A ( ;)
4 6 4 . O p o n to e v í r g u l a c o l l o c a - s e n o s t r e s c a s o s
se g u in tes:
1.° E n t r e d u a s ou m a is o r a ç õ e s p r i n c i p a e s q u e
têm su jeitos, verb os, a ttrib u to s ou c o m p lem en to s
ilif fe r e n te s .
E x e m p l o d e s u j e i t o s d if fe r e n te s : D izia m o s sa b io s
d a G r e c i a q u e to d o o h o m e m q u e c h e g a a s e r
v e lh o , m orre seis v ez es : passando da in fa n c ia á
p u ericia , m o rre a in fa n c ia ; passando da p u ericia
á a d o l e s c e n c i a , m o r r e >i p u e r i c i a ; p a s s a n d o d a
a d o l e s c ê n c i a á j u v e n t u d e , m o r r e a adolescência ;
p a s s a n d o da j u v e n t u d e á id a d e d e v a r ã o , m o r r e
a ju v e n tu d e ; p a s s a n d o d a id a d e d e v a r ã o ã v e l h i c e ,
m o r r o a id ad e d e v a r i o ; f i n a l m e n t e , a c a b a n d o d e
v iv e r por ta n ta c o n tin u a ç ã o e su cce ssâ o de m ortes
com a u ltim a , que só ch a m a m o s m orte, m orre a
velhice. ( P a d r e A n t o n i o V i e i r a ) .
E x . d e v e r b o s d if f e r e n t e s : A q u e l l e s c a n t â o , d a h i
a p o u c o chorão ; e s t ’o u t r o s c h o r ã o , d a li a p o u c o
can tão ; a q u i s e estd en feitan do u m v i v o , p a r e d e
m e ia estão a m o r t a l h a n d o um d e f u n t o ; a q u i c o n -
tr a tã o , a c o l á d i s t r a t ã > ; aq u i co n ve rsã o , a c o l á b r i g ã o ;
a q u i estão á m e z a r in d o o f a r t a n d o - s e , a c o l á estão
n o l e i t o g e m e n d o o s q u o r i r á o , e s a n g r a n d o - s e os
q u e c o m e r S o ; d ’a q u e l l a p o r ta p a r a d e n t r o o u v e m
a p a l a v r a d e D e o s , o d ’e l l a p a r a fó r a a p u p a o os
q u e passáo o d ilo -lh es v a ia. (P a d r e M an oel B e r -
n ard es).
E x . d e a t t r i b u t o s d if f e r e n t e s : C ad a u m e r a , n a
g r a v i d a d e d o a s p e c t o , u m S a tu r n o : n o v a l o r m i l i t a r ,
u m Morte. ; n a p r u d ê n c ia e d i l i g e n c i a , urn Mercúrio-,
n a a ltiv e z e m a g n a n im id a d e, u m J ú p ite r ; na r e li
g i ã o , n a fé e n o z e lo d e a p r o p a g a r e e s t e n d e r
— 110 —
DO PONTO FINAL ( . )
DO PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
DO PONTO DE ADMIRAÇÃO (! )
DO HYPHEN (— )
DO APOSTROPHO ( ’ ;
DA DIÉRESE (••)
DO TII, (~)
DO ASTERISCO (*)
DA CEDILHA ( , )
DO SIGNAL (u)
]>0 A C C E N T O G R A V E ( ' )
DO A C C E N T O A G U D O ( )
480. O a c c e n to agudo c o llo c a - s e sobre as v o g a es
q u e d e v e m s e r p r o n u n c i a d a s co m um som a g u d o e
a b e r t o c o m o em sede, a vú , en ati, ta tú .
DO A C C E N T O C I R C U M F L E X O ( ' )
181. O a c c e n t o c i r c u m f l e x o c o l l o c a - s e s o b r e a s
v o g a e s q u e d e v e m s e r p r o n u n c i a d a s c o m um som
f e c h a d o o l o n g o , c o m o em sâde, a v ô , j ô y o .
E m g e r a l só s e e m p r e g a o , em p o r t u g u e z , os a c -
c e n t o s , o u p a r a e n s i n a r a p r o n ú n c i a a o s q u e a n ão
s a b e m , ou p a r a d i s t i n g u i r p a l a v r a s s e m e l h a n t e s
n a s l e t r a s , m a s d if fe r e n te s n a s i g n i f i c a ç ã o ou n a
tu r e z a . P o r e x . a s p a l a v r a s s e g u i n t e s , s e m e l h a n t e s
p e l a s l e t r a s e d if fe r e n te s p e lo s ig n ific a d o , a c -
c e n t u â o - s e d e s t e m o d o : sa biá, s a b ia , s á b ia ; a v ó s ,
a v ô s , d v o s ; sé, s/' ; sédn, sâdc ; jôyo, jógo ; a n u ir a ,
a m a r á , a rn dreis, arrutreis.
19
QUARTA PARTE DA GRAMMATICA
PROSODIA
Do verso
D E P°?IT O
ORTIZ'
A U TO R
Graramat ic a a n a ly tica e e x p lic a tiv a
t It ü Lõ "
da linc^ua portugueza
fi»te livro deve ser devolvido na última data carimbada
pC PT? ^
Prove que sabe h o n ra r os seus c o m
promissos d evolvend o com p o n t u a lid a d e êste
livro à B ib lio te c a d a Un B.
Un B/8C 024.6