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V1 | 2023

Currículo
Graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Pernambuco (2006) e possui
mestrado em Inovação Terapêutica/UFPE (2013).

Pela Universidade Católica de Pernambuco, é coordenador do curso de bacharelado em


Farmácia, pelo qual leciona as disciplinas de Fitoterapia, Farmacoepidemiologia e
Farmácia e Sociedade. É também professor das disciplinas de Fitoterapia e Medicina e
de Farmacologia, no curso de Medicina. Também é pesquisador do Grupo de Pesquisa
em Tecnologia, Inovação e Cuidado em Saúde (GPTICS/Unicap), atuando na linha
"pesquisa clínica e avaliação de tecnologias em saúde aplicadas a produtos naturais".
Também é coordenador da Liga Acadêmica em Fitoterapia Médica (Lafime/Unicap).

Membro do Grupo de Trabalho em Suplementos Alimentares do Conselho Federal de


Farmácia

Coordenador da pós-graduação em Fitoterapia pelo Instituto Pratiensino/ Faculdade


FGE

Consultor científico em produtos naturais do software Webdiet®

@leandromedeirosprofessor
Agradecimento especial
Programação

Módulo 1 Chás: Definições iniciais


Módulo 2 Aspectos históricos do uso de chás
Módulo 3 Assuntos regulatórios sanitários e profissionais
Módulo 4 Técnicas de preparo de chás
Módulo 5 Chas com propriedades digestivas
Módulo 6 Chás com propriedades sedativas
Módulo 7 Chás com propriedades estimulantes
Módulo 8 Chás com propriedades diuréticas
Módulo 9 Chás com propriedades anti-inflamatórias
Módulo 10 Chás com propriedades vasotônicas
Módulo 11 Tópicos especiais
Competências a serem desenvolvidas no curso

• Compreender os fundamentos teóricos e históricos do uso de chás;

• Orientar pacientes quanto às formas corretas de preparo de chás;

• Prescrever corretamente chás para fins recreativos e terapêuticos;


Módulo 1

CHÁS: DEFINIÇÕES INICIAIS


O que são chás? ANVISA, RDC nº 716/2022

Produto constituído de partes vegetais,


exclusivamente ou não, tais como folhas, flores,
frutos, sementes, cascas, caules, rizomas e
raízes, preparado por processo tecnológico
adequado, podendo ser adicionado de
substâncias odoríferas, aromatizantes e
edulcorantes, podendo ser adicionados de
aditivos alimentares permitidos e de
substâncias químicas.
O que são chás?

Uso recreativo

Uso terapêutico

Uso religioso

Uso culinário
Considerações gerais sobre chás FAO, 2023 <fao.org/markets-and-trade/commodities/tea/en/>

• É uma das bebidas mais antigas e a mais consumida do


mundo, depois da água.

• Está disponível em muitas variedades, que diferem de


acordo com a técnica de oxidação e fermentação
aplicada.

• O cultivo de chá fornece emprego e renda a milhões de


pequenos produtores, que estão complementando ou
mesmo substituindo a produção de grandes propriedades
de chá em muitos países.

• Enquanto três quartos do chá produzido é consumido


internamente, o chá é uma mercadoria amplamente
comercializada e exportada.
Considerações gerais sobre chás FAO, 2023 <fao.org/markets-and-trade/commodities/tea/en/>

• Nas últimas décadas, a indústria global de chá tem visto


um rápido crescimento, com um número crescente de
consumidores em todo o mundo.

• Apesar do aumento do consumo de chá nos principais


países produtores, o consumo per capita permanece baixo,
sugerindo que ainda há um potencial de crescimento
considerável nesses países.

Beber chá pode trazer muitos benefícios para a saúde, de


anti-inflamatórios a antioxidantes e efeitos de perda de
peso.

• China, Coréia e Japão têm quatro locais de cultivo de chá


designados como Sistemas de Patrimônio Agrícola
Globalmente Importantes (GIAHS) pela FAO.
BARROS, SILVA, 2018
Termos relacionados ao tema

Chás

Tisanas
Infusões
Chás alimentícios ANVISA, RDC nº 716/2022

Chá́ Chá misto Chá solúvel Chá misto solúvel


Produto constituído de Produto elaborado com Produto resultante da Produto resultante da
uma espécie vegetal duas ou mais espécies desidratação do extrato desidratação do extrato
autorizada para o vegetais autorizadas para aquoso de espécie vegetal aquoso de espécie vegetal
seu preparo, inteira, o seu preparo, inteiras, autorizada para seu autorizada para seu
fragmentada ou fragmentadas ou moídas, preparo, obtido por preparo, obtido por
moída, com ou sem com ou sem fermentação, métodos físicos, utilizando métodos físicos, utilizando
fermentação, tostada tostadas ou não água como único agente água como único agente
ou não extrator extrator

Esta Resolução não se aplica aos produtos obtidos de espécies vegetais com finalidade medicamentosa ou
terapêutica. Não podem ter indicação terapêutica/medicamentosa e não podem ser indicados para lactentes.
Chás alimentícios ANVISA, RDC nº 716/2022
ANVISA, IN 159/2022

• Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de


fabricação (Portaria SVS/MS 554/1997)
• BPF (Portaria SVS/MS 326/1997 e RDC 275/2002)
Chás, incluindo os mistos e • Contaminantes (RDC 722/2022 e IN 160/2022)
solúveis, podem ser adicionados • Enriquecimento e restauração de alimentos (Portaria SVS/MS
das partes de espécies vegetais 31/1998)
autorizadas para uso como • Matérias estranhas (RDC 623/2022)
• Padrões microbiológicos (RDC 724/2022 + IN 161/2022)
especiarias pelo Anexo II da IN
• Regularização (RE 22/2000 + RE 23/2000)
no 159/2022
• Resíduos de agrotóxicos (RDC 04/2012)
• Rotulagem de alimentos embalados (727/2022)
• Rotulagem nutricional (RDC 359,360/2003 + RDC
54/2012)
• Inclusão de novas espécies vegetais (RE 17/1999)
Módulo 2

ASPECTOS HISTÓRICOS
DO USO DE CHÁS
Aspectos históricos do uso de chás

China

• Descoberto acidentalmente no século III a.C.,


• Desde então, o chá tornou-se uma parte
essencial da cultura chinesa
• Apreciado tanto por suas propriedades
medicinais quanto pelo prazer de sua
degustação.
• Durante a Dinastia Tang (618-907 d.C.), o chá
se tornou uma bebida popular, levando ao
desenvolvimento de cerimônias do chá e à
criação de utensílios específicos para sua
preparação e consumo.
Aspectos históricos do uso de chás

Índia
• Tem uma história rica que remonta a milhares
de anos. O chá é originário da região do
Assam, no nordeste da Índia, onde cresce uma
variedade selvagem de chá conhecida como
Camellia sinensis var. assamica.
• No entanto, foi durante a colonização
britânica que a produção em grande escala
de chá começou na Índia.
• A Companhia das Índias Orientais estabeleceu
plantações de chá no século XIX,
impulsionando a indústria do chá no país.
Aspectos históricos do uso de chás

Japão
• O chá tem uma importância cultural
significativa.
• A introdução do chá no país ocorreu por volta
do século IX, durante o período Heian. No
entanto, foi durante o período Kamakura
(1185-1333) que a cerimônia do chá,
conhecida como chanoyu ou chado, começou a
se desenvolver como uma prática artística e
filosófica.
• A cerimônia do chá enfatiza a simplicidade, a
harmonia e o respeito pela natureza, e continua
a ser uma tradição importante no Japão até os
dias de hoje
Aspectos históricos do uso de chás

Egito e Grécia Antiga

• Na antiguidade, o uso de ervas e infusões era


comum.
• Os egípcios utilizavam uma variedade de plantas
medicinais, incluindo o hibisco, a camomila e a
menta, que eram consumidas na forma de infusões. EXCLUIR ESTE SLIDE E TRECHO DO VÍDEO
• Na Grécia Antiga, o chá de ervas também era
amplamente utilizado, sendo Hipócrates,
considerado o pai da medicina ocidental, um
defensor do uso de infusões de ervas para fins
terapêuticos
Um passeio global sobre o consumo de chás

• Os chás contribuem significativamente para o


desenvolvimento rural, redução da pobreza e segurança
alimentar, representando, em vários casos, uma importante
fonte de renda e emprego para milhões de famílias
pobres.

• A produção global de chá ascende anualmente a mais de


17 mil milhões de dólares, enquanto o comércio mundial de
chá é avaliado em cerca de 9,5 mil milhões de dólares,
representando uma importante fonte de receitas de
exportação.

• Uma característica fundamental do chá é que os pequenos


produtores são responsáveis por 60% da produção
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC
mundial. É importante ressaltar que o chá oferece
empregos produtivos nas áreas rurais, o que capacita
famílias e comunidades a atender às suas necessidades de
segurança alimentar e melhorar seu estado nutricional.
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market: market situation, prospects and
emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em: https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Produção mundial per capita x IDH


• O consumo mundial de chá per capita: + 2,5%
(2010-2020).
• As economias em desenvolvimento e emergentes
têm impulsionado o crescimento da demanda,
com o Leste Asiático, África, América Latina e
Caribe e o Oriente Próximo liderando a
expansão (figura 1).
• Embora em mercados europeus mais maduros,
bem como em outros países avançados, os
volumes de consumo de chá diminuíram.
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market: market situation, prospects and
emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em: https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Produção, consumo, exportação e


importação mundial
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market: market situation, prospects and
emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em: https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Consumo mundial
• O consumo mundial de chá aumentou 3,5% na
última década, refletindo um forte crescimento
nos países produtores que mais do que
compensou uma demanda moderada de
importação nos mercados tradicionais de
importação de chá, como a Federação Russa, a
União Européia, os Estados Unidos da América e
o Canadá. Prevê-se que o consumo de chá preto
cresça 2,0% na próxima década
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market: market situation, prospects and
emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em: https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Consumo per capita


• O consumo de chá per capita aumentou 2,5%
ao ano na última década. Enquanto declínios
foram registrados nos mercados importadores
tradicionais da Europa, América do Norte e
Federação Russa, o consumo per capita de chá
aumentou nos países produtores, embora
marginalmente na maioria dos casos
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market: market situation, prospects and
emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em: https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Produção mundial
• A produção mundial de chá verde está projetada para
aumentar a uma taxa mais rápida de 6,3% ao ano, refletindo
uma expansão na China, onde a produção deve quase
dobrar até 2030. Espera-se que a expansão resulte do
aumento da produtividade e não da expansão da área, por
replantio de variedades de maior rendimento e melhores
práticas agrícolas. Espera-se também que o Vietnã aumente
substancialmente sua produção de chá verde com uma taxa
média de crescimento anual de 4,0%.

• A produção mundial de chá em 2021 aumentou para cerca


de 6,5 milhões de toneladas, de 6,3 milhões de toneladas em
2020, à medida que a produção de chá preto se recuperou
das deficiências de 2020 em alguns dos principais países
produtores, como Índia e Sri Lanka. A China continua sendo de
longe o maior produtor de chá, respondendo por 47% da
produção global, atingindo 3,1 milhões de toneladas em
2021, em comparação com 2,9 milhões de toneladas em
2020. A produção do segundo maior produtor, a Índia,
recuperou-se em 2021 para 1,33 milhão de toneladas em
comparação com 1,26 milhões de toneladas em 2020.
Módulo 3

ASSUNTOS REGULATÓRIOS
SANITÁRIOS E
PROFISSIONAIS
MAPA GERAL DE PRODUTOS
OBJETOS DA FITOTERAPIA

Preparações
caseiras Utilizadas para fins

Servem de
insumo para
Plantas medicinais
(in natura) Preventivos
Secagem e Processos
estabilização Drogas extrativos Derivados
Metabólitos
primários vegetais vegetais Paliativos

Metabólitos Servem de
secundários insumo para De controle
Lei 5991/1973

Curativos

Produtos Produtos da
Medicamentos Preparações
tradicionais Medicina Tradicional
fitoterápicos magistrais
fitoterápicos Chinesa*

RDC 26/2014 RDC 67/2007 | RDC 18/2013 RDC 21/2014

Utilizados para fins

*NÃO SÃO FITOTERÁPICOS


RDC 716/2022
IN 159/2022
PLANTAS MEDICINAIS
(Lei 5991/1973)

Uso não medicinal Uso medicinal


DROGAS VEGETAIS

DERIVADO VEGETAL Uso medicinal


Chás (EXTRATOS)
alimentícios Chás
(RDC medicinais
716/2022 + IN FITOTERÁPICO (RDC 26/2014)

159/2022)

MANIPULADO INDUSTRIALIZADO

MEDICAMENTO PRODUTO
FARMÁCIAS FITOTERÁPICO TRADICIONAL
FARMÁCIAS DE VIVAS (REGISTRO COMUM FITOTERÁPICO
MANIPULACÃO (RDC 18/2013) OU SIMPLIFICADO) (REGISTRO
(RDC 67/2007 / (RDC 26/2014) SIMPLIFICADO OU
87/2008) NOTIFICADO)
(RDC 26/2014 e
IN 02/2014)
Qual a abrangência da RDC 26/2014?

Medicamentos fitoterápicos Produtos tradicionais fitoterápicos

•Obtidos com emprego exclusivo de matérias- •Obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas
primas ativas vegetais ativas vegetais cuja

•Segurança e eficácia sejam baseadas em •Segurança e efetividade baseadas em dados de uso


evidências clínicas e que sejam seguro e efetivo publicados na literatura técnico-
caracterizados pela constância de sua científica
qualidade •Utilizados sem a vigilância de um médico para fins de
diagnóstico, de prescrição ou de monitorização
•Passíveis de registro ou registro simplificado
•Não podem se referir a doenças, distúrbios, condições
ou ações consideradas graves, não podem conter
matérias-primas em concentração de risco tóxico
conhecido e não devem ser administrados pelas vias
injetável e oftálmica
•Passíveis de registro, registro simplificado ou
notificação
Qual a abrangência da RDC 26/2014?

• Chás medicinais

– Substitui o termo “droga vegetal notificado”


– Drogas vegetais com fins medicinais a serem prepadas por infusão, decocção ou
maceração pelo consumidor
– Entram na categoria de produto tradicional fitoterápico
– Não podem conter excipientes em suas formulações (apenas drogas vegetais)

31
O que não abrange a RDC 26/2014?

• Preparações magistrais (farmácias de manipulação ou


farmácias vivas)

• Preparações elaboradas por povos ou comunidades tradicionais


sem fins lucrativos e não industrializadas

32
Diferenças Medicamento Fitoterápico Produto Tradicional Fitoterápico
(MF)
Quadro 1 - Diferenças entre os fitoterápicos PTF)
tratados pela RDC nº (26/2014
Comprovação de Segurança e
Diferenças Medicamento Fitoterápico Produto Tradicional Fitoterápico
Por estudos clínicos Por demonstração de tempo de uso
Eficácia/Efetividade (SE) (MF) (PTF)
Boas Práticas de
Comprovação de Fabricação
Segurança e
Segue a RDC nº
Por estudos 17/2010
clínicos Segue a RDCdenºtempo
Por demonstração 13/2013
de uso
(BPF)
Eficácia/Efetividade (SE)
Informações do fitoterápico
Boas Práticas para
de Fabricação Disponibilizadas na Bula Disponibilizadas no Folheto
Segue a RDC nº 17/2010 Segue a RDC nº 13/2013
o consumidor
(BPF) final informativo
Formas de obter
Informações a autorização
do fitoterápico para Registro ou
Disponibilizadas na Bula Registro, Registro simplificado
Disponibilizadas no Folheto ou
o consumidor final
de comercialização junto à Registro simplificado informativo
Notificação
Formas de Anvisa
obter a autorização Registro ou Registro, Registro simplificado ou
de comercialização junto à Registro simplificado Notificação
Anvisa

Quadro 2- Semelhanças entre os fitoterápicos tratados pela RDC nº 26/2014


Medicamento Fitoterápico (MF) Produto Tradicional Fitoterápico (PTF)
Quadro 2- Semelhanças entre os fitoterápicos tratados pela RDC nº 26/2014
Semelhanças Requisitos de Controle de Qualidade (CQ)
Medicamento Fitoterápico (MF) Produto Tradicional Fitoterápico (PTF)
Controle do Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV)
Semelhanças Requisitos de Controle de Qualidade (CQ)
Controle do Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV)
33
11
Estabelecimentos autorizados para comercialização de plantas medicinais e fitoterápicos

• Ervanarias: estabelecimento que realize dispensação de


plantas medicinais
• Farmácia com manipulação
• Farmácias sem manipulação
• Farmácias vivas
• Distribuidores de insumos
Módulo 4

TÉCNICAS DE
PREPARO E PRESCRIÇÃO
DE CHÁS
Planta fresca
Extração Aquosa
Secagem Decocção | Infusão
Arraste por Maceração
vapor; A frio; Droga Vegetal Chás
CO2 supercrítico;
Enfleurage Moagem

Droga Vegetal pó Decocção


Infusão
Extração Solvente Maceração
Água:Propilenoglicol Água:Álcool
Percolação
Óleos essenciais Turbólise Suco
Água:Glicerina Suma
Alcoolatura
Extrato Glicólico

Spray dryer Concentração


Liofilização Extrato (rota-vapor) Extrato Fluido
concentrado Tintura
Secagem Dessecação
Secagem Fracionamento
Extrato seco
Extrato seco Fração vegetal
Padronização
Padronização Secagem
Extrato seco Extrato seco
Extrato seco Extrato mole
padronizado padronizado
Padronização
Extrato seco
padronizado
OPAS, 2017
O PROCESSO DA PRESCRIÇÃO
Res. CFF 586/2013

Planejamento
Avaliação Seleção da
terapêutico Redação
terapia
Identificação Objetivos e metas terapêuticas
de necessidades Orientação
Estratégias terapêuticas de uso

• Benefícios
• Segurança Início da
• Conveniência Replanejamento da terapia
• Custo intervenção

Meta Tempo do
não alcançado tratamento
necessário

Avaliação dos
Êxito terapêutico Meta resultados
alcançada
Boas práticas de prescrição Res. CFF 586/2013

Medidas para a promoção da segurança ao paciente

1. Basear suas ações nas melhores evidências científicas

2. Tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente

3. Considerar a existência de outras condições clinicas, o uso de outros medicamentos, os hábitos


de vida, cultura, valores, condições socioeconômicas, acesso e o contexto de cuidado no entorno
do paciente

4. Estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão entregues ao
paciente

5. Comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas decisões e


recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa

6. Adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da prescrição,


sejam acompanhados e avaliados
Boas práticas de prescrição Res. CFF 586/2013

Estrutura da prescrição

1. Identificação do estabelecimento (consultório ou do serviço de saúde ao qual o profissional) está vinculado

2. Nome completo e contato do paciente

3. Descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes informações

Nome do medicamento ou formulação, concentração, forma farmacêutica e via de administração


Dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento
Instruções adicionais, quando necessário

4. Descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando
houver

5. Nome completo do profissional, assinatura e número de registro no seu respectivo Conselho Regional

6. Local e data da prescrição


Algoritmo para prescrição racional de plantas medicinais e fitoterápicos

A fitoterapia foi discutida com


o indivíduo como possível tratamento
Considere não prescrever

O tratamento está alinhado aos valores, cultura, não


sim
preferências e necessidades do indivíduo? não
O produto possui segurança nas
não As evidências
condições clínicas do indivíduo?
demonstram benefício
clínico justificável? sim

sim sim As especificações do IFAV condizem


com o da literatura científica?
não As evidências são não
não robustas?
não
sim É possível adaptar a
Possui fundamentação teórica para o uso? sim posologia?

Estudos clínicos sim


sim
randomizados?
O custo é adequado às condições não
não socioeconômicas do indivíduo?
sim
Uso tradicional não
reconhecido O tratamento é conveniente quanto à
posologia e acesso?

sim

Considere prescrever, com base na posologia da


literatura científica (reconhecida ou ECR)
Quais são as modalidades da fitoterapia?
MS. Cadernos de Atenção Básica nº 31/2012

Fitoterapia científica
ocidental
Fitoterapia popular

Fitoterapia tradicional
A ampliação do conceito de uso racional de medicamentos
Autoria própria

Aspectos ético-profissionais

Aspectos sanitários

Uso racional

Necessidades • Preferências • Benefício • Segurança


Valores • Cultura • Condições Conveniência • Custo •
socioeconômicas • Ambiente Posologia correta
Roteiro de estudo de fitoterápicos

Dados/informações farmacoterapêuticas

• Nome da espécie • Farmacodinâmica


• Parte da planta de interesse • Reações adversas
• Matéria-prima vegetal • Interações medicamentosas
• Formas farmacêuticas • Contraindicações
• Constituintes químicos • Precauções
• Padronização do marcador* • Advertências
• Posologia** • Sobredose/Toxicidade
• Farmacocinética

* Quando disponível
** Indicação x dose x frequência x duração
Fontes de informação em fitoterapia

ANVISA. RDC 67/2007. RDC 87/2008

Bases de dados

Natural Medicines Database naturalmedicines.therapeuticresearch.com

Examine.com examine.com

American Botanical Concil abc.herbalgram.org

National Center of Complementary Integrative Health nccih.nih.gov

Dynamed dynamed.com

Up-to-date uptodate.com

Micromedex micromedex.com
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA PARA A PRESCRIÇÃO DE PM&F

Evidências científicas

Revisões sistemáticas com meta-análise de estudos clínicos ou monografias de bases de dados especializadas

Estudos clínicos (randomizados, duplo-cegos, placebo-controlados) isolados


Nível de evidência

Revisões sistemáticas com meta-análise de estudos observacionais (coorte)

Estudos observacionais isolados

Séries ou relatos de casos

Opiniões de especialistas
Fontes de informação em fitoterapia

ANVISA. RDC 67/2007. RDC 87/2008

Literatura tecnicocientífica

Literatura reconhecida pela ANVISA Anexo III, RDC 26/2014

Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira 2021, 2ª edição

Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira 2016, 1ª edição

Monografias da OMS bit.ly/who_herbal_monographs

Monografias da EMA bit.ly/ema_herbal_monographs

Farmacopeias reconhecidas
Exemplos de literatura reconhecida
Uso tradicional reconhecido
RDC 10/2010
Uso tradicional reconhecido

Anvisa. FFFB, 2ª ed, 2021


Uso tradicional reconhecido

Anvisa. FFFB, 2ª ed, 2021


Uso tradicional reconhecido
Monografias da EMA/HMPC
Produtos tradicionais fitoterápicos | Critérios
Anvisa. IN 04/2014

4. Coerência das informações de uso propostas com as relatadas na


documentação tecnicocientífica

d) modo de preparo
Módulo 5

CHÁS COM
PROPRIEDADES
SEDATIVAS
Nomes populares Nomes científicos
Colônia Alpinia zerumbetp; Alpinia speciosa
Crataegus monogyna; Crataegus rhipidophylla;
Cratego Crataegus laevigata; Crataegus pentagyna;
Crataegus nigra; Crataegus azarolus
Capim-santo, capim-limão, capim-
Cymbopogon citratus
cidró, capim-cidreira
Espécies vegetais Lípia, erva-cidreira de mato Lippia alba
de propriedades Erythrina mulungu
Mulungu
sedativas Erythrina verna
Lavandula angustifolia
Lavanda, alfazema
Lavandula officinalis
Erva-cidreira/Melissa Melissa officinalis
Matricaria recutita; Matricaria camomila;
Camomila*
Chamomilla recutita
Maracujá Passiflora incarnata

* Reconhecida pela EMA


Colônia (Alpinia zerumbet)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Folha
interesse • Gestação, lactação e menores de 18 anos
Contraindicações
• Portadores de cardiopatias, nefropatias,
Método de preparo • Infusão hepatopatias.
Quantidade da
• 0,8 g (1 colher de chá) • Tratamento com hipoglicemiantes
planta seca
• Desequilíbrio eletrolítico
Precauções
• 100 mL (2/3 de uma xícara de chá ou 2 • Hipotensão arterial
Quantidade de água
xícaras de café) • História de alergia ao gengibre e cúrcuma
Indicações • Estados de ansiedade leve Interações • Diuréticos
medicamentosas • Inibidores de bomba de prótons
Modo de uso • Uma dose do infuso (100 mL), 3 vezes ao dia.

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: 2015 Zoya Akulova
Capim-santo, capim-limão,
capim-cidró, capim-cidreira
(Cymbopogon citratus)

Parte da planta de
• Folha • Hipersensibilidade conhecida
interesse
• Gestação, lactação e menores de 18 anos
Contraindicações
Método de preparo • Infusão • Portadores de cardiopatias, nefropatias,
hepatopatias.
Quantidade da
• 1 a 3 g (1 colher de chá, sobremesa ou sopa)
planta seca

Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá) • Uso habitual pode estar associado a HPB
• Estados de ansiedade e insônia leves Precauções • Doses elevadas podem provocar síncope e
• Antiespasmódico, auxiliar no alívio de sedação intensa
Indicações
sintomas decorrentes da dismenorreia leve
• cólicas intestinais leves;
Interações
• Uma dose do infuso (150 mL), 3 a 4 vezes ao • Depressores do SNC
Modo de uso medicamentosas
dia.

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Marco Schmidt
Erva-cidreira/Melissa
(Melissa officinalis)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Folha • Gestação, lactação e menores de 12 anos
interesse
• Hipotireoidismo
Método de preparo • Infusão Contraindicações • Glaucoma
• Hiperplasia prostática benigna
Quantidade da • 1,5 a 4,5 g (1 colher de chá, sobremesa ou • Portadores de cardiopatias, nefropatias,
planta seca sopa) hepatopatias.

Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá) • Doses elevadas podem provocar síncope e
sedação intensa
Precauções
• Estados de ansiedade e insônia leves • Hipotensão arterial
Indicações • Queixas gastrintestinais leves; tais como • Operar ou dirigir máquinas
distensão abdominal e flatulência
Interações
• Depressores do SNC
Modo de uso • Uma dose do infuso (150 mL), 3 vezes ao dia. medicamentosas

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Marco Schmidt
Módulo 6

CHÁS COM
PROPRIEDADES
DIGESTIVAS
Nomes populares Nomes científicos
Mil-folhas Achillea millefolium
Glycyrrhiza glabra; Glycyrrhiza inflata;
Alcaçuz
Glycyrrhiza uralensis
Sálvia Salvia officinalis
Gengibre Zingiber officinale
Anis-estrelado Illicium verum
Espécies vegetais Hortelã-pimenta Mentha x piperita
de propriedades Boldo-do-chile Peumus boldus
digestivas Boldo-brasileiro, boldo-brasileiro,
Plectranthus barbatus; Coleus barbatus
boldo-africano
Alcachofra Cynara scolymus; Cynara cardunculus
Carqueja Baccharis trimera
Espinheira-santa Maytenus ilicifolia
Alecrim Rosmarinus officinalis
Sene* Senna alexandrina
Cáscara sagrada* Rhamnus purshiana
* Presentes no Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Gengibre
(Zingiber officinale)

Parte da planta de
• Rizoma
interesse • Hipersensibilidade conhecida
• Lactação e menores de 18 anos
Método de preparo • Infusão ou decocção (5 min) • História
Contraindicações
• Cálculo biliar
Quantidade da • 0,5 a 2,0 g • Irritação gástrica
planta seca • (1 colher de café, chá ou sobremesa) • Hipertensão arterial (?)

Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)

• Prevenção da cinetose • Doses elevadas podem provocar arritmias e


Indicações Precauções irritação gástrica, cólicas digestivas,
• Antidispéptico e carminativo
hipertensão e tonturas.
• Uma dose do infuso (150 mL), 2 a 4 vezes ao
dia, 30 minutos antes de iniciar a situação
Modo de uso Interações • Fármacos antiulcerosos
potencialmente causadora da náusea ou 30
minutos antes/depois das refeições medicamentosas • Fármacos antitrombóticos

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Canva
Hortelã-pimenta
(Mentha piperita)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Folha
interesse • Gestação, lactação e menores de 4 anos
Contraindicações • História de
Método de preparo • Infusão • Cálculo biliar
• Irritação gástrica
Quantidade da • 1,5 a 3,0 g
planta seca • (1 colher de chá, sobremesa ou sopa) • História de refluxo gastroesofágico e
cálculos/obstruções biliares, danos hepáticos
severos e litíase urinária
Quantidade de água • 100 a 150 mL (1 xícara de chá)
• Doses elevadas podem provocar lesões
hepáticas, nefrite intersticial e insuficiência
Precauções
renal aguda.
Indicações • Antidispéptico e carminativo • História de alergia a salicilatos e asma
induzida por Aspirina
• Relatos de redução da produção do leite
materno
• Uma dose do infuso (100 a 150 mL), 3 vezes
Modo de uso
ao dia Interações • Fármacos substratos de CYP3A4
medicamentosas • Fármacos BCC

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Mike Farley
Boldo/Boldo-do-chile
(Peumus boldus)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Folha
interesse • Gestação, lactação e menores de 18 anos
• História de:
Método de preparo • Infusão Contraindicações • Cálculos biliares, obstrução dos ductos
biliares, colangite, doenças hepáticas,
Quantidade da • 1,0 a 2,0 g
câncer de ducto biliar e pâncreas
planta seca • (1 colher de chá ou sobremesa)
• Irritação gástrica
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)

Indicações • Antidispéptico e carminativo Precauções • Não exceder mais do que 4 semanas de uso

• Uma dose do infuso (150 mL), 10 a 15 min


Modo de uso Interações
após o preparo, 2 a 3 vezes ao dia • Desconhecidas
medicamentosas

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Ítalo Perez
Boldo-brasileiro, boldo-
brasileiro, boldo-africano
(Plectranthus barbatus)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Folha • Gestação, lactação e menores de 18 anos
interesse
• História de:
Contraindicações • Hipertensão
Método de preparo • Infusão • Obstruções das vias biliares
• Doença renal policística
• Hepatite
Quantidade da • 1,0 a 3,0 g
planta seca • (1 colher de chá, sobremesa ou sopa) • Doses acima das recomendadas pode causar
irritação e desconforto gastrintestinal
• Por ter ação antiácida, pode reduzir a
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá) biodisponibilidade de fármacos que
Precauções
demandem acidez para dissolução
• Não ultrapassar mais de 30 dias de uso
Indicações • Antidispéptico e carminativo contínuo. Se necessário utilizar por mais
tempo, suspender por 7 dias.
• Fármacos barbitúricos, metronidazol ou
• Uma dose do infuso (150 mL), logo após o Interações dissulfiram, depressores do SNC, anti-
Modo de uso
preparo, 2 a 3 vezes ao dia medicamentosas hipertensivos, digoxina, antiarrítmicos e
moduladores da tireoide.

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Mark Hyde, Bart Wursten and Petra Ballings
Sene
(Senna alexandrina)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Frutos e folíolos • Não deve ser utilizado por pessoas
interesse
portadoras de obstrução intestinal,
inflamação intestinal aguda (doença de
Método de preparo • Decocção Contraindicações
Crohn), colite, apendicite ou dor abdominal
de origem não diagnosticada, constipação
Quantidade da • 1,0 g crônica.
planta seca • (1 colher de chá) • Não usar em crianças menores de 10 anos.
• Pode ocorrer:
• Desconforto do trato gastrintestinal,
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)
principal mente em pacientes com colón
irritável.
Precauções
Indicações • Constipação episódica • Mudança na coloração da urina.
• Não utilizar por mais de uma semana.
O uso contínuo pode provocar perda
excessiva de eletrólitos.
• Uma dose do infuso (150 mL), antes de
Modo de uso
dormir. Interações
• Desconhecidas para a forma de chá.
medicamentosas

Anvisa. RDC 10/2010


Foto: Lalithamba
Módulo 7

CHÁS COM
PROPRIEDADES
ESTIMULANTES
Nomes populares Nomes científicos
Guaraná* Paullinia cupana
Espécies vegetais
Erva-mate* Ilex paraguariensis
de propriedades
Chá verde
estimulante Chá preto
Camellia sinensis

* Presentes no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira


Chá verde
(Camellia sinensis)

Parte da planta de
• Folhas
interesse • Hipersensibilidade conhecida
• História de:
Contraindicações
Método de preparo • Infusão • Doença hepática
• Hipertensão não controlada
Quantidade da • 1,0 a 3,0 g
planta seca • (1 colher de chá, sobremesa ou sopa) • Pode ocorrer:
• Redução da biodisponibilidade de minerais
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá) Precauções bivalentes (Fe++, Ca++, Mg++ ) e B9
• Em doses excessivas, aumento da pressão
Indicações • Neuroestimulante arterial e hepatotoxicidade

• Levotiroxina, atorvastatina, agonistas beta-


• Uma dose do infuso (150 mL), antes de Interações adrenérgicos, efedrina, drogas hepatotóxicas,
Modo de uso medicamentosas nadolol, fármacos estimulantes e fármacos
dormir.
antitrombóticos

NatProMed Database
Foto: Canva
Módulo 8

CHÁS COM
PROPRIEDADES
DIURÉTICAS
Nomes populares Nomes científicos

Espécies vegetais Hibisco* Hibuscus sabdariffa

de propriedades Colônia Alpinia zerumbet; Alpinia speciosa

diuréticas Cavalinha Equisetum arvense


Milho Zea mays

* Ausente do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira


Milho
(Zea mays)

Parte da planta de • Hipersensibilidade conhecida


• Estigma
interesse • Gestação, lactação e menores de 18 anos
• História de:
Método de preparo • Infusão Contraindicações • Síndrome nefrótica
• Edema secundário à ICC ou IRC
Quantidade da • 0,4 a 0,6 g • Hipertensão não controlada
planta seca • (1 colher de café) • Uso combinado com diuréticos

Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)


• Pode elevar concentração de trombina
• Aumento do fluxo urinário, atuando como • Pode ocorrer:
Precauções
adjuvante no tratamento de queixas leves do • Redução da pressão arterial
Indicações trato urinário. (especialmente em dias quentes)
• Edemas periféricos para quadros
autolimitados
Interações • Fármacos anti-hipertensivos
• Uma dose do infuso (150 mL), 3 a 6 vezes ao
Modo de uso medicamentosas • Fármacos anti-hiperglicemiantes
dia.

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: California Academy of Sciences, 2011
Cavalinha
(Equisetum arvense)

Parte da planta de
• Parte aérea • Hipersensibilidade conhecida
interesse
• Gestação, lactação e menores de 12 anos
Método de preparo • Infusão • História de:
Contraindicações
• Síndrome nefrótica
Quantidade da • 1a4g • Edema secundário à ICC ou IRC
planta seca • (1 colher de chá, sobremesa ou sopa) • Uso concomitante com diuréticos
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)
• Pode elevar concentração de trombina
• Aumento do fluxo urinário, atuando como • Pode ocorrer:
adjuvante no tratamento de queixas leves do • Redução da pressão arterial
Indicações trato urinário. Precauções (especialmente em dias quentes)
• Edemas periféricos para quadros • Desconforto gastrintestinal e reações
autolimitados alérgicas
• Uma dose do infuso (150 mL), 3 a 4 vezes ao • Deficiência de tiamina e potássio
dia.
Modo de uso • Tradicionalmente, as formulações indicadas Interações • Fármacos substratos da CYP1A2
para o aumento do fluxo urinário são medicamentosas • Fármacos anti-hipertensivos
administradas durante 2-4 semanas.

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: California Academy of Sciences, 2011
Módulo 9

CHÁS COM
PROPRIEDADES
ANTI-INFLAMATÓRIAS
Nomes populares Nomes científicos
Cordia verbenacea; Varronia verbenacea;
Erva-baleeira
Cordia curassavica
Espécies vegetais Açafrão-da-terra, cúrcuma Curcuma longa
de propriedades Camomila
Matricaria recutita; Matricaria camomila;
Chamomilla recutita
anti-inflamatórias
Tanchagem Plantago lanceolata
Romã Punica granatum
Salix spp. (S. purpúrea, S. daphinoides,
Salgueiro; Salgueiro-branco
S. fragilis)

* Ausente do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira


Erva-baleeira
(Cordia verbenacea)

Parte da planta de
• Parte aérea
interesse
• Hipersensibilidade conhecida
Contraindicações
Método de preparo • Infusão • Gestação, lactação e menores de 18 anos

Quantidade da • 3g
planta seca • (1 colher de sopa)

Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)


Precauções • Utilizar apenas na pele íntegra
• Auxiliar no alívio de sintomas decorrentes de
Indicações
processos inflamatórios localizados

• Uso externo: Aplicar na forma de


compressas na região afetada, de duas a Interações
Modo de uso • Desconhecidas
três vezes ao dia medicamentosas
• Não utilizar por via oral

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Alex Popovkin
Camomila/Camomila-alemã
(Matricaria recutita; Matricaria
camomila; Chamomilla recutita)

Parte da planta de
• Inflorescência
interesse
Método de preparo • Infusão (5 a 10 min) • Hipersensibilidade conhecida
Contraindicações
• Menores de 6 anos
Quantidade da • 0,5 a 4 g
planta seca • (1 colher de café, chá, sobremesa e sopa)
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)
• Uso oral: Queixas gastrintestinais leves, tais
como distensão abdominal e espasmos leves • Relatos de reações anafiláticas estão
Precauções
• Uso externo: resfriado comum; queimaduras documentados, porém de ocorrência rara
Indicações solares, feridas superficiais e furúnculos;
lesões leves e inflamações da boca e
orofaringe; afecções cutâneas, da pele e
mucosa da região anal e genital
Interações
• Uso oral: 1 dose da infusão, 2 a 4 vezes ao • Fármacos antitrombóticos
medicamentosas
Modo de uso dia.
• Uso externo: consulte o FFFB

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: Luigi Rignanese
Salgueiro; Salgueiro-branco
(Salix spp. (S. purpúrea,
S. daphinoides, S. fragilis)

• Hipersensibilidade conhecida (inclusive, a


Parte da planta de salicilatos e outros AINES)
• Casca do caule
interesse • Gestantes, lactantes e menores de 18 anos
• História de:
Método de preparo • Decocção (5 a 10 min) • Úlcera péptica
Contraindicações
• Doença renal ou hepática
• Desordens da coagulação
Quantidade da • 1a3g
• Deficiência da glicose-6-fosfato
planta seca • (1 colher de chá, sobremesa e sopa)
desidrgenase
• Asma
Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)
• Evitar o uso por mais de quatro semanas
(para dor articular), três dias (para febre) e
• Alívio dos sintomas da dor articular leve; Precauções um dia (para cefaleia)
Indicações auxiliar no alívio da febre associada ao • Relatos de reações anafiláticas estão
resfriado comum documentados

Interações • Fármacos antitrombóticos, AINES,


Modo de uso • Uso oral: 1 dose do infuso, 3 vezes ao dia medicamentosas glicocorticoides, plantas fontes de cumarinas

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: BioImages
Módulo 10

CHÁS COM
PROPRIEDADES
VASOTÔNICAS
Nomes populares Nomes científicos
Castanha-da-índia Aesculus hippocastanum
Espécies vegetais Centela** Centella asiatica
de propriedades Gingo; Ginkgo** Ginkgo biloba
vasotônicas Mirtilo Vaccinium myrtillus
Hamamelis Hamamelis virginiana

* Ausente do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira como chá


** Ausentes do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira
Castanha-da-índia
(Aesculus hippocastanum)

Parte da planta de • Hipersensibilidade


• Sementes com casca
interesse • Gestantes, lactantes e menores de 18 anos
• História de:
Método de preparo • Decocção (5 a 10 min) Contraindicações
• Úlcera péptica
• Doença renal ou hepática
Quantidade da • 1,5 g • Desordens da coagulação
planta seca • (1/2 colher de sopa)

Quantidade de água • 150 mL (1 xícara de chá)


• Doses elevadas podem causar irritação do
Precauções
TGI, náuseas e vômitos
• Hemorroidas e varizes (fragilidade capilar e
Indicações
Insuficiência venosa)

• Uso oral: 1 dose do infuso, 2 vezes ao dia, Interações • Fármacos antitrombóticos


Modo de uso medicamentosas • Plantas fontes de cumarinas
logo após as refeições

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: BioImages
Mirtilo
(Vaccinium myrtillus)

Parte da planta de • Hipersensibilidade


• Frutos maduros
interesse • Menores de 12 anos
• História de:
Método de preparo • Decocção Contraindicações
• Úlcera péptica
• Doença renal ou hepática
Quantidade da • 5 a 15 g • Desordens da coagulação
planta seca • (2 a 3 colheres de sopa)

Quantidade de água • 250 mL


• Doses elevadas podem causar irritação do
Precauções
• Hemorroidas e varizes (fragilidade capilar e TGI, náuseas e vômitos
Indicações Insuficiência venosa)
• Diarreia leve não infecciosa

• Uso oral: 1 dose do infuso, 3 a 4 vezes ao Interações • Fármacos antitrombóticos


Modo de uso medicamentosas • Plantas fontes de cumarinas
dia.

Anvisa. FFFB, 2ª ed., 2022


Foto: BioImages
Módulo 11

TÓPICOS ESPECIAIS
OBRIGADO =)

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