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ILSI BRASIL
INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE DO BRASIL
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Esta publicação foi possível graças ao apoio das Forças-Tarefa
Alimentos Fortificados e Suplementos e de Alimentos Funcio-
nais, subordinadas ao Comitê de Nutrição e este ao Conselho
Científico e de Administração do ILSI Brasil.
ILSI BRASIL
International Life Sciences do Brasil
Autor:
Editoração e Revisão:
Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Mestre e Doutora em Ciências na área
de Nutrição Experimental pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de
São Paulo (FCF/USP).
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Extratos Botânicos: Evidências Científicas a Favor da Nutrição / ILSI Brasil
ÍNDICE
1. A importância do consumo de alimentos de origem vegetal na preven- 6
ção das doenças crônicas não-transmissíveis
5. Referências bibliográficas 16
6. Diretoria / Conselho 19
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1. A IMPORTÂNCIA DO CONSUMO DE
ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL NA
PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS
NÃO-TRANSMISSÍVEIS
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Alimentos (frutas, verduras, legumes) e bebidas (chá e vinho) de origem vegetal são con-
sideradas fontes importantes de compostos bioativos como por exemplo, os flavonoi-
des. Estes compostos fenólicos são metabólitos secundários das plantas e classificados
de acordo com a sua estrutura química, em: flavonóis, flavonas, flavanonas, catequinas
(flavanóis), isoflavonas, antocianidinas, isoflavonas, di-hidroflavonóis e chalconas. Estes
compostos exercem efeitos benéficos para a saúde humana como atividade antioxi-
dante, anti-inflamatória e anticarcinogênica, por exemplo, o que os tornam componen-
tes interessantes e importantes para produtos nutracêuticos, farmacêuticos, medicinais
e, também na área de cosméticos11,12. Dados nacionais mostram que a ingestão de
flavonoides varia de 54,6 a 138,9 mg/dia e, os alimentos que mais contribuem para este
consumo são os sucos, frutas cítricas e legumes12-14.
O Brasil é um país que possui uma grande biodiversidade de alimentos com mais de
40.000 espécies de diferentes plantas, e muitos princípios ativos isolados, a partir de-
stas matrizes, apresentam evidências de efeitos benéficos à saúde humana15. Nesse
sentido, observa-se um crescente interesse em produtos derivados de botânicos, es-
pecialmente para utilização como suplementos alimentares16, 17.
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Os métodos convencionais utilizados para obtenção dos extratos botânicos podem ser
classificados em não-solventes, solventes e extração verde. Os não solventes envolvem
o processamento em forma de suco ou destilação a vapor. No caso dos solventes, são
utilizados métodos como a maceração, a percolação, a decocção e a extração por
Soxhlet. A maceração consiste em um método simples de extração, mas que precisa
de um período maior de extração com taxa de eficiência é baixa. Neste processo, os
materiais vegetais são imersos em um recipiente com um solvente e, posteriormente
deixados à temperatura ambiente por um período mínimo de três dias em frequente
agitação e, por fim a mistura é prensada ou filtrada20,23. A percolação é um método
similar porém, mais eficiente que a maceração por ser um processo contínuo no qual
os solventes saturados são substituídos de forma contínua por um solvente fresco em
um aparelho denominado percolador20. A decocção, na qual o material vegetal é man-
tido por um certo tempo com um solvente em temperatura de ebulição, é um método
indicado para extração de compostos estáveis ao calor e derivados de matéria-prima
mais dura (raízes, cascas) o que pode gerar uma quantidade significativa de impurezas
solúveis em água nestes extratos20,23. O método de Soxhlet consiste em uma extração
automatizada contínua de alta eficiência que demanda tempo, mas com quantidade de
solvente menor quando comparado com os métodos de maceração e percolação 20.
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Com a finalidade de minimizar o uso de solventes orgânicos que podem ser prejudiciais
ao meio ambiente e para qualidade e segurança dos alimentos devido à sua toxicidade,
houve um crescente interesse pelas tecnologias de extração verde que visam a utilização
de solvente seguros e não tóxicos como água e etanol24. A técnica de extração por fluido
supercrítico (Supercritical fluid extraction – SFE) utiliza como solvente de extração produ-
tos que possuem solubilidade e difusividade semelhantes ao líquido e ao gás, respec-
tivamente, sendo capaz de dissolver uma variedade de produtos naturais20. O dióxido
de carbono (CO2) é o fluido supercrítico (FS) mais utilizado como solvente, reconhecido
como seguro por não ser tóxico e nem explosivo, de fácil acesso e baixo custo, sendo
removido do produto com facilidade. O CO2 supercrítico é indicado como solvente prin-
cipalmente para analitos não polares, mas com a adição de pequenas quantidades de eta-
nol é possível a extração de compostos polares. Desse modo, a partir destas características
torna-se seguro para a saúde humana. Esse sistema tem sido bastante utilizado na indústria ali-
mentícia para descafeinação de café e chá; obtenção de ingredientes alimentares como corantes,
extratos ricos em vitaminas, lipídeos e outros; nutracêuticos e fitofarmacêuticos23, 24. Já a extração
por água quente pressurizada (Pressurized hot water extraction – PHWE) consiste na técnica que
utiliza a água na sua forma liquida como solvente de extração em temperatura acima do ponto
de ebulição (100ºC), mas abaixo do ponto crítico da água (374ºC), a uma pressão de 220bar. As
vantagens do uso deste solvente são semelhantes ao do método descrito anteriormente, mas
é ainda mais facilmente acessível e ambientalmente sustentável. A PHWE é considerada mais
eficiente do que as técnicas convencionais por apresentar um melhor rendimento de fenólicos
totais e na extração de qualidade e quantidade de compostos fenólicos individuais. Atualmente
esta técnica é utilizada para a extração de compostos fenólicos como os flavonoides, de óleos
essenciais, carotenoides, açúcares, pectina, entre outros24, 25. No entanto, alguns fatores podem
influenciar a extração de botânicos e alguns exemplos estão descritos na Figura 1.
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Grande parte dos extratos botânicos são produzidos a partir de uma parte da planta que
apresenta uma variedade de compostos, os quais, em sua maioria, são responsáveis pelas
suas atividades biológicas. A padronização de um extrato botânico pode ser feita com
base nas informações do conteúdo destes compostos. Por exemplo, o extrato de hipérico
(Hypericum perforatum), utilizado no tratamento de alguns tipos de depressão27, pode ser
padronizado considerando o teor de hipericina que é seu composto ativo. É importante
destacar que o extrato botânico pode sofrer variações em sua produção em virtude de
fatores como temperatura, períodos de seca ou de muita chuva e localização geográfica
de seu cultivo. Em consequência a estes fatores ambientais, o perfil de fitoquimicos e a
eficácia do produto final também podem ser afetados28.
A exposição aos botânicos e/ou aos compostos derivados pode ocorrer por meio do con-
sumo de produtos que são destinados para uso culinário, como ingredientes e substâncias
aromatizantes, suplementos alimentares ou dietéticos, chás de ervas e medicamen-
tos30. A OMS reconhece hoje o papel dos botânicos e conta com uma variedade de
publicações e de monografias com informações técnicas relacionadas à qualidade, segu-
rança e eficácia de plantas medicinais com o objetivo de regulamentar o seu uso interna-
cionalmente30. Para que um botânico possa ser utilizado para fins nutricionais e fisiológicos,
foram definidos parâmetros que devem ser considerados e estar devidamente documen-
tados conforme demonstrado na Tabela 1.
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Para apresentar uma alegação de propriedade de saúde, é importante que seja feita uma in-
vestigação científica sobre os efeitos alegados, que possam apresentar evidências destes ali-
mentos/ingredientes para promoção da saúde, bem como sobre a utilização destes a longo
prazo como parte da avaliação da segurança do produto32. A Figura 2 mostra os parâmetros
para avaliação da força e a consistência dos dados disponíveis, a partir de estudos da literatura
cientifica, que consideram se uma evidência é fraca ou forte para determinar a alegação de
saúde de um suplemento alimentar botânico.
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Legenda: EFSA= European Food Safety Authority; FDA= Food and Drug Administra-
tion; AFSSA= Agence française de sécurité sanitaire des aliments; WHO= World Health
Organization; SACN= Scientific Advisory Committee on Nutrition (Reino Unido); NAS=
National Academy of Science; ESPGHAN= European Society for Paediatric Gastroen-
terology Hepatology and Nutrition; ESCOP= European Scientific Cooperative on Phy-
totherapy. *Estudos pequenos = realizado com um número pequeno de indivíduos.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6. DIRETORIA / CONSELHO
Diretoria e Conselho Científico e de Administração do ILSI Brasil
Diretoria Financeira
Othon Abrahão - FuturaGene
Diretoria
Bernadette Franco - Faculdade de Ciên-
cias Farmacêuticas da USP;
Deise Capalbo - Embrapa Meio Ambiente; Helio Vannucchi – Faculdade de Medicina
Fernanda Martins - Unilever; de Ribeirão Preto - USP
Helio Vannucchi - Faculdade de Medicina Ione Lemonica – UNESP Botucatu
de Ribeirão Preto da USP; Luiz Henrique Fernandes – Pfizer
Maria Cecília Toledo - Universidade Es- Maria Cecília Toledo – CCFA Brazilian
tadual de Campinas; delegation / UNICAMP
Mariela Berezovsky - Danone; Mariela Weingarten Berezovsky – Danone Ltda.
Taiana Trovão - Mondelez. Mauro Fisberg – Instituto PENSI e Pe-
diatria EPM / UNIFESP Othon Abrahão
- Futuragene
Conselho Científico e de Administração Paulo Stringheta – UFV
Amanda Poldi – Cargill Renata Cassar – Tate & Lyle
Bernadette Franco – Faculdade de Ciên- Silvia Maria Franciscato Cozzolino – Facul-
cias Farmacêuticas da USP dade de Ciências Farmacêuticas da USP
Carlos Nogueira-de-Almeida – Univer- Taiana Trovão - Mondelez
sidade Federal de São Carlos Cristiana Tatiana da Costa Raposo Pires – DSM
Leslie Corrêa – Planitox Thaise Mendes – Herbalife
Deise M. F. Capalbo – EMBRAPA
Eduardo Nascimento Silva – Coca-Cola
Fernanda de Oliveira Martins – Unilever
Felix Reyes – Fac. Eng. Alimentos / UNICAMP
Flavio Zambrone - Instituto Brasileiro de
Toxicologia
Franco Lajolo – Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da USP
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Ajinomoto Abbott
Amway Amway
BASF BASF
DSM Danone
Herbalife DSM
Tate & Lyle DuPont
Pfizer NESTLE
VIGOR Pfizer
Yakult
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