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V1 | 2023

Currículo
Graduado em Farmácia pela Universidade Federal de Pernambuco (2006) e possui
mestrado em Inovação Terapêutica/UFPE (2013).

Pela Universidade Católica de Pernambuco, é coordenador do curso de bacharelado em


Farmácia, pelo qual leciona as disciplinas de Fitoterapia, Farmacoepidemiologia e
Farmácia e Sociedade. É também professor das disciplinas de Fitoterapia e Medicina e
de Farmacologia, no curso de Medicina. Também é pesquisador do Grupo de Pesquisa
em Tecnologia, Inovação e Cuidado em Saúde (GPTICS/Unicap), atuando na linha
"pesquisa clínica e avaliação de tecnologias em saúde aplicadas a produtos naturais".
Também é coordenador da Liga Acadêmica em Fitoterapia Médica (Lafime/Unicap).

Membro do Grupo de Trabalho em Suplementos Alimentares do Conselho Federal de


Farmácia

Coordenador da pós-graduação em Fitoterapia pelo Instituto Pratiensino/ Faculdade FGE

Consultor científico em produtos naturais do software Webdiet®

@leandromedeirosprofessor
Agradecimento especial
Programação

Módulo 1 Chás: Definições iniciais


Módulo 2 Aspectos históricos do uso de chás
Módulo 3 Assuntos regulatórios sanitários e profissionais
Módulo 4 Técnicas de preparo de chás
Módulo 5 Chas com propriedades digestivas
Módulo 6 Chás com propriedades sedativas
Módulo 7 Chás com propriedades estimulantes
Módulo 8 Chás com propriedades diuréticas
Módulo 9 Chás com propriedades anti-inflamatórias
Módulo 10 Chás com propriedades vasotônicas
Módulo 11 Tópicos especiais
Competências a serem desenvolvidas no curso

• Compreender os fundamentos teóricos e históricos do uso de chás;

• Orientar pacientes quanto às formas corretas de preparo de chás;

• Prescrever corretamente chás para fins recreativos e terapêuticos;


Módulo 1

CHÁS: DEFINIÇÕES
INICIAIS
O que são chás? ANVISA, RDC nº 716/2022

Produto constituído de partes vegetais,


exclusivamente ou não, tais como folhas,
flores, frutos, sementes, cascas, caules,
rizomas e raízes, preparado por processo
tecnológico adequado, podendo ser adicionado
de substâncias odoríferas, aromatizantes e
edulcorantes, podendo ser adicionados de
aditivos alimentares permitidos e de
substâncias químicas.
O que são chás?

Uso recreativo

Uso terapêutico

Uso religioso

Uso culinário
Considerações gerais sobre chás FAO, 2023 <fao.org/markets-and-trade/commodities/tea/en/>

• É uma das bebidas mais antigas e a mais consumida do


mundo, depois da água.

• Está disponível em muitas variedades, que diferem de


acordo com a técnica de oxidação e fermentação aplicada.

• O cultivo de chá fornece emprego e renda a milhões de


pequenos produtores, que estão complementando ou
mesmo substituindo a produção de grandes propriedades de
chá em muitos países.

• Enquanto três quartos do chá produzido é consumido


internamente, o chá é uma mercadoria amplamente
comercializada e exportada.
Considerações gerais sobre chás FAO, 2023 <fao.org/markets-and-trade/commodities/tea/en/>

• Nas últimas décadas, a indústria global de chá tem visto um


rápido crescimento, com um número crescente de
consumidores em todo o mundo.

• Apesar do aumento do consumo de chá nos principais


países produtores, o consumo per capita permanece baixo,
sugerindo que ainda há um potencial de crescimento
considerável nesses países.

Beber chá pode trazer muitos benefícios para a saúde, de


anti-inflamatórios a antioxidantes e efeitos de perda de
peso.

• China, Coréia e Japão têm quatro locais de cultivo de chá


designados como Sistemas de Patrimônio Agrícola
Globalmente Importantes (GIAHS) pela FAO.
BARROS, SILVA, 2018
Termos relacionados ao tema

Chás

Tisanas
Infusões
Chás alimentícios ANVISA, RDC nº 716/2022

Chá́ Chá misto Chá solúvel Chá misto solúvel


Produto constituído Produto elaborado com Produto resultante da Produto resultante da
de uma espécie duas ou mais espécies desidratação do extrato desidratação do extrato
vegetal autorizada vegetais autorizadas para o aquoso de espécie vegetal aquoso de espécie vegetal
para o seu preparo, seu preparo, inteiras, autorizada para seu autorizada para seu
inteira, fragmentada fragmentadas ou moídas, preparo, obtido por preparo, obtido por
ou moída, com ou com ou sem fermentação, métodos físicos, utilizando métodos físicos, utilizando
sem fermentação, tostadas ou não água como único agente água como único agente
tostada ou não extrator extrator

Esta Resolução não se aplica aos produtos obtidos de espécies vegetais com finalidade medicamentosa ou
terapêutica. Não podem ter indicação terapêutica/medicamentosa e não podem ser indicados para lactentes.
Chás alimentícios ANVISA, RDC nº 716/2022
ANVISA, IN 159/2022

• Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de


fabricação (Portaria SVS/MS 554/1997)
• BPF (Portaria SVS/MS 326/1997 e RDC 275/2002)
Chás, incluindo os mistos e • Contaminantes (RDC 722/2022 e IN 160/2022)
solúveis, podem ser • Enriquecimento e restauração de alimentos (Portaria
adicionados das partes de SVS/MS 31/1998)
• Matérias estranhas (RDC 623/2022)
espécies vegetais autorizadas
• Padrões microbiológicos (RDC 724/2022 + IN 161/2022)
para uso como especiarias pelo • Regularização (RE 22/2000 + RE 23/2000)
Anexo II da IN no 159/2022 • Resíduos de agrotóxicos (RDC 04/2012)
• Rotulagem de alimentos embalados (727/2022)
• Rotulagem nutricional (RDC 359,360/2003 + RDC 54/2012)
• Inclusão de novas espécies vegetais (RE 17/1999)
Módulo 2

ASPECTOS HISTÓRICOS
DO USO DE CHÁS
Aspectos históricos do uso de chás

China

• Descoberto acidentalmente no século III a.C.,


• Desde então, o chá tornou-se uma parte
essencial da cultura chinesa
• Apreciado tanto por suas propriedades
medicinais quanto pelo prazer de sua
degustação.
• Durante a Dinastia Tang (618-907 d.C.), o chá
se tornou uma bebida popular, levando ao
desenvolvimento de cerimônias do chá e à
criação de utensílios específicos para sua
preparação e consumo.
Aspectos históricos do uso de chás

Índia
• Tem uma história rica que remonta a milhares
de anos. O chá é originário da região do
Assam, no nordeste da Índia, onde cresce uma
variedade selvagem de chá conhecida como
Camellia sinensis var. assamica.
• No entanto, foi durante a colonização britânica
que a produção em grande escala de chá
começou na Índia.
• A Companhia das Índias Orientais estabeleceu
plantações de chá no século XIX,
impulsionando a indústria do chá no país.
Aspectos históricos do uso de chás

Japão
• O chá tem uma importância cultural
significativa.
• A introdução do chá no país ocorreu por volta
do século IX, durante o período Heian. No
entanto, foi durante o período Kamakura (1185-
1333) que a cerimônia do chá, conhecida como
chanoyu ou chado, começou a se desenvolver
como uma prática artística e filosófica.
• A cerimônia do chá enfatiza a simplicidade, a
harmonia e o respeito pela natureza, e continua
a ser uma tradição importante no Japão até os
dias de hoje
Aspectos históricos do uso de chás

Egito e Grécia Antiga

• Na antiguidade, o uso de ervas e infusões era


comum.
• Os egípcios utilizavam uma variedade de plantas
medicinais, incluindo o hibisco, a camomila e a
menta, que eram consumidas na forma de infusões. EXCLUIR ESTE SLIDE E TRECHO DO VÍDEO
• Na Grécia Antiga, o chá de ervas também era
amplamente utilizado, sendo Hipócrates,
considerado o pai da medicina ocidental, um
defensor do uso de infusões de ervas para fins
terapêuticos
Um passeio global sobre o consumo de chás

• Os chás contribuem significativamente para o


desenvolvimento rural, redução da pobreza e segurança
alimentar, representando, em vários casos, uma importante
fonte de renda e emprego para milhões de famílias pobres.

• A produção global de chá ascende anualmente a mais de 17


mil milhões de dólares, enquanto o comércio mundial de
chá é avaliado em cerca de 9,5 mil milhões de dólares,
representando uma importante fonte de receitas de
exportação.

• Uma característica fundamental do chá é que os pequenos


produtores são responsáveis por 60% da produção mundial.
É importante ressaltar que o chá oferece empregos
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC
produtivos nas áreas rurais, o que capacita famílias e
comunidades a atender às suas necessidades de segurança
alimentar e melhorar seu estado nutricional.
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market:
market situation, prospects and emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em:
https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Produção mundial per capita x


IDH
• O consumo mundial de chá per capita: + 2,5%
(2010-2020).
• As economias em desenvolvimento e
emergentes têm impulsionado o crescimento da
demanda, com o Leste Asiático, África, América
Latina e Caribe e o Oriente Próximo liderando a
expansão (figura 1).
• Embora em mercados europeus mais maduros,
bem como em outros países avançados, os
volumes de consumo de chá diminuíram.
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market:
market situation, prospects and emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em:
https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Produção, consumo, exportação e


importação mundial
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market:
market situation, prospects and emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em:
https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Consumo mundial
• O consumo mundial de chá aumentou 3,5% na
última década, refletindo um forte crescimento
nos países produtores que mais do que
compensou uma demanda moderada de
importação nos mercados tradicionais de
importação de chá, como a Federação Russa, a
União Européia, os Estados Unidos da América
e o Canadá. Prevê-se que o consumo de chá
preto cresça 2,0% na próxima década
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market:
market situation, prospects and emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em:
https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Consumo per capita


• O consumo de chá per capita aumentou 2,5% ao
ano na última década. Enquanto declínios foram
registrados nos mercados importadores
tradicionais da Europa, América do Norte e
Federação Russa, o consumo per capita de chá
aumentou nos países produtores, embora
marginalmente na maioria dos casos
FAO. Food and Agriculture Organization on the Nations United. International tea market:
market situation, prospects and emerging issues. Roma: FAO, 2012. Disponível em:
https://www.fao.org/3/cc0238en/cc0238en.pdf. Acesso em: 02 jun. 2023.

Produção mundial
• A produção mundial de chá verde está projetada para
aumentar a uma taxa mais rápida de 6,3% ao ano, refletindo
uma expansão na China, onde a produção deve quase dobrar
até 2030. Espera-se que a expansão resulte do aumento da
produtividade e não da expansão da área, por replantio de
variedades de maior rendimento e melhores práticas
agrícolas. Espera-se também que o Vietnã aumente
substancialmente sua produção de chá verde com uma taxa
média de crescimento anual de 4,0%.

• A produção mundial de chá em 2021 aumentou para cerca de


6,5 milhões de toneladas, de 6,3 milhões de toneladas em
2020, à medida que a produção de chá preto se recuperou das
deficiências de 2020 em alguns dos principais países
produtores, como Índia e Sri Lanka. A China continua sendo
de longe o maior produtor de chá, respondendo por 47% da
produção global, atingindo 3,1 milhões de toneladas em
2021, em comparação com 2,9 milhões de toneladas em
2020. A produção do segundo maior produtor, a Índia,
recuperou-se em 2021 para 1,33 milhão de toneladas em
comparação com 1,26 milhões de toneladas em 2020.
Módulo 3

ASSUNTOS
REGULATÓRIOS
SANITÁRIOS E
PROFISSIONAIS
MAPA GERAL DE PRODUTOS
OBJETOS DA FITOTERAPIA

Preparações caseiras Utilizadas para fins

Servem de
insumo para
Plantas medicinais
(in natura) Preventivos
Secagem e Processos
Metabólitos
estabilização Drogas extrativos Derivados
primários vegetais vegetais Paliativos

Metabólitos Servem de
secundários insumo para De controle
Lei 5991/1973

Curativos

Produtos da
Medicamentos Produtos tradicionais Preparações
Medicina
fitoterápicos fitoterápicos magistrais
Tradicional Chinesa*

RDC 26/2014 RDC 67/2007 | RDC 18/2013 RDC 21/2014

Utilizados para fins

*NÃO SÃO FITOTERÁPICOS


RDC 716/2022
IN 159/2022
PLANTAS MEDICINAIS
(Lei 5991/1973)

Uso não medicinal Uso medicinal


DROGAS VEGETAIS

DERIVADO Uso medicinal


VEGETAL
Chás (EXTRATOS)
alimentícios Chás
(RDC medicinais
716/2022 + IN FITOTERÁPICO (RDC 26/2014)

159/2022)

INDUSTRIALIZA
MANIPULADO
DO

MEDICAMENTO PRODUTO
FARMÁCIA FITOTERÁPICO TRADICIONAL
FARMÁCIAS FITOTERÁPICO
S VIVAS (REGISTRO COMUM
DE (RDC 18/2013) (REGISTRO
OU SIMPLIFICADO)
MANIPULACÃ (RDC 26/2014) SIMPLIFICADO
O (RDC 67/2007 / OU NOTIFICADO)
87/2008) (RDC 26/2014 e
IN 02/2014)
Qual a abrangência da RDC 26/2014?

Medicamentos fitoterápicos Produtos tradicionais fitoterápicos

•Obtidos com emprego exclusivo de matérias- •Obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas
primas ativas vegetais ativas vegetais cuja

•Segurança e eficácia sejam baseadas em •Segurança e efetividade baseadas em dados de uso


evidências clínicas e que sejam seguro e efetivo publicados na literatura técnico-
caracterizados pela constância de sua científica
qualidade •Utilizados sem a vigilância de um médico para fins de
diagnóstico, de prescrição ou de monitorização
•Passíveis de registro ou registro simplificado
•Não podem se referir a doenças, distúrbios, condições
ou ações consideradas graves, não podem conter
matérias-primas em concentração de risco tóxico
conhecido e não devem ser administrados pelas vias
injetável e oftálmica
•Passíveis de registro, registro simplificado ou
notificação
Qual a abrangência da RDC 26/2014?

• Chás medicinais

– Substitui o termo “droga vegetal notificado”


– Drogas vegetais com fins medicinais a serem prepadas por infusão, decocção ou
maceração pelo consumidor
– Entram na categoria de produto tradicional fitoterápico
– Não podem conter excipientes em suas formulações (apenas drogas vegetais)

31
O que não abrange a RDC 26/2014?

• Preparações magistrais (farmácias de manipulação ou farmácias


vivas)

• Preparações elaboradas por povos ou comunidades tradicionais


sem fins lucrativos e não industrializadas

32
33
Estabelecimentos autorizados para comercialização de plantas medicinais e fitoterápicos

• Ervanarias: estabelecimento que realize dispensação de plantas


medicinais
• Farmácia com manipulação
• Farmácias sem manipulação
• Farmácias vivas
• Distribuidores de insumos
Módulo 4

TÉCNICAS DE
PREPARO E
PRESCRIÇÃO DE CHÁS
Planta fresca
Extração Aquosa
Secagem Decocção | Infusão
Arraste por Maceração
vapor; A frio; Droga Vegetal Chás
CO2
supercrítico; Moagem
Enfleurage Decocção
Droga Vegetal pó
Infusão
Extração Solvente Maceração
Água:Propilenoglicol Água:Álcoo
Percolação
l Suco
Óleos essenciais Turbólise
Água:Glicerina Suma
Alcoolatura
Extrato Glicólico

Spray dryer Concentração


Liofilização Extrato (rota-vapor) Extrato Fluido
concentrado Tintura
Secagem Dessecação
Secagem Fracionamento
Extrato seco
Extrato seco Fração vegetal
Padronização
Padronização Secagem
Extrato seco Extrato seco
Extrato seco Extrato mole
padronizado padronizado
Padronização
Extrato seco
padronizado
OPAS, 2017
O PROCESSO DA PRESCRIÇÃO
Res. CFF 586/2013

Planejamento Seleção da
Avaliação Redação
terapêutico terapia
Identificação Objetivos e metas terapêuticas

de necessidades Orientação
Estratégias terapêuticas
de uso

• Benefícios
Início da
• Segurança Replanejamento da terapia
• Conveniência intervenção
• Custo

Meta Tempo do

não alcançado tratamento

necessário
Avaliação dos
Êxito terapêutico resultados
Meta

alcançada
Boas práticas de prescrição Res. CFF 586/2013

Medidas para a promoção da segurança ao paciente

1. Basear suas ações nas melhores evidências científicas

2. Tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente

3. Considerar a existência de outras condições clinicas, o uso de outros medicamentos, os


hábitos de vida, cultura, valores, condições socioeconômicas, acesso e o contexto de cuidado
no entorno do paciente

4. Estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão entregues ao
paciente

5. Comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas decisões e


recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa

6. Adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da prescrição,


sejam acompanhados e avaliados
Boas práticas de prescrição Res. CFF 586/2013

Estrutura da prescrição

1. Identificação do estabelecimento (consultório ou do serviço de saúde ao qual o profissional) est á vinculado

2. Nome completo e contato do paciente

3. Descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes informações

Nome do medicamento ou formulação, concentração, forma farmacêutica e via de administração


Dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento
Instruções adicionais, quando necessário

4. Descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando
houver

5. Nome completo do profissional, assinatura e número de registro no seu respectivo Conselho Regional

6. Local e data da prescrição


Algoritmo para prescrição racional de plantas medicinais e fitoterápicos

A fitoterapia foi discutida com


o indivíduo como possível tratamento
Considere não prescrever

O tratamento está alinhado aos valores, cultura, não


sim
preferências e necessidades do indivíduo? não
O produto possui segurança nas
não
As evidências
condições clínicas do indivíduo?
demonstram benefício
clínico justificável? sim

sim sim As especificações do IFAV condizem


com o da literatura científica?
não As evidências são não
não robustas?
É possível adaptar a não
sim
Possui fundamentação teórica para o uso? sim posologia?

Estudos clínicos sim


sim
randomizados?
O custo é adequado às condições não
não
socioeconômicas do indivíduo?
sim
Uso tradicional não
reconhecido O tratamento é conveniente quanto à
posologia e acesso?

sim

Considere prescrever, com base na posologia da


literatura científica (reconhecida ou ECR)
Quais são as modalidades da fitoterapia?
MS. Cadernos de Atenção Básica nº 31/2012

Fitoterapia científica
ocidental
Fitoterapia popular

Fitoterapia tradicional
A ampliação do conceito de uso racional de medicamentos
Autoria própria

Aspectos ético-profissionais

Aspectos sanitários

Uso racional

Necessidades • Preferências • Benefício • Segurança


Valores • Cultura • Condições Conveniência • Custo •
socioeconômicas • Ambiente Posologia correta
Roteiro de estudo de fitoterápicos

Dados/informações farmacoterapêuticas

• Nome da espécie • Farmacodinâmica


• Parte da planta de interesse • Reações adversas
• Matéria-prima vegetal • Interações medicamentosas
• Formas farmacêuticas • Contraindicações
• Constituintes químicos • Precauções
• Padronização do marcador* • Advertências
• Posologia** • Sobredose/Toxicidade
• Farmacocinética

* Quando disponível
** Indicação x dose x frequência x duração
Fontes de informação em fitoterapia

ANVISA. RDC 67/2007. RDC 87/2008

Bases de dados

Natural Medicines Database naturalmedicines.therapeuticresearch.com

Examine.com examine.com

American Botanical Concil abc.herbalgram.org

National Center of Complementary Integrative


nccih.nih.gov
Health

Dynamed dynamed.com

Up-to-date uptodate.com

Micromedex micromedex.com
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA PARA A PRESCRIÇÃO DE PM&F

Evidências científicas

Revisões sistemáticas com meta-análise de estudos clínicos ou monografias de bases de dados especializadas

Estudos clínicos (randomizados, duplo-cegos, placebo-controlados) isolados


Nível de evidência

Revisões sistemáticas com meta-análise de estudos observacionais (coorte)

Estudos observacionais isolados

Séries ou relatos de casos

Opiniões de especialistas
Fontes de informação em fitoterapia

ANVISA. RDC 67/2007. RDC 87/2008

Literatura tecnicocientífica

Literatura reconhecida pela ANVISA Anexo III, RDC 26/2014

Formulário Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira 2021, 2ª edição

Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira 2016, 1ª edição

Monografias da OMS bit.ly/who_herbal_monographs

Monografias da EMA bit.ly/ema_herbal_monographs

Farmacopeias reconhecidas
Exemplos de literatura reconhecida
Uso tradicional reconhecido
RDC 10/2010
Uso tradicional reconhecido

Anvisa. FFFB, 2ª ed, 2021


Uso tradicional reconhecido

Anvisa. FFFB, 2ª ed, 2021


Uso tradicional reconhecido
Monografias da EMA/HMPC
Produtos tradicionais fitoterápicos | Critérios

Anvisa. IN 04/2014

4. Coerência das informações de uso propostas com as relatadas na


documentação tecnicocientífica

d) modo de preparo

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