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SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO .................................................................................................................................................. 190

MUDE SUA VIDA!


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EXERCÍCIOS
1. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto.

Considere o trecho a seguir:


A operação interligada de sistemas elétricos de potência proporciona vantagens para as
concessionárias de energia elétrica, tais como: a otimização da exploração dos recursos
energéticos e o aumento da confiabilidade, entre outras.
Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho está adequada à língua padrão
escrita e mantém o sentido original.

a) Entre outras, a otimização da exploração dos recursos energéticos e o aumento da


confiabilidade oferecem vantagens para a operação interligada de sistemas elétricos de
potência.
b) A operação de sistemas elétricos interligada de potência propõe benefícios para as
concessionárias de energia elétrica, dentre elas a melhoria da exploração dos recursos
energéticos e o aperfeiçoamento da confiança do sistema.
c) A otimização da exploração dos recursos energéticos e a ampliação da confiabilidade
são, entre outras, vantagens propiciadas às concessionárias de energia elétrica pela
operação interligada de sistemas elétricos de potência.
d) Dentre as vantagens apresentadas pelas concessionárias de energia elétrica à operação
interligada de sistemas elétricos de potência estão a melhor exploração dos recursos em
termos de energia e confiabilidade.
e) O fato da interligação dos sistemas elétricos de potência em operação traz vantagens
para as fornecedoras de energia elétrica, tais como exploração ótima de recursos
energéticos e confiança maior nesses recursos.

GABARITO: letra C

A questão apresentada aborda sobre vozes do verbo, Voz Passiva e Voz Ativa,
este é quando o sujeito é o agente da oração, pratica a ação, aquele é quando o
sujeito é paciente, que sofre a ação do verbo.

Sendo assim, a alternativa que quando reescrita não altera o sentido original
do texto é a letra C, já que na passagem do texto original “A operação interligada de
sistemas elétricos de potência proporciona vantagens para as concessionárias de
energia elétrica, tais como”, aqui podemos identificar que está na Voz ativa, pois
quem está exercendo a ação é “A operação interligada de sistemas elétricos de
potência”, como pode ser percebido pelos verbos destacados “proporciona
vantagens” (quem proporciona, proporciona algo).

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Desta forma, alterando o texto sem perder o sentido deverá ficar na Voz Passiva
ou Reflexiva, no caso, voz passiva, já que no trecho “A otimização da exploração dos
recursos energéticos e a ampliação da confiabilidade são, entre outras, vantagens
propiciadas às concessionárias de energia elétrica pela operação interligada de
sistemas elétricos de potência”, foi invertida sendo que figuram como sujeito o trecho
“A otimização da exploração dos recursos energéticos e a ampliação da
confiabilidade”, está na voz passiva, pois quem está sofrendo a ação do verbo é a
passagem “operação interligada de sistemas elétricos de potência”, portanto, não se
perde o sentido, apenas inversão do texto.

2. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

O sistema de posicionamento global (Global Positioning System – GPS) é uma dessas


pequenas maravilhas tecnológicas que utilizam uma quantidade enorme de
conhecimento acumulado. Usando ideias de eletromagnetismo, para tratar dos sinais
emitidos, da física newtoniana, para pôr os satélites em órbita, da teoria da relatividade
especial e geral, para tratar a defasagem dos sinais emitidos, e da geometria esférica do
planeta, é possível nos localizar com precisão de poucos metros. Para sorte de muitos,
parece que não é necessário acreditar na ciência para que ela funcione.

Extraído de “A terra é redonda”, Ciência Hoje, n. 349, nov/18.)

Para caracterizar o princípio de funcionamento do GPS, o autor cita a contribuição


de:

a) 2 áreas distintas do conhecimento.


b) 3 áreas distintas do conhecimento.
c) 4 áreas distintas do conhecimento.
d) 5 áreas distintas do conhecimento.
e) 6 áreas distintas do conhecimento.

GABARITO: letra C

Lendo o texto acima podemos identificar quatro bases que ajudaram no


funcionamento do GPS, que são: “ideias de eletromagnetismo”; “física newtoniana”;
“teoria da relatividade especial e geral” e por fim “geometria esférica do planeta”.

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3. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes, Colocação
Pronominal.

Assinale a alternativa em que a substituição do trecho sublinhado por pronome está


correta.

a) Cabe a vocês acatar as decisões tomadas na assembleia geral – ...acatá-las.


b) Denunciaram o mau uso dos espaços públicos – Denunciaram-nos
c) Informei os enfermeiros sobre o estado da paciente – Informei-lhes.
d) Falta responder o ofício pendente no sistema eletrônico – ...responder-lhe.
e) Venho solicitar a esse departamento que providencie a atualização do sistema -
...solicitá-lo.

GABARITO: letra A

Questão fala sobre pronomes oblíquos, desta forma, os oblíquos tônicos são
aqueles que normalmente vem precedido por preposição, assim são utilizadas
quando o substantivo que a substituem exerce a função de objeto indireto, sejamos:

1.ª p. singular - mim, comigo


2.ª p. singular - ti, contigo
3.ª p. singular - ele, ela, si, consigo
1.ª p. plural - nós, conosco
2.ª p. plural - vós, convosco
3.ª p. plural - eles, elas, si, consigo

Já os pronomes pessoais oblíquos átonos não vêm precedido de preposição,


neste caso, o substantivo que o substituem tem o papel de objeto direto (a, o, as,
os, se) ou de objeto indireto (lhe, lhes):

1.ª p. singular - me
2.ª p. singular - te
3.ª p. singular - o, a, se, lhe
1.ª p. plural - nos
2.ª p. plural - vos
3.ª p. plural - os, as, se, lhes

Portanto, quando os verbos terminarem com as letras “-r, -s ou -z”, são


utilizados os pronomes átonos (-la, -lo, -las, -los). Com as letras “-m ou -n”, são
substituídas por “-na, -no, -nas -nos”.

a) (CERTA) essa alternativa trata-se exatamente da regra explicada acima,


assim no trecho “Cabe a vocês acatar as decisões”, o verbo exerce a função de
transitivo direto, neste caso não necessita de preposição, além de está terminado em
“-r”, portanto, poderá ser utilizado “acatá-las”.

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b) (ERRADO) “denunciaram” não está concordando com “o mau uso”, já que


o sujeito está indeterminado, e “o mau uso” exerce o papel de objeto direto do verbo
“denunciaram”, portanto, o pronome oblíquo átono deve ficar no singular:
“denunciaram-no”.

c) (ERRADO) aqui o verbo está exercendo a função de transitivo direto (quem


informa algo, informa a alguém), assim para se referir “os enfermeiros” deve-se
utilizado “-os”, “informei-os”.

d) (ERRADO) mesma explicação da alternativa anterior, porém como como o


trecho “o ofício...” é objeto direto é necessário ser utilizar “-lo”, “respondê-lo”.

e) (ERRADO) neste caso o trecho “a esse departamento” tem a função de


objeto indireto, e conforme a regra deve-se utilizar o “-lhe”, “solicitar-lhe”.

4. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia – Verbo.

Assinale a alternativa em que as formas verbais estão grafadas corretamente:

a) Nem todos os armários contém livros; alguns só armazenam papéis avulsos.


b) Diversas iniciativas de edições colaborativas compõe um cenário novo no mercado
editorial.
c) Não são muitos os estudantes que retém as informações apenas ouvidas e não
visualizadas.
d) Aparelho mantem o usuário conectado por horas, de forma prejudicial à saúde.
e) Os especialistas veem com bons olhos a iniciativa de jogos terapêuticos.

GABARITO: letra E

a) (ERRADO) o erro da alternativa está na acentuação do verbo da frase


“contém”, o correto é usar o acento circunflexo quando os sujeitos estiverem no
plural “contêm”.

b) (ERRADO) neste caso o verbo “compõe” está concordando com o “edições”,


portanto deve estar no plural “compõem”.

c) (ERRADO) aqui tem a mesma explicação da letra A, o verbo tem que estã
no plural, “retêm”.

d) (ERRADO) o verbo está concordado com o núcleo do sujeito “aparelho”, que


está no singular, portanto o verbo deve está no singular também, sendo sua forma
escrita com acento agudo “mantém”.

e) (CERTA) o verbo está na 3ª pessoa do plural, e as palavras com letras


duplicadas como o verbo da frase deve está sem acento circunflexo.

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5. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Sintaxe, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva,
Concessiva, Condicional.

Praticamente desde o surgimento dos primeiros jogos digitais comerciais há


questionamentos sobre os seus supostos perigos. As perguntas vão se tornando mais
numerosas à medida que a indústria cresce e esses jogos se multiplicam na sociedade.
As acusações vão desde provocar sedentarismo nos jovens a causar danos à postura e,
mais frequentemente, provocar comportamentos violentos. Entretanto, nenhuma
dessas acusações foi provada ainda de forma convincente por pesquisas científicas. [...]

Segundo Chris Ferguson, psicólogo norte-americano que pesquisa jogos digitais há 15


anos, o tempo excessivo de jogo muitas vezes é o sintoma de outro problema mais grave,
como ansiedade, estresse ou depressão. Jogar seria uma forma de escape ou de lidar com
esses problemas, e privar alguém dessa atividade não promove a cura, mas mascara o
problema e pode ainda agravar seu estado. [...] Um fenômeno importante mencionado
por Ferguson é como pessoas com problemas psicológicos frequentemente usam jogos
como forma de alívio para suas dificuldades. Vale a pena se perguntar: se os jogos podem
ser meios para ajudar a lidar com o estresse, a ansiedade e até a depressão, o que mais
podem fazer para nos beneficiar?

Jogos sérios

Alguns programadores têm feito esforços para projetar intencionalmente jogos


digitais com o fim de apoio psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros jogos, como o Depression
Quest, da game designer estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles que lidam com esses
problemas, mas para que amigos e familiares possam entender melhor a situação dos
jogadores, compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo interativo. [...]

Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um movimento maior
– geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos
educativos. Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam de temas
considerados de relevância (social, econômica, política, educacional etc.) e que buscam,
além do entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do jogo. [...]

Além disso, merece destaque a relação entre o jogador e sua representação no jogo,
ou seu avatar, como é chamado. O psicólogo sino-americano Nick Yee, especializado em
jogos digitais, defende que existe uma relação de identificação entre o jogador no mundo
real e seu avatar no mundo virtual do jogo. Não no sentido de que o jogador ‘se torna’ o
avatar, mas sim no de que o jogador, ao usar o avatar para interferir no jogo, acaba se
influenciando pelas características positivas dele, modificando em algum grau o seu
próprio comportamento.

Esse fenômeno, chamado por Yee de ‘efeito Proteus’, seria, por exemplo, responsável
pela mudança de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com personagens
mais poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com outras pessoas on-line.
E, em alguns casos, chegam a trazer essa mudança no relacionamento com as pessoas no
mundo real. Nesse aspecto, a ideia do avatar como um ‘corpo digital’, combinada ao efeito

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Proteus, torna-se um importante fundamento para os jogos de saúde, que defendem que,
se o jogador aprender formas de cuidar melhor do ‘bem-estar’ e da ‘saúde’ do seu avatar
dentro do jogo, esse conhecimento pode, de algum modo, transbordar para além do jogo
e impactar sua vida de forma positiva, melhorando sua saúde no processo.

(Extraído de “Do Senet aos videogames”, por Marcelo Simão de Vasconcellos, Ciência
Hoje, n. 349, nov/18.)

Na frase “... responsável pela mudança de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao
jogar com personagens mais poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com
outras pessoas on-line”, a parte sublinhada estabelece uma relação de:

a) finalidade.
b) causalidade.
c) condicionalidade.
d) temporalidade.
e) proporcionalidade.

GABARITO: letra D

O trecho destacado acima tem relação de temporalidade, pois estabelece


relação de simultaneidade, já que “mudança de atitude de muitos jogadores tímidos”
ocorre simultaneamente com “jogar com personagens mais poderosos”.

6. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

Praticamente desde o surgimento dos primeiros jogos digitais comerciais há


questionamentos sobre os seus supostos perigos. As perguntas vão se tornando mais
numerosas à medida que a indústria cresce e esses jogos se multiplicam na sociedade.
As acusações vão desde provocar sedentarismo nos jovens a causar danos à postura e,
mais frequentemente, provocar comportamentos violentos. Entretanto, nenhuma
dessas acusações foi provada ainda de forma convincente por pesquisas científicas. [...]

Segundo Chris Ferguson, psicólogo norte-americano que pesquisa jogos digitais há 15


anos, o tempo excessivo de jogo muitas vezes é o sintoma de outro problema mais grave,
como ansiedade, estresse ou depressão. Jogar seria uma forma de escape ou de lidar com
esses problemas, e privar alguém dessa atividade não promove a cura, mas mascara o
problema e pode ainda agravar seu estado. [...] Um fenômeno importante mencionado
por Ferguson é como pessoas com problemas psicológicos frequentemente usam jogos
como forma de alívio para suas dificuldades. Vale a pena se perguntar: se os jogos podem
ser meios para ajudar a lidar com o estresse, a ansiedade e até a depressão, o que mais
podem fazer para nos beneficiar?

Jogos sérios

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Alguns programadores têm feito esforços para projetar intencionalmente jogos


digitais com o fim de apoio psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros jogos, como o Depression
Quest, da game designer estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles que lidam com esses
problemas, mas para que amigos e familiares possam entender melhor a situação dos
jogadores, compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo interativo. [...]

Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um movimento maior
– geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos
educativos. Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam de temas
considerados de relevância (social, econômica, política, educacional etc.) e que buscam,
além do entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do jogo. [...]

Além disso, merece destaque a relação entre o jogador e sua representação no jogo,
ou seu avatar, como é chamado. O psicólogo sino-americano Nick Yee, especializado em
jogos digitais, defende que existe uma relação de identificação entre o jogador no mundo
real e seu avatar no mundo virtual do jogo. Não no sentido de que o jogador ‘se torna’ o
avatar, mas sim no de que o jogador, ao usar o avatar para interferir no jogo, acaba se
influenciando pelas características positivas dele, modificando em algum grau o seu
próprio comportamento.

Esse fenômeno, chamado por Yee de ‘efeito Proteus’, seria, por exemplo, responsável
pela mudança de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com personagens
mais poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com outras pessoas on-line.
E, em alguns casos, chegam a trazer essa mudança no relacionamento com as pessoas no
mundo real. Nesse aspecto, a ideia do avatar como um ‘corpo digital’, combinada ao efeito
Proteus, torna-se um importante fundamento para os jogos de saúde, que defendem que,
se o jogador aprender formas de cuidar melhor do ‘bem-estar’ e da ‘saúde’ do seu avatar
dentro do jogo, esse conhecimento pode, de algum modo, transbordar para além do jogo
e impactar sua vida de forma positiva, melhorando sua saúde no processo.

(Extraído de “Do Senet aos videogames”, por Marcelo Simão de Vasconcellos, Ciência
Hoje, n. 349, nov/18.)

Do trecho “Alguns programadores têm feito esforços para projetar intencionalmente


jogos digitais com o fim de apoio psicológico”, infere-se corretamente que:

a) projetar jogos sérios com o fim de apoio psicológico é mais trabalhoso que projetar jogos
comuns.
b) os jogos digitais comuns também podem propiciar apoio psicológico, mas não é seu
objetivo.
c) jogos sérios começaram a ser projetados por alguns programadores que necessitam de
apoio psicológico.
d) os programadores perceberam que jogadores tímidos necessitam de jogos
desenvolvidos especialmente para eles.
e) os jogos digitais comuns costumam enfraquecer o lado psicológico dos usuários.

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GABARITO: letra B

a) (ERRADO) aqui o autor não está se referindo que “projetar jogos sérios é
mais trabalhoso que jogos comuns”, não temos essa informação no trecho destacado.

b) (CERTA) na frase citada temos que os programadores estão fazendo jogos


comuns com intenção de apoio psicológico, então alternativa correta.

c) (ERRADO) na frase em destaque não está informando que os programadores


necessitam de apoio psicológico, mas sim criam jogos para ajudar pessoas
psicologicamente.

d) (ERRADO) outra informação que não condiz com a frase citada, pois não é
a intenção dos programadores desenvolver jogos específicos para pessoas tímidas.

e) (ERRADO) aqui também não temos a informação que jogos enfraquecem o


lado psicológico dos usuários.

7. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

Praticamente desde o surgimento dos primeiros jogos digitais comerciais há


questionamentos sobre os seus supostos perigos. As perguntas vão se tornando mais
numerosas à medida que a indústria cresce e esses jogos se multiplicam na sociedade.
As acusações vão desde provocar sedentarismo nos jovens a causar danos à postura e,
mais frequentemente, provocar comportamentos violentos. Entretanto, nenhuma
dessas acusações foi provada ainda de forma convincente por pesquisas científicas. [...]

Segundo Chris Ferguson, psicólogo norte-americano que pesquisa jogos digitais há 15


anos, o tempo excessivo de jogo muitas vezes é o sintoma de outro problema mais grave,
como ansiedade, estresse ou depressão. Jogar seria uma forma de escape ou de lidar com
esses problemas, e privar alguém dessa atividade não promove a cura, mas mascara o
problema e pode ainda agravar seu estado. [...] Um fenômeno importante mencionado
por Ferguson é como pessoas com problemas psicológicos frequentemente usam jogos
como forma de alívio para suas dificuldades. Vale a pena se perguntar: se os jogos podem
ser meios para ajudar a lidar com o estresse, a ansiedade e até a depressão, o que mais
podem fazer para nos beneficiar?

Jogos sérios

Alguns programadores têm feito esforços para projetar intencionalmente jogos


digitais com o fim de apoio psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros jogos, como o Depression
Quest, da game designer estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles que lidam com esses
problemas, mas para que amigos e familiares possam entender melhor a situação dos
jogadores, compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo interativo. [...]

Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um movimento maior
– geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos
educativos. Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam de temas

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considerados de relevância (social, econômica, política, educacional etc.) e que buscam,


além do entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do jogo. [...]

Além disso, merece destaque a relação entre o jogador e sua representação no jogo,
ou seu avatar, como é chamado. O psicólogo sino-americano Nick Yee, especializado em
jogos digitais, defende que existe uma relação de identificação entre o jogador no mundo
real e seu avatar no mundo virtual do jogo. Não no sentido de que o jogador ‘se torna’ o
avatar, mas sim no de que o jogador, ao usar o avatar para interferir no jogo, acaba se
influenciando pelas características positivas dele, modificando em algum grau o seu
próprio comportamento.

Esse fenômeno, chamado por Yee de ‘efeito Proteus’, seria, por exemplo, responsável
pela mudança de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com personagens
mais poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com outras pessoas on-line.
E, em alguns casos, chegam a trazer essa mudança no relacionamento com as pessoas no
mundo real. Nesse aspecto, a ideia do avatar como um ‘corpo digital’, combinada ao efeito
Proteus, torna-se um importante fundamento para os jogos de saúde, que defendem que,
se o jogador aprender formas de cuidar melhor do ‘bem-estar’ e da ‘saúde’ do seu avatar
dentro do jogo, esse conhecimento pode, de algum modo, transbordar para além do jogo
e impactar sua vida de forma positiva, melhorando sua saúde no processo.

(Extraído de “Do Senet aos videogames”, por Marcelo Simão de Vasconcellos, Ciência
Hoje, n. 349, nov/18.)
Sobre a construção argumentativa do texto acima, identifique como verdadeiras
(V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) No segundo parágrafo, a menção aos 15 anos de pesquisa sobre jogos digitais de Chris
Ferguson tem a função de enfatizar sua competência como autoridade no assunto.
( ) Em “jogar seria uma forma de escape [...], e privar alguém dessa atividade não
promove a cura”, a primeira parte é uma hipótese, a segunda uma afirmação.
( ) O autor evita chamar os jogos “sérios” de educativos, mas se trata apenas de nova
denominação para algo já existente.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – V – F.
b) V – F – V.
c) F – F – V.
d) F – V – V.
e) V – F – F.

GABARITO: letra A

1. VERDADEIRA, pois no trecho "Segundo Chris Ferguson, psicólogo norte-


americano que pesquisa jogos digitais há 15 anos, [...]" ele menciona que ao longo
de 15 anos ele pesquisa sobre os jogos como no trecho citado, então, percebe-se
que o tem conhecimento do assunto.

2. VERDADEIRA, no trecho “jogar seria uma forma de escape [...]” podemos


perceber que o verbo “seria” está na conjugação do pretérito do subjuntivo,

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expressando uma hipótese ou possibilidade, como afirma a alternativa. Já no


segundo trecho “e privar alguém dessa atividade não promove a cura” tem a
presença dos verbos no modo do presente do indicativo, dando a ideia de certeza e
afirmação.

3. FALSA, nessa assertiva o autor não evita de chamar os “jogos de sérios”


como demostrado no trecho “Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é
parte de um movimento maior – geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu
e ampliou o conceito dos jogos educativos.”

8. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
ITAIPU BINACIONAL - Profissional de Nível Universitário Jr - Engenharia Civil Assunto:
Português; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

Praticamente desde o surgimento dos primeiros jogos digitais comerciais há


questionamentos sobre os seus supostos perigos. As perguntas vão se tornando mais
numerosas à medida que a indústria cresce e esses jogos se multiplicam na sociedade.
As acusações vão desde provocar sedentarismo nos jovens a causar danos à postura e,
mais frequentemente, provocar comportamentos violentos. Entretanto, nenhuma
dessas acusações foi provada ainda de forma convincente por pesquisas científicas. [...]

Segundo Chris Ferguson, psicólogo norte-americano que pesquisa jogos digitais há 15


anos, o tempo excessivo de jogo muitas vezes é o sintoma de outro problema mais grave,
como ansiedade, estresse ou depressão. Jogar seria uma forma de escape ou de lidar com
esses problemas, e privar alguém dessa atividade não promove a cura, mas mascara o
problema e pode ainda agravar seu estado. [...] Um fenômeno importante mencionado
por Ferguson é como pessoas com problemas psicológicos frequentemente usam jogos
como forma de alívio para suas dificuldades. Vale a pena se perguntar: se os jogos podem
ser meios para ajudar a lidar com o estresse, a ansiedade e até a depressão, o que mais
podem fazer para nos beneficiar?

Jogos sérios

Alguns programadores têm feito esforços para projetar intencionalmente jogos


digitais com o fim de apoio psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros jogos, como o Depression
Quest, da game designer estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles que lidam com esses
problemas, mas para que amigos e familiares possam entender melhor a situação dos
jogadores, compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo interativo. [...]

Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um movimento maior
– geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos
educativos. Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam de temas
considerados de relevância (social, econômica, política, educacional etc.) e que buscam,
além do entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do jogo. [...]

Além disso, merece destaque a relação entre o jogador e sua representação no jogo,
ou seu avatar, como é chamado. O psicólogo sino-americano Nick Yee, especializado em
jogos digitais, defende que existe uma relação de identificação entre o jogador no mundo

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real e seu avatar no mundo virtual do jogo. Não no sentido de que o jogador ‘se torna’ o
avatar, mas sim no de que o jogador, ao usar o avatar para interferir no jogo, acaba se
influenciando pelas características positivas dele, modificando em algum grau o seu
próprio comportamento.

Esse fenômeno, chamado por Yee de ‘efeito Proteus’, seria, por exemplo, responsável
pela mudança de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com personagens
mais poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com outras pessoas on-line.
E, em alguns casos, chegam a trazer essa mudança no relacionamento com as pessoas no
mundo real. Nesse aspecto, a ideia do avatar como um ‘corpo digital’, combinada ao efeito
Proteus, torna-se um importante fundamento para os jogos de saúde, que defendem que,
se o jogador aprender formas de cuidar melhor do ‘bem-estar’ e da ‘saúde’ do seu avatar
dentro do jogo, esse conhecimento pode, de algum modo, transbordar para além do jogo
e impactar sua vida de forma positiva, melhorando sua saúde no processo.

(Extraído de “Do Senet aos videogames”, por Marcelo Simão de Vasconcellos, Ciência
Hoje, n. 349, nov/18.)

Conforme o texto, o principal diferencial dos jogos apresentados como “sérios” é:

a) não terem a preocupação de distrair ou entreter os usuários


b) combaterem o vício dos jogos habituais com atividades de outra natureza.
c) buscarem um efeito psicológico positivo que persista na vida real, após o jogo.
d) criarem redes de compartilhamento de dilemas cotidianos.
e) reduzirem a cultura da violência dos jogos digitais mais conhecidos.

GABARITO: letra C
o trecho do texto que expressa exatamente o que alternativa afirma é "Jogos
sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam de temas considerados de
relevância (social, econômica, política, educacional etc.) e que buscam, além do
entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do jogo”, como se pode
perceber o autor aborda sobre questões sociais e educacionais nos jogos que buscam
melhorar e mudar a vida real, assim auxiliando psicologicamente de forma positiva
os jogadores.

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9. Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2019 -
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Português; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

Praticamente desde o surgimento dos primeiros jogos digitais comerciais há


questionamentos sobre os seus supostos perigos. As perguntas vão se tornando mais
numerosas à medida que a indústria cresce e esses jogos se multiplicam na sociedade.
As acusações vão desde provocar sedentarismo nos jovens a causar danos à postura e,
mais frequentemente, provocar comportamentos violentos. Entretanto, nenhuma
dessas acusações foi provada ainda de forma convincente por pesquisas científicas. [...]

Segundo Chris Ferguson, psicólogo norte-americano que pesquisa jogos digitais há 15


anos, o tempo excessivo de jogo muitas vezes é o sintoma de outro problema mais grave,
como ansiedade, estresse ou depressão. Jogar seria uma forma de escape ou de lidar com
esses problemas, e privar alguém dessa atividade não promove a cura, mas mascara o
problema e pode ainda agravar seu estado. [...] Um fenômeno importante mencionado
por Ferguson é como pessoas com problemas psicológicos frequentemente usam jogos
como forma de alívio para suas dificuldades. Vale a pena se perguntar: se os jogos podem
ser meios para ajudar a lidar com o estresse, a ansiedade e até a depressão, o que mais
podem fazer para nos beneficiar?

Jogos sérios

Alguns programadores têm feito esforços para projetar intencionalmente jogos


digitais com o fim de apoio psicológico. O Sparx, por exemplo, é um jogo on-line criado
para auxiliar adolescentes com depressão e ansiedade. Outros jogos, como o Depression
Quest, da game designer estadunidense Zoe Quinn, e o Rainy Day, desenvolvido pela
brasileira Thaís Weiller, foram criados não apenas para aqueles que lidam com esses
problemas, mas para que amigos e familiares possam entender melhor a situação dos
jogadores, compartilhando seus dilemas cotidianos de um modo interativo. [...]

Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um movimento maior
– geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou o conceito dos jogos
educativos. Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles que tratam de temas
considerados de relevância (social, econômica, política, educacional etc.) e que buscam,
além do entretenimento, promover mudanças na vida real, fora do jogo. [...]

Além disso, merece destaque a relação entre o jogador e sua representação no jogo,
ou seu avatar, como é chamado. O psicólogo sino-americano Nick Yee, especializado em
jogos digitais, defende que existe uma relação de identificação entre o jogador no mundo
real e seu avatar no mundo virtual do jogo. Não no sentido de que o jogador ‘se torna’ o
avatar, mas sim no de que o jogador, ao usar o avatar para interferir no jogo, acaba se
influenciando pelas características positivas dele, modificando em algum grau o seu
próprio comportamento.

Esse fenômeno, chamado por Yee de ‘efeito Proteus’, seria, por exemplo, responsável
pela mudança de atitude de muitos jogadores tímidos, que, ao jogar com personagens
mais poderosos, passam a ser mais decididos nas conversas com outras pessoas on-line.
E, em alguns casos, chegam a trazer essa mudança no relacionamento com as pessoas no
mundo real. Nesse aspecto, a ideia do avatar como um ‘corpo digital’, combinada ao efeito
Proteus, torna-se um importante fundamento para os jogos de saúde, que defendem que,

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se o jogador aprender formas de cuidar melhor do ‘bem-estar’ e da ‘saúde’ do seu avatar


dentro do jogo, esse conhecimento pode, de algum modo, transbordar para além do jogo
e impactar sua vida de forma positiva, melhorando sua saúde no processo.

(Extraído de “Do Senet aos videogames”, por Marcelo Simão de Vasconcellos, Ciência
Hoje, n. 349, nov/18.)

Assinale a alternativa que identifica a intenção geral do texto.


a) Desfazer a ideia de que os jogos digitais trazem problemas aos jovens.
b) Alertar para o perigo do excesso de tempo dedicado aos jogos digitais.
c) Fazer divulgação publicitária de jogos comerciais considerados “sérios”.
d) Apresentar um histórico da evolução dos jogos digitais.
e) Apontar para um potencial não explorado dos jogos digitais.

GABARITO: letra E

Claramente podemos perceber no texto apresentado que a ideia central do


autor é mostrar o outro lado dos jogos digitais, no caso, os jogos podem ser utilizado
com intenção de apoio psicológico, bem como, cultural, educacional e social aos
jogadores, como se verifica em “Alguns programadores têm feito esforços para
projetar intencionalmente jogos digitais com o fim de apoio psicológico. O Sparx, por
exemplo, é um jogo on-line criado para auxiliar adolescentes com depressão e
ansiedade”, e “Esse esforço de se usar jogos para fins terapêuticos é parte de um
movimento maior – geralmente chamado de jogos sérios –, que sucedeu e ampliou
o conceito dos jogos educativos. Jogos sérios podem ser entendidos como aqueles
que tratam de temas considerados de relevância (social, econômica, política,
educacional etc.) e que buscam, além do entretenimento, promover mudanças na
vida real, fora do jogo.”

10. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo Assunto: Português; Morfologia,
Preposições, Artigos. Assunto: Português; Morfologia, Preposições, Artigos.

Considere a seguinte frase:


As declarações do candidato no último comício corroboraram _____ declarações feitas
anteriormente, deixando claro o objetivo da campanha de privilegiar os aspectos
econômicos em detrimento _____ sociais, com o intuito de impactar fortemente _____
preferência dos eleitores.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que
parecem na frase.
a) as – dos – a.
b) com as – dos – a.
c) com as – aos – na.
d) as – aos – na.
e) com as – dos – na.

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GABARITO: letra A

A palavra “corroboram” significa reforçar, confirmar, contrariamente o que foi


pronunciado ou expressado, além do verbo destacado ser transitivo direto não
necessitando de preposição, no caso, “as” serve como complemento direto que
expressa contrariedade a tal afirmação. Já deve ser usado na segunda lacuna “dos”
a locução "em detrimento de" é usada no caso da contraposição entre dois elementos,
sendo que necessita se auxiliado por preposição (detrimento de algo), e por fim, a
terceira lacuna é preenchida com “a”, pois configura como preposição (impactar
algo).

11. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Interpretação de Textos, Noções Gerais
de Compreensão e Interpretação de Texto)

A edição 345, de julho/2018, da revista Ciência Hoje, traz matéria sobre a inovação no
combate a doenças neurológicas. As frases a seguir são parte desse texto, mas estão fora de
ordem. Numere os parênteses, identificando a sequência textual correta.
( ) O problema não se deve à falta de fármacos para essas doenças, mas à dificuldade que eles
têm em atravessar a barreira que separa o sistema circulatório do sistema nervoso central
(chamada barreira hematoencefálica) e chegar ao local onde devem desempenhar sua ação
terapêutica.
( ) Com o aumento da expectativa de vida da população, tem sido cada vez maior a
prevalência de doenças neurológicas, atualmente uma importante causa de mortalidade no
mundo.
( ) Apesar dos rápidos avanços na tecnologia médica e na compreensão de como funciona o
cérebro humano, várias doenças neurológicas, como as de Alzheimer e Parkinson e tumores
cerebrais, permanecem sem um tratamento eficaz.
( ) Embora tenha uma vasta rede de vasos capilares, o cérebro é provavelmente um dos
órgãos menos acessíveis a substâncias que circulam na corrente sanguínea.
( ) Isso porque essa barreira semipermeável tem como função proteger o cérebro de
substâncias estranhas, como certos medicamentos, vírus e bactérias.
(Adaptado de:<http://cienciahoje.org.br/inovacao-no-combate-a-doencas-neurologicas/>)
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.

a) 3 – 1 – 2 – 4 – 5.
b) 1 – 3 – 5 – 2 – 4.
c) 4 – 2 – 1 – 5 – 3.
d) 3 – 2 – 1 – 4 – 5.
e) 4 – 1 – 2 – 5 – 3.

GABARITO: A

A questão envolve conceitos da redação, deve-se levar em


consideração a apresentação do tema, coerência das ideias e elementos de
coesão.
Vejamos o texto montado na ordem correta:

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(1) Com o aumento da expectativa de vida da população, tem sido cada vez
maior a prevalência de doenças neurológicas, atualmente uma importante causa de
mortalidade no mundo.
(2) Apesar dos rápidos avanços na tecnologia médica e na compreensão de
como funciona o cérebro humano, várias doenças neurológicas, como as de
Alzheimer e Parkinson e tumores cerebrais, permanecem sem um tratamento eficaz.
(3) O problema não se deve à falta de fármacos para essas doenças, mas à
dificuldade que eles têm em atravessar a barreira que separa o sistema circulatório
do sistema nervoso central (chamada barreira hematoencefálica) e chegar ao local
onde devem desempenhar sua ação terapêutica.
(4) Embora tenha uma vasta rede de vasos capilares, o cérebro é
provavelmente um dos órgãos menos acessíveis a substâncias que circulam na
corrente sanguínea.
(5) Isso porque essa barreira semipermeável tem como função proteger o
cérebro de substâncias estranhas, como certos medicamentos, vírus e bactérias.

12. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Interpretação de Textos, Noções Gerais
de Compreensão e Interpretação de Texto)

Considere o seguinte trecho do texto “O café causa câncer”, que se refere a uma determinação
de um juiz sobre a venda da bebida na Califórnia:

Um juiz da Califórnia determinou recentemente que a Starbucks e outras empresas que


vendam café naquele estado sirvam a bebida com uma advertência sobre o câncer. A ação
decorre da presença de acrilamida no café. A substância é normalmente encontrada em
muitos alimentos com alto teor de carboidratos que são expostos a temperaturas elevadas,
como bolos, batata frita, pão e cereais. Há evidências que demonstram que a acrilamida é
provavelmente cancerígena em seres humanos.
A acrilamida do café é formada no início da torrefação, que dá aos grãos de café verdes a cor
marrom escura que conhecemos e seu sabor profundamente amargo. Uma vez dentro do
corpo, a acrilamida pode ser convertida em glicidamida, um epóxido, e ambas as substâncias
podem se ligar às nossas proteínas e ao nosso DNA, causando-lhes danos. Os danos ao DNA
podem ser a primeira fase do desenvolvimento do câncer, e a acrilamida também interfere
na reparação do DNA.
(Adaptado
de:https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/04/ciencia/1525449001_806468.html)
Com base no título e no trecho do texto lido, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F)
as seguintes afirmativas:
( ) A acrilamida é uma substância cancerígena encontrada nos grãos de café verdes.
( ) A acrilamina é metabolizada em glicidamina, uma substância tóxica que pode causar
câncer em humanos.
( ) Além do café, a determinação judicial abrange outros alimentos que contém acrilamida,
como bolos e batata frita.

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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) V – V – F.
b) F – V – F.
c) V – F – F.
d) F – V – V.
e) V – F – V.

GABARITO: B
O gabarito justifica-se pelo seguinte trecho:
Há evidências que demonstram que a acrilamida é provavelmente
cancerígena em seres humanos.
[...]
Uma vez dentro do corpo, a acrilamida pode ser convertida em
glicidamida, um epóxido, e ambas as substâncias podem se ligar às nossas
proteínas e ao nosso DNA, causando-lhes danos. Os danos ao DNA podem
ser a primeira fase do desenvolvimento do câncer, e a acrilamida também
interfere na reparação do DNA.

13. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018 - Câmara
de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Pontuação, Uso da Vírgula, Uso das aspas, Parênteses, Uso
do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação)

Assinale a alternativa corretamente pontuada.

a) Para comemorar o evento sua mulher, a escritora Heloísa Seixas organizou o volume “Trêfego
e Peralta”, lançado pela Companhia das Letras reunindo sua produção jornalística.
b) Para comemorar o evento sua mulher a escritora Heloísa Seixas organizou o volume: “Trêfego
e Peralta”, lançado pela Companhia das Letras, reunindo sua produção jornalística.
c) Para comemorar o evento, sua mulher, a escritora Heloísa Seixas, organizou o volume
“Trêfego e Peralta”, lançado pela Companhia das Letras, reunindo sua produção jornalística.
d) Para comemorar o evento, sua mulher a escritora Heloísa Seixas, organizou o volume
“Trêfego e Peralta” lançado pela Companhia das Letras reunindo sua produção jornalística.
e) Para comemorar o evento sua mulher, a escritora, Heloísa Seixas, organizou o volume
(“Trêfego e Peralta”) lançado, pela Companhia das Letras, reunindo sua produção jornalística.

GABARITO: C

O trecho "Para comemorar o evento" é uma oração subordinada adverbial final,


antecipada à oração principal. Diante disso, o uso da vírgula após o vocábulo
"evento" é obrigatório. Na sequência, o trecho "a escritora Heloísa Seixas" funciona
como aposto explicativo, adequadamente isolado por vírgulas. Por fim, o trecho
"lançado pela Companhia das Letras" é uma oração reduzida de particípio, está
corretamente precedida de uma vírgula.

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14. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Morfologia, Adjetivos, Estrutura das
Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo) Q962915

O nobilíssimo ponto e vírgula

Estava na “capa” do UOL ontem: “Medo de ser assassinado atinge 3 em 4 brasileiros; 67%
de jovens temem a PM”. Por favor, veja o ponto e vírgula, prezado leitor. Que faz ele aí? É
correto o seu emprego? [...]
Posto isso, voltemos ao título do UOL e ao ponto e vírgula que há nele. Esse título diz
respeito a uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. O tema da pesquisa, obviamente, é a violência no Brasil, que, como se
sabe, é um país pacífico, solidário etc., etc., etc.
As duas informações que há no título são distintas: a primeira diz respeito ao medo de ser
assassinado, sentimento de 76% dos entrevistados; a segunda diz respeito ao temor que
67% dos jovens entrevistados têm da Polícia Militar.
As informações são distintas, mas integram o mesmo assunto, o mesmo campo, o mesmo
território, por isso foi empregado (corretissimamente) o ponto e vírgula, que separa o
primeiro bloco, completo, autônomo etc., do segundo bloco, também completo, autônomo
etc.
O papel do ponto e vírgula é sempre o de separar partes autônomas de um todo, isto é,
blocos que apresentam sentido e informação completos e pertencem ao mesmo conjunto, ao
mesmo assunto. […]
(Pasquale Cipro Neto, publicado em:<https://www1.folha.uol.com.br/ colunas/
pasquale/2016/11/1828820-o-nobilissimo-ponto-e-virgula.shtml?loggedpaywall> .
Acesso em 01/06/18. Adaptado)

Com base no uso do superlativo pelo autor no texto acima (adjetivo: nobilíssimo; advérbio:
corretissimamente), assinale a alternativa em que foi utilizado corretamente o mesmo
processo de formação de ambos os exemplos – com adjetivo e com advérbio.
a) provavilíssimo e equivocadissimamente.
b) ineficazíssimo e estupidissimamente.
c) pobríssimo e acertadissimamente.
d) dificíssimo e educadissimamente.
e) azulzíssimo e erradissimamente.

GABARITO: C

No caso de "pobríssimo" (superlativo), houve a adjunção do sufixo "-


íssimo" ao adjetivo "pobre". E no caso de "acertadissimamente", ao
adjetivo feminino "acertadíssima" foi acrescido o sufixo "-mente",
originando o advérbio.

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15. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Interpretação de Textos, Figuras de
Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto)

O nobilíssimo ponto e vírgula


Estava na “capa” do UOL ontem: “Medo de ser assassinado atinge 3 em 4 brasileiros; 67%
de jovens temem a PM”. Por favor, veja o ponto e vírgula, prezado leitor. Que faz ele aí? É
correto o seu emprego? [...]
Posto isso, voltemos ao título do UOL e ao ponto e vírgula que há nele. Esse título diz
respeito a uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. O tema da pesquisa, obviamente, é a violência no Brasil, que, como se
sabe, é um país pacífico, solidário etc., etc., etc.
As duas informações que há no título são distintas: a primeira diz respeito ao medo de ser
assassinado, sentimento de 76% dos entrevistados; a segunda diz respeito ao temor que
67% dos jovens entrevistados têm da Polícia Militar.
As informações são distintas, mas integram o mesmo assunto, o mesmo campo, o mesmo
território, por isso foi empregado (corretissimamente) o ponto e vírgula, que separa o
primeiro bloco, completo, autônomo etc., do segundo bloco, também completo, autônomo
etc.
O papel do ponto e vírgula é sempre o de separar partes autônomas de um todo, isto é,
blocos que apresentam sentido e informação completos e pertencem ao mesmo conjunto, ao
mesmo assunto. […]
(Pasquale Cipro Neto, publicado em:<https://www1.folha.uol.com.br/ colunas/
pasquale/2016/11/1828820-o-nobilissimo-ponto-e-virgula.shtml?loggedpaywall> .
Acesso em 01/06/18. Adaptado)
Em determinado momento do texto, o autor faz uso da ironia. Assinale a alternativa na qual
podemos constatar tal uso.

a) “Por favor, veja o ponto e vírgula, prezado leitor. Que faz ele aí? É correto o seu
emprego?”.
b) “O tema da pesquisa, obviamente, é a violência no Brasil, que, como se sabe, é um país
pacífico, solidário etc., etc., etc.”.
c) “Esse título diz respeito a uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública”.
d) “As informações são distintas, mas integram o mesmo assunto, o mesmo campo, o
mesmo território, por isso foi empregado (corretissimamente) o ponto e vírgula [...]”.
e) “O papel do ponto e vírgula é sempre o de separar partes autônomas de um todo [...]”.

GABARITO: B

Diante do exposto, no texto, a ironia fica clara no trecho destacado na


alternativa “B”.
Ironia: é uma figura de linguagem a qual se diz o contrário do que se
quer dar a entender.

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16. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Pontuação, Uso do ponto e vírgula)

O nobilíssimo ponto e vírgula


Estava na “capa” do UOL ontem: “Medo de ser assassinado atinge 3 em 4 brasileiros; 67%
de jovens temem a PM”. Por favor, veja o ponto e vírgula, prezado leitor. Que faz ele aí? É
correto o seu emprego? [...]
Posto isso, voltemos ao título do UOL e ao ponto e vírgula que há nele. Esse título diz
respeito a uma pesquisa realizada pelo Datafolha e publicada pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. O tema da pesquisa, obviamente, é a violência no Brasil, que, como se
sabe, é um país pacífico, solidário etc., etc., etc.
As duas informações que há no título são distintas: a primeira diz respeito ao medo de ser
assassinado, sentimento de 76% dos entrevistados; a segunda diz respeito ao temor que
67% dos jovens entrevistados têm da Polícia Militar.
As informações são distintas, mas integram o mesmo assunto, o mesmo campo, o mesmo
território, por isso foi empregado (corretissimamente) o ponto e vírgula, que separa o
primeiro bloco, completo, autônomo etc., do segundo bloco, também completo, autônomo
etc.

O papel do ponto e vírgula é sempre o de separar partes autônomas de um todo, isto é,


blocos que apresentam sentido e informação completos e pertencem ao mesmo conjunto, ao
mesmo assunto. […]
(Pasquale Cipro Neto, publicado em:<https://www1.folha.uol.com.br/ colunas/
pasquale/2016/11/1828820-o-nobilissimo-ponto-e-virgula.shtml?loggedpaywall> .
Acesso em 01/06/18. Adaptado)

Com base no seu conhecimento e na explicação dada pelo autor, considere o uso do ponto e
vírgula nas seguintes afirmativas:

1. Não foi possível fazer a impressão do documento, nem colorida; nem em preto e branco.
2. Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o ouvinte.
3. Ele chegou adiantado, como de costume; como de costume, foi o último a sair.
4. Uns trabalham; outros descansam.

Está correto o uso do ponto e vírgula em:

a) 1 e 3 apenas.
b) 2 e 4 apenas.
c) 1, 2 e 3 apenas.
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.
GABARITO: D

O ponto e vírgula tem uma utilização flexível, não existe uma situação
em que seja obrigatório seu uso. É principalmente utilizado em enumerações
e também para substituir a vírgula, para que o uso repetitivo não cause
dificuldade de leitura de um enunciado.

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17. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Noções Gerais de Compreensão e
Interpretação de Texto)
Leia a tirinha a seguir:

Diante da falta de compreensão (“Não entendi nada!”) de Armandinho, considere as


seguintes afirmativas:
1. A palavra público no primeiro quadrinho é um adjetivo e significa “que pertence a todos”,
enquanto a mesma palavra no segundo quadrinho é um substantivo e significa “o homem
comum”.
2. A palavra “privadas” no primeiro quadrinho é um adjetivo e significa “que pertencem um
indivíduo particular”, enquanto a palavra “privados” do segundo quadrinho é um verbo e
significa “impedidos de ter o gozo de algo”.
3. As expressões “transporte público”, do primeiro quadrinho, e “transporte coletivo de
qualidade”, do segundo quadrinho, significam a mesma coisa.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras

GABARITO: D

3. As expressões “transporte público”, do primeiro quadrinho, e


“transporte coletivo de qualidade”, do segundo quadrinho, significam a
mesma coisa. (ERRADO)
A expressão "transporte público", no primeiro quadrinho, expressa a ideia
de que o transporte "pertence a todos". Já a expressão "transporte coletivo
de qualidade" traz outra ideia: a de que o transporte é bem comum, sendo
usado por várias pessoas. Diante disso, não há a ideia de posse.

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18. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Sintaxe, Uso dos conectivos)

Considere o seguinte trecho retirado da notícia “Os números explicam o mundo”:

A ciência avança ________, tecendo teorias e evidências. _______ as provas materiais se esgotam,
surgem discussões e as hipóteses se multiplicam (________ não há provas para falseá-las).
________ aparecem novas pistas que reforçam algumas explicações e enfraquecem outras,
fazendo nosso conhecimento dar um salto adiante... ________ surgir a próxima incógnita.
(Adaptado de: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/23/ciencia/15270882
98_574101.htm )

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

a) assim – Quando – porque – Então – até.


b) então – Porque – quando – Quando – para.
c) enfim – Então – assim – Até – quando.
d) assim – Porque – então – Assim – quando.
e) então – Assim – enfim – Quando – até.

GABARITO: A

A palavra "assim" indica a forma como a ciência avança, evolui. Já a segunda


lacuna fica adequadamente preenchida pela conjunção subordinativa
temporal "Quando". Ainda, diante do sentido, a terceira lacuna deve ser
preenchida pela conjunção "porque". Na quarta lacuna temos o “Então” que
dá sequência ao texto. E para concluir, a preposição "até", que transmite
ideia de delimitação no contexto, preenche adequadamente a última lacuna.

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19. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Noções Gerais de Compreensão e
Interpretação de Texto)

Considere o seguinte conjunto de informações:

• O médico americano Scott Atlas é estudioso de temas relacionados à gestão de saúde.


• Ele é integrante de algumas das comissões que escolheram o Prêmio Nobel de Medicina.
• Ele esteve recentemente no Brasil.
• No Brasil, ele participou do lançamento da Techtools.
• A Techtools é uma nova incubadora de startups focadas em inovações tecnológicas.

Assinale a alternativa que NÃO mantém a relação original entre as ideias.

a) Integrante de algumas das comissões que escolheram o Prêmio Nobel de Medicina e


estudioso de temas relacionados à gestão de saúde, o médico americano Scott Atlas
esteve recentemente no Brasil, participando do lançamento da Techtools, nova
incubadora de startups focadas em inovações tecnológicas.
b) O médico americano Scott Atlas, que esteve recentemente no Brasil, participando do
lançamento da Techtools, nova incubadora de startups focadas em inovações
tecnológicas, é integrante de algumas das comissões que escolheram o Prêmio Nobel de
Medicina e estudioso de temas relacionados à gestão de saúde.
c) O médico americano Scott Atlas, integrante de algumas das comissões que escolheram o
Prêmio Nobel de Medicina e estudioso de temas relacionados à gestão de saúde, esteve
recentemente no Brasil, participando do lançamento da Techtools, nova incubadora de
startups focadas em inovações tecnológicas.
d) Estudioso de temas relacionados à gestão de saúde e integrante de algumas das
comissões que escolheram o Prêmio Nobel de Medicina, o médico americano Scott Atlas
esteve recentemente no Brasil, participando do lançamento da Techtools, nova
incubadora de startups focadas em inovações tecnológicas.
e) Estudando temas relacionados à gestão de saúde, o médico americano Scott Atlas,
integrante de algumas das comissões que escolheram o Prêmio Nobel de Medicina,
esteve recentemente no Brasil, onde participou do lançamento da Techtools, nova
incubadora de startups focadas em inovações tecnológicas.

GABARITO: E

O médico americano Scott Atlas é estudioso de temas relacionados à


gestão de saúde, porém, não foi por este motivo que ele participou da
Techtools.

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20. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR - 2018
- Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo (Sintaxe, Orações subordinadas
adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional)

Considere o seguinte trecho:

Foi o xeque-mate para o paradigma da Terra esférica. Quando se colocou em questão o valor
constante do raio da Terra, chegou-se a um novo conceito: o de um elipsoide de revolução.

Na parte sublinhada, estabelece-se entre as ideias expressas uma relação:

a) causal.
b) condicional.
c) explicativa.
d) comparativa.
e) temporal.

GABARITO: E

As conjunções temporais indicam uma oração subordinada de


circunstância de tempo, são conjunções de tempo: Quando, antes que,
depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as
vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (desde que).

21. Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR – 2018
– Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo Tema: Interpretação de texto

‘Science’: A aposta nas células-tronco tumorais

Pesquisadores esperam que testes clínicos provem teoria

controversa e ofereçam novos tratamentos

A Science, renomada revista científica, publicou recentemente um artigo de Jocelyn Kaiser


sobre um estudo que vem sendo feito no combate ao câncer. Robert Weinberg é um dos
pesquisadores de câncer mais __________ do mundo, graças em grande parte a seu trabalho
pioneiro na identificação de genes que baseiam o desenvolvimento de tumores. Ele já viu a
esperança para tratamentos de câncer __________. “Estou nesse ramo, para o bem ou para o
mal, há 40 anos. Muitas das coisas nas quais trabalhamos se mostraram relativamente
inúteis na clínica”. Mas, aos 72 anos, ele está otimista de novo. “Essa é realmente a primeira
vez em que eu estou posicionado para ajudar a efetuar o desenvolvimento de um agente ou
de agentes que realmente vão beneficiar pacientes de câncer”, diz ele.

O pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) está agora arriscando


parte de sua considerável reputação, e quase US$ 200 milhões que __________ por investidores
a uma empresa da qual ele é um cofundador, em uma ousada teoria que dividiu o campo do

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câncer. Weinberg e outros __________ que tumores contêm um pequeno número de células que
são distintas porque elas parecem com as células-tronco que dão origem a tecidos normais.
Eles acreditam que essas sementes do câncer, capazes de resistir à quimioterapia e voltar
meses ou anos depois do tratamento, podem explicar as trágicas recaídas que as pessoas
costumam experimentar. Acredita-se que, ao mirar especificamente nessas células-tronco
tumorais, será possível manter a doença sob controle.

(Adaptado de: <http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2015/02/


19/science-a-aposta-nas-celulas-tronco-tumorais/> . Adaptado.)

Assinale a alternativa que sintetiza de forma correta o conteúdo do texto.

a) O texto apresenta os resultados de um estudo sobre câncer financiado pelo MIT.


b) O texto anuncia uma nova teoria envolvendo terapias para o controle do câncer.
c) O texto trata especificamente de um estudo que analisa o impacto das células-tronco no
combate ao câncer.
d) O texto divulga o trabalho realizado por Robert Weinberg ao longo dos seus 40 anos de
carreira.
e) O texto anuncia a contribuição de um projeto para a cura do câncer por meio do uso de
tecidos normais do paciente.

Comentário da questão: A assertiva incorreta é a letra B.

O texto se inicia explicando que a revista Science publicou recentemente um


artigo de Jocelyn Kaiser que retrata um estudo feito no combate ao câncer,
ressaltando, no primeiro parágrafo, a contribuição de Robert Weinberg. Ainda ao final
do primeiro parágrafo, podemos retirar a resposta desta questão: “Estou nesse ramo,
para o bem ou para o mal, há 40 anos. Muitas das coisas nas quais trabalhamos se
mostraram relativamente inúteis na clínica”. Mas, aos 72 anos, ele está otimista de
novo. “Essa é realmente a primeira vez em que eu estou posicionado para ajudar a
efetuar o desenvolvimento de um agente ou de agentes que realmente vão beneficiar
pacientes de câncer”, diz ele.”

Do trecho supracitado, é possível observar que Robert Weinberg vê a esperança


para tratamentos de câncer, especialmente por afirmar que está ajudando a
desenvolver um ou alguns agentes capazes de beneficiar pacientes de câncer.

Mesmo o segundo parágrafo que retrata sobre o investimento do MIT nos


referidos estudos encerra com a seguinte conclusão: “Acredita-se que, ao mirar
especificamente nessas células-tronco tumorais, será possível manter a doença sob
controle”, o que ressalta a intenção do texto em expor o desenvolvimento de terapias
para o controle da patologia em comento.

MUDE SUA VIDA!


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Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR – 2018 –
Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo Tema: Concordância verbal

‘Science’: A aposta nas células-tronco tumorais

Pesquisadores esperam que testes clínicos provem teoria

controversa e ofereçam novos tratamentos

A Science, renomada revista científica, publicou recentemente um artigo de Jocelyn Kaiser


sobre um estudo que vem sendo feito no combate ao câncer. Robert Weinberg é um dos
pesquisadores de câncer mais __________ do mundo, graças em grande parte a seu trabalho
pioneiro na identificação de genes que baseiam o desenvolvimento de tumores. Ele já viu a
esperança para tratamentos de câncer __________. “Estou nesse ramo, para o bem ou para o
mal, há 40 anos. Muitas das coisas nas quais trabalhamos se mostraram relativamente
inúteis na clínica”. Mas, aos 72 anos, ele está otimista de novo. “Essa é realmente a primeira
vez em que eu estou posicionado para ajudar a efetuar o desenvolvimento de um agente ou
de agentes que realmente vão beneficiar pacientes de câncer”, diz ele.

O pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) está agora arriscando


parte de sua considerável reputação, e quase US$ 200 milhões que __________ por investidores
a uma empresa da qual ele é um cofundador, em uma ousada teoria que dividiu o campo do
câncer. Weinberg e outros __________ que tumores contêm um pequeno número de células que
são distintas porque elas parecem com as células-tronco que dão origem a tecidos normais.
Eles acreditam que essas sementes do câncer, capazes de resistir à quimioterapia e voltar
meses ou anos depois do tratamento, podem explicar as trágicas recaídas que as pessoas
costumam experimentar. Acredita-se que, ao mirar especificamente nessas células-tronco
tumorais, será possível manter a doença sob controle.

(Adaptado de: <http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2015/02/


19/science-a-aposta-nas-celulas-tronco-tumorais/> . Adaptado.)

22. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que


aparecem no texto:

a) conhecido – irem e virem – foi dado – argumenta.


b) Conhecidos – irem e virem – foram dados – argumenta.
c) Conhecido – ir e vir – foram dados – argumenta.
d) Conhecidos – ir e vir – foram dados – argumentam.
e) Conhecidos – ir e vir – foi dado – argumentam.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A primeira lacuna (Robert Weinberg é um dos pesquisadores de câncer mais


__________ do mundo) demanda o seu preenchimento pelo adjetivo “conhecidos”,
no plural, uma vez que se refere a “pesquisadores”.

Por sua vez, a segunda lacuna (Ele já viu a esperança para tratamentos de
câncer __________) deve ser preenchida pelos verbos “ir e vir”, uma vez que os
verbos se referem à “esperança”, que se encontra no singular.

Em sua hora, a terceira lacuna (... e quase US$ 200 milhões que __________
por investidores a uma empresa da qual ele é um cofundador...) deve ser preenchida
por “foram dados”, uma vez que se refere ao valor de duzentos milhões de dólares,
que está no plural, merecendo, portanto, complemento com o verbo também
conjugado no plural.

Por fim, a última lacuna (... em uma ousada teoria que dividiu o campo do
câncer. Weinberg e outros __________ que tumores contêm um pequeno número
de células...) deve ser preenchida por “argumentam”, pois se refere ao pronome
“eles”, consubstanciado por Weinberg e os demais pesquisadores.

Ano: 2018 Banca: NC-UFPR Órgão: Câmara de Quitandinha - PR Prova: NC-UFPR – 2018 –
Câmara de Quitandinha - PR - Técnico Legislativo Tema: Interpretação de texto

23. O escritor Ruy Castro, no texto a seguir, cujas frases estão fora de ordem, fala sobre o
fechamento e reabertura da Biblioteca Parque do Estado no Rio de Janeiro. Numere os
parênteses, identificando a sequência textual correta.

( ) Findo o evento, o LER retirou-se, mas legou ao Estado um espaço em condições para que
este reabra a Biblioteca Parque.

( ) Eu a visitara havia pouco e ficara encantado – 250 mil livros (2.500 em braille) e 20 mil
filmes, teatro, auditório, salas multiuso, espaço infantil, jardins, café, pátio, bicicletário.

( ) Passou-se um ano e meio. Há meses, o pessoal do LER – Salão Carioca do Livro, um


superevento literário – armouse de parceiros e dispôs-se a realizar na biblioteca sua edição
de 2018.

( ) Em fins de 2016, a Biblioteca Parque do Estado, na avenida Presidente Vargas, fechou as


portas.

( ) Incrível o estrago que 18 meses de abandono podem provocar. E mais incrível ainda o
que a vontade de servir, de salvar, de oferecer, pode produzir. Cada centímetro, do chão ao
teto, foi restaurado.

(Adaptado de <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2018/05/ renasce-


uma-biblioteca.shtml> )

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Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para
baixo.

a) 5-2-3-4-1
b) 4-3-1-2-5
c) 5-2-3-1-4
d) 3-5-1-2-4
e) 4-3-2-1-5

Comentário da questão: A alternativa correta é a letra C.

Conforme consta no enunciado, o texto retrata falas do escritor Ruy Castro sobre o
fechamento e a reabertura da Biblioteca Parque do Estado do Rio de Janeiro. Sendo assim,
entre os parênteses apresentados, o que deve dar início ao texto é o que se localiza na
quarta posição: “Em fins de 2016, a Biblioteca Parque do Estado, na avenida Presidente
Vargas, fechou as portas.”

Após introduzir de forma temporal o leitor acerca do fechamento da Biblioteca


Parque do Estado, é intuitivo que o autor dê uma introdução acerca de suas visitas no
local, o que torna o segundo item o próximo a ser colocado no texto: “Eu a visitara havia
pouco e ficara encantado – 250 mil livros (2.500 em braille) e 20 mil filmes, teatro,
auditório, salas multiuso, espaço infantil, jardins, café, pátio, bicicletário.”

Tendo inserido o leitor no contexto de sua visita ao local, fornecendo-lhe algumas


informações técnicas, o autor faz observações do tempo transcorrido até então, bem
como o que mudou desde sua visita: “Passou-se um ano e meio. Há meses, o pessoal do
LER – Salão Carioca do Livro, um superevento literário – armouse de parceiros e dispôs-
se a realizar na biblioteca sua edição de 2018.”

Tendo mencionado o evento realizado pelo LER, o autor afirma o que ocorrera
durante o decurso deste tempo: “Incrível o estrago que 18 meses de abandono podem
provocar. E mais incrível ainda o que a vontade de servir, de salvar, de oferecer, pode
produzir. Cada centímetro, do chão ao teto, foi restaurado.” Por fim, arremata afirmando
que: “Findo o evento, o LER retirou-se, mas legou ao Estado um espaço em condições
para que este reabra a Biblioteca Parque”, vangloriando a revitalização do local operada
pelo LER.

Veja o texto completo: Em fins de 2016, a Biblioteca Parque do Estado, na avenida


Presidente Vargas, fechou as portas. Eu a visitara havia pouco e ficara encantado – 250
mil livros (2.500 em braille) e 20 mil filmes, teatro, auditório, salas multiuso, espaço
infantil, jardins, café, pátio, bicicletário. Passou-se um ano e meio. Há meses, o pessoal
do LER – Salão Carioca do Livro, um superevento literário – armouse de parceiros e
dispôs-se a realizar na biblioteca sua edição de 2018. Incrível o estrago que 18 meses de
abandono podem provocar. E mais incrível ainda o que a vontade de servir, de salvar, de
oferecer, pode produzir. Cada centímetro, do chão ao teto, foi restaurado. Findo o evento,
o LER retirou-se, mas legou ao Estado um espaço em condições para que este reabra a
Biblioteca Parque.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Pontuação
24. Assinale a alternativa corretamente pontuada.

a) Pessoas com transtorno de ansiedade chegam por exemplo, a observar um mesmo


ambiente repetidas vezes à procura de estímulos ameaçadores que uma vez localizados, são
evitados e controlados com dificuldade.
b) Pessoas com transtorno de ansiedade chegam, por exemplo a observar um mesmo
ambiente repetidas vezes, à procura de estímulos ameaçadores que, uma vez localizados são
evitados, e controlados com dificuldade.
c) Pessoas com transtorno de ansiedade chegam, por exemplo, a observar um mesmo
ambiente repetidas vezes, à procura de estímulos ameaçadores que, uma vez localizados, são
evitados e controlados com dificuldade.
d) Pessoas com transtorno de ansiedade chegam por exemplo a, observar um mesmo
ambiente repetidas vezes, à procura de: estímulos ameaçadores, que uma vez localizados,
são: evitados e controlados com dificuldade.
e) Pessoas com: transtorno de ansiedade; chegam por exemplo, a observar um mesmo
ambiente, repetidas vezes à procura de estímulos ameaçadores que uma vez localizados são
evitados, e controlados com dificuldade.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

A) INCORRETA. A alternativa se encontra incorreta, uma vez que: 1) a


expressão “por exemplo” deveria estar separada em vírgulas; 2) deveria existir uma
vírgula após a expressão “repetidas vezes”.

B) INCORRETA. De igual maneira, a alternativa B também está errada, pois:


1) a expressão “por exemplo” deveria estar separada em vírgulas; 2) a expressão
“uma vez localizados” deveria estar separada em vírgulas, de forma que a vírgula
localizada depois de “evitados” está incorreta.

C) CORRETA. “Pessoas com transtorno de ansiedade chegam, por exemplo, a


observar um mesmo ambiente repetidas vezes, à procura de estímulos ameaçadores
que, uma vez localizados, são evitados e controlados com dificuldade.”

A primeira vírgula, que separa a expressão “por exemplo” está correta pois
deve-se empregar vírgulas para separar expressões explicativas.

Ademais, também se encontra correta a vírgula após “repetidas vezes”, tendo


em vista a ausência de conectivo com a frase “à procura de estímulos ameaçadores”,
tratando-se de orações coordenadas assindéticas.

De igual maneira, as vírgulas que separam “uma vez localizados” também estão
corretas, pela necessidade de separação de orações intercaladas.

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D) INCORRETA. A alternativa D também está errada, pois: 1) a expressão


“por exemplo” deveria estar separada em vírgulas; 2) os dois pontos após “à procura
de:” foram usados de forma equivocada, seja depois de “à procura de” ou de “uma
vez localizados, são”.

Quando devemos usar a pontuação (:)? 1) para anteceder a citação de alguém;


(Ex.: Sobre as provas que iriam ser marcadas, a prof. Ana disse: alunos, comecem
a estudar pois o conteúdo está extenso); 2) para iniciar uma numeração (Ex.: Fui ao
supermercado e comprei: carne, tomate, laranja e beterraba); 3) para introdução de
um esclarecimento a respeito de algo mencionado antes (Ex.: Ele me disse tudo o
que pensava: não queria mais continuar naquele emprego) e 4) introdução de um
exemplo ou observação (Ex.: Atenção: todos os alunos deverão trazer a tarefa
pronta).

E) INCORRETA. O uso do ponto e vírgula após “ansiedade” está equivocado;


de igual maneira, a expressão “por exemplo” deveria estar separada em vírgulas;
não se separa substantivo de adjetivo, de forma que a vírgula antes de “repetidas”
está equivocada; a vírgula após “evitados” também está equivocada, pois não se
pode separar, no caso, os adjetivos “evitados e controlados”.

Quando devemos usar ponto e vírgula? 1) Para separar itens em uma


numeração (Ex.: Art. 6º - A petição inicial indicará apenas: I - o Juiz a quem é
dirigida; II - o pedido; e III - o requerimento para a citação. 2) para separar orações
coordenadas extensas (Ex.: E, por tal razão, começou a se perguntar se deveria
realmente continuar acreditando nele, ou seguir de vida; ainda, considerou que
poderia dar uma segunda chance, explicando como se sentia) e 3) Para substituir a
vírgula, a fim de dar uma pausa mais longa (Ex.: Ela me pediu desculpas novamente;
mas, dessa vez, preferi não aceitar).

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Interpretação de
texto

25. Considere o seguinte trecho:

Recentemente, esse embate causou chispas entre dois intelectuais de alto calibre: o filósofo
político britânico John Gray e o psicólogo e linguista norte-americano Steven Pinker. O
primeiro resenhou o livro do segundo. E aí começaram os atritos entre os dois nas páginas
do diário britânico The Guardian.

Assinale a alternativa em que a reescrita desse trecho mantém o mesmo sentido.

a) Recentemente, ao resenhar o livro do psicólogo e linguista norte-americano Steven


Pinker, o filósofo político britânico John Gray causou chispas entre os dois intelectuais,
dando início a atritos envolvendo ambos nas páginas do diário britânico The Guardian.
b) O psicólogo e linguista norte-americano Steven Pinker teve seu livro resenhado
recentemente pelo filósofo político britânico John Gray nas páginas do diário britânico
The Guardian, o que provocou chispas entre ambos e envolveu-os em atritos.
c) A recente resenha do livro do filósofo político britânico John Gray pelo psicólogo e
linguista norte-americano Steven Pinker causou chispas entre esses intelectuais e deu
origem a atritos que os envolveram nas páginas do diário britânico The Guardian.
d) O diário britânico The Guardian publicou recentemente a resenha de um livro em que o
filósofo político britânico John Gray e o psicólogo e linguista norte-americano Steven
Pinker trocam chispas que geraram atritos entre eles.
e) Na resenha do livro do psicólogo e linguista norte-americano Steven Pinker, as chispas
do filósofo político britânico John Gray deram início a atritos envolvendo Pinker e o diário
britânico The Guardian.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

A) CORRETA. Conforme consta no enunciado, “o primeiro resenhou o livro do segundo”,


ou seja, John Gray realmente resenhou o livro de Steven Pinker. Ademais, com tal resenha,
ocorreram chispas entre ambos os intelectuais, o que deu início a atritos envolvendo ambos
no jornal britânico The Guardian.

B) INCORRETA. A resenha não ocorreu nas páginas no diário britânico The Guardian.
Os atritos entre ambos é que foram noticiados no referido meio de comunicação.

C) INCORRETA. A resenha foi realizada por John, e não Steven.

D) INCORRETA. A publicação da resenha não ocorreu no The Guardian, e sim a


exposição de atritos entre John e Steven.

E) INCORRETA. A resenha, na verdade, foi realizada sobre a obra literária de Steven.


Ademais, as chispas se resultam dos atritos entre John e Steven, oriundos da referida resenha
realizada por Gray.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Interpretação de
texto

Na Espanha, após seis meses de trabalho parlamentar intenso e com 66 especialistas


discutindo com a subcomissão do Congresso criada com este objetivo, as forças políticas
chegaram finalmente a um pacto de Estado contra a violência de gênero. O acordo deve dar
um novo impulso a uma luta que corria o risco de ficar __________ pela impotência ou
conformismo. [...]

O conjunto de medidas inclui mudanças legais e de reorganização dos dispositivos, __________


de assegurar uma resposta rápida, eficaz e homogênea em todo o país. Uma das medidas
mais importantes é a mudança de critérios na definição de vítima. Até agora, para que as
mulheres pudessem ter acesso aos serviços de ajuda e proteção, era preciso que tivessem
feito antes a denúncia. Este requisito __________ o pedido de assistência, pois muitas mulheres
ameaçadas não se sentem suficientemente fortes para enfrentar o abusador. A partir de
agora, poderão ter acesso a proteção e ajuda através de uma acreditação como vítima que
pode ser emitida tanto por órgãos judiciais como policiais e sociais específicos. Outros
acordos importantes são a proteção específica dos menores, a supressão do atenuante de
confissão, restrições na aplicação da guarda compartilhada e compromisso de estudar uma
fórmula para evitar que a __________ da obrigação de declarar por parte da vítima favoreça a
impunidade do abusador.

Do ponto de vista organizativo, é preciso destacar a recuperação de competências dos


municípios. Por estar a administração mais próxima, é mais capaz de detectar os casos e,
portanto, pode ser mais eficaz. A falta de coordenação entre instituições e a pouca
especialização de alguns serviços é a causa da desigualdade nos resultados. O pacto prevê
medidas para garantir que, quando um caso é detectado, seja ativado de forma rápida um
sistema de acompanhamento da vítima, para evitar sua desproteção. A casuística demonstra
que o momento de maior perigo é a fase posterior à ruptura ou à denúncia. A existência de
unidades multidisciplinares treinadas especificamente para esse tipo de problema
certamente vai melhorar a resposta. [...]

(El País, julho 2017. Disponível em:


<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/24/opinion/1500919987_655643.html> .)

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26. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas sobre o pacto de estado contra a
violência de gênero:
1. A confissão não dará direito ao agressor a ter a pena atenuada.
2. Mais mulheres terão acesso à assistência a vítimas de violência de gênero.
3. As ações de proteção das mulheres ameaçadas foram descentralizadas.
4. As mulheres não vão precisar identificar os agressores para terem direito à assistência.

a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Todas as afirmativas são corretas, conforme veremos abaixo.

1. “A confissão não dará direito ao agressor a ter a pena atenuada”. CORRETA,


conforme parágrafo 2º, que afirma que um dos acordos importantes realizados é “a
supressão do atenuante de confissão”.

2. ‘Mais mulheres terão acesso à assistência a vítimas de violência de gênero”.


CORRETA. O texto afirma, no parágrafo 2º, que anteriormente somente as mulheres
que realizassem uma denúncia poderiam receber proteção. Entretanto, ao listas as
novas medidas, afirma que “A partir de agora, poderão ter acesso a proteção e ajuda
através de uma acreditação como vítima que pode ser emitida tanto por órgãos
judiciais como policiais e sociais específicos.”

3. “As ações de proteção das mulheres ameaçadas foram descentralizadas.”


CORRETA. De acordo com o último parágrafo, uma das mudanças efetuadas foi
realmente a descentralização, uma vez que “Do ponto de vista organizativo, é preciso
destacar a recuperação de competências dos municípios.”.

4. “As mulheres não vão precisar identificar os agressores para terem direito à
assistência.” CORRETA. De acordo com o final do 2º parágrafo, uma das ações a
serem adotadas será o estudo de uma fórmula que evite a “______” da obrigação da
vítima de declarar favoreça a impunidade do abusador. Em uma interpretação
sistemática do texto, podemos inferir que a lacuna será preenchida pela palavra
“dispensa”, por exemplo. Ora, realmente, caso você retire a obrigação de
identificação do agressor, deve-se tomar medidas para que este não saia impune.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Interpretação de
texto
Na Espanha, após seis meses de trabalho parlamentar intenso e com 66 especialistas
discutindo com a subcomissão do Congresso criada com este objetivo, as forças políticas
chegaram finalmente a um pacto de Estado contra a violência de gênero. O acordo deve dar
um novo impulso a uma luta que corria o risco de ficar __________ pela impotência ou
conformismo. [...]

O conjunto de medidas inclui mudanças legais e de reorganização dos dispositivos, __________


de assegurar uma resposta rápida, eficaz e homogênea em todo o país. Uma das medidas
mais importantes é a mudança de critérios na definição de vítima. Até agora, para que as
mulheres pudessem ter acesso aos serviços de ajuda e proteção, era preciso que tivessem
feito antes a denúncia. Este requisito __________ o pedido de assistência, pois muitas mulheres
ameaçadas não se sentem suficientemente fortes para enfrentar o abusador. A partir de
agora, poderão ter acesso a proteção e ajuda através de uma acreditação como vítima que
pode ser emitida tanto por órgãos judiciais como policiais e sociais específicos. Outros
acordos importantes são a proteção específica dos menores, a supressão do atenuante de
confissão, restrições na aplicação da guarda compartilhada e compromisso de estudar uma
fórmula para evitar que a __________ da obrigação de declarar por parte da vítima favoreça a
impunidade do abusador.

Do ponto de vista organizativo, é preciso destacar a recuperação de competências dos


municípios. Por estar a administração mais próxima, é mais capaz de detectar os casos e,
portanto, pode ser mais eficaz. A falta de coordenação entre instituições e a pouca
especialização de alguns serviços é a causa da desigualdade nos resultados. O pacto prevê
medidas para garantir que, quando um caso é detectado, seja ativado de forma rápida um
sistema de acompanhamento da vítima, para evitar sua desproteção. A casuística demonstra
que o momento de maior perigo é a fase posterior à ruptura ou à denúncia. A existência de
unidades multidisciplinares treinadas especificamente para esse tipo de problema
certamente vai melhorar a resposta. [...]

(El País, julho 2017. Disponível em:


<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/24/opinion/1500919987_655643.html> .)

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27. Pelo teor do texto, depreende-se que “casuística” (antepenúltima linha) é:

a) Uma estratégia de investigação baseada na seleção aleatória de fatos.


b) Um método para organizar dados sobre um determinado problema.
c) Um conjunto de casos relativos a determinado assunto.
d) O agrupamento de fenômenos cuja ocorrência se dá ao acaso.
e) A determinação de leis que regem a regularidade de determinadas ocorrências.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

De acordo com o último parágrafo: “A casuística demonstra que o momento de


maior perigo é a fase posterior à ruptura ou à denúncia.”. Analisando-se o texto como
um todo, podemos afirmar que a casuística, no caso, se refere ao conjunto de casos
já analisados de violência doméstica. Ademais, na análise destes casos, foi possível
afirmar que o momento de maior perigo é a fase posterior à ruptura ou à denúncia.

A) INCORRETA. Para se chegar à conclusão supracitada, não seria possível


utilizar-se de casos aleatórios.

B) INCORRETA. Também não se trata de um método de organização de dados,


uma vez que a casuística, no caso, se refere à análise dos casos em conjunto.

C) CORRETA. Somente com a análise conjunta dos casos relativos à violência


doméstica seria possível identificar em qual momento, na maioria dos casos, o perigo
resultante da fúria do agressor ocorre.

D) INCORRETA. A ocorrência “maior perigo” não se dá ao acaso, dada a


constatada revolta da maioria dos agressores após a realização de denúncia por
vítimas que sofrem violência doméstica.

E) INCORRETA. Não se trata, também, de um conjunto de leis, e sim análise


de casos e fatos. É, portanto, uma análise empírica.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Ortografia

Na Espanha, após seis meses de trabalho parlamentar intenso e com 66 especialistas


discutindo com a subcomissão do Congresso criada com este objetivo, as forças políticas
chegaram finalmente a um pacto de Estado contra a violência de gênero. O acordo deve dar
um novo impulso a uma luta que corria o risco de ficar __________ pela impotência ou
conformismo. [...]

O conjunto de medidas inclui mudanças legais e de reorganização dos dispositivos, __________


de assegurar uma resposta rápida, eficaz e homogênea em todo o país. Uma das medidas
mais importantes é a mudança de critérios na definição de vítima. Até agora, para que as
mulheres pudessem ter acesso aos serviços de ajuda e proteção, era preciso que tivessem
feito antes a denúncia. Este requisito __________ o pedido de assistência, pois muitas mulheres
ameaçadas não se sentem suficientemente fortes para enfrentar o abusador. A partir de
agora, poderão ter acesso a proteção e ajuda através de uma acreditação como vítima que
pode ser emitida tanto por órgãos judiciais como policiais e sociais específicos. Outros
acordos importantes são a proteção específica dos menores, a supressão do atenuante de
confissão, restrições na aplicação da guarda compartilhada e compromisso de estudar uma
fórmula para evitar que a __________ da obrigação de declarar por parte da vítima favoreça a
impunidade do abusador.

Do ponto de vista organizativo, é preciso destacar a recuperação de competências dos


municípios. Por estar a administração mais próxima, é mais capaz de detectar os casos e,
portanto, pode ser mais eficaz. A falta de coordenação entre instituições e a pouca
especialização de alguns serviços é a causa da desigualdade nos resultados. O pacto prevê
medidas para garantir que, quando um caso é detectado, seja ativado de forma rápida um
sistema de acompanhamento da vítima, para evitar sua desproteção. A casuística demonstra
que o momento de maior perigo é a fase posterior à ruptura ou à denúncia. A existência de
unidades multidisciplinares treinadas especificamente para esse tipo de problema
certamente vai melhorar a resposta. [...]

(El País, julho 2017. Disponível em:


<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/24/opinion/1500919987_655643.html> .)

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28. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas deixadas no texto.

a) Paralizada – afim – freava - dispensa.


b) Paralisada – a fim – freiava – despensa.
c) Paralizada – afim – freiava – dispensa.
d) Paralisada – a fim – freava – dispensa.
e) Paralizada – a fim – freiava – despensa.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

- Paralisada: é estar parada, suspensa. Ato de estar em paralisia. A confusão


sobre o uso de “s” ou “z” vem provavelmente do fato de que a consoante “s” assume
o som de “z” quando está entre duas vogais, como ocorre na palavra “paralisada”.

- A fim: Deve-se utilizar “a fim” separado sempre que a sua intenção for
demonstrar o interesse de algo e/ou um objetivo a ser alcançado. Ex.: Estou a fim
de ir na sua festa. A palavra “afim”, por sua vez, traz a ideia de
afinidade/aproximação. Ex.: Comprou cadernos, lápis e afins para o início das aulas.

- Freava: A conjugação do verbo frear no pretérito imperfeito na terceira pessoa


do singular é “freava”, e não “freiava”.

- Dispensa: A palavra dispensa se refere a uma permissão para se isentar de


alguma obrigação, como por exemplo a dispensa do serviço militar. “Despensa”, por
sua vez, se refere a um local onde é possível armazenar produtos, como despensas
de cozinha.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Pronomes relativos

Considere o seguinte trecho:

O ex-presidente seria também contrário à realização da Assembleia Constituinte,


________________ está programada para o próximo domingo, num momento tão delicado para o
país.

29. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima.

a) Que a eleição dela


b) Cuja eleição
c) A qual eleição
d) Em que a eleição
e) Onde a eleição

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

O pronome “cujo” se refere um substantivo posterior e expressa uma ideia de


posse. No caso, o substantivo “eleição” veio corretamente após o pronome “cuja”.
Ademais, a eleição mencionada se refere à realização da Assembleia Constituinte.

O uso do pronome relativo “que” comporta diversas regras. No caso


apresentado, poderíamos cogitar do uso do pronome mencionado da seguinte
maneira: “O ex-presidente seria também contrário à realização da Assembleia
Constituinte, afirmando que a eleição dela está programada...”.

O pronome “o qual” pode se referir a sujeitos (Ex.: Falamos com um dos amigos
de Bruno, o qual trabalha na padaria) e funcionar como adjunto adverbial (Ex.:
Estávamos ansiosas para a palestra, sobre a qual falei com todos durante a semana
inteira).

Utilizamos “em que” para expressar alguma ideia de lugar. Ex.: A frase em que
o emprego do pronome está correta é a da letra B.

Por fim, o uso de “onde” também deve estar expressando uma ideia de lugar.
Ex.: A loja onde comprei esta blusa fica bem perto daqui.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr – Administração Tema: Pontuação

30. Assinale a alternativa corretamente pontuada.

a) Também há quem se renda ao mundo, renuncie à ilusão dos livros e diga resignado, que
é melhor escutar o canto dos pássaros, do que falar com as tais grandes almas que
encantavam Maquiavel.
b) Também há quem se renda ao mundo, renuncie à ilusão dos livros e diga, resignado que:
é melhor escutar o canto dos pássaros do que falar com as tais grandes almas, que
encantavam Maquiavel.
c) Também há quem se renda ao mundo, renuncie à ilusão dos livros e diga, resignado, que
é melhor escutar o canto dos pássaros do que falar com as tais grandes almas que
encantavam Maquiavel.
d) Também há quem se renda ao mundo renuncie à ilusão dos livros e diga resignado que
é melhor escutar o canto dos pássaros do que falar com as tais grandes almas que
encantavam Maquiavel.
e) Também há, quem se renda ao mundo, renuncie à ilusão dos livros, e diga, resignado,
que é melhor escutar o canto dos pássaros, do que falar com as tais grandes almas, que
encantavam Maquiavel.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

A) INCORRETA. Não é correto separar a frase “que é melhor escutar o canto


dos pássaros” e “do que falar com as tais grandes almas”, uma vez que a segunda é
necessariamente uma continuação comparativa da afirmação da primeira fase.

B) INCORRETA. O uso dos dois pontos na frase se encontra equivocado.

Quando devemos usar a pontuação (:)? 1) para anteceder a citação de alguém;


(Ex.: Sobre as provas que iriam ser marcadas, a prof. Ana disse: alunos, comecem
a estudar pois o conteúdo está extenso); 2) para iniciar uma numeração (Ex.: Fui ao
supermercado e comprei: carne, tomate, laranja e beterraba); 3) para introdução de
um esclarecimento a respeito de algo mencionado antes (Ex.: Ele me disse tudo o
que pensava: não queria mais continuar naquele emprego) e 4) introdução de um
exemplo ou observação (Ex.: Atenção: todos os alunos deverão trazer a tarefa
pronta).

C) CORRETA. A primeira vírgula (após “mundo”) serve para separar as orações


coordenadas assindéticas, que não possuem conectivos que as liguem. Por fim, o
adjetivo “resignado” também deve estar entre vírgulas, para destacá-lo do texto.

D) INCORRETA. É preciso separar a palavra “resignado” por vírgulas, por se


tratar de qualidade do locutor. Também se afigura necessária a vírgula após
“mundo”, para separar as ideias de se render ao mundo, renunciar à ilusão dos livros
e dizer, resignado, que é melhor escutar o canto dos pássaros, notadamente por se
tratarem de ideais relativas a um mesmo grupo de pessoas.

E) INCORRETA. Primeiramente, não se deve separar “quem” do verbo “há”,


por se tratar do objeto do verbo no caso. A separação por vírgula de “ilusão dos
livros” e “e diga” também está incorreta, pois a frase “e diga” se trata de uma
continuação sobre a afirmação daqueles que renunciam a ilusão dos livros e dizem,
de forma resignada, que é melhor escutar o canto dos pássaros do que falar com tais
grandes almas. Por fim, o uso da vírgula depois de pássaros também está incorreta,
justamente porque o que vem depois “do que falar com tais grandes almas” dá
continuidade à comparação com a escuta do canto dos pássaros.

MUDE SUA VIDA!


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Utilize o Texto I para responder às questões 3, 4, 5.

Com o aumento da ____________ de vida da população, tem sido cada vez maior a ____________
de doenças neurológicas, atualmente uma importante causa de mortalidade no mundo. Apesar
dos rápidos avanços na tecnologia médica e na compreensão de como funciona o cérebro
humano, várias doenças neurológicas, como as de Alzheimer e Parkinson e tumores cerebrais,
permanecem sem um tratamento eficaz.
O problema não se deve à falta de fármacos para essas doenças, mas à dificuldade que
eles têm em atravessar a barreira que separa o sistema circulatório do sistema nervoso central
(chamada barreira hematoencefálica) e chegar ao local onde devem desempenhar sua ação
terapêutica. Embora tenha uma vasta rede de vasos capilares, o cérebro é provavelmente um
dos órgãos menos acessíveis a substâncias que circulam na corrente sanguínea. Isso porque
essa barreira ____________ tem como função proteger o cérebro de substâncias estranhas, como
certos medicamentos, vírus e bactérias.
Um estudo publicado este ano e financiado em parte pelo projeto internacional Inpact
demonstrou que segmentos específicos (chamados peptídeos) de uma proteína presente na
camada que envolve o vírus da dengue tipo 2 podem ser usados como transportadores de
substâncias ____________ da barreira hematoencefálica, sem precisar de receptores específicos no
cérebro que ‘autorizariam’ sua passagem por essa barreira.
Em testes com células e com camundongos, observou-se que um peptídeo em
particular, denominado PepH3, consegue penetrar rapidamente no cérebro, assim como ser
excretado, o que é extremamente positivo para evitar possíveis efeitos tóxicos associados à
acumulação do peptídeo nesse órgão. Essa propriedade faz com que o PepH3 possa ser usado
para transportar substâncias tanto para dentro como para fora do cérebro.

(Margarida Martins. Disponível


em: <http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4930/n/inovacao_no_combate_a_doencas_neurologicas>.)

Utilize o Texto II para responder às questões 31e 35.

Baixa estatura, mobilidade reduzida e articulações inflamadas podem não vir _____ mente
quando se pensa na sobrevivência do mais apto. Mas a evolução humana pode sugerir outra
interpretação.
Em novo estudo, pesquisadores constataram que, _____ medida que os humanos primitivos
migravam para os climas mais frios do norte, uma mutação genética que reduz a altura em cerca
de um centímetro e eleva o risco de osteoartrite em 80% pode tê-los ajudado _____ sobreviver
_____ mais recente era glacial. Embora algumas características dessa mutação possam parecer
desfavoráveis agora, elas eram vantajosas para os primeiros humanos _____ se aventurarem fora
da África há cerca de 60 mil anos. [...]
A estatura reduzida pode ter ajudado esses humanos pré-históricos a reter calor e impedir
a queimadura do frio das extremidades, asseguram os autores. A mutação também pode ter
reduzido o risco de fraturas ósseas mortais causadas por quedas nas superfícies geladas. Mas o
mesmo gene eleva o risco de artrite na era moderna quando vivemos muito além da idade
reprodutiva.
O estudo examinou variantes do gene GDF5, [...] conhecido por estar envolvido no
crescimento ósseo e na formação das articulações. Os pesquisadores queriam compreender
como as sequências de DNA ao seu redor podem afetar a expressão do gene, concentrado na
região que batizaram de GROW1.

MUDE SUA VIDA!


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Depois de analisar a sequência GROW1 no banco de dados do Projeto dos Mil Genomas,
uma coleção de sequências de populações humanas do mundo inteiro, os pesquisadores
identificaram uma mudança em um nucleotídeo, o material básico do DNA. A alteração
predomina entre europeus e asiáticos, mas é rara em africanos. Para ver se a mutação era casual
ou se realmente provocou baixa estatura, eles testaram a mudança no nucleotídeo em
camundongos e viram que ela reduzia o tamanho dos ossos longos, da mesma forma como se
acredita que ocorre em humanos. [...]
“A própria abundância da mudança significa que ela poderia contribuir em vários casos
de artrite”, dizem os pesquisadores. Um paradoxo evolutivo similar pode ser visto na anemia
falciforme, enfermidade em que um número baixo de glóbulos vermelhos dificulta o transporte
adequado de oxigênio pelo organismo. Uma variante genética causa um índice elevado da
doença em populações africanas, mas ela foi favorecida porque também confere proteção
contra a malária.
(Aneri Pattani, 23/07/2017. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2017/07/23/como-
a-baixa-estatura-ajudou-nossos-ancestrais-a-sobreviverem-a-era-do-gelo.htm.)

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto: Interpretação de
Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

31. No trecho “Além disso, há deleites livrescos que demandam aprendizado prévio e
alguma medida de paciência: é preciso certa cancha para desfrutar Homero e nem todos
chegam prontos a Virgílio”, entre a parte antes dos dois pontos e a seguinte estabelece-se
uma relação de:

a) exemplificação.
b) causalidade.
c) consequência.
d) comparação.
e) contraposição.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

A sentença que precede os dois pontos está relatando uma situação que para
que algumas leituras sejam prazerosas é necessário certo conhecimento e paciência.
A frase posterior aos dois pontos é um exemplo disso, para ler os textos de Homero
– poeta grego – é preciso cancha (experiência, prática), assim como nem todos vão
estar prontos, ter propriedade para ler as obras de Virgílio – poeta romano – sendo
necessário ter paciência.

MUDE SUA VIDA!


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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto:
Funções morfossintáticas da palavra QUE, Problemas da língua culta.

32. Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado está empregado conforme a norma
padrão.

a) Existem muitos casos que o problema é o transporte de substâncias tanto para dentro
quanto para fora do cérebro.
b) Nos dias que estamos felizes e otimistas, confiamos mais em nossas capacidades e a
mente fica mais aberta para enxergar diferentes pontos de vista sobre o que nos
preocupa.
c) O modo que diferentes emoções acionam maneiras opostas de se processar uma mesma
tarefa foi o tema do experimento realizado por uma universidade italiana.
d) Há períodos, segundo os autores, que o percentual vai a 15%, 30%, mesmo que as
incertezas aí sejam significativas.
e) O modelo também indicou algo que é amplamente observado na natureza: carnívoros
são mais violentos que herbívoros.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.


a) INCORRETA. A oração não é temporal, por isso a preposição “em” é
obrigatória diante do pronome relativo “que”. A frase correta seria: “Existem muitos
casos EM QUE o problema é o transporte de substâncias tanto para dentro quanto
para fora do cérebro”.

b) INCORRETA. Na frase a partícula “que” tem função de pronome relativo


adverbial precedido de substantivo de tempo (“Nos dias [...]”), por isto, necessita de
acompanhamento da partícula “em”. A frase correta seria: “Nos dias EM QUE
estamos felizes e otimistas, confiamos mais em nossas capacidades e a mente fica
mais aberta para enxergar diferentes pontos de vista sobre o que nos preocupa”.

c) INCORRETA. Na alternativa o “que” pode ser substituído por “qual”, que


deve ser precedido da estrutura “pelo”, contração da preposição “por”, com o artigo
definido “o”. A frase correta seria: “O modo pelo qual diferentes emoções acionam
maneiras opostas de se processar uma mesma tarefa foi o tema do experimento
realizado por uma universidade italiana”.

d) INCORRETA. Na frase a partícula “que” tem função de pronome relativo


adverbial precedido de substantivo de tempo (“Há períodos [...]”), por isto, necessita
de acompanhamento da partícula “em”. A frase correta seria: “Há períodos, segundo
os autores, EM QUE o percentual vai a 15%, 30%, mesmo que as incertezas aí sejam
significativas”.

e) CORRETA. A partícula em destaque refere-se a uma conjunção comparativa


(mais) que ou (menos) que.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto: Interpretação de
Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

33. Assinale a alternativa que apresenta um título adequado para esse texto.

a) O vírus da dengue em seu cérebro.


b) Doenças neurológicas sem perspectiva de tratamento.
c) As propriedades terapêuticas dos peptídeos.
d) As barreiras para a compra de fármacos.
e) Entrada franca para os fármacos.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. Não é o vírus propriamente, mas “[...] segmentos específicos


(chamados peptídeos) de uma proteína presente na cama que envolve o vírus da
dengue tipo 2[...]”.

b) INCORRETA. O texto exemplifica justamente as novas perspectivas de


tratamento.

c) INCORRETA. Os peptídeos não têm propriedades terapêuticas e sim


transportadoras.

d) INCORRETA. O texto não apresenta a temática de compra dos fármacos.

e) CORRETA. O texto apresenta a dificuldade que os fármacos tem em adentrar


a barreira hematoencefálica, e com a utilização dos peptídeos, seria possível então a
“entrada franca”, ou uma circulação facilitada dos fármacos no cérebro.

MUDE SUA VIDA!


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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto: Interpretação de
Textos.

34. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:

1. A proteína presente na camada que envolve o vírus da dengue tipo 2 poderá ser
utilizada para o transporte de fármacos ao cérebro.
2. As substâncias que circulam na corrente sanguínea não alcançam os numerosos vasos
capilares do cérebro.
3. A PepH3 não tem função terapêutica.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.


b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1) INCORRETA. Não é a proteína, mas sim os peptídeos, que são


apenas uma parte específica que compõe a proteína. Portanto, a afirmação é
generalizando, tornando-se incorreta.
Afirmativa 2) INCORRETA. Não são todas as substâncias que circulam na
corrente sanguínea que não alcançam o cérebro, o texto cita: “[...] essa barreira
______ tem como função proteger o cérebro de substâncias estranhas, como certos
medicamentos, vírus e bactérias.” Portanto, esta afirmação também é generalista,
tornando-se incorreta.
Afirmativa 3) CORRETA. O PepH3 tem propriedades transportadores, não
terapêuticas. Portanto, esta afirmação é correta.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto:
Ortografia.

35. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas deixadas no texto.

a) espectativa – prevalênscia – semi-permeável – através.


b) expectativa – prevalência – semipermeável – através.
c) espectativa – prevalênsia – semipermeável – atravez.
d) espectativa – prevalência – semi-permeável – atravez.
e) expectativa – prevalênscia – semi-permeável – atravez.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

A palavra expectativa é escrita com a letra “x”, remetendo a sua origem


francesa.
A palavra prevalência é escrita apenas com a letra “c” e não com “sc”.
A palavra semipermeável é escrita sem o hífen. O prefixo semi só necessita de
hífen caso o segundo elemento inicie com as letras: “i” ou “h”. No caso de o segundo
elemento iniciar com “s” ou “r” dobra-se estas letras.
Através é escrita com acento agudo na letra “e” e com a letra “s” no final, pois
a palavra é formada pela junção do prefixo “a” e da palavra “través” que deriva do
latim transverse. Significando transversalmente, por entre, por meio de.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto:
Interpretação de Textos, Coesão e coerência.

36. O parágrafo abaixo dá início a um texto publicado na revista Galileu, edição de julho de
2017.

Especialistas sugerem que existe um horário ideal para se consumir café. Como explica o
estudo, publicado no periódico Frontiers in Psychology, a cafeína pode ajudar a tornar sua
memória mais eficiente, mas apenas se consumida nos horários certos.

Numere os segmentos a seguir, determinando a sequência lógica desse texto

( ) Esse cientista explicou como pessoas mais velhas eram afetadas positivamente pelo
consumo da substância nos períodos da tarde, momento em que eles se sentiam mais cansados.
Sherman se propôs então a verificar qual era o padrão em uma amostragem mais nova, já que,
quando jovens, o ponto de menor disposição física das pessoas é pela manhã.
( ) O grupo da tarde, no entanto, não relatou grandes diferenças.
( ) A pesquisa, conduzida pela pós-doutoranda da Universidade de Boston, Stephanie
Sherman, tinha como objetivo investigar as consequências que o café poderia ter em nossa
memória. A especialista ficou intrigada com o assunto após observar os resultados obtidos por
um outro pesquisador, Lee Ryan.
( ) Ela pediu para que um grupo de voluntários entre 18 a 21 anos comparecessem ao
laboratório às sete da manhã e outro às duas da tarde, para um teste de memória. Antes de cada
sessão, ela perguntava aos participantes o quão acordados eles se sentiam. Depois, eles
recebiam um copo de café: metade recebia a substância pura e a outra recebia a versão
descafeinada.
( ) Nenhum deles, porém, sabia dessa separação. Os resultados mostraram que o grupo da
manhã que recebeu o café puro se beneficiou da ingestão de cafeína: não só relataram se
sentirem mais despertos, como também apresentaram melhoras na memória.

MUDE SUA VIDA!


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Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para
baixo

a) 2 – 5 – 1 – 3 – 4.
b) 4 – 5 – 1 – 2 – 3.
c) 4 – 1 – 5 – 2 – 3.
d) 2 – 1 – 5 – 3 – 4.
e) 5 – 3 – 2 – 4 – 1.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

O parágrafo introdutório cita um estudo feito sobre o horário certo para se


tomar café. Logo, o item número 1 deverá começar retomando este estudo: “A
pesquisa, [...]”. Esse trecho encerra-se falando do “[...] pesquisador, Lee Ryan.”
Portanto, o segundo parágrafo retoma: “Esse cientista [...]”. Neste parágrafo, é
exposto que a pesquisadora Sherman irá verificar os efeitos do café em uma
amostragem mais jovem nos dois períodos, o terceiro parágrafo, portanto, diz “Ela
pediu que um grupo de voluntários entre 18 e 21 anos comparecessem, ao
laboratório às sete da manhã e outro às duas da tarde, [...]”. A quarto parágrafo
mostra os resultados, começando pelo grupo que ingeriu o café pela manhã. Enfim,
o último item mostra o resultado da tarde. O texto é composto por: Apresentação do
tema, problemática proposta, métodos/amostragem, resultados.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto:
Problemas da língua culta.

37. Assinale a alternativa que está de acordo com a norma padrão.

a) A exemplo de muitos aspectos da pesquisa evolutiva, é mais fácil descobrir quais


características foram favorecidas do que explicar o por quê.
b) A votação do projeto na próxima sexta-feira será decisiva, por que vai revelar o grau de
comprometimento dos políticos com o pacto contra a violência de gênero.
c) A medicina não consegue explicar porque a maioria dos fármacos não produz efeito no
cérebro humano.
d) Há palavras que se tornam senhas. E muitos as repetem sem saber bem por quê.
e) Não quis definir sua atividade como propaganda por que a palavra era associada com o
inimigo alemão, preferindo chamá-la de “relações públicas”.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

O uso dos “porquês”, dependendo da situação e função sintática, apresenta


grafias distintas.

POR QUE: Separado e sem acento. Utilizamos em sentenças interrogativas


diretas e indiretas, no início de frase. Pode ser substituído por: por qual motivo ou
razão. Ex: Por que devo estudar?

PORQUE: Junto e sem acento. Utilizado em frases afirmativas e em respostas.


Ex: Não sei estudei ontem porque estava doente.

PORQUÊ: Junto e com acento. Tem função de substantivo, acompanhado por


artigo definido (a/o) e indefinido (um/uma), ou pronome. Significa razão, causa. Ex:
Você sabe o porquê disso.

POR QUÊ: Separado e com acento. Utilizado para complementar sentenças


interrogativas com nova indagação, funcionando como reforçador. Ex: Você não
resolveu as questões propostas? Por quê?

a) INCORRETA. O termo correto a ser utilizado seria: Porquê.

b) INCORRETA. O termo correto a ser utilizado seria: Porque.

c) INCORRETA. O termo correto a ser utilizado seria: Por que.

d) CORRETA. Termo “por quê” utilizado de forma correta pois tratava-se do


motivo/razão/causa.

e) INCORRETA. O termo correto a ser utilizado seria: Porque.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto:
Interpretação de Textos.

38. De acordo com o texto, os pesquisadores chamaram de “paradoxo evolutivo” o fato de:

a) a mutação estar presente em mais de 50% da população da Europa e ser rara em


africanos.
b) a evolução desenvolver como vantajosa uma mutação que em outros aspectos se
mostrará desfavorável.
c) os humanos primitivos terem migrado da África, trocando os climas quentes pelos
climas mais frios do norte.
d) ter sido identificada uma mutação no material básico do DNA.
e) a mudança do nucleotídeo em camundongos ocorrer da mesma forma que em humanos,
reduzindo o tamanho dos ossos.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Paradoxo é um conceito ligado à ideia de contradição, falta de lógica ou


proposição que contraria algo considerado padrão. Evolução, por sua vez, conecta-
se a noção de desenvolvimento, melhoria, aperfeiçoamento. Um paradoxo evolutivo
seria uma mudança (evolução), mas que pode trazer desvantagens ou parecer um
retrocesso. O texto apresenta esse paradoxo nos trechos: “Baixa estatura,
mobilidade reduzida e articulações inflamadas podem não vir à mente quando se
pensa na sobrevivência do mais apto.” (uma desvantagem); “Embora algumas
características dessa mutação possam parecer desfavoráveis agora, elas eram
vantajosas para os primeiros humanos [...]”.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto:
Morfologia - Verbos ,Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) ,Flexão verbal de
modo (indicativo, subjuntivo, imperativo).

39. Assinale a alternativa em que os verbos estão corretamente flexionados.

a) Se for possível usar anticorpos que reconheceriam a proteína beta-amiloide, essa


estratégia iria não só melhorar os sintomas como preveniria a progressão da doença.
b) Se fosse possível usar anticorpos que reconhecem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia irá não só melhorar os sintomas como prevenir a progressão da doença.
c) Se for possível usar anticorpos que reconhecessem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia ia não só melhorar os sintomas como preveniria a progressão da doença.
d) Se fosse possível usar anticorpos que reconhecessem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia iria não só melhorar os sintomas como prevenir a progressão da doença.
e) Se for possível usar anticorpos que reconhecerão a proteína beta-amiloide, essa
estratégia irá não só melhorar os sintomas como prevenirá a progressão da doença.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

As alternativas começam com a partícula “Se”, pertencendo ao subjuntivo, que


trata de fatos possíveis, hipóteses e possibilidades. Logo, ao se usar a conjugação do
pretérito imperfeito do subjuntivo “fosse”, o outro verbo que está na mesma oração
“reconhecer” também precisa ser conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo
(“reconhecessem”).
O verbo na segunda oração, que explica a hipótese levantada na primeira,
precisa consequentemente estar conjugado no futuro do pretérito, “iria”. Os verbos
“melhorar e prevenir” estão no infinitivo impessoal na 1ª e 3ª conjugação, pois
enunciam um fato de maneira vaga e imprecisa.
A regra então é: Se na primeira oração a conjugação estiver no pretérito
imperfeito do subjuntivo, a segunda oração utilizará o futuro do pretérito.

Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - 2019 - Prefeitura
de Curitiba - PR - Profissional do Magistério – Docência II – Língua Portuguesa Assunto: Morfologia
Conjunções: Relação de causa e consequência.

40. Na frase “Mesmo que a variante desempenhe um papel pequeno no aumento do risco de artrite,
o número de pessoas que a possui significa que ela pode ter um efeito importante”, estabelece-se uma
relação de:

a) oposição.
b) comparação.
c) consequência.
d) proporção.
e) concessão.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

A frase inicia com uma conjunção subordinativa concessiva: “Mesmo que”. Por
ser subordinativa ela estabelece uma subordinação entre as orações, que
geralmente, traduzem circunstâncias. Outros exemplos desse tipo de conjunção
concessiva são: embora, apesar de, ainda que, por mais que, dado que, entre outras.
Elas apresentam uma descontinuação da expectativa gerada pela frase inicial.
Poderia ocorrer certa dúvida em relação à alternativa a) oposição. As relações de
oposição ocorrem através do uso de conjunções adversativas, por exemplo: mas,
todavia, entretanto, contudo, etc. O que pode diferenciar essas conjunções é que no
caso na adversativa existe uma tentativa de indicar uma conclusão, anulando o item
anterior. Ex: Você já sabe bastante, porém, deve estudar mais.

Baixa estatura, mobilidade reduzida e articulações inflamadas podem não vir _____ mente
quando se pensa na sobrevivência do mais apto. Mas a evolução humana pode sugerir outra
interpretação.
Em novo estudo, pesquisadores constataram que, _____ medida que os humanos primitivos
migravam para os climas mais frios do norte, uma mutação genética que reduz a altura em cerca
de um centímetro e eleva o risco de osteoartrite em 80% pode tê-los ajudado _____ sobreviver
_____ mais recente era glacial. Embora algumas características dessa mutação possam parecer
desfavoráveis agora, elas eram vantajosas para os primeiros humanos _____ se aventurarem fora
da África há cerca de 60 mil anos. [...]
A estatura reduzida pode ter ajudado esses humanos pré-históricos a reter calor e impedir
a queimadura do frio das extremidades, asseguram os autores. A mutação também pode ter
reduzido o risco de fraturas ósseas mortais causadas por quedas nas superfícies geladas. Mas o
mesmo gene eleva o risco de artrite na era moderna quando vivemos muito além da idade
reprodutiva.
O estudo examinou variantes do gene GDF5, [...] conhecido por estar envolvido no
crescimento ósseo e na formação das articulações. Os pesquisadores queriam compreender
como as sequências de DNA ao seu redor podem afetar a expressão do gene, concentrado na
região que batizaram de GROW1.
Depois de analisar a sequência GROW1 no banco de dados do Projeto dos Mil Genomas, uma
coleção de sequências de populações humanas do mundo inteiro, os pesquisadores
identificaram uma mudança em um nucleotídeo, o material básico do DNA. A alteração
predomina entre europeus e asiáticos, mas é rara em africanos. Para ver se a mutação era casual
ou se realmente provocou baixa estatura, eles testaram a mudança no nucleotídeo em
camundongos e viram que ela reduzia o tamanho dos ossos longos, da mesma forma como se
acredita que ocorre em humanos. [...]
“A própria abundância da mudança significa que ela poderia contribuir em vários casos de
artrite”, dizem os pesquisadores. Um paradoxo evolutivo similar pode ser visto na anemia
falciforme, enfermidade em que um número baixo de glóbulos vermelhos dificulta o transporte
adequado de oxigênio pelo organismo. Uma variante genética causa um índice elevado da
doença em populações africanas, mas ela foi favorecida porque também confere proteção
contra a malária.
(Aneri Pattani, 23/07/2017. Disponível em:: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2017/07/23/como-
a-baixa-estaturaajudou-nossos-ancestrais-a-sobreviverem-a-era-do-gelo.htm> .)

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto: Interpretação de
Textos, Coesão e coerência.

41. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:

1. Na 4ª linha, “los”, em “...pode tê-los ajudado...”, refere-se a “pesquisadores”.


2. No 5º parágrafo, “eles”, em “...eles testaram a mudança no nucleotídeo...”, refere-se a
“europeus e asiáticos”.
3. Na última linha, “ela”, em “...mas ela foi favorecida...”, refere-se a “variante genética”.

a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.


b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: Na 4ª linha, “los”, em “...pode tê-los ajudado...”, refere-se a


“pesquisadores”.
Análise: No trecho “Em novo estudo, pesquisadores constataram que, _____
medida que os humanos primitivos migravam para os climas mais frios do norte,
uma mutação genética que reduz a altura em cerca de um centímetro e eleva o risco
de osteoartrite em 80% pode tê-los ajudado [...]”, o pronome oblíquo “los” refere-
se aos “humanos primitivos”.
Resposta: falso.

Afirmativa 2: No 5º parágrafo, “eles”, em “...eles testaram a mudança no


nucleotídeo...”, refere-se a “europeus e asiáticos”.
Análise: No trecho “[...] eles testaram a mudança no nucleotídeo [...]”, o
pronome “eles” refere-se aos “pesquisadores”.
Análise: falso.

Afirmativa 3: Na última linha, “ela”, em “...mas ela foi favorecida...”, refere-


se a “variante genética”.
Análise: No trecho “Uma variante genética causa um índice elevado da
doença em populações africanas, mas ela foi favorecida porque também confere
proteção contra a malária.”, o pronome “ela” refere-se à “variante genética”, ou seja,
a variante genética foi favorecida porque também confere proteção contra a malária.
Resposta: verdadeira.

Portanto, somente a afirmativa 3 é verdadeira.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC-UFPR - 2017 - ITAIPU
BINACIONAL - Profissional de Nível Superior Jr - Administração Assunto: Crase.

42. Assinale a alternativa que apresenta a pontuação correta, conforme a língua padrão
escrita.

a) à – a – à – à – à.
b) à – a – a – a – a.
c) à – à – a – à – a.
d) a – a – à – à – à.
e) a – à – à – a – a.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

1º trecho: “Baixa estatura, mobilidade reduzida e articulações inflamadas


podem não vir _____ mente quando se pensa na sobrevivência do mais apto”.
Análise: Ocorre a fusão da preposição –a regida pelo verbo “vir” com o artigo
determinante –a do substantivo feminino “mente”, portanto, deve-se empregar a
crase.
Resposta: à

2º trecho: “Em novo estudo, pesquisadores constataram que, _____ medida


que os humanos primitivos migravam para os climas mais frios do norte [...]”.
Análise: A locução feminina de natureza adverbial “á medida que” pede o uso
da crase.
Resposta: à

3º trecho: “[...] e eleva o risco de osteoartrite em 80% pode tê-los ajudado


_____ sobreviver [...]”.
Análise: O emprego de crase antes de verbo é proibido.
Resposta: a

4º trecho: “[...] sobreviver _____ mais recente era glacial.”


Análise: Ocorre a fusão da preposição –a regida pelo verbo “sobreviver” com
o artigo determinante –a do substantivo feminino “mais recente”, portanto, deve-se
empregar a crase.
Resposta: à

5º trecho: “elas eram vantajosas para os primeiros humanos _____ se


aventurarem fora da África há cerca de 60 mil anos. [...]”
Análise: O emprego de crase antes de verbo é proibido.
Resposta: a

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CIENTISTA ENSINA COMO TER SUCESSO NO TRABALHO AO CONTROLAR


DISTRAÇÃO DIGITAL

Não há dúvidas de que as redes sociais e outras ferramentas [aviso de mensagem no


WhatsApp] de comunicação digital facilitem a vida moderna. O problema é que ascensão e a
onipresença dessas ferramentas [alerta de marcação em foto no Facebook] transformou em
cacos a atenção de trabalhadores.
Quem afirma isso é o americano Cal Newport, cientista que estuda o impacto da tecnologia no
trabalho. Seguindo a tendência das chamadas filosofias “deep”, de tentar isolar as distrações da
vida moderna, ele criou o “deep work” (trabalho profundo, em tradução livre). […]
Newport afirma que as redes sociais e a tendência geral à hiperconectividade estão
prejudicando carreiras e impedindo o sucesso e a excelência profissional.
De modo geral, o cientista da computação diz que atividades superficiais na internet, como
checar e-mails constantemente ou ver as atualizações na timeline de uma das inúmeras redes
sociais existentes, tomam um tempo excessivamente grande em troca de muito pouco.
Segundo Newport, a tentativa de fazer muitas coisas ao mesmo tempo leva a um trabalho com
menor valor agregado e facilmente replicável. Ele chama isso de “shallow work” (trabalho
superficial).
Do outro lado, o “deep work” seria a realização de atividades profissionais em estado de
concentração, o que levaria as capacidades cognitivas ao limite e, consequentemente,
produziria conhecimento, valor e resultados dificilmente replicáveis.
Uma das bases do pensamento de Newport é a questão da atenção residual. Segundo ele, à
medida que alternamos entre atividades, uma parcela de nossa atenção permanece na tarefa
original.
A ideia é partilhada por Dora Góes, psicóloga do Programa de Dependências Tecnológicas do
Hospital das Clínicas da USP. “Essa história de cérebro multitarefa não existe. Se estou fazendo
várias coisas, haverá foco maior em uma delas e as outras ficarão deficitárias. Mas achamos que
damos conta”.
O resultado disso, tanto para a psicóloga quanto para Newport, é uma menor capacidade para
aprender novas coisas. “Isso interfere na nossa memória a longo prazo, na nossa concentração”,
afirma Góes. “A mente que está agitada entre um aplicativo e outro é muito diferente de uma
que está concentrada lendo um texto mais profundo”. […]
(Folha de S. Paulo, 10 jan. 2017. Adaptado)

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Sintaxe, Análise sintática.

43. Considere a seguinte passagem retirada do texto:

De modo geral, o cientista da computação diz que atividades superficiais na internet,


como checar e-mails constantemente ou ver as atualizações na timeline de uma das
inúmeras redes sociais existentes, tomam um tempo excessivamente grande em troca de
muito pouco. […] Uma das bases do pensamento de Newport é a questão da atenção
residual. Segundo ele, à medida que alternamos entre atividades, uma parcela de nossa
atenção permanece na tarefa original.

A respeito dos marcadores do discurso destacados nessa passagem, assinale a alternativa


que apresenta as respectivas relações que eles estabelecem.

a) alternância conformidade.
b) causa – alternância.
c) causa – proporcionalidade.
d) alternância – proporcionalidade.
e) comparação – alternância.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

No excerto “[...] como checar e-mails constantemente ou ver as atualizações


na timeline de uma das inúmeras redes sociais existentes [...]”, a conjunção “ou”
introduz uma oração coordenada sindética alternativa e estabelece uma ideia de
alternância, ou seja, apresenta fatos que alternam.

No excerto “Segundo ele, à medida que alternamos entre atividades, [...]”, a


locução feminina adverbial destacada introduz uma oração subordinada de natureza
adverbial proporcional e estabelece uma ideia de proporção em relação à oração
principal.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Pontuação.

44. Assinale a alternativa em que o trecho escrito sobre o texto-base segue as normas de
pontuação da língua padrão.

a) O texto apresenta dois termos sobre o estado de trabalho. Deep work e shallow work. O
primeiro refere-se, ao trabalho, com grande concentração enquanto o segundo refere-se
ao trabalho superficial, quando há tentativa de fazer muitas coisas ao mesmo tempo com
pouca atenção em cada uma.
b) O texto apresenta dois termos sobre o estado de trabalho: deep work e shallow work. O
primeiro refere-se ao trabalho com grande concentração, enquanto o segundo refere-se
ao trabalho superficial, quando há tentativa de fazer muitas coisas ao mesmo tempo com
pouca atenção em cada uma.
c) O texto apresenta dois termos sobre o estado de trabalho; deep work e shallow work. O
primeiro, refere-se ao trabalho com grande concentração, enquanto o segundo, refere-
se ao trabalho superficial, quando há tentativa de fazer muitas coisas, ao mesmo tempo
com pouca atenção em cada uma.
d) O texto apresenta dois termos sobre o estado de trabalho, deep work e shallow work. O
primeiro: refere-se ao trabalho com grande concentração, enquanto o segundo: refere-
se ao trabalho superficial, quando há tentativa de fazer muitas coisas ao mesmo tempo
com pouca atenção em cada uma.
e) O texto apresenta dois termos sobre o estado de trabalho deep work e shallow work. O
primeiro refere-se ao trabalho com grande concentração enquanto o segundo, refere-se
ao trabalho superficial, quando há tentativa de fazer muitas coisas ao mesmo tempo:
com pouca atenção em cada uma.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. As vírgulas empregadas para separar “ao trabalho” estão


incorretas gramaticalmente, pois separa o verbo (referir-se) de seu complemento (ao
trabalho).

b) CORRETA. Há três pontos que devem ser analisados:

Dois pontos: foram empregados para separar o aposto “deep work e shallow
work”.
1ª vírgula: separar uma oração de natureza adverbial temporal introduzida pela
conjunção “enquanto”.
2ª vírgula: separar uma oração de natureza adverbial temporal introduzida pela
conjunção “quando”.

c) INCORRETA. Há três pontos que devem ser analisados:

Ponto e vírgula: foi empregado de maneira incorreta.


1ª e 2ª vírgulas: separam os sujeitos de seus predicados.

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d) INCORRETA. Os dois pontos empregados em suas duas ocorrências estão


incorretos gramaticalmente, pois separam o separam os sujeitos de seus predicados.

e) INCORRETA. A vírgula empregada após a palavra “segundo” está incorreta


gramaticalmente, pois separa o sujeito do predicado.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Interpretação de Textos ,Significação
Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.

45. A expressão “atenção residual”, utilizada no texto, pode ser substituída, sem prejuízo do
significado original, por atenção afetada:

a) pela ansiedade da próxima tarefa.


b) pelo grande número de tarefas que se faz ao mesmo tempo.
c) pelos resíduos de outros pensamentos de natureza física ou emocional.
d) pelos pensamentos remanescentes da tarefa anterior.
e) pelo excesso de interferências externas.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

No trecho “Uma das bases do pensamento de Newport é a questão da atenção


residual. Segundo ele, à medida que alternamos entre atividades, uma parcela de
nossa atenção permanece na tarefa original”, pode-se inferir que a “atenção residual”
significa a atenção afetada pelo grande número de atividades que alternamos ao
mesmo tempo, no qual uma parcela de nossa atenção permanece na tarefa original.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Interpretação de Textos, Gêneros Textuais.

46. Sobre o gênero textual, é correto afirmar que se trata de um texto:

a) argumentativo, o que se evidencia pela presença da opinião autoral presente nas


citações da psicóloga.
b) dissertativo, por apresentar diversas opiniões sobre a distração no trabalho.
c) informativo, caracterizado por informações dadas pelo autor, sem se posicionar sobre o
assunto.
d) narrativo, marcado pela presença de uma protagonista e de um narrador que conta a
sua história
e) descritivo, marcado pela descrição das características dos diferentes tipos de trabalho.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

O texto é predominantemente informativo e apresenta dados sobre como ter


sucesso no trabalho ao controlar a distração digital. O autor do texto expõe os dados
e/ou informações/conceitos de modo objetivo e com linguagem clara e direta, sem
se posicionar sobre o assunto.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Interpretação de Textos,

47. Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes
afirmativas:

( ) Usar as redes sociais durante a realização de uma tarefa é um exemplo de “deep


work”, de acordo com o autor.
( ) “Shallow work” são atividades profissionais feitas enquanto se está conectado a redes
sociais que prejudicam a excelência no mundo do trabalho.
( ) De acordo com a psicóloga da USP, Dora Goés, o cérebro não consegue processar
diversas tarefas e pensamentos da mesma forma, pois sempre haverá uma atenção
maior em uma tarefa específica.
( ) A hiperconectividade deixa a mente agitada, com uma maior capacidade de aprender
coisas novas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) F – V – V – F.
b) V – V – F – V.
c) F – V – F – V.
d) V – F – V – F.
e) F – F – V – V.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: Usar as redes sociais durante a realização de uma tarefa é um


exemplo de “deep work”, de acordo com o autor.
Análise: De acordo com o trecho “Seguindo a tendência das chamadas
filosofias “deep”, de tentar isolar as distrações da vida moderna, ele criou o “deep
work” (trabalho profundo, em tradução livre). […]”, pode-se concluir o contrário:
deep work é a realização de uma tarefa isolada das distrações da vida moderna.
Resposta: falso.

Afirmativa 2: “Shallow work” são atividades profissionais feitas enquanto se


está conectado a redes sociais que prejudicam a excelência no mundo do trabalho.
Análise: De acordo com o trecho “Segundo Newport, a tentativa de fazer
muitas coisas ao mesmo tempo leva a um trabalho com menor valor agregado e

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facilmente replicável. Ele chama isso de “shallow work” (trabalho superficial).”,


realizar o trabalho em conjunto com outras atividades, levaria a um trabalho com
menor valor agregado, prejudicando a excelência.
Resposta: verdadeiro.

Afirmativa 3: De acordo com a psicóloga da USP, Dora Goés, o cérebro não


consegue processar diversas tarefas e pensamentos da mesma forma, pois sempre
haverá uma atenção maior em uma tarefa específica.
Análise: No trecho “A ideia é partilhada por Dora Góes, psicóloga do Programa
de Dependências Tecnológicas do Hospital das Clínicas da USP. “Essa história de
cérebro multitarefa não existe. Se estou fazendo várias coisas, haverá foco maior em
uma delas e as outras ficarão deficitárias. Mas achamos que damos conta”, pode-se
inferir que na opinião da psicóloga, o cérebro multitarefas não existe, uma vez que o
indivíduo priorizaria uma tarefa em relação às outras.
Resposta: verdadeiro.

Afirmativa 4: A hiperconectividade deixa a mente agitada, com uma maior


capacidade de aprender coisas novas.
Análise: De acordo com Newport, as redes sociais e a tendência geral à
hiperconectividade estão prejudicando carreiras e impedindo o sucesso e a excelência
profissional.
Resposta: falso.

O VÍRUS DA ZIKA
Zika, na língua luganda falada por 3 milhões de ugandenses, geralmente traduz-se como
matagal. É um nome apropriado para a floresta nos arredores da cidade de Entebbe, que mais
parece um bosque ralo e tem apenas um décimo (150 mil m²) da área do parque paulistano do
Ibirapuera.
Como local de batismo científico do vírus que sucedeu o ebola como o mais temido do mundo,
a floresta Zika parece insignificante. Bem mais adequada soa uma segunda interpretação para
o termo zika dada pelo entomologista (especialista em insetos) Louis Mukwaya, 76, do Instituto
Ugandense de Pesquisa sobre Vírus (UVRI, na sigla em inglês): lugar onde muitas pessoas
morreram.
A não ser essa explicação sobre seu nome, nada há de assustador na floresta Zika. Percorrem-
se 11 km de ruas de terra e algum asfalto para chegar ali desde o UVRI, na área urbana de
Entebbe. O instituto foi fundado por ingleses em 1936 para estudar febre amarela, quando
Uganda ainda fazia parte do Império Britânico.
Não há cerca nem portão, só duas cabanas de concreto e um casebre de madeira com telhas
de zinco ocupados por dois vigias. Do lado da entrada da floresta, ouve-se apenas a algazarra
de crianças jogando futebol e o ruído ocasional de motosserra. Do lado de lá, impera o silêncio
do pântano que margeia o lago Vitória.
Cinco minutos de caminhada levam à torre de aço, com cerca de 35 m de altura, erguida pelos
ingleses em 1962, mesmo ano da independência de Uganda. Dela, projetam-se plataformas para
jaulas que, no passado, eram ocupadas por macacos, presos à espera de picadas das mais de 40
espécies de “nsiri” (mosquitos) presentes na floresta Zika.
Antes da década de 60, as plataformas eram de madeira. Numa delas viveu o macaco reso (o
de pelagem castanhoavermelhada) número 766. Em abril de 1947, o animal teve febre de 39,7

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ºC. Seguindo um procedimento padrão, amostras do sangue dele foram injetadas no crânio de
camundongos, que também adoeceram.
Nos cérebros dos roedores, pesquisadores descobriram partículas de um “agente
transmissível” novo para a ciência. No ano seguinte, em janeiro, o mesmo agente foi encontrado
em mosquitos da espécie Aedes africanus, primo do Aedes aegypti, que tanto inferniza
brasileiros.
A publicação da descoberta do novo vírus ocorreu em 1952, pelo escocês George Dick, do
Instituto Nacional de Pesquisa Médica de Londres, e pelos americanos Stuart Kitchen e
Alexander Haddow, da Fundação Rockefeller. Batizaram-no como zika, em razão da origem do
caso. […]
(Folha de São Paulo, 7 dez. 2016)

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais
Assunto: Crase, Problemas da língua culta, Há-a.

48. Considere o seguinte trecho:

Devido ____ presença de mais de 40 espécies de mosquitos, ____ floresta Zika, em Uganda,
foi o local em que se identificou o vírus pela primeira vez, ____ mais de 60 anos.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

a) à – há – a.
b) a – à – há.
c) há – à – a.
d) há – a – há.
e) à – a – há.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

1ª lacuna: Devido ____ presença de mais de 40 espécies de mosquitos


Análise: Ocorre a fusão da preposição –a da palavra “devido” com o artigo determinante
–a do substantivo feminino “presença”, portanto, deve-se empregar a crase. Vale citar que a
palavra “devido” quando tem sentido de “em razão de”, “por causa de” pede a preposição.
Resposta: à

2ª lacuna: ____ floresta Zika, em Uganda, foi o local em que se identificou o vírus pela
primeira vez.
Análise: Observe que não há nenhum termo que pede a preposição -a, portanto, deve-
se preencher com o artigo definido –a.
Resposta: a

3ª lacuna: ____ mais de 60 anos.


Análise: Note que a ideia do trecho é de tempo decorrido, portanto, deve-se preencher
com o verbo impessoal “há”.
Resposta: Há

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Acentuação gráfica.

49. Qual das palavras abaixo foi acentuada pela mesma regra que a palavra “vírus” usada no
texto?

a) Médico.
b) Húmus.
c) Armários.
d) Acabarás.
e) Álcool.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

VÍ – RUS: paroxítona terminada em –us.

a) INCORRETA. MÉ – DI – CO: proparoxítona.

b) CORRETA. HÚ – MUS: paroxítona terminada em –us.

c) INCORRETA. AR – MÁ – RIOS: paroxítona terminada em ditongo crescente


–io(s).

d) INCORRETA. A – CA – BA – RÁS: Oxítona terminada em –a(s).

e) INCORRETA. ÁL – CO- OL: proparoxítona.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Interpretação de Textos,

50. De acordo com o texto, o que inferniza os brasileiros é:

a) o Aedes africanus.
b) o primo do Aedes aegypti.
c) o agente transmissível encontrado nos mosquitos.
d) o cérebro dos roedores.
e) o primo do Aedes africanus.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

No trecho “No ano seguinte, em janeiro, o mesmo agente foi encontrado em


mosquitos da espécie Aedes africanus, primo do Aedes aegypti, que tanto inferniza
brasileiros.”, pode-se inferir que os mosquitos da espécie Aedes aegypti são os
verdadeiros responsáveis por “infernizar” os brasileiros.

Atente que “que tanto inferniza brasileiros” é uma oração subordinada adjetiva
explicativa, e o pronome relativo “que” tem como referente Aedes aegypti,
substituindo-se o referente na oração ficaria: O Aedes aegypti tanto inferniza
brasileiros

O VÍRUS DA ZIKA
Zika, na língua luganda falada por 3 milhões de ugandenses, geralmente traduz-se como
matagal. É um nome apropriado para a floresta nos arredores da cidade de Entebbe, que mais
parece um bosque ralo e tem apenas um décimo (150 mil m²) da área do parque paulistano do
Ibirapuera.
Como local de batismo científico do vírus que sucedeu o ebola como o mais temido do mundo,
a floresta Zika parece insignificante. Bem mais adequada soa uma segunda interpretação para
o termo zika dada pelo entomologista (especialista em insetos) Louis Mukwaya, 76, do Instituto
Ugandense de Pesquisa sobre Vírus (UVRI, na sigla em inglês): lugar onde muitas pessoas
morreram.
A não ser essa explicação sobre seu nome, nada há de assustador na floresta Zika. Percorrem-
se 11 km de ruas de terra e algum asfalto para chegar ali desde o UVRI, na área urbana de
Entebbe. O instituto foi fundado por ingleses em 1936 para estudar febre amarela, quando
Uganda ainda fazia parte do Império Britânico.
Não há cerca nem portão, só duas cabanas de concreto e um casebre de madeira com telhas
de zinco ocupados por dois vigias. Do lado da entrada da floresta, ouve-se apenas a algazarra
de crianças jogando futebol e o ruído ocasional de motosserra. Do lado de lá, impera o silêncio
do pântano que margeia o lago Vitória.
Cinco minutos de caminhada levam à torre de aço, com cerca de 35 m de altura, erguida pelos
ingleses em 1962, mesmo ano da independência de Uganda. Dela, projetam-se plataformas para
jaulas que, no passado, eram ocupadas por macacos, presos à espera de picadas das mais de 40
espécies de “nsiri” (mosquitos) presentes na floresta Zika.
Antes da década de 60, as plataformas eram de madeira. Numa delas viveu o macaco reso (o
de pelagem castanhoavermelhada) número 766. Em abril de 1947, o animal teve febre de 39,7
ºC. Seguindo um procedimento padrão, amostras do sangue dele foram injetadas no crânio de
camundongos, que também adoeceram.
Nos cérebros dos roedores, pesquisadores descobriram partículas de um “agente
transmissível” novo para a ciência. No ano seguinte, em janeiro, o mesmo agente foi encontrado
em mosquitos da espécie Aedes africanus, primo do Aedes aegypti, que tanto inferniza
brasileiros.
A publicação da descoberta do novo vírus ocorreu em 1952, pelo escocês George Dick, do
Instituto Nacional de Pesquisa Médica de Londres, e pelos americanos Stuart Kitchen e
Alexander Haddow, da Fundação Rockefeller. Batizaram-no como zika, em razão da origem do
caso. […]
(Folha de São Paulo, 7 dez. 2016)

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e Intérprete
de Linguagem de Sinais Assunto: Interpretação de Textos,

51. A respeito do Instituto Ugandense de Pesquisa e do zika vírus, considere as seguintes


afirmativas:

1. Foi no UVRI que os primeiros casos do vírus foram analisados, a partir de 1947. Devido
à proximidade do Instituto à floresta Zika, apenas 11 km de distância na região de
Entebbe, lá eram aplicados estudos em macacos com os mosquitos da floresta.
2. A sigla do Instituto na língua luganda, nativa da região, é UVRI. O instituto foi fundado
pelos ingleses em 1947, quando Uganda ainda era parte do Império Britânico, para
estudar a febre amarela.
3. A descoberta do vírus só foi possível por causa do macaco reso número 766, que
infectou camundongos em cujo cérebro os cientistas detectaram o agente transmissível.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: Foi no UVRI que os primeiros casos do vírus foram analisados,


a partir de 1947. Devido à proximidade do Instituto à floresta Zika, apenas 11 km de
distância na região de Entebbe, lá eram aplicados estudos em macacos com os
mosquitos da floresta.
Análise: De acordo com o texto, em 1947 os pesquisadores descobriam um
“agente transmissível” novo para a ciência, e partir de então, foram realizados
estudos em macacos no UVRI com os mosquitos da floresta Zika.
Resposta: verdadeira

Afirmativa 2: A sigla do Instituto na língua luganda, nativa da região, é UVRI. O


instituto foi fundado pelos ingleses em 1947, quando Uganda ainda era parte do Império
Britânico, para estudar a febre amarela.
Análise: O Instituto foi fundado no ano de 1936 para estudar a febre amarela, quando
Uganda ainda fazia parte do Império Britânico.
Resposta: falso.

Afirmativa 3: A descoberta do vírus só foi possível por causa do macaco reso número
766, que infectou camundongos em cujo cérebro os cientistas detectaram o agente
transmissível.
Análise: Não foi o macaco reso que infectou os camundongos, mas sim os
pesquisadores que coletaram amostras do sangue dele e foram injetadas no crânio de
camundongos, que também adoeceram.
Resposta: falso.

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62
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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Morfologia ,Estrutura das Palavras: Radical,
Desinência, Prefixo e Sufixo ,Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo,
Onomatopeia e Abreviação.

52. Sobre a origem da palavra zika, é correto afirmar:

a) O termo é conhecido por mais de 3 milhões de pessoas como nome de uma floresta em
Entebbe.
b) Palavra de origem ugandense, foi apropriada pelos cientistas para se referir aos
mosquitos presentes em Uganda.
c) O termo vem da língua luganda e, originalmente, refere-se a matagal e mais tarde foi
utilizado como nome para um vírus que foi descoberto em uma região de matagal
conhecida como floresta Zika.
d) O termo foi oficialmente utilizado pela primeira vez em 1947, com a descoberta de um
vírus em um macaco reso com 39,7 ºC de febre.
e) A palavra foi usada cientificamente pela primeira vez pelo entomologista Louis
Mukwaya, para designar “lugar onde muitas pessoas morreram”.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. De acordo com o primeiro período do texto: Zika, na língua


luganda falada por 3 milhões de ugandenses, geralmente traduz-se como matagal.

b) INCORRETA. Batizaram-no como zika, em razão da origem do caso.

c) CORRETA. Em primeiro plano, o termo Zika, na língua luganda falada por 3


milhões de ugandenses, geralmente traduz-se como matagal. Posteriormente,
batizaram um novo vírus para a ciência como zika, em razão da origem do caso, a
floresta Zika.

d) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. O texto não deixa


claro que o termo foi oficialmente utilizado pela primeira vez em 1947, com a
descoberta de um vírus em um macaco reso com 39,7 ºC de febre. Mas sim que a
publicação da descoberta do novo vírus ocorreu em 1952, pelo escocês George Dick,
do Instituto Nacional de Pesquisa Médica de Londres, e pelos americanos Stuart
Kitchen e Alexander Haddow, da Fundação Rockefeller. Batizaram-no como zika, em
razão da origem do caso.

e) INCORRETA. De acordo com o trecho “Como local de batismo científico do


vírus que sucedeu o ebola como o mais temido do mundo, a floresta Zika parece
insignificante”, a palavra foi usada cientificamente pela primeira vez para designar a
floresta Zika, local de batismo científico do vírus.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Tradutor e
Intérprete de Linguagem de Sinais Assunto: Problemas da língua culta, Por que- porque/
porquê/ por quê

53. Considere a seguinte frase: Ainda não se sabe ______ as baleias foram parar nessa praia
no extremo norte da Ilha Sul do país.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima.
a) porque.
b) porquê.
c) porque que.
d) por que.
e) o porquê.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

a) INCORRETA. O termo “porque”, junto, é empregado em respostas ou como


conjunção explicativa.

b) INCORRETA. O termo “porquê”, junto e com acento, equivale a: o motivo,


a razão.

c) INCORRETA. O “porque que”, junto, é empregado em respostas.

d) CORRETA. O termo “por que”, separado e sem acento, é empregado no


início de uma pergunta direta ou indica uma relação com o termo antecedente
(preposição + pronome relativo). Além disso, pode ser empregado quando puderem
ser inseridas as palavras “motivo” ou “razão” (por que motivo).

e) INCORRETA. “O porquê”, junto e com acento, equivale a: o motivo, a razão,


a causa. Vale ressaltar que o “porquê” admite o artigo –o, uma vez que se trata de
um substantivo.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto: Crase,
Problemas da língua culta, Há-a.

54. Considere o seguinte trecho: No projeto de lei ____ questões que precisam ser revistas de
forma ___ garantir que os direitos humanos dos migrantes sejam respeitados. Entre os pontos
que devem ser revistos pelo Senado estão ___ garantia de acesso ___ Justiça e do devido
processo legal. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima.

a) à – há – a – a.
b) a – à – há – à.
c) há – à – a – a.
d) há – a – há – à.
e) há – a – a – à.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

1ª lacuna: No projeto de lei ____ questões que precisam ser revistas [...].
Análise: O termo que preenche corretamente a lacuna é o verbo impessoal
“haver” com o sentido de existir.
Resposta: há

2ª lacuna: [...] de forma ___ garantir que os direitos humanos dos migrantes
sejam respeitados.
Análise: O emprego da crase antes de verbo é proibido, portanto, deve-se
preencher com o artigo definido feminino –a.
Resposta: a

3ª lacuna: Entre os pontos que devem ser revistos pelo Senado estão ___
garantia de acesso [...].
Análise: não há nenhum termo que rege a preposição –a, portanto, deve-se
preencher com o artigo definido feminino –a.
Resposta: a

4ª lacuna: [...] de acesso ___ Justiça e do devido processo legal. Assinale a


alternativa que preenche corretamente as lacunas acima.
Análise: Observe que ocorre a fusão da preposição –a, regida pelo termo
“acesso” (que foi empregado no sentido de: quem acessa, acessa a alguma coisa)
com o artigo feminino que define a palavra “Justiça” -a.
Resposta: à

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos

55. Assinale a alternativa em que o trecho transcrito NÃO apresenta nenhum tipo de
julgamento de valor/opinião do autor.

a) “O ano de 2016 passará aos livros como um dos períodos mais difíceis para os direitos
humanos da breve história democrática brasileira”.
b) “Outro importante princípio expresso no texto da nova lei de migração é o do combate à
xenofobia”.
c) “O número de migrantes no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos,
principalmente por conta do afluxo de haitianos que buscavam saída para o
agravamento da crise humanitária no país depois do terremoto de 2010”.
d) “A existência de um marco legal positivo, portanto, é fundamental para proteger essas
pessoas”.
e) “Em dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou uma lei que, se confirmada pelo
Senado e sancionada pela Presidência, substituirá, por fim, o retrógrado e
inconstitucional Estatuto do Estrangeiro, criado durante a ditadura”.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. Há no trecho transcrito uma ideia de julgamento de


valor/opinião quando ele cita: um dos períodos mais difíceis [...];

b) INCORRETA. Há no trecho transcrito uma ideia de julgamento de


valor/opinião quando ele cita: Outro importante princípio expresso [...];

c) CORRETA. O trecho tem caráter meramente informativo, sem adotar


nenhum tipo de julgamento de valor/opinião do autor.

d) INCORRETA. Há no trecho transcrito uma ideia de julgamento de


valor/opinião quando ele cita: é fundamental para proteger [...];

e) INCORRETA. Há no trecho transcrito uma ideia de julgamento de


valor/opinião quando ele cita: o retrógrado e inconstitucional Estatuto do
Estrangeiro [...].

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos, Coesão e coerência.

56. O trecho a seguir é o início de um texto que fala sobre o novo projeto de lei sobre
migrantes: O ano de 2016 passará aos livros como um dos períodos mais difíceis para os
direitos humanos da breve história democrática brasileira.

Numere os parênteses, identificando a ordem correta das ideias que dão sequência a esse
texto inicial.

( ) Em dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou uma lei que, se confirmada pelo
Senado e sancionada pela Presidência, substituirá, por fim, o retrógrado e
inconstitucional Estatuto do Estrangeiro, criado durante a ditadura.
( ) O mesmo acontece se analisamos apenas o universo de refugiados: apesar do
aumento de 2.868% no número de refúgios concedidos nos últimos seis anos, esse grupo
totalizava pouco mais de 8,8 mil pessoas em abril de 2016, segundo o Comitê Nacional
para os Refugiados (CONARE) do Ministério da Justiça.
( ) Retrocessos foram sentidos em quase todos os âmbitos, com algumas importantes
exceções – e uma delas é a área de migrações.
( ) Mesmo assim, os migrantes ainda representam menos de 1% da população brasileira
– índice bastante inferior aos verificados em outros países da região.
( ) A aprovação da nova lei chega em um momento crucial. O número de migrantes no
Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, principalmente por conta do
afluxo de haitianos que buscavam saída para o agravamento da crise humanitária no
país depois do terremoto de 2010. Assinale a alternativa que apresenta a numeração
correta dos parênteses, de cima para baixo.
a) 2 – 5 – 1 – 4 – 3.
b) 5 – 4 – 1 – 3 – 2.
c) 1 – 3 – 4 – 5 – 2.
d) 2 – 3 – 4 – 5 – 1.
e) 1 – 5 – 2 – 4 – 3.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Trecho de referência: O ano de 2016 passará aos livros como um dos períodos
mais difíceis para os direitos humanos da breve história democrática brasileira.

1º trecho: Retrocessos foram sentidos em quase todos os âmbitos, com


algumas importantes exceções – e uma delas é a área de migrações.
Análise: os “retrocessos” retoma “períodos mais difíceis”, que está presente
no trecho anterior.

2º trecho: Em dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou uma lei que, se


confirmada pelo Senado e sancionada pela Presidência, substituirá, por fim, o
retrógrado e inconstitucional Estatuto do Estrangeiro, criado durante a ditadura.

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Análise: o “Estatuto do Estrangeiro” retoma “área de migrações” presente no


trecho anterior.

3º trecho: A aprovação da nova lei chega em um momento crucial. O número


de migrantes no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, principalmente
por conta do afluxo de haitianos que buscavam saída para o agravamento da crise
humanitária no país depois do terremoto de 2010.
Análise: O trecho atual retoma a lei que foi aprovada trecho pela Câmara dos
Deputados no 2º trecho.

4º trecho: Mesmo assim, os migrantes ainda representam menos de 1% da


população brasileira – índice bastante inferior aos verificados em outros países da
região.
Análise: Em “os migrantes ainda representam menos de 1% da população
brasileira”, retoma-se a ideia do trecho anterior “O número de migrantes no Brasil
aumentou significativamente nos últimos anos”.

5º trecho: O mesmo acontece se analisamos apenas o universo de refugiados:


apesar do aumento de 2.868% no número de refúgios concedidos nos últimos seis
anos, esse grupo totalizava pouco mais de 8,8 mil pessoas em abril de 2016, segundo
o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) do Ministério da Justiça.
Análise: Depreende-se que a sequência lógica está presente nos índices
calculados. O 4º trecho aponta o número total de migrantes na população brasileira,
enquanto o 5º trecho aponta o número total no universo dos refugiados.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos, Coesão e coerência

57. Considere o seguinte trecho:

Na última semana, mais de 600 baleias encalharam em Farewell Spit, na região de Golden
Bay, Nova Zelândia, ______ pelo menos 300 morreram, ______ trabalho incansável de
voluntários e autoridades, ______ fizeram uma corrente humana para tentar levar os
animais de volta ao mar.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima:

a) onde – mediante o – em que.


b) e – apesar do – que.
c) mas – não obstante o – onde.
d) embora – devido ao – os quais.
e) das quais – com o – e.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

1ª lacuna: Na última semana, mais de 600 baleias encalharam em Farewell


Spit, na região de Golden Bay, Nova Zelândia, ______ pelo menos 300 morreram
[...].
Análise: Trata-se de uma adição/acréscimo de ideias.
Resposta: e

2ª lacuna: [...] ______ trabalho incansável de voluntários e autoridades [...].


Análise: Há uma oposição de ideias, apesar do trabalho dos voluntários e
autoridades, 300 baleias acabaram morrendo.
Resposta: apesar do

3ª lacuna: [...] ______ fizeram uma corrente humana para tentar levar os
animais de volta ao mar.
Análise: Trata-se de uma oração subordinada adjetiva explicativa, na qual o
pronome relativo “que” retoma “voluntários e autoridades”.
Resposta: que

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos, Coesão e coerência

58. O presidente da Câmara de Vereadores de São Bernardo, Pery Cartola, criou um manual
de etiqueta para disciplinar o comportamento dos funcionários da Casa. Abaixo, foram
de ordem, seguem perguntas e respostas de uma entrevista que ele concedeu à
revista Veja em 25/01/2017, explicando sua atitude. Numere a coluna da direita,
relacionando as respostas com as respectivas perguntas.

1. Por que criou o manual?


2. Dos hábitos vetados pelo manual, qual preocupa mais o senhor?
3. Que instruções sobre vestuário são dadas aos homens?
4. Como as pessoas reagiram?

( ) Muitas têm achado estranho, mas a maioria diz “que legal”, “parabéns”. Não sei o
motivo de tanta polêmica.
( ) Aqui é uma casa pública, com funcionários do povo. Tempos atrás, servidores vinham
de regata, short e chinelo. É inadmissível.
( ) Recomendo não usar meias claras e brancas com trajes escuros.
( ) Detesto os tapinhas nas costas. É um nojo. É o que mais tem na política.

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Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima


para baixo.

a) 1 – 4 – 2 – 3.
b) 4 – 1 – 2 – 3.
c) 2 – 4 – 3 – 1.
d) 1 – 3 – 4 – 2.
e) 4 – 1 – 3 – 2.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Pergunta 1: Por que criou o manual?


Análise: O entrevistado Pery Cartola é questionado sobre o motivo da criação
do manual.
Resposta: Aqui é uma casa pública, com funcionários do povo. Tempos atrás,
servidores vinham de regata, short e chinelo. É inadmissível.

Pergunta 2: Dos hábitos vetados pelo manual, qual preocupa mais o senhor?
Análise: O entrevistado é questionado sobre, dos hábitos que foram vetados,
qual aquele que mais o preocupa. Como resposta, ele aponta o que mais o incomoda:
os tapinhas nas costas.
Resposta: Detesto os tapinhas nas costas. É um nojo. É o que mais tem na
política.

Pergunta 3: Que instruções sobre vestuário são dadas aos homens?


Análise: A pergunta questiona quais instruções de vestuário são dadas aos
homens. A resposta, que aponta uma instrução de vestuário, afirma que não é
recomendado usar trajes escuros com meias claras ou brancas.
Resposta: Recomendo não usar meias claras e brancas com trajes escuros.

Pergunta 4: Como as pessoas reagiram?


Análise: O entrevistado é questionado sobre a reação das pessoas à criação
do seu manual.
Resposta: Muitas têm achado estranho, mas a maioria diz “que legal”,
“parabéns”. Não sei o motivo de tanta polêmica.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal.

59. Assinale a alternativa em que os verbos sublinhados estão corretamente flexionados


quanto à concordância verbal

a) A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente a nova edição do


relatório Smoke-free movies (Filmes sem cigarro), em que recomenda que os filmes que
exibem imagens de pessoas fumando deveria receber classificação indicativa para
adultos.
b) Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis países europeus, que alcançaram
bilheterias elevadas (incluindo alemães, ingleses e italianos), continha cenas de pessoas
fumando em filmes classificados para menores de 18 anos.
c) Para ela, a indústria do tabaco está usando a “telona” como uma espécie de última
fronteira para anúncios, mensagens subliminares e patrocínios, já que uma série de
medidas em diversos países passou a restringir a publicidade do tabaco.
d) E 90% dos filmes argentinos também exibiu imagens de fumo em filmes para jovens.
e) Os especialistas da organização citam estudos que mostram que quatro em cada dez
crianças começa a fumar depois de ver atores famosos dando suas “pitadas” nos filmes.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. A forma verbal “deveria” está incorreta gramaticalmente e deve ser


flexionada no plural para concordar com o termo “os filmes”.

A correta reescrita ficaria: [...] em que recomenda que os filmes que exibem imagens
de pessoas fumando deveriam receber classificação indicativa para adultos.

b) INCORRETA. A forma verbal “continha” deve ser flexionada no plural para concordar
com o termo “os filmes produzidos em seis países europeus”.

A correta reescrita ficaria: Pesquisas mostram que os filmes produzidos em seis


países europeus, que alcançaram bilheterias elevadas (incluindo alemães, ingleses e
italianos), continham cenas [...].

c) CORRETA. Não há prejuízo gramatical quanto à concordância verbal. A forma verbal


“passou” concorda com “uma série de medidas”.

d) INCORRETA. A forma verbal “exibiu” deve ser flexionada no plural para concordar
com o termo “90% dos filmes argentinos”.

A correta reescrita ficaria: E 90% dos filmes argentinos também exibiram imagens
de fumo em filmes para jovens.

e) INCORRETA. A forma verbal “começa” deve ser flexionada no plural para concordar
com o termo “quatro em cada dez crianças”.

A correta reescrita ficaria: Os especialistas da organização citam estudos que mostram


que quatro em cada dez crianças começam a fumar [...].

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos, Coesão e coerência ,Problemas da língua culta.

60. Assinale a alternativa que está redigida em conformidade com a língua padrão.

a) Várias dessas questões foi levado à 1º Conferência Municipal de Políticas para


Imigrantes, realizada em São Paulo em 2013.
b) Esses encontros teve em comum a conclusão de que o Brasil precisa, de maneira urgente,
de um novo marco legal para as migrações que estejam em sintonia com os princípios
internacionais de direitos humanos.
c) Nos últimos quatro anos, a entrada de haitianos no Brasil impulsionaram diversos
debates e evidenciaram a ausência de políticas públicas para essa população.
d) Embora se reconheçam todos os avanços que o projeto de lei aprovado na Câmara
propõe, há pontos que precisam ser aperfeiçoados ou retirados para garantir que, de
fato, os direitos humanos dos migrantes sejam respeitados.
e) Caberá aos Senadores acolher as propostas positivas que vier da Câmara, corrigir
arestas que possa dar margem à discriminação e não recuarem em pontos fundamentais,
como a previsão de acesso à Justiça e garantia do devido processo legal.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

a) INCORRETA. Há um erro de concordância verbal quanto ao gênero e número. A


locução “foi levado” deve estar no plural e no feminino para concordar com o núcleo do sujeito
“questões”.

A reescrita correta ficaria: Várias dessas questões foram levadas à 1º Conferência


Municipal de Políticas para Imigrantes, realizada em São Paulo em 2013.

b) INCORRETA. Há um erro de concordância verbal. O verbo “ter” deve estar no plural


para concordar com “esses encontros”.

A reescrita correta ficaria: Esses encontros tiveram em comum a conclusão de que o


Brasil precisa [...];

c) INCORRETA. Há um erro de concordância verbal. Os verbos “impulsionar” e


“evidenciar” têm de estar no singular para concordar com “a entrada de haitianos”.

A reescrita correta ficaria: [...] a entrada de haitianos no Brasil impulsionou diversos


debates e evidenciou [...].

d) CORRETA. Não há prejuízo quanto a correção gramatical.

e) INCORRETA. Há um erro de concordância verbal. O verbo “ir” tem que estar no


plural para concordar com o seu referente: propostas positivas.

A reescrita correta ficaria: Caberá aos Senadores acolher as propostas positivas que
vierem da Câmara.

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Quando a escritora britânica Virginia Woolf escreveu Profissões para mulheres e outros artigos
feministas, com diversos ensaios publicados em meados de 1920 e que expõem o papel da
mulher na sociedade e as dificuldades de inclusão no mercado de trabalho, a autora questionou
quanto tempo ainda _______ para que uma mulher _____________________ um livro sem encontrar
barreiras em sua carreira. “E se é assim na literatura, a profissão mais livre de todas para as
mulheres, que dirá nas novas profissões que agora vocês estão exercendo pela primeira vez?”.
A expansão da presença da mulher no mercado de trabalho cresceu desde que Virginia
registrou, em suas obras, as dificuldades para uma mulher se firmar como romancista. Ainda
assim, em todo o mundo, atualmente 40% das mulheres afirmam que sentem falta de igualdade
de gênero, de acordo com pesquisa recente Global @dvisor, publicada pelo Instituto Ipsos.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Morfologia, Conjunções: Relação de causa e consequência.

61. Na frase “Ainda assim, em todo o mundo, atualmente 40% das mulheres afirmam que
sentem falta de igualdade de gênero...”, a expressão sublinhada introduz uma relação de:

a) conformidade.
b) oposição.
c) continuidade.
d) consequência.
e) causa.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Na frase “Ainda assim, em todo o mundo, atualmente 40% das mulheres


afirmam que sentem falta de igualdade de gênero...”, a expressão em destaque
introduz um período composto por coordenação com valor semântico adversativo ou
de oposição.

São exemplos de conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no


entanto, entretanto, não obstante.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos

62. Com base no texto, é correto afirmar:


a) O livro de Virginia Woolf destinava-se a preparar as mulheres para a profissão de
romancista.
b) Virginia Woolf defendia que a profissão mais adequada para as mulheres era a literatura.
c) A situação da mulher hoje é a mesma da época em que Virginia Woolf escreveu seu
livro Profissões para mulheres e outros artigos feministas.
d) Virginia Woolf questionava a participação das mulheres no mercado de trabalho e as
aconselhava a não buscarem outras profissões, em que encontrariam ainda mais
barreiras que na literatura.
e) Na época em que Virginia Woolf escreveu seu livro Profissões para mulheres e outros
artigos feministas, as mulheres estavam começando a atuar em novos campos de
trabalho.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. O livro de Virginia Woolf expõem o papel da mulher na


sociedade e as dificuldades de inclusão no mercado de trabalho.

b) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. Virginia Woolf


questionou o papel da mulher na sociedade e as dificuldades de inclusão no mercado
de trabalho, relatando as suas dificuldades e barreiras enfrentadas na sua carreira.

c) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. No trecho “A expansão


da presença da mulher no mercado de trabalho cresceu desde que Virginia registrou,
em suas obras, as dificuldades para uma mulher se firmar como romancista”, pode-
se concluir que a presença da mulher no mercado de trabalho cresceu desde a época
das obras de Virginia.

d) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. Virginia Woolf não


aconselhava as mulheres a não buscarem outras profissões, em que encontrariam
ainda mais barreiras que na literatura, mas sim questionava as dificuldades que
possivelmente encontrariam nas novas profissões que agora estão exercendo pela
primeira vez.

e) CORRETA. De acordo com o trecho “E se é assim na literatura, a profissão


mais livre de todas para as mulheres, que dirá nas novas profissões que agora vocês
estão exercendo pela primeira vez?”, pode-se inferir que as mulheres estavam
exercendo novas profissões no período em que Virginia escreveu seu livro “Profissões
para mulheres e outros artigos feministas”.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro).

63. Quanto ao uso dos tempos verbais, assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas do texto.

a) levará – sentasse e escrevesse.


b) leva – sente e escreva.
c) levaria – sentasse e escrevesse.
d) vai levar – sentaria e escreveria.
e) será levado – sente e escreva.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

1ª lacuna: [...] a autora questionou quanto tempo ainda _______ para que
uma mulher [...].
Análise: O termo correto é “levaria”, no futuro do pretérito do indicativo, e
expressa um fato que está condicionado a outro, explícito ou implícito no texto. Bem
como, está presente no campo hipotético, sem confirmação.

2ª lacuna: [...] para que uma mulher _________ um livro sem encontrar
barreiras em sua carreira.
Análise: Os termos corretos são “sentasse e escrevesse”, também no campo
hipotético, exprimem uma ideia de hipótese e fazem perfeita correlação com o verbo
“levaria”, no futuro do pretérito.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto: Crase.

64. Considere o seguinte texto, sobre a votação para troca de bandeira na Nova Zelândia:

Os argumentos _____ favor da troca seguem _____ linha defendida pelo premiê. Dos 53
países da Commonwealth (comunidade formada quase totalmente por ex-colônias
inglesas), excetuando o próprio Reino Unido, apenas três ainda possuem _____ bandeira
britânica em suas flâmulas: Austrália, Nova Zelândia e o desconhecido Tuvalu. Não _____
toa, o símbolo colonial é constantemente criticado, especialmente no caso de australianos
e neozelandeses, que se definem como povos multiculturais.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que


aparecem no texto.

a) a – à – à – a.
b) à – à – a – à.
c) à – a – à – à.
d) a – a – a – à.
e) à – a – a – a.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

1ª lacuna: Os argumentos _____ favor da troca seguem [...].


Análise: a palavra “favor” é masculina, portanto o uso da crase é proibido.
Resposta: a

2ª lacuna: [...] troca seguem _____ linha defendida pelo premiê [...]
Análise: o verbo “seguir” é transitivo direto e não pede complemento
preposicionado, portanto não há o fenômeno da crase.
Resposta: a

3ª lacuna: [...] apenas três ainda possuem _____ bandeira britânica em suas
flâmulas [...].
Análise: o verbo “possuir” é transitivo direto e não pede complemento
preposicionado, portanto não há o fenômeno da crase.
Resposta: a

4ª lacuna: Não _____ toa, o símbolo colonial é constantemente criticado [...]


Análise: a expressão “à toa” é uma locução adverbial feminina.
Resposta: à

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Um dos melhores indicadores dos avanços de igualdade de gênero em uma sociedade é a


incorporação à língua de termos femininos para designar posições de prestígio – uma
necessidade ligada ao preenchimento gradual por mulheres do espaço de profissões
tradicionalmente exercidas por homens. “Quando há a incorporação de equivalente feminino
para determinadas profissões, temos indícios de que mudanças quanto aos papéis de gênero
estão tendo lugar”, diz Elisa Battisti, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), que estuda a variação linguística como prática social. A Babbel, empresa alemã de
educação que criou um aplicativo de idiomas, elaborou uma análise sobre as nomenclaturas
alusivas às posições ocupadas por mulheres no mercado de trabalho em oito línguas. A análise
serve para avaliar quais são as línguas (e as sociedades) que mais evoluíram na incorporação
de vocábulos que mostram a ocupação do mercado de trabalho por mulheres.
Entre as línguas mais conservadoras estão o italiano e o francês. O italiano é pouco flexível.
Muitos títulos que designam profissões ainda apresentam apenas a forma masculina e poucas
declinações femininas foram estabelecidas na terminologia oficial, como “ministro”,
“architetto” (arquiteto) e “avvocato” (advogado). “Sindaco” (prefeito) é uma das poucas
palavras que mereceram atualização de gênero pela Accademia della Crusca, órgão oficial da
língua italiana – no caso, “sindaca” (prefeita).
O francês demonstra igualmente muita resistência à incorporação de novos vocábulos para
designar profissões exercidas por mulheres. A concordância de gênero não é sequer
incentivada pela Academia Francesa em títulos de prestígio, com a justificativa de que é preciso
preservar a língua. “Le ministre” (o ministro) é a chancela oficial para homens e mulheres. No
Québec, no Canadá, desde 1979, o termo “madame le ministre” foi cunhado por lei para se
referir às mulheres que ocupam cargos de ministro. “A nomenclatura com predominância de
termos masculinos indica a posição inferior que as mulheres ocupam em certas instâncias de
participação social”, afirma Elisa Battisti.
A necessidade de adotar designações próprias para posições ocupadas por mulheres no
idioma pode, em alguns casos, ser interpretada de maneira pejorativa. No polonês, as profissões
femininas são designadas pela terminação “ka”, mas o mesmo terminativo é usado para
diminutivos. O termo “nauczycielka” é usado para a profissão de maestrina, assim como o
diminutivo da palavra café (kawa) é “kawka”, cafezinho. Por essa associação do terminativo
“ka” com diminutivos, a ex-ministra do Esporte e Turismo polonês, Joanna Mucha, decidiu usar
a versão latina “ministra” e se recusou a ser chamada de “ministerka”, pois poderia ser
pejorativamente confundida como “ministrinha”.
Entre os países analisados, o Brasil (e a língua portuguesa) não está entre os países mais
conservadores. Desde 2012, palavras como “bacharela” e “mestra” se tornaram obrigatórias em
diplomas. A obrigatoriedade foi determinada pela Lei 12.605, na qual o Artigo 1º especifica que
“instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de
gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido”.
Muitos termos de profissões podem ser aplicados aos dois gêneros, como as palavras
terminadas com o sufixo “ente”, “ante”, “inte” e “ista” (como, por exemplo, “pianista”). Para se
referir à ex-presidente Dilma Rousseff, tanto “presidente” como “presidenta” são termos
corretos – a escolha linguística de Dilma por “presidenta” era uma opção política para reforçar
o gênero feminino, uma decisão elogiada pela professora Elisa Battisti, da UFRGS. “A imposição
do emprego do termo ‘presidenta’, mesmo enfrentando resistências, lança luz sobre a questão
da inferiorização da atuação das mulheres no espaço social, o que a médio e longo prazo
contribui para se repensar e rever as relações sociais”, diz.
(Fonte: Revista Época. Disponível em:http://epoca.globo.com/educacao/noticia/2017/03/. Acesso em 09/03/2017.)

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Morfologia, Conjunções: Relação de causa e consequência.
65. Na frase “Quando há a incorporação de equivalente feminino para determinadas
profissões, temos indícios de que mudanças quanto aos papéis de gênero estão tendo
lugar”, o termo sublinhado estabelece uma relação de:

a) oposição.
b) continuidade.
c) causa.
d) condição.
e) conformidade.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

No trecho “Quando há a incorporação de equivalente feminino para


determinadas profissões, temos indícios de que mudanças quanto aos papéis de
gênero estão tendo lugar”, há um período composto por subordinação de natureza
adverbial condicional. A conjunção “quando” pode ser substituída por “se”
dispensando qualquer alteração no sentido do período.

Reescrita: Se há a incorporação de equivalente feminino para determinadas


profissões, então temos indícios de que mudanças quanto aos papéis de gênero
estão tendo lugar.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos

66. A intenção do texto é:

a) revelar as conquistas que as mulheres vêm obtendo em diferentes frentes de atuação


profissional.
b) relacionar a falta de termos femininos para designar cargos ocupados por mulheres com
a discriminação de gênero.
c) estabelecer comparações linguísticas entre línguas de diferentes países no tocante à
flexão de gênero.
d) divulgar os resultados de uma pesquisa no campo da variação linguística.
e) associar os avanços de igualdade de gênero com o aumento no número de mulheres
ocupando cargos políticos.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. A intenção central do texto não é revelar as conquistas que


as mulheres vêm obtendo em diferentes frentes de atuação profissional, o autor
apenas argumenta sobre o preenchimento gradual por mulheres do espaço de
profissões tradicionalmente exercidas por homens.

b) CORRETA. O tema central do texto relaciona a igualdade de gênero em uma


sociedade e a incorporação à língua de termos femininos para designar posições de
cargos ocupados por mulheres.

c) INCORRETA. O autor estabelece comparações linguísticas entre línguas de


diferentes países no tocante à flexão de gênero como argumento, mas não como
tema central.

d) INCORRETA. O autor aponta análises realizadas no campo da variação


linguística como argumento, mas não como tema central.

e) INCORRETA. A intenção do texto é relacionar a igualdade de gênero em


uma sociedade e a incorporação à língua de termos femininos para designar posições
de cargos ocupados por mulheres.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro
Eletricista Júnior | NC-UFPR - 2017 - COPEL - Engenheiro Mecânico Júnior Assunto:
Interpretação de Textos

67. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:

1. Diferentemente da França, no Québec, a expressão “madame le ministre”, criada por


lei, demonstra a preocupação do governo em incorporar à língua termos específicos para
designar os cargos ocupados por mulheres.
2. A Polônia mantém-se conservadora e está entre os países que não incorporaram
termos específicos para designar os cargos ocupados por mulheres, obrigando a
ministra do Esporte e do Turismo daquele país a adotar um termo latino.
3. O Brasil ocupa uma posição intermediária no que diz respeito à incorporação de
termos específicos para designar os cargos ocupados por mulheres.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

Afirmativa 1: Diferentemente da França, no Québec, a expressão “madame le


ministre”, criada por lei, demonstra a preocupação do governo em incorporar à língua
termos específicos para designar os cargos ocupados por mulheres.
Análise: No Québec, no Canadá, desde 1979, o termo “madame le ministre”
foi cunhado por lei para se referir às mulheres que ocupam cargos de ministro.
Resposta: falso.

Afirmativa 2: A Polônia mantém-se conservadora e está entre os países que


não incorporaram termos específicos para designar os cargos ocupados por mulheres,
obrigando a ministra do Esporte e do Turismo daquele país a adotar um termo latino.
Análise: No polonês, as profissões femininas são designadas pela terminação
“ka”, mas o mesmo terminativo é usado para diminutivos.
Resposta: falso.

Afirmativa 3: O Brasil ocupa uma posição intermediária no que diz respeito à


incorporação de termos específicos para designar os cargos ocupados por mulheres.
Análise: De acordo com o texto, o Brasil (e a língua portuguesa) não está entre
os países mais conservadores.
Resposta: verdadeira.

PAVOROSO, SIM! ACIDENTE, NÃO!


Vanessa Grazziotin

Lamento profundamente escrever sobre meu querido Amazonas tratando de algo tão
doloroso.
Não do “acidente”, mas do massacre bárbaro, pavoroso, que sucedeu a festa de Réveillon e
que já vitimou quase 70 detentos em Manaus (AM). Fato agravado com a chacina de outros 33
em Boa Vista (RR), ocorrida no dia de Reis.
A chacina ocorreu por absoluto descaso do governo com o sistema prisional e é de sua inteira
responsabilidade, a qual não pode ser terceirizada ou privatizada.
Se há o controle das penitenciárias pelas facções criminosas é porque há promiscuidade do
governo e certa licenciosidade do conjunto das autoridades, o que explica as “celas de luxo”,
festas, entrada de armas, drogas e fugas.
No Amazonas, há ineficiência da empresa privada que opera os presídios. Há sobrepreço do
contrato (triplo da média nacional), que já consumiu, de 2010 a 2016, R$ 1,1 bilhão do dinheiro
público, parte dos quais irrigaram campanhas do governador e seus aliados.
Gravações no processo eleitoral de 2014 revelaram que o major da PM Carliomar Brandão,
então subsecretário de Justiça e Direitos Humanos, celebrou um acordo com Zé Roberto (chefe
da FDN). Houve compromisso com regalias para a facção em troca de 100 mil votos à reeleição
do governador José Melo (PROS). O processo tramita no TSE, até hoje sem julgamento.
A solução é complexa e exige a superação de problemas objetivos e subjetivos. Exige diálogo
e ações permanentes dos Poderes. Criar mecanismos de penas alternativas e fazer os detentos

MUDE SUA VIDA!


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trabalharem para evitar a superlotação dos presídios e gerar recursos para fazer frente às
despesas.
Nesse caso, o congelamento dos gastos públicos por 20 anos certamente não ajudará na
solução. É necessário combater a corrupção permanentemente.
Subjetivamente é preciso superar a cultura da banalização do massacre contra pobres e da
simplificação vulgar dessa selvageria, expressas nas desastrosas declarações do governador
Melo e do presidente Temer (PMDB), bem como na escalada crescente de desumanização e
intolerância da sociedade, cuja síntese é a apologia de que “bandido bom é bandido morto”.
De fato, é difícil para as pessoas aceitarem que se gaste tanto dinheiro para manter um
sistema prisional caótico quando há carência de recursos para tantas outras áreas.
A constatação de que esse problema persiste por tantos anos sem uma solução à vista explica
o apoio popular a propostas equivocadas, como a redução da maioridade penal e até a pena de
morte.
De fato, a situação é grave, explosiva e precisa ser enfrentada nas suas reais causas, e não
com medidas paliativas.
(Folha de S. Paulo, 10 jan. 2017.)

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral e outros Assunto: Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto.

68. Assinale a alternativa em que a paráfrase do segundo parágrafo foi redigida de acordo
com as normas do português escrito.

a) Após a festa de Réveillon, houveram quase 70 mortes em um massacre bárbaro, horrível,


em Manaus, seguido, da chacina de outras 33 em RR nos dias seguintes. Não foi acidente,
não.
b) O massacre de quase 70 presos, em Manaus e 33, em RR, entre o Réveillon e o dia de
Reis, não foram acidentes.
c) Em Manaus e em Boa Vista, houve diversas mortes de detentos – 70 no AM e 33 em RR
– em massacres horríveis ocorridos entre o Réveillon e o dia de Reis, fato que não pode
ser considerado um simples acidente.
d) Quase 70 mortes em Manaus e mais 33 em Boa Vista, eis o fato agravado do massacre e
não acidente ocorrido no início de 2017.
e) Não pode ser considerado mais que um simples acidente, as mortes de detentos em
Manaus e Boa Vista. Foram massacres pavorosos que aconteceram entre Réveillon e o
dia de Reis.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

2º parágrafo: Não do “acidente”, mas do massacre bárbaro, pavoroso, que


sucedeu a festa de Réveillon e que já vitimou quase 70 detentos em Manaus (AM).
Fato agravado com a chacina de outros 33 em Boa Vista (RR), ocorrida no dia de
Reis.

a) INCORRETA. O termo “houveram” está incorreto gramaticalmente. O verbo


“haver” com o sentido de “ocorrer” deve estar na forma impessoal, e por isso, só
aparecem na terceira pessoa do singular (não admite sujeito).

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b) INCORRETA. O verbo “foram” está incorreto gramaticalmente. Deve estar


no singular para concordar com o “O massacre”.

c) CORRETA. Não há prejuízo quanto ao sentido e à correção gramatical.

d) INCORRETA. A reescrita apresentou mudança de sentido em relação ao


segmento inicial.

e) INCORRETA. A vírgula que antecede o sujeito (as mortes de detentos em


Manaus e Boa Vista) está incorreta gramaticalmente, uma vez que separa o sujeito
do predicado. Além disso, a locução “pode ser considerado” está incorreta em sua
flexão quanto ao gênero e ao número, a locução correta é: podem ser consideradas.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral Assunto: Interpretação de Textos

69. Assinale a alternativa em que a relação entre a expressão destacada do texto e o elemento
a que ela se refere está INCORRETA.

a) “Fato agravado” (linha 03) = massacre bárbaro que sucedeu à festa de Réveillon.
b) “de sua inteira responsabilidade” (linha 04) = governo.
c) "subsecretário de Justiça e Direitos Humanos” (linhas 10-11) = Carliomar Brandão.
d) “dessa selvageria” (linha 18) = congelamento dos gastos públicos.
e) “esse problema” (linha 23) = sistema prisional caótico.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

De acordo com o trecho “Subjetivamente é preciso superar a cultura da


banalização do massacre contra pobres e da simplificação vulgar dessa selvageria
[...]”, a expressão “dessa selvageria” (linha 18) retoma a expressão “massacre
contra pobres”.

MUDE SUA VIDA!


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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral Assunto: Interpretação de textos.

70. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. Por se tratar de um texto informativo, a autora apresenta claramente sua opinião de
que as mortes ocorridas no início de 2017 nos presídios do AM e de RR foram massacres
pavorosos e não simples acidentes.
2. Para a autora, os problemas do sistema prisional brasileiro não são de hoje e só
existem porque há conivência dos governantes, que têm seus próprios interesses como
prioridade, especialmente no Amazonas.
3. Como argumento principal para sua posição, a autora utiliza um processo, ainda em
andamento, no TSE sobre troca de favores a facções por votos em Roraima.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Afirmativa 1: Por se tratar de um texto informativo, a autora apresenta claramente


sua opinião de que as mortes ocorridas no início de 2017 nos presídios do AM e de RR foram
massacres pavorosos e não simples acidentes.
Análise: Não se trata de um texto informativo, mas sim um artigo de opinião (texto
dissertativo-argumentativo), em que o autor apresenta determinado tema sobre seu ponto de
vista.
Reposta: falsa.

Afirmativa 2: Para a autora, os problemas do sistema prisional brasileiro não são de


hoje e só existem porque há conivência dos governantes, que têm seus próprios interesses
como prioridade, especialmente no Amazonas.
Análise: A autora aponta que os problemas do sistema prisional são causados por
diversos fatores como, por exemplo, o controle das penitenciárias pelas facções criminosas, o
descaso do governo com o sistema prisional e o sobrepreço do contrato da empresa privada
que opera os presídios (parte dos quais irrigaram campanhas do governador e seus aliados).
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 3: Como argumento principal para sua posição, a autora utiliza um


processo, ainda em andamento, no TSE sobre troca de favores a facções por votos em
Roraima.
Análise: A sua tese principal é baseada na chacina que ocorreu no sistema prisional do
Amazonas e de Boa vista, e o descaso do governo com o sistema prisional.
Resposta: falso

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PAVOROSO, SIM! ACIDENTE, NÃO!


Vanessa Grazziotin

Lamento profundamente escrever sobre meu querido Amazonas tratando de algo tão
doloroso.
Não do “acidente”, mas do massacre bárbaro, pavoroso, que sucedeu a festa de Réveillon e
que já vitimou quase 70 detentos em Manaus (AM). Fato agravado com a chacina de outros 33
em Boa Vista (RR), ocorrida no dia de Reis.
A chacina ocorreu por absoluto descaso do governo com o sistema prisional e é de sua inteira
responsabilidade, a qual não pode ser terceirizada ou privatizada.
Se há o controle das penitenciárias pelas facções criminosas é porque há promiscuidade do
governo e certa licenciosidade do conjunto das autoridades, o que explica as “celas de luxo”,
festas, entrada de armas, drogas e fugas.
No Amazonas, há ineficiência da empresa privada que opera os presídios. Há sobrepreço do
contrato (triplo da média nacional), que já consumiu, de 2010 a 2016, R$ 1,1 bilhão do dinheiro
público, parte dos quais irrigaram campanhas do governador e seus aliados.
Gravações no processo eleitoral de 2014 revelaram que o major da PM Carliomar Brandão,
então subsecretário de Justiça e Direitos Humanos, celebrou um acordo com Zé Roberto (chefe
da FDN). Houve compromisso com regalias para a facção em troca de 100 mil votos à reeleição
do governador José Melo (PROS). O processo tramita no TSE, até hoje sem julgamento.
A solução é complexa e exige a superação de problemas objetivos e subjetivos. Exige diálogo
e ações permanentes dos Poderes. Criar mecanismos de penas alternativas e fazer os detentos
trabalharem para evitar a superlotação dos presídios e gerar recursos para fazer frente às
despesas.
Nesse caso, o congelamento dos gastos públicos por 20 anos certamente não ajudará na
solução. É necessário combater a corrupção permanentemente.
Subjetivamente é preciso superar a cultura da banalização do massacre contra pobres e da
simplificação vulgar dessa selvageria, expressas nas desastrosas declarações do governador
Melo e do presidente Temer (PMDB), bem como na escalada crescente de desumanização e
intolerância da sociedade, cuja síntese é a apologia de que “bandido bom é bandido morto”.
De fato, é difícil para as pessoas aceitarem que se gaste tanto dinheiro para manter um
sistema prisional caótico quando há carência de recursos para tantas outras áreas.
A constatação de que esse problema persiste por tantos anos sem uma solução à vista explica
o apoio popular a propostas equivocadas, como a redução da maioridade penal e até a pena de
morte.
De fato, a situação é grave, explosiva e precisa ser enfrentada nas suas reais causas, e não
com medidas paliativas.
(Folha de S. Paulo, 10 jan. 2017.)

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral | Assunto: Interpretação de Textos.

71. Assinale a alternativa em que a paráfrase apresenta o mesmo teor do título do texto.

a) Foi pavoroso porque não foi acidente.


b) Foi pavoroso, já que não foi acidente.
c) Foi pavoroso, à medida que não foi acidente.
d) Foi pavoroso, portanto não foi acidente.
e) Foi pavoroso, contudo não foi acidente.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

No título do texto “Pavoroso, sim! Acidente, não!”, há uma relação de


oposição de ideias, estabelecidas pelas palavras “sim” e “não”.

a) INCORRETA. A conjunção “porque” indica um valor semântico de causa.

b) INCORRETA. A locução “já que” indica valor semântico de causa.

c) INCORRETA. A locução “à medida que” estabelece um valor semântico de


proporção.

d) INCORRETA. A conjunção “portanto” estabelece um valor semântico de


conclusão.

e) CORRETA. A conjunção “contudo” estabelece uma ideia de oposição,


adversidade.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral Assunto: Interpretação de Textos. Redação - Reescritura de texto.

72. Considere as seguintes sentenças, retiradas do fragmento de texto da questão 05:

Com essas novidades, a mudança tem sido elogiada nas redes sociais. Grupos de ativistas
dos direitos negros e feministas estão comemorando o avanço.

Se elas fossem reescritas numa sentença só, seriam unidas por:


a) que
b) mas
c) e
d) conforme
e) ainda que

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

No trecho “Com essas novidades, a mudança tem sido elogiada nas redes
sociais. Grupos de ativistas dos direitos negros e feministas estão comemorando o
avanço”, há uma coordenação de valor semântico aditivo/acréscimo de ideias entre
as orações.

a) INCORRETA. A palavra “que” pode exercer inúmeras funções, como


pronome relativo e conjunção, mas não estabelece uma ideia de adição.

b) INCORRETA. A conjunção “mas” indica valor semântico de


oposição/adversidade.

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c) CORRETA. A conjunção “e” estabelece um valor semântico de


acréscimo/adição.

d) INCORRETA. A conjunção “conforme” estabelece um valor semântico de


conformidade.

e) INCORRETA. A conjunção “ainda que” estabelece uma ideia de concessão.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral | Assunto: Interpretação de Textos

73. O texto a seguir, adaptado da Folha de S. Paulo, relata a mudança ocorrida na vinheta da
Globeleza veiculada pela TV Globo. Numere os parágrafos de forma a organizá-los numa
progressão textual coerente e lógica.
( ) Outra novidade da vinheta foi a inserção de outros personagens, homens e mulheres,
que também dançam e tocam instrumentos.
( ) Após anos de polêmica em torno da objetificação da mulher e reforço de estereótipos
de gênero e raça, a Globo resolveu vestir a Globeleza. Na vinheta do Carnaval de 2017,
lançada nesta segunda-feira (9), Érika Moura aparece com vários “looks” típicos da festa
nas diferentes regiões brasileiras.
( ) Com essas novidades, a mudança tem sido elogiada nas redes sociais. Grupos de
ativistas dos direitos negros e feministas estão comemorando o avanço.
( ) Acompanhada de um mestre-sala, ela roda o vestidão de porta-bandeira, em outro
momento dança axé a bordo de um top colorido e se arrisca até no frevo e no bumba-
meu-boi.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.

a) 1 – 3 – 4 – 2.
b) 3 – 1 – 2 – 4.
c) 1 – 4 – 2 – 3.
d) 2 – 3 – 1 – 4.
e) 3 – 1 – 4 – 2.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

1º trecho: Após anos de polêmica em torno da objetificação da mulher e


reforço de estereótipos de gênero e raça, a Globo resolveu vestir a Globeleza. Na
vinheta do Carnaval de 2017, lançada nesta segunda-feira (9), Érika Moura aparece
com vários “looks” típicos da festa nas diferentes regiões brasileiras.
Análise: o trecho introduz o tema “a mudança ocorrida na vinheta da
Globeleza“, que será discutido nos trechos seguintes.

MUDE SUA VIDA!


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2º trecho: Acompanhada de um mestre-sala, ela roda o vestidão de porta-


bandeira, em outro momento dança axé a bordo de um top colorido e se arrisca até
no frevo e no bumba-meu-boi.
Análise: o trecho apresenta os “looks” típicos abordados no texto anterior.

3º trecho: Outra novidade da vinheta foi a inserção de outros personagens,


homens e mulheres, que também dançam e tocam instrumentos.
Análise: pode-se inferir que a sequência lógica se dá quando o autor cita “outra
novidade”, ou seja, além das novidades em relação aos “looks” típicos, há também
a inserção de outros personagens na vinheta.

4º trecho: Com essas novidades, a mudança tem sido elogiada nas redes
sociais. Grupos de ativistas dos direitos negros e feministas estão comemorando o
avanço.
Análise: o trecho retoma as novidades que foram abordadas anteriormente e
finaliza com as opiniões acerca das mudanças.

O QUE A VITÓRIA DE DONALD TRUMP PODE ENSINAR À ESQUERDA GLOBAL


Após as eleições municipais, velhos clichês voltaram à tona, como que o povo brasileiro não
sabe votar porque é ignorante e manipulado. A coisa fica mais complexa quando vemos que
essa fórmula, em tese, não se aplicaria para o eleitorado do país mais rico do mundo que votou
em Donald Trump, nem para a classe trabalhadora britânica, que virou pró-Brexit.
Tal como no início do século XX, a onda conservadora é uma reação global às diversas
insurgências de massas por mudanças radicais que caracterizaram o século XXI.
O quadro piora quando pensamos que as esquerdas e o campo progressista de um modo
geral estão muito mais fragmentados hoje, em comparação com a onda fascista do século
passado.
O cenário do século XXI, portanto, não é uma cópia do século XX. Da China ao Brasil, passando
pelas potências do norte global, o neoliberalismo atual se caracteriza justamente pelo
esvaziamento da vontade política e democrática em meio ao pleno desmonte da classe
trabalhadora.
O capitalismo se transformou e atua agora de forma muito mais molecular e inteligente do
que no passado. O resultado disso é que a subjetividade política é substituída pelo niilismo
político e a aversão à política institucional.
Essa revolução subjetiva, em curso no mundo todo, é o que precisamos entender, pois ela
esvazia o senso de coletivo e aniquila a identidade de classe trabalhadora. […]
(<http://www.cartacapital.com.br/internacional/o-que-a-vitoria-de-donald-trump-pode-ensinar-a-esquerda-global>. Acessado em
10/01/2017.)

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral | Assunto: Interpretação de Textos, Gêneros Textuais.

74. Sobre o gênero textual, é correto afirmar que se trata de um texto:

a) argumentativo, o que se evidencia pela presença da opinião autoral e pelo uso da


primeira pessoa do plural.
b) dissertativo, por apresentar diversas opiniões sobre o assunto em um amplo panorama.
c) informativo, caracterizado apenas por informações dadas pelo autor, sem nenhum
posicionamento a respeito do tema.
d) narrativo, marcado pela presença de um protagonista e de um narrador que conta a sua
história.
e) descritivo, marcado pela descrição das características dos efeitos da eleição de Trump.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

O texto é predominantemente argumentativo, que se evidencia pela presença


da opinião autoral e pelo uso da primeira pessoa do plural. Um texto argumentativo
defende ideias ou um ponto de vista em uma progressão lógica e coerente, e tem
como objetivo informar, convencer, instruir ou persuadir o leitor.

É comum encontrar essa tipologia textual em: monografia, dissertação, crítica,


manifesto, etc.

Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral | Assunto: Interpretação de Textos.

75. No trecho “é uma reação global às diversas insurgências de massas por mudanças
radicais”, o vocábulo insurgências poderia ser substituído por:
a) revoltas.
b) surgimentos.
c) aglomerações.
d) reuniões.
e) exigências.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

No trecho “é uma reação global às diversas insurgências de massas por


mudanças radicais”, o termo em destaque foi empregado com o sentido de: ato ou
efeito de insurgir(-se); insurreição, revolta, rebelião.

Nesse sentido, a única palavra que substitui corretamente o termo em destaque


supracitado é “revoltas”.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral Assunto: Interpretação de Textos.

76. Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes
afirmativas:
( ) Os votos mais conservadores, em diversas partes do mundo, podem ser considerados
uma reação global às diversas mudanças políticas, sociais e econômicas que
caracterizam o século XXI.
( ) O cenário atual conservador é similar ao do início do século XX, com a esquerda e o
campo progressista mitigando essa reação, como o fascismo no século passado.
( ) A fragmentação da esquerda e do campo progressista leva a essa reação
conservadora, segundo o autor.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – F – V.
b) V – F – V.
c) F – V – F.
d) F – V – V.
e) V – F – F.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

1ª afirmativa: Os votos mais conservadores, em diversas partes do mundo, podem ser


considerados uma reação global às diversas mudanças políticas, sociais e econômicas que
caracterizam o século XXI.
Análise: de acordo com o texto, tal como no início do século XX, a onda conservadora
é uma reação global às diversas insurgências de massas por mudanças radicais (nas áreas
econômica, política e social) que caracterizaram o século XXI.
Resposta: verdadeiro.

2ª afirmativa: O cenário atual conservador é similar ao do início do século XX, com a


esquerda e o campo progressista mitigando essa reação, como o fascismo no século passado.
Análise: O quadro piora quando pensamos que as esquerdas e o campo progressista
de um modo geral estão muito mais fragmentados hoje, o que acaba fortalecendo o cenário
conservador, em comparação com a onda fascista do século passado. Além disso, o cenário
do século XXI, portanto, não é uma cópia do século XX.
Resposta: falso.

3ª afirmativa: A fragmentação da esquerda e do campo progressista leva a essa reação


conservadora, segundo o autor.
Análise: de acordo com o autor, o quadro piora quando pensamos que as esquerdas e
o campo progressista de um modo geral estão muito mais fragmentados hoje, o que acaba
fortalecendo o cenário conservador.
Resposta: verdadeiro.

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Ano: 2017 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Provas: NC-UFPR - 2017 - UFPR - Médico -
Clínico Geral Assunto: Interpretação de Textos.

77. No texto, o autor afirma que:

a) o brasileiro não sabe votar, mas os americanos e os ingleses, sim.


b) a esquerda e o campo progressista estão cada vez mais sólidos na política atual.
c) após uma onda fascista sempre vem uma onda conservadora.
d) os resultados das três votações citadas estão relacionados às insurgências de massas por
mudanças radicais, características do século XXI.
e) o século XXI tem conseguido fortalecer a classe trabalhadora mais que no passado.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

a) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. O autor do texto não


afirma em momento algum que o brasileiro não sabe votar e que os americanos e os
ingleses, sim.

b) INCORRETA. A esquerda e o campo progressista estão cada vez mais


fragmentados na política atual.

c) INCORRETA. A onda conservadora é uma reação global às diversas


insurgências de massas por mudanças radicais que caracterizaram o século XXI.

d) CORRETA. O resultado das três eleições é fruto de uma onda conservadora,


ou seja, uma reação às diversas insurgências de massas por mudanças radicais que
caracterizaram o século XXI.

e) INCORRETA. De acordo com o trecho “Essa revolução subjetiva, em curso


no mundo todo, é o que precisamos entender, pois ela esvazia o senso de coletivo e
aniquila a identidade de classe trabalhadora.”, o século XXI tem enfraquecido a classe
trabalhadora.

Demonstrações públicas escancaradas de amor pelos filhos, como tatuar seus nomes no braço,
não são, é claro, incompatíveis com negligenciá-los e abandoná-los; na verdade, quando eu era
médico e via homens com os nomes dos filhos tatuados no braço, eu podia ter quase certeza de
que eles estavam separados da mãe ou das mães de seus filhos, e que raramente os viam, se é
que os viam. Claro que é perfeitamente possível que haja números enormes de homens com os
nomes dos filhos tatuados nos braços que sejam pais extremamente bondosos e solícitos, mas
de algum modo duvido muito; parece-me mais provável que tatuar o nome seja uma
substituição para a solicitude, e não um indício dela.
(Theodore Dalrymple. Podres de mimados, 2015, p. 73)

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Coesão e coerência.

78. Quanto aos elementos de referência no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. Na linha 1, “seus nomes” diz respeito aos nomes dos filhos.
2. Na linha 3, “eles” refere-se a filhos.
3. Na linha 3, “os” refere-se a pais.
Assinale a alternativa correta

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: Na linha 1, “seus nomes” diz respeito aos nomes dos filhos.
Análise: no trecho “Demonstrações públicas escancaradas de amor pelos
filhos, como tatuar seus nomes no braço [...]”, o pronome “seus” refere-se aos
nomes dos filhos.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: Na linha 3, “eles” refere-se a filhos.


Análise: no trecho “quando eu era médico e via homens com os nomes dos
filhos tatuados no braço, eu podia ter quase certeza de que eles estavam separados
da mãe ou das mães de seus filhos”, o pronome “eles” refere-se aos homens.
Resposta: falsa.

Afirmativa 3: Na linha 3, “os” refere-se a pais.


Análise: no trecho “e que raramente os viam, se é que os viam”, o pronome
oblíquo átono “os” refere-se aos filhos.
Resposta: falsa.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Coesão e coerência.

79. Para o autor:


1. é possível um pai ter o nome do filho tatuado no braço e ser negligente com ele.
2. a maioria dos homens com os nomes dos filhos tatuados no braço são extremamente
bondosos e solícitos.
3. tatuar o nome do filho no braço é uma forma de o pai tentar compensar sua ausência.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Afirmativa 1: é possível um pai ter o nome do filho tatuado no braço e ser


negligente com ele.
Análise: De acordo com o texto, demonstrações públicas escancaradas de
amor pelos filhos, como tatuar seus nomes no braço, não são incompatíveis com
negligenciá-los.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: a maioria dos homens com os nomes dos filhos tatuados no


braço são extremamente bondosos e solícitos.
Análise: De acordo com texto, é perfeitamente possível que haja números
enormes de homens com os nomes dos filhos tatuados nos braços que sejam pais
extremamente bondosos e solícitos, mas o autor duvida dessa possibilidade.
Resposta: falsa.

Afirmativa 3: tatuar o nome do filho no braço é uma forma de o pai tentar


compensar sua ausência.
Análise: Para o autor do texto, é provável que tatuar o nome seja uma
substituição para a solicitude, e não um indício dela.
Resposta: verdadeira.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de textos.

80. Em fevereiro de 2016, a especialista em política educacional Paula Louzano falou à


revista Veja sobre a proposta de currículo nacional apresentada pelo governo.
Relativamente a essa entrevista, numere a coluna da direita, relacionando as respostas
com as respectivas perguntas que constam na coluna da esquerda.

1. Na terça-feira, o Ministro da Educação publicou uma revisão da proposta, ampliando,


por exemplo, a parte de história mundial e incluindo pontos de gramática. O avanço foi
significativo?
2. Como os outros países desenham seus currículos?
3. Por que a progressão é tão relevante para o aprendizado?
4. É preciso perseverar no propósito de criar um currículo único?

( ) Apegando-se ao conceito de progressão no ensino. Países como Canadá, Finlândia ou


Austrália são bons exemplos nessa área.
( ) Todos os países com bons índices de educação têm um currículo nacional.
( ) São mudanças relevantes. Mas não teremos um currículo de padrão internacional se
não houver uma mudança estrutural.
( ) Se o professor e o aluno não sabem quais são seus objetivos no fim do percurso
acadêmico, e como cada “degrau” da escada do conhecimento colabora para que
cheguem a esses objetivos, eles se perdem em meio aos conteúdos.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima
para baixo.

a) 1 – 2 – 3 – 4.
b) 2 – 4 – 1 – 3.
c) 3 – 1 – 4 – 2.
d) 2 – 1 – 4 – 3.
e) 3 – 4 – 1 – 2.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Pergunta 1: Na terça-feira, o Ministro da Educação publicou uma revisão da


proposta, ampliando, por exemplo, a parte de história mundial e incluindo pontos de
gramática. O avanço foi significativo?
Análise: a entrevistada é questionada sobre as mudanças no currículo padrão.
Resposta: São mudanças relevantes. Mas não teremos um currículo de padrão
internacional se não houver uma mudança estrutural.

Pergunta 2: Como os outros países desenham seus currículos?


Análise: a especialista em política educacional Paula Louzano é questionada
sobre como (modo) outros países desenham seus currículos escolares.

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Resposta: Apegando-se ao conceito de progressão no ensino. Países como


Canadá, Finlândia ou Austrália são bons exemplos nessa área.

Pergunta 3: Por que a progressão é tão relevante para o aprendizado?


Análise: o entrevistado questiona o motivo da relevância da progressão para
o aprendizado.
Resposta: Se o professor e o aluno não sabem quais são seus objetivos no fim
do percurso acadêmico, e como cada “degrau” da escada do conhecimento colabora
para que cheguem a esses objetivos, eles se perdem em meio aos conteúdos.

Pergunta 4: É preciso perseverar no propósito de criar um currículo único?


Análise: A entrevistada é questionada se é preciso perseverar/insistir no
propósito de criar um currículo único.
Resposta: Todos os países com bons índices de educação têm um currículo
nacional.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal.

81. Assinale a alternativa que NÃO apresenta problemas na construção da frase.

a) Não vejo mal no Supremo Tribunal Federal decidir que pessoas condenadas em segunda
instância devem começar a cumprir pena antes do trânsito em julgado do processo (final
do processo).
b) A responsabilidade de um técnico pela obra é menor do que um engenheiro.
c) O auditor não só tem obrigação de apurar eventuais fraudes como também denunciar os
culpados.
d) O novo coordenador indicado pela diretoria é professor renomado, e que tem sólida
formação humanista
e) Neste momento de crise, não se devem adotar medidas que sejam precipitadas e que
comprometam o alcance dos objetivos do projeto.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. No excerto “Não vejo mal no Supremo Tribunal Federal decidir


que pessoas condenadas em segunda instância devem começar a cumprir pena
[...]”, o verbo “dever”, no presente do indicativo, está incorreto gramaticalmente
quanto ao tempo verbal empregado, e precisaria ficar no presente do subjuntivo
“devam” para indicar uma ideia de possibilidade/hipótese juntamente com o verbo
“começar”, no infinitivo.

Reescrita: Não vejo mal no Supremo Tribunal Federal decidir que pessoas
condenadas em segunda instância devam começar a cumprir pena [...];

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b) INCORRETA. Na frase “A responsabilidade de um técnico pela obra é menor


do que um engenheiro”, a expressão “do que um” está incorreta. A comparação é
feita entre a responsabilidade de um técnico com a responsabilidade de um
engenheiro, portanto, a expressão correta é “que a de”, em que o “a” é um pronome
demonstrativo que equivale a “responsabilidade”.

Reescrita: A responsabilidade de um técnico pela obra é menor que a de um


engenheiro;

c) INCORRETA. Na frase “O auditor não só tem obrigação de apurar eventuais


fraudes como também denunciar os culpados”, há um problema de paralelismo
sintático. Observe: quem tem a obrigação, tem a obrigação DE alguma coisa, e que,
nessa frase, serão duas a “de apurar eventuais fraudes” e “de denunciar os culpados”.
Portanto, a afirmativa está incorreta pela ausência da preposição –de.

Reescrita: O auditor não só tem obrigação de apurar eventuais fraudes como


também de denunciar os culpados.

d) INCORRETA. Na frase “O novo coordenador indicado pela diretoria é


professor renomado, e que tem sólida formação humanista”, a expressão “o novo
coordenador indicado pela diretoria” é o sujeito do verbo “ser” e referente do verbo
“ter”, portanto, a vírgula que separa a oração coordenada sindética aditiva está
incorreta gramaticalmente.

Reescrita: O novo coordenador indicado pela diretoria é professor renomado e


tem sólida formação humanista.

e) CORRETA. Há dois pontos que devem ser analisados:

Vírgula: foi empregada para separar um adjunto adverbial de natureza


temporal que está deslocado.
Paralelismo: as expressões “que sejam precipitadas” e “que comprometam o
alcance dos objetivos do projeto” estão coordenadas e restringem o sentido da
palavra “medidas”, ambas começam com pronome relativo “que”.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Pontuação, Uso da vírgula.

82. Assinale a alternativa corretamente pontuada.

a) Passando ao largo dessas questões de filosofia da ciência e do eterno embate entre


ciência e religião é inegável que o livro: A magia da realidade é bem-sucedido em
transmitir a sensação de ‘maravilhamento’ com a realidade. Mostrando como a ciência
pode ser fascinante e, ao mesmo tempo, explicar (quase) tudo.
b) Passando ao largo dessas questões de filosofia da ciência e do eterno embate entre
ciência e religião, é inegável que o livro A magia da realidade é bem-sucedido em
transmitir a sensação de ‘maravilhamento’ com a realidade, mostrando como a ciência
pode ser fascinante e, ao mesmo tempo, explicar (quase) tudo.
c) Passando ao largo dessas questões de filosofia da ciência e do eterno embate entre
ciência e religião é, inegável, que o livro A magia da realidade é bem-sucedido, em
transmitir a sensação de ‘maravilhamento’ com a realidade mostrando como a ciência
pode ser fascinante e ao mesmo tempo, explicar (quase) tudo
d) Passando ao largo dessas questões de filosofia da ciência e do eterno embate entre
ciência e religião. É inegável que o livro A magia da realidade é bem-sucedido em
transmitir a sensação de ‘maravilhamento’ com a realidade, mostrando como a ciência
pode ser fascinante, e ao mesmo tempo, explicar (quase) tudo
e) Passando ao largo, dessas questões de filosofia da ciência e do eterno embate entre
ciência e religião, é inegável que o livro A magia da realidade é bem-sucedido em
transmitir a sensação de ‘maravilhamento’ com a realidade, mostrando como a ciência
pode ser fascinante e ao mesmo tempo, explicar (quase) tudo.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. A oração “Passando ao largo dessas questões de filosofia da


ciência e do eterno embate entre ciência e religião” deve estar entre vírgulas, já que
se trata de uma oração reduzida do gerúndio anteposta à oração principal.

b) CORRETA. Há três pontos que devem ser analisados:

1º ponto: a vírgula que separa a oração reduzida de gerúndio de natureza


adverbial condicional anteposta à oração principal: Passando ao largo dessas [...]
religião.
2º ponto: a vírgula (facultativa) que separa a oração reduzida de gerúndio de
natureza adverbial causal no final do período: Mostrando como a ciência pode ser
fascinante e, ao mesmo tempo, explicar (quase) tudo.
3º ponto: as vírgulas (obrigatórias) que separam um adjunto adverbial
intercalado na oração: ao mesmo tempo

c) INCORRETA. A palavra “inegável” não pode vir entre vírgulas, pois separa
o verbo de ligação “ser” de seu predicativo do sujeito “inegável”. Bem como, as

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vírgulas que isolam o adjunto adverbial deslocado “ao mesmo tempo” são
obrigatórias.

d) INCORRETA. As vírgulas que isolam o adjunto adverbial deslocado “ao


mesmo tempo” são obrigatórias.

e) INCORRETA. As vírgulas que isolam o adjunto adverbial deslocado “ao


mesmo tempo” são obrigatórias.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Coesão e coerência.

83. Considere o seguinte trecho inicial de um texto:

Cientistas do Google anunciaram no final de janeiro que o programa de computador


AlphaGo venceu Fan Hui, campeão europeu de um jogo muito popular na Ásia, chamado
em japonês de go, também conhecido pelo nome chinês, wei qi.

As frases a seguir dão continuidade a esse trecho inicial, mas estão fora de ordem.
Numere os parênteses, identificando a sequência textual correta.
( ) O objetivo é cercar as peças do adversário e, com isso, conquistar a maior área
possível.
( ) Num tabuleiro de go, há infinitamente mais configurações possíveis que num jogo de
xadrez – mais até que o número de átomos no universo.
( ) Foi a primeira vez que um software derrotou um mestre de go, jogo com regras de
simplicidade infantil, mas variações de complexidade absurda.
( ) Dois oponentes, um com as pedras pretas, outro com as brancas, põem a cada rodada
uma peça no tabuleiro.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para
baixo.

a) 1 – 3 – 4 – 2.
b) 4 – 2 – 1 – 3.
c) 2 – 1 – 3 – 4.
d) 1 – 2 – 4 – 3.
e) 4 – 2 – 3 – 1.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Trecho de referência: Cientistas do Google anunciaram no final de janeiro


que o programa de computador AlphaGo venceu Fan Hui, campeão europeu de um
jogo muito popular na Ásia, chamado em japonês de go, também conhecido pelo
nome chinês, wei qi.

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1º trecho: Foi a primeira vez que um software derrotou um mestre de go, jogo
com regras de simplicidade infantil, mas variações de complexidade absurda.
Análise: No trecho de referência, o autor faz uma abordagem inicial sobre o
programa de computador AlphaGo que venceu Fan Hui, campeão europeu de um jogo
muito popular na Ásia, chamado em japonês de go. Na sequência o autor fala que foi
a primeira vez que um software venceu o campeão Fan Hui.

2º trecho: Num tabuleiro de go, há infinitamente mais configurações possíveis


que num jogo de xadrez – mais até que o número de átomos no universo.
Análise: A sequência lógica está na retomada de “variações de complexidade
absurda”, no trecho anterior, e que no atual ele explica o porquê da complexidade:
há infinitamente mais configurações possíveis que num jogo de xadrez – mais até
que o número de átomos no universo.

3º trecho: Dois oponentes, um com as pedras pretas, outro com as brancas,


põem a cada rodada uma peça no tabuleiro.
Análise: o autor explica, por alto, como funcionam as regras do jogo.

4º trecho: O objetivo é cercar as peças do adversário e, com isso, conquistar


a maior área possível.
Análise: por fim, para finalizar a sequência lógica, é apresentado o objetivo do
jogo.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Variação Linguística.

84. Considere a seguinte frase:

Os dispositivos implantados em pacientes emitiriam sinais, em tempo real, que


informariam aos sistemas de vigilância dos hospitais se tudo está bem ou não,
_______________ significativamente as situações de emergência.

Considere as seguintes possibilidades de preenchimento da lacuna acima:

1. atenuando
2. vindo a atenuar
3. onde atenuaria
4. o que atenuaria
São abonadas pela norma padrão da língua portuguesa no Brasil as formas:

a) 2 e 4 apenas.
b) 3 e 4 apenas.
c) 1, 2 e 3 apenas.
d) 1, 2 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

No período “Os dispositivos implantados em pacientes emitiriam sinais, em


tempo real, que informariam aos sistemas de vigilância dos hospitais se tudo está
bem ou não, _______________ significativamente as situações de emergência”, as
formas verbais encontram-se flexionados no futuro do pretérito do indicativo, ou
seja, expressa a possibilidade/hipótese de ações no passado.

1. Atenuando: nesse contexto, expressa ideia de consequência, e pode ser


corretamente empregado para transmitir a ideia de possíveis consequências.

2. Vindo a atenuar: o uso da locução verbal expressaria ideia de consequência,


e poderia ser corretamente empregada para transmitir a ideia de possíveis
consequências.

3. Onde atenuaria: o pronome “onde” somente pode ser empregado quando


houver ideia circunstancial de lugar, portanto, não pode ser utilizado no período
de referência, pois não há essa ideia.

4. O que atenuaria: o pronome demonstrativo “o” simultaneamente com o


pronome relativo “que” retoma: os dispositivos implantados em pacientes emitiriam
sinais, em tempo real, que informariam aos sistemas de vigilância dos hospitais se
tudo está bem ou não.

Dessa forma, substituindo-se esses elementos ficaria: os dispositivos


implantados em pacientes emitiriam sinais, em tempo real, que informariam aos
sistemas de vigilância dos hospitais se tudo está bem ou não atenuaria
significativamente as situações de emergência. Logo, a expressão “O que atenuaria“
poderia preencher a lacuna corretamente.

Dei uma palestra em janeiro no Festival Literário Galle. Nos últimos dez anos, esse festival
tornou-se um dos maiores destaques do circuito cultural do Sri Lanka. Neste ano, o evento criou
festivais “de contato com as comunidades” em Kandy, na região montanhosa do país, e Jaffna,
no norte.
Foi significativo o fato de o festival ter sido levado a Jaffna, capital da província do Norte. A
brutal guerra civil entre os Tigres pela Libertação do Tamil Eelam e o Exército de Sri Lanka
acabou há menos de sete anos. Muita coisa no Norte foi reconstruída, mas os fantasmas do
conflito ainda assombram Jaffna, desde os edifícios marcados por buracos de balas até os
milhares de civis mortos do conflito.
Contra esse pano de fundo, o festival criou um espaço de engajamento com uma larga
variedade de ideias, de maneira que não acontece com frequência em um lugar como Jaffna. O
evento foi aberto com uma discussão da literatura tâmil, que ajudou a moldar e definir a
identidade tâmil.
Reconhecendo as sensibilidades envolvidas, os organizadores do festival promoveram a
sessão na língua tâmil. Porém, fato notável, todos os palestrantes e muitos escritores tâmeis

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presentes na plateia fizeram objeção, insistindo no uso do inglês. “Não queremos falar apenas
com nós mesmos”, disse um dos presentes.
É uma opinião que não encontro com frequência. “Falar consigo mesmo”, muitas vezes,
infelizmente, parece ser o objetivo das políticas de identidade no Ocidente. Um bom exemplo
disso é a moda atual de denunciar a “apropriação cultural”, que denota o uso por pessoas de
uma cultura (especialmente pessoas de posição privilegiada) dos símbolos e ideias de outra
cultura.
Essa noção já levou a casos bizarros, como grêmios estudantis que proibiram o uso do
sombreiro (chapéu mexicano) ou as aulas de ioga. O problema é que a história da cultura é a
história da apropriação. Não pode haver cultura sem que os povos emprestem, roubem e se
apropriem de elementos uns dos outros.
A discussão sobre identidade que aconteceu em Jaffna foi diferente. Para os tâmeis presentes,
a identidade não era uma barreira com a qual se proteger do resto do mundo, mas uma maneira
de dialogar com esse mundo.
Chamou minha atenção igualmente a resposta do público em um evento realizado alguns dias
antes em Colombo, a capital do Sri Lanka. Eu tinha sido entrevistado sobre o palco, num bate-
papo que cobriu desde minha infância até meu senso de identidade, passando por questões de
liberdade de expressão e censura.
Critiquei a política de identidade e expressei apoio ao direito de causar ofensa.
Especificamente, defendi a revista satírica francesa “Charlie Hebdo” contra acusações de
racismo.
Já discursei sobre temas semelhantes para plateias semelhantes na Europa e encarei críticas
consideráveis. “O que lhe dá o direito de ofender outros?”, já me perguntaram. “A liberdade de
expressão é acompanhada da obrigação de usá-la de modo responsável”, me disseram.
Em um debate no Reino Unido sobre as consequências do caso “Charlie Hebdo”, outro
participante lamentou o fato de o debate ter ficado polarizado entre os que estavam a favor ou
contra a liberdade de expressão. Não podemos simplesmente ser a favor ou contra a liberdade,
ele argumentou: “É mais complicado que isso”.
Teria o palestrante apresentado o mesmo argumento 200 anos atrás, quando se debatia a
abolição da escravidão? Será que ele teria dito “não podemos simplesmente ser a favor ou
contra a abolição da escravidão. A liberdade é mais complicada que isso”?
Não precisei colocar essa pergunta à minha plateia em Colombo. As pessoas que ali estavam
compreendiam implicitamente a importância da liberdade e, em especial, da liberdade de
expressão. Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas das charges publicadas pelo “Charlie
Hebdo” defenderam o direito do semanário de publicá-las. [...]
Na realidade, desde o fim da guerra, o país assiste ao crescimento dos movimentos religiosos
sectários. Por exemplo, surgiu uma vertente mais intolerante do budismo que tem como alvo
não os tâmeis, mas os muçulmanos.
O islamismo também está mudando em Sri Lanka. Antes, era uma religião relativamente
aberta, descontraída. Agora, porém, chamou minha atenção o grande número de mulheres
usando a burca, algo que teria sido inimaginável duas décadas atrás. Parece que muitos
muçulmanos de Sri Lanka foram ser operários em países do Golfo Pérsico e, quando voltaram,
trouxeram na bagagem uma vertente mais intransigente do islamismo. [...]
Ao pedir que se proíbam a “apropriação cultural” e as ofensas, muitos adotam ideias sobre
identidade, cultura e livre expressão que reforçam mais os sectários que aqueles que os
contestam. Queremos uma sociedade mais aberta ou mais fechada? Esse é o xis da questão, quer
seja em Colombo, Jaffna ou Londres.
(Kenan Malik. Jornal Gazeta do Povo, 27 fev. 2016)

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos,

85. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:

1. O festival em Jaffna foi um manifesto contra a atuação dos Tigres pela Libertação do
Tamil, que causou a morte de milhares de civis.
2. O autor considera que a plateia de suas palestras na Europa é mais receptiva às suas
ideias sobre liberdade de expressão.
3. Os eventos em Jaffna e Colombo são mencionados pelo autor como exemplos de
abertura cultural.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: O festival em Jaffna foi um manifesto contra a atuação dos


Tigres pela Libertação do Tamil, que causou a morte de milhares de civis.
Análise: de acordo com o trecho "Foi significativo o fato de o festival ter sido
levado a Jaffna, capital da província do Norte. A brutal guerra civil entre os Tigres
pela Libertação do Tamil Eelam e o Exército de Sri Lanka acabou há menos de sete
anos. Muita coisa no Norte foi reconstruída, mas os fantasmas do conflito ainda
assombram Jaffna, desde os edifícios marcados por buracos de balas até os milhares
de civis mortos do conflito. Contra esse pano de fundo, o festival criou um espaço
de engajamento com uma larga variedade de ideias, de maneira que não acontece
com frequência em um lugar como Jaffna.", o manifesto foi contra o “esse pano de
fundo” que retoma: os fantasmas do conflito ainda assombram Jaffna, desde os
edifícios marcados por buracos de balas até os milhares de civis mortos do conflito.
Resposta: falso.

Afirmativa 2: O autor considera que a plateia de suas palestras na Europa é


mais receptiva às suas ideias sobre liberdade de expressão.
Análise: de acordo com o trecho “Já discursei sobre temas semelhantes para
plateias semelhantes na Europa e encarei críticas consideráveis”, o autor do texto
não considera a plateia de suas palestras na Europa as mais receptivas.
Resposta: falso.

Afirmativa 3: Os eventos em Jaffna e Colombo são mencionados pelo autor


como exemplos de abertura cultural.
Análise: No trecho "Ao pedir que se proíbam a 'apropriação cultural' e as
ofensas, muitos adotam ideias sobre identidade, cultura e livre expressão que

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reforçam mais os sectários que aqueles que os contestam. Queremos uma sociedade
mais aberta ou mais fechada? Esse é o xis da questão, quer seja em Colombo, Jaffna
ou Londres.", pode-se inferir que os eventos em Jaffna e Colombo são mencionados
como exemplos de abertura cultural.
Resposta: verdadeira.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Redação – Reescritura de texto.

86. Considere a reescrita das seguintes afirmativas retiradas do texto:

1. A frase “Não precisei colocar essa pergunta à minha plateia em Colombo” pode ser
reescrita como “Não foi preciso colocar essa pergunta à minha plateia em Colombo”.
2. A frase “algo que teria sido inimaginável duas décadas atrás” pode ser reescrita como
“algo que teria sido inimaginável a duas décadas”.
3. A frase “Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas das charges publicadas pelo
‘Charlie Hebdo’ defenderam o direito do semanário de publicá-las” pode ser reescrita
como “Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas das charges publicadas pelo
‘Charlie Hebdo’ defenderam o direito do semanário de publicar elas”.
4. A frase “Por exemplo, surgiu uma vertente mais intolerante do budismo que tem como
alvo não os tâmeis, mas os muçulmanos” pode ser reescrita como “Por exemplo, surgiu
uma vertente mais intolerante do budismo que tem como alvo os muçulmanos, e não os
tâmeis”.
Estão corretas as frases reescritas em:

a) 2 e 3 apenas.
b) 1 e 4 apenas.
c) 1, 2 e 3 apenas.
d) 1, 3 e 4 apenas
e) 1, 2, 3 e 4.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Afirmativa 1: A frase “Não precisei colocar essa pergunta à minha plateia em


Colombo” pode ser reescrita como “Não foi preciso colocar essa pergunta à minha
plateia em Colombo”.
Análise: Há a transposição da voz ativa (precisei) para a voz passiva analítica
(foi preciso).
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: A frase “algo que teria sido inimaginável duas décadas atrás”
pode ser reescrita como “algo que teria sido inimaginável a duas décadas”.
Análise: o correto seria “há duas décadas”, e não “a duas décadas”, já que o
verbo impessoal “haver” indica tempo decorrido.
Resposta: falsa.

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Afirmativa 3: A frase “Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas das


charges publicadas pelo ‘Charlie Hebdo’ defenderam o direito do semanário de
publicá-las” pode ser reescrita como “Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas
das charges publicadas pelo ‘Charlie Hebdo’ defenderam o direito do semanário de
publicar elas”.
Análise: O pronome pessoal do caso reto “elas” deve exercer a função de
sujeito, e não de complemento verbal, como apareceu na reescrita.
Além disso, a expressão correta é “de o seminário” e não “do seminário”, já
que o termo “o seminário” exerce a função de sujeito do verbo “publicar” e não pode
ser preposicionado.
Resposta: falsa

Afirmativa 4: A frase “Por exemplo, surgiu uma vertente mais intolerante do


budismo que tem como alvo não os tâmeis, mas os muçulmanos” pode ser reescrita
como “Por exemplo, surgiu uma vertente mais intolerante do budismo que tem como
alvo os muçulmanos, e não os tâmeis”.
Análise: A troca dos elementos em “não os tâmeis, mas os muçulmanos” por
“os muçulmanos, e não os tâmeis” preserva a ideia de oposição.
Resposta: verdadeira.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Significação Contextual de Palavras e Expressões.
Sinônimos e Antônimos. Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

87. A palavra “implicitamente”, sublinhada no texto, tem aí o sentido de:

a) por experiência própria.


b) na sua plenitude
c) sem precisar que fosse dito
d) de modo preciso
e) com atenção.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

No excerto “Não precisei colocar essa pergunta à minha plateia em Colombo.


As pessoas que ali estavam compreendiam implicitamente a importância da
liberdade”, a palavra “implicitamente” foi empregada com o sentido de: ainda não
expressado; de maneira implícita; subentendido, oculto, tácito.

Nesse sentido, a única expressão que tem o mesmo valor semântico é “sem
precisar que fosse dito”.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - 2016 -
Prefeitura de Curitiba - PR - Enfermeiro Assunto: Interpretação de Textos, Coesão e
coerência.

88. O texto a seguir, adaptado da revista Mundo Estranho, explicita os passos da criogenia,
processo que permite manter um corpo congelado para uma possível “ressurreição”
quando (e se) a tecnologia permitir. Numere os parágrafos de forma a organizá-los numa
progressão textual coerente e lógica.

( ) Em seguida, o corpo, envolto em um saco plástico protetor, é mergulhado em um


grande cilindro de nitrogênio líquido circulante a 196 ºC negativos. A cabeça, presa ao
corpo ou avulsa (sim, é possível congelar só a cabeça), fica no fundo do cilindro, para
que, em caso de vazamento, demore mais a descongelar.
( ) No transporte até a clínica, o corpo é colocado em uma manta térmica especial e
imerso em um tanque de gelo até chegar à instituição. A ideia é manter o corpo na
temperatura mais baixa possível, para minimizar a atividade cerebral restante e manter
os tecidos preservados por mais tempo.
( ) Na clínica, o sangue do paciente é retirado e, em seu lugar, é inserido um líquido à
base de glicerina, evitando que cristais de gelo se formem no interior das células e
rompam as membranas. Esse processo é chamado de vitrificação e permite que o corpo
fique em animação suspensa por longos períodos.
( ) Depois que o coração para de bater, um médico atesta a morte legal do paciente e o
processo de criogenia começa. Um líquido anticoagulante é injetado no corpo e uma
máquina continua bombeando sangue e oxigênio artificialmente para evitar a morte dos
tecidos. O ideal é que tudo isso aconteça em, no máximo, 15 minutos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) 3 – 2 – 1 – 4.
b) 2 – 3 – 1 – 4.
c) 4 – 2 – 3 – 1.
d) 4 – 1 – 3 – 2.
e) 2 – 1 – 4 – 3.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

1º trecho: Depois que o coração para de bater, um médico atesta a morte


legal do paciente e o processo de criogenia começa. Um líquido anticoagulante é
injetado no corpo e uma máquina continua bombeando sangue e oxigênio
artificialmente para evitar a morte dos tecidos. O ideal é que tudo isso aconteça em,
no máximo, 15 minutos.
Análise: o trecho introduz o tema criogenia, processo que permite manter um
corpo congelado para uma possível “ressurreição” quando (e se) a tecnologia
permitir.

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2º trecho: No transporte até a clínica, o corpo é colocado em uma manta


térmica especial e imerso em um tanque de gelo até chegar à instituição. A ideia é
manter o corpo na temperatura mais baixa possível, para minimizar a atividade
cerebral restante e manter os tecidos preservados por mais tempo.
Análise: o trecho apresenta os primeiros procedimentos realizados após o
médico atestar a morte do paciente e ele ser transportado para a clínica.

3º trecho: Na clínica, o sangue do paciente é retirado e, em seu lugar, é


inserido um líquido à base de glicerina, evitando que cristais de gelo se formem no
interior das células e rompam as membranas. Esse processo é chamado de
vitrificação e permite que o corpo fique em animação suspensa por longos períodos.
Análise: a sequência lógica continua com a chegada do paciente na clínica e
os próximos procedimentos serem realizados.

4º trecho: Em seguida, o corpo, envolto em um saco plástico protetor, é


mergulhado em um grande cilindro de nitrogênio líquido circulante a 196 ºC
negativos. A cabeça, presa ao corpo ou avulsa (sim, é possível congelar só a cabeça),
fica no fundo do cilindro, para que, em caso de vazamento, demore mais a
descongelar.
Análise: por fim, o trecho apresenta a etapa final do processo de criogenia.

YACI, A INDÍGENA QUE TEM TUDO PARA BRILHAR NAS OLIMPÍADAS

Ela venceu a seletiva de tiro com arco e está na reta final para compor a equipe que
representará o Brasil nos jogos

Se muitos indígenas brasileiros ainda utilizam o arco e flecha como instrumento de caça, esse
nunca foi o caso de Graziela Paulino dos Santos, a Yaci. Da etnia Karapanã, ela nasceu e cresceu
na comunidade Nova Canaã, na zona rural de Manaus, onde sempre frequentou a escola e
sonhava em fazer faculdade na capital. Arco e flecha? Só nas comemorações do dia do índio
mesmo, quando atirava para celebrar.
Se alguém contasse para ela, há dois anos, que teria chances de um dia compor a equipe
olímpica do Brasil de tiro com arco, ela provavelmente riria descrente. Mesmo assim, quando o
projeto Arquearia Indígena da FAS (Fundação Amazônia Sustentável) chegou à comunidade
para selecionar jovens para praticar o esporte, ela resolveu tentar.
Sem praticamente nenhum preparo, competiu com outros adolescentes da região e ficou
entre os 12 selecionados que passaram a receber apoio para treinar em Manaus. “Eu nunca
sonhei ser atleta e nem tinha muitas esperanças, então continuei com a escola. Passava uma
semana por mês treinando e depois voltava para estudar”.
Boa aluna, Yaci se dedicava muito e sonhava com o dia em que iria fazer faculdade. Quando
terminou o colegial, aproveitou a oportunidade de viver na Vila Olímpica, seguir treinando e
passar no vestibular. Ingressou na universidade de Ciências Contábeis.
Assim como sempre foi dedicada e esforçada nos estudos, Yaci passou a dar tudo de si à
arquearia. Durante 2015, treinou todos os dias, das oito ao meio dia e das três às cinco e meia.
E ainda tinha pique para ir para a faculdade à noite. “Eu me dedico muito e, quando vejo que
preciso melhorar em algum ponto, treino para conseguir”, conta. Toda essa dedicação começou

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a render frutos em janeiro de 2016, quando participou da primeira seletiva para as Olimpíadas,
em São Paulo, e ficou em primeiro lugar. Competindo contra ela, havia atletas com mais de dez
anos de treinamento, mas ela não se amedrontou.
A partir de 3 de março, ela vai encarar mais quatro etapas da seletiva final, em combate de
arqueiro contra arqueiro, que podem garantir a vaga na equipe olímpica. “Eu treino todo dia
direitinho e agora vou treinar mais ainda, para dar meu melhor e tentar essa vaga”, diz Yaci,
que não falta a nenhum treino e está cheia de expectativa – mas não quer cantar vitória antes
da hora. Para ela, o arco e flecha representam muito mais que um esporte. “Eu sou uma
referência para os jovens da minha comunidade. Mesmo pobres, com poucas condições e uma
vida muito simples, eles estão vendo que dá para ir atrás dos sonhos”.
Ela também se orgulha de estar representando sua comunidade indígena para o resto do país.
E para conseguir levar sua representatividade para os holofotes dos Jogos Olímpicos e
conquistar uma medalha, não vai medir esforços. “Eu quero ser atleta profissional por muitos
anos ainda e só trabalhar com contabilidade mais para frente”.
Vamos torcer para que ela consiga!
(Disponível em: <http://azmina.com.br/2016/02/yaci-a-indigena-que-tem-tudo-para-brilhar-nas-olimpiadas/>. Acesso em 01/03/2016.)

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - 2016 -
Prefeitura de Curitiba - PR - Enfermeiro Assunto: Sintaxe, Uso dos conectivos.

89. A respeito dos marcadores do discurso no texto, numere a coluna da direita de acordo
com sua correspondência com a coluna da esquerda, associando as expressões sublinhadas
com as respectivas relações que elas estabelecem no texto.

1. Assim como sempre foi dedicada e esforçada nos estudos, Yaci passou a dar tudo de si
à arquearia.
2. Eu me dedico muito e, quando vejo que preciso melhorar em algum ponto, treino para
conseguir.
3. Mesmo pobres, com poucas condições e uma vida muito simples, eles estão vendo que
dá para ir atrás dos sonhos.

( ) Concessão.
( ) Comparação.
( ) Adição.

a) 3 – 2 – 1.
b) 2 – 1 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 1 – 3 – 2.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

1º trecho: A locução “assim como” introduz uma oração de natureza adverbial


comparativa e estabelece uma comparação em relação à oração principal.

2º trecho: A conjunção “e” introduz uma oração coordenada sindética aditiva,


e estabelece uma adição/acréscimo de ideias.

3º trecho: A conjunção “mesmo” introduz uma oração subordinada adverbial


concessiva e estabelece uma ideia contrária, mas sem força suficiente para impedir
a realização do fato apresentado na oração principal.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - 2016 -
Prefeitura de Curitiba - PR - Enfermeiro Assunto: Tipologia e gênero textual.

90. Sobre o gênero textual apresentado, assinale a alternativa correta.

a) Trata-se de um texto argumentativo, o que se evidencia pela presença da opinião autoral


presente na última linha do texto.
b) Trata-se de um texto dissertativo, por apresentar diversas opiniões da atleta sobre as
questões sociais.
c) Trata-se de um texto informativo, caracterizado por informações dadas tanto pelo autor
quanto pela atleta, por meio de citações diretas.
d) Trata-se de um texto narrativo, marcado pela presença de uma protagonista e de um
narrador que conta a sua história.
e) Trata-se de um texto técnico, o que se percebe pela objetividade das informações
apresentadas, sem margem para subjetividade.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

O texto é predominantemente informativo, sem adotar nenhum tipo de


julgamento de valor/opinião do autor. O autor do texto expõe os dados e/ou
informações/conceitos de modo objetivo e com linguagem clara e direta, sem se
posicionar sobre o assunto. Esse gênero textual apresenta referências objetivas,
dados, estatísticas, pesquisas e estudos para reforçar e dar credibilidade às
informações.

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YACI, A INDÍGENA QUE TEM TUDO PARA BRILHAR NAS OLIMPÍADAS

Ela venceu a seletiva de tiro com arco e está na reta final para compor a equipe que
representará o Brasil nos jogos

Se muitos indígenas brasileiros ainda utilizam o arco e flecha como instrumento de caça, esse
nunca foi o caso de Graziela Paulino dos Santos, a Yaci. Da etnia Karapanã, ela nasceu e cresceu
na comunidade Nova Canaã, na zona rural de Manaus, onde sempre frequentou a escola e
sonhava em fazer faculdade na capital. Arco e flecha? Só nas comemorações do dia do índio
mesmo, quando atirava para celebrar.
Se alguém contasse para ela, há dois anos, que teria chances de um dia compor a equipe
olímpica do Brasil de tiro com arco, ela provavelmente riria descrente. Mesmo assim, quando o
projeto Arquearia Indígena da FAS (Fundação Amazônia Sustentável) chegou à comunidade
para selecionar jovens para praticar o esporte, ela resolveu tentar.
Sem praticamente nenhum preparo, competiu com outros adolescentes da região e ficou
entre os 12 selecionados que passaram a receber apoio para treinar em Manaus. “Eu nunca
sonhei ser atleta e nem tinha muitas esperanças, então continuei com a escola. Passava uma
semana por mês treinando e depois voltava para estudar”.
Boa aluna, Yaci se dedicava muito e sonhava com o dia em que iria fazer faculdade. Quando
terminou o colegial, aproveitou a oportunidade de viver na Vila Olímpica, seguir treinando e
passar no vestibular. Ingressou na universidade de Ciências Contábeis.
Assim como sempre foi dedicada e esforçada nos estudos, Yaci passou a dar tudo de si à
arquearia. Durante 2015, treinou todos os dias, das oito ao meio dia e das três às cinco e meia.
E ainda tinha pique para ir para a faculdade à noite. “Eu me dedico muito e, quando vejo que
preciso melhorar em algum ponto, treino para conseguir”, conta. Toda essa dedicação começou
a render frutos em janeiro de 2016, quando participou da primeira seletiva para as Olimpíadas,
em São Paulo, e ficou em primeiro lugar. Competindo contra ela, havia atletas com mais de dez
anos de treinamento, mas ela não se amedrontou.
A partir de 3 de março, ela vai encarar mais quatro etapas da seletiva final, em combate de
arqueiro contra arqueiro, que podem garantir a vaga na equipe olímpica. “Eu treino todo dia
direitinho e agora vou treinar mais ainda, para dar meu melhor e tentar essa vaga”, diz Yaci,
que não falta a nenhum treino e está cheia de expectativa – mas não quer cantar vitória antes
da hora. Para ela, o arco e flecha representam muito mais que um esporte. “Eu sou uma
referência para os jovens da minha comunidade. Mesmo pobres, com poucas condições e uma
vida muito simples, eles estão vendo que dá para ir atrás dos sonhos”.
Ela também se orgulha de estar representando sua comunidade indígena para o resto do país.
E para conseguir levar sua representatividade para os holofotes dos Jogos Olímpicos e
conquistar uma medalha, não vai medir esforços. “Eu quero ser atleta profissional por muitos
anos ainda e só trabalhar com contabilidade mais para frente”.
Vamos torcer para que ela consiga!
(Disponível em: <http://azmina.com.br/2016/02/yaci-a-indigena-que-tem-tudo-para-brilhar-nas-olimpiadas/>. Acesso em 01/03/2016.)

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: Prefeitura de Curitiba - PR Prova: NC-UFPR - 2016 -
Prefeitura de Curitiba - PR - Enfermeiro Assunto: Interpretação de textos.

91. Sobre o texto, considere as seguintes afirmativas:


1. A atleta acredita que as pessoas da sua comunidade podem se sentir inspiradas a lutar
pelos seus sonhos através do exemplo dela.
2. A comunidade indígena de onde Yaci vem já tinha revelado outros 12 talentos da
arquearia, mas apenas ela é referência.
3. Por não acreditar que ia seguir com a carreira esportiva, Yaci, paralelamente aos
treinos, estudou e chegou a passar no vestibular.
4. Yaci se inspira nos outros atletas indígenas que estão competindo contra ela nas
seletivas, afirmando que eles são um exemplo para a sua comunidade.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Afirmativa 1: A atleta acredita que as pessoas da sua comunidade podem se


sentir inspiradas a lutar pelos seus sonhos através do exemplo dela.
Análise: de acordo com a fala da atleta “Eu sou uma referência para os jovens
da minha comunidade. Mesmo pobres, com poucas condições e uma vida muito
simples, eles estão vendo que dá para ir atrás dos sonhos”, pode-se inferir que ela é
referência e inspiração para os jovens de sua comunidade através do seu exemplo.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: A comunidade indígena de onde Yaci vem já tinha revelado


outros 12 talentos da arquearia, mas apenas ela é referência.
Análise: segundo o trecho "Sem praticamente nenhum preparo, competiu com
outros adolescentes da região e ficou entre os 12 selecionados que passaram a
receber apoio para treinar em Manaus.", Yaci é uma dos doze adolescentes
selecionados pelo projeto Arquearia Indígena, tornando-se referência para a sua
comunidade. O texto não fala que a comunidade de origem da atleta já tinha revelado
12 adolescentes talentos de arquearia.
Resposta: falsa

Afirmativa 3: Por não acreditar que ia seguir com a carreira esportiva, Yaci,
paralelamente aos treinos, estudou e chegou a passar no vestibular.
Análise: De acordo com a fala de Yaci “Eu nunca sonhei ser atleta e nem tinha
muitas esperanças, então continuei com a escola. Passava uma semana por mês

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treinando e depois voltava para estudar”, pode-se inferir que ela não acreditava que
ia seguir com a carreira esportiva e que, concomitantemente aos treinos, estudava.
Além disso, o texto cita que ela ingressou na universidade de Ciências Contábeis.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 4: Yaci se inspira nos outros atletas indígenas que estão


competindo contra ela nas seletivas, afirmando que eles são um exemplo para a sua
comunidade.
Análise: Yaci é referência e inspiração para os jovens de sua comunidade
através do seu exemplo. Além disso, o texto não diz que Yaci se inspira nos outros
atletas indígenas que estão competindo contra ela nas seletivas.
Resposta: falsa.

Dei uma palestra em janeiro no Festival Literário Galle. Nos últimos dez anos, esse festival
tornou-se um dos maiores destaques do circuito cultural do Sri Lanka. Neste ano, o evento criou
festivais “de contato com as comunidades” em Kandy, na região montanhosa do país, e Jaffna,
no norte.
Foi significativo o fato de o festival ter sido levado a Jaffna, capital da província do Norte. A
brutal guerra civil entre os Tigres pela Libertação do Tamil Eelam e o Exército de Sri Lanka
acabou há menos de sete anos. Muita coisa no Norte foi reconstruída, mas os fantasmas do
conflito ainda assombram Jaffna, desde os edifícios marcados por buracos de balas até os
milhares de civis mortos do conflito.
Contra esse pano de fundo, o festival criou um espaço de engajamento com uma larga
variedade de ideias, de maneira que não acontece com frequência em um lugar como Jaffna. O
evento foi aberto com uma discussão da literatura tâmil, que ajudou a moldar e definir a
identidade tâmil.
Reconhecendo as sensibilidades envolvidas, os organizadores do festival promoveram a
sessão na língua tâmil. Porém, fato notável, todos os palestrantes e muitos escritores tâmeis
presentes na plateia fizeram objeção, insistindo no uso do inglês. “Não queremos falar apenas
com nós mesmos”, disse um dos presentes.
É uma opinião que não encontro com frequência. “Falar consigo mesmo”, muitas vezes,
infelizmente, parece ser o objetivo das políticas de identidade no Ocidente. Um bom exemplo
disso é a moda atual de denunciar a “apropriação cultural”, que denota o uso por pessoas de
uma cultura (especialmente pessoas de posição privilegiada) dos símbolos e ideias de outra
cultura.
Essa noção já levou a casos bizarros, como grêmios estudantis que proibiram o uso do
sombreiro (chapéu mexicano) ou as aulas de ioga. O problema é que a história da cultura é a
história da apropriação. Não pode haver cultura sem que os povos emprestem, roubem e se
apropriem de elementos uns dos outros.
A discussão sobre identidade que aconteceu em Jaffna foi diferente. Para os tâmeis presentes,
a identidade não era uma barreira com a qual se proteger do resto do mundo, mas uma maneira
de dialogar com esse mundo.
Chamou minha atenção igualmente a resposta do público em um evento realizado alguns dias
antes em Colombo, a capital do Sri Lanka. Eu tinha sido entrevistado sobre o palco, num bate-
papo que cobriu desde minha infância até meu senso de identidade, passando por questões de
liberdade de expressão e censura.

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Critiquei a política de identidade e expressei apoio ao direito de causar ofensa.


Especificamente, defendi a revista satírica francesa “Charlie Hebdo” contra acusações de
racismo.
Já discursei sobre temas semelhantes para plateias semelhantes na Europa e encarei críticas
consideráveis. “O que lhe dá o direito de ofender outros?”, já me perguntaram. “A liberdade de
expressão é acompanhada da obrigação de usá-la de modo responsável”, me disseram.
Em um debate no Reino Unido sobre as consequências do caso “Charlie Hebdo”, outro
participante lamentou o fato de o debate ter ficado polarizado entre os que estavam a favor ou
contra a liberdade de expressão. Não podemos simplesmente ser a favor ou contra a liberdade,
ele argumentou: “É mais complicado que isso”.
Teria o palestrante apresentado o mesmo argumento 200 anos atrás, quando se debatia a
abolição da escravidão? Será que ele teria dito “não podemos simplesmente ser a favor ou
contra a abolição da escravidão. A liberdade é mais complicada que isso”?
Não precisei colocar essa pergunta à minha plateia em Colombo. As pessoas que ali estavam
compreendiam implicitamente a importância da liberdade e, em especial, da liberdade de
expressão. Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas das charges publicadas pelo “Charlie
Hebdo” defenderam o direito do semanário de publicá-las. [...]
Na realidade, desde o fim da guerra, o país assiste ao crescimento dos movimentos religiosos
sectários. Por exemplo, surgiu uma vertente mais intolerante do budismo que tem como alvo
não os tâmeis, mas os muçulmanos.
O islamismo também está mudando em Sri Lanka. Antes, era uma religião relativamente
aberta, descontraída. Agora, porém, chamou minha atenção o grande número de mulheres
usando a burca, algo que teria sido inimaginável duas décadas atrás. Parece que muitos
muçulmanos de Sri Lanka foram ser operários em países do Golfo Pérsico e, quando voltaram,
trouxeram na bagagem uma vertente mais intransigente do islamismo. [...]
Ao pedir que se proíbam a “apropriação cultural” e as ofensas, muitos adotam ideias sobre
identidade, cultura e livre expressão que reforçam mais os sectários que aqueles que os
contestam. Queremos uma sociedade mais aberta ou mais fechada? Esse é o xis da questão, quer
seja em Colombo, Jaffna ou Londres.
(Kenan Malik. Jornal Gazeta do Povo, 27 fev. 2016)

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de textos.

92. O autor do texto:


a) é favorável que sejam denunciados os casos de apropriação cultural.
b) considera a liberdade de expressão uma questão mais complicada do que parece
c) atribui o avanço dos movimentos religiosos sectários no Sri Lanka ao fenômeno da
apropriação cultural.
d) entende que a defesa da identidade justifica o direito à ofensa.
e) defende a liberdade de expressão de forma irrestrita.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. No trecho "Um bom exemplo disso é a moda atual de


denunciar a 'apropriação cultural'", o autor do texto descreve a denúncia de casos de
apropriação cultural com ironia. Depreende-se que ele seja contra esses casos serem
denunciados.

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b) INCORRETA. No trecho “Em um debate no Reino Unido sobre as


consequências do caso “Charlie Hebdo”, outro participante lamentou o fato de o
debate ter ficado polarizado entre os que estavam a favor ou contra a liberdade de
expressão. Não podemos simplesmente ser a favor ou contra a liberdade, ele
argumentou: “É mais complicado que isso”, depreende-se que quem considera a
liberdade de expressão uma questão mais complicada do que parece foi um
participante do Reino Unido, e não o autor do texto.

c) INCORRETA. Pelo contrário, o autor do texto atribui o retrocesso dos


movimentos religiosos sectários no Sri Lanka ao fenômeno da apropriação cultural.

d) INCORRETA. O autor do texto criticou a política de identidade e expressou


apoio ao direito de causar ofensa.

e) CORRETA. De acordo com os trechos “Critiquei a política de identidade


e expressei apoio ao direito de causar ofensa. Especificamente, defendi a revista
satírica francesa “Charlie Hebdo” contra acusações de racismo“ e “Não precisei
colocar essa pergunta à minha plateia em Colombo. As pessoas que ali estavam
compreendiam implicitamente a importância da liberdade e, em especial, da
liberdade de expressão. Mesmo as pessoas da plateia que eram críticas das charges
publicadas pelo “Charlie Hebdo” defenderam o direito do semanário de publicá-la“,
fica evidente que o autor defende a liberdade de expressão de forma irrestrita.

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Interpretação de textos.

93. No penúltimo parágrafo, o autor vê o grande número de mulheres usando a burca como:
a) sinônimo de apropriação cultural.
b) consequência da intolerância contra os tâmeis
c) reflexo da maior liberdade de expressão naquele país.
d) sintoma do recrudescimento do sectarismo.
e) sinal da abertura cultural em curso no Sri Lanka.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

De acordo com o trecho retirado do penúltimo parágrafo “Agora, porém,


chamou minha atenção o grande número de mulheres usando a burca, algo que teria
sido inimaginável duas décadas atrás. Parece que muitos muçulmanos de Sri Lanka
foram ser operários em países do Golfo Pérsico e, quando voltaram, trouxeram na
bagagem uma vertente mais intransigente do islamismo.”, o autor vê o grande
número de mulheres usando burca como indício de uma adesão a vertente mais
intransigente (intolerante) do islamismo, ou seja, um sintoma do recrudescimento
do sectarismo.

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Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador
Júnior Assunto: Problemas da língua culta, Por que- porque/ porquê/ por quê.

94. Assinale a alternativa em que o uso de por que, porque ou porquê está correto

a) Depois de percorrer todo o Brasil, arrastando novos e antigos fãs, mostrando o porquê
a banda está mais forte do que nunca, os músicos do RPM desembarcam em Curitiba no
próximo sábado.
b) A crescente diferença de longevidade significa que benefícios como a seguridade social
são pagos de maneira ainda mais desproporcional aos mais ricos, por que eles vivem
mais para recebê-los.
c) Os responsáveis pela operação ainda não apresentaram às autoridades que investigam
o caso as razões por que foram feitas as remessas ao exterior.
d) Por que a maioria se omite, as injustiças dificilmente são denunciadas.
e) Porque insistir em comprar imóveis, se o mercado imobiliário está em crise?

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. O termo correto é “por que”, que equivale a “motivo pelo


qual”.
Reescrita correta: Depois de percorrer todo o Brasil, arrastando novos e antigos
fãs, mostrando o por que (motivo pelo qual) a banda está mais forte do que nunca,
os músicos do RPM desembarcam em Curitiba no próximo sábado.

b) INCORRETA. O termo correto é “porque”, conjunção coordenada


explicativa, que explica o motivo dos ricos pagarem os benefícios da previdência
social de maneira desproporcional.

Reescrita correta: A crescente diferença de longevidade significa que benefícios


como a seguridade social são pagos de maneira ainda mais desproporcional aos mais
ricos, porque eles vivem mais para recebê-los.

c) CORRETA. O termo “por que” foi empregado com o sentido de “pelas quais”
(preposição + pronome relativo).

d) INCORRETA. O termo correto é “porque”, conjunção que introduz um


período composto por subordinação de natureza adverbial causal.

Reescrita correta: Porque a maioria se omite, as injustiças dificilmente são


denunciadas.

e) INCORRETA. O termo correto é “por que”, uma vez que se trata de uma
pergunta na sua forma direta.

Reescrita: Por que insistir em comprar imóveis, se o mercado imobiliário está


em crise?

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COMENTÁRIOS NA INTERNET SÃO “DESCARREGO DE ÓDIO”, DIZEM PSICÓLOGOS


Se você busca debates sadios, opiniões ponderadas e críticas construtivas, não entre nos
comentários de notícias e posts na Internet. Os itens acima são coisa rara no meio do mais puro
“ódio.com”.
“É um canal de escape emocional 24 horas no ar. Se a emoção é forte, eu descarrego um
caminhão de sentimentos nos comentários”, afirma Andréa Jotta, pesquisadora do Núcleo de
Pesquisa em Psicologia em Informática da PUC-SP. “O problema é que a Internet deixa aquilo
eterno. Você pode mudar de opinião, mas aquilo fica registrado e pode te prejudicar no futuro”,
completa.
Dez anos atrás se popularizou o conceito de “Web 2.0”, e os sites noticiosos abriram espaço
para os internautas opinarem sobre as reportagens. A ideia original era tornar os portais de
notícia “uma rua de mão dupla”. Na prática, o espaço virou um congestionamento de palavrões,
ameaças e preconceitos.
“A tecnologia da internet fez explodir a demanda social da catarse. As opiniões são sempre
radicais, explosivas”, opina o psicólogo Jacob Pinheiro Goldberg. “A lógica binária da internet
estimula a visão maniqueísta do mundo: ou você é contra ou a favor. A sutileza não é o traço
essencial da internet”, argumenta.
A interatividade acabou gerando duas crias indesejadas: os “trolls” e os “haters”. O primeiro
é um polemista que se diverte com a repercussão de suas “troladas”, gíria para opiniões
descabidas e zombeteiras só publicadas para gerar revolta nos outros internautas.
Já os “haters” são acusadores que distribuem sua fúria contra times, partidos, religiões,
raças, gêneros, opções sexuais, gostos musicais e o que tiver em pauta.
(Rodrigo Bertolotto, disponível em <http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/08/13botão-de-comentarios-vira-descarrego-de-
odio-dizem-psicologos.htm>, 13/08/2015)

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Advogado
Júnior Assunto: Interpretação de Textos, Gêneros Textuais.

95. Assinale a alternativa correta quanto ao gênero do texto em questão.

a) Trata-se de um editorial de jornal, que apresenta as opiniões dos colunistas e editores.


b) Trata-se de um exemplo de seção de comentários de notícias online.
c) Trata-se de uma crônica, gênero comum em veículos de imprensa escrita.
d) Trata-se de um texto informativo, reforçado por citações de especialistas na área em
questão.
e) Trata-se de um representante do gênero de textos técnicos da área da psicologia.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

O texto é predominantemente informativo e apresenta dados e informações


sobre comentários de notícias e posts na Internet. O autor do texto expõem dados
e/ou informações/conceitos de modo objetivo e com linguagem clara e direta,
reforçado por citações de especialistas na área, sem se posicionar sobre o assunto.

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Advogado
Júnior Assunto: Interpretação de textos.

96. De acordo com o texto, podemos entender “demanda social da catarse” como:
a) O extravasamento de sentimentos através de opiniões explosivas e radicais dos leitores.
b) A necessidade de um meio digital para as pessoas exercitarem a sensibilidade.
c) A importância de se disponibilizar uma forma de as pessoas aprenderem a lidar com o
estresse.
d) Polêmicas geradas pelas crias da internet, os “trolls” e os “haters”.
e) A oportunidade dada aos comentaristas de internet de expressarem suas opiniões.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

a) CORRETA. De acordo com a opinião do psicólogo Jacob Pinheiro Goldberg,


a tecnologia da internet fez explodir a demanda social da catarse. As opiniões são
sempre radicais, explosivas.

b) INCORRETA. A demanda social da catarse no meio digital é o inverso DO


exercício da sensibilidade. O psicólogo Jacob Pinheiro Goldberg argumenta que a
lógica binária da internet estimula a visão maniqueísta do mundo: ou você é contra
ou a favor. A sutileza não é o traço essencial da internet.

c) INCORRETA. A demanda social da catarse no meio digital estimula o


estresse, a internet virou um espaço em que se propaga o congestionamento de
palavrões, ameaças e preconceitos.

d) INCORRETA. De acordo com o texto, a interatividade acabou gerando duas


crias indesejadas: os “trolls” e os “haters”. O primeiro é um polemista que se diverte
com a repercussão de suas “troladas”, gíria para opiniões descabidas e zombeteiras
só publicadas para gerar revolta nos outros internautas. Já os “haters” são
acusadores que distribuem sua fúria contra times, partidos, religiões, raças, gêneros,
opções sexuais, gostos musicais e o que tiver em pauta.

e) INCORRETA. A demanda social por catarse é o extravasamento de


sentimentos através de opiniões explosivas e radicais dos leitores.

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Advogado
Júnior Assunto: Interpretação de textos.

97. Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:


1. No primeiro parágrafo, a expressão “os itens acima” refere-se a “comentários de
notícias e posts”.
2. “troladas” pode ser considerado um neologismo em português, através da
transformação do estrangeirismo “troll” em substantivo.
3. No segundo parágrafo, o termo “aquilo”, repetido duas vezes a fala da pesquisadora,
refere-se aos comentários.
Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.


b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: No primeiro parágrafo, a expressão “os itens acima” refere-se a


comentários de notícias e posts”.
Análise: A expressão refere-se a “debates sadios, opiniões ponderadas e
críticas construtivas”.
Resposta: falsa.

Afirmativa 2: “troladas” pode ser considerado um neologismo em português,


através da transformação do estrangeirismo “troll” em substantivo.
Análise: Os “trolls” são os polemistas que se divertem com a repercussão de
suas “troladas”, gíria para opiniões descabidas e zombeteiras só publicadas para
gerar revolta nos outros internautas, ou seja, a palavra “troladas” foi uma
criação/adaptação (gíria) a partir da palavra estrangeira “troll”.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 3: No segundo parágrafo, o termo “aquilo”, repetido duas vezes a


fala da pesquisadora, refere-se aos comentários.
Análise: o termo “aquilo”, em suas duas ocorrências, retoma “um caminhão
de sentimentos nos comentários”.
Resposta: falsa.

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ENERGIA ELÉTRICA DEVE SUBIR 43,4% EM 2015, ESTIMA BANCO CENTRAL


Alexandro Martello

A energia elétrica deve ter um reajuste de 43,4% em 2015 fechado, informou o Banco Central
nesta quarta-feira (24), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano. A
última previsão do BC para o aumento da energia elétrica neste ano foi feita duas semanas atrás.
Naquele momento, o BC previa um aumento menor: de 41% em 2015.
A estimativa de alta no preço da energia elétrica em 2015 reflete do repasse às tarifas do
custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE).
O governo anunciou, no início deste ano, que não pretende mais fazer repasses à CDE – um
fundo do setor por meio do qual são realizadas ações públicas – em 2015, antes estimados em
R$ 9 bilhões. Com a decisão do governo, as contas de luz dos brasileiros podem sofrer em 2015,
ao todo, aumentos ainda superiores aos registrados no ano passado.
O custo de produção de eletricidade no país vem aumentando principalmente desde o final
de 2012, com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das principais
hidrelétricas do país.
Para poupar água dessas represas, o país vem desde aquela época usando mais
termelétricas, que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia
mais cara. Isso encarece as contas de luz.
Entretanto, também contribui para o aumento de custos no setor elétrico o plano anunciado
pelo governo ao final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.
Para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras
(usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber
indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos até então. Essas
indenizações ainda estão sendo pagas, justamente via CDE.

(Do G1, em Brasília, 24/06/2015, adaptado de<http://g1.globo.com/economia/noticia;2015/06/energia-eletrica-deve-subir-434-em-2015-


estima-banco-central-html>. )

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2015 - COPEL -
Administrador Junior Assunto: Interpretação de textos.

98. A expressão “aquela época”, no quinto parágrafo, refere-se a:

a) “ano passado”, no terceiro parágrafo.


b) ano de 2014.
c) duas semanas antes da publicação do texto.
d) final do ano de 2012.
e) segundo trimestre do ano de 2015.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

No trecho “[...] o país vem desde aquela época usando mais termelétricas,
que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia mais
cara. Isso encarece as contas de luz”, a expressão “aquela época” retoma “o final de
2012” (com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das
principais hidrelétricas do país), no parágrafo anterior.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Técnico de
Segurança do Trabalho Assunto: Crase.

99. Considere o seguinte texto:

Chama ___ atenção que tantas pequenas e médias empresas desperdicem suas chances
enviando propostas mal redigidas ou inadequadas para potenciais clientes que ___
requisitam. Muitos empreendedores não dão ___ devida atenção ___ esse trabalho, que
___ vezes é entregue ___ funcionários menos qualificados.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas cima, na ordem em


aparecem no texto.

a) à – às – a – à – as – a.
b) a – as – a – a – às – a.
c) a – as – à – a – às – a.
d) a – às – à – à – as – à.
e) à – as – à – a – às – à.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

1ª lacuna: Chama ___ atenção que tantas pequenas e médias empresas


desperdicem suas chances [...].
Análise: o verbo “chamar” (quem chama, chama algo ou alguém) é transitivo
direto e não exige complemento preposicionado, portanto não ocorre o fenômeno da
crase.
Resposta: a

2ª lacuna: [...] para potenciais clientes que ___ requisitam.


Análise: o verbo “requisitar” (quem requisita, requisita algo) é transitivo direto
e não exige complemento preposicionado, portanto não ocorre o fenômeno da crase.
Resposta: as

3ª lacuna: Muitos empreendedores não dão ___ devida atenção [...].


Análise: o verbo “dar” (quem dá, dá algo à alguém) é transitivo direto e indireto
e, nesse contexto, a lacuna inicia o complemento direto (sem preposição). Portanto
não ocorre o fenômeno da crase.
Resposta: a

4ª lacuna: [...] atenção ___ esse trabalho [...].


Análise: diante de pronomes demonstrativos, não ocorre crase.
Resposta: a

5ª lacuna: [...] que ___ vezes é entregue [...].


Análise: a expressão “as vezes” foi empregada com o sentido de “de vez em
quando”, nesse sentido a manutenção da crase é exigida.
Resposta: às

6ª lacuna: [...] é entregue ___ funcionários menos qualificados.


Análise: a palavra “funcionários” é masculina, portanto não ocorre o fenômeno
da crase.
Resposta: a

Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo dependem de florestas para abrigo, trabalho,


alimentos, água, medicina e segurança. As florestas __________ absorvem o carbono, estabilizam
o clima, regulam os ciclos de água _________ fornecem habitats para a biodiversidade. Investir em
uma floresta saudável – afirma o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
– não é só vital para o bem-estar humano e ambiental, __________ também crucial na transição
para uma economia verde. __________, apesar de todos esses benefícios vindos das florestas, elas
ainda estão sendo destruídas em um ritmo de 13 milhões de hectares por ano.
(Disponível em <http://nacoesunidas.org/apesar-de-multiplos-beneficios-das-florestas-13-milhoes-de-hectares-sao-destruidos-todo-ano/>.
Acesso em 04 de setembro de 2015. Adaptado)

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Técnico de
Segurança do Trabalho Assunto: Sintaxe, Uso dos conectivos.

100. As palavras que completam as lacunas do texto acima são, respectivamente:

a) também – e – mas – no entanto.


b) também – e – ou – senão.
c) porém – mas – e – senão.
d) também – mas – e – no entanto.
e) porém – e – ou – senão.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

1ª lacuna: As florestas __________ absorvem o carbono, estabilizam o clima


[...].
Análise: na frase, há um valor semântico de adição de ideias.
Resposta: também

2ª lacuna: [...] regulam os ciclos de água _________ fornecem habitats para


a biodiversidade.
Análise: na frase, há um valor semântico de adição/acréscimo.
Reposta: e

3ª lacuna: [...] não é só vital para o bem-estar humano e ambiental,


__________ também crucial na transição para uma economia verde verde.
Análise: na frase, há um valor semântico aditivo. Por vezes, o sentido aditivo
é estabelecido por grupos de palavras, como, não só... mas também, não só... como
também, não somente mas também.
Resposta: mas

4ª lacuna:__________, apesar de todos esses benefícios vindos das florestas,


elas ainda estão sendo destruídas em um ritmo de 13 milhões de hectares por ano.
Análise: na frase, há um valor semântico de oposição/adversidade.
Resposta: no entanto

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Advogado
Júnior Assunto: Interpretação de Textos ,Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de
Texto

101. Em entrevista à Revista Istoé, o médico infectologista Artur Timerman, que trabalha
com o combate à Aids no país e é autor de um livro sobre o assunto, fala sobre a história
da prevenção e tratamento dessa doença. Quanto a um trecho dessa entrevista, numere
a coluna da direita, relacionando as respostas com as respectivas perguntas.

1. O acesso a medicamentos gratuitos é restrito a alguns portadores. O discurso de


remédios para todos é falso?
2. Houve um abandono do cuidado com a doença pelas nações pioneiras em tratamentos,
como o Brasil?
3. O livro do sr., Histórias da Aids, foi lançado no mesmo período do Relatório da
Unaids, alertando sobre o aumento de novas infecções no Brasil. Por que ainda é
necessário falar sobre a doença?

( ) As pessoas precisam saber que existem mais de 300 mil pessoas vivendo com o vírus
do HIV no Brasil sem Saber. O aumento do número de casos tem a ver com o fato de a
população ter baixado a guarda em relação à prevenção.
( ) Estamos vivendo um momento em que as autoridades inauguram placas dizendo que
vão tratar todo mundo, mas o último boletim do Ministério da Saúde diz que o Brasil tem
300 mil pessoas que estão vivendo com o HIV e não sabem.
( ) O País está na contramão do mundo. O programa foi ótimo, mas está ficando para trás.
Hoje o Brasil está defasado no combate à Aids. Não prevenimos, não fazemos o
diagnóstico e não tratamos direito. Assinale a alternativa que apresenta a numeração
correta da coluna da direita, de cima para baixo.

a) 2 – 1 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 3 – 2 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 1 – 2 – 3.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

Pergunta 1: O acesso a medicamentos gratuitos é restrito a alguns portadores.


O discurso de remédios para todos é falso?
Análise: o médico infectologista Artur Timerman é questionado se o discurso
de remédios para todos é falso, já que o acesso a medicamentos gratuitos é restrito a
alguns portadores.
Resposta: Estamos vivendo um momento em que as autoridades inauguram
placas dizendo que vão tratar todo mundo, mas o último boletim do Ministério da

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Saúde diz que o Brasil tem 300 mil pessoas que estão vivendo com o HIV e não
sabem.

Pergunta 2: Houve um abandono do cuidado com a doença pelas nações


pioneiras em tratamentos, como o Brasil?
Análise: O entrevistado é questionado se ocorreu um abandono do cuidado
com a doença pelas nações pioneiras em tratamentos, como o Brasil, por exemplo.
Resposta: O País está na contramão do mundo. O programa foi ótimo, mas
está ficando para trás. Hoje o Brasil está defasado no combate à Aids. Não
prevenimos, não fazemos o diagnóstico e não tratamos direito. Assinale a alternativa
que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.

Pergunta 3: O livro do sr., Histórias da Aids, foi lançado no mesmo período do


Relatório da Unaids, alertando sobre o aumento de novas infecções no Brasil. Por que
ainda é necessário falar sobre a doença?
Análise: Por fim, o médico é questionado sobre o contexto em que ocorreu o
lançamento do livro Histórias da Aids e se ainda hoje é necessário falar sobre a
doença.
Resposta: As pessoas precisam saber que existem mais de 300 mil pessoas
vivendo com o vírus do HIV no Brasil sem Saber. O aumento do número de casos
tem a ver com o fato de a população ter baixado a guarda em relação à prevenção.

QUEM TEM MEDO DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO”?


Já se passaram vários dias desde que vi aparecer pelas páginas deste ilustre jornal vários
artigos nos quais outros ilustres (jornalistas, professores universitários) zombam do
feminismo e dos “ideólogos de gênero”, que pelo jeito viraram inimigo público número 1, os
responsáveis por todo tipo de apocalíptico mal do século 21, desde a “destruição das famílias”
até a ruína da educação pública brasileira. Urgente, portanto, fazer alguns esclarecimentos.
Em primeiro lugar, sobre o uso do termo “ideologia”, conceito básico das ciências sociais:
ideologia todos temos. “Ideologia de gênero” também. Ou mais conservadora e convencional,
ou mais crítica ou radical. Mais machista, ou mais feminista, se quiser. O maior problema de
empregar o termo “ideologia de gênero” só para feministas ou para quem critica as concepções
dominantes é que isso escamoteia toda uma discussão epistemológica sobre ponto de vista,
sobre a possibilidade de objetividade e como as subjetividades influenciam nesta; além disso,
diga-se de passagem, parece facilitar que se atribua a caraterística de quem está “do lado da
(verdadeira) ciência” – a um grupo que inclui, neste caso muito curioso, muitas pessoas que têm
mais afinidade com o criacionismo do que com a teoria da evolução.
Teorias de gênero também são diversas, e uma das contribuições da construção e
consolidação de todo um campo de pesquisa que vem ganhando cada vez mais espaço nas
instituições acadêmicas no mundo inteiro, a partir do fim da década de 1970, é que vem
estimulando o debate e a troca entre pessoas e perspectivas, com o intuito de contribuir para a
igualdade e uma vida social mais justa. A perspectiva pós-estruturalista associada
particularmente ao pensamento da filósofa norte-americana Judith Butler – que aponta para as
dificuldades de dividir a humanidade em duas categorias discretas, biologicamente
identificáveis e discursivamente construídas como “opostas” – é, nas suas ramificações
políticas, antes de mais nada a reivindicação do direito às diferenças. Diferenças que surgem

MUDE SUA VIDA!


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espontaneamente da vida humana – biológica, social, cultural, política – e se manifestam hoje,


de forma mais intensa exatamente porque já tivemos ganhos políticos no terreno dos direitos
humanos e sociais. Que incluem questões de gênero e sexualidade, assim como de classe, raça
e etnicidade, entre outras, incorporadas amplamente pela sociologia contemporânea como
disciplina acadêmica, como base de todo esforço de compreensão científica e sensível do
mundo.
Como bem nos lembram duas estudiosas de gênero e cultura, Elaine Showalter e Lynne Segal
(a primeira, norte-americana da área de estudos literários; a segunda, inglesa e psicóloga), as
ansiedades de gênero surgem como fenômenos correlatos aos tempos de intensa mudança
social e cultural, como foi o caso de dois momentos de passagem de século – do 19 para o 20,
do 20 para o 21. Fazem parte das tentativas de lidar com os deslocamentos que caracterizam
esses processos, deslocamentos que geram incertezas e instabilidade, assim como a promessa
de avanços de todo tipo. Parece-me que a pergunta que precisa ser feita, no tempo e espaço do
Brasil atual, e nesta Curitiba que habitamos, é por que determinadas pessoas sentem-se tão
ameaçadas pelo direito de outras: de existir e de ter visibilidade, reconhecimento, dignidade.

(Miriam Adelman, Gazeta do Povo, 29/06/2015. Adaptado de <htto://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/quem-tem-medo-da-


ideologia-de-genero-9zvgj6sp3edsnli2vfw2psbxm>.)

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2015 - COPEL -
Administrador JuniorvAssunto: Interpretação de Textos, Coesão e coerência.

102. No terceiro parágrafo, o pronome “que” (sublinhado no texto) retoma:


a) “campo de pesquisa”.
b) “perspectiva pós-estruturalista”.
c) “ganhos políticos no terreno dos direitos humanos”.
d) “debate e a troca entre pessoas”.
e) “diferenças”.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

No trecho “Que incluem questões de gênero e sexualidade, assim como de


classe, raça e etnicidade, entre outras, incorporadas amplamente pela sociologia
contemporânea como disciplina acadêmica, como base de todo esforço de
compreensão científica e sensível do mundo”, o pronome em destaque refere-se a
“diferenças”.

No contexto, o pronome relativo “que” exerce a função sintática de sujeito do


verbo “incluir” e ao ser substituído pelo seu referente ficaria: Diferenças incluem
questões de gênero e sexualidade, assim como de classe, raça e etnicidade, entre
outras, incorporadas amplamente pela sociologia contemporânea como disciplina
acadêmica [...].

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CAETANO E O ‘MAL’ USO DA CRASE


Na terça-feira, Caetano Veloso postou nas redes sociais um vídeo no qual corrige uma frase
escrita pelo pessoal que trabalha com ele.
O trecho era este: “Homenagem à Bituca”. Bituca é o apelido do grande Milton Nascimento.
No vídeo, Caetano não se limita a dizer que o “a” não deve receber o acento grave (ou acento
indicador de crase). O Mestre dá a explicação completa (e perfeita) da questão.
Aproveito o “barulho” que o caso ger ou para trocar duas palavras sobre o tema com o caro
leitor. Comecemos pela palavra “crase”, que não vem ao mundo como o nome do acento. De
origem grega, “crase” significa “fusão, mistura”. Ao pé da letra, podese dizer que Coca-Cola com
rum ou leite com groselha são casos de crase, já que são fusões.
Em gramática, crase vem a ser a fusão de duas vogais iguais, o que ocorre, por exemplo, na
evolução de muitas palavras do latim para o português. Quer um exemplo? O verbo “ler”. Sim,
o verbo “ler”. Na evolução do latim para o português, saímos de “legere” e chegamos a “ler”, mas
antes passamos por “leer” (que, por sinal, foi a forma que se fixou no espanhol, outra
língua neolatina). Na evolução de “leer” para “ler”, as duas vogais se fundiram numa só, o que
caracteriza a crase.
Como se vê, pode-se dizer que ocorreu crase na evolução de “legere” para “ler”. Esse caso de
crase não é marcado com o acento grave.
Hoje em dia, quando se fala de crase, pensa-se basicamente na fusão da preposição “a” com
um segundo “a”, que quase sempre é artigo definido feminino (atenção: “quase sempre” não
equivale a “sempre”). Quando se escreve algo como “Você já foi à Bahia?”, por exemplo,
emprega-se o acento grave para indicar a crase que de fato ocorre: a preposição “a”, regida pelo
verbo “ir” (ir A algum lugar), funde-se com o artigo feminino “a”, exigido por “Bahia” (“Gosto
muito dA Bahia”; “Ele mora nA Bahia”).
No caso da construção corrigida por Caetano (“Homenagem à Bituca”), é óbvio que o acento
indicador de crase é mais do que inadequado, já que no trecho só existe um “a”, a preposição
“a”, regida pelo substantivo “homenagem”; por ser substantivo masculino, “Bituca” obviamente
rejeita o artigo feminino.
Os erros no emprego do acento grave são muitos e frequentes. Quer uma bela lista? Lá vai:
“traje à rigor”, “Viajou à convite de...”, “carro à álcool/gás”, “Vender à prazo”, “à 100 metros”,
“Vem à público”, “ir à pé”, “sal à gosto”, “Vale à pena ir lá”, “Parabéns à você”, “Atendimento à
clientes” etc., etc., etc.
Alguns gênios sugerem pura e simplesmente a eliminação do acento grave. Lamento
informar que a língua portuguesa escrita não sobrevive sem esse acento. [...]
Em tempo: como nada é tão ruim que não possa piorar, alguém postou no YouTube o
depoimento de Caetano com este título: “Caetano Veloso grava vídeo repreendendo sua própria
equipe de internet por mal uso da crase”. “Mal uso”? Não seria “mau uso”? Elaiá! É isso.
(Pasquale Cipro Neto, publicado em <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2015/06/1647510-caetano-e-o-mal-uso-da-
crase.shtml>. Acesso em: 25/06/2015. Adaptado)

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2015 - COPEL -
Administrador JuniorvAssunto: Crase.

103. A partir da explicação dada pelo autor, considere o uso do acento indicador de crase
nas seguintes afirmativas:

1. Os dois saíram às compras no final da tarde.


2. Nas férias, gostava muito de ir à Pernambuco.
3. Os acidentes de trânsito relacionam-se à grande taxa de imperícia e imprudência dos
motoristas.
4. Os refrigerantes serão servidos em copo devido à não devolução dos vasilhames.
5. Os novos casos impeliram os responsáveis à exceções no tratamento das condutas.

Está correto o uso do acento indicador de crase em:

a) 1 e 3 apenas.
b) 3 e 4 apenas.
c) 1, 3 e 4 apenas.
d) 3 e 5 apenas.
e) 2, 3 e 5 apenas.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

Para ocorrer o fenômeno da crase, duas situações devem coexistir:

1ª – um termo pedir a preposição –a.


2ª – outro termo tem de admitir o artigo feminino –a(s)

Afirmativa 1: Os dois saíram às compras no final da tarde.


Análise: A locução “às compras” pede a manutenção da crase.
Resposta: correta, ocorre a crase.

Afirmativa 2: Nas férias, gostava muito de ir à Pernambuco


Análise: antes de topônimos (nome de lugar) pode ou não ocorrer a crase.
Uma forma de descobrir, se cabe ou não o acento grave da crase, é usar o verbo
“voltar”:
1º - Se surgir o “de”, não use o acento.
2º - Se surgir o “da”, use o acento.

No contexto, o topônimo é “Pernambuco”, logo, se eu fui a Pernambuco eu volto


DE Pernambuco.
Resposta: incorreta, não ocorre a crase.

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Afirmativa 3: Os acidentes de trânsito relacionam-se à grande taxa de


imperícia e imprudência dos motoristas.
Análise: no contexto, o verbo “relacionar-se” é pronominal e pede
complemento iniciado pela preposição -a, e as expressões “grande taxa de imperícia”
e “imprudência dos motoristas” admitem o artigo definido feminino –a, portanto a
crase é admitida.
Resposta: correta, ocorre a crase.

Afirmativa 4: Os refrigerantes serão servidos em copo devido à não devolução


dos vasilhames.
Análise: no contexto, a palavra “devido” pede a preposição –a, e o substantivo
“devolução” admite o artigo definido feminino –a, portanto a crase é admitida.
Resposta: correta, ocorre a crase.

Afirmativa 5: Os novos casos impeliram os responsáveis à exceções no


tratamento das condutas.
Análise: não há crase quando a preposição precede palavras no plural.
Resposta: incorreta, não ocorre a crase.

ENERGIA ELÉTRICA DEVE SUBIR 43,4% EM 2015, ESTIMA BANCO CENTRAL


Alexandro Martello
A energia elétrica deve ter um reajuste de 43,4% em 2015 fechado, informou o Banco Central
nesta quarta-feira (24), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano. A
última previsão do BC para o aumento da energia elétrica neste ano foi feita duas semanas atrás.
Naquele momento, o BC previa um aumento menor: de 41% em 2015.
A estimativa de alta no preço da energia elétrica em 2015 reflete do repasse às tarifas do custo
de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento Energético
(CDE).
O governo anunciou, no início deste ano, que não pretende mais fazer repasses à CDE – um
fundo do setor por meio do qual são realizadas ações públicas – em 2015, antes estimados em
R$ 9 bilhões. Com a decisão do governo, as contas de luz dos brasileiros podem sofrer em 2015,
ao todo, aumentos ainda superiores aos registrados no ano passado.
O custo de produção de eletricidade no país vem aumentando principalmente desde o final de
2012, com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das principais
hidrelétricas do país.
Para poupar água dessas represas, o país vem desde aquela época usando mais termelétricas,
que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia mais cara. Isso
encarece as contas de luz.
Entretanto, também contribui para o aumento de custos no setor elétrico o plano anunciado
pelo governo ao final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.
Para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras
(usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber
indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos até então. Essas
indenizações ainda estão sendo pagas, justamente via CDE.
(Do G1, em Brasília, 24/06/2015, adaptado de < http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/energia-eletrica-deve-subir-434-em-
2015-estimabanco-central.html>.)

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2015 - COPEL -
Administrador Junior Assunto: Interpretação de textos.

104. Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo correto para a expressão “reflete do”
na seguinte passagem: “A estimativa de alta no preço da energia elétrica em 2015 reflete
do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento” (segundo parágrafo).

a) “...decorre do...”
b) “...reforça o...”.
c) “...impulsiona o...”.
d) “...justifica o...”.
e) “...garante o...”.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

No trecho “A estimativa de alta no preço da energia elétrica em 2015 reflete


do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento”, a expressão em
destaque foi empregada com o sentido de: ter efeitos sobre; incidir; decorrer de algo.

Nesse sentido, a única alternativa que apresenta um sinônimo e poderia ser


substituído sem causar prejuízo semântico à frase (sentido) é “... decorre do”.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2015 - ITAIPU
BINACIONAL - Técnico Hidrologia Assunto: Sintaxe, Concordância verbal, Concordância
nominal

105. Considere o texto a seguir: Um dos estereótipos sobre meninas é a ideia de que seriam
naturalmente menos _________ em Matemática. Os campos das Ciências Exatas, como
Engenharia e Informática, _____ o problema crônico de _________ poucas mulheres – no
Google, por exemplo, menos de 20% dos funcionários técnicos ______ do sexo feminino. A
justificativa das empresas é a pouca quantidade de mulheres ________ nessas
áreas. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, na ordem em que
aparecem no texto.

a) capaz – têm – empregarem – é – formadas.


b) capazes – têm – empregar – são – formadas.
c) capazes – tem – empregar – é – formada.
d) capaz – tem – empregarem – são – formada.
e) capazes – tem – empregarem – é – formadas.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

1ª lacuna: Um dos estereótipos sobre meninas é a ideia de que seriam


naturalmente menos _________ em Matemática.
Análise: O termo “capaz” deve ser flexionado no plural, pois concorda com o
substantivo “meninas” (as meninas seriam menos capazes em matemática).
Resposta: capazes

2ª lacuna: Os campos das Ciências Exatas, como Engenharia e Informática,


_____ o problema crônico [...].
Análise: o verbo “ter” deve ser flexionado no plural, pois concorda com “Os
campos das Ciências Exatas”.
Resposta: têm

3ª lacuna: [...] têm o problema crônico de _________ poucas mulheres – no


Google, por exemplo, menos [...]
Análise: o verbo “empregar” deve ser flexionado no singular, pois concorda
com “o problema crônico”.
Resposta: empregar

4ª lacuna: [...] menos de 20% dos funcionários técnicos ______ do sexo


feminino.
Análise: o verbo “ser” deve ser flexionado no plural, pois concorda com “menos
de 20% dos funcionários técnicos”.
Resposta: são

5ª lacuna: A justificativa das empresas é a pouca quantidade de mulheres


________ nessas áreas.
Análise: o verbo “formar” deve ser flexionado no plural, pois concorda com
“mulheres”.
Resposta: formadas

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Técnico de
Segurança do Trabalho I Assunto: Interpretação de textos.

106. O site Hypeness entrevistou Robin Rice, escritora que tem se dedicado a denunciar os
padrões de beleza inalcançáveis veiculados pela mídia e mostrar, através de campanhas,
que o que é considerado não padrão também pode ser bonito. Quanto a um trecho dessa
entrevista, numere a coluna da direita, relacionando as respostas com as respectivas
perguntas.

1. Como é que a forma como uma mulher vê o próprio corpo influencia todas as esferas
da sua vida?

2. Alguns cartazes da campanha se dirigem também a quem critica a magreza. Estamos


fechados em tantos padrões que já não é possível existir sem julgamento? Como nos
livramos disso?

3. Mesmo sabendo que as pessoas estão mais conscientes do problema, o conceito de


beleza continua a determinar o sucesso e o insucesso das mulheres?

( ) Se elas se permitirem ser derrotadas pelos padrões impossíveis – coisa que a maioria
faz –, então sim. Mulheres preocupadas com a sua beleza não aproveitam toda a beleza
que as rodeia. Elas não estão arriscando ser vistas e ouvidas, coisa que é muito
necessária para um mundo bonito.

( ) Em uma cultura em que o corpo e a beleza são saudados como o “sucesso” mais
importante para uma mulher, não há nada que não toque a sua autoimagem e imagem
corporal. Está lá quando ela acorda e sai pela porta para ir trabalhar, e lá quando ela
volta para casa para se despir e descontrair. Afeta seu orçamento e posição social. Está
em toda a parte.

( ) Existe preconceito contra qualquer coisa que não seja perfeita. Quando estamos
inseguros, nós julgamos. Essa é a forma de descobrir se estamos realmente em perigo ou
não. É natural. Para travar isso, temos de permitir mais segurança, aceitando a beleza
em todas as idades, tamanhos e cores de pele.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima


para baixo.

a) 2 – 1 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 3 – 2 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 1 – 2 – 3.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

Pergunta 1: Como é que a forma como uma mulher vê o próprio corpo


influencia todas as esferas da sua vida?
Análise: a escritora é questionada sobre a maneira como uma mulher encara
o próprio corpo e se influenciaria todas as áreas da sua vida. A resposta correta
afirma que o corpo e a beleza são considerados os sucessos mais importantes para
uma mulher, afetando seu orçamento e posição social, e está em toda a parte.
Resposta: Em uma cultura em que o corpo e a beleza são saudados como o
“sucesso” mais importante para uma mulher, não há nada que não toque a sua
autoimagem e imagem corporal. Está lá quando ela acorda e sai pela porta para ir
trabalhar, e lá quando ela volta para casa para se despir e descontrair. Afeta seu
orçamento e posição social. Está em toda a parte.

Pergunta 2: Alguns cartazes da campanha se dirigem também a quem critica


a magreza. Estamos fechados em tantos padrões que já não é possível existir sem
julgamento? Como nos livramos disso?
Análise: Robin Rice é questionada sobre alguns cartazes da campanha se
dirigirem também a quem critica a magreza e se estamos fechados em tantos
padrões que já não é possível existir sem julgamento, e como nos livramos disso.
Resposta: Existe preconceito contra qualquer coisa que não seja perfeita.
Quando estamos inseguros, nós julgamos. Essa é a forma de descobrir se estamos
realmente em perigo ou não. É natural. Para travar isso, temos de permitir mais
segurança, aceitando a beleza em todas as idades, tamanhos e cores de pele.

Pergunta 3: Mesmo sabendo que as pessoas estão mais conscientes do


problema, o conceito de beleza continua a determinar o sucesso e o insucesso das
mulheres?
Análise: a escritora é questionada se o conceito de beleza continua a
determinar o sucesso e o insucesso das mulheres, mesmo sabendo que as pessoas
estão mais conscientes do problema.
Resposta: Se elas se permitirem ser derrotadas pelos padrões impossíveis –
coisa que a maioria faz –, então sim. Mulheres preocupadas com a sua beleza não
aproveitam toda a beleza que as rodeia. Elas não estão arriscando ser vistas e
ouvidas, coisa que é muito necessária para um mundo bonito.

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CAETANO E O ‘MAL’ USO DA CRASE


Na terça-feira, Caetano Veloso postou nas redes sociais um vídeo no qual corrige uma frase
escrita pelo pessoal que trabalha com ele.
O trecho era este: “Homenagem à Bituca”. Bituca é o apelido do grande Milton Nascimento.
No vídeo, Caetano não se limita a dizer que o “a” não deve receber o acento grave (ou acento
indicador de crase). O Mestre dá a explicação completa (e perfeita) da questão.
Aproveito o “barulho” que o caso gerou para trocar duas palavras sobre o tema com o caro
leitor. Comecemos pela palavra “crase”, que não vem ao mundo como o nome do acento. De
origem grega, “crase” significa “fusão, mistura”. Ao pé da letra, pode-se dizer que Coca-Cola com
rum ou leite com groselha são casos de crase, já que são fusões.
Em gramática, crase vem a ser a fusão de duas vogais iguais, o que ocorre, por exemplo, na
evolução de muitas palavras do latim para o português. Quer um exemplo? O verbo “ler”. Sim,
o verbo “ler”. Na evolução do latim para o português, saímos de “legere” e chegamos a “ler”, mas
antes passamos por “leer” (que, por sinal, foi a forma que se fixou no espanhol, outra língua
neolatina). Na evolução de “leer” para “ler”, as duas vogais se fundiram numa só, o que
caracteriza a crase.
Como se vê, pode-se dizer que ocorreu crase na evolução de “legere” para “ler”. Esse caso de
crase não é marcado com o acento grave.
Hoje em dia, quando se fala de crase, pensa-se basicamente na fusão da preposição “a” com
um segundo “a”, que quase sempre é artigo definido feminino (atenção: “quase sempre” não
equivale a “sempre”). Quando se escreve algo como “Você já foi à Bahia?”, por exemplo,
emprega-se o acento grave para indicar a crase que de fato ocorre: a preposição “a”, regida pelo
verbo “ir” (ir A algum lugar), funde-se com o artigo feminino “a”, exigido por “Bahia” (“Gosto
muito dA Bahia”; “Ele mora nA Bahia”).
No caso da construção corrigida por Caetano (“Homenagem à Bituca”), é óbvio que o acento
indicador de crase é mais do que inadequado, já que no trecho só existe um “a”, a preposição
“a”, regida pelo substantivo “homenagem”; por ser substantivo masculino, “Bituca” obviamente
rejeita o artigo feminino.
Os erros no emprego do acento grave são muitos e frequentes. Quer uma bela lista? Lá vai:
“traje à rigor”, “Viajou à convite de...”, “carro à álcool/gás”, “Vender à prazo”, “à 100 metros”,
“Vem à público”, “ir à pé”, “sal à gosto”, “Vale à pena ir lá”, “Parabéns à você”, “Atendimento à
clientes” etc., etc., etc.
Alguns gênios sugerem pura e simplesmente a eliminação do acento grave. Lamento informar
que a língua portuguesa escrita não sobrevive sem esse acento. [...]
Em tempo: como nada é tão ruim que não possa piorar, alguém postou no YouTube o
depoimento de Caetano com este título: “Caetano Veloso grava vídeo repreendendo sua própria
equipe de internet por mal uso da crase”. “Mal uso”? Não seria “mau uso”? Elaiá! É isso.

(Pasquale Cipro Neto, publicado em < http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2015/06/1647510-caetano-e-o-mal-uso-da-


crase.shtml>. Acesso em: 25/06/2015. Adaptado)

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Provas: NC-UFPR - 2015 - COPEL -
Administrador Junior Assunto: Pontuação, Uso das aspas ,Interpretação de Textos

107. São usadas aspas no título para:

a) dar ênfase ao assunto principal.


b) indicar um uso do termo feito por outra pessoa que não o autor do texto.
c) salientar a gravidade do problema de uso incorreto de crase.
d) exemplificar o emprego correto da norma gramatical.
e) marcar o uso do termo em sentido figurado.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

No título do texto, as aspas foram empregadas para indicar o uso do termo feito
por outra pessoa (Caetano), que não o autor do texto.

Por vezes, o uso das aspas é empregado para:

a. destacar fragmentos que não pertencem ao texto.


b. sugerir uma ironia.
c. evidenciar uma palavra ou uma expressão
d. para dar outro sentido e/ou conotação para uma palavra ou expressão.

Considere o seguinte texto:

Um dos principais problemas escolares (e talvez culturais) do Brasil é o ensino de língua


na escola. Exames mostram que se lê e se escreve com alguma precariedade. Testes não
cessam de mostrar uma série de problemas.
Às vezes, são problemas falsos, ou menores, como certos desvios de grafia e de gramática
que até os profissionais da escrita cometem (e que os revisores limpam). A ênfase nestes
detalhes ajuda a emperrar projetos interessantes. Tais problemas às vezes são considerados
graves por ignorância dos que são os problemas graves. Mas, como são os únicos
conhecidos...
Em diversas áreas, como a agricultura e a indústria, todos sabem que o desenvolvimento
científico é crucial para seu sucesso (basta ver o que a Embrapa fez e faz). No entanto, na
área do ensino de língua, não só o que se sabe sobre línguas e sobre seu aprendizado é pouco
levado em conta, como chega a ocorrer o contrário: as informações científicas são
consideradas uma ameaça.

(Disponível em <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado> . Acesso em 26/06/2015. Adaptado)

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2015 - COPEL - Técnico
Administrativo Assunto: Interpretação de textos.

108. De acordo com o texto:


a) Os dois principais problemas do Brasil são os problemas escolares e os culturais.
b) Projetos interessantes são barrados nas escolas porque os profissionais cometem desvios
de grafia e gramática.
c) As análises da educação têm focado em problemas sem importância efetiva para a
aprendizagem.
d) Faltam pesquisas na área do ensino de língua.
e) Os testes aplicados na escola para avaliar a aprendizagem da língua têm problemas,
mostrando um falso resultado.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. De acordo com texto o ensino de língua na escola é um dos


principais problemas escolares (e talvez culturais) no país.

b) INCORRETA. Certos desvios de grafia e de gramática são problemas


menores e a ênfase nestes detalhes ajuda a emperrar projetos interessantes.

c) CORRETA. De acordo com o excerto “Tais problemas (desvios de grafia e de


gramática) às vezes são considerados graves por ignorância dos que são os
problemas graves”, pode-se inferir que as análises da educação têm focado em
problemas sem importância efetiva para a aprendizagem.

d) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. Não existe a


afirmação de que faltam pesquisas na área do ensino de língua no texto.

e) INCORRETA. De acordo com o trecho “Testes não cessam de mostrar uma


série de problemas”, depreende-se que os testes apontam problemas escolares (e
talvez culturais) do Brasil em relação ao ensino de língua na escola.

No começo do mês, estive em Nova York. Durante as semanas que antecederam a viagem,
fui anotando dicas de amigos em folhas de caderno, guardanapos, o que tivesse à mão. Só de “o
melhor hambúrguer do mundo”, consegui umas sete sugestões; de “o cheesecake original”,
quatro; e, com os endereços para comer sanduíches, enchi frente e verso de um papel A4.
Como amizade e comida boa são duas coisas que respeito muito, em dez dias nos Estados
Unidos eu gabaritei as anotações: voltei dois quilos mais gordo e, ainda no avião, fiz a promessa
de, nos próximos seis meses, não chegar a menos de dez metros de uma batata frita.
O que de mais saboroso provei por lá, contudo, não foi fast-food nem era uma especialidade
local. Trata-se de um vegetal. Ou, para ser mais exato, um fruto: uma dádiva dos deuses que,
infelizmente, não a encontramos por aqui. Chama-se tomate.
Assemelha-se bastante, por fora, àquele fruto ao qual, em nosso país, também damos o nome
de tomate, mas uma vez que seus dentes penetram a carne macia, o suco abundante escorre
pelo queixo e o doce naturalmente se mescla ao sal em sua língua, você entende que está diante
de um alimento completamente diferente.

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Acontece que a qualidade do tomate está ligada, entre outros fatores, à quantidade de água
nele contida. Quanto mais líquido, mais macio e saboroso. O problema é que a maior presença
de suco aumenta o sabor na mesma medida em que reduz a durabilidade. Os agricultores,
pensando mais na performance de seu produto dentro dos caminhões do que em cima dos
pratos, passaram a priorizar os frutos mais “secos”, foram cruzando-os e manipulando suas
características até que os transformaram nesse tímido vegetal que aguenta todos os trancos da
estrada, dura séculos na geladeira e quase chega a ser crocante em nossos dentes.
Dou-me conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país: levar água
encanada para cinquenta milhões de pessoas, criar escolas que ensinem a ler e escrever de
verdade, evitar que a gente morra de bala perdida ou picada de mosquito. Mas queria pedir às
autoridades competentes, sejam elas públicas ou privadas, que, depois de resolvidos os pepinos
e descascados os abacaxis, ajudem a plantar tomates de verdade no Brasil. A vida é curta, meus
caros, e não podemos medir esforços para deixá-la mais doce, macia e suculenta.
(Antonio Prata. Fruto proibido. www.estadao.com.br, 13.12.2010. Adaptado)

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Denotação e Conotação.

109. Assinale a alternativa que apresenta, em destaque, vocábulo empregado em sentido


figurado, segundo o contexto em que se encontra.

a) Durante as semanas que antecederam a viagem, fui anotando dicas de amigos em folhas
de caderno… (1° parágrafo)
b) O que de mais saboroso provei por lá, contudo, não foi fast-food nem era uma
especialidade local. (3° parágrafo)
c) … os transformaram nesse tímido vegetal que aguenta todos os trancos da estrada,
dura séculos na geladeira e quase chega a ser crocante em nossos dentes. (5° parágrafo)
d) Dou-me conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país:
levar água encanada para cinquenta milhões de pessoas… (6° parágrafo)
e) A vida é curta, meus caros, e não podemos medir esforços para deixá-la mais doce, macia
e suculenta. (6° parágrafo)

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

O sentido conotativo (figurado) é o uso da palavra com um significado


divergente do sentido original, criado pelo contexto em que está inserido.
O sentido denotativo (original) é o uso da palavra com o seu significado original
ou do dicionário.

a) INCORRETA. A palavra “dicas” foi empregada com o sentido denotativo


(original): informação específica sobre algo conhecido; ajuda.

b) INCORRETA. O verbo “provar” (ato de comer ou beber para saber se é bom)


e a expressão “fast- food” (comida preparada com rapidez) foram empregadas com
o sentido denotativo (original).

c) CORRETA. A palavra “séculos” foi empregada com o sentido conotativo


(figurado): refere-se a algo que durou/aguentou bastante tempo.

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d) INCORRETA. A palavra “água” foi empregada com o seu sentido denotativo


(original).

e) INCORRETA. A palavra “esforços” foi empregada com o seu sentido


denotativo (original): empenho; trabalho.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Significação Contextual de
Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.

110. O vocábulo priorizar, em destaque no texto, apresenta como antônimo no contexto em


que se encontra:

a) preterir
b) promover.
c) propiciar.
d) prevalecer
e) privar.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

No excerto “Os agricultores, pensando mais na performance de seu produto


dentro dos caminhões do que em cima dos pratos, passaram a priorizar os frutos
mais “secos” [...]”, a palavra “priorizar” foi empregada com o sentido de: dar
privilégio/vantagem a algo entre os demais.

a) CORRETA. A palavra “preterir” significa: menosprezar, desprezar, deixar


algo em favor de outra coisa. Portanto, o antônimo (contrário) de “priorizar” é
“preterir” no contexto.

b) INCORRETA. A palavra “promover” significa: colocar em evidência;


ocasionar; impulsionar. Portanto, não pode ser considerada o antônimo (contrário)
de “priorizar” no contexto.

c) INCORRETA. A palavra “propiciar” significa: proporcionar; oferecer meios


para a realização de algo. Portanto, não pode ser considerada o antônimo (contrário)
de “priorizar” no contexto.

d) INCORRETA. A palavra “prevalecer” significa: predominância; persistir.


Portanto, não pode ser considerada o antônimo (contrário) de “priorizar” no contexto.

e) INCORRETA. A palavra “privar” significa: abster-se; impedir ou tirar algo


de alguém. Portanto, não pode ser considerada o antônimo (contrário) de “priorizar”
no contexto.

MUDE SUA VIDA!


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No começo do mês, estive em Nova York. Durante as semanas que antecederam a viagem,
fui anotando dicas de amigos em folhas de caderno, guardanapos, o que tivesse à mão. Só de “o
melhor hambúrguer do mundo”, consegui umas sete sugestões; de “o cheesecake original”,
quatro; e, com os endereços para comer sanduíches, enchi frente e verso de um papel A4.
Como amizade e comida boa são duas coisas que respeito muito, em dez dias nos Estados
Unidos eu gabaritei as anotações: voltei dois quilos mais gordo e, ainda no avião, fiz a promessa
de, nos próximos seis meses, não chegar a menos de dez metros de uma batata frita.
O que de mais saboroso provei por lá, contudo, não foi fast-food nem era uma especialidade
local. Trata-se de um vegetal. Ou, para ser mais exato, um fruto: uma dádiva dos deuses que,
infelizmente, não a encontramos por aqui. Chama-se tomate.
Assemelha-se bastante, por fora, àquele fruto ao qual, em nosso país, também damos o nome
de tomate, mas uma vez que seus dentes penetram a carne macia, o suco abundante escorre
pelo queixo e o doce naturalmente se mescla ao sal em sua língua, você entende que está diante
de um alimento completamente diferente.
Acontece que a qualidade do tomate está ligada, entre outros fatores, à quantidade de água
nele contida. Quanto mais líquido, mais macio e saboroso. O problema é que a maior presença
de suco aumenta o sabor na mesma medida em que reduz a durabilidade. Os agricultores,
pensando mais na performance de seu produto dentro dos caminhões do que em cima dos
pratos, passaram a priorizar os frutos mais “secos”, foram cruzando-os e manipulando suas
características até que os transformaram nesse tímido vegetal que aguenta todos os trancos da
estrada, dura séculos na geladeira e quase chega a ser crocante em nossos dentes.
Dou-me conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país: levar água
encanada para cinquenta milhões de pessoas, criar escolas que ensinem a ler e escrever de
verdade, evitar que a gente morra de bala perdida ou picada de mosquito. Mas queria pedir às
autoridades competentes, sejam elas públicas ou privadas, que, depois de resolvidos os pepinos
e descascados os abacaxis, ajudem a plantar tomates de verdade no Brasil. A vida é curta, meus
caros, e não podemos medir esforços para deixá-la mais doce, macia e suculenta.
(Antonio Prata. Fruto proibido. www.estadao.com.br, 13.12.2010. Adaptado)

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
-Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Noções Gerais de
Compreensão e Interpretação de Texto.

111. A partir de informações presentes no texto, pode-se afirmar que o autor

a) traça uma relação apropriada entre os hábitos alimentares pouco saudáveis dos norte-
americanos e os modos de produção agrícola daquele país.
b) enaltece as técnicas utilizadas em laboratórios para criar alimentos mais resistentes e
mais saborosos.
c) tem grande apreço pelas amizades, sobretudo quando essas dão boas dicas de lugares
onde se pode experimentar uma boa comida.
d) seguiu o conselho de alguns amigos apenas, preferindo frequentar lugares ainda
desconhecidos por ele mesmo e pelos amigos.
e) tem consciência da importância de se resolver problemas sociais no Brasil, como aqueles
que afetam a saúde e a educação.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. O autor do texto pediu


aos seus amigos dicas de pratos (pouco saudáveis) para experimentar durante a sua
viagem aos Estados Unidos.

b) INCORRETA. O autor do texto critica a qualidade do tomate brasileiro, e


estabelece uma relação entre a maior presença de suco na mesma medida em que
reduz a durabilidade/resistência.

c) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação do texto. O autor somente


afirma que “amizade e comida boa são duas coisas que respeito muito”.

d) INCORRETA. De acordo com o autor do texto “Como amizade e comida boa


são duas coisas que respeito muito, em dez dias nos Estados Unidos eu gabaritei as
anotações: voltei dois quilos mais gordo e, ainda no avião, fiz a promessa de, nos
próximos seis meses, não chegar a menos de dez metros de uma batata frita”, ele
seguiu todas as recomendações de lugares conhecidos dos seus amigos.

e) CORRETA. De acordo com o trecho “Dou-me conta de que há questões mais


urgentes a serem tratadas em nosso país: levar água encanada para cinquenta
milhões de pessoas, criar escolas que ensinem a ler e escrever de verdade, evitar
que a gente morra de bala perdida ou picada de mosquito”, depreende-se que o autor
tem consciência da importância de se resolver problemas sociais no Brasil, como
aqueles que afetam a saúde e a educação.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
-Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Noções Gerais de
Compreensão e Interpretação de Texto.

112. Segundo o autor do texto,

a) o Brasil tem pioneirismo no cultivo de pepinos e abacaxis e está deixando a desejar na


produção de tomates.
b) há um problema com a qualidade do tomate no Brasil, que prioriza a resistência do fruto
em detrimento do seu sabor.
c) nos Estados Unidos, consegue-se um tomate mais suculento devido à presença maciça
de grandes redes de fast-food.
d) o suco de tomate ainda não popularizou no Brasil porque o tomate não provê líquido o
suficiente para render um bom suco.
e) por ter comido muita batata frita nos Estados Unidos, ele decidiu aboli-la de sua dieta
quando retornasse ao Brasil.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. O autor trata a expressão “depois de resolvidos os pepinos e


descascados os abacaxis,” de forma conotativa no texto, ou seja, “depois de ter
resolvidos os problemas no Brasil [...]”.

b) CORRETA. No trecho “Acontece que a qualidade do tomate está ligada,


entre outros fatores, à quantidade de água nele contida. Quanto mais líquido, mais
macio e saboroso. O problema é que a maior presença de suco aumenta o sabor na
mesma medida em que reduz a durabilidade”, pode-se inferir que a maior resistência
é inversamente proporcional a qualidade do sabor do tomate.

c) INCORRETA. Não há relação entre a produção de tomates e a rede “fast-


food”.

d) INCORRETA. É possível que o suco de tomate ainda não tenha se


popularizado no Brasil, porque os agricultores priorizam a resistência da fruta à
qualidade do sabor.

e) INCORRETA. O autor do texto decidiu abolir a batata frita pelo prazo de seis
meses.

MUDE SUA VIDA!


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Leia a tira para responder à questão.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de textos.

113. Assinale a alternativa que está redigida em conformidade com a norma-padrão


da língua portuguesa.

a) O menino busca à biblioteca quando precisa encontrar material confiável.


b) Calvin recorre à biblioteca para fazer seus trabalhos da escola.
c) A criança vê à biblioteca por fora e não imagina quantos livros há lá dentro.
d) O garoto frequenta à biblioteca todos os dias e ainda não leu todos os livros?
e) O amigo não imagina à biblioteca como um lugar que tem mais do que livros.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Para ocorrer o fenômeno da crase, duas situações devem coexistir:

1ª – um termo pedir a preposição –a.


2ª – outro termo tem de admitir o artigo feminino –a(s)

a) INCORRETA. Na frase, o verbo “buscar” (quem busca, busca algo) é


transitivo direto e não exige complemento preposicionado, portanto não ocorre o
fenômeno da crase.

b) CORRETA. Na frase, o verbo “recorrer” (quem recorre, recorre a


algo/alguém) é transitivo indireto e pede complemento iniciado pela preposição –a e
a palavra “biblioteca” admite o artigo definido –a, portanto, ocorre a manutenção da
crase.

c) INCORRETA. Na frase, o verbo “ver” (quem vê, vê algo/alguém) é transitivo


direto e não exige complemento preposicionado, portanto não ocorre o fenômeno da
crase.

MUDE SUA VIDA!


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d) INCORRETA. Na frase, o verbo “frequentar” (quem frequenta, frequenta


algo) é transitivo direto e não exige complemento preposicionado, portanto não
ocorre o fenômeno da crase.

e) INCORRETA. Na frase, o verbo “imaginar” (quem imagina, imagina algo) é


transitivo direto e não exige complemento preposicionado, portanto não ocorre o
fenômeno da crase.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: concordância verbal e concordância nominal

114. Assinale a alternativa em que a concordância verbal ou nominal está em


conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Na ligação de Calvin para Susi, houveram muitas perguntas feitas por Calvin.
b) “Foi eu que ligou para Susi”, disse Calvin preocupado para sua mãe.
c) A conta telefônica eram só ligações do Calvin para a Susi.
d) As crianças pediram à professora que as liberassem do trabalho.
e) Eu tirava cópias de quaisquer livro que estavam esgotados.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

a) INCORRETA. Na frase, a palavra “houveram” está incorreta


gramaticalmente, uma vez que o verbo “haver” é impessoal, já que foi empregado
com o sentido de “ocorrer”, portanto deve permanecer na terceira pessoa do singular.

Reescrita correta: Na ligação de Calvin para Susi, houve muitas perguntas feitas
por Calvin.

b) INCORRETA. Na frase, a palavra “que” está incorreta gramaticalmente e


deve ser substituída por “quem”.

Reescrita correta: “Foi eu quem ligou para Susi”, disse Calvin preocupado para
sua mãe.

c) CORRETA. Na frase, o verbo ”ser” concorda com o predicativo do sujeito


(ligações de Calvin para a Susi).

d) INCORRETA. Na frase, o pronome relativo “que” retoma “professora” e


exerce a função sintática de sujeito do verbo “liberar”, como o referente do verbo
está no singular (professora), o verbo deve ser flexionado no singular.

Reescrita correta: “As crianças pediram à professora que as liberasse do


trabalho”.

MUDE SUA VIDA!


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e) INCORRETA. Na frase, o termo correto é “livros”, no plural, referente do


pronome relativo “que” que inicia uma oração subordinada adjetiva restritiva (sem
vírgula). Além disso, o pronome indefinido “qualquer” concorda com o substantivo
que o acompanha (livros).

Reescrita correta: Eu tirava cópias de quaisquer livros que estavam esgotados.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: Uso dos conectivos, Morfologia: advérbio.

115. Com relação ao trecho do último quadro “Como eu odeio garotas”, assinale a
alternativa em que o vocábulo como foi empregado com valor equivalente.

a) A garota ia à biblioteca e como ela tinha prazer de estar entre os livros!


b) Como se chama o seu colega de sala que nunca faz seus trabalhos?
c) A menina, como era muito inteligente, tinha a atenção toda voltada para ela.
d) O pai não conseguia disfarçar sua curiosidade como fazia a mãe.
e) Como o ano ia passando, o aluno se desesperava por não ser o primeiro da sala.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Na frase “Como eu odeio garotas”, a palavra “como” tem função de advérbio


de intensidade.

a) CORRETA. Na frase, a palavra “como” tem função de advérbio de


intensidade.

b) INCORRETA. Na frase, a palavra “como” tem função de advérbio


interrogativo.

c) INCORRETA. Na frase, a palavra “como” foi empregada como conjunção


subordinada de natureza adverbial causal.

d) INCORRETA. Na frase, a palavra “como” foi empregada como conjunção


subordinada de natureza adverbial comparativa.

e) INCORRETA. Na frase, a palavra “como” foi empregada como conjunção


subordinada de natureza adverbial conformativa (conforme).

MUDE SUA VIDA!


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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de textos, Uso dos conectivos.

116. O vocábulo enquanto, no terceiro quadro, pode ser substituído sem prejuízo do
sentido e da correção gramatical por:

a) No tempo em que
b) À medida que
c) Durante
d) Na medida em que
e) Na qualidade de

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Na frase “Enquanto estiver lá, será que dava para pesquisar também [...]“, o
vocábulo “enquanto” foi empregado com valor semântico de natureza adverbial
temporal.

a) CORRETA. No contexto, a expressão “No tempo em que” poderia


corretamente substituir o vocábulo “enquanto”, já que ambos expressam a ideia de:
o período que estiver na biblioteca.

b) INCORRETA. A locução “á medida que” tem valor semântico de natureza


adverbial proporcional e não pode substituir o vocábulo “enquanto”.

c) INCORRETA. A palavra “durante” não poderia substituir o vocábulo


“enquanto”, uma vez que precisaria adaptar o restante do período caso houvesse a
substituição.

d) INCORRETA. A locução “Na medida em que” tem valor semântico de


natureza adverbial causal e não pode substituir o vocábulo “enquanto”.

e) INCORRETA. A expressão “Na qualidade de” possui valor semântico de:


descrever situações em que a função de uma pessoa é relevante para o fato, portanto
não pode substituir o vocábulo “enquanto”.

MUDE SUA VIDA!


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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP - 2020 - FITO - Técnico em Gestão
- Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de textos

117. De acordo com a norma-padrão de pontuação, uma palavra que poderia estar
entre vírgulas, no terceiro quadro, é

a) lá.
b) pesquisar.
c) também.
d) importantes.
e) não.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

Na frase “Enquanto estiver lá, será que dava para pesquisar também sobre
morcegos e tirar cópias de tudo que você encontrar e, quem sabe, sublinhar as partes
importantes para mim e resumir? Assim eu não vou ter que ler tudo”, a palavra que
poderia estar entre vírgulas, sem prejuízo para a norma-padrão de pontuação, é
“também”, uma vez que se trata de um advérbio de inclusão.

Cumpre destacar que o uso das vírgulas separando advérbios de inclusão é


facultativo.

São exemplos de advérbios de inclusão: inclusive, ainda, até, também, mesmo,


ainda, etc.

OS BRASILEIROS, OS GALEGOS E OS PORTUGUESES


Portugal, a Galiza e o Brasil protagonizam um triângulo amoroso muito curioso

Marco Neves
Nós e os brasileiros

Gostamos muito de falar dos brasileiros.

Alguns de nós, mais inclinados para a pureza, reclamamos muito por causa da suposta
brasileirização da cultura portuguesa, a começar no excesso de telenovelas brasileiras (tópico
na moda há uns anos, entretanto apagado por via duma dieta prolongada de novelas da TVI) e
a terminar no horror ao Acordo Ortográfico, para muitos uma cedência imperdoável da nossa
alma linguística ao Brasil.

Outros de nós gostamos do Brasil porque nos dá uma sensação de grandeza, chamemos-lhe
lusofonia ou a tal pátria que é a língua portuguesa. Sem o Brasil, a lusofonia seria uns
pedacinhos de terra europeus e africanos. Quem gosta de sentir uma identidade mais misturada
em direcção ao sul gosta muito do Brasil e não se importa com miscigenações culturais e
linguísticas. Fica até aliviado, que isto da pureza cansa muito.

MUDE SUA VIDA!


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Há ainda quem misture um pouco as coisas e goste de pensar que os brasileiros falem a nossa
língua, mas gostava mais se não tivessem esse desplante de a falar doutra maneira.

Para o mal e para o bem, o Brasil é uma das balizas da nossa identidade: pelo medo ou pelo
fascínio, está bem presente nas discussões sobre o que é ser português.

Ora, para os brasileiros, somos pouco mais do que um povo europeu como os outros (que
por obra do mero acaso lhes deu o nome à língua e aparece nos livros de história). Enfim,
também lhes demos alguns imigrantes, umas boas anedotas e, agora, alguns actores
desempoeirados. Pouco mais do que isso.

Os brasileiros conhecem Portugal, até têm avós transmontanos, mas estamos longe de ser
uma das balizas da identidade brasileira. Somos uma curiosidade histórica.

A língua portuguesa é parte, claro, da identidade brasileira, mas sem que por isso os
brasileiros sintam uma ligação especial ao longínquo país donde a língua veio (e donde vieram
os brasileiros quase todos, claro). Para os brasileiros, o nome da língua é um pormenor: o
importante é não ser a mesma língua dos vizinhos.

Em suma, o que para nós é um foco de tensão identitária, para eles não aquece nem arrefece.

Os galegos e nós

Ora, curiosamente, há um povo que parece ter uma relação conosco parecida com esta nossa
relação com os brasileiros: os galegos.

Sim, os galegos olham para Portugal e sabem que a relação com o vizinho do sul é
significativa: seja para se afastarem e ficarem imersos na nação espanhola, seja para se
afirmarem como algo diferente dos restantes espanhóis.

Mesmo na ortografia da língua, os galegos têm este foco de tensão: ou se aproximam dos
espanhóis, com “ñ” e tudo o mais, ou se aproximam de nós, com os “nh” e outros que tais.

Por cá, ignoramos olimpicamente as questões existenciais dos galegos. Sim, conhecemos a
Galiza, sabemos que é uma região dos nossos vizinhos, e até sabemos que há por lá uma outra
língua, que mal sabemos reconhecer (na escrita até vemos algumas parecenças com o
português, mas quando os galegos falam soa tudo a espanhol e pronto). Para lá desses factos
soltos, a Galiza não entra no radar dos portugueses.

É assim na cabeça dos portugueses – tal como muitos brasileiros nem sabem que os
portugueses têm outro sotaque, poucos portugueses sabem que o galego tem uma relação tão
íntima com o português.

Talvez fosse engraçado começarmos a virar a nossa atenção também para os vizinhos de
cima. A Galiza é essa curiosa região espanhola onde vemos muito de Portugal, mas com alguma
distorção, o que nos dá aquela vertigem de espelho ondulado. É como se voltássemos à nossa
terra muitos anos depois: reconhecemos algumas coisas, outras são-nos estranhas, mas há uma
mistura de conforto e diferença que sabe bem.

Entretanto, podemos esperar (talvez sentados) que os brasileiros descubram a cultura


portuguesa – quando um dia acontecer, ganharão muito com isso, tal como ganham imenso os

MUDE SUA VIDA!


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leitores portugueses que ultrapassam certos bloqueios mentais e começam a ler literatura
brasileira, para lá dos lugares comuns dos medos e dos fascínios.
(Disponível em: <https://medium.com/tribo-humana/os-brasileiros-os-galegos-e-os-portugueses-6668256cb8f7>. Acesso em 30/06/2015.)

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2015 - ITAIPU
BINACIONAL - Sistema de Informação ou Ciências da Computação - Auditoria
Assunto: Interpretação de Textos, Significação Contextual de Palavras e Expressões.
Sinônimos e Antônimos, Coesão e coerência.

118. Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes
afirmativas:

( ) Na linha 23, “eles" refere-se aos brasileiros.

( ) Em cada um dos títulos, “nós" faz referência a todos os falantes da língua portuguesa.

( ) Na linha 32, “Por cá" refere-se ao Brasil.

( ) A expressão “não aquece nem arrefece" (linha 23) tem o mesmo significado que a
expressão “não fede nem cheira".

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo


a) V – F – F – V.
b) V – F – V – F.
c) F – V – V – F.
d) F – V – F – V.
e) F – F – V – V.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

Afirmativa 1: Na linha 23, “eles" refere-se aos brasileiros.


Análise: Na frase “Em suma, o que para nós é um foco de tensão identitária,
para eles não aquece nem arrefece”, o pronome “eles” retoma “brasileiros”, ou seja,
“para os brasileiros não aquece nem arrefece”.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: Em cada um dos títulos, “nós" faz referência a todos os falantes


da língua portuguesa.
Análise: Em cada um dos títulos, “nós" faz referência aos portugueses.
Resposta: falsa.

Afirmativa 3: Na linha 32, “Por cá" refere-se ao Brasil.


Análise: Na frase “Por cá, ignoramos olimpicamente as questões existenciais
dos galegos.”, a expressão “por cá” refere-se a Portugal.
Resposta: falsa.

MUDE SUA VIDA!


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Afirmativa 4: A expressão “não aquece nem arrefece" (linha 23) tem o mesmo
significado que a expressão “não fede nem cheira".
Análise: as duas expressões indicam o mesmo valor semântico (sentido).
Resposta: verdadeira.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2015 - ITAIPU
BINACIONAL - Sistema de Informação ou Ciências da Computação - Auditoria Assunto:
Interpretação de Textos,

119. Nesse texto, Marco Neves:

a) explica como barreiras culturais têm criado obstáculos para uma aproximação
linguística entre portugueses, brasileiros e galegos.
b) reivindica a precedência de Portugal como elemento balizador da identidade cultural
tanto do Brasil quanto da Galícia.
c) descreve semelhanças entre as línguas de portugueses, galegos e brasileiros, de modo a
demonstrar sua unidade identitária.
d) lamenta o afastamento cultural entre países cujas línguas têm profundas semelhanças.
e) defende a integração linguística dos três povos como condição para o fortalecimento da
lusofonia.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

Ao longo do texto, o autor aponta o afastamento cultural entre duas regiões


cujas línguas têm profundas semelhanças com a língua portuguesa (Portugal), o
Brasil e a Galiza.

Nesse contexto, o autor lamenta o desinteresse dos brasileiros pela cultura


portuguesa, afirmando que Portugal é apreciado apenas como uma curiosidade
histórica.

Além disso, no período “Para o mal e para o bem, o Brasil é uma das balizas da
nossa identidade: pelo medo ou pelo fascínio, está bem presente nas discussões
sobre o que é ser português”, depreende-se que o Brasil influencia na identidade de
Portugal e está bem presente nas discussões que definem o que é ser “português”.
No entanto, o contrário não pode ser afirmado, os brasileiros conhecem Portugal, até
têm avós transmontanos, mas Portugal está longe de ser uma das balizas da
identidade brasileira.

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A NOVA PALAVRA DE PROTESTO NO BRASIL CHAMA-SE “ROLEZINHO”

1 Depois da onda de protestos que tomou conta do Brasil em junho, e à beira de várias
manifestações contra o Mundial de
2 futebol sob o lema “Não Vai Ter Copa”, a Presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff,
está agora a tentar gerir novos
3 movimentos de massas, os "rolezinhos" – encontros organizados em centros comerciais por
jovens através de redes sociais.
4 "Rolezinho" é o diminutivo de "rolê", palavra que quer dizer "encontro", "passeio".
5 Numa página do Facebook de um rolezinho marcado para dia 25, um utilizador, Mário
Rocha, descrevia: “Rolezinho é o
6 flashmob de pobre. A principal diferença é logicamente a cor e a quantidade de dinheiro na
conta bancária. A ideia é simples: nas
7 redes sociais, jovens, que geralmente são negros, funkeiros e ‘favelados’, combinam um
encontro dentro de algum shopping da
8 cidade, e, estando lá, eles passeiam em grupos cantando suas músicas preferidas. Quando a
classe média branca vê aquele mar
9 de negros ‘invadindo’ o shopping, já pensa que são assaltantes, estupradores, ladrões...”
10 (...)
11 A polêmica dos rolezinhos saltou com ainda mais intensidade para os jornais no fim de
semana passado, depois de vários
12 centros comerciais em São Paulo terem fechado as portas e controlado as entradas e saídas
de jovens, tendo alguns conseguido
13 que a Justiça os apoiasse e ameaçasse com uma multa de 10 mil reais a quem participasse.
No sábado, imagens de portas fechadas
14 do shopping JK Iguatemi, em pleno centro da cidade, começaram a circular nas redes sociais
e deram origem a críticas de que se
15 estava perante um apartheid, pois os jovens participantes seriam na maioria negros e de
classe social baixa. (...)

(Joana Gorjão Henriques – Portugal – 16/01/2014. Disponível em <http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-nova-palavra-de-protesto-no-


brasil-chamaserolezinho-1619964#/0>.)

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2014 - ITAIPU
BINACIONAL - Administração Assunto: Interpretação de textos.

120. Sobre alguns vocábulos e expressões do texto, considere as seguintes


afirmativas:

1. Se o vocábulo “ainda” (linha 11) fosse deslocado para após “os jornais” (linha 11),
haveria mudança do sentido básico da sentença.
2. A expressão “está agora a tentar gerir” (linha 2) tem como equivalente, no português
brasileiro, “tenta gerir, no momento”.
3. O conteúdo relacionado pelos vocábulos “quando” (linha 8) e “já” (linha 9) implica
julgamentos apressados feitos pelas pessoas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Afirmativa 1: Se o vocábulo “ainda” (linha 11) fosse deslocado para após “os
jornais” (linha 11), haveria mudança do sentido básico da sentença.
Análise: o deslocamento do vocábulo “ainda” altera o sentido da frase, uma
vez que com o deslocamento, interferiria no sentido de “no fim de semana passado”.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: A expressão “está agora a tentar gerir” (linha 2) tem como


equivalente, no português brasileiro, “tenta gerir, no momento”.
Análise: houve a inversão dos elementos da expressão, sem alteração do
sentido original do texto.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 3: O conteúdo relacionado pelos vocábulos “quando” (linha 8) e


“já” (linha 9) implica julgamentos apressados feitos pelas pessoas.
Análise: Na frase “Quando a classe média branca vê aquele mar de negros
‘invadindo’ o shopping, já pensa que são assaltantes, estupradores, ladrões...”, na
qual os vocábulos supracitados foram empregados, há uma ideia de opinião e/ou
prejulgamento da classe média branca.
Resposta: verdadeira.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2014 - ITAIPU
BINACIONAL - Administração Assunto: Interpretação de textos.

121. Sobre as ideias presentes no texto, é correto afirmar:

a) As divergências acerca da prática do rolezinho originam-se na discrepância entre o


nome e o que ele realmente significa.
b) As reticências após ladrões (linha 9) implicam dúvida sobre o conteúdo assertado.
c) Parte da polêmica que paira sobre os rolezinhos decorre da condição social de seus
atores.
d) A virtualidade é a característica principal dos rolezinhos.
e) A novidade da palavra rolezinho é simultânea à novidade dos movimentos de massas
jovens no Brasil.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. As divergências, segundo descreve o Mário Rocha, está na


cor e a quantidade de dinheiro na conta bancária dos indivíduos que participam do
rolezinho.

b) INCORRETA. As reticências implicam na continuação dos pensamentos e/ou


prejulgamentos da classe média branca.

c) CORRETA. De acordo com o texto, parte das polêmicas decorre da cor e a


quantidade de dinheiro na conta bancária dos participantes do “rolezinho”, ou seja,
da sua condição social.

d) INCORRETA. A virtualidade é uma das características (e não a principal),


já que parte dos “rolezinhos” são marcados em páginas do Facebook.

e) INCORRETA. De acordo com o trecho “Depois da onda de protestos que


tomou conta do Brasil em junho, e à beira de várias manifestações contra o Mundial
de futebol sob o lema “Não Vai Ter Copa”, a Presidente da República do Brasil, Dilma
Rousseff, está agora a tentar gerir novos movimentos de massas, os "rolezinhos" –
encontros organizados em centros comerciais por jovens através de redes sociais”,
os “rolezinhos” surgiram após a onda de movimentos em massa que tomou conta do
Brasil no governo da Presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff.

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CURTO, LOGO EXISTO


Luís Antônio Giron

1 Com a evolução e o aumento de usuários e da importância das redes sociais, o nome e a


fotografia de cada pessoa passaram
2 a funcionar como o substituto do sujeito. O “eu” real se esvaziou para dar lugar ao “perfil”. O
filósofo francês René Descartes
3 estabeleceu um novo modelo de pensamento no século XVII, ao formular em latim a seguinte
proposição: “Penso, logo existo”
4 (Cogito, ergo sum). Era uma forma de demonstrar que aquele que existe raciocina e, por
conseguinte, põe em xeque o mundo que
5 o cerca. A dúvida científica substituía a certeza religiosa. Hoje, Descartes se reviraria no seu
túmulo em Estocolmo, caso pudesse
6 observar o que se passa na cabeça dos seres humanos. “Curto, logo existo” (Amo, ergo sum)
parece ser a nova atitude lógica
7 popularizada pelo Facebook. A dúvida científica cedeu espaço à presunção tecnológica.
8 Melhor ainda é a formulação da jornalista americana Nancy Jo Sales no livro Bling Ring – a
gangue de Hollywood. A dúvida
9 sobre a existência do ego deu lugar, na cultura do ultraconsumismo e das celebridades, a um
outro tipo de pergunta: “Se postei algo
10 no Facebook e ninguém ‘curtiu’, eu existo?”.
11 A resposta é: provavelmente não. Eu existo se meus tuítes não são comentados nem
retuitados? Claro que não. E se são
12 curtidos ou retuitados, tampouco! Ninguém existe nas redes sociais senão como
representações, que estão ali no lugar dos
13 indivíduos. Não há uma transparência ou uma continuidade natural entre o que somos de
fato e o que queremos ser nas redes
14 sociais. Isso parece óbvio, mas não o é para muita gente. Agora as pessoas reais guardam
uma alta concentração de nada nos
15 cérebros, pois preferem jogar tudo o que pensam e sentem via suas representações nas redes
sociais. Elas se tornam ocas para
16 rechear de signos seus perfis. O verdadeiro eu migrou do mundo off-line para o online.
17 É óbvio que os signos na internet podem enganar, mentir e insidiosamente simular um alter
ego digital. Os vigaristas e
18 falsários pululam alegremente com suas máscaras nas redes sociais. Quando alguém me
“curte” ou “não curte”, está agindo com
19 sinceridade na mensagem ou quer agradar e parecer inteligente? Ou está ironizando? Nesse
sentido, se o eu do Facebook quiser
20 se sentir mais vivo com o número de pessoas que o curtiram, estará caindo em uma
armadilha. Pois ele não é o que é nem quem
21 curte é o que parece ser. Mesmo quando a boa-fé existe, ela deixa de o ser porque nada se
mantém estável no ambiente da “curtição”
22 do Facebook. (Os robôs do Facebook geram mensagens aleatórias para que usuários vivos
ou mortos “cutuquem” alguém que já
23 está morto, ou “curtam” perfis que já subiram aos céus).
24 (...)
25 O ato de “curtir” tem um poder ontológico: ele alterou irremediavelmente a nossa forma de
encarar o mundo, os outros e a
26 nós mesmos. Pois o “curtir” é a manifestação mais aguda da insistência do ego na cadeia da
lógica binária do Facebook. Se eu

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27 “curto”, desejo afirmar minha existência, mas eu menos existo do que penso que possa
existir. Se alguém me “curte”, posso adquirir
28 certeza de que estou no mundo e me encher de felicidade com o elogio, mas não há como
verificar a veracidade dele e, assim, se
29 eu pensar demais nisso, mergulho na frustração e na sensação de vazio existencial. E se o
mundo existe só porque todos se “curtem”
30 mutuamente, então ele virou um círculo vicioso de aprovações que o levarão
inevitavelmente ao caos. O mundo, em suma, não
31 pode existir fora do moto perpétuo da troca infinita de elogios e aprovações. Quem curte não
curte algo, mas curte o próprio ato de
32 curtir. Esse mundo paralelo peculiar se destruiria se houvesse contradições, confrontos e
refutações. As redes sociais deram origem
33 a universos de consenso absoluto. De minha parte, não curto, logo desisto.
(Adaptado de Revista Época, 01/08/13, Ed. Globo. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-
giron/noticia/2013/08/bcurtoblogo-existo.html). Acesso em 27 de fevereiro de 2014.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2014 - ITAIPU
BINACIONAL - Administração Assunto: Interpretação de textos.

122. Acerca de expressões empregadas no texto, identifique como verdadeiras (V) ou


falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) Em “põe em xeque o mundo que o cerca” (linhas 4 e 5), os dois vocábulos sublinhados
têm a mesma função gramatical.
( ) O vocábulo “dele” (linha 28) retoma a palavra “elogio” (linha 28).
( ) Em “mas não o é para muita gente” (linha 14), o referente do vocábulo “o” é a
obviedade anteriormente referida.
( ) O vocábulo “o” (linha 30) retoma “círculo vicioso” (linha 30).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F–V–F–V
b) F – V – V – F.
c) V – V – F – V.
d) F – F – V – V.
e) V – F – V – F.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Afirmativa 1: Em “põe em xeque o mundo que o cerca” (linhas 4 e 5), os dois


vocábulos sublinhados têm a mesma função gramatical.
Análise: O primeiro “o” tem função de adjunto adnominal (artigo que
acompanha um substantivo), o segundo “o” tem função de objeto direto do verbo
“cercar”.
Resposta: falsa.

Afirmativa 2: O vocábulo “dele” (linha 28) retoma a palavra “elogio” (linha


28).

MUDE SUA VIDA!


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Análise: Na frase “Se alguém me “curte”, posso adquirir certeza de que estou
no mundo e me encher de felicidade com o elogio, mas não há como verificar a
veracidade dele”, o vocábulo “dele” retoma “elogio”.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 3: Em “mas não o é para muita gente” (linha 14), o referente do


vocábulo “o” é a obviedade anteriormente referida.
Análise: Na frase “Isso parece óbvio, mas não o é para muita gente”, o
vocábulo “o” retoma o referente “óbvio”.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 4: O vocábulo “o” (linha 30) retoma “círculo vicioso” (linha 30).
Análise: Na frase “E se o mundo existe só porque todos se “curtem”
mutuamente, então ele virou um círculo vicioso de aprovações que o levarão
inevitavelmente ao caos”, o vocábulo “o” retoma “mundo”.
Resposta: falsa.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2014 - ITAIPU
BINACIONAL - Administração Assunto: Interpretação de textos, Uso dos conectivos.

123. No contexto em que se encontram, os dois pontos da linha 25 podem ser


substituídos, com ajustes de vírgulas, pela expressão:

a) por isso.
b) portanto.
c) visto que.
d) se bem que.
e) no entanto.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

Na frase “O ato de “curtir” tem um poder ontológico: ele alterou


irremediavelmente a nossa forma de encarar o mundo, os outros e a nós mesmos”,
os dois pontos foram empregados para introduzir uma explicação para o ato de
“curtir” ter um poder ontológico.

a) INCORRETA. A locução “por isso” estabelece valor semântico de conclusão,


dessa forma não pode substituir corretamente os dois pontos.

b) INCORRETA. A conjunção “portanto” estabelece valor semântico de


conclusão, dessa forma não pode substituir corretamente os dois pontos.

c) CORRETA. A Locução conjuntiva “visto que” estabelece valor semântico


explicativo, portanto, no contexto pode substituir corretamente os dois pontos sem
prejuízo para a correção gramatical e sentido do texto.

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d) INCORRETA. A locução conjuntiva “se bem que” estabelece valor semântico


concessivo, dessa forma não pode substituir corretamente os dois pontos.

e) INCORRETA. A locução “no entanto” estabelece valor semântico de


adversidade ou oposição, dessa forma não pode substituir corretamente os dois
pontos.

Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2014 - ITAIPU
BINACIONAL - Administração Assunto: Interpretação de textos.

124. O texto discute, essencialmente:

a) as mudanças que o ato de “curtir” no Facebook desencadearam nos modos como as


pessoas percebem o mundo, as relações interpessoais.
b) a passagem do paradigma religioso para o científico e a passagem do paradigma científico
para o tecnológico.
c) o efeito de simulacro na vida real, gerado pelo modo como se dão as interações nas redes
sociais.
d) a cultura do ultraconsumismo e da valorização do “ser célebre”, desencadeada pela era
virtual.
e) as contradições geradas na rede social Facebook.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

a) CORRETA. O autor do texto apresenta como tema central as mudanças que o ato de
“curtir” no Facebook influenciaram no modo como as pessoas encaram o mundo, os outros e
a si mesmos. Nesse contexto, o “eu” real deu lugar ao “perfil”, e as “curtidas” se tornaram
uma forma de provar a sua existência e ter certeza de que pertence ao mundo.

b) INCORRETA. Trata-se de uma extrapolação. O texto não discute a passagem do


paradigma religioso para o científico e a passagem do paradigma científico para o tecnológico.

c) INCORRETA. O efeito de simulacro na vida real, gerado pelo modo como se dão as
interações nas redes sociais não é discutido como tema central do texto.

d) INCORRETA. O autor do texto cita que a existência do ego deu lugar, na cultura do
ultraconsumismo e das celebridades, a um outro tipo de pergunta: “Se postei algo no Facebook
e ninguém ‘curtiu’, eu existo?”.

e) INCORRETA. O debate central do texto vai muito além do que as contradições


geradas pelo ato de curtir apenas no facebook, mas sim nas redes sociais e no mundo virtual.

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(RE)INVENTOR DA LÂMPADA
Brasileiro criou opção fácil e barata para iluminar casas – e teve sua invenção instalada em
regiões carentes de dezenas de países.
Débora Zanelato

1 Thomas Edison tem um grande fã em Uberaba, Minas Gerais: o mecânico de carros Alfredo
Moser. Em comum com o inventor
2 americano, o mineiro também criou a lâmpada, mas de um jeito diferente. Feita de garrafa
PET com água e uma colher de cloro, a
3 Lâmpada de Moser ilumina a casa sem utilizar energia elétrica, porque funciona como uma
lente, refletindo a luz que vem do Sol.
4 Em 2011, esse modelo de tecnologia verde chamou a atenção da ONG My Shelter Foundation,
que passou a instalar essas lâmpadas
5 em regiões carentes das Filipinas e de outros 15 países. A invenção havia surgido 10 anos
antes, em 2001. Alfredo conta que teve
6 uma conversa marcante com Chico Xavier nas ruas do bairro. “Quando nos despedimos, o
Chico colocou a mão no meu ombro e
7 disse que eu teria uma luz na minha vida, e que essa luz também seria de muita gente”. Foi
naquele ano que, inspirado em uma
8 ideia que não lhe saía da cabeça, Moser inventou a lâmpada. “Em 1974, eu trabalhava em
Brasília e meu chefe me disse que uma
9 garrafa de vidro com água poderia fazer o capim pegar fogo, graças à luz do Sol. Eu nunca me
esqueci daquilo”. Moser estava em
10 sua oficina quando viu um buraco na telha e não tinha como consertar. Aí, pegou uma garrafa
de plástico, cheia de água, para cobrir
11 a falha. “Parecia mágica, a garagem ficou iluminada”, conta. Moser aperfeiçoou a criação
incluindo uma colher de cloro, para deixar
12 a água sempre cristalina, e utilizou uma garrafa de dois litros, aumentando a iluminação. Em
pouco tempo, os vizinhos e até lojas
13 do bairro já estavam com o acessório instalado. Ele só funciona durante o dia, mas é
suficiente para economizar até 30% na conta
14 de luz – além de reutilizar garrafas que iriam para o lixo. Em países pobres, onde sequer há
eletricidade, é uma ajuda ainda maior.
15 Por isso, até 2015, a My Shelter espera beneficiar 1 milhão de pessoas. No Brasil, Moser
tentou levar o projeto adiante, mas nenhuma
16 parceria apareceu. A invenção também não o fez rico, mas ele se diz agradecido pelo que
ganhou. “Meu pai morreu aos 90 anos
17 orgulhoso de mim. E já até chorei de ver que a lâmpada ajudou pessoas de tantos países. Meu
sonho é viajar e agradecer o pessoal
18 que levou a ideia pra frente. Não quero ficar rico, quero colaborar.”
(Disponível em <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/compartilhe/reinventor-da-lampada.phtml#.VZ8AXPlViko>. Acesso em
09/07/2015.)

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Provas: NC-UFPR - 2014 - ITAIPU
BINACIONAL - Administração Assunto: Interpretação de Textos

125. Com base no texto, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas
(F):

( ) “Inventor americano” (linhas 01 e 02) retoma a expressão “Thomas Edison” (linha


01).
( ) “Ruas do bairro” (linha 06) retoma “regiões carentes das Filipinas” (linha 05).
( ) “Sua oficina” (linha 10) refere-se a “chefe” (linha 08).
( ) Tanto “a criação” (linha 11) quanto “o acessório” (linha 13) referem-se à “lâmpada de
Moser” (linha 03).
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – V – V – F.
b) V – V – F – F.
c) F – F – V – V.
d) V – F – V – F.
e) V – F – F – V.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Afirmativa 1: “Inventor americano” (linhas 01 e 02) retoma a expressão


“Thomas Edison” (linha 01).
Análise: Na frase “Thomas Edison tem um grande fã em Uberaba, Minas
Gerais: o mecânico de carros Alfredo Moser. Em comum com o inventor americano,
o mineiro também criou a lâmpada, mas de um jeito diferente.”, a expressão
“inventor americano” retoma “Thomas Edison”, ou seja, o mecânico de carros Alfredo
Moser, em comum com Thomas Edison, também criou a lâmpada.
Resposta: verdadeira.

Afirmativa 2: “Ruas do bairro” (linha 06) retoma “regiões carentes das


Filipinas” (linha 05).
Análise: Nos trechos “Thomas Edison tem um grande fã em Uberaba,
Minas Gerais: o mecânico de carros Alfredo Moser” e “Alfredo conta que teve
uma conversa marcante com Chico Xavier nas ruas do bairro.”, depreende-se que a
expressão “ruas do bairro” se refere às ruas da cidade de Uberaba, Minas Gerais.
Resposta: falsa.

Afirmativa 3: “Sua oficina” (linha 10) refere-se a “chefe” (linha 08).


Análise: A expressão “sua oficina” refere-se à oficina do próprio Alfredo Moser.
Observe: “Moser estava em sua oficina quando viu um buraco na telha e não tinha
como consertar” (linhas 9 e 10).
Resposta: falsa

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Afirmativa 4: Tanto “a criação” (linha 11) quanto “o acessório” (linha 13)


referem-se à “lâmpada de Moser” (linha 03).
Análise: No trecho “’Parecia mágica, a garagem ficou iluminada’, conta. Moser
aperfeiçoou a criação incluindo uma colher de cloro, para deixar a água sempre
cristalina, e utilizou uma garrafa de dois litros, aumentando a iluminação. Em pouco
tempo, os vizinhos e até lojas do bairro já estavam com o acessório instalado.”, pode-
se inferir que as expressões “a criação” e “o acessório” retomam a lâmpada de Moser,
feita de garrafa PET com água e uma colher de cloro.
Resposta: verdadeira

Utilize o texto a seguir para responder às questões 1, 2, 3, 4 e 5.

É só sair da estação Osasco da CPTM para chegar ao principal polo varejista de rua do
Estado de São Paulo – descontada a 25 de Março, claro.
Os quatro quarteirões fechados para carros que compõem o calçadão da rua Antônio Agú,
em Osasco, concentram 250 lojas e recebem 350 mil pessoas por dia.
Preços competitivos, fácil acesso e alternativa ao trânsito de São Paulo são chamarizes
para consumidores locais, de cidades vizinhas (Barueri, Itapevi e Cotia) e de bairros da zona
oeste paulistana (Butantã e Jaguaré).
A locutora Sonia De Piere, 53, é uma paulistana que prefere comprar em Osasco a
enfrentar o trânsito em direção ao centro de São Paulo. “O estacionamento é mais barato, os
preços são bons, e os supermercados distribuem sacolinha plástica”, resume.
De acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Osasco, na época do Natal, o lugar
recebe 1,5 milhão de consumidores/dia. “A posição geográfica ajuda. Osasco era bairro de São
Paulo, e isso colaborou para que o comércio crescesse de maneira vertiginosa”, diz André
Menezes, presidente da entidade.
Ao longo do caminho, uma série de lojas lado a lado supre demandas que vão de flores a
eletrônicos. Há produtos naturais a granel, moda, bijuterias e utensílios para casa, entre outros
itens.
Mas o forte são os calçados. “A cidade é um dos berços da comunidade armênia, que
domina esse mercado”, explica Menezes.
(Amanda Nogueira. Calçadão de Osasco só perde para a 25 de Março em número de lojas. http://especial.folha.uol.com.br, 13.03.2016.
Adaptado)

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Noções Gerais de
Compreensão e Interpretação de Texto.

126. Há sempre muito tumulto quando ________ pessoas saem ________ compras em épocas
festivas. O ideal seria antecipá-las _________ fim de evitar sufocos.

a) às … às … à
b) às … as … à
c) as … às … a
d) as … as … à
e) às … às … a

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

O primeiro espaço a ser preenchido refere-se ao sujeito, por isso o termo “as”
tem função somente de artigo definido.
Na segunda lacuna a ser preenchida, o termo anterior é “saem”. “Sair a algum
lugar” é uma locução adverbial de lugar e o termo “compras” é feminino. Em locuções
adverbiais femininas (de tempo, lugar e modo), usa-se crase.
A expressão “a fim de” tem sentido de “com a finalidade de”. Apesar de ser
uma locução (conjuntiva), não se utiliza a crase, pois é seguida pelo termo masculino
“fim”, não se utiliza crase diante de termos masculinos.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Crase.

127. Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui corretamente a


expressão.

a) chegar ao principal polo varejista de rua (chegá-lo)


b) recebem 350 mil pessoas (recebem-as)
c) prefere comprar em Osasco (prefere comprar-lhe)
d) distribuem sacolinha plástica (distribuem-na)
e) supre demandas (supre-lhes)

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A questão refere-se aos conteúdos de pronomes (oblíquos-átonos) e suas contrações de


acordo com sua função (objeto direto e indireto). Os pronomes oblíquos “o, a, os, as” podem
ser utilizados na função de objeto direto. E os pronomes oblíquos “lhe, lhes” podem ser
utilizados na função de objeto indireto. Há ainda uma regra para a contração dos pronomes:
após verbos com sons nasais (m, ão, õe): “o, a, os, as” torna-se “no(s), na(s)”. Verbos
terminados em “r, s, z”: “o, a, os, as” torna-se “lo(s), la(s)”.

a) INCORRETA. Neste caso não é possível à utilização do pronome, visto que “chegar”
é verbo intransitivo, não necessita de objeto direto ou indireto, não é possível contraí-lo nesta
situação.

b) INCORRETA. O uso correto seria: “recebem-nas”.

c) INCORRETA. Neste caso também não há presença de objeto direto ou indireto, não
sendo possível a contração.

d) CORRETA. A regra de contração foi utilizada de forma correta, o verbo “distribuir” é


transitivo direto, por isso o pronome “a” transforma-se em “na”.

e) INCORRETA. O verbo “suprir” é transitivo direto, não sendo possível utilizar o


pronome “lhe”, o uso correto seria “supre-as”.

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Noções Gerais de
Compreensão e Interpretação de Texto.

128. No trecho “Preços competitivos, fácil acesso e alternativa ao trânsito de São Paulo
são chamarizes para consumidores locais…” (3° parágrafo), a vírgula foi empregada pelo
mesmo motivo que no trecho:

a) … descontada a 25 de Março, claro. (1° parágrafo)


b) o calçadão da rua Antônio Agú, em Osasco, concentram 250 lojas … (2° parágrafo)
c) A locutora Sonia De Piere, 53, é uma paulistana que prefere comprar em Osasco … (4°
parágrafo)
d) Osasco era bairro de São Paulo, e isso colaborou para que o comércio crescesse de
maneira vertiginosa… (5° parágrafo)
e) Há produtos naturais a granel, moda, bijuterias e utensílios para casa… (6° parágrafo)

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

A vírgula, no trecho indicado, foi empregada para separar palavras justapostas


assindéticas, termos com mesma função não ligados por conjunção.

a) INCORRETA. Neste caso, a vírgula foi utilizada para separar expressão


retificativa “claro”.

b) INCORRETA. A vírgula neste caso foi utilizada para destacar a informação


sobre a localização da rua Antônio Agú.

c) INCORRETA. Utilizada para separar aposto, que é uma explicação sobre o


sujeito. No caso, a idade de Sonia.

d) INCORRETA. O uso da vírgula, neste caso, é para separar orações


intercaladas e de caráter explicativo.

e) CORRETA. A vírgula estava separando os diversos itens que são vendidos,


ou seja, termos com mesma função não ligados por conjunção.

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Pontuação, Uso da Vírgula.

129. O vocábulo supre, em destaque no penúltimo parágrafo do texto, apresenta como


sinônimo no contexto em que se encontra:

a) priva.
b) estabelece.
c) atende.
d) gera.
e) destitui.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

O verbo suprir tem significado de prover, completar, fornecer, abastecer.


Portanto, se substituído por “atende demandas” o sentido seria mantido, já nos
outros casos não. Por exemplo, as alternativas (A) priva e (E) destitui, têm sentido
de privar, retirar, dispensar, isentar. No caso da alternativa (B) estabelece e (D)
gera, o sentido é de criar, instaurar, produzir.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Significação
Contextual de Palavras e Expressões, Sinônimos e Antônimos.

130. Conclui-se, a partir da leitura, do texto que

a) a existência de uma estação de trem em Osasco faz com que a cidade seja o maior polo
varejista de São Paulo.
b) a distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio não acontece em muitos
lugares próximos a Osasco.
c) o comércio no calçadão de Osasco é naturalmente aquecido com pouca diferença do
Natal para outras épocas do ano.
d) o centro de São Paulo é uma opção, ainda que com desvantagens, para quem não quer
ir até Osasco para fazer compras.
e) alguns bairros da capital paulista podem ser comparados a algumas cidades da Grande
São Paulo em extensão e número de habitantes.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

a) INCORRETA. O texto não utiliza a existência da estação como argumento


para Osaco ser um polo varejista, apenas cita que o trem é uma maneira acessível
de chegar até lá: “É só sair da estação Osasco da CPTM para chegar ao principal polo
varejista de rua do Estado de São Paulo – descontada a 25 de Março, claro.”

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b) INCORRETA. A sacola plástica é uma das vantagens em Osasco, indicada


por uma consumidora paulista. Em São Paulo, capital, o fornecimento de sacolas
plásticas é proibido em alguns estabelecimentos, mas isso não significa que todas as
cidades próximas de Osasco tenham essa mesma conduta, a resposta torna-se
generalista.

c) INCORRETA. No primeiro parágrafo o texto afirma que o calçadão de Osaco


recebe “350 mil pessoas por dia”. Já quando se refere ao período do Natal, o texto
afirma que esse número chega a “1,5 milhão de consumidores/dia.”.

d) CORRETA. Alguns fatores nos direcionam a essa alternativa: o título do


texto “Calçadão de Osasco só perde para a 25 de Março em número de lojas”
demonstra que o centro de São Paulo (Rua 25 de Março) ainda é a opção com mais
concentração de lojas. São citadas algumas desvantagens no centro de São Paulo,
por exemplo, o trânsito, mas isso não faz com que São Paulo deixe de ser uma opção.

e) INCORRETA. O texto não traz informações a respeito disso, apenas cita que
Osasco já foi um bairro de São Paulo e que o comércio em Osasco pode atrair
consumidores de alguns bairros da zona oeste paulista, mas não apresenta nenhuma
informação sobre extensão e número de habitantes.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Noções Gerais de
Compreensão e Interpretação de Texto.

Utilize o texto a seguir para responder às questões 6, 7, 8 e 9.

No começo do mês, estive em Nova York. Durante as semanas que antecederam a viagem,
fui anotando dicas de amigos em folhas de caderno, guardanapos, o que tivesse à mão. Só de “o
melhor hambúrguer do mundo”, consegui umas sete sugestões; de “o cheesecake original”,
quatro; e, com os endereços para comer sanduíches, enchi frente e verso de um papel A4.
Como amizade e comida boa são duas coisas que respeito muito, em dez dias nos Estados
Unidos eu gabaritei as anotações: voltei dois quilos mais gordo e, ainda no avião, fiz a promessa
de, nos próximos seis meses, não chegar a menos de dez metros de uma batata frita.
O que de mais saboroso provei por lá, contudo, não foi fast-food nem era uma
especialidade local. Trata-se de um vegetal. Ou, para ser mais exato, um fruto: uma dádiva dos
deuses que, infelizmente, não a encontramos por aqui. Chama-se tomate.
Assemelha-se bastante, por fora, àquele fruto ao qual, em nosso país, também damos o
nome de tomate, mas uma vez que seus dentes penetram a carne macia, o suco abundante
escorre pelo queixo e o doce naturalmente se mescla ao sal em sua língua, você entende que
está diante de um alimento completamente diferente.
Acontece que a qualidade do tomate está ligada, entre outros fatores, à quantidade de
água nele contida. Quanto mais líquido, mais macio e saboroso. O problema é que a maior
presença de suco aumenta o sabor na mesma medida em que reduz a durabilidade. Os
agricultores, pensando mais na performance de seu produto dentro dos caminhões do que em
cima dos pratos, passaram a priorizar os frutos mais “secos”, foram cruzando-os e

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manipulando suas características até que os transformaram nesse tímido vegetal que aguenta
todos os trancos da estrada, dura séculos na geladeira e quase chega a ser crocante em nossos
dentes.
Dou-me conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país: levar
água encanada para cinquenta milhões de pessoas, criar escolas que ensinem a ler e escrever
de verdade, evitar que a gente morra de bala perdida ou picada de mosquito. Mas queria pedir
às autoridades competentes, sejam elas públicas ou privadas, que, depois de resolvidos os
pepinos e descascados os abacaxis, ajudem a plantar tomates de verdade no Brasil. A vida é
curta, meus caros, e não podemos medir esforços para deixá-la mais doce, macia e suculenta.
(Antonio Prata. Fruto proibido. www.estadao.com.br, 13.12.2010. Adaptado)

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em Gestão
– Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Significação Contextual de
Palavras e Expressões.

131. Encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua quanto à colocação


dos pronomes a seguinte frase:

a) … uma dádiva dos deuses que, infelizmente, não encontramos-a por aqui.
b) … o suco abundante escorre pelo queixo e o doce naturalmente mescla-se ao sal em sua
língua.
c) … manipulando suas características até que transformaram-nos nesse tímido vegetal…
d) Me dou conta de que há questões mais urgentes a serem tratadas em nosso país…
e) A vida é curta, meus caros, e não podemos medir esforços para a deixar mais doce…

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. O pronome “a”, utilizado na frase, é átono. Devido o verbo “encontrar”


estar precedido de palavra negativa “não”, é preciso colocar o pronome antes do verbo. A
forma correta é: “não a encontramos”. Quando o pronome é utilizado antes do verbo
denomina-se próclise.

b) INCORRETA. O pronome “se” também é átono. Pelo fato de o verbo estar precedido
de advérbio de modo (naturalmente), o pronome deve ser posicionado antes do verbo. A
sentença correta é: “[...] e o doce naturalmente se mescla ao sal em sua língua.”. Portanto,
novamente uma próclise.

c) INCORRETA. O termo “que” é um pronome relativo, sendo uma partícula atrativa do


pronome oblíquo-átono “os”. Logo, o pronome deve vir à frente do verbo. Neste caso, apesar
do verbo terminar com som nasal “am”, não é correto substituir o pronome “os” pelo pronome
“nos”. Correto: “[...] até que os transformaram [...].”.

d) INCORRETA. Uma oração não pode iniciar com pronome oblíquo átono, portanto, o
uso correto nesta frase é: “Dou-me”. Quando o pronome é utilizado depois do verbo denomina-
se ênclise.

e) CORRETA. Neste caso, o uso do pronome “a” para substituir a repetição do termo
“vida” foi usado corretamente. Neste caso, há uma próclise.

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em Gestão
– Assistência Administrativa Assunto: Morfologia - Pronomes, Colocação Pronominal.

132. Está em conformidade com a norma-padrão de regência verbal e nominal a frase:

a) Quem vai nos Estados Unidos não pode deixar de provar o cheesecake.
b) Antes da viagem, Antonio estava ávido a provar as especialidades culinárias.
c) Os legumes têm nutrientes a que o corpo não pode abrir mão.
d) Amizade é uma das coisas por que mais prezo na vida.
e) Antonio Prata implicou com os tomates brasileiros por serem inferiores.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. Alguns verbos necessitam de complementos nas orações.


Entre os complementos podemos citar as preposições. Por exemplo: Olhe para frente
(direção); Viajei durante (tempo) as férias. Neste caso, o verbo “vai”, no sentido de
deslocamento, estabelece regência com a preposição “a”: quem vai, vai a algum
lugar. Portanto, a utilização do termo “nos” está incorreta.

b) INCORRETA. “Ávido” significa o desejo profundo. A regência nominal neste


caso é com a preposição “por” ou “de”. A sentença correta é: “[...] Antonio estava
ávido por provar [...].”.

c) INCORRETA. Neste caso não há necessidade do uso da preposição “a”. Além


de que, “abrir mão” é acompanhado com a preposição “de”.

d) INCORRETA. A regência do verbo “prezar” é a mesma de “valorizar”, logo,


não se valoriza “por” algo, não é necessário o uso da preposição. A sentença correta
é: “Amizade é uma das coisas que mais prezo na vida.”.

e) CORRETA. O verbo “implicar”, neste caso, tem significado de cismar,


divergir, antipatizar. Portanto, utiliza-se a preposição “com”: Quem implica, implica
com alguém ou alguma coisa.

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em Gestão
– Assistência Administrativa Assunto: Sintaxe, Regência.

133. Assinale a alternativa que apresenta vocábulo em destaque que


indica intensidade.

a) Só de “o melhor hambúrguer do mundo”, consegui umas sete sugestões… (1°


parágrafo)
b) … voltei dois quilos mais gordo e, ainda no avião, fiz a promessa… (2° parágrafo)
c) O que de mais saboroso provei por lá, contudo, não foi fast-food nem era uma
especialidade local. (3° parágrafo)
d) … pensando mais na performance de seu produto dentro dos caminhões do que em
cima dos pratos… (5° parágrafo)
e) … e não podemos medir esforços para deixá-la mais doce, macia e suculenta. (6°
parágrafo)

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. A partícula “só” é uma locução denotativa de limitação.

b) INCORRETA. “Ainda” está empregado no sentido de tempo, é um advérbio


de tempo.

c) INCORRETA. O advérbio “lá” refere-se a lugar.

d) INCORRETA. O advérbio “dentro” refere-se a lugar.

e) CORRETA. O advérbio “mais” é de intensidade.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em Gestão –
Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos, Significação Contextual de Palavras e
Expressões, Sinônimos e Antônimos.

134. Preservam-se as ideias encontradas no primeiro parágrafo do texto e a correção


gramatical na frase:
a) Eu estivera em Nova York no começo do mês e, nas semanas que antecederam a viagem,
consegui muitas dicas com amigos.
b) Antes da viagem, todas as vezes que eu encontrava amigos, eu havia anotado dicas no primeiro
pedaço de papel que aparecia.
c) De recomendações, antes da viagem, quanto ao “melhor hambúrguer do mundo”, eu havia
conseguido umas sete.
d) Eu encheria uma folha de papel A4 com dicas de endereço para comer sanduíches, depois que
eu viajasse.
e) Se soubesse quantos restaurantes havia para se visitar em Nova York, eu teria pedido mais
dicas.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. “Estivera” está conjugado no pretérito-mais-que-perfeito do


indicativo, no entanto, a conjugação correta neste caso seria o pretérito perfeito
simples do indicativo: “estive”, assim como é apresentado no primeiro parágrafo do
texto.

b) INCORRETA. A conjugação correta é “anotava”, pretérito imperfeito. Não


há necessidade do verbo auxiliar haver neste caso.

c) CORRETA. “Havia conseguido” está empregado corretamente, visto que,


haver é verbo auxiliar que acompanha o verbo principal conseguir, que está no
particípio. O particípio é uma forma nominal que indica uma ação que já aconteceu,
tem noção de conclusão.

d) INCORRETA. A questão solicita que se preservem as informações fornecidas


no primeiro parágrafo, logo, a correção necessária para esta alternativa é: “Eu enchi
(pretérito perfeito simples do indicativo) uma folha de papel A4 com dicas de
endereço para comer sanduíches, antes que eu viajasse.”.

e) INCORRETA. A conjugação gramatical utilizada está correta, pois segue a


regra que ao utilizar pretérito imperfeito do subjuntivo (“se soubesse”) na primeira
oração, a segunda oração utilizará futuro do pretérito, neste caso, futuro do pretérito
composto (“teria pedido”). O havia é verbo auxiliar. Porém, essa informação não
coincide com o primeiro parágrafo do texto, portanto, não responde a questão de
forma completa.

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Utilize o texto a seguir para responder à questão 135.

Caetano e o ‘mal’ uso da crase

Na terça-feira, Caetano Veloso postou nas redes sociais um vídeo no qual corrige uma
frase escrita pelo pessoal que trabalha com ele.
O trecho era este: “Homenagem à Bituca”. Bituca é o apelido do grande Milton Nascimento.
No vídeo, Caetano não se limita a dizer que o “a” não deve receber o acento grave (ou acento
indicador de crase). O Mestre dá a explicação completa (e perfeita) da questão.
Aproveito o “barulho” que o caso gerou para trocar duas palavras sobre o tema com o caro
leitor. Comecemos pela palavra “crase”, que não vem ao mundo como o nome do acento. De
origem grega, “crase” significa “fusão, mistura”. Ao pé da letra, pode-se dizer que Coca-Cola com
rum ou leite com groselha são casos de crase, já que são fusões.
Em gramática, crase vem a ser a fusão de duas vogais iguais, o que ocorre, por exemplo,
na evolução de muitas palavras do latim para o português. Quer um exemplo? O verbo “ler”.
Sim, o verbo “ler”. Na evolução do latim para o português, saímos de “legere” e chegamos a “ler”,
mas antes passamos por “leer” (que, por sinal, foi a forma que se fixou no espanhol, outra língua
neolatina). Na evolução de “leer” para “ler”, as duas vogais se fundiram numa só, o que
caracteriza a crase.
Como se vê, pode-se dizer que ocorreu crase na evolução de “legere” para “ler”. Esse caso
de crase não é marcado com o acento grave.
Hoje em dia, quando se fala de crase, pensa-se basicamente na fusão da preposição “a”
com um segundo “a”, que quase sempre é artigo definido feminino (atenção: “quase sempre”
não equivale a “sempre”). Quando se escreve algo como “Você já foi à Bahia?”, por exemplo,
emprega-se o acento grave para indicar a crase que de fato ocorre: a preposição “a”, regida pelo
verbo “ir” (ir A algum lugar), funde-se com o artigo feminino “a”, exigido por “Bahia” (“Gosto
muito dA Bahia”; “Ele mora nA Bahia”).
No caso da construção corrigida por Caetano (“Homenagem à Bituca”), é óbvio que o
acento indicador de crase é mais do que inadequado, já que no trecho só existe um “a”, a
preposição “a”, regida pelo substantivo “homenagem”; por ser substantivo masculino, “Bituca”
obviamente rejeita o artigo feminino.
Os erros no emprego do acento grave são muitos e frequentes. Quer uma bela lista? Lá vai:
“traje à rigor”, “Viajou à convite de...”, “carro à álcool/gás”, “Vender à prazo”, “à 100 metros”,
“Vem à público”, “ir à pé”, “sal à gosto”, “Vale à pena ir lá”, “Parabéns à você”, “Atendimento à
clientes” etc., etc., etc.
Alguns gênios sugerem pura e simplesmente a eliminação do acento grave. Lamento
informar que a língua portuguesa escrita não sobrevive sem esse acento. [...]
Em tempo: como nada é tão ruim que não possa piorar, alguém postou no YouTube o
depoimento de Caetano com este título: “Caetano Veloso grava vídeo repreendendo sua própria
equipe de internet por mal uso da crase”. “Mal uso”? Não seria “mau uso”? Elaiá! É isso.

(Pasquale Cipro Neto, publicado em < http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2015/06/1647510-caetano-e-o-mal-uso-da-


crase.shtml>. Acesso em: 25/06/2015. Adaptado)

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135. Com base no texto acima, assinale a alternativa correta.

a) O articulista defende que o acento grave seja usado para todos os casos de crase em
português, como o verbo “ler”.
b) A palavra “gênios”, no nono parágrafo, indica apreço pelos proponentes da eliminação
da crase.
c) O uso da crase na frase “Passei a tarde na casa dela” mudaria o sentido do que está
sendo dito.
d) “Bituca” também é substantivo feminino em português, o que torna correta a utilização
do acento grave em “favor lançar às bitucas na lixeira”.
e) O depoimento do último parágrafo indica que nem mesmo Caetano Veloso escapa de
cometer erros na utilização do acento grave indicando crase.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. O texto explica que crase, de acordo com sua origem latina,
significa “fusão”, citando como exemplo a palavra ler, que se originou do termo
“legere”, tornou-se “leer” e modificou-se para “ler”. Mas, quando conclui a explicação
deste exemplo, o autor diz: “Esse caso de crase não é marcado com acento grave.”.
Portanto, o articulista não defende uso do acento em “ler”, somente cita que este é
um caso de fusão entre vogais.

b) INCORRETA. O termo “gênios” é usado de forma irônica no texto, já que o


autor na frase seguinte diz: “Lamento informar que a língua portuguesa escrita não
sobrevive sem esse acento.”. Ou seja, os “gênios” que sugerem a eliminação da crase
não compreendem sua importância na língua escrita. Afinal, verbalmente o acento
grave não é percebido, mas na linguagem escrita ele possibilita a contração entre
regência dos verbos e artigos ou pronomes, o que pode mudar o sentido das orações.

c) CORRETA. Neste caso percebe a importância do uso da crase na linguagem


escrita. O sentido da frase “Passei a tarde na casa dela” (sem crase) significa:
Fiquei/Permaneci a tarde inteira na casa dela. Já, quando usamos a crase, “Passei à
tarde na casa dela”, tem o sentido de “fazer uma visita rápida”. Portanto, a sentença
está correta, o uso da crase alteraria o sentido nesta frase.

d) INCORRETA. Bituca, no texto, refere-se ao apelido de um homem, portanto,


“o Bituca”. Mas esta palavra também é um substantivo feminino, “a bituca”. No
entanto, o verbo “lançar” não necessita de preposição: “quem lança, lança alguma
coisa”, portanto, o termo “as” na frase “favor lançar as bitucas na lixeira” refere-se
apenas ao artigo “as”, não é necessário o uso da crase.

e) INCORRETA. O último parágrafo não menciona um erro de Caetano, e sim


o erro de alguém, que não se sabe quem é. Observe a frase: “[...] alguém postou no
YouTube o depoimento de Caetano [...]”. O erro do uso de “mau” e “mal” não foi
cometido pelo cantor, até porque este é um erro imperceptível verbalmente. Quem
o cometeu foi quem intitulou o vídeo que reproduzia o depoimento de Caetano.

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC – UFPR – COPEL – Administrador
Junior – Analista de Sistemas Júnior – Engenheiro Civil Júnior – Advogado Júnior Assunto:
Crase.

136.Em entrevista à Revista Istoé, o médico infectologista Artur Timerman, que trabalha
com o combate à Aids no país e é autor de um livro sobre o assunto, fala sobre a história
da prevenção e tratamento dessa doença. Quanto a um trecho dessa entrevista, numere
a coluna da direita, relacionando as respostas com as respectivas perguntas.

1. O acesso a medicamentos gratuitos é restrito a alguns portadores. O discurso de


remédios para todos é falso?
2. Houve um abandono do cuidado com a doença pelas nações pioneiras em tratamentos,
como o Brasil?
3. O livro do sr., Histórias da Aids, foi lançado no mesmo período do Relatório da Unaids,
alertando sobre o aumento de novas infecções no Brasil. Por que ainda é necessário falar
sobre a doença?

( ) As pessoas precisam saber que existem mais de 300 mil pessoas vivendo com o vírus
do HIV no Brasil sem saber. O aumento do número de casos tem a ver com o fato de a
população ter baixado a guarda em relação à prevenção.
( ) Estamos vivendo um momento em que as autoridades inauguram placas dizendo que
vão tratar todo mundo, mas o último boletim do Ministério da Saúde diz que o Brasil tem
300 mil pessoas que estão vivendo com o HIV e não sabem.
( ) O País está na contramão do mundo. O programa foi ótimo, mas está ficando para trás.
Hoje o Brasil está defasado no combate à Aids. Não prevenimos, não fazemos o
diagnóstico e não tratamos direito.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de


cima para baixo.

a) 2 – 1 – 3.
b) 1 – 3 – 2.
c) 3 – 2 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 1 – 2 – 3.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A primeira pergunta “O acesso a medicamentos gratuitos é restrito a


alguns portadores. O discurso de remédios para todos é falso?” é respondida
no item “Estamos vivendo um momento em que as autoridades inauguram
placas dizendo que vão tratar todo mundo, mas o último boletim do
Ministério da Saúde diz que o Brasil tem 300 mil pessoas que estão vivendo
com o HIV e não sabem.” Observem os trechos destacados em negrito e como se
associam. A pergunta indaga sobre o tratamento ser para todos (sua universalidade)
e a resposta destaca sobre como o tratamento não é para todos, visto que, muitas
pessoas ainda não possuem o diagnóstico.

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Já a segunda pergunta “Houve um abandono do cuidado com a doença


pelas nações pioneiras em tratamentos, como o Brasil?” tem como resposta:
“O País está na contramão do mundo. O programa foi ótimo, mas está
ficando para trás. Hoje o Brasil está defasado no combate à Aids. Não
prevenimos, não fazemos o diagnóstico e não tratamos direito.” Quando
questiona-se sobre o abandono, a resposta confirma que “o Brasil está
defasado [...].”, percebe-se que apesar de ser pioneira no tratamento (“O
programa foi ótimo [...]”) o que acontece hoje vai na contramão disso, pois
o texto diz que: “[...] mas está ficando para trás.”, “Hoje o Brasil está
defasado [...].”.
O item que pode facilitar o encontro da assertiva correta é o item 3: “O
livro do sr., Histórias da Aids, foi lançado no mesmo período do Relatório da
Unaids, alertando sobre o aumento de novas infecções no Brasil. Por que
ainda é necessário falar sobre a doença?”. A resposta é: “As pessoas
precisam saber que existem mais de 300 mil pessoas vivendo com o vírus
do HIV no Brasil sem saber. O aumento do número de casos tem a ver com
o fato de a população ter baixado a guarda em relação à prevenção.” A
pergunta e a resposta falam sobre “o aumento do número de casos”. E ainda
questiona-se sobre o porquê falar da doença e a resposta complementa “[...] o fato
de a população ter baixado a guarda em relação à prevenção.”.
Ao encontrar a resposta da pergunta número 3, eliminam-se as alternativas
(A), (B), e (E). Restando as alternativas (C) e (D). Confirmando tanto a resposta de
pergunta 1 ou da pergunta 2 elimina-se a alternativa (C). Portanto o item correto é
a alternativa (D).

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC – UFPR – COPEL – Administrador
Junior – Analista de Sistemas Júnior – Engenheiro Civil Júnior Assunto: Interpretação de
Textos.

Utilize o texto a seguir para responder à questão 137.

Energia elétrica deve subir 43,4% em 2015, estima Banco Central


Alexandro Martello

A energia elétrica deve ter um reajuste de 43,4% em 2015 fechado, informou o Banco
Central nesta quarta-feira (24), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste
ano. A última previsão do BC para o aumento da energia elétrica neste ano foi feita duas
semanas atrás. Naquele momento, o BC previa um aumento menor: de 41% em 2015.
A estimativa de alta no preço da energia elétrica em 2015 reflete do repasse às tarifas do
custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE).
O governo anunciou, no início deste ano, que não pretende mais fazer repasses à CDE –
um fundo do setor por meio do qual são realizadas ações públicas – em 2015, antes estimados
em R$ 9 bilhões. Com a decisão do governo, as contas de luz dos brasileiros podem sofrer em
2015, ao todo, aumentos ainda superiores aos registrados no ano passado.
O custo de produção de eletricidade no país vem aumentando principalmente desde o
final de 2012, com a queda acentuada no armazenamento de água nos reservatórios das
principais hidrelétricas do país.
Para poupar água dessas represas, o país vem desde aquela época usando mais
termelétricas, que funcionam por meio da queima de combustíveis e, por isso, geram energia
mais cara. Isso encarece as contas de luz.
Entretanto, também contribui para o aumento de custos no setor elétrico o plano
anunciado pelo governo ao final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%.
Para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de
geradoras (usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram
receber indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos até então.
Essas indenizações ainda estão sendo pagas, justamente via CDE.
(Do G1, em Brasília, 24/06/2015, adaptado de <http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/energia-eletrica-deve-subir-434-em-2015-
estima-banco-central.html> .)

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137.A respeito do conteúdo e do gênero do texto apresentado, considere as seguintes


afirmativas:
1. O texto apresenta uma análise econômica abrangente para a questão do aumento nas
tarifas de energia elétrica e propõe soluções para a crise.
2. O texto relaciona os custos da produção de energia aos aumentos de tarifas para os
consumidores.
3. A crise hídrica reflete no aumento das tarifas de energia por conta do uso de usinas
termelétricas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


b) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A afirmativa 1 diz que “O texto apresenta uma análise econômica


abrangente para a questão do aumento nas tarifas de energia elétrica e
propõe soluções para a crise.” Apesar de o texto apresentar uma análise
econômica demonstrando alguns fatores para o reajuste da energia elétrica
(por exemplo, fim do investimento na CDE, o custo de produção devido o uso
de termelétricas, renovação de concessões de geradoras, etc.), em momento
algum são propostas soluções para a crise. Logo, a afirmativa 1 está
incorreta, eliminando as alternativas (A), (C) e (E).
Em relação à afirmativa 2, que diz “O texto relaciona os custos da produção
de energia aos aumentos de tarifas para os consumidores.”, é verídico,
evidente nos trechos do texto que declaram: “O custo de produção de
eletricidade no país vem aumentando principalmente desde o final de 2012 [...].” e
“[...] por isso, geram energia mais cara. Isso encarece as contas de luz.”.
O item 3 apresenta as seguintes informações: “A crise hídrica reflete no
aumento das tarifas de energia por conta do uso de usinas termelétricas.”
Este argumento é apresentado nos parágrafos 4 e 5. Em muitos lugares do
Brasil a energia elétrica provém de hidrelétricas, mas devido condições
climáticas dos últimos anos e outros fatores, em várias regiões do país se
vive uma crise hídrica.
Para gerar energia utilizando outros meios, as termelétricas são uma
opção, entretanto, elas geram um tipo de energia mais cara, este acréscimo
é repassado ao consumidor.
Logo, 2 e 3 são afirmativas corretas.

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC – UFPR – COPEL – Administrador
Junior – Engenheiro Civil Júnior – Advogado Júnior Assunto: Interpretação de Textos,
Gêneros Textuais.

138.Considere a tira abaixo:

(Ada ptado de <https://medium.com/nebula/paulo-8f27f72e47c0>. Acesso em 14/07/2015.)

Com base nos seus elementos verbais e não verbais, é correto afirmar que a tira:

a) salienta a posição dos intelectuais que gostam de manter diálogos sobre livros literários.
b) ironiza a postura de alguns intelectuais que se colocam como referência daquilo que
deve ser consumido.
c) satiriza a posição de pessoas que restringem sua leitura unicamente ao tipo livro de que
gostam.
d) critica a falta de interesse das pessoas em se dedicar mais à leitura de livros.
e) problematiza a falta de leitura das pessoas, independentemente da classe social de que
fazem parte.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

A tira apresenta uma postura crítica em relação à questão do que é considerado


cultura, o que é relevante e culto. Estes conceitos são abrangentes e subjetivos, o
autor da tira critica justamente a posição de alguns intelectuais que colocam sua
individualidade e seu ponto de vista como regra social. Na tira aborda-se a questão
da literatura, mas esta reflexão é possível em outras áreas como: música,
vestimenta, alimentação, entre outros tópicos.

a) INCORRETA. O uso da palavra “diálogos” salienta a ideia de trocas,


discussões e coletividade, mas esta não é postura que alguns intelectuais têm, de
acordo com a tirinha: “As pessoas precisam ler mais os livros de que eu gosto”. O
destaque do termo “eu” impossibilita as ações ligadas ao conceito de “diálogo”.

b) CORRETA. Percebemos o tom irônico principalmente na caixa de texto do


narrador: “Sempre que ouço alguém dizer:” versus “... eu entendo assim:”. A figura
do “intelectual” é personificada por meios de estereótipos como: o livro, café, óculos,
boina e bigode, o que é um tipo de ironia, visto que, nem todo intelectual tem os
mesmos gostos, posturas e trejeitos, mas esta seria a “referência”. A contradição das

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falas do intelectual também demonstram o caráter irônico e a atitude de colocar-se


como um paradigma social a ser seguido.

c) INCORRETA. A sátira ou crítica não está relacionada exatamente a leitura


de um único tipo de literatura ou a preferência, mas ao usar isto como referência
para todas as outras pessoas, afirma que sua opinião é superior.

d) INCORRETA. A tira não critica a falta de leitura, mas o preconceito envolvido


em distinguir leituras “relevantes” ou não.

e) INCORRETA. Assim como na alternativa (D), a crítica não está na falta de


leitura, mas na diferenciação entre leituras cultas ou não.

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC – UFPR – 2015 – ITAIPU
BINACIONAL – Sistema de Informação ou Ciências da Computação – Auditoria – Engenharia
Civil – Pedagogia – Ciências Contábeis – Engenharia Hídrica, Engenharia Ambiental ou
Engenharia Civil Assunto:

Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

139.Considere a seguinte pergunta:

“E por que, então, o comportamento humano não é igual ao comportamento de um


bovino?"

Determine a ordem correta do texto que responde essa pergunta.

( ) Os comandos enviados de cada um desses módulos frequentemente são bastante


conflitantes, e nossas reações imediatas são determinadas por qual deles fala mais alto
em certo momento. Uma mesma emoção talvez não se traduza num único
comportamento se uma ou outra parte da mente evitar que isso aconteça.
( ) Isso não significa, entretanto, que sejamos marionetes indefesas nas mãos de nosso
DNA. Não existe um gene para cada sentimento, um gene que me faça gostar de ópera e
outro que me faça gostar de rock. Essa é a primeira parte da resposta.
( ) A mente humana atingiu sua forma atual graças à seleção natural. Ela evoluiu
biologicamente no decorrer de milhares de anos e seus traços gerais são determinados
por nossa carga genética.
( ) A segunda é que não devemos imaginar a mente como uma unidade – ela é um
conjunto de módulos especializados, cada um deles responsável por funções como
manipular objetos, raciocinar abstratamente, amar ou odiar.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.

a) 1 – 3 – 4 – 2.
b) 4 – 2 – 3 – 1.
c) 2 – 3 – 1 – 4.
d) 2 – 1 – 4 – 3.
e) 4 – 2 – 1 – 3.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Num primeiro momento, devemos estabelecer algumas relações lógicas, por


exemplo: o item que começa com “A segunda é que [...]” não pode ser o número 1
na apresentação, portanto, elimina-se a alternativa (B).
Observe este trecho: “Isso não significa, entretanto, que sejamos
marionetes indefesas nas mãos de nosso DNA. [...] Essa é a primeira parte
da resposta.” O trecho em negrito correlaciona-se com o item anterior. Mas este
fragmento não pode ser o primeiro parágrafo, pois inicia com o termo “isso”, que
retoma algo que já foi citado, portanto, é descartada a alternativa (D).
Podemos estabelecer algumas relações lógicas baseadas nos empregos dos
pronomes demonstrativos, utilizados de acordo com o contexto: quando escritos com
“ss” (isso, desse, esse, etc.), referem-se a algo que já foi mencionado.
Ao analisarmos a pergunta que inicia a questão, ela propõe uma comparação
entre a mente humana e a de um bovino. Já descartamos duas opções. Podemos
também eliminar o item que diz: “Os comandos enviados de cada um desses
módulos frequentemente são bastante conflitantes [...]”, pois ao falar
“desses módulos” também está retomando algo que já foi dito. Assim, o
primeiro parágrafo obrigatoriamente deve ser: “A mente humana atingiu
sua forma atual graças à seleção natural. Ela evoluiu biologicamente no
decorrer de milhares de anos e seus traços gerais são determinados por
nossa carga genética.”. Perceba que este item retoma um conceito utilizado
na pergunta introdutória: a mente humana. Neste caso, apenas as
alternativas (C) e (E) determinam o parágrafo 1 corretamente.
Existem duas alternativas para continuar a análise da resposta: Seguir
os encaminhamentos propostos em (C) e (E) analisando sua coerência. Ou
ainda, podemos analisar que o parágrafo 1 apresenta a seguinte ideia:
“[...] Ela evoluiu biologicamente no decorrer de milhares de anos e seus
traços gerais são determinados por nossa carga genética.”. Esta ideia é
contra argumentada no item que apresenta a frase: “Isso não significa,
entretanto, que sejamos marionetes indefesas nas mãos de nosso DNA.”,
portanto, indica o parágrafo 2.
Determinados o parágrafo 1 e 2, relembramos a lógica estabelecida
anteriormente da relação entre o item que iniciava com “A segunda é que
[...]”. Percebe-se a ordem 2 – 1 – 3, restando, ao primeiro item a posição de
parágrafo 4.
O item quatro relaciona-se ao item 3 no trecho “[...] cada um desses
módulos [...]”, novamente, o uso do termo “desses” remete a algo dito
anteriormente, no caso, o parágrafo 3, que diz “ [...]a mente como uma
unidade – ela é um conjunto de módulos especializados, [...]”. Elimina-se a
alterna (C), logo, a resposta correta tem a ordem: 4 – 2 – 1 – 3, alternativa
(E).

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC – UFPR – 2015 – ITAIPU
BINACIONAL – Sistema de Informação ou Ciências da Computação – Auditoria – Engenharia
Civil – Pedagogia – Ciências Contábeis – Engenharia Hídrica, Engenharia Ambiental ou
Engenharia Civil Assunto:

140. Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de


Texto.Abaixo, segue um trecho de entrevista concedida pelo psicólogo Steve Pinker à revista
Veja. Numere a coluna da direita, relacionado as respostas com as respectivas perguntas da
coluna da esquerda.

1. Como o senhor vê os livros de autoajuda que prometem reprogramar a mente dos leitores?
2. A mente humana ainda está evoluindo?
3. Estaríamos próximos, assim, do limite de nosso desenvolvimento cultural e tecnológico?

( ) Uma boa aposta é dizer que não. Certamente o processo de evolução não apresenta o
mesmo ímpeto de cerca de 100.000 anos atrás, quando surgiram os primeiros crânios
modernos.
( ) Algumas abordagens são inofensivas, mas há muita bobagem por aí. É lixo puro tudo que
tem a ver com regressão a vidas passadas, tudo que tem a ver com carma, tudo que tem a ver
com aconselhamento sobre a criação de filhos.
( ) Não, ainda há muito a explorar na mente humana, e é certo que nossa cultura e tecnologia
evoluirão drasticamente.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de


cima para baixo.

a) 3 – 1 – 2.
b) 3 – 2 – 1.
c) 1 – 3 – 2.
d) 2 – 3 – 1.
e) 2 – 1 – 3.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

Para responder essa questão precisamos estabelecer algumas relações lógicas


entre as perguntas e as respostas dos itens. Perceba, primeiramente, que a pergunta
número 1 utiliza o advérbio interrogativo “como”, logo, sua resposta não pode ser
“sim” ou “não”. A única resposta possível será a alternativa que inicia com a frase:
“Algumas abordagens são inofensivas, mas há muita bobagem por aí.”. Com
isso, eliminamos as alternativas (B), (C) e (D).
Já a segunda pergunta questiona: “A mente humana ainda está
evoluindo?”. Esta pergunta pode ser respondida com uma afirmação ou uma
negação. Observe que o primeiro item apresenta o seguinte trecho:
“Certamente o processo de evolução não apresenta o mesmo ímpeto de
cerca de 100.000 anos atrás, [...].”. Portanto, o item 1 é a resposta da
pergunta número 2.
Na pergunta número 3 também podemos responder com sim ou não:
“Estaríamos próximos, assim, do limite de nosso desenvolvimento cultural

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e tecnológico?”. Para evitar dúvidas, podemos destacar que a pergunta cita


os termos “cultural” e “tecnológico”. Analise o trecho do terceiro item: “[...]
e é certo que nossa cultura e tecnologia evoluirão drasticamente.”. Portanto,
o item 3 relaciona-se com a terceira pergunta.
Assim, a ordem correta de perguntas e resposta é: 2 – 1 – 3, alternativa
(E).

Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC – UFPR – 2015 – ITAIPU
BINACIONAL – Sistema de Informação ou Ciências da Computação – Auditoria – Engenharia
Civil – Pedagogia – Ciências Contábeis – Engenharia Hídrica, Engenharia Ambiental ou
Engenharia Civil Assunto:
Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

141.Assinale a alternativa escrita de acordo com a norma padrão.

a) O professor Kangni Alem escreveu Escravos, onde retrata um pouco da realidade entre
o final do século XVIII e o início do século XIX, que algumas das revoltas negras, como a
dos Malês, por exemplo, explodiu no Brasil, gerando uma histeria antinegros pelas
colônias.
b) O professor Kangni Alem escreveu Escravos, em que retrata um pouco da realidade entre
o final do século XVIII e o início do século XIX, quando algumas das revoltas negras, como
a dos Malês, por exemplo, explodiram no Brasil, gerando uma histeria antinegros pelas
colônias.
c) O professor Kangni Alem escreveu Escravos, que retrata um pouco da realidade entre o
final do século XVIII e o início do século XIX, onde algumas das revoltas negras, como a
dos Malês, por exemplo, explodiram no Brasil, gerando uma histeria antinegros pelas
colônias.
d) O professor Kangni Alem escreveu Escravos, em cujo retrata um pouco da realidade
entre o final do século XVIII e o início do século XIX, que algumas das revoltas negras,
como a dos Malês, por exemplo, explodiram no Brasil, gerando uma histeria antinegros
pelas colônias.
e) O professor Kangni Alem escreveu Escravos, onde retrata um pouco da realidade entre
o final do século XVIII e o início do século XIX, em que algumas das revoltas negras, como
a dos Malês, por exemplo, explodiu no Brasil, gerando uma histeria antinegros pelas
colônias.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

Neste tipo de questão devemos ter atenção em relação à concordância,


utilização correta dos pronomes, comparando as alternativas.

a) INCORRETA. O pronome relativo “onde” foi empregado corretamente, visto


que, neste caso é equivalente ao termo “em que”, referenciando o termo anterior, o

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livro. No entanto, o erro da alternativa está na concordância dos verbos, já que o


verbo “explodir” deve concordar com “algumas revoltar negras”, logo, a sentença
correta neste caso é: “que algumas revoltas negras, como a do Malês, por
exemplo, explodiram no Brasil, [...].”.

b) CORRETA. O pronome que / em que tem função de retomar palavras que


nomeiam coisas ou pessoas, no caso, o livro. Posteriormente é utilizado o termo
“quando”, que se refere à circunstância de tempo, “[...] século XVIII e o início do
século XIX, [...]”. O verbo também está conjugado corretamente, “explodiram”.

c) INCORRETA. O pronome que foi utilizado corretamente. Em seguida o


pronome onde foi utilizado para se referenciar a uma circunstância de tempo e não
de lugar. Isto torna a alternativa incorreta.

d) INCORRETA. O pronome cujo deve ser usado sempre entre dois


substantivos, estabelecendo assim uma relação de posse. Este pronome pode ser
precedido das preposições de, em, a, com e contra. Um exemplo correto do uso de
cujo: Este é o professor em cujos conhecimentos todos confiam. Na alternativa, a
palavra posterior ao termo “em cujo” é um verbo e não um substantivo, sendo assim,
está incorreto.

e) INCORRETA. A alternativa (E) é similar à alternativa (A), em que ambos os


pronomes relativos foram corretamente empregados, no entanto, a concordância
verbal está incorreta.

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC – UFPR – 2015 – ITAIPU
BINACIONAL – Sistema de Informação ou Ciências da Computação – Auditoria – Engenharia
Civil – Pedagogia – Ciências Contábeis – Engenharia Hídrica, Engenharia Ambiental ou
Engenharia Civil Assunto: Morfologia - Pronomes, Pronomes relativos.

142.Assinale a alternativa cujo texto está corretamente pontuado.

a) Porém mesmo que se reconheça a imutabilidade da condição humana, o que significa


que não houve ou haverá tempo áureo no qual as pessoas serão angelicais. Há fato
documentado, nos primórdios do Homo sapiens: convivia-se em intensa agregação, hoje,
vive-se – não em todos os lugares, é bom ressaltar – de modo individual, até isolado.
b) Porém, mesmo que se reconheça a imutabilidade da condição humana o que significa
que não houve ou haverá tempo áureo no qual as pessoas serão angelicais há fato
documentado: nos primórdios do Homo sapiens convivia-se em intensa agregação. Hoje
vive-se não em todos os lugares, é bom ressaltar, de modo individual, até isolado.
c) Porém, mesmo que se reconheça a imutabilidade da condição humana, o que significa
que não houve ou haverá tempo áureo, no qual as pessoas serão angelicais, há fato
documentado: nos primórdios do Homo sapiens, convivia-se em intensa agregação; hoje,
vive-se – não em todos os lugares, é bom ressaltar – de modo individual, até isolado.
d) Porém mesmo que se reconheça, a imutabilidade da condição humana, o que significa
que: não houve ou haverá tempo áureo, no qual as pessoas serão angelicais. Há fato
documentado: nos primórdios do Homo sapiens, convivia-se em intensa agregação; hoje,
vive-se – não em todos os lugares –, é bom ressaltar de modo individual, até isolado.
e) Porém, mesmo que se reconheça a imutabilidade da condição humana; o que significa
que não houve ou haverá tempo áureo no qual as pessoas serão angelicais? Há fato
documentado, nos primórdios do Homo sapiens convivia-se em intensa agregação. Hoje,
vive-se, não em todos os lugares, é bom ressaltar de modo individual até isolado.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

O uso da vírgula é obrigatório para separar certas conjunções, entre elas:


porém, contudo, pois, entretanto, portanto. Assim, as alternativas (A) e (D) são
incorretas, pois não empregam a vírgula depois da conjunção “porém”.
Dando continuidade a frase, é exposta uma ideia: “[...] mesmo que se
reconheça a imutabilidade da condição humana”. A oração seguinte é uma oração
subordinada explicativa, iniciada com a conjunção explicativa “que”, esta por sua
vez, deve ser precedida por vírgula: “[...] mesmo que se reconheça a imutabilidade
da condição humana, o que significa que não houve ou haverá tempo áureo [...]”.
A continuação também é uma oração subordinada explicativa, iniciada com
pronome relativo anteposto por preposição (“no qual”), por estar explicando o termo
anterior (no caso, “tempo”) deve estar entre vírgulas: “[...] tempo áureo, no qual as
pessoas serão angelicais, [...].”.
O uso dos dois pontos após o trecho “[...] há fato documentado” tem função de
indicar um esclarecimento ou um resultado, no caso, concordando inclusive com a
ideia adversativa da primeira palavra da sentença (porém). O resumo proposto é:
[...]nos primórdios do Homo sapiens, (pausa entre orações intercaladas) convivia-se

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em intensa agregação; [...]”. O ponto e vírgula neste caso, é utilizado para separar
orações coordenadas, em que já se utilizou a vírgula.
A frase continua: “[...] hoje, (vírgula usada para enfatizar) vive-se – não em
todos os lugares, (vírgula utilizada para enfatizar) é bom ressaltar – de modo
individual, (vírgula usada para realçar) até isolado.”. O travessão é utilizado para
separar frases explicativas ou intercaladas, podendo, às vezes, substituir os
parênteses, vírgula e dois pontos.
A alternativa (B) está incorreta, pois, não apresenta pausas e nem o uso
vírgulas nas conjunções e pronomes indicados, as orações tornam-se longas,
podendo gerar alteração do significado.
Já a alternativa (E) utiliza o ponto de interrogação, formulando uma pergunta.
No entanto, a pergunta e sua resposta são confusas. É utilizada a pontuação de forma
incorreta, o que pode agregar sentidos diversos as orações.
Portanto, a alternativa que apresenta coerência e utilização correta da
pontuação é a alternativa (C).

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Ano: 2015 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova: NC – UFPR – 2015 – ITAIPU
BINACIONAL – Sistema de Informação ou Ciências da Computação – Auditoria – Engenharia
Civil – Pedagogia – Ciências Contábeis – Engenharia Hídrica, Engenharia Ambiental ou
Engenharia Civil Assunto: Pontuação, Uso da Vírgula, Uso dos dois-pontos, Travessão.

Utilize o texto a seguir para responder à questão 142.

143.Considere as seguintes afirmativas:

1. O autor do texto é otimista quanto aos brasileiros descobrirem a cultura portuguesa.


2. Os portugueses leem mais autores brasileiros do que os brasileiros leem autores
portugueses.
3. Houve mais concessões por parte de Portugal do que do Brasil no Acordo Ortográfico.

São inferências respaldadas pelo texto:

a) 3 apenas.
b) 1 e 2 apenas.
c) 1 e 3 apenas.
d) 2 e 3 apenas.
e) 1, 2 e 3.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A afirmativa 1 é incorreta. Analise os trechos: “Ora, para os brasileiros, somos


pouco mais do que um povo europeu como os outros (que por obra do mero acaso
lhes deu o nome à língua e aparece nos livros de História). [...] Pouco mais do que
isso.”, “Os brasileiros conhecem Portugal, [...] mas estamos longe de ser uma das
balizas da identidade brasileira.”; “A língua portuguesa é parte, claro, da
identidade brasileira, mas sem que por isso os brasileiros sintam uma ligação
especial ao longínquo país donde a língua veio [...]. Para os brasileiros, o nome
da língua é um pormenor.”; “[...] o que para nós é um foco de tensão identitária,
para eles não aquece nem arrefece.”, e por último, no trecho em tom de ironia,
“[...] podemos esperar (talvez sentados) que os brasileiros descubram a cultura
portuguesa – quando um dia acontecer ganharão muito com isso, [...].” Todos os
trechos destacados em negrito levam a conclusão de que o autor não tem uma visão
positiva sobre a mudança de postura do brasileiro em relação a Portugal.
Considerando isto, são descartadas as alternativas (B), (C) e (E).
É possível concluir que a afirmativa 2 está correta nas linhas 42, 43 e 44 do
texto. Quando cita o conhecimento dos brasileiros a respeito da cultura portuguesa,
o autor utiliza a conjugação no futuro do presente (“[...] quando um dia acontecer
ganharão [...].”), ou seja, é um fato que ainda não aconteceu. Mas ao relatar o caso
contrário, portugueses que leem literatura brasileira, utiliza o presente (“[...] tal
como ganham imenso os leitores portugueses que ultrapassam certos bloqueios
mentais e começam a ler [...].”), algo que já aconteceu, está em curso.
O trecho “[...] e a terminar no horror ao Acordo Ortográfico, para muitos uma
cedência imperdoável da nossa alma linguística ao Brasil.”, comprova que a
afirmativa 3 é correta. Consequentemente, apenas a afirmativas 2 e 3 são
verdadeiras.

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Leia a tira para responder à questão.

144.De acordo com a tira, é correto afirmar que

a) Calvin não consegue se expressar como gostaria quando fala com garotas.
b) o tigre está confiante de que Calvin conseguiu o que queria.
c) a história se passa numa época em que ainda não existia a internet.
d) Susi se interessa por elefantes e fará uma pesquisa sobre eles.
e) Calvin e Susi têm de fazer um mesmo trabalho sobre assuntos diferentes.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

a) INCORRETA. A tirinha não apresenta esta afirmação, apenas há um tom irônico na


última fala “como eu odeio garotas” em relação ao posicionamento de Susi em relação à
solicitação de Calvin.

b) INCORRETA. Não, pois sua pergunta foi: “E aí, como foi?”, demonstrando assim que
tem dúvidas, não sabe o resultado e nem tem expectativas.

c) INCORRETA. Essa alternativa pode causar certa confusão, pois, atualmente não é
tão comum as pesquisas serem feitas em bibliotecas, e sim, em computadores com acesso a
internet. No entanto, a tirinha não desenvolve essa temática, nem cita o assunto Internet.

d) INCORRETA. A tirinha não traz a informação de que o tema da pesquisa correlaciona-


se ao interesse do pesquisador. Apenas é apresentada a informação que a pesquisa é um “[...]
trabalho que a gente (Susi e Calvin) tem que fazer para a escola [...].”. Portanto, não é possível
afirmar que Susi se interessa por elefantes, mas, somete que ela fará uma pesquisa sobre
eles.

e) CORRETA. É possível concluir que eles farão o mesmo trabalho quando Calvin diz:
“Sabe aquele trabalho que a gente tem que fazer para a escola?”. Quando diz “a gente”,
podemos entender que ambos irão fazer o trabalho. Calvin afirma que seu tema é sobre
morcegos, em seguida pergunta o assunto do trabalho de Susi. O tema dela, elefantes, é
apresentado no segundo balão de fala. Portanto, ambos farão o mesmo trabalho sobre
temáticas diferentes.

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em
Gestão – Assistência Administrativa Assunto: Interpretação de Textos.

Utilize o texto a seguir para responder às questões 144 a 148.

Os fatos foram opostos – inundação e fogaréu –, e a reação a eles também. Em uma mesma
semana, a cidade italiana de Veneza e a costa leste da Austrália materializaram o embate que
contrapõe “ambientalistas” a “negacionistas” quando o assunto são as mudanças climáticas que
afetam o planeta. Na quarta-feira 13, o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, declarou estado de
emergência na extraordinariamente bela capital da região do Vêneto, no norte da
Itália, notabilizada por seus canais. Motivo: a maior cheia já registrada nos últimos cinquenta
anos. O nível da água se elevou tanto que agravou a degradação de construções históricas – e,
pior, fez duas vítimas logo nos primeiros dias, mortas em suas casas. As águas subiram quase 2
metros, e ondas de mais de 1 metro e meio atingiram cerca de 85% da cidade. Um horror.
“Pedimos ao governo que nos ajude. O custo será alto. Esse é o resultado da mudança
climática”, escreveu o prefeito nas redes sociais. Um relatório de 2017 de uma Agência Nacional
italiana advertiu que a cidade dos canais ficará submersa até o final deste século se o
aquecimento global não for contido por medidas como as previstas no Acordo de Paris de 2015.
Mas, se em Veneza o Poder Executivo reconheceu publicamente que as inundações
decorriam do peso da interferência humana no clima da Terra, a 16000 quilômetros de lá, outra
catástrofe para o meio ambiente foi definida como “natural” – apesar de seu inédito impacto. O
fogo começou a destruir a mata costeira em regiões muito próximas a Sidney. As labaredas
devastaram cerca de 1000 quilômetros de área florestal, provocando a morte de pessoas e de
animais únicos da fauna do país. Encarando tudo como fenômeno da natureza, o vice-premiê
australiano chamou de “lunáticos” os que acreditam no aquecimento global.
(Sabrina Brito, Entre a água e o fogo. Veja, 20.11.2019. Adaptado)

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Valiprev - SP Prova: VUNESP – 2020 – Valiprev - SP –
Contador – Analista de Benefícios Previdenciários – Assistente Social Assunto:
Interpretação de Textos.

145.Assinale a alternativa redigida segundo a norma-padrão de emprego de pronomes e do


sinal indicativo de crase.

a) O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão alagadas, fez um apelo às autoridades do
país.
b) O fogo que atingiu à Austrália é atribuído à fenômenos naturais.
c) À partir de quando o homem aprenderá a respeitar espécies que a sobrevivência está
ameaçada?
d) Sem preservar a natureza, à qual é garantia de sua sobrevivência, o homem passará à
viver dias terríveis.
e) Não é possível estimar à tragédia causada pelo fogo cujo consumiu milhares de árvores
na Austrália.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

a) CORRETA. O pronome cujo deve ser usado sempre entre dois substantivos,
estabelecendo assim uma relação de posse. Neste caso, como está concordando com
o substantivo feminino Veneza e com os substantivos ruas e praças (plural), sua
concordância fica “cujas”. A regência do verbo “apelar” necessita da preposição “a”
ou “para”. O termo utilizado em seguida é feminino, “as autoridades”. Assim, o termo
regente exige a preposição “a” e o termo regido é palavra feminina que admite o
artigo “a”, portanto, utiliza-se crase.

b) INCORRETA. Atingir é verbo transitivo direto, não exige a presença de


preposição. O termo “a” neste caso está empregado apenas como artigo definido
para Austrália, não exigindo o uso da crase. Além disso, “fenômenos” é uma palavra
masculina, que admite o artigo “os”. Antes de palavras masculinas não se admite o
uso da crase. A frase correta seria: “[...] é atribuído aos fenômenos naturais.”.
Portanto, a alternativa está incorreta.

c) INCORRETA. O termo “a partir de” é formado por uma preposição (“a”), um


verbo (“partir”) e preposição novamente (“de”). A expressão significa “a começar
de”. Não há crase antes de verbos. Logo, a alternativa está incorreta.

d) INCORRETA Usar a crase antes da maioria dos pronomes é incorreto,


principalmente, em relação aos pronomes indefinidos e relativos. Há uma exceção
com os pronomes “a qual / as quais”, quando o verbo que acompanha a oração exigir
a preposição “a” em sua regência. Ex: Estas são as leis às quais todos devem
obedecer. Porém, nenhum termo está exigindo a preposição, então, neste caso não
é necessário o emprego da crase. Assim como, é incorreto utilizar a crase antes de
verbo, no caso, “viver”.

e) INCORRETA. Assim como no caso da alternativa (B), estimar é um verbo


transitivo direto, não exigindo preposição, portanto, o termo “a” neste caso é apenas
artigo definido para a palavra “tragédia”, não sendo necessário o uso da crase.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Valiprev - SP Prova: VUNESP – 2020 – Valiprev - SP –
Contador – Analista de Benefícios Previdenciários – Assistente Social Assunto: Crase.

146.As expressões – materializaram e notabilizada –, destacadas no primeiro parágrafo,


têm como sinônimos adequados ao contexto, respectivamente,

a) reuniram e afamada.
b) assumiram e ilustre.
c) esclareceram e consagrada.
d) corporificaram e célebre.
e) delimitaram e cercada.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

O verbo “materializar” tem entre seus significados transformar em realidade,


concretizar, dar consistência. Neste o caso o que foi materializado foi “[...] o embate
que contrapõe “ambientalistas” a “negacionistas” [...]”. Ou seja, algo que é abstrato,
não palpável, mas transformou-se em realidade com os acontecimentos dos
incêndios na Austrália e inundação em Veneza e repercussões que envolveram estes
acontecimentos. Material é algo sólido, que toma “corpo”, assim, corporificar é
sinônimo de materializar, pode substituir o termo “materializar” sem mudança de
sentido na frase.
Já “notabilizar” é tornar algo notável, sobressair, enobrecer, honrar. No caso,
a cidade na cidade de Veneza, principalmente a região de Vêneto, o que chama
atenção, o que torna este lugar famoso, notável, célebre, são seus canais. Portanto,
o sinônimo de “notabilizada” é “célebre”, alternativa (D). Outros sinônimos também
poderiam ser “afamada, ilustre e consagrada” como nas alternativas (A), (B) E (C),
no entanto, a única alternativa que apresenta sinônimo correto para “materializar” é
a alternativa (D).

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Valiprev - SP Prova: VUNESP – 2020 – Valiprev - SP –
Contador – Analista de Benefícios Previdenciários – Assistente Social Assunto:
Interpretação de Textos, Significação Contextual de Palavras e Expressões, Sinônimos e
Antônimos.

147.Assinale a alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e


nominal.

a) 1 metro e meio foram o tamanho das ondas.


b) 85% da cidade de Veneza foram invadidos pela água.
c) Já se registrou cheias em Veneza, ainda maior do que a atual.
d) Segundo o prefeito de Veneza, será necessário os recursos do governo italiano.
e) Perto de 1000 quilômetros de área florestal foi destruído pelo fogo.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. Com números decimais, a concordância do verbo é feita de


acordo com o algarismo que antecede a vírgula. Neste caso, é o algarismo 1,
portanto, singular. “1 metro e meio foi o tamanho das ondas.”

b) CORRETA. Neste caso a concordância acontece de acordo com o número


expresso na porcentagem, sendo este maior do que 1, usa-se o plural. Ou seja,
“foram invadidos” está concordando corretamente com “85%”.

MUDE SUA VIDA!


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c) INCORRETA. A comparação “maior do que” está relacionando-se ao termo


“cheias”, consequentemente, emprega-se o plural “maiores”. A frase correta é: “Já
se registrou cheias em Veneza, ainda maiores do que a atual.”.

d) INCORRETA. É preciso fazer a concordância entre os termos devido o uso


do artigo definido. Mantendo “os recursos”, o verbo e o complemento precisam
concordar, neste caso, utilizando o plural: “[...] serão necessários os recursos”. É
possível questionar o verbo para entender com o que se deve concordar. Ex: O que
será necessário? Os recursos. Logo, os recursos serão necessários.

e) INCORRETA. Em expressões como “mais de, menos de, perto de, e cerca
de” o verbo concorda com o numeral que acompanha as expressões. No caso do
numeral mil, não se utiliza o termo “1 mil”. Na frase analisada, quilômetros
acompanha o termo mil, e o verbo deve concordar com ambos. A frase correta é:
“Perto de 1000 quilômetros de área florestal foram destruído pelo fogo.”.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Valiprev - SP Prova: VUNESP – 2020 – Valiprev - SP –
Contador – Analista de Benefícios Previdenciários – Assistente Social Assunto:
Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal.

148.É correto afirmar que, em relação ao assunto de que trata, a autora do texto

a) mostra distanciamento, vendo os fenômenos como decorrentes de mudanças climáticas.


b) toma partido acerca das reações dos governantes citados, vendo, em ambos, reações
coerentes.
c) sugere que nada do que venha a ser feito poderá evitar a repetição dessas catástrofes.
d) expressa atitude de reação, classificando os efeitos da inundação como “Um horror.”
e) deixa explícito que sua avaliação dos eventos não mudará a atitude dos representantes
dos países envolvidos.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

O texto analisado é de cunho jornalístico e pouco opinativo. A autora Sabrina


Brito, expõe dois fatos parecidos – acontecimentos que envolviam o meio ambiente,
gerando consequências – mas que foram “explicados” pelas autoridades de maneira
paradoxal. A autora enfatiza o paradoxo, mas não expõe uma opinião crítica enfática.
Entretanto, podemos perceber que o uso das aspas neste trecho: “[...]outra
catástrofe para o meio ambiente foi definida como “natural” – apesar de seu inédito
impacto”, demonstra que a autora não concorda ou pelo menos tem ressalvas em
relação a argumentação do governo australiano. Com essa conclusão, podemos
eliminar a alternativa (A) que diz: “mostra distanciamento, vendo os fenômenos
como decorrentes de mudanças climáticas.”, e a alternativa (B): “toma partido acerca
das reações dos governantes citados, vendo, em ambos, reações coerentes.”.

MUDE SUA VIDA!


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A temática abordada na alternativa (C), que diz: “sugere que nada do que
venha a ser feito poderá evitar a repetição dessas catástrofes”, não é tratada no
texto. Assim como, a alternativa (E) que diz: “deixa explícito que sua avaliação dos
eventos não mudará a atitude dos representantes dos países envolvidos”, também
não é abordada no texto.
Em relação à resposta correta, alternativa (D), é possível perceber neste trecho
do texto que a frase “Um horror” é uma reação da autora a citação dos efeitos
causados pela inundação em Veneza. Observe: “O nível da água se elevou tanto que
agravou a degradação de construções históricas – e, pior, fez duas vítimas logo nos
primeiros dias, mortas em suas casas. As águas subiram quase 2 metros, e ondas de
mais de 1 metro e meio atingiram cerca de 85% da cidade. Um horror.”. O uso da
frase “ – e, pior,” também é uma reação da autora. Portanto, a alternativa (D) está
correta.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Valiprev - SP Prova: VUNESP – 2020 – Valiprev - SP –
Contador – Analista de Benefícios Previdenciários – Assistente Social Assunto:
Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

149.A oposição entre “ambientalistas” e “negacionistas” refere-se, no texto,

a) aos efeitos contrastantes das duas catástrofes que acometeram Veneza e regiões da
Austrália.
b) aos pontos de vista adotados pelas autoridades diante das catástrofes que atingem áreas
de seus respectivos países.
c) à natureza incontrolável da inundação em Veneza, em oposição à possibilidade de
controle do incêndio nas proximidades de Sidney.
d) às diferentes dimensões dos fenômenos naturais que vitimaram pessoas e animais nos
eventos citados.
e) às consequências das mudanças climáticas, reconhecidamente responsáveis pelas duas
tragédias.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. Ainda que as catástrofes citadas tenham causas contrastantes


– incêndios na Austrália (fogo), inundação em Veneza (água) – os efeitos citados não
são contrários (mortes e destruição) e não se referem à oposição entre
“ambientalistas” e “negacionistas” que a pergunta indaga. Portanto, a alternativa (A)
está incorreta.

b) CORRETA. O texto não se aprofunda nas catástrofes em si, mas no


posicionamento dos governantes de cada país em relação a estes acontecimentos. A
frase que inicia o texto afirma isso: “Os fatos foram opostos – inundação e fogaréu
–, e a reação a eles também.”. Apresenta-se um paradoxo entre “ambientalistas” a
“negacionistas”.

MUDE SUA VIDA!


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O posicionamento do governo italiano é de viés ambientalista enquanto o


australiano é negacionista. O texto explicita essas visões contrastantes no seguinte
trecho: “Mas, se em Veneza o Poder Executivo reconheceu publicamente que as
inundações decorriam do peso da interferência humana no clima da Terra, a 16000
quilômetros de lá, outra catástrofe para o meio ambiente foi definida como “natural”
– apesar de seu inédito impacto.”. É enfatizado o posicionamento australiano na
última frase: “[...] o vice-premiê australiano chamou de “lunáticos” os que acreditam
no aquecimento global.”.

c) INCORRETA. O texto não se aprofunda em relação ao controle das


catástrofes. Cita o “Acordo de Paris” para controle do aquecimento global, com intuito
de evitar a submersão da cidade de Veneza. Portanto, mesmo que não seja discutida
enfaticamente a questão do controle destas catástrofes, a situação italiana não é
avaliada como “incontrolável”. E a oposição entre “ambientalistas” e “negacionistas”,
que é o tema da pergunta, não diz respeito ao controle da situação especifica de cada
catástrofe citada.

d) INCORRETA. O texto não faz comparações diretas entre as dimensões dos


acontecimentos, somente apresenta seus efeitos (mortes e destruição) e enfatiza em
cada caso a importância dos acontecimentos. Ainda assim, a oposição entre
“ambientalistas” e “negacionistas” não se verifica nas dimensões destes dois
fenômenos. Portanto, a alternativa está incorreta.

e) INCORRETA. As consequências das mudanças climáticas não foram


reconhecidas como responsáveis pelas duas tragédias, visto que, este
reconhecimento aconteceu apenas pelo governo italiano. Se ambas as tragédias
fossem reconhecidas como tal não haveria oposição entre “ambientalistas” e
“negacionistas”, que é o questionamento levantado. Portanto, a alternativa está
incorreta.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Valiprev - SP Prova: VUNESP – 2020 – Valiprev - SP –
Contador – Analista de Benefícios Previdenciários – Assistente Social Assunto:
Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto.

Utilize o texto a seguir para responder à questão 149.

Se a vida é um vale de lágrimas, por que não processar os pais por nos terem trazido ao
mundo?
Se o leitor nunca pensou nessa hipótese, isso pode significar duas coisas. Primeiro, que é
uma pessoa sã. Segundo, que nunca leu a saga do indiano Raphael Samuel, 27, que tentou
processar os progenitores, segundo o jornal “The Guardian”.
Sim, Samuel confessa que tem uma excelente relação com eles. Mas há, digamos, um
“pecado original” que o rapaz não pode perdoar: ele nasceu sem dar o seu consentimento. Uma
indenização, ainda que simbólica, seria uma forma de fazer doutrina: quando queremos ter
filhos, é importante ter o consentimento deles.

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Por essa altura, o leitor inteligente que lê as minhas colunas já deve ter feito uma pergunta
fundamental: como obter esse consentimento? E, já agora, em que fase?
A ciência terá aqui uma palavra importante. Mas, conhecendo o narcisismo da espécie e a
tendência irresistível de marchar pelas causas mais improváveis, não é de excluir que
adolescentes de todas as idades, frustrados com a vida e com a necessidade de escovar os
dentes, encontrem em Raphael Samuel um modelo (de negócio).
Antigamente, os pais poupavam para a universidade dos filhos. Hoje, convém poupar
primeiro para a indenização que eles nos vão pedir.
No limite, ver o filho a pedir uma indenização aos pais por ter nascido faz tanto sentido
como pedir uma indenização ao filho por ele não querer estar cá. Quem disse que só o filho pode
ter razões de queixa?
O problema dos cálculos meramente utilitaristas é que eles são dotados de uma espantosa
flexibilidade. E da mesma forma que os filhos avaliam os seus danos por terem nascido, os pais
podem atuar da mesma forma.
Investiram tudo no delfim – patrimônio genético, tempo, dinheiro, sanidade e
expectativas legítimas de que ele seria um adulto.
Mas o ingrato, no fim das contas, ainda quer fazer contas. Se isso não é motivo para uma
indenização pesada, só um anjo nos pode salvar.
(João Pereira Coutinho, Alô, filho, você quer mesmo sair? Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 15.11.2019. Adaptado)

150.Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Se o leitor nunca


pensou nessa hipótese, isso pode significar duas coisas. – com correção e preservando o
sentido original.

a) À medida que o leitor nunca pensasse


b) Contudo o leitor nunca tenha pensado
c) Pois o leitor nunca pensou
d) Apesar de que o leitor nunca pense
e) Caso o leitor nunca tenha pensado

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

O termo “se” é utilizado na frase na função de conjunção subordinativa


condicional. Entre outros exemplos deste tipo de conjunção temos: caso, contanto
que, desde que, salvo se, sem que, a não ser que, a menos que, dado que. Sua
função é impor uma condição para a ocorrência do que é apresentado na oração
principal. Sendo assim, para manter o sentido original da frase, é preciso utilizar o
mesmo tipo de conjunção.

a) INCORRETA. À medida que é uma conjunção subordinativa proporcional,


assim, altera o sentido da frase.

b) INCORRETA. Contudo é conjunção coordenativa adversativa, ou seja, não


preserva o sentido original da frase proposta.

c) INCORRETA. Pois é uma conjunção que pode ser tanto subordinativa-


causal, quanto coordenativa conclusiva ou explicativa (dependo de sua posição em

MUDE SUA VIDA!


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relação ao verbo). No entanto, neste caso, qualquer um de seus usos mudaria o


sentido, portanto, está incorreta.

d) INCORRETA. A conjunção apesar de que é subordinativa concessiva, o


que também muda o sentido da frase.

e) INCORRETA. A conjunção subordinativa condicional caso, não alterando o


sentido expresso na oração analisada, portanto, está correta.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO
1. C 39. D 77. D 115. A
2. C 40. E 78. A 116. A
3. A 41. A 79. E 117. C
4. E 42. C 80. B 118. A
5. D 43. D 81. E 119. D
6. B 44. B 82. B 120. E
7. A 45. D 83. B 121. C
8. C 46. C 84. D 122. B
9. E 47. A 85. A 123. C
10. A 48. E 86. B 124. A
11. A 49. B 87. C 125. E
12. B 50. E 88. C 126. C
13. C 51. A 89. D 127. D
14. C 52. C 90. C 128. E
15. B 53. D 91. B 129. C
16. D 54. E 92. E 130. D
17. D 55. C 93. D 131. E
18. A 56. A 94. C 132. E
19. E 57. B 95. D 133. E
20. E 58. E 96. A 134. C
21. B 59. C 97. A 135. C
22. D 60. D 98. D 136. D
23. C 61. B 99. B 137. D
24. C 62. E 100. A 138. B
25. A 63. C 101. D 139. E
26. E 64. D 102. E 140. E
27. C 65. D 103. C 141. B
28. D 66. B 104. A 142. C
29. B 67. C 105. B 143. D
30. C 68. C 106. D 144. E
31. A 69. D 107. B 145. A
32. E 70. B 108. C 146. D
33. E 71. E 109. C 147. B
34. A 72. C 110. A 148. D
35. B 73. E 111. E 149. B
36. A 74. A 112. B 150. E
37. D 75. A 113. B
38. B 76. B 114. C

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