Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Definição de Cultura
Definição de Cultura
Ivo
Domingues
ICS/UM
Perspec7vas
de
cultura
Cultura
como
sistema
de
significados:
A
noção
de
significado
resulta
da
interpretação
dos
signos
(Peirce,
1990:160).
A
relação
entre
o
signo
e
o
significado
é
arbitrária
na
medida
em
que
o
sistema
de
significações
resulta
da
convenção
social
(Barley,
1983:395).
Cultura
como
sistema
de
signos
e
de
símbolos:
O
signo
é
aquilo
que
representa
algo
para
alguém
(Peirce,
1990:46)
e
o
símbolo
é
um
signo
que
representa
o
objeto,
não
nas
suas
propriedades,
mas
naquilo
a
que
se
refere,
quando
é
interpretado
(Peirce,
1990:46),
es7mula
significação
que
representa
um
padrão
mais
amplo
de
significado
(Morgan,
Frost
&
Pondy,
1983:5).
Cultura
como
sistema
de
crenças
e
valores:
As
crenças
anunciam
a
probabilidade
subje7va
de
existência
de
uma
relação
entre
o
objeto
da
crença
e
algum
outro
objeto
e,
na
medida
em
que
expressam
a
compreensão
dos
indivíduos
sobre
si
mesmo
e
sobre
o
seu
ambiente,
são
importante
fonte
dos
valores
(Fishebein
&
Ajzen,
1975:131).
Os
valores
são
ideias
que
definem
o
que
é
realmente
importante,
ú7l
ou
desejável
(Giddens,
2001:22),
são
padrões
ou
critérios
de
escolhas,
julgamentos,
a7tudes
e
explicações
sociais
e
servem
de
lentes
ou
filtros
(Berson,
Oreg
&
Dvir,
2008:29).
Cultura
como
sistema
de
cognições:
A
memória
não
hereditária
da
comunidade
e
a
experiência
humana
vivida
é
transformada
em
cultura
por
meio
de
regras
semiió7cas
(Lotman,
Uspensky
and
Mihaychuk,
1978:213-‐214).
As
linguagens
verbais
reflectem
estruturas
discursivas
invariantes
(Christensen
and
Askegaard,
1999:298)
e
as
linguagens
não
verbais
reflectem
sistemas
de
crenças,
cons7tuindo
esquemas
interpreta7vos
(Roy,
2005:172,
176).
Ivo
Domingues
ICS/UM
Defini7on
of
culture
Cultures
serves
mul7ple
func7ons:
iden7ty
meaning,
group
inclusion,
intergroup
boundary
regula7on,
ecological
adapta7on,
and
cultural
communica7on
(Ting-‐Toomey,
1999:12).
One
can
understand
by
culture
the
‘totality
of
that
group’s
thoughts,
experiences,
and
palerns
of
behavior
and
its
concepts,
values
and
assump7ons
about
life
that
guide
behavior
and
how
those
evolve
with
contact
with
other
cultures’
(Jandt,
2007).
I
believe
that
a
culture
consists
of
values,
prac7ces,
interpreta7ons
and,
at
the
same
7me,
the
awareness
of
one’s
iden7ty
(Marga,
2010:106).
Casamento zulu
Casamento hindu
Casamento chinês
Casamento mongol
Casamento
cigano
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
estrutura
social
One
of
the
central
problems
in
the
sociological
analysis
of
culture
has
been
that
of
the
order-‐
mantaining
versus
the
order-‐transforming
func7ons
of
culture.
There
are
two
broad
lines
of
analysis:
1. The
culture
is
perspec7vated
as
order-‐
mantaining,
as
reflec7on
of
society
or
as
its
major
legi7mizing
or
consensus-‐crea7ng
mechanism
(Max,
Durkheim
and,
in
a
modified
form,
Parsons),
2. The
culture
is
perspec7vated
as
order-‐transforming
and
innova7ve,
such
as
in
religion,
especially
of
protestant
ethic
(Weber);
The
order-‐
mantaining
and
the
order-‐transforming
aspects
of
culture
are
two
sides
of
the
same
coin,
they
are
parcel
of
the
symbolic
dimensions
in
the
construc7on
of
the
social
order.
No
social
order
or
palern
of
social
interac7on
can
be
cons7tuted
without
the
symbolic
dimension
of
human
ac7vity,
especially
of
some
basic
cultural
and
ontological
visions.
Such
a
construc7on
of
social
order
is
effected
by
processes
of
intensive
social
interac7on
and
conflit
among
different
elites
and
influen7als
(Eisenstadt,
1992:83)
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
linguagem
As
palavras
sozinhas
são
desprovidas
de
significado:
elas
adquirem
significado
através
de
acordo
de
todos
os
par7cipantes
sobre
a
natureza
do
mundo
real
em
que
eles
se
encontram
(Lakoff,
2000:107).
Os
códigos
culturais,
como
as
linguagens
faladas,
são
construídos
osbre
signos,
os
quais
contêm
tanto
o
significante
como
o
significado
(Featherstone,
1992:297).
A
relação
entre
signo
e
significado
não
é
natural,
é
arbitrária
(…)
O
significado
não
é
determinado
pela
natureza
material
externa
do
signo,
mas
pela
relação
com
outros
significantes
(Saussure,
1964).
Um
sistema
pode
ter
um
conceito
significante
e
outro
sistema
dele
carecer,
devido
a
hipocognição.
Os
tai7anos
não
tem
palavra
para
designar
tristeza,
parecem
não
ter
conceito
dela
e,
correspondentemente,
não
têm
comportamento
ritualizado
para
lidar
com
ela
e
categorizam
tristeza
como
doença,
fadiga
ou
ataque
do
diabo
(Lakoff,
1987:310).
A
comunicação
não
é
algo
que
A
faz
a
B,
é
um
processo
que
con7nuamente
actua
em
ambos.
Esta
ideia
permite
evitar
a
dicotomia
verbal
-‐
não
verbal,
intencional
–
não
intencional,
consciente
–
não
consciente.
O
fenómeno
básico
é
sempre
o
mesmo
(Thayer,
1975:50).
É
necessário
estabelecer
um
critério
geral
para
compreender
o
fenómeno
básico
de
toda
a
comunicação
-‐
‘o
processo
de
tomar
algo
em
consideração’
-‐
e
as
habilidades
e
suscep7bilidades
para
o
fazer
(Thayer,
1975:51).
As
culturas
não
são
tão
organizadas
como
os
códigos
linguís7cos,
mas
possuem
propriedades
de
códigos
(Barthes,
1983).
They
are
composed
of
strongly
structured
symbolic
rela7onships
that
are
largely
independent
of
any
par7cular
actor’s
voli7on
of
speech
(Alexander,
1992:297).
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
linguagem
Ivo
Domingues
ICS/UM
Códigos,
comunicação
e
iden7dade
Os
grupos
promovem
a
criação
e
par7lha
de
iden7dade
entre
indivíduos
dotados
da
mesma
condição
nas
estruturas
sociais
(Goffman,
1963:
112).
A identidade integra símbolos físicos (altura, etnia), símbolos pessoais (carácter), símbolos
dramatúrgicos (aparência) e símbolos e ocupação, por isso, é melhor do que status porque invoca
qualidade pessoais, que o status omite. A identidade pode ser virtual (assumpções e antecipações
que fazemos acerca das pessoas m na base das primeiras aparências) ou real (categoria e
atributos de uma pessoa que a experiência prova que a pessoa possui) (Goffman, 1963:2).
“
(…)
todo
o
comportamento
numa
situação
interac7va
tem
valor
de
mensagem,
isto
é,
é
comunicação,
segue-‐se
que,
por
muito
que
o
indivíduo
se
esforce,
é-‐lhe
impossível
não
comunicar”
(Watzlawick
and
Beavin,
1967).
É
mais
fácil
influenciar
os
outros
para
que
compreendam,
opinem
ou
actuem
se
a
influência
se
dirige
para
sen7do
em
que
já
estão
orientados.
É
mais
diycil
e,
em
certas
ocasiões,
mesmo
impossível
influenciar
os
outros
quando
se
pretende
que
pensem,
opinem
e
ajam
de
forma
contrária
às
suas
orientações.
É
mesmo
impossível
comunicar
mensagens
contrárias
à
iden7dade
do
receptor
(Thayer,
1975:301).
As
pessoas
sentem
muita
necessidade
de
serem
tratadas
conforme
a
sua
iden7dade
e
investem
muito
esforço
a
condicionar
os
significados
pelos
outros
atribuídos
aos
sinais
que
emite
(Goffman,
1973:110-‐113).
Ivo
Domingues
ICS/UM
Dress
code
and
culture
O
vestuário
faz
parte
dos
rituais
da
interacção,
revelando
o
status
ou
a
iden7dade
dos
actores
nas
situações
de
interacção
(Goffman,
1959;
1967);
O
significado
dos
símbolos
organizacionais
é
regionalizado,
pois
depende
do
tempo
e
do
espaço
em
que
são
usados
e
interpretados
(Trice
and
Beyer,
1993:
86);
Os
símbolos
portáteis,
como
o
vestuário,
tornaram-‐se
mais
importantes
do
que
os
símbolos
não
portáteis
para
a
iden7dade
da
organização
(Pral
and
Rafaeli,
2001:107-‐11);
O
vestuário
é
elemento
dramatúrgico
que
revela
a
organização
(Ri{
and
Levy,
2006:179)
e
contribui
para
a
padronização
da
aparência
e
para
o
controlo
dos
seus
membros
(Lurie,
1981:18;
De
Marley,
1986;
Rafaeli
and
Pral,
1993).
Ivo
Domingues
ICS/UM
Dress
code
and
culture
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
comportamento
de
compra
Os
valores
determinam
o
comportamento
de
compra
na
medida
em
que
determinam
os
objec7vos
de
consumo
e
as
ac7vidades
de
compra,
logo
os
produtos
e
modas
de
consumo
(Dubois,
1993:179).
Cultural
values
are
the
root
of
consumer
behavior,
so
understanding
culture’s
influence
is
necessary
for
those
who
want
to
succed
in
the
global
marketplace.
Culture
is
pervasive
in
all
aspects
of
comsunp7on
and
consumer
behavior
and
should
be
integrated
into
all
elements
of
consumer
behavior
theory
(Mooij,
2004:2)
The
paradigm
of
economics
is
that
consumers
will
maximize
their
own
u7lity
and
will
prefer
low-‐
priced,
high
quality
products
to
high
priced,
added
value
brands.
This
paradigm
fits
the
old
scarcity
socie7es,
where
people
had
to
make
either/or
decisions,
for
example,
either
a
washing
machine
or
a
holidays.
When
comparing
post-‐scarcity
socie7es
that
have
converged
economically,
one
observes
that
na7onal
wealth
is
no
longer
a
useful
variable
explaining
consump7on
differences.
The
new
paradigm
is
culture,
wich
becomes
an
increasingly
important
variable
to
explain
comsunp7on
differences
and
brand
preferences.
Cultural
values
are
the
main
variable
to
explain
differences
in
consumer
behavior
(Mooij,
2004:8).
World
cultures
are
becoming
closer
in
many
respects,
that
tastes
in
music,
fashion,
and
technology
among
the
young
are
becoming
more
similar
across
the
world
(Assael,
2004).
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
comportamento
de
compra
Existe associação positiva entre valores culturais e preferência por automóveis: os
consumidores que gostam de carros grandes crêem mais nas relações hierárquicas do
que nas relações de convivência (Henry, 1976:116-17);
Many of the large multinationals that have standardized their operations and brands
since the 1990s have seen their ptofits decline because centralized control lacks
sensitivity:
● C&A standardized buying and advertising in Europe in 1997. In June 2000 the
company decide to close all 109 shops in United Kingdom and Ireland because of
substantial losses. The taste of british and irish consumers is differente from that of the
continental europeans (Mooij,
2004:18).
● Marks & Spencer changed its buying and advertising stragey in 2000. At the end of
2001 withdrew from the European continent (Mooij,
2004:19).
● Perhaps one of the causes of the sucess of McDonalds in foreign markets is the fact
that, in aadition to mantain a strong brand image and consistent service standars,around
the world, its product offer has a local touch and its advertising umtil 2003 has been
local: Kiwi burger (New Zeland), Mahraja burger ( Mac (India); Prosperity burger
(Malasya); Teriaky burger (Japan); grilled salmon buger (Norway) (Mooij,
2004:19).
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
comportamento
de
compra
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
comportamento
de
compra
Ivo
Domingues
ICS/UM
Cultura
e
comportamento
de
compra
Ivo
Domingues
ICS/UM
References
Alexander,
Jeffrey
C.
(1992)
The
promise
of
a
culture
sociology,
in
Münch,
Richar
and
Smelser,
Neil
J.
(eds)
Theory
of
culture,
California:
University
of
California
Press,
293-‐323.
Assael,
H.
(2004)
Consumer
Behavior:
A
strategic
approach.
Boston/New
York:
Houghton
Miffin;
Barthes,
Roland
(1983)
The
Fashion
System,
New
York:
Hill
and
Wang.
Bauman,
Zygmunt
(2001)
The
individualized
society,
Cambridge:
Polity
Press.
Eisenstadt,
S.N.
(1992)
The
order-‐
mantaining
and
order-‐transforming
dimensions
of
culture,
Münch,
richard
and
Smelser,
Neil
J.
(eds)
Theory
of
Culture,
Berkeley>/Los
Angeles/Oxford.
University
of
California
Press.
Goffman,
Erving
(1973)
La
mise
en
scène
de
la
vie
quoAdienne
–
2.
Les
relaAons
en
public,
Paris:
Les
edi7ons
du
Minuit.
Goffman,
Erving
(1963)
SAgma:
Notes
on
the
Management
of
Spoiled
IdenAty,
New
York:
Simon&Schuster.
Lakoff,
George
(1987)
Women,
fire
and
dangerous
things:
what
categories
reveal
about
the
mind,
Chicago:
The
University
of
Chicago
Press
.
Lakoff,
Robin
Tolmach
(2000)
The
language
war,
Berkeley
/Los
Angeles
/London:University
of
California
Press.
(Mooij,
Marieke
(2004)
Consumer
Behavior
and
Culture:
Consequences
for
global
markeAng
and
adverAsing,
London/
Thousand
Oaks/New
Delhi/Singapore:
Sage;
Samovar,
Larry
A.,
Porter,
Richard
E.
and
McDaniel,
Edwin
R.
(2010)
CommunicaAon
between
cultures,
Boston:
Wadsworth,
pp.22-‐40.
Saussure,
Ferdinand
de
(1964)
A
course
in
general
linguisAcs,
London:
Owen.
Ting-‐Toome,
Stella
(1999)
CommunicaAng
Across
Cultures,
New
York
/
London:
The
Gilford
Press;
Thayer,
Lee
(1975)
Comunicación
y
sistemas
de
comunicación:
en
las
organizaciones,
en
la
gesAón
direcAva
y
en
las
relaciones
interpersonales,
Barcelona:
Ediciones
Península.
Thayer,
Lee
(1975)
Comunicación
y
sistemas
de
comunicación:
en
las
organizaciones,
en
la
gesAón
direcAva
y
en
las
relaciones
interpersonales,
Barcelona:
Ediciones
Península.
Watzlawick,
Paul
and
Beavin,
Janet
Helmick
(1967)
PragmáAca
da
Comunicação
Humana:
um
estudo
para
padrões,
patologias
e
paradoxos
da
interacção,
São
Paulo:
Editora
Cultrix;
tradução
de
PragmaAcs
of
Human
CommunicaAons,
W.W.
Norton
Company;
Ivo
Domingues
ICS/UM
References
Stephen
R.
Barley
(1983)
Semio7cs
and
the
Study
of
Occupa7onal
and
Organiza7onal
Cultures,
Administra7ve
Science
Quarterly,
Vol.
28,
No.
3,
Organiza7onal
Culture,
pp.
393-‐413;
Yu.
M.
Lotman,
B.
A.
Uspensky
and
George
Mihaychuk
(1978)
On
the
Semio7c
Mechanism
of
Culture,
New
Literary
History,
Vol.
9,
No.
2,
Soviet
Semio7cs
and
Cri7cism:
An
Anthology,
pp.
211-‐232.
Lars
Thoger
Christensen
and
Soren
Askegaard
(1999)
Corporate
iden7ty
and
corporate
image
revisited:
A
semio7c
perspec7ve,
European
Journal
of
Marke7ng,
Vol.
35
No.
3/4,
2001,
pp.
292-‐315.
Roy,
Deb
(2005)
Semio7c
schemas:
a
framework
for
grounding
language
in
ac7on
and
percep7on,
Ar7ficial
Intelligence,
167:170-‐205;
Ivo
Domingues
ICS/UM