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História 9º ano SEMANA 8

ESCOLA/COLÉGIO:
ESTUDANTE:

Olá, estudante!
Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos das aulas 19, 20 e 21. Bons Estudos!

GOVERNO VARGAS: TRABALHISMO E PROPAGANDA

Na trilha anterior você estudou a respeito dos motivos que levaram ao golpe de Estado dado por Getúlio Vargas
em 10 de novembro de 1937 que deu início ao chamado Estado Novo. Vamos aprofundar esse período destacando o
papel da propaganda e o trabalhismo.
Durante seu governo Vargas praticou o populismo, ou seja, buscou uma aproximação afetiva e direta com os
trabalhadores. Segundo a política populista de Getúlio Vargas, o povo deveria entender que foi o presidente quem
decidiu dar aquele benefício trabalhista, por vontade e bondade própria. Assim, visava despertar no trabalhador
sentimentos de gratidão e retribuição. Getúlio Vargas divulgou amplamente os direitos trabalhistas usando as festas
cívicas, os jornais e a rádio. Os “encontros” de Vargas com os “trabalhadores do Brasil” no Dia do Trabalhador, incluíam
desfiles escolares, operários e militares, apresentações de bandas e torneios esportivos. O decreto 5452 de 01 de maio
de 1943 que consolidou as leis trabalhistas foi apresentado como uma doação do presidente ao povo brasileiro.
A propaganda também foi uma estratégia muito utilizada pelo governo Vargas. Em 1939 foi criado o Departamento
de Imprensa e Propaganda (DIP) que passou a controlar a imprensa impedindo publicações contrárias ao que o governo
defendia. A censura atuou no cinema, rádio, jornais, revistas e literatura. O DIP também era responsável pela
publicidade, propaganda e festividades. Produzia propaganda política do governo e de seus ministérios por meio de
filmes, cartazes, livros, entre outros.
Os anos 1930 e 40 foram marcados pela difusão do rádio. Aproveitando-se do sucesso do rádio, Getúlio Vargas
criou o programa “A Hora do Brasil” que fazia propaganda do governo e apresentava as realizações e pronunciamentos
do presidente. Diariamente, todas as emissoras deveriam transmitir o programa, no mesmo horário. Hoje é chamado
“A voz do Brasil”.

O MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL

Como vimos nas aulas anteriores, a Constituição de 1891 não permitia o voto de mulheres, analfabetos (maioria
da população, especialmente afrodescendentes), soldados e mendigos. Assim, muitas pessoas ficaram excluídas da
participação política.
Os afrodescendentes após a abolição (1888) ficaram em uma situação difícil. Além de ter que lutar por emprego,
moradia e salário, os libertos tiveram de enfrentar o racismo e a violência policial, que os impediam de circular
livremente pelas ruas ou de praticar suas religiões. Apesar das dificuldades, se organizaram em associações e
denunciaram o racismo e a violência por meio de uma imprensa negra onde denunciaram o racismo, a falta de
oportunidades e a violência contra a população negra. A imprensa negra contribuiu no processo de consolidação
dos movimentos negros contemporâneos e na construção de identidades das comunidades afrodescendentes, que
influenciaram a sociedade brasileira com projetos críticos ao modelo de dominação vigente. Um dos nomes mais
importantes do movimento negro foi Abdias do Nascimento (1911-2011) que atuou em vários movimentos
nacionais e internacionais como Frente Negra Brasileira (FNL), Teatro Experiental Negro (TEN) e Movimento Negro
Unificado (MNU).

Atividade

Responda em uma folha a parte (não esqueça de colocar seu nome, turma e nome da escola) e entregue na sua
escola.
Leia o trecho a seguir e responda:
“Era uma censura presente, sem dúvida, e como toda censura, incoerente, absurda, por vezes ridícula. As
ordens vinham por telefone: nada sobre isso, nada sobre aquilo. [...] Vinha uma ordem: não dizer que fulano de
tal cometeu suicídio e sim que morreu de um ataque cardíaco.”
Depoimento do jornalista Hermínio Sacchetta ao repórter Noé Gertel para a Folha de S.Paulo em 1979. Disponível em:
<http://bit.ly/3d2rfp9> - Acesso em: 24 mar. 2021.
Explique o papel desempenhado pelo DIP durante o Estado Novo.