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Olá, prezada professora Rosemeri, olá, caras e caros colegas do curso, cá estou no

fórum, finalmente.

A artista pioneira na discussão sobre raça e gênero no Brasil, Rosana Paulino, foi a
convidada para um bate-papo com Igor Simões, doutor em Artes Visuais
(especializado em História, Teoria e Crítica da Arte) e um dos curadores da 12ª
edição da Bienal do Mercosul. Logo de início, Igor destaca que, “Rosana Paulino
além de ser uma artista de importância fundamental na arte brasileira e latino-
americana, tem como característica um olhar atento para o seu lugar como
educadora”. A conversas tinha como eixo central o debate de questões
relacionadas à arte e à educação. Porém o papo fluiu e foram abordados diversos
temas, dentre eles a postura controversa, polêmica e leniente da intelectualidade
brasileira diante de temas étnicos sociais, como o muito, muito complexo e
aberrado “racismo científico” (ou racismo biológico, a crença pseudocientífica da
existência de evidências que apoiam ou justificam o racismo, a discriminação, a
inferioridade étnica e superioridade racial). Afinal, no início do século XX, como
bem sabemos, elites brancas tramavam (ou ainda tramam?) abertamente um Brasil
sem negros ou mestiços (ou ao menos “embranquecido”, se não na pele,
principalmente na mente). Segundo Schwarcz (1993, p. 12), o Brasil era descrito
como “(...) uma nação composta de raças miscigenadas, porém em transição. Essas,
passando por um processo acelerado de cruzamento, e depuradas mediante uma
seleção natural (...), levaria a supor que o Brasil seria, um dia, branco”.

Este lado imundo da ciência foi, como dito por Paulino, aplicado na sociedade e,
com o tempo, colocado para debaixo do tapete. Mas o resultado é “bem-visto” em
nossa realidade. Este é o ponto de destaque, entre tantos outros, que optei em
abordar. Um abraço professora e a todos colegas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SANTOS, Raquel Amorim dos; SILVA, Rosângela Maria de Nazaré Barbosa. Racismo
científico no Brasil: um retrato racial do Brasil pós-escravatura. Educar em Revista. v.
34, n. 68, 2018. Disponível em: < https://doi.org/10.1590/0104-4060.53577 >.
Acesso em 24 de abril de 2021.

Imagem: reprodução/INNC-USA

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