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1. CAPÍTULO 1: A CONSTITUIÇÃO DO EU
O conceito de “pessoa moral” para Rawls: não existe uma pretensão em tornar
a teoria uma pretensão moral abrangente – mesmo contendo o conceito kantiano de
pessoa e de razão (prática), esse se limita a concepção de igualde e não ao seu
ordenamento metafisico – tendo em vista que se trata de uma pretensão política de
justiça (cultivada em uma cultura política democrática), voltada a sua estrutura básica e
fundada em conceitos morais universais e não metafísicos. Dessa forma, trata-se de uma
pessoa racional e razoável capaz de capaz de utilizar o seus “poderes morais” na
formulação e persecução do bem enquanto na posição inicial.
Comunidade política vs. Comunidade ética: Rawls não tem a intenção de se debruçar
sobre a pessoa ética ou a comunidade, mas sim, sobre a pessoa de direitos – enquanto
portadora de direitos em uma sociedade com cultura democrática. Com isso, a teoria de
justiça do autor leva o problema ao qual tenta solucionar para a esfera da comunidade
política, e não ética.
Conclusão: o cerne da crítica de Sandel a Rawls reside no fato de que esse separa o
conteúdo ético de seu conteúdo político para que a teoria de justiça possa se adaptar as
diferentes necessidades a partir dessa suposta neutralidade. Dessa forma, Rawls se
mostra mais interessado em destrinchar a comunidade política independente da
constituição ética que a comunidade possa tomar, o que para Sandel parece uma tarefa
errática na medida em que atomiza o indivíduo e o dissocia da práxis da comunidade.