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Cand.

Estagiário:: João Pedro Dantas Silva e Silva – 8• semestre de Direito –


(71) 99234-6174

Respostas:

1) Primeiramente, sob a luz do princípio da concentração da defesa, toda a


matéria de defesa, deve ser alegada e juntada na contestação. Todavia,
no códex processual civil brasileiro, temos algumas exceções a essa
regra, a exemplo do artigo 435 do CPC, em seu parágrafo único, no qual
regula que as partes podem juntar documentos posteriores à petição
inicial e contestação, desde que juntados, e comprovados os motivos
que impediram a sua juntada anterior, ficando a critério do julgador,
discricionariamente, o acolhimento, sob a ótica da conduta da parte. Dito
isto, faz imperioso inferir que o pedido de juntada de José seria
denegado através de despacho pelo juíz, sendo cabíveis o recurso
horizontal e vertical (ED e Agravo de instrumento, respectivamente),
posto que embora seja possível a aplicação do 435 no caso vertente,
deveria ao menos, a defesa de José juntar também os motivos que o
levaram a não juntar o documento agora protocolado.

Exemplo de despacho denegatorio:

Processo nº 4002-8922

Magistrado: Frank Nery

Partes: Pedro (autor) x José (réu)

Vistos,

(Relatório)

Analisando os autos, verifico que a parte ré, Pedro, não apresentou uma
justificativa satisfatória para a omissão na juntada do contrato na fase de
contestação, conforme requerido pelas normas processuais. A ausência de
justificativa plausível para o atraso na apresentação do documento prejudica o
devido andamento do processo e a transparência das alegações das partes.

Diante disso, DENEGO o pedido de juntada do documento efetuado por José.

Intimem-se as partes para ciência deste despacho. Após, tornem-me conclusos


para ulteriores deliberações.

**[Local e data]**

**[Assinatura do Magistrado]**
**Magistrado [Nome do Magistrado]**
**[Cargo do Magistrado]**
Inercialmente, Nobre doutor, é fulcral salientar que a prisão preventiva seja
decretada, são necessários requisitos e fundamentos específicos: Fumus
commissi delicti (indícios de autoria do crime): Deve haver indícios suficientes
de que o acusado cometeu o crime. Periculum libertatis (perigo à ordem
pública, à ordem econômica, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal): É
necessário demonstrar que a liberdade do acusado representa um perigo para
a sociedade ou para o andamento do processo. E como fundamento nós temos
a necessidade de garantia da ordem pública, que quando o acusado
representa um risco à segurança da comunidade, a necessidade de garantia da
instrução criminal quando há risco de o acusado influenciar testemunhas,
destruir provas ou obstruir o andamento da investigação e, por fim, a
necessidade de assegurar a aplicação da lei penal que é quando há risco de o
acusado se evadir da jurisdição, dificultando sua responsabilização no
processo. No caso em comento, doutor, considerando que as lesões corporais
supostamente cometidas por Mário foram classificadas como leves e que não
foram apresentados elementos concretos que indiquem perigo à ordem pública,
à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, decidiria por indeferir o pedido
de conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, e aplicaria as
medidas cautelares diversas dos procedimentos envolvendo lei Maria da
Penha.

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