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Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación

Profesorado en Portugués

Análisis Comparativo de las lenguas


Professora: Barbara Lopes
Aluna: Fernandez, Maria Eugenia.

Segundo Parcial

Com base na leitura dos textos e nas discussões geradas a respeito dos falsos
amigos estruturais, responda:

1) O que o autor define como falsos amigos estruturais na relação entre o


português e o espanhol? Dê um exemplo.
2) Sendo o pretérito perfeito composto uma das estruturas que entram
nesta categoria, qual é a principal diferença entre este tempo verbal em
português e em espanhol? Dê um exemplo

Nas aulas de Análisis comparativos de las lenguas castellano – português, se


estudou a questão dos “falsos amigos”, um assunto que se remete ao processo
de ensino/aprendizagem das línguas em questão, por serem línguas com
muitas proximidades.

Para a compreensão dos falsos amigos é preciso entender que existem


conforme ao autor Roberto Ceolin (2003), palavras que tem alguma
semelhança ortográfica ou fonética e quando são traduzidas, podem ser mal
entendidas ou interpretadas. Em outras palavras, existem aspectos do léxico-
semântico que no seu interior compartem semelhança, mas, tem diferentes
usos e diferentes significados.

Por outro lado, existem os falsos amigos estruturais, é dizer, que apesar de
serem línguas que compartem uma mesma origem, encontram-se diferenças
enquanto as estruturas gramaticais e sintáticas. Uma dessa diferença remete-
se aos tempos verbais, já que, tanto o espanhol como o português tem uma
forma sintática quanto aos usos de pretérito perfeito simples e pretérito
composto, mas esses tempos verbais, não são empregados nos mesmos
contextos e não tem os mesmos sentidos.

Veja-se como o espanhol utiliza o pretérito composto e o pretérito perfeito


simples para uma ação que pertence ao passado, para algum acontecimento
que já terminou, mas nesta utilização existe uma diferença entre, o passado
acabado e o passado recente.

O pretérito perfeito simples se emprega em um enunciado que já concluiu e


que pertence ao passado, já o pretérito composto, se utiliza para enunciar
alguma coisa, evento ou acontecimento que acabou, mas, aconteceu
recentemente, por isso se chama de passado recente ou imediato.

Veja-se essa questão nos seguintes exemplos:

Yo he amado mucho  pretérito composto.

Amé demasiado.  Pretérito perfeito simples.

Pode se perceber como as duas frases remete-se a um mesmo significado,


como os tempos verbais utilizados faz referência a algo já acontecido que
pertence ao passado, mas, na frase “Yo he amado mucho”, se percebe como
tem um sentido de ser concluído recentemente por causa que o verbo não
responde a uma ação concluída em totalidade.

Da mesma forma, o português para referir-se a uma ação já concluída, utiliza o


pretérito perfeito simples, igual que o espanhol enunciando algo passado, por
exemplo, ele amou muito a uma pessoa ou coisa, mas no presente não
continua amando-o.  Eu amei muito

Em oposição, o português para uma ação durativa, utiliza o pretérito composto,


é dizer, não remete ao mesmo significado enquanto o espanhol que tem um
sentido de passado imediato ou recente. Ele demonstra uma ação durativa que
poderia continuar no presente, por exemplo, eu tinha amado tanto... que agora
acredito que o amor é muito lindo ou ruim. É dizer essa frase não da percepção
de uma ação já concluída, se compreende como algo que continua no presente
ou continuo até o momento que o falante enunciou sua expressão  tinha
amado tanto.
Vejamos outros exemplos da utilização do pretérito composto em relação ao
tempo perfectivo (espanhol) e durativo (português):

Tenho estudado muito para as provas  (português) se percebe como esse


fato de ter estudado muito se aproxima ao presente, já que, o verbo não marca
uma conotação de finalizado.

Hoy he estudiado mucho para el examen  (espanhol) neste exemplo, se


demostra como a ação do verbo em conjunto com seu auxiliar he e o adverbio
de tempo hoy, demonstram como a ação concluiu até o momento que ele deixo
de estudar

Algumas considerações sobre os falsos amigos aborda que, o uso do pretérito


composto nas duas línguas não é empregado da mesma forma. Percebeu-se
que, o pretérito composto em espanhol, refere-se para um tempo perfectivo
com um verbo que é complementado através de um auxiliar, que dá valor de
passado recente e o português refere se a um aspecto durativo, com valor de
continuidade, através da formação do enunciado com um auxiliar do verbo ter.
Sendo o caso do pretérito perfeito simples iguais nas duas línguas como valor
de algo já acabado.

Bibliografia

-Ceolin, R. (2003). Falsos amigos estruturais entre o português e o castelhano.


Ianua. Revista Philologica Romanica.

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