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Disciplina: Anatomia Humana I

Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM


CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

ANATOMIA HUMANA I

Plano de Aula
2022/2

Elaborado pelo Prof. Dr. Dannuey Machado Cardoso


Revisado/reeditado pela Profa. Msc. Polliana Radtke dos Santos

Dados do aluno(a):_________________________________
Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

APRESENTAÇÃO

A construção de um material didático próprio e autoral é resultado da proposta assumida pela Faculdade Dom

Alberto de implementação de uma metodologia de ensino capaz de traduzir as atuais exigências do mercado de

trabalho.

A metodologia da aprendizagem baseada em problemas (ABP) é o fio condutor das ações didático-

institucionais que estão traduzidas dentro deste material que toma forma e corpo.

Os conhecimentos desenvolvidos pelo docente, dentro desta metodologia de ensino, são meios ou caminhos

para a construção de competências e perfis profissionais necessários a inserção dos acadêmicos no mundo do

trabalho. A lógica do problema orienta e traduz objetivos de ensino pertinentes, contextualizados, possibilitando a

aplicação prática por parte do acadêmico.

A sistematização desta metodologia está orientada na seleção adequada de problemas prioritários e

complexos que induzem a busca por conhecimentos, competências, perfis e soluções capazes de traduzir o referencial

teórico de cada disciplina em objetos de aplicação. Capacita-se o estudante a uma formação condizente com as reais

necessidades do mercado de trabalho.

A produção deste manual representa a consolidação da metodologia através de um trabalho continuo de

aprimoramento didático e pedagógico por todos os envolvidos no processo.

Editora Dom Alberto


Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

SUMÁRIO
1 Introdução à anatomia humana: conceitos básicos....................................................................................... 3

2 Introdução ao sistema esquelético................................................................................................................. 11

3 Ossos do crânio e coluna vertebral ............................................................................................................. 18

4 Ossos da caixa torácica e membros superiores............................................................................................ 28

5 Ossos dos membros inferiores..................................................................................................................... 36

6 Conceito de artrologia, classificação das junturas e articulações do esqueleto axial e apendicular ............ 42

7 Aula em laboratório........................................................................................................................................ 48

8 Realização da parte prática da Prova Parcial 1............................................................................................ 51

9 Questões para resolução/Prova..................................................................................................................... 52

10 Introdução ao sistema muscular e músculos da cabeça e pescoço.............................................................. 55

11 Músculos dos membros superiores .............................................................................................................. 62

12 Músculos da região dorsal............................................................................................................................ 68

13 Músculos do tórax e abdômen ..................................................................................................................... 71

14 Músculos da pelve e membros inferiores .................................................................................................... 75

15 Sistema nervoso e sua divisão e sistema nervoso central............................................................................ 82

16 Aula em laboratório....................................................................................................................................... 90

17 Questões para resolução/ Prova................................................................................................................... 91

18 Realização da parte prática da Prova Parcial 2............................................................................................ 94

19 Exame........................................................................................................................................................... 95
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PLANO DE AULA INTEGRAL


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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Introdução à anatomia humana: conceitos básicos.

B) METODOLOGIA DA AULA: Nuvem de palavras (o que você espera da disciplina?). Apresentação pessoal oral. Aula
expositiva (projetor e quadro). Resolução de problemas. Aplicação de teste em, com a finalidade de obter um feedback
do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: A anatomia humana parece ser um desafio para aqueles que estão iniciando seus estudos na
área da saúde, mas se for estudada de forma organizada e sistematizada, torna-se uma situação otimizada para o
estudante quando este vivencia a prática em laboratório. Dessa forma, não se pode ter aprendizado na área da saúde
sem o conhecimento anatômico do corpo humano. Com base nesta afirmação, qual a importância do estudo da
anatomia humana para as áreas da saúde?

D) OBJETIVOS: Apresentar os conceitos básico que envolvem o estudo da macro-anatomia, as divisões do corpo
humana e posições anatômicas.

E) CONHECIMENTOS

A disciplina de Anatomia Humana é a base de conhecimento para todos os estudantes das Ciências da Saúde,
seja para enfermeiros, odontólogos, psicólogos, farmacêutico e profissionais da educação física. Esta disciplina
acompanha o aluno universitário desde o primeiro ano até a plenitude da sua formação acadêmica, inclusive no
desempenho de suas atividades laborais. As mais diversas disciplinas dos cursos que compõem as Ciências da Saúde
competem uma particularidade, uma exclusividade da formação acadêmica. Ressalta-se a importância dessa disciplina
para o estudante, pois desde o primeiro ano ele poderá observar as interligações e correlações intrínsecas com as
outras disciplinas, como Fisiologia Humana, Histologia, Biologia Celular e Molecular, Bioquímica, Genética,
Microbiologia, Parasitologia, Fisiopatologia, Imunologia, Patologia, entre outras (VAVRUK, 2012).
Na atualidade, a disciplina de Anatomia Humana é de caráter obrigatório para todos cursos da Área da Saúde,
visto que seu entendimento se faz fundamental para a compreensão da fisiologia e dos processos patológicos que
acometem o Ser Humano, sendo esta base para as mais diversas disciplinas (DANGELO; FATTINI, 2011). Nesse
sentido, as metas do ensino de Anatomia Humana são, no mínimo, conhecer as estruturas anatômicas e as relações
entre elas; reconhecer estruturas anatômicas por meio de técnicas de imagens; e entender as bases anatômicas da
Patologia (CORREDERA; SANTANA, 2003).
A anatomia é referenciada como de suma importância para despertar a sensibilidade do acadêmico, pois esta
sensibilidade o capacita naturalmente a tocar, sentir, cuidar, tudo em favor da vida. Neste contexto, ensinar anatomia é
levar o acadêmico a refletir sobre o corpo-matéria-morte, conduzindo-o ao entendimento do corpo-matéria-vida. Ao
vivenciar o manuseio com o cadáver, o acadêmico desenvolve suas práticas de aprendizagem sobre o cuidado
humano, criando seu futuro fazer profissional. O contato com o cadáver na prática anatômica faz o aluno vivenciar a
prática do cuidar, uma vez que cuidar do seu semelhante é ter uma vida em suas mãos (ODA; CASTILHO; CASTRO,
2009).
Segundo Marieb e Hoehn (2013), por ser um campo muito amplo, a anatomia pode ser dividida em micro e
macroscópica para melhor compreensão. A anatomia microscópica trata de estruturas pequenas demais para serem
vistas a olho nu: a histologia, que estuda os tecidos; e a citologia, que estuda as células; a anatomia de
desenvolvimento, que acompanha mudanças estruturais que ocorrem ao longo da vida; e a embriologia, uma
subdivisão da anatomia de desenvolvimento, a qual trata das mudanças no desenvolvimento que ocorrem antes do
nascimento. Já a anatomia macroscópica é o estudo das estruturas do corpo visíveis a olho nu, como coração, pulmões
e rins. A anatomia macroscópica pode ser dividia em anatomia regional, que estuda o corpo humano por regiões; a

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anatomia sistêmica, que estuda o corpo por sistema, um a um; a anatomia de superfície, que estuda a maneira como as
estruturas internas se relacionam com a superfície da pele que as recobre.
Segundo Moore, Dalley e Agur (2011) a abordagem para o método de estudo da anatomia se subdivide em
três partes:
Anatomia regional (anatomia topográfica): É o método de estudo do corpo por regiões, como tórax e o
abdome. A anatomia se superfície é uma parte essencial do estudo da anatomia regional, pois reconhece a organização
do corpo em camadas.
Anatomia sistêmica: Método de estudo do corpo por sistemas, por exemplo sistema circulatório e reprodutor.
Anatomia clínica: Enfatiza a estrutura e a função à medida que se relacionam com a prática da medicina e
outras ciências da saúde. Ou seja, inclui a anatomia regional e sistêmica e enfatiza a aplicação clínica.

Anatomia regional

A anatomia regional é o estudo das regiões do corpo. Esta abordagem trata das relações estruturais das partes
do corpo na região em estudo. A maioria dos cursos de laboratório são baseados nas dissecções regionais (Figura 1)
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
A anatomia de superfície é um método de estudo para a anatomia do corpo vivo em repouso e em ação.
Observando a superfície do corpo e as estruturas abaixo dela, pode-se aprender muito. Assim, o exame físico de uma
pessoa é a aplicação clínica da anatomia de superfície. A palpação é a técnica clínica para o exame da anatomia viva
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 1. Principais partes do corpo


Imagem disponível em: https://citogenetica.ufes.br/sites/nupea.saomateus.ufes.br/files/field/anexo/aula_1_anatomia.pdf

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Anatomia sistêmica

A anatomia sistêmica é o estudo dos sistemas do corpo. Os sistemas e seus ramos de estudo (entre
parênteses) são:
• O Sistema tegumentar (dermatologia) consiste na pele e seus apêndices (pelos, unhas e glândulas
sudoríparas, por exemplo).
• O sistema esquelético (osteologia) consiste em ossos e cartilagens.
• O sistema articular (artrologia) consiste em articulações e seus ligamentos associados, unindo as partes
ósseas do sistema esquelético e fornecendo os locais nos quais os movimentos ocorrem.
• O sistema muscular (miologia) consiste em músculos que se contraem para mover partes do corpo.
• O sistema nervoso (neurologia) consiste na parte central do sistema nervoso (encéfalo e medula espinhal) e na
parte periférica do sistema nervoso (nervos cranianos e espinhais), junto com suas terminações motoras e
sensitivas.
• O sistema circulatório (angiologia) consiste nos sistemas cardiovascular e linfático, que funcionam em paralelo.
• O sistema digestório ou alimentar (gastroenterologia) consiste nos órgãos associados com ingestão,
mastigação, deglutição, digestão e absorção de alimento, e a eliminação de fezes.
• O sistema respiratório (pneumologia) consiste nas vias aéreas e pulmões que fornecem oxigênio para o corpo
e eliminam dióxido de carbono.
• O sistema urinário (urologia) consiste nos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
• O sistema reprodutor ou genital (ginecologia nas mulheres e andrologia nos homens) consiste nos órgãos
genitais (ovários, testículos e genitais externas).
• Sistema endócrino (endocrinologia) consiste nas glândulas sem ductos, como a glândula tireoide, que produz
hormônios que são levados pelo sistema circulatório para todas as partes do corpo.

Anatomia clínica

A anatomia clínica enfatiza aspectos da estrutura e função do corpo que são importantes na prática da
medicina, enfermagem, fisioterapia e nas ciências de saúde correlatas. Ela incorpora as abordagens regional e
sistêmica para estudar anatomia e realça as aplicações clínicas. A anatomia clínica é estimulante de se aprender
porque dá ênfase aos problemas clínicos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Ética no estudo da anatomia humana

Atualmente, em poucos países as considerações éticas e legais para a doação de corpos para a plastinação e
estudo chegaram a um consenso, no qual, o doador deve haver expressado em vida sua decisão. No caso colombiano,
como em muitos outros países a pesquisa em anatomia é regida somente sob a premissa do respeito ao cadáver
humano tanto dentro como fora do laboratório de anatomia, princípio inculcado desde cedo na formação médica. As leis
parecem controlar muito mais firmemente o problema do diagnóstico, tratamento e recuperação da doença do que
deveriam fazer em terrenos de tanta delicadeza ética como a educação anatômica atual, este é o caso da
normatividade sobre o consentimento informado em anatomia patológica (ROBERTO; JUAN, 2012).

Variação anatômica, normal, anormal e monstruosidade

Sabe-se que em um grupo aleatório de indivíduos, a aparência física de cada um é diferente. Isto ocorre
porque os ossos do esqueleto variam não apenas em seu formato básico, mas também em detalhes menores da
estrutura superficial. Esta variação pode ser grande quanto ao tamanho, formato e modo de inserção dos músculos e
tendões. Da mesma forma, os padrões de ramificações das veias, artérias e nervos são desiguais. A variação deve ser
levada em conta no exame físico, no diagnóstico e tratamento (MOORE; DALLEY, 2011).
Outras diferenças, além das diferenças étnicas e sexuais, os seres humanos apresentam considerável
variação genética, como a polidactilia (número de dedos além do normal). Nesse sentido, cerca de 3% dos recém-
nascidos apresentam uma ou mais anomalias congênitas significativas (MOORE; PERSAUD, 2008). No entanto, 90%

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de todas as estruturas de qualquer corpo humano correspondem às descrições dos livros-textos. As variações
anatômicas extremas são raras, isso porque elas são incompatíveis com a vida. Todo estudante deve esperar encontrar
variações durante uma dissecção, e é importante conhecer a influência destas variações no exame físico, diagnóstico e
tratamento (MARIEB; HOEHN, 2013).
Quanto tratamos de conceitos anatômicos, o que se diz normal é na verdade o mais comum, o que se encontra
na grande maioria dos casos, com mais frequência, tornando-se assim, um padrão. Por outro lado, as diferenças
encontradas no corpo humano, que se distanciam desse padrão normal são conhecidas como variação anatômica,
desde que não cause distúrbio ou disfunção nos indivíduos (DANGELO; FATTINI, 2011).
Em uma variação anatômica não há prejuízo da função, no entanto, podem ocorrer variações morfológicas que
determinam perturbações funcionais, como acontece nas más formações. Em um desvio do padrão normal que
perturba a função, diz-se que se trata de uma anomalia e não de uma variação. Mesmo nessas condições, a diferença
não é muito sutil, voltando, aqui, ao que se entende por doença. Contudo, se essa alteração é sentida pelo portador
como uma “deformidade” e ele procura negligenciar a mão sempre que está em companhia de outras pessoas, isto
pode caracterizar um conceito de doença (comprometendo o bem estar social). No entanto, quando a anomalia é
acentuada de modo a deformar profundamente a construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com
a vida, denomina-se monstruosidade, por exemplo, a agenesia (não formação) como, por exemplo, a anencefalia, não
formação do encéfalo. O estudo deste assunto é feito em Teratologia (DANGELO; FATTINI, 2011). A Figura 2
demonstra os exemplos dos conceitos acima mencionados.
Na atualidade, com os avanços tecnológicos os progressos da medicina cirúrgica têm conseguido corrigir
deformações, aparentemente incompatíveis com a vida, de modo a permitir aos portadores destas monstruosidades
uma vida normal (DANGELO; FATTINI, 2011).

Variação anatômica
Anormalidade
Normalidade Monstruosidade Terceira cabeça do m.
Polidactilia
bíceps braquial

Figura 2. Exemplo de normalidade, anormalidade, monstruosidade e variação anatômica.


Imagens disponível em: http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/cirurgia/livro13/fig08-12.html

Termos Anatômicos

Na anatomia, sendo esta uma ciência descritiva, requer nomes para as estruturas e processos do corpo.
Assim, a maioria dos termos utilizados provém do latim e do grego. Assim, a linguagem médica pode parecer difícil
inicialmente, porém, à medida que se aprende a origem dos termos, as palavras passam a fazer sentido. Vários termos
fornecem informações sobre o formato, o tamanho, a localização ou a função de uma estrutura ou sobre a semelhança
entre tais. Um exemplo disso é quanto outros músculos são designados de acordo com sua localização, o músculo
temporal está na região temporal. Em alguns casos, os músculos são descritos segundo suas ações que realizam,
como o levantador da escápula que eleva a escápula (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Quanto aos termos que designam direção (relação e comparação), estes são considerados aos pares, cada
um indicando uma direção oposta. Assim, a direção anterior (ventral) refere-se à região frontal do corpo, enquanto seu
oposto, posterior (dorsal) à parte posterior ou dorso. A região superior (cranial) significa a parte voltada para a cabeça e
a região inferior (caudal) significa afastado da cabeça. Proximal e distal são termos utilizados ao comparar posições
mais próximas ou mais distantes da inserção de um membro ou estrutura central. E quando uma estrutura está mais
perto do plano mediano refere-se como medial (exemplo: o dedo mínimo é medial aos outros dedos), já quando indica o
contrário disso, ou seja, mais distante do plano mediano denomina-se lateral (exemplo: o polegar está situado
lateralmente aos outros dedos) (Figura 3) (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Figura 3. Termos de relação e comparação


Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/94034736/termpos-de-direcao-anatomia

Adicionalmente aos termos de direção, são usualmente utilizados termos que se referem exclusivamente a
áreas especiais do corpo, como, por exemplo, (MARIEB; HOEHN, 2013):
• Axilar: Depressão situada na face inferior da região de união entre o membro superior e tronco;
• Lombar: Região do dorso entre tórax e pelve;
• Plantar: Sola do pé;
• Coxa: Segmento do membro inferior entre o quadril e o joelho
• E outros.

Posições e planos anatômicos

As descrições anatômicas são tidas em relação a uma posição anatômica (Figura 4) constante, garantindo que
as abreviações não sejam ambíguas. Quando descrevemos um paciente (cadáver), deve-se visualizar mentalmente
essa posição, esteja ele em decúbito lateral, dorsal (deitado de costa) ou ventral (de barriga para baixo). A posição
anatômica refere-se à posição do corpo como se a pessoa estivesse de pé, com (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011):
a) A cabeça, o olhar e os dedos voltados anteriormente (para a frente);
b) Os braços ao lado do corpo, com as palmas voltadas anteriormente, e
c) Os membros inferiores próximos, com os pés paralelos.

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Disponível em:

Figura 4. Posição anatômica na vista anterior e posterior.


Disponível em: //corpohumano.hpg.com.br/

Esta posição é mundialmente adotada para as descrições anatômicas médicas. Ao utilizar essa posição e a
terminologia apropriada, se pode relacionar com precisão uma parte do corpo a qualquer outra parte (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2011). Dessa forma, para estudos anatômicos o corpo frequentemente é seccionado ao longo de uma
superfície chamada plano (Figura 5). Os planos corporais são os planos mediano, sagital, frontal e transverso. Um
plano mediano é um plano vertical que corta o corpo longitudinalmente, que divide o corpo em partes direita e esquerda,
o plano define a linha mediana da cabeça, pescoço e tronco, onde cruza a superfície do corpo. Muitas vezes o termo
linha mediana é erroneamente usado como sinônimo de plano mediano (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
No plano sagital, o qual é considerado um plano vertical, este atravessa o corpo paralelamente ao plano
mediano. Embora seja muito usado, o termo parassagital é desnecessário, pois todo plano paralelo ao plano mediano,
situado a cada lado dele é, por definição, sagital. No entanto, um plano paralelo ao plano mediano e próximo a ele pode
ser denominado plano paramediano. Quanto ao plano frontal, o qual também é um plano vertical, este atravessa o
corpo formando ângulos retos com o plano mediano, dividindo o corpo em parte anterior (frontal) e posterior (dorsal). Já
o plano transverso, um plano horizontal, que atravessa o corpo formando ângulos retos com os planos mediano e
frontal, este divide o corpo em parte superior e inferior. O plano transverso também pode ser chamado de plano
transaxial, que costuma ser abreviado como plano axial (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Usualmente, os planos anatômicos servem para descrever cortes: os cortes longitudinais são feitos no sentido
do comprimento ou paralelos ao eixo longitudinal do corpo ou de uma de suas partes, e o termo é aplicado sem levar
em conta a posição do corpo. Já os cortes transversos são fatias do corpo ou de suas partes perpendiculares ao eixo
longitudinal do corpo ou de uma de suas partes e os cortes oblíquos são fatias do corpo ou de qualquer uma de suas
partes que não são feitas ao longo de um dos planos anatômicos já mencionados (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Figura 5. Planos anatômicos.


Disponível em: http://enfermagemonline02.blogspot.com.br/

Cavidades

No corpo humano existem dois tipos de cavidades internas, sendo chamadas de dorsal e ventral (Figura 6).
Tais cavidades são fechadas para o lado externo e têm como função fornecer graus diferentes de proteção para os
órgãos que estão contidos dentro delas. Devido a estas duas cavidades diferirem no seu modo de desenvolvimento
embrionário e nas membranas que as revestem, a cavidade dorsal não é reconhecida como tal em muitas referências
anatômicas (MARIEB; HOEHN, 2013).
A cavidade dorsal forma um escudo protetor do sistema nervoso, sendo subdividida em cavidade craniana,
(onde protege o encéfalo dentro do crânio) e canal vertebral (dentro da coluna vertebral que protege a medula espinal).
Já a medula espinal é, essencialmente, uma continuação do encéfalo, e as cavidades cranial e espinal são contínuas
uma com a outra (SPENCE, 1991).
Quanto à cavidade ventral, esta desempenha um papel de proteção de órgãos e vísceras, sendo subdividida
em torácica e abdominopélvica. A cavidade torácica ainda é subdividida em lateral, as cavidades pleurais e medial, o
mediastino. O mediastino ainda contém a cavidade pericárdica, a qual inclui o coração. Já a cavidade abdominopélvica
é separada da cavidade torácica pelo diafragma, ela possui duas divisões, a cavidade abdominal que contém o
estômago, intestinos, baço, fígado e outros órgãos e a cavidade pélvica, localizada na pelve óssea e contém a bexiga,
órgãos genitais e reto (SPENCE, 1991).

Figura 6. Cavidades internas do corpo humano (dorsal e ventral)


Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/82528952/anatomia-ba-sica-1-copia

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SAIBA MAIS
Rueda, R; Hernández, J. Anatomia Humana: Ciência, Ética, Desenvolvimento e Educação. Rev. Fac. Med. V. 20, N.
2, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/pdf/med/v20n2/pt_v20n2a01.pdf>

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Na atualidade, a anatomia humana é base fundamental para as mais diversas disciplinas que compõem
os cursos da área das ciências da saúde. Assim, o estudo da anatomia humana pode ser facilitado se este for realizado
de forma estruturada e sistematizada. Para esta finalidade há uma subdivisão em três partes proposta por Moore,
Dalley e Agur (2001), dessa forma, identifique abaixo as quais são estas subdivisões:

I- Anatomia Meridional
II- Anatomia Clínica
III- Anatomia Regional
IV- Anatomia Coronal
V- Anatomia Caudal
VI- Anatomia Sistêmica

Marque as afirmações corretas:

a) Afirmações I e II.
b) Afirmações I, III e VI.
c) Afirmações II, III e V.
d) Afirmações II, III e VI.
e) Afirmações III, IV e VI.

Questão 02: As descrições anatômicas são apresentadas em relação a uma posição anatômica constante, garantindo
que as abreviações não sejam ambíguas. Ao descrever pacientes (cadáveres), deve-se visualizar mentalmente essa
posição, estejam eles em decúbito lateral, dorsal (deitados de costas) ou ventral (de barriga para baixo). A posição
anatômica refere-se à posição do corpo como se a pessoa estivesse de pé, com. Para esta descrição é importante o
conhecimento dos planos anatômico, como o mediano, sagital, frontal e transverso. Sendo assim, descreva cada um
dos quatro planos corporais.

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
PEZZI, Lucia Helena Antunes. Anatomia clínica baseada em problemas, 2ed. Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana, 6. ed. Elsevier, 2014.
MOORE, K.L; DALLEY II, A. F; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
HANSEN, John. Netter Anatomia Clínica. Elsevier, 2015.
DRAKE, Richard. Anatomia Clínica para Estudantes, 3 ed. Elsevier, 2015.
Cinnamon VanPutte, Jennifer Regan, Andrew Russo. Anatomia e Fisiologia de Seeley, 10 ed. AMGH, 2016.
PAULSEN F; WASCHKE J. Sobotta, atlas de anatomia. Guanabara Koogan, 2018.
TORTORA, Gerard J; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia, 10. ed.
Artmed, 2017.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Introdução ao sistema esquelético.

B) METODOLOGIA DA AULA: Revisão com aula expositiva dos conteúdos da aula anterior. Aula expositiva (projetor,
vídeos didáticos e quadro). Resolução de problemas. Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter um
feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Antônio, 55 anos, realizou avaliação com seu ortopedista devido a constantes dores na
coluna lombar. Após o exame físico o médico solicitou um raio-X, o qual apresentou um desvio na coluna, chamado de
escoliose. A escoliose consiste em uma curvatura anormal da coluna a qual traciona as estruturas ósseas para o lado
contrário a curvatura, tendo esta diversos graus de severidade. Dessa forma, como é constituído o sistema esquelético?

D) OBJETIVOS: Reconhecer os tipos de ossos e sua classificação de forma a possibilitar ao aluno desenvolver um
raciocínio lógico sobre as divisões do esqueleto e suas funções.

E) CONHECIMENTOS

Conceito de osteologia

É o estudo do sistema esquelético, sendo este formado por ossos e cartilagem. Devido à sua estrutura dá a
forma básica e sustentação ao corpo humano. O movimento surge a partir da atuação do sistema muscular sobre o
sistema musculoesquelético (MOORE; DALLEY, AGUR, 2011).

Esqueleto axial e apendicular

O esqueleto humano é formado por 206 ossos, os quais são divididos em dois grupos funcionais: esqueleto
axial (protege os órgãos vitais) e apendicular (estrutura suporte para os membros superiores e inferiores). O primeiro
grupo forma o eixo longitudinal do corpo e inclui os ossos do crânio, da coluna vertebral e da caixa torácica. De forma
geral, esses ossos estão mais diretamente relacionados à proteção, ao suporte ou à sustentação de outras partes do
corpo (MOORE; DALLEY, AGUR, 2011; MARIEB; HOEHN, 2013). Já o esqueleto apendicular consiste nos ossos dos
membros superiores e inferiores e dos cíngulos (ossos das cinturas escapular e pélvica) que ligam os membros ao
esqueleto axial. Os ossos dos membros ajudam a nos mover de um local a outro (locomoção) e a manipular nosso
ambiente (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Figura 1. Esqueleto axial e apendicular


Imagem disponível em: https://proffelipebarros.com.br/2o-diviso%CC%83es-do-esqueleto/

Funções do esqueleto

Sabe-se que nossos ossos, além de contribuir para a forma do corpo, exercem várias outras funções
importantes:
• Suporte: Fornecem a estrutura que sustenta o corpo e aloja os órgãos internos. Por exemplo, os ossos dos
membros inferiores atuam como pilares para suportar o tronco quando nos mantemos em pé, e a caixa torácica
(costelas) suporta a parede torácica (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Proteção: Os ossos fusionados do crânio protegem o encéfalo. As vértebras cercam a medula espinal, e a caixa
torácica ajuda a proteger os órgãos torácicos vitais (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Movimento: Os músculos esqueléticos, os quais ligam-se aos ossos pelos tendões, usam os ossos como alavancas
para mover o corpo e suas partes. Como resultado, nós podemos caminhar, apanhar objetos e respirar. O desenho
das articulações determina os tipos de movimentos possíveis (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Armazenamento de minerais e de fatores de crescimento: Consistem num importante reservatório para minerais,
principalmente cálcio e fosfato. Os minerais armazenados são liberados na corrente sanguínea quando necessário
para serem distribuídos a todas as partes do corpo. Na verdade, "depósitos" e "retiradas" de minerais para os ossos
e a partir deles ocorrem quase continuamente. Além disso, a matriz óssea mineralizada armazena importantes
fatores de crescimento, como os fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs), o fator de crescimento
transformante (TGF), proteínas morfogênicas do osso e outros (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Formação de células sanguíneas: Na grande maioria a formação das células sanguíneas ou hematopoiese, ocorre
na cavidade medular de certos ossos (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Ossos compactos e esponjosos

O tecido ósseo possui uma camada externa densa que parece lisa e sólida a olho nu, chamada de osso
compacto. Na região interna encontra-se o osso esponjoso (osso trabecular), o qual é semelhante a um favo de mel,
cujas paredes, chamadas de trabéculas ("pequenas vigas"), são formadas por pequenas porções achatadas. Em ossos
vivos, os espaços abertos entre as trabéculas são preenchidos pela medula óssea vermelha ou amarela (MARIEB;
HOEHN, 2013).

Figura 2. Tipos de ossos


Imagem disponível em:https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/os-ossos.htm

No tecido ósseo são encontrados quatro tipos de células: células osteogênicas, osteoblastos, osteócitos e
osteoclastos. Tais células são cercadas por uma matriz extracelular por elas produzida. As células osteogênicas,
também conhecidas como células osteoprogenitoras, são células-tronco ativas mitoticamente encontradas no periósteo
membranoso e no endósteo. Algumas células formadas a partir das osteogênicas diferenciam-se em osteoblastos,
enquanto outras persistem como células-tronco para formar osteoblastos no futuro (MARIEB; HOEHN, 2013).
Embora o osso compacto pareça denso e sólido, o microscópio revela que ele é perfurado por túneis que
servem como condutos para nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos. Sendo assim, a unidade estrutural do osso
compacto é de chamada de osteon ou sistema de Havers. Cada osteon consiste num cilindro alongado orientado
paralelamente ao eixo longitudinal do osso. Funcionalmente, os osteons são finos pilares que sustentam o corpo. Um
osteon é um grupo de tubos ocos da matriz óssea, cada um posicionado em torno do seguinte, como anéis de
crescimento de uma árvore. Cada tubo de matriz é uma lamela (MARIEB; HOEHN, 2013).
No centro de cada osteon encontra-se o canal central ou de Havens, que contém pequenos vasos sanguíneos
e fibras nervosas que suprem as necessidades das células dos ósteons. Os osteócitos (células ósseas maduras), em
forma de aranha, ocupam as lacunas nas junções das lamelas. Canais semelhantes a cabelos chamados de
canalículos que conectam as lacunas umas às outras e com o canal central (MARIEB; HOEHN, 2013).
Em relação aos ossos esponjosos, ao contrário do osso compacto, este parece ter uma organização tecidual pobre. No
entanto, as trabéculas do osso esponjoso alinham-se precisamente ao longo de linhas de estresse e ajudam o osso a
resistir a ele tanto quanto possível. Assim, com apenas poucas células de espessura, as trabéculas contêm lamelas de
arranjo irregular e osteócitos interconectados por canalículos. Os osteons não estão presentes. Os nutrientes alcançam
os osteócitos do osso esponjoso por difusão através dos canalículos a partir dos capilares do endósteo que circunda as
trabéculas (SPENCE, 1991).

Figura 3. Tecido ósseo


Imagem disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_%C3%B3sseo

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Estrutura óssea

Os ossos longos, salvo raras exceções, têm a mesma estrutura geral: a diáfise forma um eixo longitudinal do
osso. Esta é constituída por um colar relativamente espesso de osso compacto, o qual circunda uma cavidade medular
central. Em adultos, a cavidade medular é constituída por gordura (medula amarela), sendo chamada de cavidade
medular amarela. A epífise óssea é a extremidade óssea, geralmente mais expandida do que a diáfise. Em
contrapartida o osso compacto forma o interior das epífises, mas seu interior (mais profundamente) contém osso
esponjoso. A superfície articular de cada epífise é coberta por uma fina camada de cartilagem articular (hialina). Entre a
diáfise e cada epífise de um osso longo adulto encontra-se a linha epifisiária ou metáfise, um disco de cartilagem hialina
que cresce durante a infância para aumentar o comprimento do osso. A membrana é uma camada esbranquiçada e
brilhante chamada de periósteo que cobre os ossos longos (DANGELO; FATTINI, 2011; MOORE; DALLEY, AGUR,
2011).
Já a camada fibrosa externa é formada por tecido conjuntivo denso não-modelado. Quanto à camada
osteogênica interna, esta é adjacente à superfície óssea e consiste primariamente de células formadoras de osso, os
osteoblastos (germinadores de osso), e células que destroem o osso, os osteoclastos (reabsorção óssea). O
periósteo é ricamente suprido com fibras nervosas, vasos linfáticos e vasos sanguíneos, que entram na diáfise através
do forame nutrício. A superfície interna do osso é coberta por uma delicada membrana de tecido conjuntivo chamada de
endósteo, que cobre as trabéculas dos ossos esponjosos e reveste canais que passam através do osso compacto
(MARIEB; HOEHN, 2013).
Os ossos curtos possuem um arranjo comum aos irregulares e planos, ou seja, consistem em uma fina placa
de periósteo cobrindo o osso compacto externamente e endósteo revestindo o osso esponjoso internamente.
Entretanto, esses ossos não são cilíndricos e não possuem diáfise ou epífise. A pesar de conterem medula óssea, não
existe uma cavidade medular (entre suas trabéculas) propriamente dita (DANGELO; FATTINI, 2011; MARIEB; HOEHN,
2013).

Figura 4. Estrutura óssea


Imagem disponível em: https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/

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Classificação óssea

Diversidade de apresentação óssea é bastante grande, seja pelo tamanho quanto pela forma. Um exemplo
claro dessa diversidade é o osso pisiforme da mão, o qual tem o tamanho e formato de uma ervilha, enquanto o fêmur
pode ter até 60 cm de comprimento em algumas pessoas e tem uma cabeça grande em forma de bola. O formato único
de cada osso está relacionado com alguma necessidade especial (MARIEB; HOEHN, 2013).
Usualmente, os ossos são classificados devido a sua forma, como ossos longos, curtos, planos, irregulares e
sesamóides. Assim, os ossos longos são consideravelmente maiores em comprimento do que em largura. Um osso
longo tem um corpo e duas extremidades. Todos os ossos dos membros, exceto a patela e os ossos do punho e
tornozelo, são ossos longos, sendo estes assim chamados por sua forma alongada, e não por seu comprimento total,
como, por exemplo, a fíbula (DANGELO; FATTINI, 2011; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Quanto aos ossos curtos, este são pequenos e têm um formato aproximado de cubo, como o osso escafoide.
Já os ossos sesamóides se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam
as extremidades dos ossos longos nos membros, tendo função importante na proteção dos tendões contra o desgaste
excessivo e muitas vezes modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até as inserções, como a patela. Por
outro lado, os ossos planos são finos, achatados e geralmente um pouco curvados e são relacionados às funções
protetoras, como o esterno. Por fim, os ossos irregulares têm formatos diferentes dos demais e não se enquadram em
nenhuma das classificações anteriores, como ocorre com as vértebras (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011; MARIEB;
HOEHN, 2013).

Figura 5. Classificação óssea


Imagem disponível em: http://enfermagembio.blogspot.com.br/2015/01/sistema-esqueletico.html

Acidentes ósseos

Os acidentes ósseos são projeções/local para fixação de músculos e ligamentos: tuberosidade, crista,
trocanter, linha tubérculo, epicôndilo, espinha e processo. Além disso, auxiliam a formar articulações: cabeça, faceta,
côndilo e ramo. Os acidentes ósseos são depressões e aberturas que permitem a passagem de vasos sanguíneos e
nervos: meato, seio, fossa, sulco, fissura e forame (MARIEB; HOEHN, 2013).
As superfícies dos ossos podem apresentar saliências, saliências, depressões e/ou aberturas. Dessa forma é
importante saber identificar as características de cada uma delas. Portanto, as saliências podem ser articulares (encaixe
para articular) como cabeça, tróclea e côndilo e não articulares (fixação de músculos e ligamentos) como tuberosidade,
tubérculo, trocânter, espinha e linha. Já nas depressões encontramos as articulares (encaixe), que são as cavidades
e fóveas e não articulares (apoio de estruturas) como fossa e sulco. E as aberturas são orifícios de passagem,
denominados forames e os orifícios que não são contínuos, os meatos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Medula óssea vermelha

A medula óssea vermelha, também chamada de tecido hematopoiético, é tipicamente encontrada dentro de
cavidades trabeculares do osso esponjoso dos ossos longos e no díploe (tecido esponjoso entre duas finas camadas de

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tecido compacto que formam os ossos do crânio) dos ossos planos. Nos recém-nascidos, tanto a cavidade medular da
diáfise quanto todas as regiões do osso esponjoso, contêm medula óssea vermelha. Esta está presente nas cavidades
dos ossos esponjosos e, nos adultos, a produção de células sanguíneas nos ossos longos geralmente ocorre apenas
nas cabeças do fêmur e do úmero. Esta é encontrada na díploe dos ossos planos e em alguns ossos irregulares
(quadril) e é muito mais ativa para a hematopoiese. Esses locais são rotineiramente usados para obtenção de amostras
de medula óssea vermelha quando há suspeitas de problemas na formação de células sanguíneas. No entanto, a
medula óssea amarela da cavidade medular pode converter-se em medula óssea vermelha se o indivíduo ficar muito
anêmico e necessitar de aumento da produção de eritrócitos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 6. Procedimento de doação de medula óssea vermelha


Imagem disponível em: https://www.chsp.org.br/?page_id=26

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: O número de fraturas do quadril e cirurgias para estas fraturas tem tido um aumento significativo nos
últimos anos. Estima-se que a partir de 2050 mais de 6 milhões de fraturas do colo femoral ou transtrocantérica ocorram
em todo o mundo. Isto é explicado pelo aumento no número de idosos e por consequência na incidência de
osteoporose. As fraturas geralmente ocorrem dos 65 aos 99 anos e são 3 vezes mais comuns em mulheres. Nesta
etapa da vida, ocorre redução na formação óssea causada principalmente pela menor produção de hormônios. Com
ossos mais fracos, os idosos tem risco aumentado de fraturas na coluna, punhos e quadris. Os ossos do quadril, assim
como os demais podem ser classificados de acordo com sua forma, dessa forma, como podemos classificar o fêmur e o
crânio?
I. Plano
II. Curto
III. Sesamóide
IV. Irregular
V. Longo
Marque abaixo a alternativa que compreende as duas formas ósseas:
a) I e III.
b) I e V.
c) III e IV.
d) II e V.
e) I e IV.

Questão 02: Joana de 80 anos, sofreu uma fratura no fêmur após uma queda em sua casa, a qual atingiu o colo
femoral. Apesar de ser um osso bastante forte, a região do colo do fêmur é bastante susceptível a fraturas,
principalmente em mulheres idosas com osteoporose. Traumatismos da região do quadril provocados por queda são a
principal causa de fratura do colo do fêmur. Assim, descreva com suas palavras quais são as funções do esqueleto
humano:

G) APLICAÇÃO ENADE

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I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;


I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Ossos do crânio e coluna vertebral.

B) METODOLOGIA DA AULA: Explanação dos grupos sobre as perguntas de conteúdos que complementavam a aula
anterior. Apresentação de forma online e enviar das respostas no classroom. Aula expositiva (projetor e quadro).
Resolução de problemas. Aula prática em laboratório utilizando modelos anatômicos 3D do crânio e coluna vertebral -
visualizar e identificar ossos e acidentes ósseos, bem como "montar" a coluna vertebral encaixando as peças das
vértebras. Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Milton, 39 anos, durante uma partida de basquete sofreu uma fratura no maxilar após uma
cotovelada do adversário. Nestas circunstâncias a fratura pode ser simples quando envolve somente o osso, ou
composta quando envolve também a pele ou a mucosa, com ou sem perda de substância. É múltipla quando há mais de
um traço de fratura e quando ocorre um grande número de pequenos fragmentos (como nos tiros de arma de fogo) é
chamada fratura cominutiva. O maxilar é um dos ossos que compõem o que chamamos de ossos do viscerocrânio, no
entanto, quais são os demais ossos?

PROBLEMA/CASE 2: A hérnia de disco é uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar. Essa doença é a
que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das
pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco
lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e no disco que fica entre a quinta vértebra e o
sacro (L5/S1). Dessa forma, como é a distribuição das vértebras da coluna?

D) OBJETIVOS: Identificar quais ossos compõem o crânio humano e a coluna vertebral, quais suas funções e seus
principais acidentes ósseos.

E) CONHECIMENTOS

CABEÇA

A cabeça é a parte superior do corpo que está fixada ao tronco pelo pescoço. É o centro de controle e
comunicação. A cabeça é formada pelo encéfalo e por seus revestimentos protetores, as orelhas e a face (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2011).

OSSOS DO CRÂNIO

Também chamado de esqueleto da cabeça, o crânio possui uma série de ossos que forma suas duas partes:
neurocrânio e viscerocrânio (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Neurocrânio

O neurocrânio é formado pela caixa óssea do encéfalo e as membranas que o revestem, chamada de meninges
cranianas. Este contém as partes proximais dos nervos cranianos e a rede vascular do encéfalo. Em adultos o
neurocrânio é formado por uma série de oito ossos: quatro ossos impares centralizados na linha mediana (frontal,
etmoidal, esfenoidal e occipital) e dois pares de ossos bilaterais (temporal e parietal) (DANGELO; FATTINI, 2011).

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Figura 1. Ossos do neurocrânio


Imagem disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ObDwT479a4I

Em relação à divisão do neurocrânio, este pode ocorrer em calota e base. A calota craniana, também pode ser
chamada de calvária, e forma as faces superior, lateral e posterior do crânio, assim como a região da fronte. A base do
crânio ou soalho forma a face anterior do crânio. Internamente, saliências ósseas proeminentes dividem a base do crânio
em três “degraus” ou fossas – as fossas anterior, média e posterior do crânio. Nessas fossas está acomodado o encéfalo,
o qual é envolvido pela calota craniana, e ocupa a cavidade craniana (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 2. Fossas cranianas


Imagem disponível em: https://anatomiaonline.com/cranio

A maioria dos ossos cranianos são planos, com exceção da mandíbula, que é conectada ao restante do crânio
por uma articulação amplamente móvel, todos os demais ossos do crânio adulto são firmemente unidos por articulações
que se encaixam como engrenagens, chamadas de suturas. Estas suturas apresentam linhas com aspecto serrilhado,
sendo as principais a coronal, sagital, escamosa e lambdóidea, conectam os ossos do neurocrânio. As demais suturas do
crânio conectam os ossos faciais e são denominadas de acordo com os ossos que elas conectam (MARIEB; HOEHN,
2013).
Em um recém-nascido os ossos da calvária do crânio são separados por espaços membranáceos, denominado
fontículos ou fontanelas. Durante o período de lactação é possível que o médico palpe essas estruturas e determine o
progresso do crescimento do osso frontal e parietal; o grau de hidratação do lactente e o nível de pressão intracraniana.

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Geralmente, o fechamento das suturas começa no bregma e prossegue nas suturas sagital, coronal e lambdóidea
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 3. Suturas cranianas


Imagem disponível em: https://anatomia-papel-e-caneta.com/suturas-do-cranio/

➢ Osso frontal: Forma a região ântero-superior do crânio e inicia seu desenvolvimento como dois ossos separados,
que se encontram na linha mediana formando a sutura metópica. Este forma a fronte (testa) e o teto das cavidades
orbitárias. No interior do osso logo acima da junção com os ossos nasais, encontram-se os seios frontais e,
posteriormente, o osso frontal faz articulação com os dois ossos parietais, formando a sutura coronária (SPENCE,
1991).
➢ Ossos parietais: Estes dois ossos formam a maior parte da abóbada craniana (teto), eles se encontram na linha
mediana formando a sutura sagital. Esses ossos formam a sutura sagital que atravessa o alto do crânio, onde se
encontram com a sutura frontal; a sutura lambdóide na parte posterior do crânio, onde está o osso occiptal; e a sutura
escamosa nas porções laterais inferiores do crânio, onde se encontram com os ossos temporais (SPENCE, 1991;
MARIEB; HOEHN, 2013).
Em criança entre o 10º e 24º mês de vida, as fontanelas fibrosas ocupam o ponto de união dessas suturas. A
fontanela anterior (bregmática) está localizada na união das suturas sagital e coronária. A fontanela posterior
(lambdática) está localizada na união das suturas sagital e lambdoide. Há ainda as fontanelas anterolaterais (ptéricas)
direita e esquerda, na união das suturas coronárias e escamosa, e fontanelas posterolaterais (mastoideas), onde a
sutura escamosa se encontra com a lambdoide (MARIEB; HOEHN, 2013).

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➢ Osso occipital: Forma a porção póstero-inferior da abóbada craniana e a porção posterior da cavidade craniana.
Nele encontra-se o forame magno, seu acidente ósseo mais marcante, pelo qual a cavidade craniana se liga com o
canal vertebral, e os dois côndilos occipitais que se articulam com a primeira vértebra cervical (SPENCE, 1991).
➢ Osso etmoide: Situado no meio do assoalho da fossa craniana anterior, onde forma a maior parte das paredes da
porção superior da cavidade nasal, onde estão localizados os seios paranasais. Este possui quatro partes: A lâmina
crivosa, a lâmina perpendicular, na linha mediana e as duas massas laterais, os labirintos etmoidais, que se projetam
para baixo da lâmina crivosa (MARIEB; HOEHN, 2013).
➢ Osso esfenoide: Situa-se no assoalho da fossa média do crânio e articula-se com os ossos occipital, temporal,
parietal, frontal e etmoide. Além disso, têm uma forma complexa e um corpo central, de onde se projetam as asas
menores, as asas maiores e os processos pterigoides. A superfície anterior das asas maiores forma a maior parte das
paredes posteriores das órbitas e os canais ópticos, localizados na base das asas menores, permitem a passagem
dos nervos ópticos dos olhos para a base do encéfalo. A superfície superior do corpo do osso esfenoide contém uma
depressão profunda chamada sela turca, a qual aloja a glândula hipófise, sendo limitada posteriormente por uma
saliência óssea chamada dorso da sela (SPENCE, 1991).
➢ Ossos temporais: Estes dois ossos unem-se com os ossos esfenoide para formar a fossa média do crânio. Cada
osso consiste em quatro regiões: parte escamosa, parte timpânica, parte petrosa e parte mastoide (MARIEB; HOEHN,
2013; SPENCE, 1991).

Viscerocrânio

Também chamado de esqueleto facial, o viscerocrânio compreende os ossos da face, o qual forma a parte
anterior do crânio e consiste nos ossos que circundam a boca, nariz∕cavidade nasal e a maior parte das órbitas. É
formado por 15 ossos irregulares: três ossos ímpares centralizados e ou situados na linha mediana (mandíbula, etmoide e
vômer) e seis ossos pares bilaterais (maxilas, conchas nasais inferiores, zigomáticos, palatinos, nasais e lacrimais)
(DANGELO e FATTINI, 2011).

Figura 4. Ossos do viscerocrânio


Imagem disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/71458849/ossos-da-face

➢ Maxilas: Formam a porção do esqueleto facial, no entanto, com exceção da mandíbula, todos os demais ossos da
face se articulam com as maxilas. Os dois ossos maxilares articulam-se na linha mediana para formar o maxilar
superior e cada um deles participa da formação do teto da boca, do assoalho e das paredes laterais da cavidade do
nariz e do assoalho da órbita, o qual possuí dois seios paranasais (SPENCE, 1991).
➢ Osso zigomático: Articulam-se com as maxilas e com os ossos temporais para formar as proeminências da face.
Assim como, se articulam com o osso frontal e o osso esfenoide para formar parte do assoalho da parede lateral da
órbita (DANGELO e FATTINI, 2011; SPENCE, 1991).

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➢ Ossos nasais: Formado por dois pequenos ossos oblongos (forma geométrica que possui mais comprimento que
largura), que se encontram na linha mediana da face para formar o dorso do nariz. Além disso, eles se articulam com
o osso frontal, etmoide (lâmina perpendicular) e com as maxilas (processo frontal) (SPENCE, 1991).
➢ Ossos lacrimais: São dois delicados e pequenos ossos que ajudam a formar a face medial da órbita. Articulam-se
em cima com o osso frontal e na frente com as maxilas. Próximo à sua extremidade anterior, cada osso lacrimal tem
um sulco lacrimal que aloja o saco lacrimal e o ducto nasolacrimal, que transportam a lágrima da superfície do olho
para a cavidade nasal (DANGELO e FATTINI, 2011; SPENCE, 1991).
➢ Mandíbula: Consiste de um corpo horizontal, o qual forma o maxilar inferior, possui forma de ferradura e dois ramos
perpendiculares a ele. Os processos condilares, localizados na margem superior dos ramos formam uma articulação
móvel com a fossa mandibular dos ossos temporais (DANGELO e FATTINI, 2011; SPENCE, 1991).
➢ Vômer: Apresenta-se de forma delgada e quadrangular, forma a porção póstero-inferior do septo nasal. Sua borda
superior articula-se com o esfenoide, entre os processos pterigoides; sua borda inferior articula-secom a superfície
superior do teto bucal. A parte mais superior da borda anterior do vômer articula-se com a lâmina perpendicular do
etmoide, e a parte inferior está em contato com a porção cartilaginosa do septo nasal (SPENCE, 1991).
➢ Conchas nasais inferiores: Formam conchas alongadas que se projetam medialmente das paredes laterais da
cavidade do nariz. Estão localizados logo abaixo das conchas médias do osso etmoide. As conchas nasais inferiores
se articulam com as maxilas, os lacrimais, o etmoide e os ossos palatinos (SPENCE, 1991).
➢ Palatinos: Esse osso apresenta formato de L, sendo responsável por formar a porção posterior do palato duro e o
assoalho da cavidade nasal. Além disso, também contribui para formação do assoalho da órbita (DANGELO e
FATTINI, 2011).

Seios paranasais

Formados por 5 ossos do crânio (frontal, esfenóide, etmóide e as duas maxilas) contêm seios preenchidos com
ar e revestidos por mucosa que dão um aspecto "perfurado" nas imagens de raio X. Esses seios são chamados de seios
paranasais, pois concentram-se ao redor da cavidade nasal. Pequenas aberturas conectam os seios com a cavidade
nasal e atuam como "vias de mão-dupla"; o ar entra nos seios a partir da cavidade nasal, e o muco formado pelos seios
mucos os é drenado para a cavidade nasal. A mucosa dos seios também ajuda a manter o ar inspirado aquecido e
umedecido. Os seios paranasais reduzem o peso' do crânio e aumentam a ressonância da voz (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 5. Seios paranasais


Imagem disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/40807575/seiosparanais-2-e-1445645172108

Osso hióide

Mesmo não sendo considerado parte do crânio, o osso hióide (em forma de U) situa-se inferiormente a
mandíbula na região anterior do pescoço. É o único osso do corpo que não se articula diretamente com nenhum outro

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osso, ele é ancorado pelos estreitos ligamentos estilo-hióides aos processos estiloides dos ossos temporais. Apresenta
formato de ferradura, com um corpo e dois pares de cornos e atua como uma base móvel para a língua. Seu corpo e
cornos maiores são pontos de ligação para os músculos do pescoço que elevam e deprimem a laringe durante a
deglutição e a fala (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 6. Osso hióide


Imagem disponível em: http://anatoinsitu.blogspot.com.br/2013/02/musculos-pescoco-1.html

COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral é composta por 26 ossos irregulares, conectados de forma que o resultado é uma estrutura
curvada e flexível, promovendo um suporte axial para o tronco. Esta estende-se desde o crânio até a pelve, onde o peso
do tronco é transmitido aos membros inferiores, envolvendo e protegendo a medula espinal, fornecendo ainda pontos de
fixação para as costelas e para os músculos do dorso e do pescoço. No feto e na criança, a coluna vertebral consiste de
33 ossos separados, ou vértebras. Inferiormente, nove vértebras se fundem para formar dois ossos, o sacro e o
minúsculo cóccix. Os 24 ossos remanescentes persistem como vértebras individuais separadas por discos intervertebrais
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 7. Coluna Vertebral


Imagem disponível em: https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/

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As vértebras consistem de um corpo vertebral anteriormente, o qual tem forma de disco e é a região que
sustenta o peso, e um arco vertebral posteriormente. Juntos, o corpo e os arcos circundam uma abertura chamada de
forame vertebral. Muitos forames vertebrais das vértebras articuladas formam o longo canal vertebral, através do qual
passa a medula espinal. No entanto, além de suas características estruturais comuns, as vértebras apresentam variações
que permitem que diferentes regiões da coluna desenvolvam funções e movimentos levemente diferentes (MARIEB;
HOEHN, 2013).
Em geral, os movimentos que podem ocorrer entre as vértebras são:
• Flexão e extensão: Movimentos anterior e posterior da coluna, respectivamente;
• Flexão lateral: Inclinação lateral da coluna;
• Rotação: Movimento no qual as vértebras giram umas sobre as outras, no eixo longitudinal da coluna
(MARIEB; HOEHN, 2013).
As sete vértebras cervicais, chamadas de C1 a C7, são as menores e mais leves da coluna vertebral. As duas
primeiras (C1 e C2) são vértebras especiais e as vértebras cervicais típicas são as últimas (C3 a C7). As duas primeiras
vértebras cervicais, o atlas e o áxis, não apresentam discos intervertebrais entre elas e são bastante diferentes das outras
vértebras, o que reflete suas funções especiais (MARIEB; HOEHN, 2013).
Em relação às especificidades das vértebras, o Atlas (C1) não tem corpo e nem processo espinhoso,
essencialmente, é um anel ósseo formado pelos arcos anterior e posterior e uma massa lateral de cada lado. Cada
massa lateral possui faces articulares em suas superfícies superior e inferior. As faces articulares superiores recebem os
côndilos do occipital do crânio; este osso "sustenta" o crânio. Essas articulações permitem a realização do movimento da
cabeça indicando afirmação (movimento do "sim"). As faces articulares inferiores articulam-se inferiormente com o Áxis
(C2) (MARIEB; HOEHN, 2013).
Quanto ao Áxis (C2), o qual possui corpo, processo espinhoso e os outros processos típicos das vértebras, não
é tão especializado quanto o Atlas. De fato, sua única característica especial é uma saliência chamada de dente ou
processo odontóide, que se projeta superiormente a partir de seu corpo. O dente é realmente o corpo "ausente" do atlas,
que se funde com o Áxis durante o desenvolvimento embrionário. Envolvido no arco anterior do Atlas pelo ligamento
transverso, o dente age como um pivô para a rotação do atlas. Portanto, essa articulação permite a realização do
movimento de rotação da cabeça, que indica negação (movimento do "não") (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 8. Atlas (C1) e Áxis (C2)


Imagem disponível em: https://br.pinterest.com/pin/859132066396768680/

Já as 12 vértebras torácicas (T1 a T12) ou dorsais (D1 a D12) articulam-se com as costelas. As primeiras
assemelham-se à C7, e as quatro últimas tornam-se progressivamente mais semelhantes às vértebras lombares. As
vértebras torácicas aumentam de tamanho da primeira até a última. A região lombar da coluna vertebral é submetida a
grandes tensões (MARIEB; HOEHN, 2013).
As cinco vértebras lombares (L1 a L5) possuem a função de sustentar grandes cargas. Seus corpos são maciços
e em forma de rim na vista superior o sacro, um osso triangular que forma a parede posterior da pelve, nos adultos é
formado pela fusão de 5 vértebras (S1 a S5). Ele se articula superiormente (por meio de seus processos articulares
superiores) com L5 e inferiormente com o cóccix. Lateralmente, o sacro articula-se, por meio de suas faces auriculares,
com os dois ossos do quadril, formando as articulações sacroilíacas. O cóccix, nosso osso da cauda, é um pequeno osso

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triangular. Consiste de quatro (ou em alguns casos três ou cinco) vértebras fusionadas. O cóccix articula-se
superiormente com o sacro. Exceto pela pequena sustentação que o cóccix fornece aos órgãos pélvicos, este é um osso
quase sem função. Ocasionalmente, as crianças podem nascer com um cóccix, excepcionalmente longo. Na maioria
desses casos, essa "cauda" óssea é retirada cirurgicamente (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 9. Coluna Vertebral, acidentes ósseos e curvaturas


Imagem disponível em: https://tomocenter.com.br/ressonancia-da-coluna-bh/

Em um adulto, a coluna vertebral mede aproximadamente 70 cm e suas vértebras tornam-se progressivamente


maiores da região cervical à lombar, devido ao maior peso sustentado pelas vértebras lombares. Quando a coluna
vertebral é observada lateralmente pode-se ver as quatro curvaturas responsáveis por sua forma sinuosa. Inferiormente
as vértebras lombares localiza-se o sacro, que se articula com os ossos do quadril. No final da coluna vertebral encontra-
se o cóccix. As curvaturas cervical e lombar são côncavas posteriormente; as curvaturas torácica e sacral são convexas
posteriormente. Essas curvaturas aumentam a elasticidade e a flexibilidade da coluna, permitindo que funcione de forma
mais parecida a uma mola do que a uma haste rígida (MARIEB; HOEHN, 2013).

Ligamentos

A coluna vertebral não pode manter-se sem algumas sustentações e esta estabilização deve-se a um elaborado
sistema semelhante a cabos de suporte. Tal sistema é formado por ligamentos e por músculos do tronco. Nesse sentido,
os principais ligamentos de sustentação são os longitudinais anterior e posterior. Eles correm como bandas contínuas nas
superfícies anterior e posterior da coluna, estendendo-se da região cervical ao sacro (MARIEB; HOEHN, 2013).
As características do ligamento longitudinal anterior, o qual é mais largo, consiste em ligar fortemente às
vértebras aos discos. Além de seu papel de suporte, ele previne a hiperextensão da coluna. O ligamento longitudinal
posterior, que limita a hiperflexão da coluna, é estreito e relativamente fraco. Ele se liga apenas aos discos. Entretanto, o

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ligamento amarelo, rico em fibras elásticas, é especialmente forte. Ele é retirado quando os curvarmos para a frente e
retrai quando voltamos à posição ereta. Além disso, ligamentos curtos conectam cada vértebra com os adjacentes
(MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 10. Ligamentos longitudinais anterior e posterior


Imagem disponível em: https://www.auladeanatomia.com/sistemas/7/sistema-esqueletico

Discos intervertebrais

Os discos intervertebrais formam um coxim semelhante a um amortecedor, sendo composto por duas partes
(núcleo pulposo e anel fibroso). O núcleo pulposo, localizado mais internamente, é uma estrutura gelatinosa que atua
como uma bola de borracha, fornecendo ao disco sua elasticidade e compressibilidade. Ao redor do núcleo pulposo
encontra-se o anel fibroso, um forte colar composto de fibras colágenas superficialmente e fibrocartilagem internamente.
O anel fibroso limita a expansão do núcleo pulposo quando a coluna é comprimida. Ele também atua mantendo as
vértebras adjacentes unidas, resistindo à tensão e às forças de torção sobre a coluna (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Movimentos como de flexão e extensão da coluna e, em menor grau, de inclinação lateral são possíveis devido
aos discos intervertebrais, além destes atuarem como amortecedores de choque durante a caminhada, os saltos e
corridas. Nos pontos de compressão, os discos são achatados e projetam-se levemente entre as vértebras. Os discos
são mais espessos na região cervical e lombar, o que aumenta a flexibilidade dessas regiões. Coletivamente, os discos
são responsáveis por aproximadamente 25% do comprimento da coluna vertebral. Eles se achatam um pouco durante o
curso do dia, portanto temos alguns centímetros a menos à noite do que quando acordamos de manhã (MARIEB;
HOEHN, 2013).

Figura 11. Estruturas que formam a coluna vertebral


Imagem disponível em: http://blog.diagnostrum.com/2014/09/22/george-clooney-is-inside/

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F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Juliano, 21 anos, sofre um acidente de motocicleta onde com a queda fraturou três ossos do viscerocrânio.
Os ossos fraturados foram nasal, zigomático e maxilar. O viscerocrânio corresponde à face e nele estão situados os
órgãos dos sentidos e o início do sistema digestório e respiratório. Com base nessas informações, identifique na figura
abaixo onde se localiza os 3 ossos fraturados por Juliano:

1: ________________________

2: ________________________

3: ________________________

Questão 02: Antônia de 59 anos apresentava dor na região lombar e irradiação para o membro inferior por várias
semanas e, após uma ressonância magnética, foi constatado uma hérnia na região lombar entre as vertebras L4 e L5, a
porção final da coluna lombar. Nossa coluna pode ser dividida em coluna cervical, torácica, lombar e sacral. Sendo assim,
descreva quantas vértebras possuem cada divisão da coluna, mencionando suas particularidades:

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Ossos da caixa torácica e membros superiores

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor e quadro). Resolução de problemas. Aula prática em
laboratório utilizando modelos anatômicos 3D da cintura pélvica e membros inferiores - visualizar e identificar ossos e
acidentes ósseos, bem como "montar" a cintura pélvica e membros inferiores, identificando a lateralidade das estruturas.
Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Antônio de 51 anos sofreu uma fratura em um arco costal após queda de uma escada. Tal
fratura ocorreu no 4º arco costal do lado direito e produziu dor durante a inspiração. Os arcos costais são estruturas
fundamentais para a função da musculatura respiratória e atua como uma “alça de balde” durante a mecânica
respiratória. Além das costelas, quais ossos também compõem a caixa torácica?

PROBLEMA/CASE 2: Maria, 42 anos, apresenta fratura numa região chamada cíngulo do membro superior, mais
especificamente na escápula direita, a qual provoca dor quando ocorre movimentos com o membro superior direito. O
cíngulo do membro superior é composto pela clavícula e escápula. Ele é importante, pois é a conexão do esqueleto axial
com o apendicular superior. Já os membros superiores são compostos pelo úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, ossos do
metacarpo e pelas falanges. Assim, como se articulam os ossos dos membros superiores?

D) OBJETIVOS: Identificar os ossos que compõe a caixa torácica, cíngulo do membro superior, ossos dos membros
superiores, assim como seus principais acidentes ósseos.

E) CONHECIMENTOS

Caixa torácica

Do ponto de vista anatômico, o tórax é a região também chamada de "peito", e seu revestimento ósseo é
chamado de caixa torácica ou tórax ósseo. Os elementos formadores da caixa torácica incluem as doze vértebras
torácicas dorsalmente, as costelas lateralmente e o esterno e as cartilagens costais anteriormente, a qual prende as
costelas ao esterno. O tórax ósseo, com formato de cone e sua maior dimensão posicionada inferiormente, forma uma
caixa protetora osteocartilagínea em torno de órgãos vitais da cavidade torácica (coração, pulmões e grandes vasos),
sustenta a cintura escapular e os membros superiores e fornece pontos de ligação para muitos músculos do pescoço,
dorso, peito e ombros. Os espaços intercostais entre as costelas são ocupados pelos músculos intercostais, que elevam
e abaixam o tórax durante a respiração (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Esterno

Também chamado de osso do peito, o esterno situa-se na linha média anterior do tórax. Ligeiramente
semelhante a um punhal, é um osso plano com aproximadamente 15 cm de extensão, formado pela fusão de três ossos:
o manúbrio, o corpo e o processo xifóide. O manúbrio tem forma de nó de gravata na porção superior e articula-se
lateralmente com as clavículas por meio das incisuras claviculares. Também se articula com os dois primeiros pares de
costelas. O corpo do esterno, ou porção média, forma a maior parte do esterno. Nas laterais do corpo existem incisuras
onde se articulam as cartilagens da segunda à sétima costelas. O processo xifóide forma a extremidade inferior do
esterno. Este processo pequeno, de forma variável, é uma placa de cartilagem hialina nos jovens, mas geralmente é
ossificado nos adultos. O processo xifóide articula-se apenas com o corpo do esterno e serve como ponto de ligação para
alguns músculos abdominais (MARIEB; HOEHN, 2013).

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O esterno tem três importantes pontos de referência anatômica: a incisura jugular, o ângulo do esterno e a
articulação xifoesternal. A incisura jugular (supra-esternal), facilmente palpável, é uma indentação na borda superior do
manúbrio. Normalmente encontra-se alinhada com o disco intervertebral entre a segunda e a terceira vértebras torácicas
e é o ponto onde a artéria carótida comum esquerda origina-se a partir da aorta. O ângulo do esterno é palpado como
uma saliência na região anterior do esterno, onde o manúbrio se articula com o corpo do esterno. Essa articulação
cartilagínea atua como uma dobradiça, permitindo que o corpo do esterno se desloque para a frente durante a inspiração.
O ângulo do esterno está alinhado com o disco entre a quarta e a quinta vértebras torácicas e ao nível do segundo par de
costelas. É um ponto de referência útil para localizar a segunda costela e, portanto, para contar as costelas durante o
exame físico e também para auscultar os sons produzidos pelas valvas cardíacas. A articulação xifoesternal é o ponto
onde o corpo do esterno e o processo xifóide se fundem. Situa-se em frente à nona vértebra torácica (MARIEB; HOEHN,
2013).

Figura 1. Osso do esterno e acidentes ósseos


Imagem disponível em: http://www.anatomiadocorpo.com/esqueleto-humano-sistema-esqueletico-ossos/caixa-toracica-
bacia/esterno/

Costelas e cartilagens costais

Em nossa caixa torácica há doze pares de costelas, as quais formam as laterais da caixa torácica. Todas as
costelas ligam-se posteriormente com as vértebras torácicas (corpos e processos transversos) e curvam-se inferiormente
em direção à superfície anterior do corpo. Os sete pares de costelas superiores ligam-se diretamente ao esterno por
cartilagens costais individuais ("tiras" de cartilagem hialina). Elas são chamadas de costelas verdadeiras ou
vertebroesternais (MARIEB; HOEHN, 2013).
Os cinco pares de costelas remanescentes são chamados de costelas falsas; algumas se ligam indiretamente ao
esterno enquanto outras não se ligam a este osso. Os pares de costelas que se ligam de forma indireta ao esterno são do
8º ao 10º; cada uma dessas costelas une-se com a cartilagem costal localizada imediatamente acima. Essas costelas são
chamadas de falsas ou vertebrocondrais. A margem inferior da caixa torácica, ou margem costal, é formada pelas
cartilagens costais da 7ª à 10ª costela. O 11 º e o 12º pares de costelas são chamados de costelas flutuantes (vertebrais
ou livres), pois não têm nenhuma ligação anterior. Em vez disso, suas cartilagens costais ficam presas a músculos da
parede lateral do corpo. As costelas aumentam em comprimento da 1 ª até a 7ª, e então diminuem da 8ª até a 12ª.
Exceto a primeira costela, que se encontra profundamente à clavícula, as demais são facilmente palpáveis em pessoas
com peso considerado normal (MARIEB; HOEHN, 2013).
A costela usualmente tem a forma de um osso plano arqueado, sendo a maior parte chamada de corpo. Sua
borda superior é lisa, mas sua borda inferior é afilada e fina. Na face interna da borda inferior localiza-se o sulco da

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costela; é neste local que passam os nervos intercostais e os vasos sanguíneos. Além do corpo, cada costela possui uma
cabeça, um colo e um tubérculo. A cabeça, em formato de cunha, articula-se em sua região mais posterior com os corpos
vertebrais por duas faces articulares: uma se liga ao corpo da vértebra torácica de mesmo número, a outra com o corpo
da vértebra imediatamente superior. O colo é a porção estreitada da costela logo após a cabeça. Lateral ao colo situa-se
o tubérculo, semelhante a uma maçaneta, que se articula com a fóvea costal do processo transverso da vértebra torácica
de mesmo número. Depois do tubérculo encontra-se o ângulo, onde a costela se curva no sentido anterior e se estende
para se ligar com sua cartilagem costal. As cartilagens costais fornecem uma ligação firme, porém flexível para a fixação
das costelas ao esterno (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 2. Costelas
Imagem disponível em: http://www.imagui.com/a/osteologia-del-torax-ckebgE6MM

Figura 3. Caixa torácica


Imagem disponível em: https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/

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Cíngulo do membro superior

Escápula

Formada por ossos finos, as escápulas são triangulares e planas, situadas sobre a superfície dorsal da caixa
torácica, entre a 2ª e 7ª costela. Apresenta três bordas: superior, medial e lateral. Como todo triângulo, a escápula tem
três ângulos: superior, inferior e lateral. Nesse sentido, a face anterior ou costal da escápula é côncava e relativamente
sem características especiais. Sua face posterior apresenta uma proeminente espinha que é facilmente palpada. A
espinha da escápula termina lateralmente em uma projeção alargada triangular denominada acrômio. O acrômio articula-
se com a extremidade acromial da clavícula, formando a articulação acromioclavicular (MARIEB; HOEHN, 2013).
A partir da borda superior da escápula projeta-se o processo coracóide, o qual ajuda a fixar o músculo bíceps
braquial, sendo limitado pela incisura da escápula medialmente e pela cavidade glenoidal lateralmente. Várias fossas
grandes aparecem em ambas as faces da escápula e são denominadas de acordo com sua localização. As fossas infra-
espinal e supra-espinal estão localizadas, respectivamente, abaixo e acima da espinha da escápula. A fossa
subescapular é a concavidade rasa formada por toda a face anterior da escápula (MARIEB; HOEHN, 2013).

Clavícula

As clavículas são ossos finos e alongados, duplamente curvados que podem ser palpados horizontalmente em
toda a sua extensão, ao longo da região superior do tórax. A extremidade esternal (medial) da clavícula, em formato de
cone, articula-se com o manúbrio do esterno, e a extremidade acromial (lateral), achatada, articula-se com a escápula. Os
dois terços mediais da clavícula são convexos anteriormente; seu terço lateral é côncavo anteriormente. Sua superfície
superior é lisa, mas a superfície inferior apresenta acidentes ósseos devido à presença de ligamentos e músculos fixados
à clavícula. O tubérculo conôide, por exemplo, é um ponto de ancoragem para um ligamento que se fixa na escápula
(MARIEB; HOEHN, 2013).
A clavícula, além de fornecer pontos de fixação para muitos músculos, a atuam como suporte, pois mantêm as
escápulas e os braços lateralmente, afastados da parte superior do tórax, mais estreita. A clavícula também transmite
forças de compressão dos membros superiores ao esqueleto axial, como quando alguém empurra um carro, no entanto,
não são muito fortes e são propensas a fraturas. Devido às suas curvas, as fraturas anteriores (para a frente) são mais
frequentes (MARIEB; HOEHN, 2013).

Ossos dos membros superiores

Trinta ossos separados formam a estrutura óssea de cada membro superior. Cada um desses ossos pode ser
descrito regionalmente como osso do braço, do antebraço ou da mão (MARIEB; HOEHN, 2013).

Braço

O úmero é um típico osso longo, o maior e mais longo osso do membro superior, articula-se com a escápula na
região do ombro e com o rádio e a ulna (ossos do antebraço) no cotovelo. Na sua extremidade proximal encontra-se a
cabeça, que é lisa e tem formato hemisférico. A cabeça do úmero se encaixa na cavidade glenoidal da escápula, o que
permite ao braço permanecer livre como um pêndulo em relação à cintura escapular. Imediatamente inferior à cabeça,
encontra-se uma leve constrição, o colo anatômico. Logo abaixo do colo anatômico localizam-se o tubérculo maior,
lateralmente, e o tubérculo menor, na região mais medial; os dois tubérculos são separados pelo sulco intertubercular,
também chamado de sulco bicipital (MARIEB; HOEHN, 2013).
Os tubérculos são locais de fixação para os músculos do manguito rotador. O sulco intertubercular guia o tendão
do músculo bíceps braquial até seu ponto de fixação na borda da cavidade glenoidal. Distal aos tubérculos encontra-se o
colo cirúrgico, assim denominado porque esta é a região do úmero onde as fraturas são mais frequentes.
Aproximadamente na metade do corpo do úmero, na região lateral, está a tuberosidade para o músculo deltóide, uma
saliência que é o ponto de inserção deste músculo (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Na extremidade distal do úmero estão dois côndilos, a tróclea, medialmente, e o capítulo, lateralmente, que tem
um formato arredondado. Esses côndilos articulam-se com a ulna e o rádio, respectivamente. O par de côndilos é
flanqueado pelos epicôndilos medial e lateral (locais de fixação muscular). Acima desses epicôndilos estão as cristas
supra-epicondilares medial e lateral. O nervo ulnar corre por trás do epicôndilo medial, sendo responsável pela sensação
dolorosa e o formigamento sentido quando se bate o cotovelo (MARIEB; HOEHN, 2013).
Acima da tróclea, na superfície anterior, está a fossa coronóidea, enquanto que na superfície posterior encontra-
se a fossa do olécrano, que é mais profunda. Essas duas depressões permitem aos processos correspondentes da ulna
moverem-se livremente durante a flexão e a extensão do cotovelo. Uma pequena fossa radial, lateral à fossa coronóidea,
recebe a cabeça do rádio quando o cotovelo é flexionado (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 4. Segmentos dos ossos dos membros superiores


Imagem disponível em: https://www.auladeanatomia.com/sistemas/7/sistema-esqueletico

Antebraço

Dois ossos longos paralelos, o rádio e a ulna, formam o esqueleto do antebraço. Suas extremidades proximais
articulam-se com o úmero; suas extremidades distais formam a articulação do punho. O rádio e a ulna articulam-se um
com o outro nas regiões proximal e distal em pequenas articulações radioulnares, sendo conectados ao longo de todo
seu comprimento por um ligamento plano e flexível, a membrana interóssea (MARIEB; HOEHN, 2013).

Ulna

A ulna é um pouco mais longa que o rádio. Sua principal função é formar a articulação do cotovelo junto com o
úmero. A extremidade proximal da ulna sustenta dois processos proeminentes, o olécrano e o processo coronóide, que
são separados por uma concavidade profunda, a incisura troclear. Juntos, esses dois processos se prendem à tróclea do
úmero, formando uma articulação em dobradiça que permite ao antebraço realizar os movimentos de flexão e extensão.
O olécrano, localizado posteriormente, forma o ângulo do cotovelo quando o antebraço é flexionado e é a parte óssea
que repousa sobre a mesa quando você se apoia sobre os cotovelos. Na região lateral do processo coronóide encontra-
se uma pequena depressão, a incisura radial, onde a ulna se articula com a cabeça do rádio (MARIEB; HOEHN, 2013).
Na região distal, a diáfise da ulna torna-se mais estreita e termina na cabeça da ulna. Medialmente à cabeça
encontra-se o processo estilóide da ulna, do qual parte um ligamento que segue para o punho (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Rádio

O rádio é fino em sua extremidade proximal e mais largo distalmente - o oposto da ulna. A cabeça do rádio é
semelhante à cabeça de um prego. A superfície superior da cabeça do rádio é côncava e articula-se com o capítulo do
úmero. Medialmente, a cabeça articula-se com a incisura radial da ulna. Logo abaixo da cabeça situa-se a tuberosidade
do rádio, que dá fixação ao músculo bíceps braquial. Na região distal, onde o rádio é mais expandido, localiza-se a
incisura ulnar (medial), que se articula com a ulna, e o processo estilóide do rádio (lateral) (local de fixação de ligamentos
que passam para a articulação do punho). Entre esses dois acidentes, a superfície articular do rádio é côncava na região
que se articula com os ossos carpais do punho. (MARIEB; HOEHN, 2013).
Enquanto a ulna contribui de forma mais importante para a articulação do cotovelo, o rádio é o principal osso do
antebraço que contribui para a articulação do punho. Quando o rádio se move, a mão acompanha o movimento (MARIEB;
HOEHN, 2013).

Figura 5. Ossos do antebraço


Imagem disponível em: https://www.pngwing.com/pt/free-png-tfaxt

Mão

O esqueleto da mão inclui os ossos do carpo (punho); os ossos do metacarpo (palma); e as falanges (ossos dos
dedos) (MARIEB; HOEHN, 2013).

Carpo (punho)

O verdadeiro punho, ou carpo, é a parte proximal da estrutura geralmente chamada de "mão". O carpo consiste
de um grupo de oito ossos curtos do tamanho de uma bola de gude, ou ossos carpais, os quais são firmemente unidos
por ligamentos. Devido à existência de movimentos de deslizamento entre esses ossos, o carpo é uma estrutura bastante
flexível. Os ossos carpais estão arranjados em duas fileiras irregulares de quatro ossos cada uma. Na fileira proximal (de
lateral para medial) encontram-se o escafóide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. Apenas o escafóide e o semilunar
articulam-se diretamente com o rádio para formar a articulação do punho. Os ossos carpais da fileira distal (de lateral
para medial) são o trapézio, o trapezóide, o capitato e o hamato (MARIEB; HOEHN, 2013).

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Metacarpo (palma)

Cinco ossos metacarpais se irradiam a partir do punho como para compor a palma da mão. Esses pequenos
ossos longos não recebem nomes específicos, mas são numerados de 1 a 5, do polegar ao dedo mínimo. As bases dos
metacarpais articulam-se com o carpo proximalmente e umas com as outras, medial e lateralmente (MARIEB; HOEHN,
2013).
O primeiro metacarpal, associado ao polegar, é o mais curto e o mais móvel. Ele ocupa uma posição mais
anterior do que os outros metacarpais. Consequentemente, a articulação entre o primeiro metacarpo e o trapézio é uma
articulação selar única que permite a oposição, o movimento que possibilita ao polegar tocar na ponta dos outros dedos
(MARIEB; HOEHN, 2013).

Falanges (dedos)

Os dedos do membro superior são numerados de 1 a 5 começando pelo polegar. Na maioria das pessoas, o
terceiro dedo é o mais longo. Cada mão contém 14 ossos longos em miniatura chamados de falanges. Exceto o polegar,
os dedos possuem três falanges: proximal, média e distal. O polegar não possui a falange média (MARIEB; HOEHN,
2013).

Figura 6. Ossos da mão


Imagem disponível em: https://educacao.umcomo.com.br/artigo/como-se-chamam-os-ossos-da-mao-22231.html

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: J Homem, 13 anos, buscou assistência médica acompanhado dos pais com queixa de dor na coluna com
piora noturna e “cansaço muscular” na região aos médios esforços. À inspeção, observou-se cifose torácica associada a
lordose cervical e lombar. Ao exame físico, foi constatado que a cifose torácica acentuava-se com a flexão do tronco.
Foram solicitados exames de imagem, que confirmaram o diagnóstico de cifose postural. O paciente foi medicado e
encaminhado para a fisioterapia.

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a) O paciente apresentou alterações posturais em vários segmentos da coluna vertebral. Quantas vértebras encontram-
se na coluna vertebral e nos seus respectivos segmentos?
b) O paciente apresentou alteração na curvatura da coluna torácica. Quais são as curvaturas normais da coluna?
c) A cifose postural deve ser diferenciada da cifose de Scheuerman, na qual ocorre cifose torácica relacionada com
alteração nos corpos vertebrais. Cite as características de uma vértebra torácica e as diferencie das vértebras cervicais e
lombares típicas.

Questão 02: José sofreu uma fratura no úmero após uma queda do cavalo, ondo esta foi exposta. O úmero é um dos
ossos que compõe o membro superior. Cada doso os que formam o membro superior podem ser descritos regionalmente
como osso do braço, do antebraço ou da mão. Assim, com quais ossos o úmero se articula?

a) Escápula, rádio e carpo.


b) Carpo e ulna.
c) Escápula, ulna e rádio.
d) Carpo e rádio.
e) Rádio, ulna e Metacarpo.

Questão 03: Junior atuou por 25 anos em uma madeireira, na qual executava atividades com uso excessivo das mãos.
Por duas vezes ele necessitou afastar-se por acidente de trabalho, no qual houve amputação de dois dedos da mão
esquerda. Nesse sentido, os dedos são formados por uma série de falanges interconectadas, as quais formam pequenas
articulações. Assim, escreva um pequeno texto mencionando os ossos que compõe a mão:

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS

DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Ossos dos membros inferiores.

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor e quadro). Resolução de problemas. Aula prática em
laboratório utilizando modelos anatômicos 3D da caixa torácica, cintura escapular e membro superior - visualizar e
identificar ossos e acidentes ósseos, bem como "montar" a caixa torácica, cintura escapular e membro superior,
identificando a lateralidade das estruturas. Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter um feedback do
aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Olivia dirigia por uma rodovia quando colidiu frontalmente com outro automóvel. Nesta colisão
Olivia sofreu uma fratura num osso chamado popularmente de “bacia”. Este osso pertence a uma região que chamamos
de cintura pélvica e articula-se com os membros inferiores e coluna. Quais ossos formam a cintura pélvica e membro
inferior?

D) OBJETIVOS: Reconhecer os ossos que compõe a cintura pélvica e membros inferiores, assim como seus principais
acidentes ósseos.

E) CONHECIMENTOS

Cintura pélvica

A cintura pélvica é presa ao esqueleto axial por alguns dos ligamentos mais fortes do corpo. Além disso, a
cavidade glenoidal da escápula é rasa, enquanto as cavidades correspondentes na cintura pélvica são profunda e
apresentam um formato de cálice, o que possibilita que a cabeça do fêmur se mantenha firmemente acoplada ao quadril.
A cintura pélvica não tem a mobilidade da cintura escapular, mas é muito mais estável (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011;
MARIEB; HOEHN, 2013).
Os ossos do quadril são largos, apresentam um formato irregular e na infância consistem de três ossos
separados: ílio, ísquio e púbis. Nos adultos estes ossos firmemente fusionados e seus limites são indistinguíveis. Apesar
disso, seus nomes permanecem, indicando diferentes regiões do osso do quadril. No ponto da fusão do ílio, ísquio e
púbis encontrasse uma profunda cavidade hemisférica chamada de acetábulo, sobre a superfície lateral da pelve. O
acetábulo recebe a cabeça do fêmur, formando a articulação do quadril (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011; MARIEB;
HOEHN, 2013).
O ílio é uma porção alargada e expandida do osso do quadril que se estende para cima do acetábulo. Sua borda
superior é chamada crista ilíaca. A fossa ilíaca é a face interna lisa e levemente côncava. Atrás encontra-se uma área
enrugada, chamada de face auricular, que se articula com o sacro. Correndo diagonalmente de cima para baixo e para a
frente, a partir dessa face auricular, e demarcando o limite inferior da fossa ilíaca, está a linha arqueada (SPENCE, 1991).
O ísquio forma a porção póstero-inferior do osso do quadril e parte do acetábulo. Na margem posterior do ísquio,
abaixo da grande incisura isquiática maior, está a espinha isquiática. A incisura isquiática menor está abaixo da espinha.
A incisura é limitada inferiormente por um proeminente túber isquiático, que suporta o peso do corpo na posição sentada.
O ramo do ísquio se projeta anteriormente ao túber. Articula-se com o ramo inferior do púbis para formar a borda inferior
do forme obturado (SPENCE, 1991).
O púbis é a parte anterior do osso do quadril. Forma a porção ânteroinferior do acetábulo. Seu ramo superior
contrapõe-se ao ramo superior do lado oposto, unindo-se pela sínfise púbica. Uma projeção chamada tubérculo púbico
está localizada na parte superior do ramo, encostado na sínfise púbica. Uma crista chamada linha pectínea estende-se ao
longo do ramo superior, desde o tubérculo púbico até a linha terminal do ílio (SPENCE, 1991).

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Figura 1. Ossos do quadril


Imagem disponível em: http://mmiienfermagemuna.blogspot.com.br/2014/06/cintura-pelvica.html

As diferenças entre as pelves masculinas e femininas são claras, um anatomista experiente pode determinar
imediatamente o sexo de um esqueleto a partir de uma rápida observação da pelve óssea. A pelve feminina é modificada
para o parto: é mais larga, mais rasa, mais fina e mais oval que a masculina. A pelve feminina não acomoda somente o
feto em desenvolvimento, mas é larga o suficiente para permitir a passagem da cabeça do bebê durante o parto
(MARIEB; HOEHN, 2013).
O forame obturado é uma grande abertura oval e triangular irregular no osso do quadril. É limitado pelo púbis e
ísquio e seus ramos. Exceto por uma pequena passagem para o nervo e vasos obturatórios, o forame obturado é fechado
pela membrana obturada, que é fina e forte. A presença do forame minimiza a massa óssea (peso) enquanto seu
fechamento pela membrana obturadora ainda propicia extensa superfície de ambos os lados para fixação muscular
(MARIEB; HOEHN, 2013).
O acetábulo é a grande cavidade calciforme na face lateral do quadril que se articula com a cabeça do fêmur
para formar a articulação do quadril. Os três passos primários que constituem o osso do quadril contribuem para a
formação do acetábulo. O limbo do acetábulo é incompleto inferiormente na incisura do acetábulo, o que torna a fossa
semelhante a um cálice em que falta um pedaço da borda. A depressão áspera no assoalho do acetábulo que se estende
superiormente a partir da incisura do acetábulo é a fossa do acetábulo. A incisura e a fossa do acetábulo também criam
um déficit na lisa face semilunar do acetábulo, a face articular que recebe a cabeça do fêmur (MARIEB; HOEHN, 2013).

Ossos dos membros inferiores

O fêmur é o osso mais longo e pesado do corpo. Transmite o peso do corpo do osso do quadril para a tíbia
quando a pessoa está de pé. A cabeça do fêmur é a sua epífise proximal esférica, que é direcionada medialmente e se
encaixa no acetábulo do osso do quadril. A superfície da cabeça é lisa, exceto pela presença de uma pequena depressão
chamada fóvea da cabeça do fêmur. Um forte ligamento (ligamento da cabeça do fêmur) está fixado na fóvea e no
acetábulo, ajudando a manter a integridade da articulação do quadril. Uma região estreitada, o colo do fêmur, articula a
cabeça com o colo do osso. O colo faz um ângulo reto com o corpo. No ponto onde o colo encontra o corpo há dois
grandes processos que servem de locais de fixação de músculos; o trocanter maior e o trocanter menor. Na superfície
posterior do corpo encontra-se uma crista longitudinal chamada linha áspera. Na sua extremidade distal, a linha áspera
se divide em linhas supracondilar e lateral e medial, que englobam uma área triangular achatada entre elas, chamada de
face poplítea (SPENCE, 1991).

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Figura 2. Osso Fêmur


Imagem disponível em: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/membro-inferior/femur/

A extremidade distal do fêmur é alargada em côndilos lateral e medial. As superfícies lisas dos côndilos
articulam-se com a tíbia. Entre os côndilos, na face posterior, encontra-se uma profunda fossa intercondilar.
Anteriormente, há uma lisa face patelar entre os côndilos. Esta se articula com a patela (rótula) quando aperna é
estendida (SPENCE, 1991).
O esqueleto da perna consiste num forte osso medial, a tíbia e um fino osso lateral, a fíbula. Protegendo a
articulação do joelho, entre a coxa e a perna, encontra-se a patela. A patela é um osso sesamóide, o que significa que ele
se forma no interior do tendão dos músculos e não está firmemente ancorado ao esqueleto. Está localizada na frente da
articulação do joelho. Além de proteger a articulação do joelho, a patela melhora a ação de alavanca para o grupo de
músculos do quadríceps femoral, em cujo tendão ela está incluída. A superfície posterior da patela tem uma face articular
lisa que faz contato com a face patelar do fêmur (SPENCE, 1991).
A tíbia é o osso medial da perna, suporta o peso do corpo que é transmitido pelo fêmur. Sua extremidade
proximal é expandida em côndilos medial e lateral. As superfícies superiores dos côndilos são lisas e achatadas.
Articulam-se com os côndilos do fêmur. Entre essas superfícies articulares há uma saliência chamada eminência
intercondilar. A tuberosidade da tíbia é uma elevação proeminente na superfície anterior do osso, logo abaixo dos
côndilos. Ela se comporta como um ponto de ancoragem para os tendões dos músculos da região anterior da coxa – isto
é, aqueles que envolvem a patela e formam o ligamento da patela. Uma margem anterior aguçada (canela) estende-se
por quase todo o comprimento do corpo. A extremidade distal da tíbia tem uma projeção inferior, no seu lado interno,
chamada maléolo medial (SPENCE, 1991).

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Figura 3. Ossos da perna (tíbia e fíbula)


Imagem disponível em: http://anatomiaonline.com/ossos/inferior/inferior.html

A fíbula é um osso afilado que é lateral à tíbia. Sua extremidade proximal é expandida numa cabeça que se
articula com o côndilo lateral da tíbia. A extremidade distal da fíbula é achatada, formando o maléolo lateral, que pode ser
sentido na porção lateral da articulação do tornozelo. O maléolo lateral articula-se com o tálus e, juntamente com o
maléolo medial, forma a articulação talocrural (tornozelo). Logo abaixo do maléolo lateral, a fíbula articula-se com a
extremidade distal da tíbia. Tíbia e fíbula estão firmemente ligadas por uma membrana interóssea (SPENCE, 1991).
Os ossos do pé são os tarsais, metatarsais e as falanges. A porção proximal do pé, junto ao tornozelo, é
formada por 7 ossos tarsais: tálus, calcâneo, cuneiforme medial, cuneiforme lateral, cuneiforme intermédio, cubóide e
navicular. O calcâneo forma o proeminente osso do calcanhar, local de fixação de diversos músculos da panturrilha.
Repousando sobre a superfície superior do calcâneo está o tálus. O tálus está localizado entre os maléolos, onde ele se
articula com a tíbia e a fíbula. Neste local o tálus recebe o peso inteiro do corpo, que é então distribuído para os demais
ossos do tarso (SPENCE, 1991).
Cinco ossos metatarsais formam o esqueleto da região intermédia do pé. Eles são numerados da medial para a
lateral (I a V). Proximamente, os ossos metatarsais articulam-se com os ossos do tarso e entre si. Distalmente cada um
deles se articula com a extremidade proximal de uma falange. O esqueleto dos dedos é semelhante aos dedos da mão.
Ele é formado por 14 falanges – três (proximal, média e distal) em cada dedo, exceto no dedo maior (hálux), que não têm
a falange média. As falanges dos dedos dos pés são ossos mais curtos que aqueles da mão (SPENCE, 1991).

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Figura 4. Ossos do pé
Imagem disponível em: http://belezanaturalmentesaudavel.com/anatomia-da-mao-e-do-pe/

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Muitos esportistas sofrem com uma lesão chamada de pubalgia. Esta condição é bastante comum nos
esportes, principalmente, em corredores de maratona e dos 100m rasos. Esta patologia é caracterizada pela inflamação
do púbis, o que provoca dor na região da virilha, podendo irradiar para a região interna da coxa, sendo normalmente
unilateral. Neste local, encontramos a sínfise púbica, local de origem e inserção de alguns músculos, como os abdominais
e os adutores de coxa. Esta lesão ocorre em esportes que, principalmente, exijam muita tensão destes músculos, como é
o caso do atletismo. No entanto, há outros ossos importantes próximos ao púbis. Quais são estes ossos que forma a
cintura pélvica e com quais ossos estes se articulam? Escreva um pequeno texto comentando a composição da cintura
pélvica:

Questão 02: O hálux valgo, popularmente chamado de joanete, é uma consequência da deformação dos ossos do dedo
grande do pé. Constrangedor e doloroso, pode ser agravado pelo uso sapatos, excesso de peso e flacidez do arco do pé,
principalmente durante a menopausa. O tratamento cirúrgico deve ser considerado de modo rápido. Ele pode causar o
metatarsalgia, caracterizada por dor na parte macia do pé, forçando o portador a usar sapatos especiais e realizar
sessões de reabilitação. O pé é formado por uma série de ossos que se articulam entre si, assim, observe a imagem
abaixo:

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Sobre a imagem acima, avalie as afirmações abaixo:


I. O número 1 indica o osso cuboide e o 2 o navicular.
II. O osso calcâneo é indicado no número 3.
III. O osso do metatarso está apontado no número 1, enquanto o tálus está em número 2.
IV. O osso cuneiforme está apontado no número 2.

É correto apenas o que se afirma em:


a) I e II
b) II e III
c) I, II e IV
d) II, III e IV
e) I, II, III e IV

G) APLICAÇÃO ENADE
I) Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;

H) REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Conceito de artrologia, classificação das junturas e articulações do esqueleto axial
e apendicular

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor e quadro). Resolução de problemas. Aula prática em
laboratório utilizando modelos anatômicos 3D das articulações - visualizar e identificar as articulações, bem como seus
componentes articulares. Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula
explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: A artrose, também chamada de osteoartrite, é uma doença que ataca as articulações
promovendo, principalmente, o desgaste da cartilagem que recobre as extremidades dos ossos, mas que também
danifica outros componentes articulares como os ligamentos, a membrana sinovial e o líquido sinovial. A cartilagem
articular tem por função promover o deslizamento, sem atrito, entre duas extremidades ósseas durante o movimento de
uma articulação. Seu comprometimento pode gerar dor, inchaço e limitação funcional. Apesar de poder danificar qualquer
junta do corpo, a artrose afeta mais comumente as articulações das mãos, da coluna, joelhos e quadris. Dessa forma,
quais são as articulações fibrosas e cartilagíneas e sua diferença?

D) OBJETIVOS: Entender o conceito de artrologia e como as articulações são classificadas. Reconhecer as articulações
que compõe o esqueleto axial e apendicular.

E) CONHECIMENTOS

Artrologia

Para designar a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto, quer sejam por ossos, quer
sejam por cartilagens, empregamos o termo articulação. Algumas articulações não têm movimento, como as lâminas
epifisais entre a epífise e a diafíse de um osso longo em crescimento; outras permitem apenas pequeno movimento,
como os dentes dentro de seus alvéolos; e outras têm mobilidade livre, como a articulação do ombro (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2011).
As articulações são classificadas de acordo com sua estrutura e sua função. A classificação estrutural baseia-se
no tipo de material que mantém os ossos unidos e se existe ou não uma cavidade entre as superfícies articulares.
Estruturalmente, existem as articulações fibrosas, cartilaginosas e sinoviais (MARIEB; HOEHN, 2013).
A classificação funcional considera o grau de mobilidade permitido pela articulação. Existem as sinartroses, que
são articulações imóveis; as anfiartroses, que são articulações semimóveis; e as diartroses, ou articulações livremente
móveis. As articulações livremente móveis predominam nos membros; as articulações imóveis e semimóveis são restritas
ao esqueleto axial. Porém, em geral, as articulações fibrosas são móveis e as articulações sinoviais são livremente
móveis. Entretanto, existem exemplos de articulações cartilagíneas mais rígidas e outras semimóveis (MARIEB; HOEHN,
2013).

Articulações fibrosas

Nas articulações fibrosas, os ossos são unidos por tecido fibroso; não existe cavidade articular. O grau de
movimento permitido depende do comprimento das fibras de tecido conjuntivo que unem os ossos. Embora algumas
articulações fibrosas sejam parcialmente móveis, a maioria delas é imóvel. Os três tipos de articulações fibrosas são as
suturas, as sindesmoses e as gonfoses (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
As suturas existem apenas entre os ossos do crânio. Nessas articulações, as bordas onduladas dos ossos se
encaixam, e a junção é completamente preenchida por uma quantidade muito pequena de fibras muito curtas de tecido
conjuntivo que são contínuas com o periósteo. O resultado é uma ligação praticamente rígida que mantêm os ossos

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Semestre: 1º
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intimamente unidos, permitindo que eles cresçam em suas bordas durante a juventude. Durante a meia idade, o tecido
fibroso ossifica e os ossos do crânio se fundem, formando uma unidade. Neste estágio, as suturas são chamadas mais
precisamente de sinostoses, que literalmente significa “junções ósseas”. Como o movimento dos ossos do crânio poderia
danificar o encéfalo, a natureza imóvel das suturas é uma adaptação protetora (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Nas sindesmoses, os ossos são conectados por um ligamento, um cordão ou banda de tecido fibroso. Embora
as fibras de conexão sejam sempre mais longas que as suturas, elas variam em comprimento. O grau de mobilidade
permitido depende do comprimento dessas fibras e os movimentos possíveis podem variar de pequenos a amplos. Por
exemplo, o ligamento que conecta as epífises distais da tíbia e da fíbula é curto, e esta articulação permite apenas um
grau de movimento um pouco maior do que uma sutura, uma característica melhor descrita como “flexibilidade”. Neste
caso, não ocorre um movimento verdadeiro e a articulação é classificada funcionalmente como imóvel, ou sinartrose. Por
outro lado, as fibras da membrana interóssea (semelhante a um ligamento) que conectam o rádio e a ulna ao longo de
seu comprimento são longas o bastante para permitir a rotação do rádio ao redor da ulna (MARIEB; HOEHN, 2013;
DANGELO; FATTINI, 2011).
Uma gonfose é uma articulação fibrosa semelhante ao encaixe de um pino em uma tomada. O único exemplo é
a articulação de um dente com sua cavidade alveolar. O termo gonfose vem da palavra grega gompho, que significa
“prego” ou “parafuso”, e refere-se à forma como os dentes são encaixados nas cavidades. A conexão fibrosa neste caso
é o curto ligamento periodental (MARIEB; HOEHN, 2013).

Sindesmose Sutura Gonfose

Figura 1. Articulações fibrosas


Imagens disponíveis em:
http://josisaude.blogspot.com.br/2014/12/articulacoes-fibrosas-articulacoes-que.html
http://www.raquelzorzi.com.br/cranioestenose
http://slideplayer.com.br/slide/2353647/

Processos inflamatórios e degenerativos

Bursite é a inflamação de uma bolsa sinovial e em geral é causada por um trauma ou fricção. Cair sobre os
joelhos pode resultar em uma dolorosa bursite da bolsa pré-patelar, conhecida como joelho da dona de casa ou água no
joelho. Os casos graves são tratados com injeções de fármacos anti-inflamatórios na bolsa acometida. Se ocorrer
acúmulo excessivo de fluido, a remoção deste líquido por aspiração com agulha pode aliviar a pressão (MARIEB;
HOEHN, 2013).

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Tendinite é a inflamação das bainhas tendíneas, tipicamente causada por uso excessivo. Seus sintomas (dor e
edema) e tratamento (repouso, gelo e fármacos anti-inflamatórios) são semelhantes aos da bursite. Já o termo atrite
descreve mais de 100 tipos diferentes de doenças inflamatórias ou degenerativas que danificam as articulações. Em
maior ou menor grau, todas as formas de artrite apresentam os mesmos sintomas iniciais: dor, rigidez e edema na
articulação. As formas agudas de artrite geralmente resultam de invasão bacteriana e são tratadas com antibióticos. A
membrana sinovial torna-se espessada e a produção de fluído diminui, causando aumento da dor e fricção. As formas
crônicas de artrite incluem osteoartrite, artrite reumatoide e artrite gotosa (MARIEB; HOEHN, 2013).

Articulação cartilagíneas

Nas articulações cartilagíneas, os ossos são unidos por cartilagem. Como as fibrosas, as cartilagíneas também
não possuem cavidade articular. Os dois tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as sínfeses. Já as
sincondroses, uma placa de cartilagem hialina une os ossos em uma sincondrose (junção de cartilagem). Praticamente
todas as sincondroses são sinartróticas. Um exemplo comum de sincondrose são as placas epifisárias que conectam a
diáfise com as epífeses dos ossos longos nas crianças. Placas epifisárias são articulações temporárias e por fim se
tornam sinostoses. Outro exemplo de uma sincondrose é a articulação imóvel entre a primeira cartilagem costal e o
manúbrio do esterno (DANGELO; FATTINI, 2011; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Nas sínfises, as superfícies articulares dos ossos são cobertas com cartilagem articular, que por sua vez se
funde a um disco interposto, ou placa, de fibrocartilagem. Já que a fibrocartilagem é compressível e elástica, ela absorve
os choques e permite um grau limitado de movimento na articulação. Sínfises são articulações anfiartróticas
desenvolvidas para ter força com flexibilidade. Como exemplos, podemos citar as articulações intervertebrais e a sínfise
púbica da pelve (MARIEB; HOEHN, 2013; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

SÍNFISE SICONDROSE
Figura 2. Articulações cartilagíneas
Imagens disponíveis em:
http://www.quadrilcirurgia.com.br/fraturas-da-bacia-e-acetaacutebulo.html
http://omelhordaanatomia.blogspot.com.br/2011/07/sistema-articular-junturas.html

Articulações sinoviais

A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra a outra e isto é impossível quando entre
elas interpõe-se um meio de ligação, seja conectivo fibroso, seja cartilagíneo. Para que haja o grau desejado de
movimento, em muitas articulações, o elemento que se interpõe as peças que se articulam é um líquido denominado
sinovial. Deste modo, os meios de união entre as peças esqueléticas articuladas não se prendem nas superfícies de
articulação, como ocorre nas articulações fibrosas e cartilagíneas: nas articulações sinoviais o principal meio de união é
representado pela cápsula articular, espécie de manguito que envolve a articulação, predendo-se nos ossos que se
articulam (MARIEB; HOEHN, 2013; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

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O corte frontal de uma articulação sinovial mostra a presença de uma cavidade articular. A cavidade articular é
um espaço em forma de fenda onde se encontra a sinóvia. Este é o lubrificante natural da articulação, que permite o
deslizamento com o mínimo de atrito e desgaste. A cápsula articular, a cavidade articular e a sinovia são características
da articulação sinovial (MARIEB; HOEHN, 2013; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011; DANGELO; FATTINI, 2011):
• Cartilagem articular: Cartilagem hialina lisa e cristalina reveste as superfícies ósseas opostas formando uma
cartilagem articular. Esse coxim fino, porém elástico, absorve a compressão sofrida pela articulação e assim
impede a compressão das extremidades ósseas.
• Cavidade articular: Uma característica específica nas articulações sinoviais, a cavidade articular, é na verdade
apenas um espaço potencial que contém uma pequena quantidade de sinóvia.
• Capsula articular A cavidade articular é envolvida por uma cápsula articular formada por duas camadas. Ela
reforça a articulação impedindo que os ossos sejam deslocados.
• Sinóvia (liquido sinovial): Uma pequena quantidade de líquido sinovial lubrificante ocupa todos os espaços
livres dentro da cápsula articular.
• Ligamentos de reforço: As articulações sinoviais são reforçadas por vários ligamentos semelhantes a faixas.

Figura 3. Articulação sinovial


Imagem disponível em: http://fisioliferodrigorivelino.blogspot.com.br/2011/04/doenca-articular-degenerativa_06.html

Bolsas sinoviais e baínhas tendíneas

Bolsas sinoviais (antigamente chamadas de Bursa) e bainhas tendíneas não são rigorosamente elementos das
articulações sinoviais, mas com frequência são encontradas em associação a elas. Elas atuam como rolamentos para
reduzir a fricção entre as estruturas adjacentes durante a atividade articular. Bolsas sinoviais são sacos fibrosos
achatados revestidos por membrana sinovial e contêm uma fina camada de liquido sinovial em seu interior. Essas
estruturas são comuns onde ligamentos, músculos, pele, tendões ou ossos sofrem fricção. Uma bainha tendínea é
essencialmente uma bolsa alongada que envolve completamente um tendão submetido a fricção (MARIEB; HOEHN,
2013).
Devido as articulações serem constantemente estiradas e comprimidas, elas devem ser estabilizadas para evitar
o deslocamento. A estabilidade de uma articulação sinovial depende principalmente de três fatores: das formas das
superfícies articulares, do número e do posicionamento dos ligamentos e do tônus muscular (MARIEB; HOEHN, 2013).
Os movimentos podem ser descritos em termos de direção relativos a linhas, ou eixos, ao redor dos quais partes
do corpo se movem, e em relação aos planos do espaço ao longo dos quais os movimentos ocorrem, isto é, ao longo dos
planos transversos, frontal ou sagital (MARIEB; HOEHN, 2013).
A amplitude de mobilidade permitida pelas articulações sinoviais varia de movimentos não-axiais (apenas
movimentos de deslizamento), movimentos uniaxiais côncava e convexa; isto é, sua forma é semelhante a uma sela. As
superfícies articulares encaixam-se mutuamente. Movimentos universais são permitidos (em todos os eixos e planos,
incluindo rotação). Ex: articulação carpometacarpal (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

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Nas articulações esferóideas (Imagem E), a cabeça esférica ou hemisférica de um osso articula-se com a
cavidade semelhante a uma taça do outro osso. Essas articulações são multiaxiais e representam as articulações
sinoviais com maior liberdade de movimento. Ex: articulação do quadril (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 4. Tipos de formas das articulações sinoviais


Imagem disponível em: https://pt.slideshare.net/Alcarintur/osteologia-e-sindesmologia

Principais articulações

A articulação do joelho é a maior e mais complexa articulação do corpo. Ela permite flexão, extensão e alguma
rotação. Apesar de sua cavidade articular única, o joelho consiste de três articulações acopladas: uma intermediária entre
a patela e a extremidade inferior do fêmur e as articulações lateral e medial entre os côndilos do fêmur e os meniscos em
forma de C, ou cartilagens semilunares, localizadas sobre os côndilos da tíbia (MARIEB; HOEHN, 2013).
A articulação do cotovelo proporciona uma dobradiça estável e que opera suavemente, permitindo apenas
flexão e extensão. Uma cápsula articular relativamente frouxa estende-se inferiormente do úmero à ulna e ao ligamento
ulnar que envolve e cabeça do rádio (MARIEB; HOEHN, 2013).
Na articulação do ombro, a estabilidade foi sacrificada para fornecer a maior amplitude de movimentos articular
do corpo. O ombro é uma articulação esferóidea. A grande cabeça do úmero hemisférica se encaixa na rasa cavidade
glenoidal da escápula (MARIEB; HOEHN, 2013).
A articulação do quadril, assim como o ombro, é uma articulação esferóidea. Ela apresenta variedade de
movimentos, mas sua amplitude não chega nem perto da amplitude de movimentos do ombro. Os movimentos ocorrem
em todos os planos possíveis, mas são limitados pela força dos ligamentos articulares e pela profundidade da cavidade
(MARIEB; HOEHN, 2013).
A articulação temporomandibular (ATM), ou articulação da mandíbula, situa-se imediatamente anterior à
orelha. Dentro da cápsula, um disco articular divide a cavidade sinovial em compartimentos superior e inferior. Na ATM
ocorrem dois tipos distintos de movimento (elevação e depressão e deslizamento) (MARIEB; HOEHN, 2013).

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: A articulação acromioclavicular, uma articulação plana, localiza-se na parte superior do ombro, na parte
mais lateral da clavícula. Ela é uma articulação importante pois a clavícula é a única conexão entre o ombro e o tronco.

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Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Essa articulação é sustentada por 2 grupos de ligamentos: entre a clavícula e o acrômio e entre a clavícula e uma
proeminência da escápula chamada coracóide. A luxação acromioclavicular ocorre por trauma direto na parte de trás do
ombro (escápula), comumente por queda de altura. Os ligamentos entre a clavícula e o acrômio são os mais superficiais
e são os primeiros a serem lesados. Dependendo da energia do trauma, os ligamentos entre a clavícula e o coracóide
podem ser lesados, dando origem às luxações mais graves. Dessa forma, das articulações abaixo, quais são tipos de
articulações sinoviais:
I. Sutura
II. Sindesmose
III. Selar
IV. Trocóidea
V. Gínglimo

É correto apenas o que se afirma em


a) I e III
b) II e IV
c) III, IV e V
d) I, II e III
e) I, III e IV

Questão 02: Neuza, 70 anos, com osteoporose e artrose em ambos os joelhos, após uma queda no quintal de sua casa,
fraturou o colo femoral da articulação do quadril e será submetida a uma cirurgia chamada artroplastia total de quadril.
Esta cirurgia substitui a cabeça do fêmur por uma prótese, a qual irá se articular com a região do acetábulo do quadril.
Por sua vez, esta articulação é classificada como uma articulação do tipo esferóide pelo encaixe entre a cabeça do fêmur
e a cavidade glenoidal do osso do quadril, um tipo de articulação sinovial. Assim, descreva como é a composição de uma
articulação sinovial:

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS

DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Aula de revisão: aula em laboratório.

B) METODOLOGIA DA AULA: Revisão prática com aula expositiva e utilizando as estruturas ósseas em modelo
3D.

D) OBJETIVOS: Revisar nos modelos anatômicos as estruturas abordadas em aulas anteriores.

E) CONHECIMENTO

8 Ossos do crânio (neurocrânio) 14 Ossos da face (viscerocrânio)


Frontal Occipital Zigomáticos Lacrimais
Parietais Etmóide Maxilares Palatinos
Temporais Esfenóide Nasais Vômer
Mandíbula Conchas Nasais inferiores
7 Ossos da órbita
Zigomático, Palatino, Frontal, Maxila, Etmóide, Esfenóide, Lacrimal
33 Ossos da coluna vertebral (vértebras) 27 Ossos do tórax
*Osso hióide Esterno (manúbrio, corpo do esterno e processo xifoide)
Cervicais (7) Costelas (12 pares)
Torácicas (12) - Verdadeiras (7 primeiros pares)
Lombares (5) - Falsas (3 pares seguintes 8a à 10a)
Sacrais (5) - Flutuantes (11a e 12a)
Coccígeas (4) *Cartilagens costais (12 pares)
*Costelas típicas (3a à 9a)
*Costelas atípicas (1a, 2a, 10a à 12a)

*Cíngulo do Membro Superior (clavícula e escápula) *Cíngulo do Membro Inferior (ossos do quadril e sacro)
Ossos do Membro Superior Ossos do Membro Inferior
Clavícula Ossos do quadril (pelve óssea)
Escápula - Ílio
Úmero - Ísquio
Rádio - Púbis
Ulna Fêmur
Ossos da mão Patela
- Falanges (proximal, média e distal) Tíbia
- Polegar (falange proximal e distal) Fíbula
- Ossos metacarpais (I, II, III, IV, V) Ossos do pé
- Trapézio - Falanges (proximal, média e distal)
- Trapezóide - Hálux (falange proximal e distal)
- Capitato - Ossos metatarsais (I, II, III, IV, V)
- Hamato - Cuneiforme medial
- Escafóide - Cuneiforme intermédio
- Semilunar - Cuneiforme lateral
- Piramidal - Cubóide
- Psiforme - Navicular
- Tálus
- Calcâneo

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Lista de transformações ósseas/acidentes ósseos

1. Crânio
Órbitas
Sutura coronal, sagital, lambdoide e escamosa 4. Costela
Bregma Cabeça
Ptério Corpo
Fossa anterior do crânio Local da articulação com a cartilagem costal
Fossa média do crânio Faces articulares (da cabeça)
Fossa posterior do crânio
Seios paranasais: 5. Vértebra
- Maxilares Corpo
- Esfenoidal Processo transverso
- Frontal Forame transversário
- Células etmoidais Processo espinhoso
Crista etmoidal ou do etmóide Forame vertebral
Lâmina cribiforme do etmoide Forame intervertebral
Sela turca ou fossa hipofisária
Arco zigomático 6. Sacro
Forames: Base do sacro
- Redondo Ápice do sacro
- Oval Promontório
- Espinhoso
- Lacerado 7. Clavícula
- Jugular Extremidade esternal
- Magno Extremidade acromial
- Palatino maior
- Estilo-mastóideo 8. Escápula
Canal: Espinha
- carótico Acrômio
- óptico Fossa infra-espinal
- incisivo Fossa supra-espinal
Cavidade glenoidal
2. Mandíbula Fossa subescapular
Forame mentual Ângulo superior
Ângulo inferior
3. Esterno Ângulo lateral
Manúbrio do esterno Margem lateral
Corpo do esterno Margem medial
Processo xifoide
Incisura jugular
Incisura clavicular
Incisuras costais

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Lista de transformações ósseas/acidentes ósseos

9. Úmero 13. Ilíaco


Cabeça Crista ilíaca
Colo anatômico Fossa ilíaca
Tubérculo maior Espinha ilíaca ântero-superior
Tubérculo menor Espinha ilíaca ântero-inferior
Sulco intertubercular Espinha ilíaca póstero-superior
Colo cirúrgico Espinha ilíaca póstero-inferior
Tuberosidade deltóidea Incisura isquiática maior
Capítulo Incisura isquiática menor
Tróclea Túber isquiático
Epicôndilo medial Acetábulo
Epicôndilo lateral Forame obturado
Fossa coronóidea
Fossa do olecrano 14. Fêmur
Fossa radial Cabeça
Fóvea da cabeça
10. Rádio Tuberosidade glútea
Cabeça Linha áspera
Fóvea articular Epicôndilo medial
Tuberosidade do rádio Epicôndilo lateral
Incisura ulnar Côndilo medial
Processo estiloide do rádio Côndilo lateral
Face patelar
11. Ulna Fossa intercondilar
Olécrano
Processo coronóide 15. Tíbia
Incisura troclear Côndilo medial
Incisura radial Côndilo lateral
Cabeça Face articular fibular
Processo estiloide da ulna Tuberosidade da tíbia
Face articular do maléolo medial
12. Mão Incisura fibular
Hámulo do Hamato
16. Fíbula
Cabeça
Colo
Maléolo lateral
Face articular do maléolo lateral

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Realização da parte prática da Prova Parcial 1

D) OBJETIVOS: Avaliar os conhecimentos práticos dos acadêmicos sobre o sistema esquelético em modelos
anatômicos 3D.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Questões para revisão/Prova

Questão nº 01: Mario apresentou forte dores no tórax e seu médico solicitou um raio-X de tórax no plano antero-
posterior para avaliar o pulmão. Muitos exames de imagem quando solicitados necessitam da descrição plano
anatômico para que o foco de avaliação seja alcançado. Sobre os planos anatômicos, defina quais são os planos
mediano, sagital, frontal e transverso.
A esse respeito, avalie as afirmações a seguir.
I - Plano mediano: divide o corpo em partes superior e inferior.
II. Plano sagital: atravessa o corpo paralelamente ao medial.
III. Plano frontal ou coronal: divide o corpo em parte anterior e posterior.
IV. Plano horizontal ou transverso: divide o corpo em partes direita e esquerda iguais.
V. Plano mediano: divide o corpo em partes direita e esquerda iguais.

É correto apenas o que se afirma em:


a) III e V
b) I, II e III
c) II e IV
d) II, III e V
e) II, III e IV

Questão nº 02: Durante as lutas de MMA, que estão em alta atualmente, uma lesão bastante comum é a fratura
de nariz. A fratura no nariz, também chamada de fratura nasal ou nariz quebrado, é uma quebra ou ruptura do
osso ou da cartilagem do nariz. Essas fraturas ocorrem mais frequentemente sobre a ponte do nariz ou no septo
(a área que divide as narinas). O osso nasal é considerado um dos ossos do viscerocrânio. Considerando esse
contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. Os ossos nasal, etmoide, esfenoide e frontal possuem espaços aéreos conhecidos como seios paranasais.
PORQUE
II. Os seios paranasais são espaços “ocos” que deixam o crânio mais leve, auxiliam na ressonância da fala e
ajudam a aquecer e umidificar o ar inspirado.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.


a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.

Questão nº 03: Angélica ficou impressionada após ver um espetáculo de circo onde se apresentou uma
contorcionista. No show a contorcionista se fechou dentro de uma caixa de 40x40 cm, também pôs os pés em
cima da cabeça entre outros movimentos. Essa condição é alcançada somente depois muito treino e uma maior
flexibilidade natural das articulações, o que permite movimento com maiores amplitudes que a maioria das
pessoas. As articulações estão espalhadas por todo o nosso corpo e servem como meio de união entre os ossos.
Com relação as articulações, cite o nome de 05 localizadas no corpo humano, descrevendo os ossos que a
formam e um movimento que a mesma realiza:

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Questão nº 04: Observe a figura abaixo e marque a alternativa que apresenta corretamente o nome do osso
indicado pelo número 1.

Observe os ossos que formam o membro superior


a) Úmero.
b) Escápula.
c) Ulna.
d) Rádio.
e) Clavícula.

Questão nº 05: A modelo sueca Pixee Fox, de 25 anos, tem o sonho de se parecer com famosas personagens de
desenhos animados, para isso ela fez várias cirurgias plásticas pelo corpo e retirou seis costelas mais inferiores,
com a finalidade de diminuir sua cintura. O objetivo dela é bater o recorde mundial de cintura mais fina, que
atualmente é de 38 cm. O que ela não leva em conta é que sem essas costelas, seus órgãos da região posterior
do abdome ficam muito vulneráveis a traumas. As costelas ajudam a formar a caixa torácica, sendo subdivididos
em subgrupos (verdadeiras, falsas e flutuantes). Das alternativas abaixo, qual representa os subgrupos das
costelas com a respectiva quantidade de pares:
a) Verdadeiras: 6 pares de costelas
b) Verdadeiras: 7 pares de costelas
c) Falsas: 2 pares de costelas
d) Flutuantes: 3 pares de costelas
e) Falsas: 3 pares de costelas

uestão nº 06: Maria realizou a inscrição de sua mãe de 64 anos em um estúdio de pilates com o objetivo de
corrigir a hipercifose torácica ou evitar sua progressão, pois essa condição estava começando a afetar sua postura
e dificultando a realização das atividades diárias. A hipercifose torácica é definida como um aumento da curvatura
no plano sagital da coluna torácica, podendo ser provocada por doenças como a osteoporose ou enfraquecimento
muscular. A coluna vertebral é formada pela união de diversas vertebras sendo as mesmas separadas por
regiões. Descreva como podem ser classificadas as vertebras e cite características únicas de cada região:

Questão nº 07: Segundo o tipo de tecido interposto entre ossos, as articulações do corpo humano podem ser
classificadas em sinoviais, fibrosas ou cartilagíneas. Sobre esses tipos de articulações, considere as afirmativas
abaixo.

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I. As suturas são articulações fibrosas presentes nos ossos do crânio.


II. As articulações sinoviais são as que permitem menor grau de movimento.
III. Discos e meniscos são dispositivos das articulações sinoviais.
IV. A maioria das articulações cartilagíneas situa-se no esqueleto apendicular.

Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.


a) Apenas I e IV.
b) Apenas II. E IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) I, II, III e IV.

Questão nº 08: O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes funcionais, o esqueleto axial e o
esqueleto apendicular. Assinale a alternativa que contém apenas ossos do esqueleto axial.
a) Úmero, tíbia, ísquio e púbis.
b) Mandíbula, fêmur, fíbula e calcâneo.
c) Esfenoide, hioide, costela e esterno.
d) Escápula, ulna, maxila e occipital.
e) Esterno, clavícula, úmero e fêmur.

Questão nº 09: A coluna vertebral apresenta flexibilidade, pois é composta por músculos, ligamentos, cápsulas,
tendões e discos, que proporcionam essa função. A partir disso, quais os nomes das vértebras C1 e C2 e por que
elas são consideradas diferentes das demais?

Questão nº 10: Na anatomia o termo membro superior refere-se às estruturas que fazem parte da cintura
escapular, ombro, braço, antebraço, punho e mão. A anatomia, complexa e perfeita, dessa área fornece grande
grau de mobilidade, permitindo diversas funções e movimentos como, por exemplo, o acadêmico manusear a
prova de anatomia humana, escrever, rabiscar e apagar. Dessa forma quais são os ossos do carpo (punho),
metacarpo (palma) e falanges (dedos)?

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Introdução ao sistema muscular e músculos da cabeça e pescoço.

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor, vídeos e quadro). Resolução de problemas. Aula prática
em laboratório utilizando modelos anatômicos 3D dos músculos da cabeça e pescoço- visualizar e identificar os
principais músculos da cabeça e pescoço, bem como a origem e inserção destes. Aplicação de teste em grupo
com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Milton é um médico traumato/ortopedista especialista em cirurgia de joelho,


principalmente, na área de prótese de joelho. Uma das indicações primárias no pós-operatório deste tipo de
reconstrução é a reabilitação com fisioterapia. Neste sentido, o fisioterapeuta atua com a realização composta por
exercícios passivos, num primeiro momento e posteriormente isotônicos. Esta terapêutica busca devolver ao
paciente o grau máximo de amplitude de movimento, importante para desenvolver uma marcha equilibrada. No
entanto, há outros tipos contração muscular que ativam grupamentos musculares diferentes, assim quais são os
tipos de contração muscular e de músculos, bem como sua classificação?

PROBLEMA/CASE 2: João é um acadêmico da área da saúde e têm grandes dificuldade em associar as


nomenclaturas ósseas do crânio. No entanto, sabe-se que para prosseguir no seu curso de graduação existe a
necessidade do mesmo compreender tais estruturas, uma vez que o sistema muscular têm total relação com as
regiões da cabeça, bem como com os ossos em que estão localizado. Dessa forma, quais são os músculos da
cabeça que são possíveis de associar com os nomes das regiões e ossos?

D) OBJETIVOS: Reconhecer o sistema muscular e como os músculos são classificados; reconhecer quais
músculos realizam a sustentação da cabeça e pescoço, bem como seus movimentos.

E) CONHECIMENTO

SISTEMA MUSCULAR

O sistema muscular é formado por todos os músculos do corpo humano, sendo os músculos esqueléticos
voluntários em maior percentual. Existem três tipos de tecido muscular, sendo eles (MOORE; DALLEY; AGUR,
2011):

 Músculo estriado esquelético: forma os músculos esqueléticos que compõem o sistema muscular,
movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas.
 Músculo estriado cardíaco: músculo visceral involuntário que forma a maior parte das paredes do
coração.
 Músculo liso: é um músculo não estriado, visceral e involuntário que forma parte das paredes dos vasos
sanguíneos e órgãos ocos (vísceras).

Classificação dos músculos


Em alguns músculos, todos os fascículos se inserem de um lado só do tendão, esse arranjo é chamado
unipenado. Os músculos bipenados têm seus fascículos inserindo-se obliquamente em ambos os lados dos
tendões. Os fascículos de alguns músculos têm um arranjo complexo que envolve a convergência de vários
tendões, são os músculos multipenados (SPENCE, 1991).

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Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários situados entre
eles. São digástricos os músculos que apresentam dois ventres (ex: digástrico) e poligástricos os que apresentam
número maior, como é o caso do músculo reto do abdome (DANGELO; FATTINI, 2011).
Dependendo da ação principal resultante da contração do músculo, o mesmo pode ser classificado como
flexor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal,
depressores ou abaixadores, levantadores ou elevadores, orbiculares, esfíncteres, dilatadores, tensores, retratores
ou protratores (DANGELO; FATTINI, 2011).

Nomenclatura dos músculos esqueléticos

Os músculos esqueléticos são denominados de acordo com vários critérios, e cada um dos quais
descreve o músculo de alguma maneira. Prestando atenção a essas dicas a tarefa de aprender os nomes dos
músculos e suas ações podem ficar mais simples (MARIEB; HOEHN, 2013).

• Localização do músculo: Alguns nomes de músculos indicam o osso ou a região do corpo com a qual o
músculo está associado. Por exemplo, o músculo temporal situa-se sobre o osso temporal, e os músculos
intercostais (costal = costela) localizam-se entre as costelas (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Forma do músculo: Alguns músculos são denominados de acordo com seu formato. Por exemplo, o
músculo deltóide é mais ou menos triangular, e os músculos trapézio da direita e da esquerda juntos formam
um trapezóide (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Tamanho relativo do músculo: Termos como máximo (maior), mínimo (menor), longo e curto são
frequentemente usados em nomes de músculos - como o glúteo máximo e o glúteo mínimo (o maior e o
menor músculos glúteos, respectivamente) (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Direção das fibras musculares: Os nomes de alguns músculos revelam a direção de suas fibras (e
fascículos) em referência a alguma linha imaginária, geralmente a linha média do corpo ou o eixo longitudinal
de um osso do membro. Em músculos com o termo reto em seus nomes, as fibras correm paralelas à linha
imaginária (eixo), enquanto os termos transverso e oblíquo indicam que as fibras musculares correm em
ângulos retos e obliquamente à linha, respectivamente. Exemplos específicos incluem o reto femoral
(músculo reto da coxa, ou do fêmur) e o transverso abdominal (músculo transverso do abdome) (MARIEB;
HOEHN, 2013).
• Número de origens: Quando bíceps, tríceps ou quadríceps formam parte do nome de um músculo, pode-se
assumir que o músculo tem duas, três ou quatro origens, respectivamente. Por exemplo, o bíceps braquial
tem duas origens, ou cabeças (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Localização de suas fixações: Alguns músculos são nomeados de acordo com seus pontos de origem e
inserção. A origem é sempre o primeiro nome. Por exemplo, o músculo esternocleidomastóideo do pescoço
tem duas origens, no esterno e na clavícula (cleido), e sua inserção é no processo mastóide do osso
temporal (MARIEB; HOEHN, 2013).
• Ação: Quando os músculos são denominados pelas suas ações, são usadas palavras como flexor, extensor
ou adutor no nome do músculo. Por exemplo, o músculo adutor longo, localizado na parte medial da coxa,
faz adução da coxa, e o supinador realiza supinação do antebraço (MARIEB; HOEHN, 2013).

Tipos de músculos
A maioria dos músculos é denominada de acordo com sua função ou com os ossos aos quais estão
fixados. Outros músculos são designados de acordo com sua posição (medial, lateral, anterior, posterior). Os
músculos podem ser descritos ou classificados de acordo com seu formato, que também pode dar nome aos
músculos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011):
• Os músculos planos têm fibras paralelas, frequentemente com uma aponeurose. Ex: oblíquo externo;
• Os músculos peniformes são semelhantes a penas na organização de seus fascículos, e podem ser
semipeniformes ou multipeniformes. Ex: deltoide;

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• Os músculos fusiformes têm formato de fuso com um ou mais ventres redondos e espessos, de
extremidades afiliadas. Ex: bíceps braquial;
• Os músculos triangulares (convergentes) originam-se me uma área larga e convergem para formar um
único tendão. Ex: peitoral maior;
• Os músculos quadrados têm quatro lados iguais. Ex: o reto do abdome entre suas interseções tendíneas;
Os músculos circulares ou esfincterianos circundam uma abertura ou orifício do corpo, fechando-os quando se
contraem. Ex: orbicular do olho.

MÚSCULOS DA CABEÇA

A espécie humana é a que apresenta maior desenvolvimento dos músculos faciais, com capacidade de
expressar estados emocionais por alteração da expressão facial. Embora em muitas expressões possam agir
poucos músculos, a maioria delas resulta de ações combinadas de vários músculos e, assim, um músculo pode
interferir na expressão de diversos estados emocionais (DANGELO, FATTINI; 2011).
O couro cabeludo (escalpo) é uma membrana constituída por pele, tecido conectivo denso e a
aponeurose epricrânica, separada do periósteo da calvária craniana por tecido conectivo frouxo, que permite
movimento. Esta estrutura faz com que o couro cabeludo seja uma estrutura de amortecimento e de desvio de boa
parte das forças aplicadas contra o crânio (DANGELO, FATTINI; 2011).
O couro cabeludo tem cinco camadas, sendo que as três primeiras estão intimamente unidas e se movem
como uma só. As cinco camadas são (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011):
➢ Pele, fina, exceto na região occiptal, contém muitas glândulas sudoríparas e sebáceas.
➢ Tecido conjuntivo, forma a tela subcutânea espessa, densa e ricamente vascularizada.
➢ Aponeurose, uma lâmina tendínea larga e forte que cobre a calvária e é o local de fixação dos ventres
musculares que convergem da fronte e do occipúcio e dos temporais de cada lado.
➢ Tecido conjuntivo frouxo, uma camada esponjosa contendo espaços virtuais que podem ser distendidos
por líquido em caso de lesão ou infecção.
➢ Pericrânio, uma camada densa de tecido conjuntivo que forma o periósteo externo do neurocrânio.
O ventre occipital do músculo occipitofrontal estende-se, posteriormente, até a sua origem óssea na linha
nucal suprema do occipital. O ventre frontal, por sua vez, insere na pele da fronte. Por essa razão o músculo
frontal, tem sido referido como o músculo da atenção. Fazendo parte dos músculos do couro cabeludo devem ser
mencionados os pequenos músculos auriculares (anterior, superior e posterior) relacionados com a orelha
(DANGELO, FATTINI; 2011).
Os lábios e o formato e grau de abertura da boca são importantes para a clareza da voz. Além disso, é
enfatizada pelas expressões faciais. Vários músculos alteram o formato da boca e dos lábios durante a fala e
também durante atividades como cantar, assobiar e fazer mímica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011). O formato da
boca e dos lábios é controlado por um grupo tridimensional complexo de alças musculares, que incluem:
✓ Elevadores, afastadores e eversores do lábio superior.
✓ Depressores, afastadores e eversores do lábio inferior.
✓ Músculo orbicular da boca, o esfíncter ao redor da boca.
✓ Músculo bucinador, na bochecha.

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Figura 1. Músculos da expressão facial


Imagem disponível em: https://ericasitta.wordpress.com/2014/01/26/anatomia-da-face-e-do-pescoco/

Músculos da mastigação

Os movimentos da ATM são produzidos principalmente pelos músculos da mastigação. Esses quatro
músculos (temporal, masseter, pterigoideos medial e lateral) desenvolvem-se a partir do mesoderma do primeiro
arco faríngeo embrionário; consequentemente são todos inervados pelo nervo daquele arco, o nervo mandibular.
Além dos movimentos relacionados, os estudos indicam que a cabeça superior do músculo pterigoideo lateral é
ativa durante o movimento de retração produzido pelas fibras posteriores do músculo temporal. É aplicada tração
ao disco articular, de forma que este não seja empurrado posteriormente à frente da mandíbula retraída (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2011).
Em geral a depressão da mandíbula é produzida pela gravidade. Os músculos supra-hióides e infra-
hióides são músculos semelhantes a tiras e cada lado do pescoço, usados basicamente para elevar e abaixar o
hióide e a laringe, respectivamente. Indiretamente, também podem ajudar a abaixar a mandíbula, em especial ao
abrir a boca subitamente, contra resistência ou quando invertidos (cabeça para baixo) (DANGELO, FATTINI;
2011).

Figura 2. Músculos da mastigação


Imagem disponível em: http://anatonutriuna.blogspot.com/2015/06/generalidades_25.html

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

MÚSCULOS DO PESCOÇO

O pescoço é dividido em dois triângulos (anterior e posterior) pelo músculo esternocleidomastoideo. Os


músculos do triângulo anterior são os músculos supra-hióideos e infra-hióideos (acima e abaixo do osso hioide,
respectivamente). A maioria desses músculos são profundos e estão envolvidos na deglutição (músculos da
garganta) (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 3. Músculo esternocleidomastóideo


Imagem disponível em: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-pescoco/

A deglutição começa quando os músculos da língua e o bucinador direcionam o alimento para trás, ao
longo do teto da boca em direção a faringe. Então, uma rápida série de movimentos musculares na parte posterior
da boca e na faringe completa o processo. Os eventos da deglutição incluem: 1) o alargamento da faringe para
receber o alimento e o fechamento da passagem respiratória (laringe) anteriormente para evitar a aspiração de
alimento são realizados pelos músculos supra-hióideos, que puxam o osso hioide para cima e para a frente em
direção a mandíbula. Como o osso hioide é fixado a laringe pela membrana tireo-hióidea, a laringe também é
puxada para cima e para a frente, uma manobra que amplia a faringe e fecha a abertura respiratória; 2) O
fechamento das passagens nasais para evitar a entrada de alimento na cavidade nasal superior é realizado pelos
pequenos músculos que elevam o palato mole; 3) O alimento é propelido inferiormente, através da faringe para o
esôfago, pelos músculos constritores da faringe; 4) O retorno do osso hioide e da laringe para sua posição mais
inferior após a deglutição é promovido pelos músculos infra-hióideos (MARIEB; HOEHN, 2013).

Figura 4. Músculos do pescoço


Imagem disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/40345816/musculos-do-pescoco

59
Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Lista de Músculos da Cabeça e Pescoço


Occipitofrontal (ventre frontal) Masseter
Temporal Pterigóideo Medial
Prócero Pterigóideo Lateral
Orbicular do olho Bucinador
Nasal Platisma
Zigomático maior e menor Esternocleidomastóideo
Orbicular da boca Digástrico (ventre anterior)
Levantador do lábio superior e da asa do nariz Milo-hióideo
Levantador do lábio superior Esterno-hióideo
Levantador do ângulo da boca Omo-hióideo
Abaixador do ângulo da boca Esternotireóideo
Abaixador do lábio inferior Tireo-hióideo

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Miastenia gravis é uma doença crônica auto-imune caracterizada por fraqueza muscular e fadiga. Há
uma quebra da junção neuromuscular, e, portanto, o cérebro perde o controle desses músculos e fibras
musculares. Os sintomas de miastenia grave incluem pálpebras caídas, dificuldade em engolir, fadiga muscular,
falta de ar, incapacidade de controlar as expressões faciais e outros. As fibras musculares e os músculos são
envolvidos e mantidos unidas por várias bainhas de tecido conjuntivo. Juntas, elas sustentam cada célula e
reforçam o músculo como um todo, impedindo que músculos potentes se rompam durante contrações fortes.
Como se chama a bainha que reveste cada fibra muscular:
a) Epimísio
b) Perimísio
c) Cardiomísio
d) Visceromísio
e) Endomísio.

Questão 02: A peristalse é o principal meio de propulsão do sistema digestório para “empurrar” o alimento ao
longo trato digestivo. Estas ondas peristálticas são tão poderosas que, uma vez deglutidos, os alimentos e os
líquidos chegarão ao estômago mesmo se estivermos de cabeça para baixo. Este processo envolve ondas
alternadas de contração e relaxamento dos músculos das paredes dos órgãos. Os músculos podem ser
encontrados em diversos regiões e órgãos de nosso corpo e podem ser classificados em três tipos diferentes de
tecido. Faça uma breve síntese sobre os diferentes tipos de tecido muscular, diferenciando suas características:

Questão 03: A mastigação é sem dúvida a função mais importante do sistema estomatognático, sendo a fase
inicial do processo digestivo, que se inicia na boca. Entende-se por mastigação o conjunto de fenômenos
estomatognáticos que visa a degradação mecânica dos alimentos, isto é, a trituração e moagem dos alimentos,
degradando-os em partículas pequenas que, logo após, ligam-se entre si pela ação misturadora da saliva, obtendo
o bolo alimentar, apto para ser deglutido. Sobre os músculos da mastigação, marque abaixo quais participam
desse processo:
a) Masseter, parietal, bucinador e pterigóideo medial.
b) Masseter, bucinador, pterigóideo lateral e pterigóideo medial.
c) Masseter, levantador do ângulo da boca, depressor do ângulo da boca.
d) Masseter, piterigóideo medial, pterigóideo lateral e esternocleidomastóide.
e) Masseter, temporal, pterígoideo medial e pterigóideo lateral.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

G) APLICAÇÃO ENADE
I) Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;

H) REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

61
Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Músculos dos membros superiores.

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor, vídeos e quadro). Resolução de problemas. Aula prática
em laboratório utilizando modelos anatômicos 3D dos músculos do membro superior- visualizar e identificar os
principais músculos do membro superior, bem como a origem e inserção destes. Aplicação de teste em grupo
com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Carlos, 22 anos, jogador de futebol vôlei, apresentou dor no ombro direito após um
saque durante uma partida. Após ir ao médico, a avaliação mostrou rompimento parcial do tendão do músculo
supra-espinhoso, um dos músculos que compõem o manguito rotador. O manguito rotador é o grupo de músculos
(subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor) que cobre a cabeça do úmero e tem grande
importância na estabilização, na força e na mobilidade do ombro, principalmente nos movimentos de rotação.
Quais são os músculos do membro superior?

D) OBJETIVOS: Identificar quais músculos são responsáveis pelos movimentos dos membros superiores.

E) CONHECIMENTOS

Cíngulo do membro superior

Quatro músculos toracoapendiculares anteriores movem o cíngulo do membro superior: peitoral maior,
peitoral menor, subclávio e serrátil anterior. O músculo peitoral maior possui uma parte clavicular e outra
esternocostal, realizando a adução e rotação medial do braço; o peitoral menor estabiliza a escápula, deslocando-
a inferior e anteriormente contra a parede torácica; o subclávio, fixa e deprime a clavícula; o serrátil anterior,
protrai a escápula e a mantém contra a parede torácica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos toracoapendiculares posteriores fixam o esqueleto apendicular superior ao esqueleto axial.
Os músculos posteriores do ombro são divididos em três grupos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011):
➢ Músculos toracoapendiculares posteriores superficiais (extrínsecos do ombro): trapézio e latíssimo do
dorso.
➢ Músculos toracoapendiculares posteriores profundos (extrínsecos do ombro): levantador da escápula e
romboide maior e romboide menor.
➢ Músculo escápuloumerais (intrínsecos do ombro) : deltoide (porção anterior, medial e posterior), redondo
maior, supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Figura 1. Músculos da região dorsal


Imagem disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAf_YYAI/cinesiologia-dos-musculos

Braço
O braço estende-se do ombro até o cotovelo. A articulação do cotovelo, entre o braço e o antebraço, faz
dois tipos de movimentos: flexão – extensão e pronação – supinação. Os músculos responsáveis por esses
movimentos são claramente divididos em grupos anterior e posterior, separados pelo úmero e septos
intermusculares medial e lateral. A principal ação dos dois grupos ocorre na articulação do cotovelo, mas alguns
músculos também atuam na articulação do ombro. A parte superior do úmero é o local de fixação dos tendões dos
músculos do ombro (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Dos quatro principais músculos do braço, três flexores (bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão
no compartimento anterior, supridos pelo nervo musculo cutâneo, e um extensor (tríceps braquial) está no
compartimento posterior, suprido pelo nervo radial. O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial
posicionado distalmente, também está no compartimento posterior. Os músculos flexores do compartimento
anterior são quase duas vezes mais fortes do que os extensores em todas as posições; consequentemente,
somos melhores nas tarefas de puxar no que na de empurrar. Deve-se notar, porém que, os extensores de
cotovelo são muito importantes para se levantar de uma cadeira e para manobrar uma cadeira de rodas. Portanto,
o condicionamento do músculo tríceps braquial é especialmente importante em pessoas idosas ou incapacitadas
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Figura 2. Músculos do ombro e braço


Imagem disponível em: http://anatomiaonline.com/musculos-do-membro-superior/
Antebraço

O antebraço é a unidade distal do suporte articulado do membro superior. Dezessete músculos cruzam a
articulação do cotovelo, e alguns deles atuam exclusivamente nessa articulação, enquanto outros atuam no punho
e nos dedos. Na parte proximal do antebraço, os músculos formam massas carnosas que seguem inferiormente a
partir dos epicôndilos medial e lateral do úmero. Os tendões desses músculos atravessam a parte distal do
antebraço e continuam até o punho, a mão e os dedos. Os músculos flexores do compartimento anterior têm
aproximadamente o dobro do volume e da força dos músculos extensores do compartimento posterior (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos flexores do antebraço (flexor-pronador) estão situados no compartimento anterior do
antebraço e são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e ulna e, nos dois terços distais do
antebraço, pela membrana interóssea que os une. Os tendões da maioria dos músculos flexores estão situados na
face anterior do punho e são mantidos no lugar pelo ligamento carpa palmar e pelo retináculo dos músculos
flexores, espessamento da fáscia do antebraço (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Figura 3. Músculos do antebraço


Imagem diponível em: http://anatomiaonline.com/musculos-do-membro-superior/

Os músculos flexores são organizados em três camadas ou grupos:


➢ Camada superficial de quatro músculos (pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor
ulnar do carpo). A fixação proximal de todos esses músculos é feito por um tendão comum dos flexores
no epicôndilo medial do úmero, a fixação comum dos flexores.
➢ Camada intermediária, formada pelo músculo flexor superficial dos dedos.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

➢ Camada profunda com três músculos, o flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e pronador
quadrado (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos extensores estão situados no compartimento posterior (extensor-supinador) do antebraço, e
todos são inervados por ramos do nervo radial. Esses músculos podem ser organizados fisiologicamente em três
grupos funcionais (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011):
➢ Músculos que estendem e abduzem ou aduzem a mão na articulação do punho (radiocarpal), músculo
extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo.
➢ Músculos que estendem os quatro dedos mediais, músculo extensor dos dedos, extensor do indicador e
extensor do dedo mínimo.
➢ Músculos que estendem ou abduzem o polegar, músculo abdutor longo do polegar, extensor curto do
polegar extensor longo do polegar.

Mão

A mão é a parte do membro superior distal ao antebraço. O punho situa-se na junção da mão com o
antebraço. Os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos. Músculos tênares
formam a eminência tenar na superfície lateral da palma e sua principal ação é a oposição do polegar. O
movimento normal do polegar é importante para as atividades precisas da mão. O alto grau de liberdade de
movimentos do polegar resulta na independência do 1º osso metacarpal, com articulações móveis nas duas
extremidades. Sendo assim, são necessários vários músculos para controlar sua liberdade de movimento
(extensão, flexão, abdução, adução e oposição). Os músculos tênares são o abdutor curto do polegar, flexor curto
do polegar e oponente do polegar (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Lista de Músculos do Membro Superior


Deltóide Extensor dos dedos
Bíceps Braquial Extensor ulnar do carpo
Coracobraquial Flexor ulnar do carpo
Braquial Flexor radial do carpo
Tríceps braquial Palmar longo
Redondo maior Flexor superficial dos dedos
Redondo menor Flexor profundo dos dedos
Subescapular Abdutor longo do polegar
Supra-espinal Extensor curto do polegar
Infra-espinal Extensor longo do polegar
Ancôneo Abdutor curto do polegar
Supinador Flexor curto do polegar
Pronador redondo Oponente do polegar
Pronador quadrado Abdutor do dedo mínimo
Braquiorradial Flexor curto do dedo mínimo
Extensor radial longo do carpo Oponente do dedo mínimo
Extensor curto do carpo Palmar curto

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: No movimento quando elevamos os dois braços e ficamos em forma de cruz, utilizamos um musculo
que pode ser dividido em 3 porções. A porção medial é utilizada, principalmente, para elevar o membro superior.
Os músculos podem ser divididos em grupos anterior e posterior, separados pelo úmero e septos intermusculares
medial e lateral. Assim, dentre os músculos abaixo, qual é o tratado no enunciado da questão.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

a) Peitoral menor
b) Bíceps braquial
c) Braquial
d) Deltóide
e) Subescapular

Questão 02: O membro superior é uma região essencial para as atividades do dia-a-dia, uma vez que nos permite
movimentos amplos, refinados e habilidosos. Tal caracterização deve-se, em parte, aos músculos que compõe
essa área.

Acerca desse tema, avalie as afirmações a seguir.


I. Os músculos tênares formam a eminência tenar na superfície medial da palma da mão.
II. Os músculos do braço (grupo anterior e posterior) apresentam ação na articulação do cotovelo, mas
alguns músculos também atuam na articulação do ombro.
III. Os músculos flexores do antebraço são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e
ulna e, nos dois terços distais do antebraço, pela membrana interóssea que os une.
IV. Os músculos extensores estão situados no compartimento posterior (extensor-pronador) do antebraço, e
todos são inervados por ramos do nervo radial.

É correto apenas o que se afirma em


a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

12

A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Músculos da região dorsal.

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor, vídeos e quadro). Resolução de problemas. Aula prática
em laboratório utilizando modelos anatômicos 3D dos músculos do dorso- visualizar e identificar os principais
músculos do dorso, bem como a origem e inserção destes. Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter
um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Julia, 16 anos, estudante e sedentária, apresentou nas costas, especialmente após
horas de estudo. Após consulta médica, a avaliação física e de imagem mostrou presença de escoliose em S com
convexidade à esquerda e hiperlordose. Sabe que a fisioterapia é uma das primeiras linhas de tratamento nas
alterações posturais. Diante disso, quais são os músculos da região dorsal?

D) OBJETIVOS: Identificar quais músculos são responsáveis pelos movimentos da região dorsal.

E) CONHECIMENTOS

Músculos do Dorso

O dorso compreende a face posterior do tronco, inferior ao pescoço e superior às nádegas. É a região na
qual estão fixados a cabeça, o pescoço e os membros. A maior parte do peso do corpo situa-se anteriormente à
coluna vertebral, sobretudo em pessoas obesas; consequentemente, os muitos músculos fortes fixados aos
processos espinhosos e transversos são necessários para sustentar e movimentar a coluna vertebral (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos extrínsecos superficiais do dorso (trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula,
rombóide maior e rombóide menor) são músculos toracoapendiculares, que unem o esqueleto axial (coluna
vertebral) ao esqueleto apendicular superior (cíngulo do membro superior e úmero) e produzem e controlam os
movimentos dos membros. Embora estejam localizados na região do dorso, a maioria destes músculos é inervada
pelos ramos anteriores dos nervos cervicais e atua no membro superior (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos extrínsecos intermediários do dorso (serrátil posterior) são músculos finos, comumentes
designados músculos respiratórios superficiais, porem são mais proprioceptivos do que motores. São descritos
com os músculos da parede torácica. O músculo serrátil superior situa-se profundamente aos romboides, e o
músculo serrátil posterior inferior situa-se profundamente ao latíssimo do dorso (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos intrínsecos do dorso (músculos próprios do dorso, músculos profundos do dorso) são
inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais; eles mantêm a postura e controlam os movimentos da
coluna vertebral. Esses músculos que se estendem da pelve até o crânio, são revestidos por fáscia muscular que
fixa medialmente ao ligamento nucal, às extremidades dos processos espinhosos das vértebras, ao ligamento
supraespinal e à crista mediana do sacro. Os músculos intrínsecos do dorso são classificados em camadas
superficial, intermédia e profunda (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos esplênio são espessos e situam-se nas faces lateral e posterior do pescoço, cobrindo os
músculos verticais como uma bandagem, o que explica eu nome. Os músculos esplênios originam-se na linha
mediana e estendem-se superolateralmente até as vértebras cervicais (esplênio do pescoço) e crânio (esplênio da
cabeça) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os fortes músculos eretores da espinha situam-se em um “sulco” de cada lado da coluna vertebral entre
os processos espinhosos centralmente e os ângulos das costelas lateralmente. O eretor da espinha é o principal
extensor da coluna vertebral e é dividido em três colunas: o iliocostal forma a coluna lateral, o longuíssimo forma a
coluna intermédia, e o espinal, a coluna medial (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

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Profundamente ao músculo eretor da espinha há um grupo obliquo de músculos muito mais curtos, o
grupo de músculos transversoespinais, que compreende os músculos semiespinais, multífidios e rotadores. Esses
músculos originam-se dos processos transversos das vértebras e seguem até os processos espinhosos de
vértebras superiores. Eles ocupam o “sulco” entre os processos transversos e espinhosos estão fixados a estes
processos, às lâminas entre eles e aos ligamentos que se unem (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 1. Músculos da região dorsal


Imagem disponível em: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-dorso/

Lista de Músculos do Dorso


Trapézio Serrátil posterior superior
Esplênio da cabeça Serrátil posterior inferior
Semiespinal da cabeça Latíssimo do dorso
Rombóide maior Espinal
Rombóide menor Longuíssimo
Levantador da escápula Iliocostal

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Os músculos profundos da região do tronco estão fundamentalmente relacionados com a coluna
vertebral e a cabeça, participando em dois tipos de função: Sustentação (Sustentação, ao garantirem a
estabilidade de toda a coluna, dando unidade ao seu conjunto de vértebras e mobilidade (Mobilidade, participando
em movimentos de extensão, flexão lateral e rotação da coluna vertebral). Assim, descreva em um breve texto os
músculos do dorso que realização os movimentos dos membros superiores e da coluna:

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS

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TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Músculos do tórax e abdômen.

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor, vídeos e quadro). Resolução de problemas. Aula prática
em laboratório utilizando modelos anatômicos 3D dos músculos do tórax e abdômen- visualizar e identificar os
principais músculos do tórax e abdômen, bem como a origem e inserção destes. Aplicação de teste em grupo
com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: A síndrome de Poland é uma deformidade rara que afeta a região torácica e é
caracterizada pelo subdesenvolvimento ou ausência do músculo peitoral maior de um lado do corpo, e em alguns
casos, provocando Sindactilia nas mãos. É detectada principalmente no lado direito do corpo e tem maior
incidência em pacientes do sexo masculino. No entanto, outros músculos além do peitoral maior fazem parte do
tórax, quais são eles?

D) OBJETIVOS: Estudar os músculos localizados na região torácica e abdominal, além de observar os principais
movimentos são desempenhados por estes.

E) CONHECIMENTOS

Músculos do Tórax

O tórax é a porção mais superior do tronco e abriga órgãos fundamentais para a respiração e circulação.
Sua parede têm o formato de um cone truncado. A caixa torácica, cujas barras horizontais são formadas pelas
costelas e cartilagens costais, também é sustentada pelo esterno, que é vertical, e pelas vértebras torácicas
(DANGELO, FATTINI; 2011).
Alguns músculos que revestem a caixa torácica ou que nela se inserem servem principalmente a outras
regiões. Diversos músculos (toracoapendiculares) estendem-se da caixa torácica (esqueleto axial) até os ossos do
membro superior (esqueleto apendicular). Do mesmo modo, alguns músculos da parede anterolateral do abdome,
dorso e pescoço inserem-se na caixa torácica. Os músculos toracoapendiculares atuam principalmente nos
membros superiores. Mas vários deles, inclusive o músculo peitoral maior e peitoral menor e a parte inferior do
serrátil anterior, também podem atuar como músculos acessórios da respiração, ajudando a elevar as costelas
para expandir a caixa torácica quando a inspiração é forçada. Os músculos escalenos do pescoço, que descem
das vertebras cervicais até a 1ª e 2ª costelas, atuam principalmente na coluna vertebral. No entanto, também
atuam como músculos respiratórios acessórios, fixando estas costelas e tornando os músculos que unem as
costelas abaixo mais eficazes na elevação das costelas inferiores durante a inspiração forçada (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2011).
Os verdadeiros músculos da parede torácica são serrátil posterior, levantadores das costelas, subcostais
e transverso do tórax. O músculo serrátil posterior era descrito tradicionalmente como músculo inspiratório, mas
atualmente sugere-se que a função principal desse músculo, que transpõe a abertura superior e inferior do tórax,
bem como as transições da coluna vertebral torácica, relativamente inflexível, para os segmentos cervical e lombar
muito mais flexíveis, pode não ser motora, mas sim proprioceptiva (DANGELO, FATTINI; 2011).
Os músculos levantadores das costelas são 12 músculos em forma de leque que elevam as costelas,
mas usa eventual função na inspiração normal é incerta. Os músculos intercostais ocupam espaços intercostais. A
camada superficial é formada pelos músculos intercostais externos e a camada interna, pelos intercostais internos
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos subcostais têm tamanho e formato variáveis, eles estendem-se da superfície interna do
ângulo de uma costela até a superfície internada da segunda ou terceira costela inferior a ela. Cruzando um ou

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dois espaços intercostais, os músculos subcostais seguem na mesma direção que os intercostais internos e se
unem a eles (DANGELO, FATTINI; 2011).
Os músculos transversos do tórax têm quatro ou cinco alças que se irradiam em sentido súperolateral a
partir da face posterior da parte inferior do esterno. Esses músculos parecem ter uma função expiratória fraca e
também fornecem informações proprioceptivas (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 1. Músculos do tórax e abdome


Imagem disponível em:
http://4.bp.blogspot.com/_Xo5o6KDV074/SZ7Y6YXC5yI/AAAAAAAAAQ0/UkecWXiyLjw/s320/torax.JPG

Músculos do Abdome

O abdome faz parte do tronco, situando-se entre o tórax, e a pelve, inferiormente. Porém nem externa,
nem internamente estas divisões são nitidamente marcadas. A cavidade abdominal está separada da torácica pelo
musculo diafragma, mas, inferiormente, ela tem continuidade com a cavidade pélvica (DANGELO, FATTINI; 2011).
A única parte óssea no abdome está representada pela coluna lombar. Deste modo, a proteção para os
órgãos situados na cavidade abdominal depende da musculatura da parede abdominal que, além desta função,
colabora com os músculos do dorso nos movimentos do tronco e na manutenção da posição ereta e ainda
estabiliza a pelve quando, em decúbito ventral ou dorsal, se movem os membros inferiores. Para cumprir esta
função, a parede abdominal construiu-se de modo a oferecer resistência com um mínimo de espessura, isto é, à
maneira da madeira compensada, na qual lâminas muito finas são comprimidas umas contra as outras com as
fibras de cada lâmina orientadas diferentemente. Assim, três músculos laminares, o obliquo externo, o obliquo
interno e o transverso do abdome superpõem-se na parede ântero-lateral do abdome, com as fibras orientadas em
sentido oposto ou pelo menos diferente (DANGELO, FATTINI; 2011).
O 2º grupo de músculos da parede do abdome situa-se no plano mediano e está constituído pelo músculo
reto do abdome e pelo músculo piramidal. A aponeurose toracolombar, que serve de origem aos músculos obliquo
interno e transverso, é uma membrana aponeurótica, resistente e ampla, que se fixa à coluna lombar,
principalmente, e à margem posterior do osso ilíaco (DANGELO, FATTINI; 2011).

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

Figura 2. Músculos abdominais


Imagem disponível em: http://fitseven.com.br/musculacao/ganho-de-massa/musculos-internos-do-abdomen

Lista dos Músculos do Tórax e Abdome


Peitoral maior Transverso do abdome
Peitoral menor Reto do abdome
Serrátil anterior Quadrado do lombo
Intercostal interno Psoas menor
Intercostal externo Psoas maior
Oblíquio externo Ilíaco
Oblíquo interno

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Durante uma cirurgia cardíaca o osso do esterno é serrado e com isso alguns músculos são
atingidos, um dos principais músculos é o peitoral maior, o qual também tem um papel importante na respiração.
Além do peitoral maior, veja abaixo quais músculos também fazem parte do tórax.
I. Músculo peitoral menor
II. Músculo reto abdominal
III. Músculo intercostal interno
IV. Músculo latíssimo
É correto apenas o que se afirmar em:
a) I e III
b) II e IV
c) III e V
d) I, III e IV
e) I, II, III e IV

Questão 02: Os músculos do abdômen (músculos abdominais) revestem as paredes laterais, anterior e posterior
do abdome, funcionando como uma espécie de cinta que contém as vísceras. Por esse motivo, quanto mais fortes
e desenvolvidos são os músculos anteriores e laterais do abdome, menor é a tendência de projeção do abdômen
para diante. Sobre os músculos que compõem a região abdominal, descreva quais são eles citando qual sua
camada e origem e inserção:

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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Disciplina: Anatomia Humana I
Semestre: 1º
Professora: Polliana Radtke dos Santos

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Músculos da pelve e membros inferiores.

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor, vídeos e quadro). Resolução de problemas. Aula prática em
laboratório utilizando modelos anatômicos 3D dos músculos da pelve e membros inferiores- visualizar e identificar os
principais músculos da pelve e membros inferiores, bem como a origem e inserção destes. Aplicação de teste em grupo
com a finalidade de obter um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: Os distúrbios do assoalho pélvico ocorrem somente em mulheres e tornam-se mais comuns à
medida que elas envelhecem. Aproximadamente uma entre 11 mulheres precisa de cirurgia para um distúrbio do
assoalho pélvico durante a sua vida. O assoalho pélvico é uma rede de músculos, ligamentos e tecidos que funcionam
como uma rede de sustentação para os órgãos da pelve: o útero, a vagina, a bexiga, a uretra e o reto. Se os mús culos
enfraquecerem ou os ligamentos ou tecidos forem esticados ou danificados, os órgãos pélvicos ou o intestino delgado
podem cair e ficar salientes dentro da vagina. Assim, quais são os músculos que compõem o assoalho pélvico?

D) OBJETIVOS: Reconhecer os músculos inseridos na região pélvica e membros inferiores, assim como suas funções.

E) CONHECIMENTOS

Músculos da Pelve

Dois músculos pareados, o levantador do ânus e o coccígeo, formam o assoalho pélvico (com formato de funil)
ou diafragma da pelve. Esses músculos (1) fecham a abertura inferior da pelve, (2) sustentam o assoalho pélvico e o
elevam para a evacuação de fezes e (3) resistem a pressão infra-abdominal aumentada (para a liberação dos conteúdos
da bexiga, do reto e do útero). O diafragma da pelve é perfurado pelo reto e pela uretra (canal urinário), e nas mulheres
pela vagina. A região inferior ao diafragma da pelve e o períneo. As relações do períneo são importantes e são descritas
a seguir (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Inferior aos músculos do assoalho pélvico, e ao longo dos dois lados do arco púbico na metade anterior do
períneo, encontra-se a membrana do períneo (diafragma urogenital). Essa fina mina muscular triangular contém o
esfíncter externo da uretra, um músculo esfincteriano que circunda a uretra e permite o controle voluntário da micção.
Superficial a membrana do períneo, e coberto pela pele do períneo, situa-se o espaço superficial, que contem músculos
(isquiocavernoso e bulbo-esponjoso) que ajudam a manter a ereção do pênis e do clitóris. Na metade posterior do
períneo, ao redor do ânus está o esfíncter externo do ânus, que permite o controle voluntario da defecação.
Imediatamente anterior a esse esfíncter encontra-se o centro tendíneo do períneo, um forte tendão no qual muitos
músculos do períneo se inserem (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 1. Músculos da pelve camada profunda


Imagem disponível em: https://blogpilates.com.br/disfuncoes-do-assoalho-pelvico/
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Músculos da região anterior e medial da coxa

O grande compartimento anterior da coxa contém os músculos anteriores da coxa, os flexores de quadril. Os
músculos anteriores da coxa incluem o pectíneo, o iliopsoas, o sartório e o quadríceps femoral. Os principais músculos do
compartimento anterior tendem a sofrer atrofia (diminuir) rapidamente com a doença e, muitas vezes, há necessidade de
fisioterapia para restabelecer a força, o tônus e a simetria com o membro oposto após a imobilização da coxa ou perna
(DANGELO; FATTINI, 2011).
O quadríceps femoral (músculo femoral de quatro cabeças) representa o principal volume dos músculos
anteriores da coxa, no todo, é o maior e um dos mais fortes músculos do corpo. Ele é dividido em quatro partes: reto
femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos do compartimento medial da coxa formam o grupo adutor, que inclui o adutor longo, o adutor curto,
o adutor magno, o grácil e o obturador externo. Em geral, há fixação proximal na face anteroinferior externa da pelve
óssea e na membrana obturadora adjacente, e distal à linha áspera do fêmur. Todos os músculos adutores, exceto a
“parte da jarrete” do adutor magno e a parte do pectíneo, são supridos pelo nervo obturatório. A parte da jarrete do adutor
magno é suprida pela parte tibial do nervo isquiático (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 2. Músculos da Coxa


Disponível em: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-inferior/musculos-da-coxa/

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Músculos da região glútea e posterior da coxa

Embora a demarcação entre o tronco e o membro inferior seja abrupta anteriormente no ligamento inguinal,
posteriormente a região glútea é uma grande zona de transição entre o tronco e o membro. A região glútea, que
fisicamente é parte do tronco, do ponto de vista funcional é definitivamente parte do membro inferior. Algumas definições
incluem as nádegas e o quadril como parte da região glútea, mas as duas partes costumam ser distinguidas. A fenda
interglútea é o sulco que separa as nádegas. O sulco infraglúteo demarca o limite inferior da nádega e o limite superior da
coxa (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos da região glútea localizam-se em um mesmo compartimento, mas são organizados em duas
camadas, a superficial e profunda (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011; DANGELO; FATTINI, 2011):
➢ A camada superficial consiste nos três grandes glúteos (máximo, médio e mínimo) superpostos e no tensor da
fáscia lata. O local de fixação proximal de todos esses músculos é a superfície posterolateral (externa) e as
margens das asas do ílio e são principalmente extensores, abdutores e rotadores mediais da coxa;
➢ A camada profunda consiste em músculos menores (piriforme, obturador interno, gêmeos superior e inferior e
quadrado femoral) cobertos pela metade inferior do glúteo máximo. O local de fixação distal de todos eles, é a
crista intertrocantérica do fêmur ou regiões adjacentes a ela. Esses músculos são rotadores laterais da coxa,
mas também estabilizam a articulação do quadril, atuando com os fortes ligamentos da articulação do quadril
para estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo.

Figura 3. Músculos da região glútea e posterior da coxa


Imagem disponível em: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-inferior/musculos-
da-coxa/

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Músculos da região posterior

A região posterior da coxa possui quatro músculos: semitendíneo, semimembranáceo, bíceps femoral cabeça
longa e bíceps femoral cabeça curta. Três dos quatros músculos na face posterior da coxa são os músculos do jarrete.
Os músculos da jarrete são: semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral (cabeça longa). Os músculos da jarrete
têm características em comum (DANGELO, FATTINI; 2011):
➢ Fixação proximal no tuber isquiático profundamente ao músculo glúteo máximo; Fixação distal nos ossos da
perna;

➢ Assim, eles transpõem e atuam em duas articulações, produzindo extensão na articulação do quadril e flexão na
articulação do joelho;
➢ Inervação pela divisão tibial do nervo isquiático.

Músculos da região poplítea e perna

A fossa poplítea é um espaço de forma losangular, situado posteriormente ao joelho. As principais estruturas
contidas na fossa poplítea estão incluídas em tecido adiposo e compreendem a artéria e veias poplíteas, os ramos
terminais no nervo isquiático, os nervos fibular comum e tibial, a veia safena parva e os linfonodos poplíteos (DANGELO,
FATTINI; 2011).
O compartimento anterior da perna está localizado anteriormente à membrana interóssea, entre a face lateral do
corpo da tíbia e a face medial do corpo da fíbula, e anteriormente ao septo intermuscular que as une. Os quatro músculos
do compartimento anterior da perna são o tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular
terceiro. Eles são dorsiflexores da articulação talocrural, elevando a parte anterior do pé e abaixando o calcanhar
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Figura 4. Músculos da região anterior da perna


Imagem disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgEsQAG/anatomia-apostila-completa?part=4

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O compartimento lateral da perna contém os músculos fibulares longo e curto. Ambos são eversores do pé,
elevando a margem lateral do pé calcanhar. É limitado pela face lateral da fíbula, os septos intermusculares anterior e
posterior, e a fáscia muscular da perna (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
O compartimento posterior da perna é o maior compartimento da perna, eles produzem flexão plantar no
tornozelo, inversão nas articulações talocalcânea e transversa do tarso, além de flexão dos dedos, e é dividido em grupos
musculares superficiais e profundos (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
O grupo superficial de músculos da panturrilha inclui o gastrocnêmio, sóleo e plantar. Os músculos gastrocnêmio
e sóleo têm um tendão em comum, o tendão calcâneo, que se fixa ao calcâneo. Juntos, esses dois músculos formam o
tríceps sural, que têm três cabeças. O grande tamanho dos músculos gastrocnêmios e sóleo é uma característica
humana diretamente relacionada à postura vertical. Esses músculos são fortes e pesados porque levantam, impulsionam
e aceleram o peso do corpo durante a marcha, corrida, salto ou posição de pé na ponta dos pés (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2011).

Figura 5. Músculos da região posterior da perna (panturrilha)


Imagem disponível em: http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-
inferior/musculos-da-perna/

Quatro músculos formam o grupo profundo no compartimento posterior da perna: poplíteo, flexor longo dos
dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior. O músculo poplíteo atua sobre a articulação do joelho, enquanto os outros
músculos fazem a flexão plantar do tornozelo, sendo que dois deles continuam e fletem os dedos (MOORE; DALLEY;
AGUR, 2011).

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Disciplina: Anatomia Humana I
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Professora: Polliana Radtke dos Santos

Dos 20 músculos individuais do pé, 14 estão localizados na face plantar, 2 estão na face dorsal e 4 são
intermediários. Partindo da face plantar, os músculos da planta estão localizados em quatro camadas dentro de quatro
compartimentos. Apesar de sua organização em compartimentos e em camadas, os músculos plantares atuam
basicamente como um grupo durante a fase de suporte do apoio, mantendo os arcos do pé. Basicamente, eles resistem
às forças que tendem a reduzir o arco longitudinal quando o peso é recebido pelo calcanhar e transferido para a bola do
pé e para o hálux (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Os músculos tornam-se mais ativos na última parte do movimento para estabilizar o pé para propulsão. Também
são capazes de refinar ainda mais os esforções dos músculos longos, produzindo supinação e pronação para permitir
que a plataforma do pé se ajuste ao solo irregular. Os músculos do pé são pouco importantes individualmente porque o
controle fino dos dedos individuais não é importante para a maioria das pessoas. Em vez de produzirem movimento real,
são mais ativos na fixação do pé ou no aumento da pressão aplicada contra o solo por várias áreas da planta ou dos
dedos para manter equilíbrio (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

Lista de Músculos da Região Glútea

Glúteo máximo Obturador interno


Glúteo médio Gêmeo inferior
Glúteo mínimo Obturador externo
Piriforme Quadrado femoral
Gêmeo superior

Lista de Músculos do Membro Inferior

Tensor da fáscia lata Fibular curto


Trato iliotibial Fibular terceiro
Iliopsoas Gastrocnêmio (medial e lateral)
Sartório Tendão do gastrocnêmio
Reto da coxa Sóleo
Vasto lateral Tendão do calcâneo
Vasto medial Plantar
Vasto intermédio Poplíteo
Grácil Tibial posterior
Adutor longo Flexor longo dos dedos
Adutor curto Flexor longo do hálux
Adutor magno Extensor curto do hálux
Semimembranáceo Extensor curto dos dedos
Semitendíneo Flexor curto dos dedos
Bíceps femoral Extensor longo dos dedos
Tibial anterior Pectíneo

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F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: O assoalho pélvico, como o próprio nome sugere, corresponde ao conjunto de músculos e ligamentos,
localizados entre o osso púbis e cóccix, responsáveis por “fechar” e sustentar a parte inferior da pelve, conhecida
popularmente pelo nome de bacia. O períneo, como também é chamado por especialistas, possui a importante função de
suportar os órgãos internos do corpo feminino que estão na região da bacia, como o útero, a bexiga e o ânus, além de
envolver os orifícios da uretra, vagina e ânus e permitir a passagem controlada da urina e fezes. Além de favorecer a
saída do bebê do corpo da mãe no momento em que dará à luz. Sobre os músculos que compõem o assoalho pélvico,
faça um pequeno texto descrevendo estes músculos e sua função:

Questão 02: Muitos jogadores de futebol sofrem com lesão na região posterior da coxa, onde há músculos que realizam
tanto a flexão do joelho como a extensão do quadril. Este fator é um dos motivos pelos quais estes músculos são mais
acometidos nas lesões desses esportistas. Dentre os músculos anteriores da coxa, que incluem o pectíneo, o iliopsoas, o
sartório e o quadríceps femoral, quais músculos formam o quadríceps femoral?

I. Vasto superior
II. Vasto medial
III. Vasto intermédio
IV. Reto femoral
V. Vasto lateral

É correto apenas o que se afirmar em:


a) I, II e III
b) II, III, IV e V
c) III, IV e V
d) I, II, III e V
e) I, II, IV e V

G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.
SPENCE, A. Anatomia humana básica. São Paulo: Manole, 1991.
STAUBESAND, J. Sobotta: atlas de anatomia humana. 22. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Sistema nervoso e sua divisão e sistema nervoso central

B) METODOLOGIA DA AULA: Aula expositiva (projetor, vídeos e quadro). Resolução de problemas. Aula prática em
laboratório utilizando modelos anatômicos 3D do sistema nervoso e sistema nervoso central- visualizar e identificar as
principais estruturas sistema nervoso e sistema nervoso central. Aplicação de teste em grupo com a finalidade de obter
um feedback do aprendizado da aula explanada.

C) PROBLEMA/CASE 1: O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais mata no Brasil e a que mais causa
incapacidade no mundo: cerca de 70% das pessoas que sofrem um derrame não retorna ao trabalho depois do acidente
vascular cerebral e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia. Apesar desses números preocupantes,
muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o assunto e desconhece as principais causas, sintomas e maneiras de prevenir
essa enfermidade. O AVC acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é interrompido ou
drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de nutrientes. Ou, então, quando um vaso sanguíneo se
rompe, causando uma hemorragia cerebral. Assim, nota-se a extrema sensibilidade do sistema nervoso, o qual necessita
de células que irão dar suporte para seu funcionamento. Dessa forma, iremos conhecer a divisão do sistema nervoso:

D) OBJETIVOS: Conhecer as estruturas que compõe o sistema nervoso e como este é dividido e estudar o sistema
nervoso central e suas funções.

E) CONHECIMENTOS

Sistema Nervoso

O sistema nervoso é o sistema maestro de controle e de comunicação do organismo. Todo pensamento, ação e
emoção refletem a sua atividade. Suas células se comunicam par sinais elétricos e químicos, os quais são rápidos e
específicos, em geral provocando respostas quase que imediatas. O sistema nervoso possui três funções que se
sobrepõem: (1) utiliza seus milhões de receptores sensoriais para monitorar as mudanças que ocorrem dentro e fora do
corpo. A informação coletada é denominada entrada sensorial. (2) processa e interpreta as entradas sensoriais e decide o
que deve ser feito naquele momento, um processo chamado integração. (3) promove uma resposta chamada saída
motora pela ativação de órgãos efetores. Por exemplo, quando você está dirigindo e vê uma luz vermelha a sua frente
(entrada sensorial), seu sistema nervoso Integra esta informação (luz vermelha significa "parar") e seus pés vão para o
freio (saída motora). Dessa forma, assim como o sistema muscular existem funções voluntárias e involuntárias (MARIEB
et al, 2013; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
Esse sistema é constituído por um tecido que contém dois tipos de células: neurônios (elementos ativos da
condução) e neuróglia (elementos de suporte, nutrição e defesa do tecido nervoso). Dessa forma, o sistema nervoso tem
como elemento básico o neurônio (célula que têm como função conduzir um impulso elétrica de uma área do corpo para
outra) (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

 Corpo celular: é o centro da célula; contém o núcleo celular e a maior parte das organelas do neurônio.
 Axônio: prolongamento único; transmite informações do neurônio para outra célula (condução do impulso
nervoso).
 Dendritos: prolongamentos numerosos; recebem informações/estímulos, levando o impulso em direção ao corpo
celular.

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Figura 1. Estrutura do neurônio


Imagem disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/neuronios.htm

Divisão do sistema nervoso

O sistema nervoso é altamente integrado, e segundo Moore, Dalley e Agur (2011) divide-se em:
➢ Estrutural: sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP);
➢ Funcional: divisão somática do sistema nervoso (SNS) e divisão autônoma do sistema nervoso (SNA).

O sistema nervoso central (SNC) consiste no encéfalo e na medula espinal, que ocupam a cavidade dorsal do
corpo. Ele é o centro de integração e comando do sistema nervoso. O SNC interpreta as entradas sensoriais e ordena as
respostas motoras, baseado em experiências passadas, nos reflexos e nas condições do momento (MARIEB et al, 2013;
MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
O sistema nervoso periférico (SNP) parte do sistema nervoso fora do SNC e é formado principalmente por
nervos (feixes de axônios) que emergem do encéfalo e da medula espinal. Nervos espinais transportam impulsos para a
medula espinal e desta para a periferia; nervos cranianos carregam impulsos para o encéfalo e deste para a periferia.
Esses nervos atuam como linhas de comunicação que unem todas as partes do corpo ao SNC (MARIEB et al, 2013;
MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
O SNP possui duas subdivisões funcionais. A divisão sensorial ou aferente ("conduzindo em direção a") é
constituída de fibras nervosas que conduzem impulsos para o sistema nervoso central a partir de receptores sensoriais
localizados por todo corpo. Fibras sensoriais transportando impulsos provenientes da pele, músculos esqueléticos e
articulações recebem o nome de fibras aferentes somáticas (soma = corpo); já aquelas que conduzem impulsos dos
órgãos viscerais (órgãos localizados dentro da cavidade ventral do corpo) são denominadas fibras aferentes viscerais. A
divisão sensorial mantém o SNC constantemente informado dos eventos que ocorrem tanto dentro como fora do corpo
(MARIEB et al, 2013; MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).
A divisão eferente ou motora ("conduzindo para longe de") do SNP transmite impulsos do SNC para os órgãos
efetores: os músculos e as glândulas. Esses impulsos resultam na contração muscular e na secreção glandular, ou seja,
eles promovem uma resposta motora.
A divisão motora também apresenta duas partes funcionais (MARIEB et al, 2013; MOORE; DALLEY; AGUR,
2011):
1. O sistema nervoso somático (SNS) é composto por fibras (axônios) motoras somáticas que conduzem impulsos do
SNC para os músculos esqueléticos. Geralmente, é referido como sistema nervoso voluntário, pois nos permite,
conscientemente, controlar nossos músculos esqueléticos.
2. O sistema nervoso autônomo (SNA) compõe-se de fibras nervosas motoras viscerais que regulam a atividade de
músculos lisos, cardíaco e glândulas. Autônomo significa "ter sua própria lei" e, como em geral não podemos controlar
nossas atividades, como, os batimentos de nosso coração ou os movimentos da comida ao longo do nosso trato
digestório, o SNA é também denominado sistema nervoso involuntário. O SNA possui duas subdivisões funcionais, o
simpático e o parassimpático, que têm como característica um atuar em oposição ao outro – quando uma divisão
estimula, a outra inibe.
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Disciplina: Anatomia Humana I
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➢ SISTEMA NERVOSO CENTRAL

ENCÉFALO

O encéfalo localiza-se no crânio e é constituído pelo cérebro, tronco encefálico e cerebelo. O encéfalo é
revestido por meninges crianianas (dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter), as quais protegem o encefálo. Após a
remoção da calvária e da dura-máter, se observa através da aracnoide-pia os giros (pregas), sulcos e fissuras (fendas) do
córtex cerebral (MOORE; DALLEY; AGUR, 2011).

- Meninges

As meninges são três membranas de tecido conjuntivo que estão localizadas externamente às estruturas do
SNC. Elas (1) envolvem e protegem o SNC, (2) protegem vasos sanguíneos e circundam os seios venosos, (3) contêm o
líquido cerebrospinal e (4) formam repartições no crânio. De fora para dentro, as meninges são a dura-máter, a
aracnóíde-máter e a pia-máter (MARIEB, HOEHN, 2009).

Dura-máter
A dura-máter se parece com um couro, sendo a mais resistente das meninges. Circundando o encéfalo, possui
uma bicamada de tecido conjuntivo em que o folheto mais superficial, a lâmina periosteal, está associado à superfície
interna do crânio (o periósteo) (Não há lâmina periosteal circundando a medula espinal.) O folheto mais interno, a lâmina
meníngea, forma o verdadeiro envoltório externo do encéfalo, que continua caudalmente no canal vertebral como a
lâmina dural da medula espinal. Estas duas lâminas estão fusionadas, exceto em certos pontos, onde se separam para
formar os seios durais, que coletam sangue venoso do encéfalo e o direcionam para a veia jugular interna do pescoço
(MARIEB, HOEHN, 2009).
Em muitos locais, a dura-máter aprofunda para formar pregas, que dividem a cavidade craniana. Essas pregas
durais, que limitam o movimento excessivo do encéfalo dentro do crânio, são as seguintes:
• Foice do cérebro. Uma grande prega que penetra fundo a fissura longitudinal entre os dois hemisférios cerebrais.
Anteriormente, ela se liga a crista galli do osso etmóide.
• Foice do cerebelo. Continuando inferiormente a partir da porção posterior da foice do cérebro, esta divisão mediana
corre ao longo do verme do cerebelo.
• Tentório do cerebelo. Lembrando uma tenda acima do cerebelo, esta prega dural mais ou menos horizontal se
aprofunda na fissura transversa entre o cerebelo e os hemisférios cerebrais (que ela ajuda a sustentar) (MARIEB,
HOEHN, 2009).

Aracnóide-máter
A meninge média, a aracnóide-máter, ou simplesmente aracnóide, forma um envoltório cerebral frouxo, não penetrando
os sulcos da superfície cerebral. Ela está separada da duramáter por uma estreita cavidade serosa, o espaço subdural,
que contém uma película de líquido. Abaixo da membrana aracnóide está o amplo espaço subaracnóideo. Extensões que
lembram uma rede se estendem por este espaço e separam a aracnóide-máter da pia-máter subjacente. (Arachnida
significa "aranha"; esta membrana recebeu este nome por suas extensões que lembram uma teia de aranha.) O espaço
subaracnóideo está preenchido pelo líquido cerebrospinal e contém os vasos sanguíneos calibrosos que irrigam o
encéfalo. Como a aracnóide é fina e elástica, estes vasos sanguíneos estão pouco protegidos (MARIEB, HOEHN, 2009).
Projeções dilatadas da aracnóide-máter, denominadas vilosidades ou granulações aracnóideas, se estendem
superiormente pela dura-máter, para dentro do seio sagital superior. O líquido cerebrospinal é absorvido para o sangue
venoso do seio por essas granulações similares a válvulas (MARIEB, HOEHN, 2009).

Pia-máter
A pia-máter é composta por delicado tecido conjuntivo, sendo ricamente vascularizada com finos vasos
sanguíneos. Ela é a única meninge que está intimamente em contato com o encéfalo, acompanhando todas suas
circunvoluções. Pequenas artérias que penetram o parênquima encefálico levam junto a pia-máter, mas por curtas
distâncias (MARIEB, HOEHN, 2009).

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Figura 2. Meninges e medula espinal


Imagem disponível em: https://www.coladaweb.com/biologia/corpo-humano/medula-espinhal

Figura 3. Meninges Cranianas


Imagem disponível em: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/meninges-ventriculos-e-suprimento-sanguineo-do-cerebro

- Tronco encefálico

Da porção superior para a inferior, as regiões do tronco encefálico são mesencéfalo, ponte e bulbo. Cada uma
possui em torno de 2,5 cm de comprimento, totalizando juntas apenas, 2,5% da massa encefálica total. Centros do tronco
encefálico produzem os comportamentos automáticos, rigidamente programados, necessários para a sobrevivência.
Posicionado entre o cérebro e a medula espinal, o tronco encefálico também constitui uma via para a passagem de tratos
entre os centros neurais superiores e inferiores. Além disso, núcleos do tronco encefálico estão associados aos 10 dos 12
pares de nervos cranianos, estando, por isso, fortemente envolvidos com a inervação da cabeça (MARIEB, HOEHN,
2009).

Mesencéfalo

O mesencéfalo está localizado entre o diencéfalo e a ponte. Em sua porção ventral, duas saliências, os
pedúnculos cerebrais, formam os pilares verticais que parecem segurar o cérebro, daí o seu nome, que significa "pés
pequenos do cérebro". Por esses pedúnculos passam os grandes tratos motores piramidais (corticospinais)
descendentes que vão para a medula espinal. Os pedúnculos cerebelares superiores também são tratos de fibras que
conectam dorsalmente o mesencéfalo com o cerebelo (MARIEB, HOEHN, 2009).
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Semestre: 1º
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Percorrendo todo o mesencéfalo está a cavidade denominada aqueduto do mesencéfalo, que conecta o terceiro
ventrículo com o quarto e separa os pedúnculos cerebrais ventrais do teto mesencefálico. Envolvendo o aqueduto está a
substância cinzenta periaquedutal, envolvida em analgesia e constituindo-se no elo entre os sistemas da amígdala para a
sensação de medo e do SNA, controlando, consequentemente, a resposta de "luta-ou-fuga". A substância cinzenta
periaquedutal ainda inclui núcleos que controlam dois nervos cranianos, o oculomotor e o troclear (MARIEB, HOEHN,
2009).

Ponte
Aponte é a região saliente do tronco encefálico, localizada entre o mesencéfalo e o bulbo. Dorsalmente, ela
forma parte da parede anterior do quarto ventrículo (MARIEB, HOEHN, 2009).
Como seu nome sugere, ela é composta principalmente por tratos de condução que cursam em duas direções.
As fibras de projeção mais internas correm longitudinalmente e constituem vias entre centros encefálicos mais superiores
e a medula espinal. Fibras ventrais mais superficiais emanam de numerosos núcleos pontinos, que atuam como
retransmissores para "conversas" entre o córtex motor e o cerebelo. Essas fibras estão orientadas transversal e
dorsalmente, formando os pedúnculos cerebelares médios, que conectam bilateralmente a ponte com os dois lados do
cerebelo (MARIEB, HOEHN, 2009).
Muitos pares de nervos cranianos saem de núcleos da ponte, como os nervos trigêmeo, abducente e facial.
Outros importantes núcleos pontinos são parte da formação reticular e alguns auxiliam bulbo a manter o ritmo normal da
respiração (MARIEB, HOEHN, 2009).

Bulbo
O bulbo, de formato cônica, e a parte mais inferior do tronco encefálico. A fronteira entre sua borda inferior e a
medula espinal, na altura do forame magno do crânio, e quase imperceptível. O canal central da medula espinal continua
no bulbo, onde se torna mais largo, formando a cavidade do quarto ventrículo. Desta forma, o bulbo e a ponte formam a
parede ventral do quarto ventrículo. (A parede ventricular dorsal é formada por uma fina membrana rica em capilares
chamada de plexo corióideo, fazendo limite com o cerebelo) (MARIEB, HOEHN, 2009).
Lateralmente, a linha média do bulbo ventral estão duas pontes longitudinais denominadas pirâmides, formadas
pelos grandes tratos descendentes piramidedais (corticospinais) que saem do córtex motor. Acima da junção entre o
bulbo e a medula espinal, estas fibras cruzam para o lado oposto antes de continuar na medula espinal. Este ponto de
cruzamento recebe o nome de decussação das pirâmides ("cruzamento"). Como já mencionado, é este cruzamento que
faz com que cada hemisfério cerebral controle principalmente os movimentos voluntários de músculos localizados no lado
contralateral do corpo (MARIEB, HOEHN, 2009).
Ainda no bulbo estão vários núcleos que recebem sinapses de tratos sensoriais ascendentes. Os mais
proeminentes, os núcleos grácil e cuneiforme, localizam-se dorsalmente e contêm as sinapses com o trato leminisco
medial. Na realidade, são núcleos retransmissores de uma das vias que carregam informação sensorial somática
ascendentes da medula espinal para o córtex somatossensorial (MARIEB, HOEHN, 2009).
O pequeno tamanho do bulbo não faz jus ao seu papel crucial combo um centro de reflexos autonômicos
envolvidos na manutenção da homeostasia corporal. Importantes núcleos motores viscerais presentes no bulbo incluem
os seguintes (MARIEB, HOEHN, 2009):

1. Centro cardiovascular. Inclui o centro cardíaco, que ajusta a fora e a frequência das contrações cardíacas de acordo
com as necessidades corporais, e o centro vasomotor, que regula o diâmetro dos vasos sanguíneos a fim de controlar a
pressão sanguínea.
2. Centros respiratórios. Controlam a frequência e a profundidade da respiração e junto com centros pontinos, mantem
o ritmo respiratório.
3. Vários outros centros. Outros centros regulam atividades como regurgitação, soluço, deglutição, tosse e espirro.

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Figura 4. Encéfalo
Imagem disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/3194726/

- Cerebelo

O cerebelo ("pequeno cérebro"), semelhante a uma couve-flor, excedido em tamanho apenas pelo cérebro,
totaliza aproximadamente 11% da massa encefálica total. O cerebelo está localizado dorsalmente à ponte e ao bulbo. Ele
sobressai sob os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais, separado pela fissura transversa do cérebro. O cerebelo é
bilateralmente simétrico; seus dois hemisférios cerebelares, com tamanho de uma maçã, são conectados medialmente
pelo verme do cerebelo, estrutura que lembra um verme (MARIEB, HOEHN, 2009).
Por processar entradas recebidas do córtex motor cerebral, de vários núcleos do tronco encefálico e de
receptores sensoriais, o cerebelo fornece o refinamento preciso e os padrões apropriados de contração de músculos
esqueléticos para movimentos suaves e coordenados, e a agilidade necessária para nossa vida diária - dirigir, digitar e,
para alguns, tocar piano. A atividade cerebelar ocorre subconscientemente, ou seja, não temos consciência de seu
funcionamento (MARIEB, HOEHN, 2009).

Figura 5. Estrutura encefálica

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Imagem disponível em: https://docplayer.com.br/docs-images/40/21674176/images/40-0.jpg
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MEDULA ESPINAL
A medula espinal, dentro da coluna vertebral, se estende do forame magno do crânio até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Com 42 cm de comprimento e 1,8 cm de espessura em geral, a medula espinal de coloração
esbranquiçada é uma via de condução bidirecional, tanto levando informações como recebendo mensagens do encéfalo.
Ela é um centro integrativo de reflexos: os reflexos espinais são iniciados e finalizados no nível da medula espinal
(MARIEB, HOEHN, 2009).
Similar ao encéfalo, a medula espinal está protegida por ossos, meninges e líquido cerebrospinal (LCS). A dura-
máter, com uma única membrana, não está ligada à parede óssea da coluna vertebral. Entre a vértebra e a camada dural
está o espaço epidural, preenchido com um coxim de gordura e uma rede de veias. O LCS está presente no espaço
subaracnóideo entre as meninges aracnóide-máter e pia-máter. Inferiormente, as membranas dura-máter e aracnóide-
máter se estendem até o nível de S2, muito além do término da medula espinal. De um modo geral, a medula espinal
finaliza entre L1 e L2. Assim, o espaço subaracnóideo neste saco inferior constitui um local ideal para a coleta de LCS
para a realização de testes, um procedimento denominado punção lombar. Praticamente não há perigo de danificar o
tecido nervoso com a inserção de uma agulha abaixo de L3. Nesse nível não há medula espinal e as delicadas raízes
nervosas se afastam da agulha por flutuarem no LCS (MARIEB, HOEHN, 2009).
Caudalmente, a medula espinal termina em uma estrutura com formato de cone que recebe o nome de cone
medular. O filamento terminal, uma extensão fibrosa do cone coberta pela pia-máter, se estende do cone medular até a
superfície posterior do cóccix, fixando a medula espinal, de modo que não se desloque em função dos movimentos
corporais. Em humanos, os 31 pares de nervos espinais se ligam à medula por raízes em pares, uma de cada lado da
medula (MARIEB, HOEHN, 2009).
Como a medula não chega até o final da coluna vertebral, as raízes nervosas lombares e sacrais se curvam em
direção caudal e trafegam por alguma distância dentro do canal vertebral até alcançarem seus forames intervertebrais. O
conjunto destas raízes nervosas na porção inferior final do canal vertebral recebe o nome de cauda equina por lembrar a
cauda de um cavalo. Este estranho arranjo decorre do fato de que, durante o desenvolvimento, a coluna vertebral cresce
mais rápido do que a medula espinal, forçando as raízes nervosas mais inferiores a "procurar" seus locais de saída em
regiões mais inferiores do canal vertebral (MARIEB, HOEHN, 2009).

Anatomia de uma secção transversal

A medula espinal é ligeiramente achatada em sua dimensão ântero-posterior e dois sulcos marcam sua
superfície: a fissura mediana anterior e o sulco mediano posterior, mais raso. Estes sulcos correm por todo o
comprimento da medula e a dividem parcialmente em metade direita e esquerda. A substância cinzenta da medula
espinal está localizada em seu centro, cercada pela substância branca (MARIEB, HOEHN, 2009).

Figura 6. Anatomia da medula espinal


Imagem disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-
nervos/doen%C3%A7as-da-medula-espinhal/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-doen%C3%A7as-da-medula-espinhal

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Lista Prática do Sistema Nervoso Central


1. Telencéfalo 10. Corpo Caloso
2. Diencéfalo 11. Cauda Equina
3. Mesencéfalo 12. Meninges
4. Ponte 1a Dura-máter
5. Bulbo 2a Araquinóide
6. Cerebelo 3a Pia-máter
7. Quarto Ventrículo 13. Foice da Dura-máter
8. Aqueduto cerebral 14. Tentório do Cerebelo
9. Terceiro Ventrículo

F) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

Questão 01: Sabemos que o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
A respeito do sistema nervoso central, avalie as afirmações abaixo:
I. O sistema nervoso central é composto por medula espinhal e encéfalo.
II. O encéfalo, parte integrante do sistema nervoso central, é responsável por controlar diversas funções vitais do nosso
organismo.
III. Fazem parte do sistema nervoso central diversos nervos e gânglios nervosos.
IV. A medula espinhal fica alojada no interior do canal formado pelas perfurações das vértebras.
V. O sistema nervoso central processa informações vindas de outras partes do corpo.

É correto apenas o que se afirma em:


a) II, III e IV
b) II e IV
c) I, III e IV
d) I, II, IV e V
e) I, II, III, IV e V

Questão 02: O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou
seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco
encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as
provenientes dele. Sobre o tronco encefálico, como ele se divide?
a) Ponte e Mesencéfalo
b) Bulbo, Ponte, Mesencéfalo e Cerebelo
c) Ponte, Bulbo e Mesencéfalo
d) Ponte, Mesencéfalo e Cerebelo
e) Medula Oblonga, Ponte e Cerebelo
G) APLICAÇÃO ENADE
I. Anatomia, fisiologia e patologia de órgãos e sistemas;
I. Células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano.

H) REFERÊNCIAS
MARIEB, E. N; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOORE, K. L.; DALLEY II, A. F.; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica, 6. ed. 2011.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Aula de revisão: aula em laboratório.

B) METODOLOGIA DA AULA: Revisão prática com aula expositiva e utilizando as estruturas ósseas em modelo 3D.

D) OBJETIVOS: Revisar nos modelos anatômicos as estruturas abordadas em aulas anteriores.

E) CONHECIMENTO

Estruturas anatômicas do sistema muscular e sistema nervoso central.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Exercícios para revisão.

Questão 01: O papel dos músculos do membro inferior é a manutenção do equilíbrio durante a locomoção, e seu papel
raramente é enfatizado o suficiente na postura. Muitos dos músculos agem frequentemente, ou predominantemente, a
partir de suas inserções distais. Durante a manutenção da postura e a locomoção, a inserção distal geralmente encontra-
se fixa e a inserção proximal encontra-se móvel; por exemplo, a ação predominante do músculo glúteo médio é estabilizar
a pelve, em vez de abduzir o quadril. Em contraste, no membro superior, as inserções musculares proximais geralmente
estão fixas e as inserções distais estão móveis, um arranjo que é compatível com a função de preensão da mão. O
membro inferior contém muitos músculos que agem em mais de uma articulação e é pouco usual a ação isolada de uma
articulação do membro inferior. Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos do quadril, músculos
da região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé. Em relação às imagens abaixo, avalie os
músculos apontados:

Avalie as afirmações abaixo com base na imagem acima:


I. O número 1 indica o músculo reto femoral.
II. Os músculos indicados nos números 1, 2 e 3 formam os ísquios-tibiais.
III. O músculo vasto lateral está indicado no número 3.
IV. O quadríceps femoral é formado pelos músculos 1, 2, 3 e 4.
V. O músculo semimembranáceo está indicado no número 5.
VI. O número 6 e 7 indicam os músculos bíceps femoral e semitendíneo, respectivamente.
VII. O músculo bíceps femoral está indicado no número 7.
VIII. Os ísquios-tibiais são formados pelos músculos indicados nos números 5, 6 e 7.

Assinale abaixo a opção que contém as afirmativas corretas:


a) II e III.
b) I, II, III e IV.
c) II, III, VII e VIII.

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d) I, IV, V, VII e VIII.


e) I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII.

Questão 02: A lesão do manguito rotador pode ser uma lesão aguda ou crônica do esporte, mas normalmente ocorre por
razões não relacionadas a atividades esportivas e em pessoas sem histórico de uso excessivo. Um estiramento do
manguito rotador é uma lesão traumática, aguda e única aos músculos. Tendinite normalmente resulta de impressão
crônica do tendão supraespinal entre cabeça umeral e arco coracoacromial (acrômio, articulação acromioclavicular,
processo coracoide e ligamento caracoacromial). Atividades que requerem que o braço seja movido acima da cabeça
repetidamente, como arremesso no beisebol, levantar pesos acima do ombro, dar o saque nos esportes com raquete e
nadar estilo livre, borboleta ou de costas, aumentam o risco. Sobre os músculos que compõe o manguito rotador, defina
quais são eles com base na imagem abaixo:

Questão 03: De acordo com a classificação dos músculos, e, ao analisarmos as suas funções, podemos afirmar que:
a) músculos estriados esqueléticos – são responsáveis pelo movimento involuntário nas várias partes do corpo, exemplo:
bíceps braquial
b) músculo estriado cardíaco – é um músculo especializado na contração do coração, exemplo: endocárdio, miocárdio e
epicárdio
c) músculo liso vascular – é o principal responsável pela regulação da PA sangüínea, involuntariamente.
d) músculo liso visceral – formam a bainha que envolve os músculos estriados esqueléticos, possibilitando uma contração
ótima num determinado sentido.
e) Nenhuma das alternativas está correta.

Questão 04: Os principais músculos envolvidos com o processo de mastigação são:


a) Masseter, parietal, bucinador e pterigóideo medial.
b) Masseter, bucinador, pterigóideo lateral e pterigóideo medial.
c) Masseter, levantador do ângulo da boca, depressor do ângulo da boca.
d) Masseter, piterigóideo medial, pterigóideo lateral e esternocleidomastóide.
e) Masseter, temporal, pterígoideo medial e pterigóideo lateral.

Questão 05: Os triângulos do pescoço são muito importantes para a compreensão da anatomia do pescoço. Os triângulos
na verdade são espaços limitados pelos músculos do pescoço. Existem dois triângulos principais: os triângulos anterior e
posterior do pescoço, assim descreva como é realizada esta divisão em dois triângulos e quais músculos participam de cada
um deles:

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Questão 06: Podemos organizar o sistema nervoso humano dividindo-o em duas partes: o sistema nervoso central
(SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). Com base no seu conhecimento sobre o tema, marque a alternativa que
indica corretamente as partes do SNC.
a) nervos e encéfalo.
b) encéfalo e gânglios.
c) gânglios e nervos.
d) medula espinhal e nervos.
e) medula espinhal e encéfalo.

Questão 07: A divisão eferente ou motora do sistema nervoso periférico transmite impulsos do sistema nervoso central
para os órgãos efetores: os músculos e as glândulas. Esses impulsos resultam na contração muscular e na secreção
glandular, ou seja, eles promovem uma resposta motora. Sendo assim, descreva as duas partes da divisão motora
sistema nervoso:

Questão 08: _________________________ são constituídos por diferentes porções de matéria cinzenta, localizados
no telencéfalo mais concretamente nas regiões inferiores do cérebro, junto ao tálamo. Ocupam uma posição lateral em
ambos os hemisférios cerebrais. Em termos anatómicos, podem ser divididos em quatro estruturas, sendo elas:
__________________________, ___________________, ________________________ e
_________________________. Utilize a imagem abaixo como auxílio e indique onde cada estrutura está localizada e sua
respectiva função:

Questão 09: O cerebelo é, há muito, chamado área silenciosa do cérebro, principalmente porque a excitação elétrica do
cerebelo não causa nenhuma sensação consciente e, raramente, causa qualquer movimento motor. Mas, como é que o
cerebelo pode ser tão importante, quando não tem capacidade direta de causar contração muscular? Descreva as
funções do cerebelo?

Questão 10: As meninges são o sistema das membranas que revestem e protegem o Sistema Nervoso Central, medula
espinhal, tronco encefálico e o encéfalo. A função primária das meninges e do Líquido cefalorraquidiano é proteger o
Sistema nervoso central. Baseado na divisão das meninges, descreva como ela ocorre e qual a função de cada camada
desta divisão:

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Realização da parte prática da Prova Parcial 2

D) OBJETIVOS: Avaliar os conhecimentos práticos dos acadêmicos sobre o sistema muscular e nervoso em modelos
anatômicos 3D.

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A) CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: Realização da Exame Final.

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