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BELO HORIZONTE
2012
Meiriane Saldanha Ferreira Alves
Belo Horizonte
2012
Meiriane Saldanha Ferreira Alves
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Dr. Wellington Teodoro da Silva(Orientador) – PUC Minas
____________________________________________
Dr. Adalberto Antonio Batista Arcelo
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Dr. Francis Albert Cotta
Esta dissertação tem como objetivo investigar o tônus do conceito da conquista dos
direitos da cidadania pela população ou sua outorga pelo Estado no período da
República Velha Brasileira. Para isso, realizou-se um estudo nas obras do
historiador José Murilo de Carvalho sobre a cidadania no período da República
Velha, com apoio em outros autores para corroborar sua opinião e conhecer outros
pontos de vista sobre o assunto. Foi realizado um estudo bibliográfico das condições
econômicas, sociais, culturais e políticas da população em geral e dos diversos
setores da sociedade, que exerceram influencia ideológica no período estudado,
qual seja, de 1889 a 1930. A pesquisa investigou a participação desses grupos e da
população nos atos políticos e as reivindicações que apresentaram para descobrir
se houve ou não luta pela ampliação dos direitos da cidadania na República Velha.
Considerou-se os índices de participação política, e as premissas da ocorrência de
uma acentuada alienação política e apatia pela cidadania ativa em contraposição a
uma intensa identificação dentro da cultura popular, da religião, e da tradição
imperial. Considerou-se também o processo de construção histórica do imaginário
republicano em um percurso de criações simbólicas. O resultado obtido é que não
houve luta pela ampliação dos direitos da cidadania (políticos, civis e sociais). Cada
setor da população exigia um ou outro direito, não a cidadania plena como
conhecemos hoje. A cidadania não era um valor político em disputa na República
Velha Brasileira.
ABSTRACT
This dissertation aims to investigate the tone of the concept of the conquest of
citizenship rights by the population or its granting by the State during the period of
the Old Republic Brazilian. For this, we carried out a study in the works of the
historian José Murilo de Carvalho on citizenship in the period of the Old Republic,
supported by other authors to corroborate your opinion and know other views on the
subject. We conducted a bibliographic study of economic conditions, social, and
cultural policies of the general population and the various sectors of society, that
ideological influences exerted during the study period, from 1889 to 1930. The
research investigated the involvement of these groups in the population and political
acts and claims that had to discover whether there was struggle for expansion of
citizenship rights in the Old Republic. It was considered the indices of political
participation, and the assumptions of the occurrence of a sharp political alienation
and apathy for active citizenship as opposed to an intense identification within
popular culture, religion, tradition and imperial. It was also the construction process of
the historical imaginary Republican in a route of symbolic creations. The result is that
no struggle for expansion of citizenship rights (political, civil and social). Each sector
of the population demanded either right, not full citizenship as we know it today.
Citizenship was not a political value in dispute in the Brazilian Old Republic.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................10
2 A REPÚBLICA VELHA.................................................................................13
2.1 A formação do ideário republicano........................................................14
2.1.1 O Heroi Tiradentes................................................................................16
2.1.2 A figura feminina...................................................................................17
2.1.3 Bandeira e Hino: Tradições culturais..................................................18
2.2 O Coronelismo..........................................................................................20
2.3 A distribuição populacional na República Velha...................................26
2.4 Os anos finais da República Velha (1920 a 1930)..................................30
3 OS GRUPOS POLÍTICOS............................................................................33
3.1 Os positivistas..........................................................................................33
3.2 Os liberais................................................................................................35
3.3 Anarquistas, Socialistas e Sindicalistas Revolucionários..................37
3.4 Os militares...............................................................................................41
3.5 Os operários.............................................................................................44
3.6 Os Messiânicos........................................................................................46
3.7 As mulheres..............................................................................................47
4 CIDADANIA..................................................................................................50
4.1 Conceitos e Origens................................................................................50
4.2 Os movimentos pela ampliação de direitos..........................................52
4.4 O vazio da Cidadania na República Velha.............................................55
5 CONCLUSÃO...............................................................................................60
REFERÊNCIAS........................................................................................................62
10
1 INTRODUÇÃO
2 A REPÚBLICA VELHA
1
Declaração publicada pelos membros dissidentes do Partido Liberal liderados por Quintino
Bocaiúva e Joaquim Saldanha Marinho
2
Jurista, político, jornalista republicano e abolicionista.
14
.
Assim, devido a ausência de participação popular na formação da República,
o caminho para legitimação desta só poderia se dar pelo convencimento do povo.
Para tanto, os propagandistas da República uniram a doutrina de Auguste Comte 3
com a visão dos positivistas ortodoxos e construíram símbolos nacionais de imagens
e ritos além da palavra escrita e falada.
Carvalho destaca que os positivistas lutavam pelo coração e pela cabeça dos
cidadãos por meio da batalha dos símbolos (monumentos, mito de Tiradentes,
bandeira republicana e figura feminina). (CARVALHO, 2005a, p.140)
É importante destacar que os grupos políticos republicanos preocupavam-se
com o Estado, e em determinadas situações com um ou outro dos três direitos
contemplados pelo conceito da cidadania. Dentre a simbologia utilizada por eles
para promover a legitimação da república também não se encontra nenhum
elemento que expresse a busca pela cidadania plena. O que será demonstrado a
seguir.
3
Filósofo e sociólogo francês fundador do positivismo
17
Um dos fatores que podem ter levado à vitória de Tiradentes, é sem dúvida
o geográfico. Tiradentes era o herói de uma área que, a partir da metade do
século XIX já podia ser considerada o centro político do País _ Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, as três capitanias que ele buscou , num
primeiro momento tornar independentes. Aí também foi mais forte o
republicanismo. (Carvalho, 2005a, p.67)
4
Os caricaturistas citados por José Murilo Carvalho são: Vasco Lima (1913), K. Lixto (1913), J. Carlos
(1909), Raul (1903), C. do Amaral (1902), A. A (1895).
19
2.2 O Coronelismo
Por ser a sociedade rural a base estrutural do Brasil no recorte temporal que
aqui se pretende estudar, vale destacar como ela se compunha, esmiuçando as
21
financiamento até a coerção dos eleitores para que votassem no candidato indicado
pelo coronel.
Com relação às despesas eleitorais, pode-se dizer que eram altas, devido
principalmente às grandes distancias a serem enfrentadas. São os fazendeiros e
chefes locais que financiam o alistamento eleitoral e as eleições propriamente ditas.
Neste sentido, encontramos em Leal:
A herança colonial pesou mais na área dos direitos civis. O novo país
herdou a escravidão, que negava a condição humana do escravo, herdou a
grande propriedade rural, fechada à ação da lei, e herdou um Estado
comprometido com o poder privado. Esses três empecilhos ao exercício da
cidadania civil revelaram-se persistentes. (CARVALHO, 2002, p. 45)
7
Mandonismo é a perseguição dos adversários políticos. (LEAL, 1997, p.61)
25
Carvalho considera ainda que: “Não havia justiça, [...] não havia poder, não
havia cidadãos civis”. (CARVALHO, 2002, p.57.) Essa configuração da sociedade
apesar de permitir o voto não garantia o exercício independente desse direito .
Em apoio a tal afirmação Neves cita em seu texto trabalhos sobre o tema e
testemunhos escritos de pessoas presentes na época e no fato.
José Murilo de Carvalho por sua vez, afirma ainda que na Proclamação da
República não houve movimentação popular a favor da República nem em defesa
da Monarquia. “[...] Era como se o povo visse os acontecimentos como algo alheio a
seus interesses”. (CARVALHO, 2002, p.81).
Entretanto o povo brasileiro não pode ser ingenuamente adjetivado de
“bestializado”. Carvalho (2005b) afirma que a maioria da população manteve-se fora
29
A política oficial por sua vez, era apenas um mal necessário, algo com o qual
não deveriam se preocupar, pois não os representava, não pertencia ao povo, não
os interessava em primeiro plano. Sendo assim: a noção de Estado estava
consolidada como algo exterior ao povo, o povo precisava ser “bilontra” (o mesmo
de espertalhão e gozador) para espiar as ações do governo sem se envolver com
elas, apenas atento para desmascarar a farsa do regime Republicano e mostrar que
poderiam usar a força contra ele quando fosse preciso. Neste sentido Carvalho
afirma:
[...] a República não era para valer. Nessa perspectiva, o bestializado era
quem levasse a política a sério, era o que se prestasse à manipulação. Num
sentido talvez ainda mais profundo que o dos anarquistas, a política era
tribofe. Quem apenas assistia como fazia o povo do Rio por ocasião das
grandes transformações realizadas a sua revelia, estava longe de ser
bestializado. Era bilontra. (CARVALHO, 2005b, p. 160)
Nos primeiros anos da República, a escolha do federalismo era algo que unia
os grupos dominantes, ainda assim, a forma a ser dada ao regime republicano
provocou divergências entre esses grupos, como se analisou neste trabalho em “2.1
A formação do ideário Republicano” (p.14-20).
31
8
advogado e político brasileiro, presidente do estado de São Paulo, de 1896 a 1897 e presidente da
República, entre 1898 e 1902.
32
3 OS GRUPOS POLÍTICOS
3.1 Os Positivistas
3.2 Os Liberais
Alberto Sales e Sílvio Romero elaboraram uma posição que era a de quase
todos os pensadores representantes do liberalismo burguês no país, de
Teófilo Ottoni a Tavares Bastos, Mauá, André Rebouças, Joaquim Murtinho.
Todos reclamavam da falta entre nós do espírito de iniciativa, do espírito de
associação, do espírito empresarial burguês, enfim, para usar a terminologia
atual. Conversamente criticavam a excessiva dependência em relação ao
Estado como regulador da atividade social e a obsessiva busca do emprego
público. Sílvio Romero usava a expressão capitalismo quebrado para o
caso brasileiro, revelando ter percebido as amplas vinculações da
problemática. (CARVALHO, 2005b, p. 150)
9
O conceito de “mão invisível” foi baseado em uma expressão francesa, “laissez faire”, que significa
que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos.
37
Essa colônia frustrou-se em quatro anos por diversos motivos. É importante, diga-se,
fundamental, a participação dos imigrantes no anarquismo brasileiro, principalmente
italianos e portugueses que difundiram os ideais libertários, denunciando as
condições de exploração no campo e na cidade.
Os imigrantes vieram ao Brasil para servirem de mão-de-obra no campo,
entretanto espalharam–se pelas cidades trabalhando principalmente em fábricas e
dedicando-se a outros trabalhos urbanos. De sua terra natal trouxeram as ideias
libertárias do anarquismo e aqui, propagavam-nas escrevendo artigos, fundando
jornais, palestrando e até fundando uma escola.
José Murilo de Carvalho em “Os Bestializados: Rio de Janeiro e República
que não foi”(2005b) acha importante destacar a ideia de pátria e cidadania para os
anarquistas. Eles negavam totalmente a ideia de pátria, acreditavam que a pátria
dos operários é o mundo, todos os operários do mundo formam uma pátria e
estrangeiros são os capitalistas, isso foi evidenciado em suas campanhas contra a
guerra e o serviço militar obrigatório. (CARVALHO, 2005b, p. 60)
Entre 1898 e 1908 muitos foram os jornais editados com a doutrina anarquista
ou libertária, seus precursores, entretanto podiam ser divididos em dois grupos com
diferenças importantes: Edilene Toledo (2007) considera que o maior grupo buscava
a revolução social, a abolição da propriedade privada e do Estado, mas admitiam o
sindicalismo como arma de luta.
O grupo menor pregava também a abolição do Estado, mas queria a
manutenção da propriedade privada após a revolução e era ainda contra toda forma
de organização que não fosse espontânea.
lugar ao autoritarismo. Toledo (2007) afirma que apesar disso, muitos anarquistas
aliaram-se ao sindicalismo revolucionário, despreocupando-se com a coerência
doutrinária.
No mesmo texto Edilene Toledo considera sobre o Sindicalismo
Revolucionário:
10
Jurista considerado expoente do anarquismo no Brasil
40
11
Organizador do Congresso Socialista no Rio de Janeiro em 1892, do qual resultou o Partido
Operário do Brasil.
41
3.4 Os Militares
12
Romancista, poeta, cronista, jornalista e caricaturista, bacharel em Direito, abolicionista e
republicano.
43
Apesar disso, Lanna Junior escreve que esse liberalismo militar era de
fachada, pois se mantiveram fiéis à ordem vigente, defendiam apenas a moralização
política das oligarquias cafeeiras e a revolução pelas armas para entregar o governo
nas mãos de políticos que eles consideravam honestos. “[...] Nesse sentido,
destaca-se seu caráter elitista, que pregava a mudança a partir de cima, sem a
participação das classes populares” (Lanna Junior, 2006, p. 316)
Lanna Junior (2006) considera que as ações desse grupo foram reprimidas
pelo governo que articulou a classe política civil, em torno de um inimigo comum e
ao contrário de enfraquecer a oligarquia, terminou por fortalecê-la. Os revoltosos
foram condenados com base no artigo 107 do Código penal vigente à época como
pretendentes a mudanças violentas da forma de governo e da Constituição do país,
o que demonstrou a parcialidade do judiciário e sua submissão ao governo.
Apesar dessa condenação, o movimento Tenentista não parou neste
momento, em São Paulo, a partir de 1924 conseguiram expulsar o governo estadual
o que lhes rendeu apoio de muitas pessoas, classes e organizações, principalmente
estudantes, classes populares e operariado.
Lanna Junior afirma que:
voltaram para Goiás e Mato Grosso até atingirem o Paraguai e a Bolívia em 1927,
reduzidos em número pela metade.
Sobre o movimento tenentista José Murilo de Carvalho fez as seguintes
ponderações:
Embora de natureza estritamente militar e corporativa, o tenentismo
despertou amplas simpatias, por atacar as oligarquias políticas estaduais. A
consciência política dos oficiais, sobretudo no que se refere ao mundo das
oligarquias, tornou-se mais clara durante a grande marcha de milhares de
quilômetros que fizeram pelo interior do país na tentativa de escapar ao
cerco das forças governamentais. O ataque às oligarquias agrárias
estaduais contribuía para enfraquecer outro grande obstáculo à expansão
dos direitos civis e políticos. O lado negativo do tenentismo foi a ausência
de envolvimento popular, mesmo durante a grande marcha. Os "tenentes"
tinham uma concepção política que incluía o assalto ao poder como tática
de oposição. (CARVALHO, 2002, p.66)
3.5 Os Operários
13
Filósofo, autor da bandeira nacional republicana. Participou dos mais importantes eventos políticos
da República Velha: a separação entre a Igreja e o Estado, a revolta da vacina, a negociação dos
limites territoriais , a participação do Brasil na I Guerra Mundial e a legislação trabalhista.
14
Líder operário criou em 1890, o Centro do Partido Operário e fundou o Banco dos Operários. Foi
eleito deputado pelo então Distrito Federal participando da redação da constituição brasileira de1891.
46
3.6 Os Messiânicos
No mundo rural, foi intensa a luta dos setores subalternos. As figuras centrais
das agitações rurais eram beatos e cangaceiros. O mais dramático de todos esses
movimentos, pelo número de mortos, foi o de Antônio Conselheiro nos sertões da
Bahia.
Jaqueline Hermann no ensaio: “Religião e política no alvorecer da República:
os movimentos de Juazeiro, Canudos e Contestado ” (2006), desenvolve o seguinte
parecer sobre a ideologia em Canudos:
3.7 As Mulheres
15
Deolinda Daltro era professora e foi fundadora do Partido Republicano Feminino em 1910, liderou
uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres.
49
4 A Cidadania
cronológica: ela é também lógica. Foi com base no exercício dos direitos
civis, nas liberdades civis, que os ingleses reivindicaram o direito de votar,
de participar do governo de seu país. A participação permitiu a eleição de
operários e a criação do Partido Trabalhista, que foram os responsáveis
pela introdução dos direitos sociais. (CARVALHO, 2002, p.10)
cidadania cujos pilares são as experiências históricas marcadas pela luta por direitos
civis e políticos. Por outro lado, o movimento pode ser de cima pra baixo que é a
cidadania alcançada em países em que o Estado manteve a iniciativa da mudança e
foi incorporando aos poucos os cidadãos, ampliando seus direitos.
No artigo: “Cidadania, estadania, apatia” (Publicado no Jornal do Brasil,
24/06/2001). Carvalho pondera:
Tabela I
Eleitorado Potencial do Rio de Janeiro, 1890
Por meio da leitura das obras de José Murilo de Carvalho podem-se identificar
alguns fatores que condicionaram a história do país nesse sentido, três deles já
considerados nesse trabalho: a escravidão, a grande propriedade rural e o Estado
comprometido com o poder privado. (CARVALHO, 2002, p.45).
Com relação à abolição da escravatura, os libertos não tinham educação,
casa ou emprego e por isso mesmo livres foram submetidos aos trabalhos mais
exaustivos e mal remunerados. A população formada por eles teria uma dificuldade
óbvia em conquistar os direitos da cidadania, visto que eram impotentes perante
16
Joaquim Saldanha Marinho foi advogado, presidente de Minas Gerais e São Paulo, primeiro líder
do Partido Republicano (1870) candidato contra Prudente de Morais à Presidência da Constituinte
Republicana e foi o autor da frase “Não era essa a República dos meus sonhos”.
57
O Estado aparece como algo a que se recorre, como algo necessário e útil,
mas que permanece fora do controle, externo ao cidadão. Ele não é visto
como produto do concerto político, pelo menos não de um concerto em que
se inclua a população. É uma visão antes de súdito que de cidadão, de
quem e coloca como objeto da ação do Estado e não de quem se julga no
direito de influenciar. (CARVALHO, 2005b, p.146-147)
Sendo assim, podemos afirmar que mesmo não havendo um povo político
organizado (no sentido oficial), detentor dos direitos políticos, civis e sociais em
plenitude, existiu na República Velha certo sentimento de identidade nacional.
Conforme descrito em outro ponto desse trabalho (p.29), havia participação popular
na maior parte das vezes de natureza religiosa e social. Tal sentimento de
identidade podia ser encontrado, por exemplo, nas manifestações e nas grandes
festas populares. Segundo José Murilo de Carvalho, Esse sentimento acompanha
quase sempre a expansão da cidadania, sem, entretanto se confundir com ela.
60
4 CONCLUSÃO
O estudo das lições dos diversos autores aqui citados e principalmente das
obras de José Murilo de Carvalho, esclarece que a inserção das pessoas na política
se dava mais pela porta do Estado, ao que ele chamou de “estadania” do que pela
afirmação de um direito de cidadão.
62
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
FERREIRA, Marieta de Moraes; SÁ PINTO, Surama Conde. A crise dos anos 1920 e
a Revolução de 1930. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves
(Orgs.). O Brasil Republicano: o tempo do liberalismo excludente: da
Proclamação da República à Revolução de 1930. 2. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006. p.389-415.
HISTORIADOR José Murilo de Carvalho diz que 1930 foi mais importante que 1889.
Folha de São Paulo, São Paulo. 23 out. 2010. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/819003-historiador-jose-murilo-de-carvalho-diz
-que-1930-foi-mais-importante-que-1889.shtml. Acesso em: 13 out.2012
LEAL, Victor Nunes Leal. Coronelismo, enxada e voto. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1997.
SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas
causas. Trad. Luiz João Baraúna. São Paulo: Nova Cultural, 1996. v. I e II.