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o feto tem direito ou não à vida (pessoa com direito a vida), e se esse direito deve se
sobrepor ao da gestante.
De modo comum, dizem que a opinião conservadora tem como base a existência dos
direitos do feto desde sua concepção, e a liberal a inexistência dessa garantia. Uma
análise mais detalhada, entretanto, mostra que isso é incompatível, é errado. Existem graus
de arbítrio em ambas as partes, de extremas a moderadas.
Porém não podemos deduzir que existem somente duas variantes, cada individuo tem
uma opinião. Tanto dentro dos considerados conservadores quanto dos liberais conseguimos
encontrar grandes diferenças.
Dworkin afirma que quanto mais exceções, mais evidente fica como a opisição
conservadora não pressupõe a existência de um feto com vida.
Por outro lado as concepções liberais não decorrem simplesmente da negação de que
o feto seja uma pessoa com direito à vida. Dworkin não apresenta na análise pessoas como
Peggy Noonan (escritor de discurso de Reagan) que não via o aborto como um assunto
problemático. Ele o enxergava apenas como uma simples intervenção cirúrgica
Como Dworkin escreve em seu livro: Na esfera religiosa, a questão primordial não é
saber se o feto é ou não uma pessoa, mas sim a melhor maneira de se respeitar o valor
intrínseco da vida humana.
2008 Dignitas personae com o intuito de atualizar as orientações desta instrução em razão de novos conhecimentos
científicos e práticas tecnológicas e estabelecer critérios éticos e morais para a sua utilização.
2. Cristãos dizem que todo ser humano tem direito à vida e à
integridade física, da concepção até morte, seguindo a Instrução
sobre o Respeito pela Vida Humana em sua Origem e sobre a
Dignidade da Procriação (Donum Vitae – J. Paulo 2º 1987). Em
1992 uma pesquisa nos EUA informou que 52% dos cristãos
norte-americanos acreditavam que o aborto deveria ser legal em
muitas ou todas as circunstâncias. Indo contra aos dogmas da
igreja.
3. As feministas não defendem a existência de direitos morais para o
feto, mas que ele tem sim uma importância moral. Como uma
pesquisa realizada pela Socióloga Carol Gilligan (HARVARD) com
29 mulheres prestes abortar, elas não se preocuparam com o feto
ter ou não direitos de uma pessoa. O conflito era a
responsabilidade perante sua família e suas próprias crenças.
2008 Dignitas personae com o intuito de atualizar as orientações desta instrução em razão de novos conhecimentos
científicos e práticas tecnológicas e estabelecer critérios éticos e morais para a sua utilização.