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@RESUMOS_TABELADOS
– DIREITO ADMINISTRATI VO
SUMÁRIO
Regime Jurídico Administrativo ............................................................................................................................................ 4
Princípios da Administração ................................................................................................................................................. 5
Administração Pública ............................................................................................................................................................. 11
Conceitos Introdutórios ........................................................................................................................................................ 11
Conceito de administração pública ..................................................................................................................................... 15
Atividades Administrativas .................................................................................................................................................. 16
Direito Administrativo ............................................................................................................................................................ 18
Fontes do Direito Administrativo ......................................................................................................................................... 19
Sistemas Administrativos .................................................................................................................................................... 19
Administração Pública Direta e Indireta............................................................................................................................. 21
Descentralização e Desconcentração ................................................................................................................................ 21
Órgãos Públicos ...................................................................................................................................................................... 24
Teorias que explicam a existência dos órgãos públicos .................................................................................................. 24
Criação e Extinção dos Órgãos Públicos ........................................................................................................................... 24
Capacidade processoal dos órgãos ................................................................................................................................... 25
Classificação dos órgãos públicos ..................................................................................................................................... 26
Administração Direta e Indireta .......................................................................................................................................... 27
Administração Indireta.......................................................................................................................................................... 28
Características comuns ...................................................................................................................................................... 28
Criação das entidades administrativas (art. 37, XIX) ....................................................................................................... 28
Contrato de Gestão.............................................................................................................................................................. 29
Autarquias ............................................................................................................................................................................ 30
Fundações Públicas ............................................................................................................................................................. 33
Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista......................................................................................................... 35
Atos Admnistrativos............................................................................................................................................................... 39
Disposições Gerais .............................................................................................................................................................. 39
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Abuso de poder .................................................................................................................................................................... 40
Requisitos do ato administrativo ........................................................................................................................................ 40
Atributos dos atos administrativos ..................................................................................................................................... 41
Espécies de Atos Administrativos ...................................................................................................................................... 42
Classificação dos Atos Administrativos ............................................................................................................................. 43
Extinção do Ato Administrativo ........................................................................................................................................... 44
Agentes Públicos..................................................................................................................................................................... 46
Disposições Gerais .............................................................................................................................................................. 46
Classificação dos Agentes Públicos ................................................................................................................................... 47
Cargo, emprego e função pública....................................................................................................................................... 48
Acessibilidade aos Cargos, Empregos e Funções ............................................................................................................. 50
Exigência de Concurso Público ............................................................................................................................................ 51
Prioridade de Nomeação ..................................................................................................................................................... 52
Direito à Nomeação ............................................................................................................................................................. 52
Cargos em Comissão e Função de Confiança .................................................................................................................... 53
Contratação Temporária ..................................................................................................................................................... 54
Direito de Greve do servidor .............................................................................................................................................. 54
Acumulação de Cargos Públicos ........................................................................................................................................ 55
Estabilidade dos Servidores Públicos ................................................................................................................................ 57
Vitaliciedade ......................................................................................................................................................................... 58
Precedência da Admnistração Fazendária e seus servidores Fiscais ............................................................................ 58
Sistema Remuneratório dos Agentes públicos ................................................................................................................. 59
Teto Remuneratório ............................................................................................................................................................ 60
Poderes Administrativos ...................................................................................................................................................... 62
Poder Vinculado e Poder Discricionário ............................................................................................................................ 62
Poder Hierárquico DescOncentração ........................................................................................................................... 63
Poder Disciplinar ................................................................................................................................................................. 64
Poder Regulamentar ou normativo .................................................................................................................................... 65
Poder De Polícia................................................................................................................................................................... 68
Uso e Abuso de Poder ......................................................................................................................................................... 72
Controle Administrativo ........................................................................................................................................................ 73
Disposições gerais .............................................................................................................................................................. 73
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Classificações ...................................................................................................................................................................... 73
Espécies de Controle ........................................................................................................................................................... 76
Controle Administrativo ...................................................................................................................................................... 76
Controle Legislativo ............................................................................................................................................................. 79
Controle Judicial.................................................................................................................................................................. 83
Responsabilidade Civil do Estado ........................................................................................................................................ 84
Noções Introdutórias .......................................................................................................................................................... 84
Evolução Histórica ............................................................................................................................................................... 85
Responsabilidade Civil Objetiva do Estado ......................................................................................................................... 86
responsabilidade civil por omissão .................................................................................................................................... 88
excludentes de Responsabilidade Civil ............................................................................................................................... 89
Ação De Reparação ............................................................................................................................................................. 89
Ação de Regresso ................................................................................................................................................................ 90
Responsabilidade por Atos Legislativos, Judiciais e Casos Especiais.............................................................................. 91
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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
Disposições A Administração Pública pode submeter-se a Regime Jurídico de Direito PRIVADO ou de Direito Público.
Gerais Todavia, mesmo quando emprega modelos privados, NUNCA SERÁ INTEGRAL.
São os Regimes Jurídicos que a Regras que colocam a Administração Pública e condições de superioridade
Administração PODE se submeter: perante o particular. São sujeições e prerrogativas. Se traduzem nos
seguintes princípios:
Regime Jurídico Público.
Regime Jurídico Privado. a) Supremacia do Interesse Público sobre o privado: verticalidade das
relaçõessão as PRERROGATIVAS que a Administração Pública detém
relação aos seus administrados.
b) Indisponibilidade do Interesse Público: são restrições na atuação da
Administração. É a defesa dos interesses dos administrados. são as
SUJEIÇÕES.
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Princípios EXPRESSOS- L.I.M.P.E
Aplicam-se à Administração Pública Direta e Indireta, todos os poderes e todos os entes.
Esse princípio diz que a Administração Pública deve pautar-se na lei, veda à Administração a prática de atos
inominados, não previstos em lei. A administração Pública só deve agir quando a lei determina/autoriza sua
atuação. É diferente da legalidade para o Particular.
Legalidade São aquelas situações em que, mesmo sem a necessidade de lei, a Administração Pública poderá restringir
determinados direitos dos particulares ou garantir algumas prerrogativas a agentes públicos:
Se divide em 4 sentidos:
1. Princípio da Finalidade= todo ato da Administração deve ser praticado visando a satisfação do interesse
público (sentido amplo) e da finalidade para ele especificamente prevista em lei.
2. Princípio da Igualdade ou Isonomia= A administração deve atender a todos sem distinções. Ex.: organização
de concursos públicos, Licitações.
Impessoalidade 3. Princípio da Vedação de promoção pessoal= as atividades da Administração não podem ser imputadas aos
funcionários que a realizem. Ex.: proibição dar nomes às coisas públicas de pessoas vivas. Porém, é possível
dar o nome de uma escola de Nelson Mandela, por exemplo (pessoa já falecida).
4. Impedimento ou suspeição= Afastar de processos administrativos ou judiciais as pessoas que não possuem
condições de aplicar a lei de forma imparcial.
Moralidade Ética, lealdade, probidade e boa-fé. É a atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
Duplo sentido:
Os atos administrativos gerais que produzirão efeitos externos ou os atos que impliquem ônus para
Publicidade o patrimônio público devem ser publicados em órgãos oficiais.
Exigência de transparência na atuação administrativa. Exceção: dados pessoais e informações
sigilosas.
Eficiência Espera-se a melhor atuação do agente público e que seja o mais racional possível. Implica a redução do
desperdício do dinheiro público. O princípio da eficiência exige o direcionamento da atividade e dos serviços
públicos à efetividade do bem comum. Atenção: Eficiência é DIFERENTE de eficácia.
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Súmula Vinculante 13= A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo
Vedação ao de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Nepotismo
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
No caso de cargo POLÍTICO, só irá causar ofensa aos princípios da Administração se ficar demonstrado
a incapacidade técnica.
Decorre do Princípio da Legalidade. Princípio da Reserva Legal incide sobre Matérias que devem ser objeto de lei
formal (lei em sentido estrito). Legalidade tem um sentido mais amplo.
Decorrem do princípio da reserva legal a exigência de que as entidades da administração indireta sejam criadas
ou autorizadas por leis específicas e a de que, no caso das fundações, leis complementares definam suas áreas
Princípio da
de atuação.
Reserva Legal
Questão da banca CESPE para exemplificar a diferença:
(CESPE/ Procurador do Município de Fortaleza – 2017) O princípio da legalidade diferencia-se do da reserva legal:
o primeiro pressupõe a submissão e o respeito à lei e aos atos normativos em geral; o segundo consiste na
necessidade de a regulamentação de determinadas matérias ser feita necessariamente por lei formal.
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Princípios IMPLÍCITOS não constam taxativamente em uma norma jurídica.
Prerrogativas administrativas. Presente tanto no momento de elaboração da lei como no momento de
execução em concreto pela Administração Pública. Previsto implicitamente na Constituição Federal e
P. da Supremacia expressamente na legislação ordinária.
do Interesse Exemplos:
público
Presunção de veracidade dos atos administrativos
As chamadas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos que permite, por exemplo, a
alteração ou rescisão unilateral do contrato.
Exercício do Poder de Polícia
Diversas formas de intervenção do Estado na Propriedade privada (ex.: desapropriação).
Trata das sujeições administrativas. Ex.: necessidade de licitar, realização de concursos públicos.
A administração tem o poder-dever de agir= ex.: um agente de transito não pode escolher se aplica uma
P. da
multa ou não.
Indisponibilidade
do Interesse Inalienabilidade dos direitos concernentes a interesses públicos.
Público Obs.: Os direitos relacionados aos interesses públicos são inalienáveis, podendo transferir, em determinados
casos, somente a execução do serviço.
Obs.2: Este princípio não impede a Administração Pública de realizar acordos e transações.
P. da A constituição federal exige edição de lei específica para a criação ou autorização de criação das entidades da
Administração indireta. Está ligada a ideia de descentralização administrativa (tema que será tratado
Especialidade
posteriormente).
Nesses casos, a lei deverá apresentar as finalidades específicas da entidade, vedando o exercício de atividades
diversas daquelas previstas em lei, sob pena de nulidade do ato.
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P. da Abrange o princípio da Autotutela. É o princípio segundo o qual a é possível controlar as atividades
administrativas por parte da Administração.
Sindicabilidade
P. da Presunção Os atos administrativos gozam de uma presunção de legitimidade, ou seja, de que foram praticados em
conformidade com a lei, em sentido amplo. É uma presunção relativa, admitindo prova em contrário, só que o
de legitimidade ou
efeito da presunção é a inversão do ônus da prova. E a consequência direta deste princípio é que as decisões
de veracidade administrativas têm execução imediata, independente da concordância do administrado.
-É um instrumento de controle.
Obs.: “Motivação Aliunde”= aquela que é feita com base em pareceres, informações, decisões ou propostas.
P. da Motivação Art. 50 da Lei 9784/1999.
Obs.2: Na solução de vários assuntos da mesma natureza, poderá ser utilizado meio mecânico que produza os
fundamentos da decisão, desde que isso não prejudique direito ou garantia dos interessados.
Exoneração de ocupante de cargo em comissão (Exoneração ad nutum): não precisa ser motivado.
Aplica-se aos processos punitivos (que aplicam sanção) e com litigantes (conflito).
Contraditório: tomar conhecimento das alegações da parte contrária e contra elas poder se contrapor.
P. do
Contraditório e da Ampla defesa: pode se valer de todos os meios e recursos juridicamente válidos.
Ampla Defesa Súmula vinculante nº5= A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
-Aplicações: proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, à prescrição e
decadência, edição de súmulas vinculantes.
P. da Segurança VEDADA a aplicação retroativa de nova interpretação: impede que a Administração modifique seu
Jurídica e entendimento sobre as normas de maneira retroativa.
Proteção à Segura Jurídica (ASPECTO OBJETIVO): indicando a inafastabilidade da estabilização jurídica.
Confiança Proteção à Confiança (ASPECTO SUBJETIVO): reflete o sentimento do indivíduo em relação aos atos
que possuem presunção de legitimidade e de aparência de legalidade. proteção à boa-fé dos
administrados. O princípio da confiança se aplica na preservação dos efeitos de um ato administrativo
nulo, mas que tenha beneficiado terceiros de boa-fé.
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Princípio da Continuidade do Serviço Público
Finalidade Alcança toda a atividade administrativa (serviço público ou atividades administrativas internas).
-Em regra, os servidores públicos possuem direito à greve, nos termos da legislação aplicáveis aos
trabalhadores.
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P. do controle ou da Tutela P. da Autotutela
Trata da relação de VINCULAÇÃO (não Princípio segundo o qual a Administração Pública pode corrigir os próprios
subordinação) entre: atos.
Por provocação
Mérito (conveniência e Poderá REVOGAR seus atos. De ofício ou por Não pode revogar
oportunidade) provocação.
Observações Gerais
Art. 54 da Lei 9784/99. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-
fé.
Jurisprudência: Súmula nº 14, STF - Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em
concurso para cargo público.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Estado
O Estado é um ente personalizado, que se apresenta externamente, nas relações internacionais com outros
Estados soberanos, e, internamente, como pessoa jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e
Conceito contrair obrigações na ordem pública.
Poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial delimitada.
São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário (art. 2º da
CF).
Poderes do Estado
Poder LEGISLATIVOfunção legislativa (normativa)
Nenhum poder exerce sozinho cada uma das funções citadas. Cada Poder desempenha com preponderância suas
funções normais (funções típicas), mas também desempenham funções que materialmente caberiam a outro
Poder (funções atípicas), nos termos previstos na Constituição Federal. Exemplos:
Funções Típicas e O Legislativo exerce a função jurisdicional quando, por exemplo, o Senado processa e julga o Presidente e
Atípicas Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade.
O Poder Executivo exerce Função Legislativa em alguns casos, como na edição de medidas provisórias, leis
delegadas e decretos autônomos.
Observação: A CF/88 não outorgou ao Poder Executivo a função jurisdicional. Isso porque os litígios resolvidos
na esfera administrativa podem possuir caráter de Definitividade somente para a Administração, mas NÃO
IMPEDEM que terceiros busquem revisão judicial do ato.
Jurisdicional Normativa
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Organização e Estrutura do Estado
3 sentidos:
Forma de Governo
Disposições Maneira como se dá a instituição e a transformação do poder na sociedade e como se dá a relação entre
Gerais governantes e governados.
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Sistema de Governo
Conceito Modo como se dá a relação entre Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções
governamentais.
Chefe de Chefe de Estado= representa a República Federativa do Brasil nas suas relações
Estado e internacionais. Ex.: Assinar Tratados internacionais.
Sistema DUAL No Presidencialismo, existem 2 fontes de legitimidade democrática: o presidente e a assembleia (REGIME
e Sistema DUAL).
Monista Por outro lado, o regime Parlamentarista é monista, pois existe uma única fonte de legitimidade
democrática: o parlamento.
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Forma de Estado
Estado UNITÁRIO= Centralização política, pois exige um único poder político central sobre
todo o território nacional. Ex.: Uruguai.
Tipos
Estado FEDERADO (ADOTADA no Brasil)= é marcado pela descentralização política, em que
ocorre a convivência de diferentes entidades políticas autônomas, distribuídas
regionalmente, em um mesmo território. Ex.: Brasil (dividido em União, Estados,
Municípios e Distrito Federal). A União é o poder Político Central.
Descentralização política
Repartição de competências
Características do Constituição rígida como base jurídica.
Estado Federado Inexistência de um direito de secessão= uma vez criado o pacto federativo, não se
permite que um estado-membro tente se separar.
Não existe O que ocorre é coordenação, sendo que cada ente possui autonomia política, financeira e
subordinação ou administrativa.
Hierarquia entre os Dessa forma, cada ente federativo possui sua administração pública.
Entes Federados
Observação: Os Territórios Federais, que são descentralizações administrativo-territoriais da
União, não possuem autonomia política nem tampouco integram a federação.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SUBJETIVO (quem?) =
ÓRGÃOS governamentais
ÓRGÃOS administrativos
SUBJETIVO (quem?) =
OBJETIVO (o quê?) =
SENTIDO
ESTRITO FUNÇÃO administrativa:
1) Polícia Administrativa
2) Serviços Públicos
3) Fomento
4) Intervenção
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Administração Pública-RESUMO
ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS
Atividades administrativas
Atividade Atividade pela qual a Toda atividade Em sentido amplo, a intervenção compreende 3
administrativa de Administração impõe concreta e imediata espécies de atividades:
incentivo à restrições, limitações que a administração
1.Regulamentação e a fiscalização da atividade
iniciativa privada de ou condicionamentos pública executa, direta
econômica de natureza privada;
interesse ou ao exercício das ou indiretamente, para
utilidade pública. atividades privadas em satisfazer as 2.A atuação direta do Estado no domínio econômico
prol do interesse necessidades coletivas, (intervenção direta), o que ocorre normalmente
Ex.: favores fiscais,
coletivo. com regime jurídico por meio de empresas estatais.
financiamentos sob
predominantemente
condições Ex.: Expedição de 3.As atividades de intervenção na propriedade
público.
especiais, repasses licenças, sanções, privada, mediante atos concretos incidentes sobre
de recursos, etc. fiscalização, Ex.: prestação de destinatários específicos (desapropriação,
autorizações, etc. serviços de servidão administrativa, tombamento, ocupação
telecomunicação ou temporária, etc).
energia elétrica.
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Atividades-meio e Atividades-fim da Administração
Podemos que a função administrativa compreende as 4 Já as atividades-meio, são aquelas atividades acessórias que
atividades finalísticas: permitem que as atividades-fim sejam realizadas:
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Direito Privado e Direito Público
Estabelece regras de organização social e convivência a Estabelece regras das relações que envolvem interesses da
serem obedecidas pelas pessoas em suas atividades sociedade como um todo.
particulares.
Relação de Verticalidade (o Estado possui prerrogativas).
Horizontalidade das relações.
Ex.: Direito Constitucional, Direito Tributário, Direito Penal.
Ex.: Direito Civil e Direito Comercial
O Estado é quem exerce o papel de representar os interesses da coletividade ou, em outras palavras, o interesse
público.
A maioria das relações em que o Estado figura como parte são regidas, exclusiva ou predominantemente, pelo
direito PÚBLICO. Ex.: Cobrança de tributos, desapropriação, licitações.
Contudo, o Estado também pode figurar em relações jurídicas predominantemente (jamais exclusivamente) pelo
direito Privado. Ex.: venda de petróleo pela Petrobrás.
Direito Administrativo
Conceito Ramo do direito público que rege a função administrativa do Estado e a atividade das pessoas e órgãos
que a desempenham.
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Fonte É a LEI.
PRIMÁRIA É a fonte mais importante. Aqui entende-se lei em sentido AMPLO. Ex.: Lei 8.112, Lei 8.666, Constituição
Federal, etc.
Obs.2: Jurisprudência está ligada a uma ideia de nacionalismo e Doutrina está ligada a uma ideia de
universalismo.
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
Sistema FRANCÊS ou do contencioso Sistema Inglês ou de Jurisdição única
administrativo
O Poder judiciário NÃO pode intervir nas funções TODOS os litígios- de natureza administrativa ou que envolvam
administrativas. A própria administração resolve sobre as interesses exclusivamente privados podem ser levados ao
lides administrativas. judiciário.
Jurisdição Administrativa= formada pelos tribunais O Poder Judiciário é o ÚNICO competente para proferir
administrativos, com plena jurisdição em matéria decisões com autoridade final e conclusiva, com força de
administrativa. Decide de maneira definitiva. coisa julgada.
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Sistema Administrativo brasileiro
REGRA Como regra, o Poder Judiciário pode ser buscado a qualquer tempo.
Justiça Desportiva
Reclamações contra descumprimento de súmula vinculante
Habeas Data
Mandato de Segurança
Caso seja possível interpor recurso administrativo com efeito suspensivo
Ações previdenciárias no âmbito do INSS.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA
Conceitos Introdutórios
Podem ser:
DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Descentralização Política Descentralização Administrativa
Descentralização Centralização
Competência da Competência da
Entidade Outra Entidade Outra Entidade Entidade
POLÍTICA POLÍTICA
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Descentralização
O tipo de Descentralização Entidade Administrativa Descentralização por Outorga, por serviços. Técnica ou
vai depender da Entidade funcional
para qual se transfere a Entidade privada Descentralização por delegação ou por colaboração.
competência. Território Federal Descentralização geográfica ou territorial.
-Prazos:
1. Contratodeterminado
2. AtoIndeterminado (precário)
-Sem subordinação
Ex.: concessão de serviço público para uma empresa administrar um aeroporto; concessão
de serviço público municipal, etc.
Territorial ou Geográfica
-Ocorre por meio da criação de um Território Federal.
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DescOncentração =dentro do mesmo Órgão
-Distribuição INTERNA de competência (técnica administrativa).
-Pode ocorrer nas entidades Políticas (por exemplo, com a criação de Ministérios) ou nas entidades
Administrativas (por exemplo, com a divisão de uma autarquia em unidades regionais como ocorre com
o INSS).
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ÓRGÃOS PÚBLICOS
TEORIAS QUE EXPLICAM A EXISTÊNCIA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Teoria do Mandato Os órgãos são mandatários NÃO ADOTADA.
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CAPACIDADE PROCESSOAL DOS ÓRGÃOS
Os órgãos NÃO possuem capacidade processual, por lhe faltar personalidade jurídica.
De acordo com o Código de Processo Civil =Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus
REGRA direitos tem capacidade para estar em juízo.
Tanto doutrina quanto a jurisprudência pátria admitem situações específicas em que um órgão público
poderá, excepcionalmente, ter capacidade de ser parte.
Exceções Nesse caso, diz-se que o órgão público possui PERSONALIDADE JUDICIÁRIA.
Podemos dizer que a personalidade judiciária é uma criação doutrinária acolhida pela jurisprudência no
sentido de admitir que entes sem personalidade jurídica possam atuar em juízo para defender os seus
direitos institucionais próprios e vinculados à sua independência e funcionamento.
Para que seja reconhecida personalidade judiciária a um órgão público, são necessários
alguns requisitos, a saber:
a) é preciso que o órgão seja integrante da estrutura superior da pessoa federativa (órgãos
independentes ou autônomos);
b) que tenha competências outorgadas pela Constituição; e
c) que esteja defendendo seus direitos institucionais entendidos esses como sendo os relacionados
ao funcionamento, autonomia e independência do órgão.
Jurisprudência Súm. 525, STJ: A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade
judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
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CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Quanto à POSIÇÃO ESTATAL Quanto à ESTRUTURA Quanto à ATUAÇÃO FUCIONAL
Originários da Na cúpula, logo Possuem poder de Atribuições de Único centro de Reúnem diversos Atuam e decidem Atuam ou decidem
Constituição abaixo dos direção, controle, mera execução e competências, órgãos menores em através de um ÚNICO pela manifestação
Federal e Independentes. decisão e comando, pouco poder exercendo suas sua estrutura, como agente, que é seu conjunta de seus
representativos MAS estão sujeitos à decisório. funções de forma consequência da chefe ou membros.
Possuem ampla
dos Poderes de subordinação de concentrada. desconcentração representante.
autonomia Ex.: portarias, Ex.: Congresso
Estado, sem chefia mais alta e administrativa.
administrativa, seções de Ex.: Portarias. Ex.: Presidente da Nacional, STF,
qualquer NÃO gozam de
financeira e expediente. Ex.: Ministério da República, diretoria Tribunais de contas,
subordinação. autonomia
técnica. Justiça de uma escola. Conselho
administrativa nem
Ex.: Presidência da Administrativo de
Ex.: Ministérios, financeira.
República, Câmara Recursos Fiscais.
Secretarias dos
dos Deputados, Ex.: Gabinetes,
Estados e
Senado, STF, STJ e Secretarias-Gerais,
municípios, a
demais tribunais, inspetorias-gerais,
Advocacia Geral da
TCU e MPU. procuradorias,
União.
coordenadorias,
departamentos,
divisões, etc.
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ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
Exemplo de Questão CESPE (correta) = Os órgãos não dotados de personalidade jurídica própria que exercem
funções administrativas e integram a União por desconcentração, componentes de uma hierarquia, fazem parte da
administração direta.
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ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
CARACTERÍSTICAS COMUNS
Possuem personalidade Respondem pelos seus atos, possuem patrimônio e receita próprios e autonomia técnica,
Jurídica própria administrativa e financeira.
Trata-se do Princípio da Especialidade: Possuem uma finalidade específica, definida pela Lei
de Criação.
Finalidade Específica
Obs.: possuem também o dever de licitar, em regra.
Porém, estão sujeitas a controle (tutela, controle finalístico, supervisão ministerial, etc).
STF= não é possível a delegação de poder de polícia para as pessoas Jurídicas de Direito
Privado integrantes da Administração Indireta.
Poder de Polícia na
A contrário senso= É POSSÍVEL a delegação do Poder de Polícia às Entidades integrantes
Administração Indireta.
da Administração Indireta de Direito PÚBLICO (Autarquias e Fundações Públicas).
Art. 37, inciso XIX da CF/88- Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à Lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
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@Resumos_Tabelados
Criação e natureza jurídica das entidades administrativas
Autarquias Fundações Públicas Fundações Públicas Empresas Sociedade de
de Direito Público de Direito Privado Públicas Economia Mista
Criadas por Lei
x x
Autorizadas por Lei
x x x
Direito Público
x x
Direito Privado
x x x
Disposições Art. 37, XX da CF - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada.
Gerais
Logo, Depende de Autorização Legislativa:
Criação de Subsidiárias
Participação de qualquer delas em empresa privada.
É necessária STF: A autorização pode se dar por dispositivo genérico, até mesmo na própria lei que criar ou autorizar
autorização a criação da entidade matriz.
CONTRATO DE GESTÃO
Atentar-se á literalidade da Lei:
Art. 37, §8º- A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta
PODERÁ ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre: Seus administradores e o poder público,
Que tenha por OBJETO a fixação de METAS DE DESEMPENHO para o órgão ou entidade.
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III - a remuneração do pessoal.
AUTARQUIAS
Conceito Pessoa jurídica de DIREITO PÚBLICO, CRIADA POR LEI (deve ser lei específica, não podendo ser
multitemática), com capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço público
descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei.
Patrimônio O patrimônio inicial da autarquia é oriundo de transferências do ente que a criou, passando a pertencer
à nova entidade.
Conselhos Os conselhos regionais, via de regra, são entidades autárquicas (pertencentes à administração pública
regionais federal). São os conselhos profissionais. Ex.: CRE, CRM.
STF, súmula 644= Ao titular do cargo de procurador de autarquia NÃO se exige a apresentação de
instrumento de mandato para representa-la em juízo.
Jurisprudência
STF (ADI nº 1949-RS) = a transferência da decisão sobre a demissão de um diretor de agência reguladora
à Assembleia Legislativa é “ilegítima”, pois “perpetra violação à cláusula da separação dos poderes, haja
vista que exclui, em absoluto, a atuação do chefe do Executivo.
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Autarquia em Regime Especial Agências Executivas
-Possui maior autonomia que as demais: mandato -É uma qualificação especial concedida por ato específico do
FIXO de seus membros. Nas outras autarquias, os Presidente da República À AUTARQUIA APÓS sua criação.
cargos são de livre exoneração.
-Pode ser uma qualificação dada à uma Autarquia ou à uma Fundação
Observação: a lei de criação da Agência poderá Pública de Direito público. Mas ATENÇÃO: essas entidades NÃO nascem
prever outras condições para a perda do mandato, com essa qualificação.
além da expiração do prazo, (Lei 9.896/00, art. 9o,
Requisitos:
parágrafo único), como, por exemplo, por decisão
judicial. Ter um plano estratégico de reestruturação e de
desenvolvimento institucional em andamento;
Além disso, esses dirigentes se submetem a um
período de quarentena após o término do mandato Ter celebrado CONTRATO DE GESTÃO, com o respectivo
eletivo. O ex-dirigente fica impedido para o exercício de Ministério supervisor; com prazo mínimo de 1 ano
atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado A qualificação ocorre mediante decreto do Presidente da
pela respectiva agência, por um período de quatro meses,
República (decisão discricionária).
contados da exoneração ou do término do seu mandato.
Exemplos de prerrogativa:
Exemplos:
-Limite em DOBRO para dispensa de licitação por baixo valor.
Agências Reguladoras*: Ex.: Anatel, Anvisa.
Atuam na área de fiscalização, controle e Regra R$15.000 e R$8.000 Agências reguladoras passam a poder
regulação de serviços públicos. Possuem maior dispensar com limite de R$30.000 e R$16.000.
autonomia (diretores com mandato fixo-
nomeação pelo Presidente da República e Exemplos: Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
aprovado pelo Senado Federal). Industrial (Inmetro), a Agência Nacional do Desenvolvimento do
Universidades; Amazonas (ADA) e Agência Nacional do Desenvolvimento do Nordeste
Banco Central; (Adene);
CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
Consórcios Públicos de Direito Público
(associações públicas).
*Sobre as Agências Reguladoras (Exemplo de Autarquia em Regime Especial) = exercem a chamada “Regulação
Social”. Sobre o tema, há que se atentar que existem basicamente 3 tipos de regulação realizada pela Administração Pública:
É a que intervém na provisão É a regulação cujo propósito principal Diz respeito à intervenção nos procedimentos
dos bens públicos e na é facilitar, limitar ou intensificar os administrativos e burocráticos, bem como
proteção do interesse público, fluxos e trocas de mercado, por intermédio aos procedimentos administrativos adotados
define padrões para saúde, de políticas tarifárias, princípios de pelo Poder Público em sua relação com os
segurança e meio ambiente e confiabilidade do serviço público e regras de administrados. Segundo Gonçalves (2002), a
os mecanismos de oferta entrada e saída do mercado. regulação administrativa diz respeito às
universal desses bens. normas jurídicas editadas pela Administração
Pública no exercício da função administrativa.
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Agências Reguladoras e Órgão Revisor :
As agências reguladoras, assim como outras autarquias, não são subordinadas ao ente instituidor. Nessa linha, as agências devem
ter assegurada a sua autonomia, para decidir de forma técnica. Por isso que, EM REGRA, NÃO É COMPATÍVEL com a atuação das
agências a existência de instâncias administrativas para revisar as decisões das agências.
Porém, de forma excepcional, é possível a interposição de recursos hierárquico impróprio, dirigido ao ministro
supervisor. Isso, porém, não pode ser confundido com uma “instância revisora”, uma vez que tal recurso só é admitido
em casos específicos, como, por exemplo, no caso em que uma agência extrapola a sua esfera de competência.
Basicamente, para uma agência reguladora poder inovar na ordem jurídica, devem ser observados os seguintes pressupostos:
(i) deve existir expressa delegação do legislador, ou seja, a lei que criar a autarquia (ou outra lei) deve outorgar a
competência para as agências editarem normas inovadoras em seu setor regulado;
(ii) as normas, ainda que tenham caráter inovador, estão subordinadas à lei, no sentido de que não podem extrapolar o
conteúdo delegado pelo legislador;
(iii) as normas devem ter caráter eminentemente técnico. Por fim, no caso de interposição judicial, o Poder Judiciário
deverá sopesar as normas emanadas das reguladoras, deixando de aplicá-las quando entender que há choque com algum Direito
individual garantido constitucionalmente, exercendo, portanto, verdadeiro controle difuso da constitucionalidade
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FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Fundação Instituída pelo Poder Público é o PATRIMÔNIO, total ou parcialmente público, dotado de
personalidade jurídica, de direito público ou privado, e destinado, por lei, ao desempenho de atividades
Conceito do Estado na ordem social, com capacidade de autoadministração e mediante controle da Administração
Pública, nos termos da lei.
A Constituição Federal dispõe que Lei Complementar disporá sobre a área de atuação. Até hoje a lei
complementar não foi instituída.
Assistência Social;
Área de Atuação Assistência médica, hospitalar, pesquisa;
Educação, ensino e desporto;
Atividades culturais;
Previdência complementar dos servidores públicos.
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EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Empresa Públicas Sociedade de Economia Mista
Conceitos Art. 3º- EMPRESA PÚBLICA é a entidade Art. 4º- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é a entidade
dotada de personalidade jurídica de dotada de personalidade jurídica de DIREITO PRIVADO,
(Lei 13303)
DIREITO PRIVADO, com a CRIAÇÃO com CRIAÇÃO AUTORIZADA POR LEI, sob forma de
Obs.: “Empresa Estatal” é AUTORIZADA POR LEI e com patrimônio Sociedade Anônima, cujas ações com direito a voto
gênero do qual decorrem próprio, cujo capital social é PERTENÇAM EM SUA MAIORIA à União, aos Estados, ao DF,
a Empresa Pública e a INTEGRALMENTE detido pela União, pelos aos Municípios ou a entidade da Administração Indireta.
S.E.M.
Estados, pelo DF e Municípios.
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EXCEÇÃO: não se aplica a operações de tesouraria, adjudicação de ações em garantia e participações
autorizadas pelo Conselho de Administração em linha com o plano de negócios da empresa pública, da
sociedade de economia mista e suas respectivas subsidiárias.
Atividade de Natureza Econômica (AMPLO). + Prestação de Serviços Públicos
Art. 173 da CF- § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
Regime Jurídico III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios
da administração pública;
Seguem as Regras de Direito Privado com Derrogação Parcial de normas de Direito Público,
pois devem obedecer:
-Concurso Público
-Licitação.
Foro competente para resolver eventuais litígios entre os empregados públicos e a Empresa
Pública e Sociedade de Economia Mista= Justiça do Trabalho (devido à natureza contratual).
-Não são celetistas nem estatutários- se submetem a um regime especial, regido pelo Direito
Empresarial.
Dirigentes
-são nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.
-Mandado de Segurança só será cabível quando o dirigente atuar como autoridade pública (licitações.
Concursos, etc).
Foi criada uma lei específica para licitações das EP e SEM (para que fosse afastada a lei 8666 e essas
entidades estivessem mais aptas ao regime concorrencial). Então, coo REGRA, se aplica a Lei
13.303/2016
Utilização da Lei 8666/93 (Lei de Licitações) apenas nos casos expressamente previstos na Lei
13.303/2016:
Licitações
1. Normas de Direito Penal
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2. Critérios de Desempate
Lei 10520/2002 (Lei do Pregão) = modalidade preferencial para aquisição de bens e serviços
comuns.
Art. 28, §3º- São as empresas públicas e Sociedade de Economia Mista dispensadas da observância
dos dispositivos deste capítulo (que trata de licitações) nas seguintes situações:
II. Nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares,
vinculada a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de
procedimento competitivo.
Quanto à FORMA JURÍDICA Qualquer forma admitida em SEMPRE será uma Sociedade Anônima.
direito.
Quanto à COMPOSIÇÃO DO Capital 100% público (da Conjugação do capital público e privado, mas a MAIORIA
CAPITAL Administração direta ou indireta). do capital pertencerá a entidade pública.
Quanto ao FORO E.P. FEDERAIS= Justiça Federal Súmula 517/STF= As S.E.M só têm foro na Justiça
Federal quando a União intervém como assistente ou
PROCESSUAL E.P ESTADUAIS= Justiça Estadual
oponente. Se a União tiver interesse direto.
BNDES-Banco nacional de
Desenvolvimento econômico e
social Petrobrás- Petróleo Brasileiro S.A
Casa da Moeda Banco do Brasil S.A
Exemplos Caixa Econômica Federal Eletrobrás
Conab- Companhia Nacional
de Abastecimento
Correios
Infraero
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ATOS ADMNISTRATIVOS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Conceito de Ato administrativo: É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos IMEDIATOS, com
observância da lei, sob o REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO e sujeito a controle pelo Poder Judiciário.
Atos DA administração
Podem ser:
b) Naturais: aqueles que se originam de fenômenos da natureza, cujos efeitos se refletem na órbita administrativa.
REGRA: não pode ser considerado ato administrativo e, a rigor, a ausência de manifestação da administração não produz
consequências imediatas.
4. Atos Administrativos: editados no exercício da FUNÇÃO ADMINISTRATIVA, sob regime jurídico de DIREITO
PÚBLICO e traduzindo a manifestação de vontade do estado.
OBS.: Ato administrativo é espécie de Ato jurídico, e, de acordo com CESPE, os conceitos se confundem.
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ABUSO DE PODER
EXCESSO DE PODER DESVIO DE PODER
O agente público extrapola a competência que lhe foi O agente público, apesar de competente, não pratica o ato de
conferida em lei. acordo com o interesse público ou o pratica fugindo dos fins
específicos fixados pelo legislador.
Vício de Competência.
Vício de Finalidade
Admite convalidação. Admite NÃO admite NÃO admite convalidação NÃO admite
(“correção”). convalidação convalidação convalidação
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ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Macete: –P.A.T.I
Presente em todos os Só quando a lei prever ou Presente em todos os Não estão presentes em todos, mas
atos quando se tratar de medida atos. caracteriza os que emitirem uma ordem,
urgente. um comando.
Mérito Administrativo
Controle de Destinado a investigar a atividade administrativa bem como o resultado alcançado pelo ato praticado de
Mérito acordo com a conveniência e oportunidade da administração.
O Poder judiciário NÃO PODE ingressar no MÉRITO ADMINISTRATIVO: pode avaliar os limites de
discricionariedade sob o aspecto da legalidade.
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ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
ENUNCIATIVOS NORMATIVOS ORDINATÓRIOS NEGOCIAIS PUNITIVOS
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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Simples Complexos Compostos
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EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
1. Retirada=Desfazimento volitivo, teve uma manifestação de vontade da Administração.
Anulação Revogação Cassação Convalidação (não é forma de extinção, mas vale a pena colocar
no quadro comparativo).
Particular
deixa de
Conceito Ilegalidade ou Juízo de cumprir É tornar um ato válido, fazendo correções no ato com vício SANÁVEL.
Ilegitimidade. Oportunidade e requisitos para
Vício Conveniência. Só os usufruir do ato
INSANÁVEL atos VÁLIDOS podem administrativo.
ser revogados. É uma
irregularidade
na EXECUÇÃO
Não é possível
1. Prazo de 5 Finalidade, Motivo e Objeto NUNCA podem ser convalidados.
1.Atos que exauriram
anos
os seus efeitos. Só pode:
Limites/ (decadencial),
2.ATOS VINCULADOS
contados da FORMA: desde que não seja fundamental à validade do ato
3. Atos que geram
Impossibilid data em que
direito Adquiridos
ade foram Competência em relação ao SUJEITO: desde que não seja exclusiva,
4.Atos Integrativos:
praticados, nesse caso a convalidação recebe o nome de RATIFICAÇÃO.
que integram
salvo má fé.
processo Competência em razão da MATÉRIA: NÃO SE ADMITE convalidação.
2.Preserva
administrativo Ex.: quando um ministério pratica ato de competência de outro
direitos
5.Meros atos ministério, porque, nesse caso, também existe exclusividade de
Adquiridos
Administrativos: atribuições
pareceres, certidões
e atestados. Além disso, nesses casos VÁLIDOS, não poderá se tiver havido:
Prescrição e quando houver impugnação (expressa ou por
resistência) das pessoas atingidas.
OBS.: Não há repristinação de um ato que foi REVOGADO primeiramente. Ex.: Revogou um ato que havia revogado um ato primeiro.
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2. Outras Hipóteses de Extinção:
Existência de uma nova legislação e o antigo ato é incompatível Emite-se um ato com efeito O beneficiado do ato abre mão do ato.
com a nova lei. Reconhecida doutrinariamente como contraposto do anterior,
decaimento. Dá-se quando uma norma jurídica posterior torna chamada de derrubada pela Ex.: abrir mão da aposentadoria para ocupar um
inviável a permanência de situações antes permitidas pelo doutrina. novo emprego.
ordenamento.
Ex.: ato de nomeação e ato de
Ex.: permissão para construir e o novo plano diretor veda tal exoneração (que extingue o
construção. 1º)
OBS.: USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA, o qual consiste em um tipo de defeito do ato quanto ao sujeito que o pratica. Particular,
não agente público pratica Ato da Administração. Quando tal vício ocorre, ou seja, quando um particular pratica ato privativo da
Administração Pública, o ato é considerado INEXISTENTE, e não nulo ou anulável.
OBS2: Enquanto não for declarada a invalidade do ato administrativo pela administração ou pelo Poder
Judiciário, o ato inválido produzirá normalmente seus efeitos.
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AGENTES PÚBLICOS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Hely Lopes Meirelles define agentes públicos como "todas as pessoas físicas incumbidas
definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal".
Maria Sylvia Zanella Di Pietro conceitua agente público como "toda pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta".
José dos Santos Carvalho Filho conceitua a expressão agentes públicos como "o conjunto de
Conceito pessoas que, a qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado".
Possui um sentido amplo: “ainda que transitoriamente ou sem remuneração”, e possui qualquer
forma de investidura (eleição, por exemplo prefeito, nomeação, etc).
Mandato;
Cargo;
Emprego;
Função.
Art. 37 da CF- VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
Portadores de VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
Deficiência na deficiência e definirá os critérios de sua admissão; - Na Lei 8112/90 para pessoas com
Administração Pública deficiência são reservadas ATÉ 20% das vagas ofertadas no concurso.
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS
Agentes Políticos Agentes Administrativos Agentes Delegados Agentes Agentes
Honoríficos credenciados
-Primeiros escalões do Poder Público São Servidores Públicos em sentido AMPLOS. -Particulares que prestam -Cidadãos convocados, -Representam a
serviço público por designados ou nomeados Administração
-Elaboram Políticas Públicas e dirigem a administração. -Exercem atividades administrativas nos
DELEGAÇÃO. para prestar, Pública em
órgãos e entidades da Administração Pública;
-Atuam com liberdade funcional. transitoriamente, atividade
Descentralização por
-Mantém vínculo profissional e remunerado; determinados serviços específica.
Exemplos: colaboração.
relevantes ao Estado.
-Sujeitos à Hierarquia funcional -Recebem
-Chefes do Poder Executivo, Ministros de Estado, -Podem ser Pessoas Físicas
-Não possuem vínculo remuneração do
Secretários (livre nomeação). Se dividem em: ou Pessoas Jurídicas.
empregatício ou Poder Público
estatutário com o credenciante.
-Senadores, Deputados e Vereadores. a) Servidores Públicos em sentido estrito -Não recebem remuneração
do Poder Público: são pagos Estado.
(estatutários): efetivos e em comissão. Exemplo:
-Membros do Poder Judiciário: Magistrados em Geral, pelos usuários do serviço.
-EM REGRA, não possuem medalhista
Membros do MP, membros do TCU*, Diplomatas.
b) Empregados Públicos: regime celetista. remuneração. olímpico
Exemplos: Concessionários
*Para o STF membros do TCU são Agentes e permissionários de obras representando o
c) Servidores Temporários: para atender à Exemplos: Jurados do
Administrativos e serviços públicos, país.
necessidade temporária de excepcional Tribunal do Júri,
leiloeiros,
Nem todo Agente Político é Eleito, por exemplo, o interesse público. mesário, membros do
tradutores/intérpretes.
Diplomata (admissão via Concurso Público). Conselho Tutelar.
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@Resumos_Tabelados
Grupo de agentes, que mesmo SEM TER uma investidura normal e regular, executam função pública em
nome do Estado. Se dividem em:
FATO B) Agentes Putativos Possuem investidura IRREGULAR. Nesses casos, se aplica a Teoria da
Aparência dos Fatos. Nesses casos, há uma presunção de Legitimidade dos fatos praticados, logo, visando
à proteção do administrado de boa-fé, os atos são considerados VÁLIDOS. Dessa forma, os atos dos
agentes de fato devem ser convalidados (corrigidos).
Ex.: Servidor Público sem concurso superior que atende como Analista em um TRE.
É uma unidade indivisível de competência. Possuem vínculo CONTRATUAL (regras É um conjunto de atribuições.
da CLT).
Previstos em nº certo, com denominação Todo Cargo ou Emprego possui
própria. É um Regime Híbrido: função.
É a “vaga” dentro da estrutura do órgão -Predomínio de Direito Privado (CLT) Mas, nem toda função
corresponde a um cargo/
É a PROFISSÃO. -Segue regras de Direito Público:
emprego.
concurso, motivação para demissão.
Art. 3º da Lei 8112:
-Não possuem estabilidade, mas só podem ser
Cargo Público: é o conjunto de atribuições e
demitidos MOTIVADAMENTE. Por exemplo, a Função Autônoma.
responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um Onde se encontram: Função autônoma:
servidor.
REGRA: Entidades de Direito Função Temporária: exercida
Servidor Público ocupa um cargo público. Privado pelos servidores temporários.
-Empresa Pública
Servidor Função de Confiança: exercida
Cargo por servidores de cargos
Público -Sociedade de Economia Mista
efetivos (direção, chefia,
EXCEÇÕES: assessoramento).
Onde se encontram:
1. Agentes Comunitários de Saúde e
Entidades de Direito Público (Adm. Agentes de combate a Epidemias.
Direta, Autarquia e Fundação Pública). atuam nas prefeituras.
Servidores Públicos (ESTATUTÁRIOS):
cargos efetivos OU em comissão. 2. Art. 39 da CF. Existem empregados
entre a EC/98 e a ADI 2135 (2007) (1);
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(1) a Emenda Constitucional nº 19, de 1998, excluiu do caput do artigo 39, a exigência de regime único,
possibilitando então a adoção dos dois regimes na administração pública, o estatutário para cargos públicos
e o celetista para empregos públicos, o que levou alguns municípios a realizarem concurso sob o regime da
CLT, principalmente para a contratação de servidores, nesse caso de empregados públicos, para a execução
de programas do governo federal como saúde da família e outros e para a execução de convênios com prazo
determinado de duração.
Ocorre que, em 2007, o Supremo Tribunal Federal deferiu Medida Cautelar na ADI nº 2135-4/DF, cujo
Acórdão só foi publicado em 7/3/2008, considerando inconstitucional a parte da Emenda 19 que aboliu a
exigência de regime único, restaurando a redação original do artigo 39 da Constituição, voltando então ao
regime único anteriormente estabelecido, interpretando ainda, que a relação sujeita a CLT é de caráter
tipicamente privado, não se aplicando a servidor público, seja estável ou temporário, dando como obrigatório
para essa categoria o regime estatutário.
Assim, a partir da publicação do Acórdão em 7/3/2008, tornou-se inviável a contratação de pessoal pela
CLT na administração pública. Todavia, em nome da segurança jurídica, ressalvou-se as já existentes, apenas
não se admitindo novas contratações pela CLT.
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ACESSIBILIDADE AOS CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES
Art. 37 da CF. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Dispositivo
Brasileiros Norma de eficácia CONTIDA. Não precisa de lei para mediar os seus efeitos, porém,
Legal
poderá ver o seu alcance limitado,
Estrangeiros- Previsão na Lei 8112: As universidades e instituições de pesquisa federais poderão prover cargos com
previsão 8112 professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas desta lei.
Súmula 683 (STF): O limite de idade para inscrição em concurso público só se legitima quando possa
ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
Limite de Idade
Súmula 14 (STF): Não é admissível por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em
em Concurso
concursos para cargo público. deve ter previsão em LEI.
Público
Deve estar especificado no edital.
Exame Súmula 686 (STF): Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
Psicotécnico público. edital somente não pode prever. A exigência decorre da lei.
Limitação de STF: I - É razoável, dada a natureza e as peculiaridades do cargo, exigir-se altura mínima para o
altura, sexo e ingresso em carreira militar, devendo esse requisito, contudo, encontrar previsão legal e não apenas
editalícia.
idade na
Carreira STF: A imposição de restrição de gênero para fins de participação em concurso público somente é
Militar compatível com a Constituição nos excepcionais casos em que demonstradas a fundamentação
proporcional e a legalidade da imposição, sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. STF. 2ª Turma.
RE 528684/MS, rel. Min. Gilmar Mendes
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@Resumos_Tabelados
STF. Plenário. RE 560900/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 5 e 6/2/2020 (repercussão geral
– Tema 22): Sem previsão constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima a cláusula de
edital de concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de responder a
inquérito ou a ação penal.
STJ, 1ª turma sobre o TAF: Em concurso público, o teste de capacidade física somente pode ser exigido
se: a) houver previsão na lei que criou o cargo (não pode ser previsto apenas no edital do certame); b)
Jurisprudência tiver relação (razoabilidade) com as funções do cargo; c) estiver pautado em critérios objetivos; d) for
passível de recurso. STJ. 1ª Turma.
STF, em sede de repercussão geral, fixou a seguinte tese: Na hipótese de posse em cargo público
determinada por decisão judicial, o servidor não faz jus à indenização, sob fundamento de que deveria ter
sido investido em momento anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante. STF. Plenário. RE
724347/DF
(Info 612). STJ: O candidato aprovado fora do número de vagas, mas que fique dentro do número de
vagas em virtude da desistência de alguém melhor colocado, passa a ter direito subjetivo de ser
nomeado.
Concurso Público
Dispositivo
OBRIGATÓRIO: para cargos e empregos EFETIVOS.
Legal
Não se aplica:
Exceção 1: nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração. É o que
chamamos de cargos demissíveis ad nutum.
Exceção2: nos casos da lei, poderá haver contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público.
Exceção 3: ADCT, art. 53: Ao ex –combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas
durante a Segunda Guerra Mundial.
Prazo de Art. 37 da CF III - o prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por
Validade do igual período. Logo, pode haver concurso com validade de até um mês.
Concurso Conta-se a partir da Homologação.
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PRIORIDADE DE NOMEAÇÃO
Art. 37 da CF IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Dispositivo
Legal
REGRA: Pode fazer novo concurso enquanto vigente o outro, MAS deve observar a prioridade mesmo que
o candidato do concurso anterior tenha conseguiu nota menor do que o primeiro colocado do novo concurso.
Âmbito Federal (8112): Art. 12 §2º- NÃO é possível abrir novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. não é inconstitucional, a
norma é apenas mais restrita.
DIREITO À NOMEAÇÃO
Candidato aprovado DENTRO no número Candidato fora do número de vagas previsto no Edital
de vagas previsto no edital
STJ: Se o edital prever que serão providas “além das vagas oferecidas”, as
que virem a existir durante a validade do concurso terão direito à
nomeação.
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@Resumos_Tabelados
CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA
Art. 37. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
Súmula Vinculante 13: A nomeação de CÔNJUGE, companheiro ou PARENTE EM LINHA RETA, COLATERAL OU
POR AFINIDADE, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
poderes da União, E, DF, e M, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF.
Exceção: À nomeação de irmão de governador de Estado no cargo de secretário de Estado não se aplica
a Súmula Vinculante 13 por se tratar de cargo de natureza política, já que secretários de Estado são agentes
políticos.
Exoneração não é ato punitivo (não precisa observar o contraditório e a ampla defesa).
Observações Os servidores em cargo em comissão (exclusivamente) são Servidores Públicos em sentido estrito.
Logo, é estatutário, mas NÃO possui estabilidade. Se sujeita ao Regime Geral de Previdência social (RGPS).
Nomenclatura: O servidor não é “nomeado” a ocupar uma Função de Confiança e sim DESIGNAD para
exercer essa função (ele já tem o cargo o qual ele já foi nomeado).
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@Resumos_Tabelados
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA
Dispositivo Art. 37 da CF, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
à necessidade temporária de excepcional interesse público;
Legal
É a exceção 2 à regra de obrigatoriedade do concurso público.
Os agentes temporários exercem função pública remunerada, mas não ocupam cargo, nem
emprego público.
Disposições Firmam Contrato de Direito Público com a Administração. Não é um contrato de trabalho
Gerais propriamente dito.
OBS.: é VEDADO a terceirização para atividades próprias de servidor, pois estaria violando a regra do
concurso.
-Trata-se de uma norma de eficácia limitada. E essa lei não foi editada.
Dispositivo
-Esse dispositivo NÃO é aplicado aos empregados públicos.
STF: enquanto não editada essa lei específica referida, deve-se aplicar a lei de greve dos trabalhadores
privados aos servidores públicos.
ADI 3235: É inconstitucional lei que considera falta grave ou fato desabonador o exercício de greve
Jurisprudência durante o estágio probatório.
O STF fixou o entendimento, com repercussão geral, de que ”A administração pública deve proceder ao
desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos,
em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de
acordo. O desconto será, contudo, INCABÍVEL se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta
ilícita do Poder Público.
Agentes de STF É VEDADO o exercício de greve, sob QUALQUER MODALIDADE, aos Policiais Civis e a todos os
Segurança servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.
Pública Mas é obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas
das carreiras de segurança pública, para valorização dos interesses da categoria.
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@Resumos_Tabelados
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS
REGRA Art. 37 da CF XVI - É VEDADA a acumulação remunerada de cargos públicos
Professor + professor
Professor + cargo técnico ou científico
Profissional de saúde + profissional de saúde. (Que possuam profissão
regulamentada)
Cargo Público com mandato de vereador, desde que haja compatibilidade de horários (art.38, CF);
Outras
Hipóteses de Possibilidade de juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério (art. 95, CF).
Acumulação
Possibilidade de acumulação, com prevalência da atividade militar, do cargo de militar com um de
saúde com profissões regulamentadas, para os profissionais de saúde das Forças Armadas.
STF= Nos casos autorizados de acumulação, a incidência do teto constitucional remuneratório pressupõe
consideração DE CADA um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório
quanto ao somatório dos ganhos do agente público. deve analisar o teto não sobre o somatório, mas
sobre cada um dos vínculos.
Jurisprudência STJ = A carga horária não pode ser superior a 60 horas semanais. Exceção: profissionais da saúde.
(Em 2019) A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) adequou seu entendimento à posição
do Supremo Tribunal Federal (STF) e declarou que profissionais da área de saúde devem apenas
comprovar a compatibilidade de horários para acumular cargos públicos, não se aplicando mais o limite
semanal de 60 horas.
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Acumulação de Cargos Públicos e Proventos de aposentadoria Públicos
Art. 37 §10 É VEDADA a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40
(Regime Próprio de Previdência Social) ou dos arts. 42 e 142 (militar) com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
CF, art. 40, §6º: Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência
previsto neste artigo.
Não está falando do regime geral de previdência social. Nada impede a cumulação de um regime
próprio com um do regime geral (RGPS).
REGRA 2É vedado cumular cargos ou empregos públicos com proventos públicos de aposentadoria:
Jurisprudência STJ= é possível a acumulação de proventos de emprego público com a remuneração de função
temporária.
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ESTABILIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Dispositivo Art. 41. Da CF- São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
(Art. 41, §1º da CF) 4. Excesso de despesas de pessoal (art. 169, CF). Exoneração.
Art. 41 § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, RECONDUZIDO ao cargo de origem, sem direito a
Outras Disposições indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
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VITALICIEDADE
É diferente de Estabilidade e de Efetividade. Efetividade é o cargo que depende da prévia aprovação
em concurso público.
Disposições Gerais
A vitaliciedade é a condição que fará com que o servidor público SÓ PERCA o cargo om
sentença judicial transitada em julgado.
A pessoa que adquire Vitaliciedade não pode perder o cargo por processo administrativo.
Dispositivo
O inciso XVIII da CF/88 enaltece a importância da Administração Fazendária, e dos seus servidores
fiscais, para a Administração, o Estado e a sociedade em geral.
Tal norma não é auto-aplicável, dependendo do Legislador ordinário para a consecução de seus efeitos na
realidade prática.
Entretanto, tal precedência administrativa pode ser compreendida como: a prioridade na destinação de
recursos orçamentários, para o aprimoramento da gestão Fazendária e de seus servidores; tramitação
preferencial dos feitos fiscais; a garantia da independência dos servidores na fiscalização das atividades
desenvolvida pelos contribuintes; independência no exercício de atos de sua competência;
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais entre as Fazendas Tributárias, na forma da lei
etc.
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SISTEMA REMUNERATÓRIO DOS AGENTES PÚBLICOS
Os vencimentos e subsídios dos servidores públicos, em regra, só podem ser fixados ou alterados
por lei específica.
Disposição Geral
EXCEÇÃO: subsídios de Deputados Federais, Senadores, Presidente e Vice-Presidente da
República e Ministro de Estado podem ser fixados ou alterados por decreto legislativo
do Congresso Nacional.
Art. 37 X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
Revisão Geral assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
anual
O aumento da remuneração decorrente da Revisão Geral é chamado de “aumento impróprio”.
Esse aumento leva em conta a inflação e o poder de compra do servidor. Não se confunde
com os “aumentos reais”, decorrentes de uma reestruturação no plano de carreira.
Remuneração Em sentido amplo: abrange remuneração em sentido estrito Agentes Públicos em Geral
(vencimentos +salários) e subsídios.
É o sistema em que o agente é remunerado por meio de Agentes Políticos e algumas carreiras
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer vantagem específicas, como Policiais, AGU,
Subsídio pecuniária. defensores públicos,
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TETO REMUNERATÓRIO
Art. 37- XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Dispositivo Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal, em
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite
aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
A regra do “teto” vale para qualquer membro de poder ou ocupante de cargo, emprego ou
função pública, de qualquer poder, seja administração direta, Autárquica, Fundação Pública, e
ainda, CASO recebam recursos públicos para custeio ou pagamento de pessoal, irá alcançar
as empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias.
Abrange o somatório de todas as parcelas remuneratórias, salvo as de caráter indenizatório
(na esfera federal, segundo a Lei 8112/90, as parcelas indenizatórias seriam: ajuda de custo,
diária, transporte e auxílio moradia).
Organizando o No caso de acumulação de cargos, o teto é avaliado para cada cargo.
Inciso
Teto Federal e Geral Subsídio dos Ministros do STF.
Teto Estadual/Distrital:
-Para o Poder Judiciário Subsídio do desembargador do Tribunal de Justiça (este está limitado a
90,25 % do STF, e também se aplica aos membros do Ministério Público, procuradores e defensores
públicos).
Estados e Distrito federal podem definir um limite único, tendo como base o subsídio do
Desembargador do TJ:
Art. 37 § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado
a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
Outras
aos pagos pelo Poder Executivo;
disposições
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Se a remuneração (bruta) extrapolar o teto, será aplicado o “abate teto”.
Se extrapolar o
Teto A base de cálculo dos descontos previdenciários e o imposto de renda será fixado APÓS a definição
do valor a ser recebido por força da observância do teto constitucional. só desconto APÓS o “abate
teto”.
Art. 37 da CF- XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para
o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
Não vinculação Essa vinculação ou equiparação só será permitida nas hipóteses constitucionais.
ou Equiparação
Remuneratória Por exemplo: CF, art. 39 §5º: Lei da União, Estado, DF e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre maior e menor remuneração dos servidores públicos,
Protege o valor NOMINAL (numérico) e o valor bruto. NÃO protege contra o poder de compra
(inflação) e nem protege uma diminuição do valor líquido.
As parcelas componentes podem ser modificadas, desde que haja manutenção do valor final.
Jurisprudência
Súmula Vinculante nº 37= Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar os
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
Súmula 679, STF= A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva.
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PODERES ADMINISTRATI VOS
Poderes Administrativos são prerrogativas concedidas por lei aos agentes administrativos com a
finalidade de permitir que o Estado alcance seus fins.
Conceito
Poder Administrativo = Poder Instrumental.
1. Vinculado
2. Discricionário
Tipos de
3. Hierárquico
Poderes
4. Disciplinar
Administrativos
5. Regulamentar
6. De Polícia
Aquele que a lei define todos os seus elementos, e, diante do Há uma margem de atuação para a autoridade decidir a
caso concreto só terá UMA solução possível. melhor solução para a sociedade. Há uma liberdade de
escolha.
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PODER HIERÁRQUICO DescOncentração
É o Poder de distribuições de competências e atividades INTERNAS. Trata-se de uma forma de organização
administrativa.
Dar ordens,
Fiscalizar,
Controlar,
Rever atos;anulando ou revogando
Delegar, avocar competências.
Finalidade
O Poder Hierárquico NÃO depende de lei.
Temos como consequência lógica da hierarquia o poder de comando realizado entre as instâncias
superiores sobre os inferiores (que possuem dever de obediência).
Características O Poder Hierárquico é inerente à Organização Administrativa. Possui caráter irrestrito, permanente e
automático.
O controle hierárquico exercido pelo superior incide sobre TODOS os aspectos dos atos de subordinados,
inclusive sobre o mérito administrativo.
Observação: Quando se edita norma interna, para regular o funcionamento dos funcionários, por exemplo,
portaria, o que há é um exercício do Poder Hierárquico, não normativo.
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Delegação Avocação (chamar para si)
Ocorre quando um superior hierárquico confere o exercício temporário de algumas Superior Hierárquico atrai para si o
de suas atribuições a um subordinado. É um ato discricionário. exercício temporário de determinada
competência exercida por um
Pode ocorrer FORA da Estrutura Hierárquica subordinado. É um ato discricionário,
Só vai decorrer do Poder Hierárquico quando a delegação for para um de caráter excepcional e que deve ser
SUBORDINADO. devidamente justificado.
Competências que NÃO podem ser Delegadas: NÃO pode ocorrer fora da estrutura
subordinada. Não pode avocar
Atos de Natureza Política competências exclusivas do
Funções Típicas de cada poder, salvo nos casos da Constituição Federal. subordinado.
PODER DISCIPLINAR
Conceito É a prerrogativa para APLICAR SANÇÕES àqueles que, submetidos a disciplina interna da Administração,
cometem infrações.
Admite discricionariedade (quanto à gradação e à escolha da penalidade, mas NÃO quanto ao dever
de punir). Logo, trata-se de uma discricionariedade limitada.
Não se Poder Punitivo do Estado: Poder Punitivo do Estado é aquele exercido pelo Poder Judiciário para
confunde com punir infrações de natureza civil e penal. Ex.: Atos de Improbidade Administrativa.
Diferenças
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PODER REGULAMENTAR OU NORMATIVO
O poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os Chefes do executivo (Presidente da
República, Governadores e Prefeitos) de explicar a lei para a sua correta execução
(Regulamentos), ou de expedir Decretos Autônomos sobre matéria de sua competência ainda não
disciplinada por lei. É um poder inerente e privativo do Chefe do Executivo (CF, art. 84, IV), e, por
Conceito isso mesmo, indelegável a qualquer subordinado.
O Poder Regulamentar é o poder que o Chefe do Executivo tem de editar Decretos para a fiel
execução das leis e para dar-lhes maior aplicabilidade.
Existem alguns autores, que faz uma diferenciação do que seria Poder Normativo e Poder
Regulamentar.
Mas ATENÇÃO: muitas questões não fazem essa diferenciação, e tratam “poder regulamentar”
como sinônimo de “poder normativo”.
Poder Normativo
Poder
Regulamentar
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Art. 84 da CF- Compete privativamente ao Presidente da República:
IV-sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para a sua fiel execução. Chamados de Decretos de Execução. Decretos Regulamentares,
Regulamento de Execução.
Apesar do artigo citar “Presidente da República”, este artigo está se referindo também
aos demais chefes do Poder Executivo (Governadores e Prefeitos).
Decreto Regulamentar Existem algumas leis que não necessitam de regulamento para a sua fiel execução.
ou Executivo Nesses casos, trata-se de uma lei autoaplicável.
O Poder Regulamentar se refere à aplicação de LEIS ADMNISTRATIVAS (são as leis que
se referem de alguma forma à Administração Pública).
Trata-se de Atos Normativos SECUNDÁRIOS= EM REGRA, não podem inovar na ordem
jurídica. A exceção fica por conta dos Decretos Autônomos e Regulamentos
Autorizativos.
É um ato de Caráter Geral e Abstrato.
EM REGRA, Não pode ser Delegado (se estivermos falando só do art. 84, IV), que trata
dos Decretos Regulamentares. A exceção fica por conta dos Decretos Autônomos.
Decretos Autônomos Tratam-se de Atos PRIMÁRIOS (não regulamentam leis). São primários pois o
fundamento desses decretos decorre da própria Constituição Federal e não de uma lei.
Disciplinam sobre Organização/Funcionamento da Administração.
Não podem implicar aumento de Despesa ou Criar ou Extinguir órgãos.
Admite DELEGAÇÃO. Por esse motivo, devemos tomar cuidado com o termo
“privativo” presente no caput do art. 84. Apesar de estar escrito “privativo” e o inciso
IV não poder realmente ser delegado, aqui no inciso VI isso pode ocorrer.
-Ministros de Estado
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REGRA Não pode inovar e não pode “Preencher lacunas”.
O poder regulamentar pode preencher “lacunas propositais”. Lacunas Propositais são aquelas em que o
legislador propositalmente deixou para que o poder executivo discipline sobre.
O poder regulamentar pode criar “obrigações derivadas”. Obrigações Derivadas são aquelas obrigações que
decorre de uma obrigação principal, decorre de uma obrigação primária. Exemplo: o legislador disse que
para poder dirigir, a pessoa deve ter uma licença para dirigir. A lei criou essa limitação, bem como outros
requisitos (ter mais de 18 anos, etc), que estão disciplinados lá no Código de Trânsito Brasileiro. O que pode
ocorrer é um regulamento disciplinar quais são os meios de prova que comprovem que a pessoa possui essas
Poder
condições.
Regulamentar
pode “inovar na EXCEÇÕES:
Ordem Jurídica?
1. Decretos Autônomos
O administrador público age no exercício do PODER HIERÁRQUICO ao editar atos normativos com o objetivo
de ordenar a atuação de órgãos a ele subordinados.
Questão: edição
Di Pietro: editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções), com o objetivo de ordenar a atuação
de atos
dos órgãos subordinados; trata-se de atos normativos de efeitos internos e, por isso mesmo, inconfundíveis
normativos com os regulamentos; são apenas e tão somente decorrentes da relação hierárquica, razão pela qual não
dentro do Poder obrigam pessoas e ela estranhas.
Hierárquico (já
Nos atos normativos decorrentes do poder hierárquico a norma é INTERNA, com finalidade de ordenar a atuação dos
foi pegadinha em órgãos subordinados, não se estende a pessoas estranhas pois decorre tão somente da hierarquia.
prova). Nos atos normativos decorrentes do poder de polícia as normas atingem pessoas estranhas à Administração. A norma
é EXTERNA e visa limitar o interesse individual em prol do coletivo.
Por fim, os atos normativos editados pelo poder normativo/regulamentar são apenas complementares à lei, visando
sua fiel execução. Por exemplo, conceitos técnicos em portarias, regulamentos, resoluções etc.
Controle dos O Congresso Nacional pode sustar atos normativos do Executivo que exorbitem o Poder Regulamentar.
Atos Controle de Legalidade: O Poder Judiciário e a própria administração podem anular atos ilegais ou
Regulamentares ilegítimos.
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PODER DE POLÍCIA
Prerrogativa da Administração para condicionar ou restringir o exercício de atividades privadas, com
vistas a proteger o interesse coletivo.
Conceito Exemplo: expedição de alvarás para construções, interdição de estabelecimento em situação irregular,
fiscalização ambiental, aplicação de sanções pelo descumprimento de normas de trânsito (ex.: multas).
Disposições Qualquer medida restritiva deve observar o devido processo legal (ampla defesa), bem como os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade;
Gerais Em caso de urgência, o direito de defesa pode ser diferido, ou seja, realizado posteriormente.
Em SENTIDO AMPLO= Atinge as atividades Legislativas (ex.: Código de Trânsito Nacional, Estatuto do
Desarmamento) e a atividades administrativas de restrição e condicionamento.
Art. 145 da CF- A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II-taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
Podem ser cobradas TAXAS (espécie de tributo) em razão do exercício do Poder de Polícia, para
Taxa de custear o exercício de Poder de Polícia.
Polícia É condição para cobrança da taxa o efetivo exercício do Poder de Polícia.
STF: para que seja cobrada uma taxa, não é necessário a “visita in loco”, não precisa que uma
autoridade vá até o estabelecimento e vistorie para “fazer valer a taxa”. Basta que exista uma
estrutura e capacidade para exercer a fiscalização.
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Modalidades de Exercício
Decorre de uma anuência prévia da Administração para a Aplicações de sanções administrativas a particulares pelo
prática de atividades privadas que possam afetar a descumprimento de normas de ordem pública (normas de
coletividade. polícia).
-Formalizados por Alvarás, Carteiras, Declarações, O ato repressivo é a aplicação da sanção e NÃO o
Certificados. procedimento de fiscalização.
Licença Autorização
Anuência para usufruir um direito. Anuência para exercer atividade de interesse do PARTICULAR.
Ex.: Licença para o exercício de profissão ou para Ex.: Interdição de rua para realização de festividade, o trânsito por
construir em terreno de sua propriedade. determinado locais e porte de arma de fogo.
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Poder de Polícia pode ser:
ORIGINÁRIO Realizado pela Administração DIRETA (Pessoa política: União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Autarquias
Fundações Públicas de Direito Público.
2º Condição: Autorização que essa transferência de competência esteja disciplinada em uma LEI.
A Doutrina mais moderna entende que é possível haver a Delegação do Poder de Polícia nas seguintes
condições:
DELEGADO
Se for uma entidade de DIREITO PÚBLICO É possível delegar todas as fases do poder de polícia.
Sanção SIM -
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Atributos do Poder de Polícia (em REGRA)
Exceções: Alguns atos de polícia podem ser vinculados (ex.: licenças), não autoexecutáveis (ex.: cobrança de multa não paga)
ou não coercitivos (ex.: atos preventivos, como licença e autorização).
Sanções de Polícia
Princípio do Devido Processo Legal: deve ser observado um Processo Administrativo para
aplicação das sanções. E dentro desse processo deve ser observado o contraditório e a
ampla defesa.
Exemplos - MULTA.
-Destruição de mercadorias.
-Interdição de estabelecimento.
EXCEÇÃO: quando o objeto da sanção também constituir crime, no caso, aplica-se o prazo da lei
penal.
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Poder de Polícia (Polícia Administrativa) Polícia Judiciária
Incide sobre infrações de natureza administrativa; Apura ilícitos penais, com o objetivo de preparar a função
jurisdicional.
Exercida por diversos órgãos administrativos (Vigilância Exercida por corporações especializadas (Polícia civil,
Sanitária, Ibama, Detran) federal e militar)
Abuso de poder é dividido em 2 EXCESSO DE PODER Vício de competência, atuação desproporcional. Ato
categorias passa a ser ILEGAL.
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CONTROLE ADMINISTRATIVO
DISPOSIÇÕES GERAIS
Quando a Administração Pública pratica seus atos administrativos, existem diversos instrumentos que
permitem que haja um controle sob esses atos. Se fundamenta no Princípio da Indisponibilidade do Interesse
Conceito público, o Administrador é mero gestor da coisa alheia.
Esses mecanismos permites a Fiscalização, Orientação, Revisão dos Atos Administrativos praticados.
CLASSIFICAÇÕES
Quanto ao Momento do Exercício
Quando feito ANTES da prática do ato. Ocorre DURANTE a Feito APÓS a conclusão do ato.
realização do ato, como
Deve-se frisar que os Poderes Legislativo e Tem o objetivo de convalidar (corrigir) ou declarar a
o que ocorre nas
Judiciário também podem exercer controle nulidade do ato administrativo praticado, revogar (por
auditorias ou na
prévio. Exemplos: conveniência e oportunidade, cassação, etc).
fiscalização de um
Nesse sentido, podemos mencionar a contrato. Ex.: Homologação de Concurso Público, Sustação dos
necessidade de prévia aprovação, pelo Senado Atos Normativos do Poder Executivo que exorbitem
Federal, da escolha de ministros do STF, de seu Poder Regulamentar através do Congresso
tribunais superiores e do Tribunal de Contas Nacional, Anulação de um ato por ato Judicial.
da União, de
governador de Território Federal, etc(CF, art.
52, III,). Observação: o controle judicial dos atos
administrativos é, em regra, posterior, mas pode ser
Com efeito, no que se refere ao controle exercido a priori, como é o caso do Mandado de
judicial, a Constituição Federal dispõe, em seu Segurança Preventivo
art. 5º, XXXV, que a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou
AMEAÇA a direito, demonstrando a
possibilidade de controle prévio por esse
Poder, como, por exemplo, na concessão de
liminar em mandado de segurança.
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Quanto à ORIGEM
Feito NO ÂMBITO DO MESMO PODER. Por exemplo, o Poder Executivo O controle vem de fora, Pode ser feito
praticou um ato administrativo e está exercendo um controle sobre aquele temos um Poder diretamente ou por
ato. Pode ser: exercendo controle sobre meio de órgãos
OUTRO PODER. especializados.
a) Hierárquico: É a subordinação de órgãos inferiores aos superiores e
não depende de previsão legal, sendo exercida com base nos controles Ex.: Poder Judiciário Ação Popular;
de legalidade, conveniência e oportunidade. É exercido dentro de uma anulando atos do Poder
Mandado de
única pessoa. Ex.: Chefe do órgão revisa os atos de seus subordinados. Executivo.
Segurança.
Ex.: Controle do MP sobre
b) Finalístico, de tutela ou de supervisão ministerial: controle Denúncia ao TCU:
os atos da Autoridade
desempenhado pela Administração Direta sobre a Administração
Policial. Art. 74 § 2º da CF
Indireta, exercido por uma pessoa sobre outra, com limitação
determinada pela lei. É um controle teleológico, oportunidade em que Qualquer cidadão,
Ex.: Controle do Poder
se verifica a adequação de determinada entidade às finalidades partido político,
Legislativo sobre o Poder
traçadas pelo Estado. associação ou
Executivo:
sindicato é parte
Art. 74 da CF. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de Competências Exclusivas legítima para, na forma
forma integrada, SISTEMA DE CONTROLE INTERNO com a finalidade de: do Congresso nacional. da lei, denunciar
irregularidades ou
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a Art. 49 da CF. É da
ilegalidades perante o
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; competência exclusiva do
Tribunal de Contas da
Congresso Nacional:
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia União.
e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos V - sustar os atos
e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos normativos do Poder
públicos por entidades de direito privado;
Executivo que exorbitem
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, do poder regulamentar ou
bem como dos direitos e haveres da União; dos limites de delegação
legislativa;
IV - APOIAR o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
A doutrina não é pacífica quanto ao controle exercido pela Administração Direta sobre a Indireta. Maria Sylvia Zanella Di Pietro e José dos Santos Carvalho
Filho informam que essa é uma modalidade de controle externo. O Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, por sua vez, entende que se trata de um tipo
diferente de controle interno que o eminente autor chegou a chamar de controle interno exterior. Segundo o autor, haveria um duplo controle interno: um
efetuado pelos seus próprios órgãos e outro procedido pela Administração direta. Finalmente, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo advogam que o controle
exercido pela Administração Direta sobre a Indireta se trata de controle interno.
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Quanto ao Aspecto Controlado
Se está de acordo com a Lei (em sentido Atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato controlado.
amplo), com os Princípios, súmulas
Ocorre apenas nos atos discricionários. Os atos podem ser REVOGADOS.
Vinculantes.
Quem exerce:
Alcança tanto os atos vinculados e os atos
discricionários. Não entra no mérito. A Própria Administração que praticou o ato (regra)
Quem pode exercer:
O Poder Legislativo (casos expressamente previstos na CF).
A autoridade que Praticou o ato
Esse controle do Poder Legislativo sobre o mérito das decisões do Poder Executivo
(controle interno). A Administração pode
costuma ser chamado de controle político,
exercer de ofício ou por provocação.
Ex.: Senado aprovando algumas autoridades (CF, art. 52, III), o julgamento, pelo
Poder Judiciário (controle externo). Só
Congresso Nacional, das contas prestadas anualmente pelo Presidente da
atuará nos casos previstos na Constituição.
República (CF, art. 49, IX); a fiscalização, pelo Congresso Nacional - diretamente
Poder Legislativo (controle externo). Só ou por qualquer de suas Casas – dos atos do Poder Executivo e da Administração
atuará mediante provocação. Indireta (CF, art. 49, X).
É exercido dentro de uma única pessoa jurídica. É um Controle da Administração Direta sobre a Indireta. Também chamado
escalonamento vertical, presente a Subordinação de “Controle por Vinculação”. É o que a norma legal estabelece para
Hierárquica. as entidades autônomas, indicando a autoridade controladora, as
faculdades a serem exercidas e as finalidades objetivadas. Como não
Controle que abrange a Legalidade e o Mérito. É um
há hierarquia na relação, esse controle é bem menos amplo. Trata-se
controle amplo, abrangente.
de um controle limitado e externo.
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ESPÉCIES DE CONTROLE
O Controle Administrativo se divide em 2 espécies: Controle Administrativo e Controle Legislativo.
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Hely Lopes Meirelles: Controle administrativo é todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos
demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-los dentro da lei, segundo as
Conceito necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo que é um controle de
legalidade E mérito.
Atenção: o controle administrativo é mais comum no Poder Executivo, uma vez que é o responsável precípuo
pela função administrativa. Porém, todos os Poderes podem exercer o controle administrativo quando
estiverem no exercício da FUNÇÃO ADMINISTRATIVA. Assim, quando o Poder Legislativo ou o Poder Judiciário
fiscalizam os seus próprios atos administrativos, estão exercendo o controle administrativo.
Com base na Autotutela, a Administração Pública pode invalidar seus atos com esteio na conveniência
e na oportunidade (revogação) ou com fulcro na legalidade destes (anulação). É um controle de
legalidade e de Mérito. De OFÍCIO ou por REQUERIMENTO.
Fundamentos Súmula 473, STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Com base na Tutela (controle da Adm. Direta sobre a Indireta). Não analisa o mérito, só analisa os
FINS. Analisa a finalidade da entidade.
a) Fiscalização Hierárquica: também chamada de hierarquia orgânica, é aquela exercida pelos órgãos
superiores sobre os inferiores (já vista).
b) Direito de Petição: encontra-se capitulado no art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente
Mecanismos/ do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade
Instrumentos ou abuso de poder;
de Controle c) O Processo Administrativo: em sentido amplo, o processo administrativo é uma forma de controle, pois
permite a preparação e a fundamentação do ato ou decisão administrativa, legitimando a conduta escolhida.
Como segue um procedimento previsto em lei, devidamente registrado, o processo administrativo representa
uma forma de controle administrativo.
d) Instrumento da Arbitragem: a arbitragem é uma forma de solução de conflitos em que as duas partes elegem
uma terceira, o árbitro, para julgar determinado litígio, sem necessidade do formalismo dos processos
judiciais. É uma hipótese que vem sendo reconhecida aos poucos pela doutrina, jurisprudência e legislação.
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**Recurso Administrativo (Sentido Amplo)
Disposições Gerais Irá ser ratado várias modalidades direcionadas a propiciar o reexame das decisões internas da
Administração, a exemplo da reclamação administrativa, da representação, do pedido de
reconsideração, do recurso hierárquico próprio, do recurso hierárquico impróprio e a revisão.
Representação Qualquer pessoa pode denunciar irregularidades, ilegalidades e condutas abusivas perante a própria
Administração. O denunciante não precisa ter sido afetado pelo ato impugnado, devendo assinar a peça.
Ato pelo qual O ADMINISTRADO, seja ele servidor público ou particular, manifesta o seu inconformismo
com alguma decisão administrativa que lhe afete direitos ou interesses. Interessado direto.
Reclamação O ponto chave da reclamação administrativa é que ela ocorre quando o administrado deseja que a
Administração reveja um ato que esteja afetando um direito ou interesse PRÓPRIO;
Pedido de Destinado à MESMA AUTORIDADE que praticou o ato questionado, é o pedido que solicita nova análise do
tema.
Reconsideração
Súmula 430, STF: Pedido de reconsideração na via administrativa NÃO INTERROMPE o prazo
para o mandado de segurança.
Recurso Pode ser chamado simplesmente de recurso hierárquico ou apenas recurso, em sentido estrito. Trata-
se do pedido de reexame do ato dirigido à AUTORIDADE HIERARQUICAMENTE SUPERIOR àquela que editou
Hierárquico o ato.
Próprio
São recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos específicos e que, portanto,
não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato. Portanto, nesse caso, não
Recurso há hierarquia entre a autoridade que editou a decisão e aquela que irá analisar o recurso.
Hierárquico Por não existir hierarquia, esse tipo de recurso só é possível quando há previsão legal, atribuindo a
Impróprio competência e estabelecendo os limites de seu exercício pelo órgão controlador. Um exemplo é o
recurso direcionado ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, que é um órgão
especializado no julgamento de recursos contra as decisões de delegacias da Secretaria da Receita
Federal do Brasil.
O pedido de revisão é aquele destinado a rever a aplicação de SANÇÕES, pelo surgimento de fatos novos,
não conhecidos no momento da decisão original. Nesse contexto, a Lei 9.784/1999, como exemplo,
Revisão estabelece que os “processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes
suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada” (art. 65).
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Prescrição (sentido amplo)
Não se pode permitir que a Administração Pública possa rever os seus atos por um tempo
indeterminado. Isso ocorre em prol da Segurança Jurídica.
Disposições A prescrição representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda
Gerais da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial.
Por outro lado, a preclusão representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um
processo (administrativo ou judicial). A diferença entre os dois institutos é que na prescrição se perde
a possibilidade de mover uma ação judicial; enquanto a preclusão é apenas a superação de um estágio
do processo, ao qual não se poderá retornar.
Por fim, a decadência é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito
dentro do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa.
Quando houver má-fé, a doutrina afirma que a Administração deverá observar a regra geral do Código
Civil, que estabelece prazo prescricional de 10 anos, quando a lei não haja fixado o prazo menor.
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CONTROLE LEGISLATIVO
O Poder Legislativo também realiza o controle interno sobre os seus próprios atos. NESSE CASO, o órgão nada
mais está fazendo do que o controle administrativo sobre o exercício de sua função atípica de administrar.
Assim, chama-se de CONTROLE LEGISLATIVO somente o exercício da função típica de fiscalização que o Poder
Legislativo exerce sobre os atos dos demais poderes, sobremaneira do Poder Executivo e de sua Administração
Indireta, em situações expressamente previstas na Constituição Federal.
Disposições
Basicamente, o controle legislativo manifesta-se de duas maneiras:
Gerais
(a) CONTROLE POLÍTICO, também chamado de Controle parlamentar direto, que é aquele exercido diretamente
pelo Congresso Nacional, por suas Casas, pelas comissões parlamentares, ou diretamente pelos membros do
Poder Legislativo;
Parlamentares
Disposições
Mesas das Assembleias Legislativas e de Vereadores (órgãos Legislativos)
Gerais
Comissões Parlamentares.
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa; (Poder de sustação do Congresso Nacional)
Hipóteses IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta; INCLUÍDOS os da Administração indireta. Atenção.
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. (Poder Convocatório)
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§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a
qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para
expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de
informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando
em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de 30 dias, bem como a
prestação de informações falsas.
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
No que se refere às Comissões Parlamentares, podemos citar as seguintes competências (art.58, da CF).
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas
atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer.
Competências sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI):
Art. 58, §3º da CF= 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de 1/3 de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo
suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
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Controle TÉCNICO exercido pelo Tribunal de Contas da União
Observação: Apesar de conceituarmos controle externo como a fiscalização realizada por um Poder sobre
o outro, a Constituição Federal reservou essa expressão para a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial exercida pelo Congresso Nacional COM O AUXÍLIO do Tribunal de
Controle Contas, conforme redação do art. 70, caput
“externo”
Nesse contexto, a titularidade do controle externo cabe ao Congresso Nacional. Contudo, a maior parte das
competências no que diz respeito ao controle externo são dos tribunais de contas.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Esse Controle Externo será exercido com o AUXÍLIO do Tribunal de Contas da União
Art. 71 da CF. O CONTROLE EXTERNO, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União (que apesar de ter ‘’ Tribunal’’ é órgão do Poder Legislativo), ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais
entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe,
de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
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VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por
qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal; (Ato de Sustação)
EXCEÇÃO: § 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. (Poder de Sustação
do CN)
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo.
Súmula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e atos do Poder Público.
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CONTROLE JUDICIAL
Cuida-se do poder de fiscalização que o Judiciário exerce especificamente sobre a atividade
administrativa do Estado. Atinge basicamente os atos administrativos do Poder Executivo, mas também
examina os atos do Poder Legislativo e do próprio Poder Judiciário no exercício de atividade administrativa.
Disposições
Gerais Controle feito apenas NA LEGALIDADE e LEGIMIDADE, alcança tantos os atos Vinculados e
Discricionários. Vai gerar anulação.
Não é possível analisar o mérito, ou seja, o juízo de conveniência e oportunidade do agente público.
Observação: Esse controle não se limita estritamente ao texto da lei, pois cabe ao Judiciário analisar a
observância dos princípios administrativos, como a moralidade, razoabilidade e proporcionalidade.
Controle COMUM= é o controle a que se sujeitam os atos administrativos em geral. Trata-se do controle
de legalidade e de legitimidade, em que se permite que o Poder Judiciário anule os atos administrativos
ilegais ou ilegítimos.
Controle ESPECIAL= é o que se sujeitam os atos especiais: atos legislativos, atos políticos e atos
interna corporis.
Se Divide em Os ATOS POLÍTICOS caracterizam-se por uma ampla discricionariedade, inserindo-se nas
competências constitucionais das altas autoridades. Por isso, o controle judicial é extremamente
Controle Comum
limitado, ocorrendo apenas quando o ato exceder os limites discricionários da competência do
e Controle órgão ou autoridade.
Especial
Os ATOS LEGISLATIVOS expressam-se pela criação das leis em sentido formal e material. Nesse
caso o controle judicial não ocorre pelos meios comuns de controle dos atos administrativos,
podendo ser realizado apenas pelos procedimentos especiais de controle das leis, como a ação
direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade.
Por fim, os atos INTERNA CORPORIS são aqueles atinentes à intimidade das casas legislativas, como
a escolha dos membros da Mesa Diretora. O controle do Poder Judiciário, nesses casos, é
extremamente restrito ou quase inexistente, só podendo ocorrer quando a decisão ir contra as
normas constitucionais, legais ou do próprio regimento da casa.
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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Corresponde à obrigação de reparar danos causados a terceiros em decorrência de
comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos ou ilícios, imputáveis
Conceito aos agentes públicos. (Di Pietro).
Não é pressuposto que a conduta estatal seja ilícita, o que enseja reparação é o dano.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Teoria da Teoria da Culpa Teoria da CULPA Teoria do Risco Teoria do Risco Integral
Irresponsabilidade Comum administrativa (ou do Administrativo
(Adotada, excepcionalmente)
Serviço/Culpa Anônima)
(Corrente Adotada no Brasil,
EM REGRA)
O Estado não Diferencia: Faute du servisse O Estado deve indenizar, Estado é um segurador universal
respondia por danos INDEPENDENTE de culpa:
a) Atos de Gestão: Retardamento, inexistência ou Decorre de ato COMISSIVO.
Época dos Regimes Responde mau funcionamento do Serviço RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. Exige apenas nexo causal e dano.
Absolutistas
Não distingue atos de império e
b) Atos de Império: NÃO ADMITE excludentes de responsabilidade
Possui apenas valor atos de gestão Decorre de ato COMISSIVO.
NÃO responde
histórico Em Regra: Não adotada.
Responsabilidade subjetiva: Precisa para configurar o dano:
Depende da
exige dolo, ação, nexo causal e Fato de serviço + Nexo de causalidade EXCEÇÕES (adotada no Brasil):
demonstração de
dano com o dano.
dolo/ culpa do agente.
Acidentes nucleares,
(Responsabilidade A culpa é do serviço (não do Admite excludentes de Atos de terrorismo,
Subjetiva) agente). Não há necessidade de responsabilidade (que afastam o nexo atos de guerra contra aeronaves brasileiras,
individualizar o agente, a culpa é de causalidade): Danos Ambientais.
Parou de existir por
anônima, é do Estado, que se
ser difícil de Culpa exclusivamente da
omitiu quando deveria agir. Ex.: Um indivíduo invade uma base que faz estudos
diferenciar atos de vítima, nucleares, e a aperta um botão que tem todos os
gestão/ império. Essa teoria é aplicada no Caso fortuito/força maior, avisos para não apertar e causa uma explosão. Nesse
Direito Brasileiro quando há a Atos exclusivos de terceiros. caso a culpa foi exclusivamente da vítima, mas MESMO
chamada Responsabilidade por assim o Estado Responde. Não há causas excludentes
OMISSÃO GENÉRICA. de responsabilidade.
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RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO
Responsabilidade Objetiva do Estado por COMISSÃO
Entendendo
O §6º desse artigo trata da Chamada responsabilidade Objetiva do Estado por comissão.
A responsabilidade civil do Estado é objetiva: o Estado responde pelos danos causados por
seus agentes independentemente de culpa.
1- De Direito Público:
Administração direta;
Autarquias e Fundações (Direito Público)
2- De Direito Privado:
Ex.: Motorista de uma Empresa de transporte público de uma cidade acaba atropelando
um ciclista. Nesse caso o ciclista não era usuário do serviço público, porém o Estado
ainda sim tem Responsabilidade Objetiva.
Atenção!
Estatais EXPLORADORAS DE ATIVIDADE ECONÔMICA NÃO incidem nesse artigo (Ex. Caixa,
Petrobras). A regra de responsabilidade delas é do Direito Empresarial.
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1- Dano: É um Dano jurídico é necessário que haja uma ofensa a um bem jurídico
tutelado. Não necessariamente é um dano econômico. Pode ser patrimonial ou Moral.
2- Conduta estatal: Deve decorrer do Agente Público (em sentido amplo). Deve estar na
qualidade de agente público:
Ex.: Policial fora do serviço arruma uma briga e mata uma pessoa. Nesse caso é uma
situação privada. Porém, se esse mesmo policial de férias presencia um roubo e atira,
Requisitos para acertando um inocente, há responsabilidade civil objetiva.
a
Nesse caso o Estado responde pela chamada culpa in eligendo (responde pela pessoa que
Responsabilidade
do Estado o Estado Elegeu) e culpa in vigilando (O Estado, mesmo que o agente esteja fora de suas
funções, responde pelos danos causados pelo agente pois o Estado tem o dever de fiscalizar
esse agente).
Casos especiais:
Agente de Fato (é aquele que tem alguma irregularidade no ato de sua investidura)
Estado Responde
Usurpador de função (Ex.: pessoa que compra uma farda e finge ser um policial)
Estado Não Responde.
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RESPONSABILIDADE CIVIL POR OMISSÃO
EM REGRA, ocorre a chamada Omissão Genérica.
É uma Responsabilidade Subjetiva: Exige demonstração de culpa do Estado (não precisa ser
individual)
Teoria da Culpa Administrativa (anônima/serviço)
Decorre da falta do serviço que deveria ser prestado (abrange inexistência, deficiência ou atraso)
Disposições Dano deveria ser evitável.
Ônus da prova é do terceiro.
Gerais
Geralmente está relacionado com eventos da natureza.
Por exemplo: O Estado deixa de fazer a manutenção dos bueiros e vem uma chuva e em decorrência
dessa falta de manutenção (comprovada por laudos periciais pelo terceiro) a sua casa é inundada.
Ex.: Uma criança que está em uma creche pública brincando na aula de Educação Física, ela se pendura
em uma grade, a grade estava ruim e cai em cima da criança, matando-a. Nesse caso o Estado tinha um
dever específico de zelo para com essa criança.
STF: A tese de repercussão geral (tema nº 592), resultante no julgamento de mérito do Recurso
Extraordinário 841.526/RS, 2016, foi de grande relevância para a consolidação da RESPONSABILIZAÇÃO
OBJETIVA do Estado perante a morte do detento, ao firmar o entendimento de que, em caso de
inobservância do dever de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da Constituição Federal, o Poder Público é
responsável pela morte do detento. Desta maneira, o STF firmou o entendimento de que, tanto no homicídio
QUANTO NO SUICÍDIO, existe a responsabilidade civil do Estado decorrente da inobservância de seu dever
constitucional de garantir o respeito e vigilância à integridade física e moral do preso.
Jurisprudência
Dever de Indenizar presos submetidos a condições desuamans
STF: Tema 365 da Repercussão Geral. tese: “Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema
normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento
jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º da Constituição, a obrigação de ressarcir
os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento”.
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EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Disposições Na Teoria do Risco Administrativo, as excludentes de responsabilidade rompem o nexo de causalidade
entre a atuação estatal e o dano.
Gerais
Ônus da prova Em todas as situações o ônus da prova (de que ocorreu alguma excludente) é da Administração Pública.
Excludentes
2. Caso Fortuito ou de Força Maior: São eventos externos, imprevisíveis, não provocado
por terceiros.
Ex.: Maremoto (que não era previsível) quebra o carro de um terceiro que estava no estacionamento da
prefeitura.
AÇÃO DE REPARAÇÃO
Partes Terceiro x Administração (Estado).
envolvidas
O estado indeniza a vítima.
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AÇÃO DE REGRESSO
Administração x Agente Público
Partes Se o Agente agiu com dolo ou culpa, o Estado tem direito à Ação de Regresso.
envolvidas
Ex.: Pedro, agente público, no exercício de suas atividades causou um dano à Maria. A Maria move ação de
ressarcimento (independente de dolo ou culpa) contra o Estado. Porém, o Estado moverá ação de regresso
contra Pedro (mas nesse caso fica adstrito à comprovação o dolo ou da culpa)
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RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS, JUDICIAIS E CASOS ESPECIAIS
Atos Legislativos Atos Judiciais Casos Especiais
REGRA: não há REGRA: não há responsabilidade 1- Danos decorrentes de Obras Públicas
responsabilidade por atos
Exceções: Pelo só fato da obra: Nesse caso,
Legislativos
independente de todas as cautelas,
1- Erro judiciário e prisão além do tempo
EXCEÇÕES: haverá responsabilidade ainda que
Art. 5º LXXV- O Estado indenizará o condenado por pequeno prejuízo. Ex.: Construção de via
1- Leis Inconstitucionais
erro judiciário, assim como o que ficar preso além que precisa explodir rochas e vai causar
(controle concentrado).
do tempo fixado na sentença; rachaduras nas casas próximas.
Há uma efetiva declaração
de inconstitucionalidade Não se aplica, em regra, contra prisão preventiva e Nesse caso independentemente de quem
do STF. temporária. realiza a obra, a responsabilidade é
2- Leis materiais (leis de OBJETIVA DO ESTADO
efeitos concretos). 2- Juiz proceder com fraude/dolo ou não
3- Omissão em caso cumprir providência de ofício ou querida Pela má execução da obra
legislativo, em casos pela parte.
Nesse caso deve-se verificar quem
muito excepcionais.
Art. 143. CPC- O juiz responderá, civil e executa.
regressivamente, por perdas e danos quando:
Se for a própria Administração, a
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo responsabilidade será objetiva
ou fraude; Se for o particular (contratado), a
responsabilidade será subjetiva do
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, contratado. É a própria empresa que
providência que deva ordenar de ofício ou a responde.
requerimento da parte.
2- Dano cometido por Notários e
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II
oficiais de registros
somente serão verificadas depois que a parte
requerer ao juiz que determine a providência e o Antes da CF 1988 esses cargos passavam
requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) de pai para filho. Nesse caso a
dias. responsabilidade é do notário/
registrador. É pessoal.
Dessa forma, o Estado responde diretamente e o Juiz
de forma regressiva. Abrange os atos do próprio notário, de
seus substitutos e seus escreventes. É
uma responsabilidade subjetiva (depende
de dolo ou culpa).
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