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Floresta da Ilusão

Com uma magia sustentada pela Gigante Árvore da Ilusão, tal qual ninguém sabe sua origem, sustentada
apenas por boatos e contos delirados sobre sua criação, ela se estende por uma grande território com
uma densa floresta de pinheiros, não se sabe muito sobre ela, mas tem algo que todos sabem, , ela
enlouquece a todos que adentram em seu local sinistro...

"Um jovem está a frente de uma enorme floresta, desafiado por seus amigos em uma taverna de uma
vila próxima onde estará bebendo e se divertindo, agora não sente mais o gosto amargo da cerveja em
sua boca e sim o suor que está exalando do seu rosto, ele então resolve adentrar na floresta... Nada
acontece. ele olha seu braços e os toca e pensa:

- Rá, achei que agora eu ia começar a alucinar, Doran me assustou atoa, acho que irei voltar agora... na
verdade, por que eu não continuo.

Ele então segue mais adiante , com confiança agora que ele sabe que tudo era apenas um boato, ele se
depara com uma fonte de luz alaranjada, uma fogueira com duas barracas em volta, sentado em um
tronco caído, um homem de barba rasa e grisalha segura um machado sem fio, e com um cabo
improvisado, um chapéu aparentemente rasgado na parte de cima está ao seu lado, mas os olhos do
jovem se focam no enorme ferimento na cabeça do homem, o sangue escorrendo por seu corpo está
fétido e escuro, mas o homem se mexe normalmente, o jovem então se aproxima do velho e diz:

-Senhor, seu ferimento, você está b...

O homem o interrompe:

-Ah, garoto, você chegou... como foi a caçada?

O garoto antes com um olhar preocupado, agora está com olhos horrorizados e marejados, ele
responde:

-Pai, como você está aqui?

-Como assim, estou onde eu disse a você que estaria, esperando você chegar com a comida, e então...?

O garoto olha para algo em suas mãos, dois coelhos mortos com buracos de flechas em suas barriga, que
antes não estavam lá, olham para ele, com um olhar pertubador. O pai volta a falar:

-O que acha de me passar eles, hoje iremos celebrar a sua belissíma caçada. ( A visão do garoto pisca
em uma imagem vermelha com o sangue vivo no corpo do homem e murmúrios vindo dele no fundo o
machado está coberto de sangue, e com o chapéu enfiado na sua lâmina... a visão volta a ficar normal,
ou pelo menos, o mais normal possível ).

Ele corre tentando, inútilmente, sair do lugar, ele dá de cara com a fogueira novamente e o seu estendo
sua mão pedindo os coelhos mortos que ainda estão olhando para ele, mas agora os olhos do homem
estão iguais os do coelhos, mórbidos e estáticos. O garoto dá ao homem os coelhos, ele pega o seu
machado e começa a cortar parte por parte dos pobres animais, que ainda continuam olhando para o
jovem. o garoto pede para o seu pai.

- Pai, me deixe voltar a vila, vou trazer os meus amigos também, é perigoso agora a noite.

O pai responde, com um olhar firme, mas mórbido:

- Acredito que não seja necessário meu filho, afinal o que de ruim poderia nos acontecer?

Com sua atenção voltada ao machado ele começa a chorar mais, e mais, o homem se aproxima e fala
com um tom calmo, mas ao mesmo tempo sombrio:

-Você entende o que está acontecendo não é mesmo, vamos, pegue esse machado,corte esses coelhos
da mesma forma que fez comigo, afinal um bom caçador nunca esquece o jeito perfeito de acabar com a
sua caça, não é mesmo?

O pai entrega o machado ao garoto que vai em direção aos coelhos, ele moeça a cortar e cada vez
aparece mais coelhos, todos olhando estáticos para ele, o pai continua:

- Isso esse é som do machado partindo o crânio, você se lembra, né? Esses olhos são os que você viu
nesse dia, você os vê não é mesmo.

O garoto continua cortando os coelhos, na verdade nunca foram eles, agora ele notou, seu coração
começa a bater muito mais rápido, seus olhos voltam a soltar lágrimas, que quando caem nos corpos
inertes, ficam avermelhadas, como o sangue respingado em seu rosto, as formas dos coelhos se
distorcem se semelhando ao próprio garoto, que continua partindo os crânios deles, aliás, não seria o
seu próprio crânio, ele para e toca em sua cabeça, e seu pai diz com uma voz mais grossa e rispída:

- Mas agora você conhece a sensação, a sensação da lâmina fria do MEU machado entrando cada vez
mais fundo no seu crânio, no MEU crânio, agora você sente o que eu senti, o desespero, a dor, o medo.
Eu morri, tentando entender por que meu filho amado, por que você estava fazendo isso, O QUE FOI
QUE VOCÊ FEZ!?!?

O garoto não sente quase mais nada, apenas o impacto do machado em sua cabeça. Sua visão embaça e
ele desmaia. Acorda do lado de fora da floresta, ouvindo na sua cabeça as última palavras que ouvirá,
seu pai gritando - O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ!?!? - ele fica balbuceando, O QUE FOI QUE EU FIZ!?!? O QUE
FOI QUE EU FIZ!?!? O QUE FOI QUE EU FIZ!?!?

Apenas uma coisa se diverge nos seus pensamentos.

Será que eu sai da floresta, eu morri lá...?

Essas são as duas únicas dúvidas que ficam gravadas na mente dos poucos corajosos que entram em seu
território maldito.

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