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PSICOLOGIA DO CHORO

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Ainda que o choro possa ser uma manifestação de uma emoção positiva - já todos chorámos de alegria -,
continua a estar associado à exteriorização de emoções negativas. Ver alguém chorar indica-nos quase
sempre que aquela pessoa está triste e isso pode deixar-nos vulneráveis. De facto, nem todas as pessoas se
sentem capazes de lidar com a tristeza alheia. Paralelamente, há muitas pessoas para quem o choro é um
sinal de fraqueza, pelo que o contêm até ao limite.

Em Psicologia o choro é, sobretudo, a oportunidade para exteriorizar sem constrangimentos emoções tão
vastas como a tristeza, a solidão, o desespero ou o desamparo. Mas o choro também pode ser terapêutico.
A maior parte das pessoas já experimentou uma sensação de alívio depois de uma "crise" de choro - como
se o episódio nos ajudasse a ver as coisas de uma perspectiva diferente. Mas isto nem sempre acontece,
pelo que é legítimo questionar-se se existem choros “bons” e choros “maus”.

Na verdade, o efeito terapêutico do choro depende das circunstâncias em que acontece, particularmente
da existência de alguém capaz de prover o amparo necessário. Perante os transtornos depressivos, por
exemplo, a disponibilidade de familiares e amigos para confortar o paciente pode ser um apoio
importante. Como o é a aliança terapêutica criada com um profissional de saúde mental. Nos transtornos
de ansiedade o efeito positivo do choro pode ficar comprometido.
© Cláudia Morais do site A psicóloga

CHORO(DEFINIÇÃO DENTRO DA PSICOLOGIA)

"Chorar compulsivamente é uma tentativa inesgotável da fixação na mais profunda dependência


emocional, desejando a regressão a uma etapa infantil da vida, a fim de se obter todo o afeto negado, se
travando um duelo entre a carência emocional que clama por toda a atenção, juntamente com as tarefas
afetivas da pessoa no atual momento de sua vida, que infelizmente se recusa a realizar. A mensagem é
clara: não há pressa no crescimento e amadurecimento, apenas um protesto infindável pelo não
reconhecimento de sua pessoa por parte principalmente de seus pais, ou ainda um velório interminável
de suas pendências passadas, reclamando toda à atenção do meio para seu imenso sofrimento,
priorizando a autocomiseração e desamparo. "ANTONIO CARLOS- PSICÓLOGO".

Outro tema desprezado pela psicologia ao longo de sua história se refere à questão dos elementos
psicológicos do choro. É interessante como uma reação fisiológica e psíquica, presente em quase todos os
distúrbios comportamentais e de personalidade, não mereceu a atenção devida no decorrer dos trabalhos
psicológicos apresentados. O choro é inicialmente a mais pura admissão de um processo de tristeza ou
consternação, sendo que com o mesmo, a pessoa desiste do hábito arraigado em nossa cultura da
dissimulação e constante tentativa de mostrar que se é forte do ponto de vista pessoal perante seus
semelhantes. O choro mostra a maneira mais límpida de como revelamos nosso íntimo para os outros, e se
há um sentido positivo com esta atitude. É exatamente neste ponto, que devemos tratar o choro como um
fator selecionador, tentando o separar de fatores neuróticos envolvidos em tal descarga afetiva.

Chorar compulsivamente é uma tentativa inesgotável da fixação na mais profunda dependência


emocional, desejando a regressão a uma etapa infantil da vida, a fim de se obter todo o afeto negado, se
travando um duelo entre a carência emocional que clama por toda a atenção, juntamente com as tarefas
afetivas da pessoa no atual momento de sua vida, que infelizmente se recusa a realizar. A mensagem é
clara: não há pressa no crescimento e amadurecimento, apenas um protesto infindável pelo não
reconhecimento de sua pessoa por parte principalmente de seus pais, ou ainda um velório interminável
de suas pendências passadas, reclamando toda à atenção do meio para seu imenso sofrimento,
priorizando a autocomiseração e desamparo.

Para este tipo de personalidade que eleva o choro a categoria de um deus, a sua felicidade pessoal é a
eterna esperança de receber aquilo que jamais pode usufruir, sendo que acaba não percebendo que o amor
ou afeto sempre será algo atual, pois do contrário, o tédio e revolta inundam por completo o arcabouço
emotivo da pessoa, caso a mesma se fixe quase que em absoluto nas imagens passadas. A pergunta básica
é: O que fazer para determinada pessoa que vive rodeada de fantasmas passados possa retomar
concretamente sua afetividade? Como eliminar seu implacável julgamento negativo? Em outros trabalhos,
sempre realcei que a neurose em determinado momento se transforma numa espécie de "entidade" à parte,
tomando por completo a personalidade do indivíduo. É algo quase que inesgotável do ponto de vista
energético. Um exemplo disto é a patologia da anorexia nervosa, onde a pessoa nunca terá a certeza de
estar em conformidade com os padrões estéticos impostos não apenas pelo social, mas por si própria,
definhando por completo para que receba um elogio tão distante para sua autoestima. A atenção pessoal
no caso em questão, assim como no choro compulsivo, está voltada para o universo masoquista, forçando
o meio ambiente no reforço desta conduta neurotizada, pois se acostumou a obter atenção emocional
apenas desta forma. O problema maior não é apenas a perda do orgulho pessoal, mas a ausência da
percepção de que a forma de nutrição emocional que utiliza é um emaranhado neurótico, pois acaba
sempre envolvendo pessoas muito mais debilitadas que o próprio sujeito imbuído do complexo do choro,
sendo que o gozo das mesmas é o testemunho constante do sofrimento alheio

O choro conduz fielmente ao ponto central da depressão e tristeza, ou apenas é uma fuga da ansiedade, ou
das experiências dolorosas de abandono e esquecimento do sujeito perante o meio social? Se diariamente
notamos uma total insensibilidade do meio que nos cerca, não será esta representação psíquica uma
espécie de último apelo para que outros desenvolvam algum afeto para com a pessoa? Parece que esta
energia afetiva estacionária é como um último forte na defesa dos cuidados emocionais que a pessoa
sentiu nunca ter recebido, sendo que a demonstração é sempre o apelo e a representação do sofrimento.
Outra pergunta que se faz necessária é: Que experiências emocionais desejamos vivenciar? Dor, angústia,
sofrimento, ou busca pelo prazer? Obviamente quando não temos um sólido projeto emotivo, as
experiências passadas de frustração preencherão todos os espaços. O tão propalado conceito de
"inteligência emocional", nada mais é do que a escolha da pessoa sobre qual tipo de afetividade deseja
vivenciar corriqueiramente: prazer ou exploração das imagens inacabadas de tormento e dor.

Na nossa sociedade atual de narcisismo, competição e culto à superioridade pessoal, não deixa de ser
curiosa à fixação do choro na tentativa da conquista de benefícios afetivos. Seria um processo inverso
perante as expectativas de perfeição exigidas? A resposta é negativa, pois o processo do choro
compulsivo é apenas a contraparte do esforço neurótico que todos fazem para obter uma posição de
destaque e primazia perante o meio, sendo que o choro é uma espécie de "arranjo psíquico", para que a
pessoa não passe diretamente pela situação da prova, como dizia o psicólogo ALFRED ADLER. A prova,
para o mesmo é a aceitação e confirmação da comunidade perante o talento e importância individual do
sujeito, e se o mesmo sofre de um complexo de inferioridade ou impotência social irá remanejar sua
criatividade e potencial para uma descarga afetiva interminável, adiando eternamente a exposição de seus
conteúdos íntimos perante o social.O choro é a antecipação mórbida da crítica intolerável que a pessoa
sente que jamais conseguirá digerir. É fundamental a vivência terapêutica no intuito do paciente perceber
que a prova de sua sensilibidade emotiva está direcionada contra o mesmo, sendo que deverá aprender a
usar sua energia disponível em atividades criativas e prazerosas, evitando o represamento afetivo gerado
pela angústia e frustração diante de seu passado de carência.

"Temer qualquer contato ou ajuda profissional, é viver numa espécie de culto ao sofrimento".

POR RAZÕES ÉTICAS, SEGUINDO ESTRITAMENTE O CÓDIGO DO CONSELHO REGIONAL


DE PSICOLOGIA, E DADO O EXPOSTO ACIMA, QUALQUER ORIENTAÇÃO
IMPRETERIVELMENTE SÓ É POSSÍVEL PESSOALMENTE E ATRAVÉS DE CONSULTA
PSICOLÓGICA.
'Psicólogo ANTONIO CARLOS ALVES DE ARAÚJO-

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