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UNIVERSIDADDE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

ALUNO: NELSON EDUARDO ALMEIDA DA ROCHA


MATRÍCULA: 21216090154
POLO: MIGUEL PEREIRA
CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MATÉRIA: ESTÁGIO I
ATIVIDADE À DISTÂNCIA 02

Há relatos de professores experientes com mais de 30 anos de magistério a


seguinte afirmação: “Não é o colégio que faz o aluno, mas sim o próprio aluno!”.
Discordando desta assertiva na visão em âmbito geral do magistério é que inicio essa
dissertação. As reportagens relatadas sobre o déficit de aprendizado, sobre os alunos rebeldes
e sobre a violência física e psicológica para com os alunos é algo que de fato devem ser
analisadas sob a perspectiva social do professor. A função do professor em tempos mais
distantes era simplesmente colocar a matéria no quadro negro, empurrando garganta abaixo
do aluno milhares de conteúdos e o que este dispusera era a realidade. Se este aprendesse
bem, se não, estava reprovado e realizava a mesma série escolar novamente desde o começo.
Havia ainda a hipótese de que se este profissional fosse discordado, o aluno seria taxado como
inconveniente. Porém, diante de uma perspectiva social o professor deverá de fato analisar a
maneira como será este responsável pela educação de seus alunos.

Em tempos atuais a função do professor, em especial no Brasil, vai além da


sala de aula, em uma tarefa árdua, deverá observar não de maneira coletiva, mas sim
individual o aprendizado de seu aluno. Inicialmente há de se observar sob uma perspectiva
econômica, a diferença de um aluno que possui condições financeiras para se manter, onde
não necessita de acordar todos os dias e outro que necessitará sempre pensar na maneira como
será seu sustento e de sua família, ao qual influenciará diretamente no seu desenvolvimento
em sala de aula. Sob a perspectiva familiar, há de se observar aquele que possui uma família
que lhe dará um suporte amplo, influenciado para que este aluno possa de fato ir ao colégio
para aprender o que lhe é passado pelos professores. No aspecto da segurança pública, o aluno
que mora em um local que passa por questões frequentes relativas aos conflitos entre a
polícia, as facções criminosas e a milícia não conseguirá chegar ao local de sua sala de aula,
bem como a unidade escolar estar impedida de receber alunos devido aos conflitos. Outro
aspecto que deve ser levado em consideração é quanto a questão alimentar e a saúde do aluno,
eis que este poderá possuir um déficit devido a sua condição familiar indo a unidade escolar
exclusivamente para alimentar-se ou em outro aspecto se este possui um déficit cognitivo
devido a uma doença que interfira no conhecimento, como o autismo, TDH ou outra doença
neurológica severa.

Diante destas análises devemos observar que o professor deverá atuar


sempre de maneira a observar cada aluno e trabalhar sob a perspectiva dele juntamente como
a equipe pedagógica para que possa amenizar tais intempéries que possam a impedir sua
aprendizagem.

Note-se que o aluno terá diversos motivos para desistência de seu


aprendizado, mesmo aquele que não está disposto a permanecer em sala de aula, porém,
caberá ao professor a se ater a estes detalhes e saber o motivo de tal falta e interesse de
aprendizagem.

A docência se transformou e esta não está apenas atrelada a reprodução de


um determinado conhecimento, mas como este conhecimento será transmitido. O professor
está além da transmissão do conhecimento técnico, mas é responsável também pelo auxílio na
formação pessoal e moral do aluno, demonstrando para este uma percepção do mundo que vai
muito além da formação que traz de sua residência e fora dos muros do colégio.

A realidade da vida cotidiana do aluno é de suma importância para o


desenvolvimento deste em sala de aula, sendo esta influenciada no seu aprendizado, cabendo
assim ao professor observar e aplicar a melhor didática para cada aluno sob sua guarda
educacional.

Bibliografia:

Site: HuffPost Brasil, com Agência Brasil, Reportagem: Metade dos alunos brasileiros não
sabe fazer contas, nem entende o que lê, acesso em: 06/12/2016.

Site: EL PAÍS Brasil, Reportagem: Metade da população entre 13 e 15 anos sofre agressões na
escola, diz informe da UNESCO, acesso em: 21/01/2019.

Site: EL PAÍS Brasil, Reportagem: Se você quer que ele seja um delinquente, trate-o como
um, acesso em: 30/01/2018.

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