Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução –
Desenvolvimento –
Conclusão –
• tema 44: “É justificável a pena de morte numa sociedade democrática?”
Todos os dias pessoas são condenadas à morte pelos mais variados crimes, de entre eles a
prática sexual entre homossexuais ou até roubos, estupros e assassinatos. Há muito tempo que
os conceitos de “direitos”, “liberdades”, “democracia” e até “pena de morte” se confrontam,
gerando debates que apesar de muito interessantes, abarcam muita controvérsia e conflito.
Afinal, “é ou não justificável a pena de morte numa sociedade democrática?”. No meu ponto
de vista, a pena de morte não é justificável numa sociedade democrática, em primeiro lugar
por ser uma negação contradição dos direitos humanos e em segundo lugar por haverem
muitos casos em que pessoas são condenadas erroneamente.
Se uma sociedade assim o é porque haveria de permitir a pena de morte? A verdade é que
esta, apesar das suas vantagens, é, de facto, incompatível com alguns artigos da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que aborda direitos que devem ser garantidos ao Homem.
O artigo 3º, por exemplo, é um bom exemplo dessa incompatibilidade já que defende que
todos os seres humanos têm direito à vida. No entanto, é bom salientar que todos os outros
artigos são, na realidade, também violados pois para gozar dos direitos mencionados nos
mesmos é necessário estar vivo. Daí eu considerar que a pena de morte é a negação definitiva
e completa dos direitos humanos.
Para além disso, a condenação à morte é uma pena que abarca o risco de condenar e executar
uma pessoa inocente. Embora os sistemas jurídicos estejam em constante e permanente
avanço, a história registra inúmeros casos em que inocentes são condenados erroneamente à
pena de morte, e a sua inocência só é provada algum tempo após a sua execução. Tudo isto
por causa de falhas no sistema judicial, testemunhas imprecisas ou evidências inadequadas.
Um exemplo disso foi o adolescente Alexander Williams, negro de 16 anos, que foi condenado
à morte em 1931, pelo suposto assassinato de uma mulher. Mesmo sem provas algumas de
que ele estava relacionado com o crime, foi condenado à morte por um júri formado por 4
brancos em apenas 4 horas de julgamento e só no ano passado, 91 anos após a execução, é
que foi provado que ele era inocente. Alexander figurou o caso da pessoa mais jovem já
condenada à morte no estado da Pensilvânia, EUA.
Concluindo, a pena de morte não é de todo compatível com uma sociedade democrática.