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Ciência Política 2023/2024

FICHA DE TRABALHO

I. Analise as seguintes hipóteses:


(a) Hanna, cidadã portuguesa, naturalizada há 20 anos e com 40 anos de idade,
pretende candidatar-se à Presidência da República. Apresenta a sua candidatura na
Comissão Nacional de Eleições, que, invocando a Constituição, se declara
incompetente na matéria.
(b) Imagine que A e B, nacionais do país X, vão residir para o Estado C, aí vindo a nascer
a sua filha D. O Estado C apenas atribui a nacionalidade originária aos descendentes
de seus cidadãos, ao passo que o Estado X apenas atribui a nacionalidade originária
a quem nasça no seu território. Qual a nacionalidade de D?
(c) Imagine agora, tendo ainda presente a situação hipotética apresentada em (b), que
o Estado C adota como critério de atribuição da nacionalidade originária o do ius
soli, ao passo que o Estado X apenas atribui a nacionalidade originária a
descendentes de seus cidadãos. Qual a nacionalidade de D?
(d) Imagine que António, afirmando-se “desiludido” de ser português, pretende
renunciar à cidadania portuguesa. Quid iuris?
(e) John, um norte-americano residente em Portugal há 4 anos, pretende adquirir a
nacionalidade portuguesa, uma vez que só assim, entende, poderá invocar os
direitos fundamentais previstos na CRP, maxime os direitos políticos. A sua amiga
Maria, porém, avisa-o de que a lei portuguesa não permite a dupla nacionalidade.
Quid iuris?

1.Comente a seguinte situação:

Imagine que a lei que regula as condições de entrada, permanência, saída e


afastamento de estrangeiros do território do Estado X estabelece a possibilidade de ser
aplicada a pena acessória de expulsão a estrangeiros residentes no país quando
condenados por crime em pena superior a 1 ano de prisão, sendo tal sanção aplicável a
cidadãos estrangeiros que tenham filhos menores com a nacionalidade de X com eles
residentes em território nacional1.
Admita ainda, por hipótese, que a Constituição do Estado X consagra um elenco
semelhante ao da Parte I da Constituição portuguesa de 1976 no que toca a direitos
fundamentais.

1
Com interesse para a presente hipótese, veja-se o Acórdão n.º 232/2004 do Tribunal
Constitucional (disponível em www.tribunalconstitucional.pt).
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