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em face de ILMA ARAUJO, policial civil, nascida aos 13.07.1963, filha de Sizal-
tina Rodrigues de Araújo, CPF/MF sob o nº: 393.233.581-34, residente e domici-
liada à Rua 08, Chácara 202, casa 21, Setor Habitacional Vicente Pires, Tagua-
tinga-DF, CEP: 72.006-845, telefone: 9 9962-2323, pelos fatos e fundamentos
que passa a expor.
I. DA AUDIÊNCIA CONCILIATÓRIA
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17. Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por
lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:
PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA
EM CONTRÁRIO.
1. O direito ao benefício da assistência judiciária gratuita não é apenas
para o miserável, e pode ser requerido por aquele que não tem condições
de pagar as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de
seu sustento e de sua família. Precedentes.
2. O escopo da gratuidade de justiça é assegurar a todos o acesso ao
Judiciário, conferindo eficácia aos comandos constitucionais insculpidos
nos incisos XXXV e LXXIV do art.5º da Carta da Republica.
3. Ao impugnante incumbe o ônus de provar cabalmente a inexistência
dos requisitos autorizadores à concessão do benefício da assistência
judiciária gratuita.
4. Inexistindo prova de que, a despeito da parte impugnada atuar no
ramo de paisagismo, aufira renda suficiente para arcar com o pagamento
das custas e despesas do processo sem o comprometimento de seu
próprio sustento, tem-se por correta a rejeição da Impugnação à
Assistência Judiciária.
5.Apelação Cível conhecida e não provida. (APC 20140111258250 Orgão
Julgador1ª Turma Cível DJE : 23/02/2016 . Relator NÍDIA CORRÊA LIMA)
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Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou im-
prudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamen-
te moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exer-
cê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico
ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo,
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsi-
to.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se
de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o
seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua
direção e sua velocidade.
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materiais causados pelo acidente de trânsito a que deu causa. Pugna pela
reforma da sentença para julgar improcedente o pedido autoral e
procedente o seu pedido contraposto, alegando que inexistem provas
acerca da sua culpa em relação ao acidente, que o evento danoso só
ocorreu em decorrência da conduta ilícita do autor/recorrido que imprimia
velocidade excessiva ao seu carro no momento do acidente.
Alternativamente, caso seja mantida a condenação, requer que os danos
materiais sejam decotados, considerando que o autor não comprovou que
a lanterna traseira esquerda do seu carro fora danificada na colisão e que
apresentou junto a sua defesa orçamento para os mesmos serviços em
valor mais baixo R$ 2.360,00(id. 5.234.646) do que os apresentados pelo
autor o que, no entanto, fora desconsiderado pelo julgador
monocrático. Contrarrazões apresentadas, pugnando ao autor pela
manutenção da sentença.
2. MÉRITO. Não prevalece a versão do réu/recorrente em relação à
dinâmica do sinistro. Isto porque, segundo se extrai do acervo probatório,
o veículo Fiat Doblô pertencente ao réu, que estava na vaga de
estacionamento, manobrou em marcha à ré, sem observar as condições
de trânsito, quando então interceptou a passagem do veículo GM - Prisma
Joy de propriedade do autor, que era conduzido pela via pública
preferencial; provocando o abalroamento da extremidade lateral traseira
direita (para-choque) do Fiat Doblô com a lateral esquerda do GM - Prisma
Joy, causando-lhes danos.
3. Diante da dinâmica e do contexto apresentado nos autos, a culpa pelo
acidente de trânsito foi do réu/recorrente. Com efeito, os elementos
probatórios existentes harmonizam-se com a versão dos fatos
apresentada pelo autor e confessada pelo próprio réu (Id. 5.234.665, pág.
02, último parágrafo), que indicam que o veículo dirigido pelo recorrente
(Fiat Doblò), no momento da colisão, estava em manobra de marcha à ré,
proveniente da vaga de estacionamento. Contudo a fez, sem observar as
condições de trânsito, que lhes eram desfavoráveis. Não se sustenta a
tese defensiva de que a culpa exclusiva do acidente foi do veículo GM
Prisma Joy que imprimia alta velocidade dentro do estacionamento,
causando o acidente; porquanto nenhuma prova foi produzida neste
sentido. O fato de o réu, eventualmente, estar deslocando o seu veículo
em marcha ré para ajeita-lo dentro da vaga no momento da colisão -
versão por ele apresentada; também não o exime do dever de verificar se
as condições de tráfego lhe são favoráveis, para só então executar a
manobra com a segurança necessária. Ademais, o réu não logrou êxito em
comprovar a versão dos fatos apresentada na sua defesa.
4. É cediço que o veículo que sai de vaga de estacionamento deve
aguardar o tráfego da via, que detém a preferência conforme determina o
art. 36 do Código de Trânsito Brasileiro. O Código de Trânsito Brasileiro
estabelece ainda, no seu art. 217, multa ao infrator por entrar ou sair de
fila de veículos estacionados sem dar preferência de passagem a
pedestres e a outros veículos que ali trafegam.
5. Desta forma, constitui dever do motorista que pretende empreender a
manobra denominada marcha à ré, perigosa por sua natureza, adotar
todos os cuidados e ter cautela redobrada, pelo fato de ter sua visibilidade
diminuída ou prejudicada, observando o preceituado nos artigos 28 e 34
do CTB.
6. Atua culposamente o motorista que, ao executar deslocamento em
marcha à ré oriundo de vaga em estacionamento, empreende a manobra
sem adotar as cautelas que a perigosa manobra requer e, sem atentar
para as condições de trânsito peculiares do local naquele momento, acaba
por provocar colisão com outro veículo, como no caso dos autos, com o
veículo GM - Prisma Joy que era conduzido pelo autor na via preferencial
(art. 186 e 927, do Código Civil).
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V. DANOS MORAIS
"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma
quantia que, de acordo com o seu prudente arbítrio, seja compatível
com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração
do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica
do causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras
circunstâncias mais que se fizerem presentes" (Programa de respon-
sabilidade civil. 6. ed., São Paulo: Malheiros, 2005. p. 116). No mesmo
sentido aponta a lição de Humberto Theodoro Júnior: [...] "os parâmetros
para a estimativa da indenização devem levar em conta os recursos do
ofensor e a situação econômico-social do ofendido, de modo a não mini-
mizar a sanção a tal ponto que nada represente para o agente, e não exa-
gerá-la, para que não se transforme em especulação e enriquecimento in-
justificável para a vítima. O bom senso é a regra máxima a observar por
parte dos juízes" (Dano moral. 6. ed., São Paulo: Editora Juarez de Olivei-
ra, 2009. p. 61). Complementando tal entendimento, Carlos Alberto Bit-
tar, elucida que "a indenização por danos morais deve traduzir-se
em montante que represente advertência ao lesante e à sociedade
de que se não se aceita o comportamento assumido, ou o evento
lesivo advindo. Consubstancia-se, portanto, em importância compatível
com o vulto dos interesses em conflito, refletindo-se, de modo expresso,
no patrimônio do lesante, a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da
ordem jurídica aos efeitos do resultado lesivo produzido. Deve, pois, ser
quantia economicamente significativa, em razão das potencialidades do
patrimônio do lesante" (Reparação Civil por Danos Morais, RT, 1993, p.
220). Tutela-se, assim, o direito violado. (TJSC, Recurso Inominado n.
0302581-94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo Luz, rel. Des. Cláudio
Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, Primeira Turma de Recursos - Capi-
tal, j. 15-03-2018)
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48. Assim, a autora não pode buscar fazer jus a seu direito
mediante o exercício deliberado das próprias razões, tão somente buscar o
Estado-juiz, na esperança, por meio do contraditório e ampla defesa, alcançar a
tutela esperada pela civilidade que a rodeia, qual seja, a reparação do dano.
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VII. DO PEDIDO
Termos em que,
Pede deferimento.
[Assinatura Digital]
WANDERSON REIS DE MEDEIROS
OAB-DF 38.865
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