Inicial Reclamação Trabalhista - Trabalhador Domestico

EXMO. SR.
(A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____º VARA DO TRABALHO DE

JUAZEIRO DO NORTE, ESTADO DO CEARÁ.
MARIA MARLENE DO NASCIMENTO, brasileira, solteira, doméstica,

portadora do RG nº. 2782661-94 SSP/CE e inscrita no CPF nº. 708.105.403-04,
CTPS nº. 078764 série 00056-CE, Nº do NIT/PIS 1.142.507.989-4,
telefone/WhatsApp 88 9-9692-5325, residente e domiciliada na Praça Ernesto
Gomes, 64, Eucaliptos, CEP. 63.250-000, Milagres, Ceará, por meio de seus
advogados, com procuração em anexo, que ao final assinam, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 840 da CLT
propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PARA FINS DE
RECONHECIMENTO DE VÍNCULO E RECEBIMENTO DE
VERBAS VENCIDAS NÃO PAGAS
Em face do Espólio de Raimunda Grangeiro Lins, brasileira, em vida portadora

do RG nº220.846 SSP/CE e CPF nº. 567.073.393.20 e os herdeiros: Vagner Luis
Nunes Lins, brasileiro, solteiro, portador do RG nº. 3190374 SESP/DF e CPF nº.
003.340.293-09, residente e domiciliado na SHCES, quadra 105, bloco E, apto 206,
Cruzeiro Novo/DF; Raimundo Carlos Grangeiro Lins, brasileiro, residente e
domiciliado na Rua José Alves Feitosa nº. 774, Bairro Bela Vista, Barro/CE;
Luciana Grangeiro Lins, brasileira, residente e domiciliada na Rua Bruno Porto,
555, torre B, AP 1903, bairro Aldeota, Fortaleza/CE; Sammara Thais Saraiva
Grangeiro, brasileira, residente e domiciliada na Rua 05, nº. 781, Bairro Terras do
Sol, Petrolina/PE; Marta Maria Grangeiro Lins e Sarah Lays Saraiva Grangeiro,
residentes e domiciliadas na Rua João Cordeiro, nº. 949, apto 302, Fortaleza/CE;
Sebastião Grangeiro Lins, brasileiro, residente e domiciliado na Rua Raimundo
Tavares da Cruz, nº. 700, Milagres/CE e Dorgival Lins Grangeiro, brasileiro,
residente e domiciliado na Vila São José, Sírio Lajes, nos fundos da Capela São
José, antiga residência de Padre Duza, Abaiara/CE, pelos motivos de fato e de
direito a seguir expostos:
PRELIMINARMENTE:
1) DA GRATUIDADE DA PRESTAÇÃO JUDICIÁRIA
________________________________________________________________________
Tavares & Costa Advocacia e Consultoria Jurídica
Rua Julia Leite de Luna, nº. 027 – Eucaliptos Ru Rua Vicente Alencar Oliveira, nº 352 – Mirandão
CEP 63.250-000 – Milagres – Ceará - Fone: (88) 9-9751-2598 D CEP 63.125-070 – Crato – Ceará – Fone: (88) 9-9669-9288
E-mail: lucas.tavares@hotmail.com Fff E-mail: jesscostal@yahoo.com.br
A autora, alegando insuficiência de recursos para custear as despesas
judiciais de um processo, sem prejuízo de seu sustento, requer, sob as penas da
lei, a concessão de gratuidade da prestação jurisdicional em seu favor, com
fundamento na Constituição Federal de 1988, art. 5º, LXXIV e arts. 98 e seguintes
do CPC. Faz juntada de declaração assinada de próprio punho, em anexo.
DO DIREITO A TRAMITAÇÃO PROCESSUAL PRIORITÁRIA (AUTORA

IDOSA)
A autora, conforme se depreende da análise de seus documentos pessoais,

se enquadra na categoria etária com direito a tramitação processual privilegiada,
de acordo com o art. 71 da lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) e art. 1.048, inciso
I, do Código de Processo Civil.
DOS FATOS
A reclamante trabalha prestando serviços domésticos junto à família de

sua falecida patroa Raimunda Grangeiro há décadas (desde o final de sua
adolescência-início da fase adulta até os dias atuais). Exerce as funções de
limpeza e conservação do seguinte imóvel: CASA RESIDENCIAL, com
respectivo terreno, localizada na Praça Ernesto Gomes, nº. 64, na cidade de
Milagres/Ceará, matrícula nº. R-1-524 no registro de imóveis daquela cidade,
Inscrição Municipal 003794-1, sendo, inclusive, seu local de residência e domicílio
por todos esses anos de trabalho.
Por todo esse tempo, nunca teve sua carteira de trabalho assinada,
mantendo vínculo trabalhista de natureza informal, jamais recebendo e
usufruindo das verbas e direitos trabalhistas previstos tanto na Constituição
Federal de 88 como na legislação infra constitucional. Aliás, cabe dizer: sequer
recebia um salário fixo. O trabalho prestado nas atividades domésticas era
recompensado com moradia e alimentação apenas.
Em que pese a reclamante sempre ter dito uma relação de bom convívio
com sua falecida patroa, herdeiros reclamados e demais familiares dos mesmos,
o tempo passou e, chegando a proximidade da idade de se aposentar, viu que
não tinha o requisito das contribuições previdenciárias, bem como nunca ter sido
recompensada financeiramente por todos os anos de trabalhos realizados.
________________________________________________________________________
Desde o falecimento de sua ex patroa no início de 2019 os herdeiros estão
em disputa na divisão dos bens do espólio deixado pelo de cujus. Ainda não
existe, segundo a reclamante, sequer procedimento de inventário ou arrolamento
aberto (seja judicial ou extrajudicial). Existe, pelo seu conhecimento, apenas uma
ação de confirmação de testamento particular tramitando na Comarca de
Milagres/CE (nº dos autos 0005927-57.2019.8.06.0124) relativa a bens deixados
por sua ex patroa.
Os herdeiros não chegam a um acordo e a reclamante tem receio de, por

conta da disputa, jamais ter seus direitos trabalhistas e previdenciários satisfeitos,
o que deu causa a propositura da presente ação. Inclusive, a reclamante visa
garantir o recebimento de seus créditos trabalhistas e previdenciários por meio
da constrição de bens do espólio e dos herdeiros, notadamente a residência onde
habita e ainda exerce suas funções laborais.
Além do rol testemunhal (elencado ao final da petição) a fim de comprovar

todos os anos prestando atividade laboral doméstica, a autora faz juntada de
mural de fotos de vários períodos ao longo dos anos de trabalho, onde fica
atestada a convivência com os demandados. Mural de fotos em anexo.
Não vendo alternativa a fim de resguardar seus direitos, restou à autora

ingressar com a presente reclamação. Como a autora não recebia salário fixo,
todos os cálculos apresentados à frente terão por base o salário mínimo de cada
ano, até o limite da prescrição das verbas. E a carga horária de trabalho será de
08 horas diárias.
DO DIREITO
1) DO PEDIDO DE TUTELA DE URGENCIA
A tutela provisória satisfativa antecipa os efeitos da tutela definitiva,

conferindo imediata eficácia ao direito afirmado. Adianta-se, assim, a satisfação
do direito, com a atribuição do bem da vida (DIDIER, Fredie. Curso de Direito
Processual Civil Vol. 02, 2015. p. 569).
A tutela provisória de urgência poderá ser concedida liminarmente

quando o perigo de dano ou ilícito, ou o risco ao resultado útil do processo
estiverem configurados antes ou durante o ajuizamento da demanda.
________________________________________________________________________
É bom que se ressalte que não há violação da garantia do contraditório na
concessão, justificada pelo perigo ou pela evidência, de providências
jurisdicionais antes da ouvida da outra parte (inaudita altera parte). O
contraditório, nesse caso, é deslocado para o momento posterior à concessão da
providência, em nome de outros bens jurídicos (como o da efetividade) (DIDIER,
Fredie, ob cit.).
A concessão da tutela provisória de urgência pressupõe, genericamente, a

demonstração da probabilidade do direito (fumus boni juris) e, junto a isso, a
demonstração do perigo de dano ou de ilícito, (tradicionalmente conhecido como
periculum in mora).
A legislação processual civil fala acerca do tema, notadamente, nos artigos

294, caput, e 300, caput, e §2º.
A tutela provisória, quando se trata de ato ilícito a ser ou já praticado, cabe

a demonstração do risco e independe da comprovação de dano. Por conta da
disputa entre os herdeiros sobre os bens deixados no espólio, a reclamante pode
ficar sem receber seus créditos trabalhistas, pois dificilmente os herdeiros
pagariam de bom grado 05 anos de verbas atrasadas (sem contar os
recolhimentos previdenciários), haja vista que os bens, inclusive a casa em que a
reclamante reside, podem ser dilapidados pelos herdeiros.
Pior ainda, antes da resolução do presente feito, a herdeira pode ficar sem
seu único local de morada durante boa parte de sua vida, seja pela divisão entre
os herdeiros ou, no momento que sejam citados na presente demanda, eles
comecem a intimidar ou mesmo expulsar a reclamante de sua morada, pois a
autora continua a ali residir pela simples boa vontade da família de sua ex patroa
ora falecida.
Inicialmente, é necessária verossimilhança fática, com a constatação de

que há um considerável grau de plausibilidade em torno da narrativa dos fatos
trazida pelo autor. Junto a isso, deve haver uma plausibilidade jurídica, com a
verificação de que é provável o encaixe dos fatos à norma invocada.
No tocante a prova inequívoca, o Autor traz à baila dos autos além das
fotos já mencionadas, comprovantes de que a mesma sempre fez uso de seu local
de trabalho como morada e domicílio. Por exemplo, em 2015 a autora ingressou
com pedido administrativo para aposentadoria rural e usou o endereço de sua ex
________________________________________________________________________
patroa como seu domicilio. Cabe informar que a reclamante não tem filhos e não
é casada. Ou seja, a casa em que trabalha/reside é seu único teto.
Em suma, o “fumus boni juris” se caracteriza no fato da reclamante

comprovar que seu local de trabalho se confunde, há décadas, com seu local de
residência e domicílio, não podendo sofrer qualquer tipo de constrangimento dos
herdeiros enquanto não forem decididas as questões discutidas na presente ação
e na partilha dos bens deixados pelo de cujus em procedimento de inventário
ainda a ser instaurado na comarca de Milagres/CE.
Explicando: seu local de trabalho é também o único local onde a autora

tem condições de morar, haja vista não ter filhos, cônjuge nem ter recebido salário
em seus anos de trabalho. Ou seja, a reclamante sequer possui patrimônio
próprio que permita, hoje, sobreviver em condição diferente da atual. Se for posta
para fora de seu emprego, a reclamante automaticamente perde sua moradia, o
que seria uma grave violação a seus direitos mais personalíssimos e básicos.
Mais ainda, a casa em que trabalha/reside é o bem de mais fácil alcance à

reclamante para que possa ser constituído como uma garantia de que receberá os
créditos trabalhistas e previdenciários a quem tem direito, caso o vínculo
empregatício seja reconhecido pelo Ilmo. Magistrado(a).
O requisito do receio de dano e de sua difícil reparação (periculum in

mora) é balizado pelo justo receio de, no momento em que sejam citados sobre
a presente ação, a reclamante seja envolvida na disputa dos herdeiros e estes
passem a persegui-la, intimidando-a ou mesmo a expulsando de sua única
morada.
Desse modo, requer a concessão de tutela de urgência, antes da

citação dos reclamados: 1) a fim de evitar que, enquanto a presente ação
trabalhista não for julgada, bem como o procedimento de partilha dos bens
deixados pela sua falecida ex patroa não for instaurado e finalizado, a
reclamante tenha garantido seu direito de habitar a residência onde exerce sua
atividade laboral, não podendo os herdeiros demandados lhe perturbarem o
sossego.
Ademais, já há muitos anos a reclamante é a principal cuidadora do bom

estado de conservação do imóvel em que reside e trabalha. Expulsa-la dali seria
comprometer o bom cuidado, zelo e manutenção do próprio bem, que é de
interesse dos herdeiros demandados. Inclusive, cabe informar, que os herdeiros
________________________________________________________________________
que residem fora de Milagres/CE ainda se instalam no imóvel quando vêm à
cidade à passeio.
Assim, 2) requer que o imóvel em tela seja vinculado à presente ação,

devendo serem oficiados os Registro de Imóveis e o Setor Tributário da
prefeitura Municipal de Milagres/CE para que seja averbada nas matriculas do
imóvel a constituição do mesmo como garantia para o recebimento das verbas
trabalhistas devidas.
2) DO CONTRATO DE TRABALHO E DO RECONHECIMENTO DO

VINCULO EMPREGATÍCIO
Conforme mencionado na narrativa fática, a autora trabalha há cerca de 40

anos na residência de sua falecida patroa, exercendo atividades domésticas em
geral. Certamente como costume da época, a reclamada, de origem bem humilde,
fora “acolhida” pela família, passando a se integrar a esta ao passo que exercia
seu trabalho diário no mesmo recinto.
Ainda de acordo com o dito anteriormente, a relação de trabalho era e é

extremamente informal, não havendo anotação na CTPS, pagamento de verbas
trabalhistas, usufruto de direitos como férias e gratificação natalina. Nem mesmo
um salário fixo existe: o trabalho era em troca de moradia e alimentação.
Trata-se de vínculo empregatício que merece ser reconhecido, pois a

atividade desempenhada pela reclamante preenche os requisitos previstos no art.
3º da CLT, a saber: personalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade
(haja vista não haver o pagamento de numerário, havia uma compensação da
empregadora com moradia, alimentação e outros elementos para viver. A
reclamante pagava sua “hospedagem” e o “sustento” feito por sua empregadora
com seu trabalho.
Diante do exposto, requer o reconhecimento do vínculo empregatício

desde sua origem, devendo a anotação do contrato de trabalho ser feito em seu
documento laboral, e as verbas em atraso pagas até o limite do prazo
prescricional estabelecido na legislação.
3) DAS VERBAS A RECEBER
3.1) DO 13º SALÁRIO
________________________________________________________________________
Como mencionado, os reclamados não efetuaram os pagamentos
referentes ao 13º salário em todos os seus anos de trabalho. Abaixo, tabela
contendo os valores devidos nos últimos 05 anos:
Ano referência Valor do salário 13º

2016 R$ 880,00 R$ 880,00
2017 R$ 937,00 R$ 937,00
2018 R$ 954,00 R$ 954,00
2019 R$ 998,00 R$ 998,00
2020 R$ 1.045,00 R$ 1.045,00
Total devido: R$ 4.825,00
3.2) DAS FÉRIAS
A autora também não usufruiu de seu direito constitucional de férias

remuneradas. A seguir, tabela contendo os anos cobrados possíveis, o valor
de 1/3 a ser adicionado e o valor total de férias daquele respectivo ano:
Ano referência Valor do 1/3 Total de cada período

2016 R$ 293,00 R$ 1.173,00
2017 R$ 312,00 R$ 1.249,00
2018 R$ 318,00 R$ 1.272,00
2019 R$ 332,00 R$ 1.330,00
2020 R$ 348,00 R$ 1.393,00
3.3) DO FGTS NÃO RECOLHIDO

De acordo com o art. 15 da lei 8036/90, os depósitos do FTGS devem ser
de 8% da remuneração paga ou devida ao trabalhador no mês anterior.
Diante do exposto, requer a condenação dos Réus ao pagamento dos

depósitos do FGTS de 8% sobre a remuneração, mês a mês, nos últimos 05
anos.
Requer, ainda, a liberação das guias para saque do FGTS para futuro
saque.
Segue tabela com o cálculo do FGTS devido nos últimos 05 anos:
________________________________________________________________________
Ano base Valor devido (soma dos 12 meses)
2016 R$ 844,8
2017 R$ 899,52
2018 R$ 915,84
2019 R$ 958,08
2020 R$ 1.003,20
3.4) DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS E SUA

INSCRIÇÃO COMO SEGURADA EMPREGADA
A reclamada também faz jus ao recolhimento de suas contribuições

previdenciárias, caso o vínculo empregatício seja reconhecido pelo juízo
trabalhista.
Sendo de interesse da União, desde já fica sugerido que a autarquia seja

intimada a se manifestar nos autos conquanto a relação trabalhista seja
reconhecida, para quem as contribuições devidas e necessárias para cumprir
período de carência da reclamante sejam satisfeitas.
Requer, ainda, que simultaneamente ao reconhecimento do vínculo e

assinatura da CTPS, que seja determinado pelo juízo a atualização do CNIS
da reclamante fazendo constar o vínculo, seu período de início, a
remuneração presumida e os meses de carência adimplidos.
3.5) DA MULTA PELA FALTA DE REGISTRO
Como mencionado, os Reclamados jamais registraram a autora, deixado

de realizar as devidas anotações na CTPS. O artigo 41 da CLT é claro ao
afirmar que todo empregador deve proceder com o registro de seus
empregados, e no artigo 47 do mesmo diploma legal, é previsto o pagamento
de multa por não o fazer. In verbis:
Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos
do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00
(três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada
reincidência.
________________________________________________________________________
Desta feita, diante da infração de natureza grave praticada pelos
Reclamados, reque a condenação dos mesmos ao pagamento da multa
prevista, no valor de R$ 3000,00.
4) DOS PEDIDOS
I – O recebimento da presente ação;

II – O deferimento do pedido de gratuidade e de tramitação preferencial;
III – O deferimento dos pedidos liminares, antes da citação dos promovidos;
IV – A citação dos reclamados para se fazerem presentes em audiência de
conciliação e, caso queiram, contestem o feito;
V – Em sede de sentença, o reconhecimento do vínculo empregatício e a
condenação dos reclamados ao pagamento das verbas devidas indicadas a
seguir:
13º Salários..............................R$ 4.825,00
Férias.........................................R$ 6.417,00
FGTS não recolhido...............R$ 4.660,64
Multa pelo não registro.........R$ 3.000,00
VI – Caso o vínculo trabalhista seja conhecimento, a condenação ao pagamento

dos recolhimentos previdenciários, a serem liquidados posteriormente pela
vara;
VI – A condenação dos reclamados ao pagamento das custas e honorários.
Protesta provar por todos os meios de prova admitidos em Direito,

especialmente as vias documental e testemunhal.
5) DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa do valor de R$ 18.902,64 (dezoito mil, novecentos e dois

reais, e sessenta e quatro centavos).
Nesses termos, pede deferimento.

Milagres, Ceará, 01/02/2021.
________________________________________________________________________
ROL DE TESTEMUNHAS:
1) Sebastiana Aquino da Costa Santos, Rua 7 de setembro n 57, Centro,

Milagres, Ceará;
2) Josefa Meire Bezerra Tavares, Rua 7 de setembro 130, Centro, Milagres,
Ceará;
3) Ana Pastôra Fernandes Valadares, Praça Ernesto Gomes n 50, Milagres,
Ceará.
________________________________________________________________________

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EXMO. SR.

(A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____º VARA DO TRABALHO DE

MARIA MARLENE DO NASCIMENTO, brasileira, solteira, doméstica,

Em face do Espólio de Raimunda Grangeiro Lins, brasileira, em vida portadora

1) DA GRATUIDADE DA PRESTAÇÃO JUDICIÁRIA

DO DIREITO A TRAMITAÇÃO PROCESSUAL PRIORITÁRIA (AUTORA

A autora, conforme se depreende da análise de seus documentos pessoais,

A reclamante trabalha prestando serviços domésticos junto à família de

Os herdeiros não chegam a um acordo e a reclamante tem receio de, por

Além do rol testemunhal (elencado ao final da petição) a fim de comprovar

Não vendo alternativa a fim de resguardar seus direitos, restou à autora

1) DO PEDIDO DE TUTELA DE URGENCIA

A tutela provisória satisfativa antecipa os efeitos da tutela definitiva,

A tutela provisória de urgência poderá ser concedida liminarmente

A concessão da tutela provisória de urgência pressupõe, genericamente, a

A legislação processual civil fala acerca do tema, notadamente, nos artigos

A tutela provisória, quando se trata de ato ilícito a ser ou já praticado, cabe

Inicialmente, é necessária verossimilhança fática, com a constatação de

Em suma, o “fumus boni juris” se caracteriza no fato da reclamante

Explicando: seu local de trabalho é também o único local onde a autora

Mais ainda, a casa em que trabalha/reside é o bem de mais fácil alcance à

O requisito do receio de dano e de sua difícil reparação (periculum in

Desse modo, requer a concessão de tutela de urgência, antes da

Ademais, já há muitos anos a reclamante é a principal cuidadora do bom

Assim, 2) requer que o imóvel em tela seja vinculado à presente ação,

2) DO CONTRATO DE TRABALHO E DO RECONHECIMENTO DO

Conforme mencionado na narrativa fática, a autora trabalha há cerca de 40

Ainda de acordo com o dito anteriormente, a relação de trabalho era e é

Trata-se de vínculo empregatício que merece ser reconhecido, pois a

Diante do exposto, requer o reconhecimento do vínculo empregatício

3) DAS VERBAS A RECEBER

3.1) DO 13º SALÁRIO

Ano referência Valor do salário 13º

3.2) DAS FÉRIAS

A autora também não usufruiu de seu direito constitucional de férias

Ano referência Valor do 1/3 Total de cada período

3.3) DO FGTS NÃO RECOLHIDO

Diante do exposto, requer a condenação dos Réus ao pagamento dos

Segue tabela com o cálculo do FGTS devido nos últimos 05 anos:

3.4) DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS E SUA

A reclamada também faz jus ao recolhimento de suas contribuições

Sendo de interesse da União, desde já fica sugerido que a autarquia seja

Requer, ainda, que simultaneamente ao reconhecimento do vínculo e

3.5) DA MULTA PELA FALTA DE REGISTRO

Como mencionado, os Reclamados jamais registraram a autora, deixado

I – O recebimento da presente ação;

VI – Caso o vínculo trabalhista seja conhecimento, a condenação ao pagamento

Protesta provar por todos os meios de prova admitidos em Direito,

Dá-se a causa do valor de R$ 18.902,64 (dezoito mil, novecentos e dois

Nesses termos, pede deferimento.

1) Sebastiana Aquino da Costa Santos, Rua 7 de setembro n 57, Centro,

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